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Resenha BNCC da 7 a 31 e depois da 55 a 85 + 134 -137

7 a 31
1. INTRODUÇÃO
A Base Nacional Comum Curricular
Conforme o Plano Nacional de Educação foi criado um documento normativo de modo a
assegurar os direitos de aprendizagem e desenvolvimento (BNCC). A aplicação dele é exclusiva para
a educação através da Lei nº 9.394/1996 e a sua fundamentação possui princípios éticos, políticos e
estéticos direcionados a uma formação humana e a construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva. Algumas de suas funções são:

 Serve como a referência nacional para a elaboração dos currículos escolares.


 Contribui no alinhamento de políticas e ações na formação de professores e
elaboração de conteúdos educacionais.
É esperado da BNCC que ela ajude na dispersão das políticas educacionais fortalecendo as
três esferas do governo. Assim, além de garantir o acesso e a permanência na escola ela funciona
como regulamentadora da qualidade na educação.
Uma de suas aplicações está no desenvolvimento de dez competências gerais na educação
básica, sendo que é entendido como uma competência a mobilização de conhecimentos (conceitos
e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores. As dez
competências são:
1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo
físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e
colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências,
incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para
investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções
(inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às
mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e
escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens
artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências,
ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao
entendimento mútuo.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de
forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as
escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos,
resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de
conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo
do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida,
com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular,
negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam
os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito
local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos
outros e do planeta.
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional,
compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros,
com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se
respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e
valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades,
culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade,
resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos,
inclusivos, sustentáveis e solidários.

Os marcos legais que embasam a BNCC


A educação estabelecida como um direito fundamental pela Constituição Federal determina
que ela é um direito de todos e dever do Estado e da família. A mesma visa o desenvolvimento da
pessoa junto ao seu preparo para exercer a cidadania e qualificação para o trabalho. Portanto,
conforme a União é necessário estabelecer, em conjunto dos estados e municípios, as
competências e diretrizes para a Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Sendo que
existem dois conceitos decisivos para o desenvolvimento da questão curricular no Brasil, o primeiro
foca no que é básico-comum e o que é diverso em matéria curricular. Já o segundo, foca no
currículo quanto aos conteúdos curriculares.

Os fundamentos pedagógicos da BNCC


Foco no desenvolvimento de competências
O conceito de competência foi marcado por discussões pedagógicas e sociais. Ao obter o
enfoque, a BNCC indica que as decisões pedagógicas devem orientar as competências. Os alunos
devem “saber” e “saber fazer”.
O compromisso com a educação integral
Questões contemporâneas como o que aprender, para que aprender, como ensinar, como
promover redes de aprendizagem colaborativa e como avaliar o aprendizado recebem atenções. Se
faz necessário conhecer o contexto histórico e cultural, comunicar-se, ser criativo, analítico-crítico,
participativo, aberto ao novo, colaborativo, resiliente, produtivo e responsável. Além disso, a escola
precisa ser um espaço de aprendizagem e de democracia inclusiva. Ela deve fortalecer a prática
coercitiva de não discriminação, não preconceito e respeito às diferenças e diversidades. O
conceito de educação integral pela BNCC se compromete a construção intencional de processos
educativos.

O pacto interfederativo e a implementação da BNCC


Base Nacional Comum Curricular: igualdade, diversidade e equidade
As redes de ensino no Brasil precisam trabalhar com as diversidades culturais e
desigualdades sociais para a construção dos currículos. Nesse processo, a BNCC explicita as
aprendizagens essenciais que todos os estudantes devem desenvolver e expressa a igualdade
educacional.
Base Nacional Comum Curricular e currículos
A BNCC e os currículos se identificam na união de princípios e valores que orientam a LDB e
as DCN. Alguns processos de envolvimento e participação das famílias e da comunidade referem-se
a:

 Contextualizar os conteúdos dos componentes curriculares.


 Decidir sobre formas de organização interdisciplinar dos componentes curriculares e
fortalecer a competência pedagógica das equipes escolares.
 Selecionar e aplicar metodologias e estratégias didático-pedagógicas diversificadas.
 Conceber e pôr em prática situações e procedimentos para motivar e engajar os alunos nas
aprendizagens.
 Construir e aplicar procedimentos de avaliação formativa de processo ou de resultado que
levem em conta os contextos e as condições de aprendizagem.
 Selecionar, produzir, aplicar e avaliar recursos didáticos e tecnológicos para apoiar o
processo de ensinar e aprender.
 Criar e disponibilizar materiais de orientação para os professores.
 Manter processos contínuos de aprendizagem sobre gestão pedagógica e curricular para os
demais educadores.
Essas decisões precisam ser consideradas na organização de currículos e propostas
adequados às diferentes modalidades de ensino (Educação Especial, Educação de Jovens e Adultos,
Educação do Campo, Educação Escolar Indígena, Educação Escolar Quilombola, Educação a
Distância).
Base Nacional Comum Curricular e regime de colaboração
Com a BNCC as redes de ensino e escolas particulares tem a missão de construir currículos
com base nas aprendizagens essenciais estabelecidas na BNCC. A primeira tarefa de
responsabilidade direta da União será a revisão da formação inicial e continuada dos professores
para alinhá-las à BNCC. A atuação do MEC é através do apoio técnico e financeiro, também incluir o
fomento a inovações e a disseminação de casos de sucesso.

