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ABORDAGENS

METODOLÓGICAS
DO ENSINO DA
EDUCAÇÃO FÍSICA

Carlos Rey Perez


Proposta teórico-
-metodológica da Base
Nacional Comum Curricular
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Enumerar as características da abordagem pedagógica proposta


pela BNCC.
 Discutir as possibilidades e limitações da abordagem pedagógica da
BNCC aplicada à educação física escolar.
 Formular aulas a partir da abordagem pedagógica da BNCC para os
diferentes níveis de educação física escolar.

Introdução
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) define em seu documento
orientador um conjunto de aprendizagens essenciais que todas as crianças
e todos os jovens inseridos na escola possam desenvolver ao longo da
educação básica. A BNCC é composta por conhecimentos, habilidades,
atitudes e valores, que foram expressos por meio de competências, para
que os estudantes encontrem soluções para as demandas da sua vida
cotidiana, para a sua inserção no mundo do trabalho e para exercitar
com plenitude a sua cidadania.
Portanto, a BNCC parte do pressuposto de que os estudantes tenham
uma educação integral, não somente no sentido de tempo de permanên-
cia diária na escola. Ela vincula a educação ao pleno desenvolvimento dos
estudantes, em suas múltiplas dimensões (intelectual, física, emocional,
social e cultural). A BNCC se desvincula da visão curricular tradicionalista,
com o foco no ensino, e muda o foco para o processo de aprendizagem
dos estudantes, incorporando os seus interesses e os desafios do século
XXI em sua perspectiva.
2 Proposta teórico-metodológica da Base Nacional Comum Curricular

Assim, neste capítulo, você vai estudar as características da abordagem


pedagógica proposta pela BNCC, verificando também suas possibilidades
e limitações, quando aplicada à educação física escolar. Por fim, você
vai compreender como se pode formular aulas a partir da abordagem
pedagógica da BNCC para os diferentes níveis de educação física escolar.

1 A abordagem pedagógica da Base Nacional


Comum Curricular
A divulgação do relatório Delors (1998) foi um marco histórico da modifi-
cação do paradigma educacional. Isso porque esse documento sugeriu como
fundamento para os diversos sistemas de ensino os chamados quatro pilares
da educação, que são:

1. aprender a conhecer;
2. aprender a fazer;
3. aprender a ser; e
4. aprender a conviver.

Tendo o ser humano como protagonista, esses pilares devem ser a estrutura
de qualquer ação educativa, transformando de forma construtiva e duradoura
as relações consigo mesmo e com o outro, nas dimensões pessoal, cultural,
social, cognitiva e profissional.
Nesse contexto, a BNCC é um documento de caráter normativo que define
o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os
alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da educação
básica, de modo que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e
desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua o Plano Nacional
de Educação (BRASIL, 2014). O BNCC assegura de maneira explícita seu
compromisso com uma formação e um desenvolvimento humano integral
(intelectual, físico, afetivo, social, ético, moral e simbólico) das crianças e
jovens. Nesse contexto, a integração do currículo identifica uma comunhão
com princípios e valores que norteiam a construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva (BRASIL, 2017).
Na BNCC, as aprendizagens essenciais devem assegurar ao aluno o desen-
volvimento de 10 competências gerais, que corporificam o direito à aprendi-
zagem e ao desenvolvimento integral do aluno.
Proposta teórico-metodológica da Base Nacional Comum Curricular 3

Figura 1. As 10 competências gerais da Base Nacional Comum Curricular.


Fonte: INEP (2017, documento on-line).

