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de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades
desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua o Plano Nacional de Educação (PNE). Este
documento normativo aplica-se exclusivamente à educação escolar, tal como a define o § 1º do Artigo
1º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996)1, e está orientado pelos
princípios éticos, políticos e estéticos que visam à formação humana integral e à construção de uma
sociedade justa, democrática e inclusiva, como fundamentado nas Diretrizes Curriculares Nacionais da
A BNCC integra a política nacional da Educação Básica e contribui para o alinhamento de outras políticas
trabalho.
democrática e inclusiva.
3. Valorizar e fruir as diversas 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou
ética nas diversas práticas sociais trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania
coletiva.
7. Argumentar com base em fatos, 8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e
dados e informações confiáveis, para emocional, compreendendo-se na diversidade humana e
formular, negociar e defender ideias, reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e
pontos de vista e decisões comuns que capacidade para lidar com elas.
respeitem e promovam os direitos humanos,
a consciência socioambiental e o
consumo responsável em âmbito local,
regional e global, com posicionamento
ético em relação ao cuidado de si mesmo,
dos outros e do planeta.
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia,
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação,
tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos,
resolução de conflitos e a
inclusivos, sustentáveis e solidários
cooperação, fazendo-se respeitar e
acolhimento e valorização da
diversidade de indivíduos e de
identidades, culturas e
de qualquer natureza.
A Constituição Federal de 1988, LDB, Conselho Nacional de Educação (CNE), DCN´S, Plano
LDB deixa claros dois conceitos decisivos para todo o desenvolvimento da questão curricular no
Brasil. O primeiro, estabelece a relação entre o que é básico-comum e o que é diverso em matéria
“Os currículos da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio devem ter base
nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento
escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade,
da cultura, da economia e dos educandos.”
Em 2017, com a alteração da LDB por força da Lei nº 13.415/2017, a legislação brasileira passa a utilizar,
Art. 35-A. A Base Nacional Comum Curricular definirá direitos e objetivos de aprendizagem do ensino
médio, conforme diretrizes do Conselho Nacional de Educação, nas seguintes áreas do conhecimento [...]
Art. 36. § 1º A organização das áreas de que trata o caput e das respectivas competências e
habilidades será feita de acordo com critérios estabelecidos em cada sistema de ensino (BRASIL, 2017 ; 8
ênfases adicionadas).
Trata-se, portanto, de maneiras diferentes e intercambiáveis para designar algo comum, ou seja, aquilo que os
estudantes devem aprender na Educação Básica, o que inclui tanto os saberes quanto a capacidade de
mobilizá-los e aplicá-los.
O conceito de competência, adotado pela BNCC, marca a discussão pedagógica e social das últimas
décadas e pode ser inferido no texto da LDB, especialmente quando se estabelecem as finalidades gerais do
A BNCC indica que as decisões pedagógicas devem estar orientadas para o desenvolvimento de
atitudes e valores) e, sobretudo, do que devem “saber fazer” (considerando a mobilização desses
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do
que implica compreender a complexidade e a não linearidade desse desenvolvimento, rompendo com
visões reducionistas que privilegiam ou a dimensão intelectual (cognitiva) ou a dimensão afetiva. Significa,
ainda, assumir uma visão plural, singular e integral da criança, do adolescente, do jovem e do adulto –
considerando-os como sujeitos de aprendizagem – e promover uma educação voltada ao seu acolhimento,
reconhecimento e desenvolvimento pleno, nas suas singularidades e diversidades. Além disso, a escola,
Igualdade educacional sobre a qual as singularidades devem ser consideradas e atendidas. Essa
igualdade deve valer também para as oportunidades de ingresso e permanência em uma escola de
Para isso, os sistemas e redes de ensino e as instituições escolares devem se planejar com
um claro foco na equidade, que pressupõe reconhecer que as necessidades dos estudantes são
diferentes.
compromisso de reverter a situação de exclusão histórica que marginaliza grupos – como os povos
afrodescendentes – e as pessoas que não puderam estudar ou completar sua escolaridade na idade
A BNCC e os currículos se identificam na comunhão de princípios e valores que, orientada pela LDB
moral e simbólica.
definidas para cada etapa da Educação Básica, uma vez que tais aprendizagens só se
materializam mediante o conjunto de decisões que caracterizam o currículo em ação. São essas
decisões que vão adequar as proposições da BNCC à realidade local, considerando a autonomia dos
sistemas ou das redes de ensino e das instituições escolares, como também o contexto e as
fortalecer a competência pedagógica das equipes escolares para adotar estratégias mais
➢ conceber e pôr em prática situações e procedimentos para motivar e engajar os alunos nas
aprendizagens;
de ensinar e aprender;
da experiência curricular existente em seu âmbito de atuação. Nas duas últimas décadas, mais
da metade dos Estados e muitos Municípios vêm elaborando currículos para seus respectivos
Cabe aos sistemas e redes de ensino, assim como às escolas, em suas respectivas esferas de
de temas contemporâneos que afetam a vida humana em escala local, regional e global,
Ainda de acordo com as DCNEI, em seu Artigo 9º, os eixos estruturantes das práticas
pedagógicas dessa etapa ENSINO INFANTIL da Educação Básica são as interações e
a brincadeira, experiências nas quais as crianças podem construir e apropriar-se de
conhecimentos por meio de suas ações e interações com seus pares e com os adultos, o que
possibilita aprendizagens, desenvolvimento e socialização.
Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações,
Expressar como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessidades, emoções, sentimentos,
dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de diferentes linguagens.
Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural, constituindo uma imagem positiva
de si
A Educação Infantil na BNCC está estruturada em cinco campos de experiências, no âmbito dos quais
são definidos os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento. Os campos de experiências
constituem um arranjo curricular que acolhe as situações e as experiências concretas da vida cotidiana
das crianças e seus saberes, entrelaçando-os aos conhecimentos que fazem parte do patrimônio
cultural.:
O eu, o outro e o nós – É na interação com os pares e com adultos que as crianças vão constituindo
um modo próprio de agir, sentir e pensar e vão descobrindo que existem outros modos de vida,
pessoas diferentes, com outros pontos de vista
Corpo, gestos e movimentos – Com o corpo (por meio dos sentidos, gestos, movimentos impulsivos
ou intencionais, coordenados ou espontâneos), as crianças, desde cedo, exploram o mundo, o espaço
e os objetos do seu entorno, estabelecem relações, expressam-se, brincam e produzem
conhecimentos sobre si, sobre o outro, sobre o universo social e cultural, tornando-se,
progressivamente, conscientes dessa corporeidade.
Traços, sons, cores e formas – Conviver com diferentes manifestações artísticas, culturais e
científicas, locais e universais, no cotidiano da instituição escolar, possibilita às crianças, por meio de
experiências diversificadas, vivenciar diversas formas de expressão e linguagens, como as artes visuais
(pintura, modelagem, colagem, fotografia etc.), a música, o teatro, a dança e o audiovisual, entre outras
atendendo estudantes entre 6 e 14 anos. Como já indicado nas Diretrizes Curriculares Nacionais
para o Ensino Fundamental de Nove Anos (Resolução CNE/CEB nº 7/2010) , essas mudanças impõem
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rupturas que ocorrem na passagem não somente entre as etapas da Educação Básica, mas também
Educação Infantil. Tal articulação precisa prever tanto a progressiva sistematização dessas
experiências quanto o desenvolvimento, pelos alunos, de novas formas de relação com o mundo,
alfabetização, a fim de garantir amplas oportunidades para que os alunos se apropriem do sistema
pela consolidação das aprendizagens anteriores e pela ampliação das práticas de linguagem e
da experiência estética e intercultural das crianças, considerando tanto seus interesses e suas
compreensão de normas e os interesses pela vida social, o que lhes possibilita lidar com sistemas
mais amplos, que dizem respeito às relações dos sujeitos entre si, com a natureza, com a história,
e das propostas pedagógicas devem ainda ser consideradas medidas para assegurar aos alunos
a promover uma maior integração entre elas. Afinal, essa transição se caracteriza por mudanças
6º ano, para apoiar os alunos nesse processo de transição, pode evitar ruptura no processo de
Ao longo do Ensino Fundamental – Anos Finais, os estudantes se deparam com desafios de maior
organização dos conhecimentos relacionados às áreas. Tendo em vista essa maior especialização, é
fontes de informação.
Há que se considerar, ainda, que a cultura digital tem promovido mudanças sociais significativas nas
telefones celulares, tablets e afins, os estudantes estão dinamicamente inseridos nessa cultura, não
somente como consumidores. Os jovens têm se engajado cada vez mais como protagonistas da
multimodal e de atuação social em rede, que se realizam de modo cada vez mais ágil. Por sua vez,
essa cultura também apresenta forte apelo emocional e induz ao imediatismo de respostas e à
expressão mais sintéticas, diferentes dos modos de dizer e argumentar característicos da vida
escolar.
Todo esse quadro impõe à escola desafios ao cumprimento do seu papel em relação à formação das
novas gerações. É importante que a instituição escolar preserve seu compromisso de estimular a
é imprescindível que a escola compreenda e incorpore mais as novas linguagens e seus modos de
eduque para usos mais democráticos das tecnologias e para uma participação mais consciente na
cultura digital. Ao aproveitar o potencial de comunicação do universo digital, a escola pode instituir
professores e estudantes.
Além disso, e tendo por base o compromisso da escola de propiciar uma formação integral, balizada
violência simbólica de grupos sociais que impõem normas, valores e conhecimentos tidos como
universais e que não estabelecem diálogo entre as diferentes culturas presentes na comunidade e
na escola.
Atenta a culturas distintas, não uniformes nem contínuas dos estudantes dessa etapa, é necessário
que a escola dialogue com a diversidade de formação e vivências para enfrentar com sucesso os
desafios de seus propósitos educativos. A compreensão dos estudantes como sujeitos com histórias
e saberes construídos nas interações com outras pessoas, tanto do entorno social mais próximo
quanto do universo da cultura midiática e digital, fortalece o potencial da escola como espaço
Nessa direção, no Ensino Fundamental – Anos Finais, a escola pode contribuir para o delineamento
do projeto de vida dos estudantes, ao estabelecer uma articulação não somente com os anseios
desses jovens em relação ao seu futuro, como também com a continuidade dos estudos no Ensino
Médio. Esse processo de reflexão sobre o que cada jovem quer ser no futuro, e de planejamento de
ações para construir esse futuro, pode representar mais uma possibilidade de desenvolvimento
pessoal e social.
A transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental, de acordo com a BNCC, A transição
entre essas duas etapas da Educação Básica requer muita atenção, para que haja equilíbrio entre
das crianças.
BNCC, a área de Linguagens é composta pelos seguintes componentes curriculares: Língua Portuguesa,
conteúdos programáticos e nem sobre o que o professor deve lecionar na sala( plano de aula)