BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR

qualidade
educacional

documento
normativo

define serão desenvolv

aprendizagens
essenciais pelas habilidade

NÃO É norteia os currículos

CURRÍCULO escolares brasileiros

As aprendizagens essenciais previstas na BNCC devem ser desenvolvidas ao longo de

toda a Educação Básica (etapas/modalidades).
 Apesar de nortear os currículos da educação básica brasileira, a BNCC não é
currículo. A BNCC estabelece o essencial a ser desenvolvido em cada etapa, porém os
currículos que expõem como irão colocar em prática no cotidiano escolar essas
aprendizagens essenciais, como desenvolverão conteúdos, que estratégias e metodologias
irão utilizar, como os componentes curriculares serão organizados. Os sistemas de ensino e as
redes de ensino (Federal, Estadual, Municipal) têm autonomia para construir seus currículos.

A BNCC visa a qualidade e a equidade da educação brasileira, pois traz aos alunos de
todo país, para cada etapa/modalidade, as competências que precisam desenvolver e quais
habilidades tornarão possível esse desenvolvimento. Além disso, prevê o respeito à
diversidade e às necessidades dos estudantes, possibilitando aos sistemas e redes de ensino
que construam seus currículos levando essas características em consideração. Também
contribui para o trabalho docente porque esclarece o que os alunos devem aprender
(habilidades) e o que devem fazer com o aprendizado (competências), colaborando com o
planejamento e as ações metodológicas. Além disso, quando um país inteiro trabalha uma
base nacional comum as diferenças de aprendizagens entre os alunos oriundos de outras
redes/escolas/sistemas de ensino tendem a ser minimizados.

A BNCC determina um conjunto de dez competências gerais para a Educação Básica

que colaboram para que os direitos de aprendizagem e desenvolvimento dos alunos sejam
garantidos. Essas 10 competências pensam no educando em suas múltiplas dimensões:
cognitiva, emocional, social, física e cultural.
 10 COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o

mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar
aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências,

incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para
investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções
(inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às

mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e

escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens
artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências,
ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento
mútuo.

5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e

comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais
(incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir
conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e
coletiva.
 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de
conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo
do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com
liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para

formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e
promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em
âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si
mesmo, dos outros e do planeta.

8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional,

compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros,
com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação,

fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com
acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes,
identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade,

resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos,
inclusivos, sustentáveis e solidários.

A BNCC tem um compromisso com a educação integral, isto é, com uma educação
que vise o desenvolvimento global do ser humano. Nesse sentido, acolhe os educandos
dentro de suas singularidades e diversidades, visando o desenvolvimento pleno desses
sujeitos em todas as suas dimensões (intelectual, afetiva, cultural, física, social) dentro de
instituições de ensino que se pautem em práticas democráticas, inclusivas, participativas, que
respeitem às diversidades e diferenças. Essa educação integral é intencionalmente pensada,
trazendo junto de seus processos educativos a realidade, o contexto, as necessidades, os
interesses dos alunos, sem esquecer da sociedade e dos desafios que ela nos traz.

A BNCC visa ultrapassar as barreiras que a fragmentação do ensino em disciplinas

apresenta, trazendo a necessidade de vincular os conhecimentos às necessidades da realidade
e dos educados, tornando-os atores de seu processo de aprendizagem.
 Organização da BNCC

Ao longo da Educação Básica os alunos têm competências para desenvolver,

divididas a cada etapa e de acordo com as competências gerais e os direitos de aprendizagem.

**Ed. Infantil

A primeira etapa da Educação básica, cujos eixos estruturantes têm interações e

brincadeira como guias, deve assegurar 6 direitos de aprendizagem e desenvolvimento, a
fim de que as crianças possam aprender e se desenvolver de maneira adequada e integral:
CONVIVER, BRINCAR, PARTICIPAR, EXPLORAR, EXPRESSAR E CONHECER-SE.

A Educação Infantil, também, tem 5 campos de experiência que levam em

consideração os direitos de aprendizagem das crianças dessa etapa: O eu, o outro e o nós;
Corpo, gestos e movimentos; Traços, sons, cores e formas; Escuta, fala, pensamento e
imaginação; Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.

Os campos de experiência trazem objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que

precisam ser desenvolvidos com as crianças durante essa etapa. Porém estão separados em
três grupos de faixa etária, respeitando o processo de desenvolvimento infantil

Em cada campo de experiências, são definidos objetivos de aprendizagem e

desenvolvimento organizados em três grupos por faixa etária (bebês (0 a 1 ano e 6 meses);
crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses); crianças pequenas (4 a 5
anos)).

**Ensino Fundamental

A segunda etapa da Educação Básica está dividida em áreas do conhecimento, tendo

em vista que essa organização é um meio de fazer a comunicação entre saberes e
conhecimentos entre os componentes curriculares.

O Ensino fundamental está dividido em Anos Iniciais e Anos Finais, e a BNCC leva
em consideração as características e particularidades dos alunos ao longo dessa etapa na sua
organização.
 Áreas do conhecimento: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências
Humanas e Ensino Religioso. As linguagens compreendem os componentes curriculares de
Língua Portuguesa, Arte, Educação Física e Língua Inglesa (anos finais) e as Ciências
Humanas compreendem História e Geografia. As outras áreas do conhecimento trazem seu
componente curricular específico.

Cada área do conhecimento tem suas competências específicas, relacionadas com às

10 competências gerais, que deverão ser desenvolvidas ao longo do Ensino Fundamental.

Cada componente curricular tem um conjunto de habilidades que estão relacionadas

aos objetos de conhecimento de precisam ser trabalhados em cada ano. Os objetos de
conhecimento são o que chamávamos de conteúdo, englobam conceitos e processos do
ensino.

Os objetos de conhecimento estão organizados em unidades temáticas. As unidades

temáticas trazem para cada componente curricular os objetos de conhecimento a serem
trabalhados e as habilidades que deverão ser desenvolvidas para eles.

As habilidades são as aprendizagens essenciais, dentro de cada objeto de

conhecimento, que devem ser asseguradas aos alunos nos diferentes contextos escolares.

A organização das habilidades na BNCC é uma possibilidade, não um modelo

obrigatório. O próprio documento traz que na organização curricular das unidades de ensino
novos agrupamentos e organizações poderão ser compostos.