O papel da educação e do aluno pela BNCC


Amparada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº.
9394, de 20 de dezembro de 1996) e pelas Diretrizes Curriculares Nacionais
da Educação Básica, a BNCC é a referência nacional obrigatória para que
as escolas desenvolvam suas propostas pedagógicas em consonância com
as aprendizagens essenciais. Esse desenvolvimento deve ser norteado pelo
princípio fundamental de propiciar a todos os alunos a formação necessária
para o exercício da cidadania plena. Assim, a BNCC busca “[...] colocar em
perspectiva as oportunidades de desenvolvimento do/a estudante e os meios
para garantir-lhe a formação comum, imprescindível ao exercício da cidadania”
(BRASIL, 2017, documento on-line).
Para isso, na BNCC, estão normatizados, a todos os alunos, os direitos à
aprendizagem e ao desenvolvimento integral, que devem ocorrer com base
nos princípios universais da ética, da política e da estética, em todas as etapas
4 Proposta teórico-metodológica da Base Nacional Comum Curricular

da educação básica. Nesse sentido, os componentes curriculares têm o papel


primordial de garantir essa formação e esse desenvolvimento.
Os princípios éticos dizem respeito à solidariedade, no âmbito do fortale-
cimento de laços de amizade e da tolerância mútua na vida em sociedade, e
ao respeito à diversidade e ao acolhimento, com a valorização das diferenças
individuais, devendo o ensino ser participativo e inclusivo. No campo do
desenvolvimento político, a BNCC atua em prol do pertencimento do aluno
à sociedade, da formação do cidadão compromissado e responsável com o
bem-estar comum.

[…] Um cidadão que possa, na sua passagem pela escola, isto é, através do cur-
rículo, aprofundar os conhecimentos que adquiriu nas experiências da cultura
e interagir com os saberes sistematizados, quer seja do campo da filosofia, da
arte, da educação física, da matemática, das ciências, da língua portuguesa
ou estrangeira, etc. Esse entrecruzamento cultural lhe proporcionará uma
participação mais qualificada na esfera pública. Isso acontece não somente
pelo aprimoramento da leitura e escrita, mas também mediante uma quantidade
enorme de conhecimentos e saberes que viabilizam a compreensão, a crítica e
a ação no mundo (NEIRA; ALVIANO; ALMEIDA, 2016, documento on-line).

No que tange à estética, a BNCC incentiva a compreensão e a apreensão


da realidade pela sensibilidade, resultante não apenas da ação cognitiva, mas
incluindo a imaginação, o prazer e a intuição, constituintes de um sujeito
crítico e criativo. Nesse contexto, o aluno é um ser simbólico. Segundo Rios
(2010; p. 98), “[…] a racionalidade não está descolada da sensibilidade, mas
ao contrário, está articulada a outras tantas capacidades, que influenciam na
realidade com potência para transformá-la”.
Na BNCC, o aluno tem papel preponderante na aprendizagem, passando de
mero coadjuvante para protagonista no processo educacional. Há a valorização
da experiência vivida e do conhecimento do cotidiano, que são fundamentais
para elaborar novos conhecimentos, indicando a formação de um sentido
crítico — com isso, o aluno assume um papel de investigador. Para que isso
ocorra, o professor deve conduzir o conhecimento, que será aprendido de ma-
neira sistematizada e intencionalmente organizada; então, esse conhecimento
poderá ser apropriado pelo aluno, que, assim, desenvolve suas potencialidades.
Proposta teórico-metodológica da Base Nacional Comum Curricular 5

Qual é a diferença entre as competências gerais e as competências socioemo-


cionais na BNCC?
Há uma certa dúvida em relação aos tipos de competências propostas pela BNCC,
muitas vezes entendidas como sinônimos. “Na BNCC, competência é definida como
a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas,
cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da
vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho” (BRASIL, 2017,
documento on-line). Na prática, é a utilização dos saberes dos diversos componentes
curriculares em questões do cotidiano, pautada pelos princípios da ética, da política
e da estética.
As competências socioemocionais, cujo entendimento teve início com os estudos
no campo da psicologia na década de 1930, são competências que emergem da
gestão das emoções e estão relacionadas à capacidade de mobilização e articulação.
Trata-se de colocar em ação os valores e as atitudes éticas de uma forma responsável e
intencional, cultivando a empatia e estabelecendo relações positivas consigo mesmo
e com o outro.
Na realidade, uma competência é complemento da outra, uma vez que, na aborda-
gem pedagógica da BNCC, não existe uma hierarquia de competências. O aluno e o
conhecimento não são fragmentados, e os conteúdos são trabalhados nas diversas
dimensões (cognitiva, motora e sociocultural).