2. ESTRUTURA DA BNCC
55 a 85
A transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental
Essa transição requer atenção e equilibrio na continuidade dos processos de aprendizagem.
Assim, é necessário que haja estratégias de acolhimento e adaptação, tanto para as crianças quanto
para o docente. O histórico na Educação Infantil pode contruibuir na vida escolar do aluno e
professor, assim como também a troca de materias entre professores nesse processo educativo. A
síntese das aprendizagem que acompanha os objetivos deve ser explorada.
4. A ETAPA DO ENSINO FUNDAMENTAL
O Ensino Fundamental no contexto da Educação Básica

O Ensino Fundamental possui duração de 9 anos sendo a etapa mais longa da Educação Básica. Ele é
dividido em duas fases, ano iniciais e anos finais. A BNCC dos anos iniciais valoriza as situações lúdicas de
aprendizagem apontando para a necessidade da articulação com as experiências vivenciadas na Educação
Infantil. Esse trabalho se organiza em torno dos interesses manifestados pelas crianças. Nos dois primeiros
anos as ações devem ser voltadas para a alfabetização (escrita, leitura). Nos anos finais, os estudantes se
derraparam com desafios de maior complexidade. É importante desenvolver neles a autonomia, oferecer
condições e ferramentas para acessar e interagir criticamente com diferentes conhecimentos e fontes de
informação. Os estudantes estão na passagem para a adolescência marcados por transformações biológicas,
eles estão fortemente ligados à uma cultura digital por isso é importante realizar uma análise profunda em
cima disso visando uma progressão positivas dos recursos disponíveis. Além dessas colocações também
importante desenvolver com eles um projeto de vida.

A área de linguagens

Na BNCC, a área de Linguagens é composta pelos seguintes componentes curriculares: Língua


Portuguesa, Arte, Educação Física e no Ensino Fundamental (Anos Finais, Língua Inglesa). As linguagens
passam a ter status próprio de objeto de conhecimento escolar sendo que é importante considerar o
aprofundamento da reflexão crítica sobre os conhecimentos dos componentes curriculares.

Competências específicas de linguagens para o Ensino Fundamental

1. Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural, de natureza dinâmica,
reconhecendo-as e valorizando-as como formas de significação da realidade e expressão de subjetividades e
identidades sociais e culturais.

2. Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e linguísticas) em diferentes


campos da atividade humana para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades de participação na
vida social e colaborar para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva.

3. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual,
sonora e digital –, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em
diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao diálogo, à resolução de conflitos e à cooperação.

4. Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que respeitem o outro e promovam os
direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global,
atuando criticamente frente a questões do mundo contemporâneo.

5. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas manifestações artísticas e
culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade, bem
como participar de práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico-cultural, com
respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas.

6. Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa,


reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares), para se comunicar por meio das
diferentes linguagens e mídias, produzir conhecimentos, resolver problemas e desenvolver projetos autorais
e coletivos.
Língua portuguesa

A proposta assume foco no texto como unidade de trabalho e perspectivas enunciativo-discursivas


na abordagem. Sobre isso, a BNCC procura contemplar a cultura digital, diferentes linguagens e diferentes
letramentos, desde aqueles basicamente lineares, com baixo nível de hipertextualidade, até aqueles que
envolvem a hipermídia. Os eixos de integração considerados na BNCC de Língua Portuguesa são aqueles já
consagrados nos documentos curriculares da Área. Os Eixos são: Eixo Leitura, Eixo da Produção de Textos,
Eixo da Oralidade e Eixo da Análise Linguística/Semiótica. São cinco os campos de atuação considerados:
Campo da vida cotidiana (somente anos iniciais), Campo artístico-literário, Campo das práticas de estudo e
pesquisa, Campo jornalístico-midiático e Campo de atuação na vida pública, sendo que esses dois últimos
aparecem fundidos nos anos iniciais do Ensino Fundamental, com a denominação Campo da vida pública.

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