2 Possibilidades e limitações
Na BNCC, a educação física está inserida na área de linguagens, juntamente
com outros componentes curriculares, como língua portuguesa, língua es-
trangeira moderna e arte. O documento explicita que:

A finalidade é possibilitar aos estudantes participar de práticas de linguagem


diversificadas, que lhes permitam ampliar suas capacidades expressivas em
manifestações artísticas, corporais e linguísticas, como também seus conhe-
cimentos sobre essas linguagens, em continuidade às experiências vividas na
Educação Infantil (BRASIL, 2017, documento on-line).

A educação física tem como objetivo principal exercitar a subjetividade


humana, ou seja, compreender a história e a dinâmica e experimentar as práticas
sociais que formam a cultura corporal de movimento. Ela visa à utilização
6 Proposta teórico-metodológica da Base Nacional Comum Curricular

desses recursos no cotidiano, em momentos de lazer, usufruindo de uma melhor


qualidade de vida. Para isso, a BNCC concebe a educação física como “[...]
um conjunto de práticas sociais centradas no movimento, realizadas fora das
obrigações laborais, domésticas, higiênicas, religiosas, nas quais os sujeitos
se envolvem, em função de propósitos específicos, sem caráter instrumental”
(BRASIL, 2017, documento on-line).
Em articulação com as competências gerais da BNCC, a educação física,
inserida na área de linguagens, deve garantir aos alunos o desenvolvimento
das competências específicas descritas a seguir (BRASIL, 2017, documento
on-line):

1. Compreender a origem da cultura corporal de movimento e seus vínculos


com a organização da vida coletiva e individual.
2. Planejar e empregar estratégias para resolver desafios e aumentar as pos-
sibilidades de aprendizagem das práticas corporais, além de se envolver no
processo de ampliação do acervo cultural nesse campo.
3. Refletir, criticamente, sobre as relações entre a realização das práticas
corporais e os processos de saúde/doença, inclusive no contexto das ativi-
dades laborais.
4. Identificar a multiplicidade de padrões de desempenho, saúde, beleza e
estética corporal, analisando, criticamente, os modelos disseminados na mídia
e discutir posturas consumistas e preconceituosas.
5. Identificar as formas de produção dos preconceitos, compreender seus
efeitos e combater posicionamentos discriminatórios em relação às práticas
corporais e aos seus participantes.
6. Interpretar e recriar os valores, os sentidos e os significados atribuídos às
diferentes práticas corporais, bem como aos sujeitos que delas participam.
7. Reconhecer as práticas corporais como elementos constitutivos da identidade
cultural dos povos e grupos.
8. Usufruir das práticas corporais de forma autônoma para potencializar o
envolvimento em contextos de lazer, ampliar as redes de sociabilidade e a
promoção da saúde.
9. Reconhecer o acesso às práticas corporais como direito do cidadão, pro-
pondo e produzindo alternativas para sua realização no contexto comunitário.
10. Experimentar, desfrutar, apreciar e criar diferentes brincadeiras, jogos,
danças, ginásticas, esportes, lutas e práticas corporais de aventura, valorizando
o trabalho coletivo e o protagonismo.

Ao tratar de conhecimentos específicos para a área da educação física,


a BNCC remete às práticas corporais e às suas reflexões nas mais diversas
dimensões e busca, assim, por meio da sua promoção, dar sentido e signi-
ficado para os estudantes, ou seja, aqueles que realmente a vivenciam. A
BNCC tem a visão de que o movimento humano sempre está inserido em um
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contexto maior, seja ele cultural, histórico ou social, ao mesmo tempo que é
interpretado de acordo com esses contextos. Assim, a BNCC para a educação
física propõe que as competências específicas ampliem e deem consciência à
cultura corporal de movimento, de modo que o estudante possa desenvolver
sua autonomia, sua criticidade e uma participação ativa no seu grupo social.
Boscatto, Impolcetto e Darido (2016, documento on-line) entendem que a
BNCC, dessa forma, pode contribuir para a educação física na escola, “[…]
com a práxis educativa cotidiana dos professores, considerando a falta de
tradição na área quanto à organização curricular de seus conteúdos”.
Pelo documento, existe a proposta de que cada sistema de ensino ou escola
escolha as competências e os objetivos de acordo com a peculiaridade de cada
região. De acordo com Martinelli et al. (2016 documento on-line), o documento,
“[…] desse modo, reforça os princípios e valores de uma educação para a
‘cidadania’ e ‘democracia’, princípios basilares do documento”. No entanto,
a sistematização curricular da educação física é necessária para a definição
dos conteúdos a serem ensinados, para a organização desses conteúdos por
anos ou ciclos de aprendizagem e para auxiliar os professores na elaboração
de seus próprios currículos à luz dos interesses de seus alunos e da proposta
pedagógica da escola, conforme apontam Boscatto, Impolcetto e Darido (2016).
Contudo, para Daólio (2002), a educação física deve trabalhar com blocos
de conteúdo (jogo, ginástica, dança, luta e esporte), em todos os anos e es-
colas. Em cada bloco, as características e os significados das manifestações
culturais locais devem ser levados em consideração; assim, o desenvolvimento
dos conteúdos, a sua implementação e o sentido dado em cada bloco serão
diversificados. Para esse autor, dessa forma, o professor se transformará de
mero executor para um mediador de conhecimentos.

[…] é possível selecionar da cultura corporal de movimento os conteúdos


considerados universais, ou seja, aqueles que são fundamentais no currículo
de EF escolar das diferentes partes do país, de acordo com a estruturação que
a BNCC prevê para a EF escolar (BOSCATTO; IMPOLCETTO; DARIDO,
2016, documento on-line).
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Tradicionalmente, a escola reserva um dia em seu calendário escolar para a realização


da festa junina. Para a educação física, a tarefa é a apresentação de danças típicas
tradicionais, como a quadrilha, ou danças modernas, como o sertanejo (dança brasileira)
ou o country (dança do mundo), que também constam no planejamento anual na
temática danças. Nesse contexto, o professor pode trabalhar, além da coreografia
das danças, o conhecimento histórico-social. Por exemplo, pode-se explicar que os
movimentos foram inspirados na dança da nobreza europeia e que os nomes dos
passos são adaptações de palavras francesas, como anarriê, anavantur e balancê. De
outra forma, sem essa contextualização, os estudantes não são instigados a desenvolver
com plenitude as origens e tradições do povo brasileiro.

Mesmo assim, quando o planejamento das aulas não está organizado de


forma que o diagnóstico inicial seja parte integrante da noção sobre “ de onde
o professor vai partir” e “onde ele quer chegar” com os alunos, é necessário ter
ciência exata de quais conhecimentos os alunos trazem e de seus interesses e suas
potencialidades de modo individual. Assim, ao estabelecer conteúdos básicos
em cada unidade temática e em qual etapa da progressão educacional deve ser
ministrado esse conteúdo, a BNCC não permite a liberdade de escolha do professor
de acordo com o diagnóstico inicial. “Um programa de aulas que imponha que
o basquetebol deva ser ensinado a partir da quinta série, no segundo bimestre
do ano, seguindo a mesma estrutura pedagógica tida como universal, estará, no
mínimo, desconsiderando as especificidades locais. Não estará respeitando a
tradição histórica e a dinâmica cultural do grupo” (DAÓLIO, 2002, p. 18-19).
A educação física subsidia o enriquecimento cultural dos alunos por meio
dos saberes corporais, cognitivos, éticos e estéticos e do conhecimento cons-
truído pela humanidade, pautado em experiências lúdicas (BRASIL, 2017).
Essa forma de pensamento pode ir, supostamente, em direção às concepções
das teorias sociológicas da educação física, já que, nessa perspectiva, segundo
Betti e Zuliane (2012, documento on-line), objetiva-se “[…] introduzir e inte-
grar o aluno na cultura corporal de movimento, formando o cidadão que vai
produzi-la, reproduzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir
do jogo, do esporte, das atividades rítmicas e dança, das ginásticas e práticas
de aptidão física, em benefício da qualidade da vida”. No entanto, para Neira
(2018, documento on-line), há falta de consistência na BNCC, pois ela não deixa
claro qual é o referencial teórico utilizado para as noções de cultura e cultura
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corporal: “[…] conceitos centrais como cultura e cultura corporal deveriam ter
sido explicados, pois, a depender do referencial adotado, refletir-se-ão sobre
a prática de diferentes maneiras”.
Outro ponto de discórdia para Neira (2018) é em relação às competências
socioemocionais; para o autor, no documento, estabelece-se total consonância
com uma educação integral, mas os conteúdos práticos põem em xeque tal
integralidade. A depender de como o professor introduz os conceitos das compe-
tências socioemocionais, o estudante fica à mercê de subjetivações decorrentes
de esses conceitos não estarem bem estruturados na prática do professor.
Rezer ([2016]) afirma que a escola está repleta de experiências de forma-
ção cognitiva, que representam grande parte do investimento proposto por
ela. A BNCC, segundo o autor, procura reforçar (mesmo sem querer) essa
dimensão cognitiva, ao afirmar que “[…] pode colaborar com os processos
de letramento e alfabetização dos alunos, ao criar oportunidades e contextos
para ler e produzir textos que focalizem as distintas experiências e vivências
nas práticas corporais tematizadas” (REZER, [2016], documento on-line).

Não foram estipuladas habilidades de reflexão sobre a ação, construção de


valores, compreensão e protagonismo comunitário. Ao que parece, o privilé-
gio concedido ao domínio cognitivo suplantou os demais. O fato não é uma
exceção, nenhuma unidade temática e, por consequência, nenhum objeto de
conhecimento foram contemplados com habilidades referentes a todas as
“dimensões” anunciadas (NEIRA, 2018, documento on-line).

3 Abordagem da Base Nacional Comum


Curricular aplicada à educação física escolar
O professor necessita organizar suas aulas tendo como foco as habilidades,
competências gerais e competências específicas presentes na BNCC, que serão
trabalhadas de forma sistemática. Dessa forma, o professor deve ter em mente
as 10 competências gerais da BNCC que estão articuladas com as competências
específicas da área de educação física, respeitando as possibilidades didáticas
das unidades temáticas. Deve-se fazer um arranjo com os objetos de conhe-
cimento que estarão presentes ao longo do ensino fundamental, que, por sua
vez, relacionam-se com as diversas habilidades presentes no documento da
BNCC. Dessa forma, na BNCC, as habilidades firmam um compromisso para
que os estudantes vivenciem as aprendizagens essenciais no contexto escolar.
Na Figura 2, são estabelecidas as relações existentes na organização peda-
gógica e didática das aulas a partir da abordagem da BNCC. As competências
10 Proposta teórico-metodológica da Base Nacional Comum Curricular

gerais e específicas das disciplinas são definidas como a mobilização do


conhecimento historicamente acumulado e são organizadas pelos blocos de
unidades temáticas de cada componente curricular. Para cada unidade, os
conteúdos, processos e conhecimentos específicos são estruturados com o
objeto do conhecimento que será abordado — por exemplo, as partes do corpo
humano. Por fim, as habilidades essenciais esperadas em cada disciplina são
apresentadas por meio de verbos, como compreender, identificar, experimentar,
que identificam o que será pedido ao aluno.

Figura 2. Organização pedagógica e didática de uma aula na abordagem da Base Nacional


Comum Curricular.
Fonte: Ratier (2018, documento on-line).

Educação física na BNCC: etapa da educação infantil


Na educação infantil, os objetivos visam à interligação entre escola e família,
de forma a acolher as experiências e os conhecimentos que as crianças trazem
do ambiente familiar e do contexto do seu grupo social, articulando-os com
a proposta pedagógica da escola.
Proposta teórico-metodológica da Base Nacional Comum Curricular 11

[…] para potencializar as aprendizagens e o desenvolvimento das crian-


ças, a prática do diálogo e o compartilhamento de responsabilidades entre
a instituição de Educação Infantil e a família são essenciais. Além disso, a
instituição precisa conhecer e trabalhar com as culturas plurais, dialogando
com a riqueza/diversidade cultural das famílias e da comunidade (BRASIL,
2017, documento on-line).

Nessa etapa, os componentes curriculares são divididos por campos de


experiência, em vez de áreas de conhecimento, como nas outras etapas da
educação básica. “Os campos de experiências constituem um arranjo curri-
cular que acolhe as situações e as experiências concretas da vida cotidiana
das crianças e seus saberes, entrelaçando-os aos conhecimentos que fazem
parte do patrimônio cultural” (BRASIL, 2017, documento on-line). Assim,
estabelecem-se os campos de experiência apresentados no Quadro 1.

Quadro 1. Campos de experiência da educação infantil e suas definições

Diz respeito à interação da criança com as outras


O eu, o outro
crianças e com os adultos que a cercam, constituindo,
e o nós
assim, um modo próprio de agir, sentir e pensar.

Por meio do corpo (gestos e movimentos impulsivos/


intencionais, coordenados/espontâneos), as crianças
exploram o mundo, os espaços e os objetos ao
Corpo, gestos e
seu redor, estabelecendo relações, brincando e
movimentos
produzindo conhecimentos sobre si mesmas e
as outras, dentro do seu universo sociocultural,
tomando consciência da sua corporeidade.

Conviver com diferentes manifestações artísticas,


culturais e científicas, do seu grupo social ou
Traços, sons,
universais, vivenciando as diversas formas
cores e formas
de expressão e linguagens, como pintura,
modelagem, colagem, música, teatro e dança.

Escuta, fala, As crianças participam de situações comunicativas do


pensamento e seu cotidiano com as pessoas com as quais interagem,
imaginação despertando o seu pensamento e a sua imaginação.

Espaços, tempos, Exploração de diferentes espaços e tempos escolares


quantidades, nas diversas dimensões constituídas em um
relações e mundo de fenômenos naturais e socioculturais.
transformações

Fonte: Adaptado de Brasil ([201-a]).


12 Proposta teórico-metodológica da Base Nacional Comum Curricular

A partir desses campos de experiência, podemos deduzir como o mais


próximo de uma cultura corporal de movimento o item “Corpo, gestos e
movimentos”. As aprendizagens propostas para esse campo são (BRASIL,
2017, documento on-line):

- Reconhecer a importância de ações e situações do cotidiano que contribuem


para o cuidado de sua saúde e a manutenção de ambientes saudáveis.
- Apresentar autonomia nas práticas de higiene, alimentação, vestir-se e no
cuidado com seu bem-estar, valorizando o próprio corpo.
- Utilizar o corpo intencionalmente (com criatividade, controle e adequação)
como instrumento de interação com o outro e com o meio.
- Coordenar suas habilidades manuais.

Dessa forma, o professor de educação física pode desenvolver atividades


que vinculem questões de problemas do cotidiano, por exemplo:

 reciclagem do lixo, solicitando que os alunos tragam materiais reciclá-


veis de suas casas e construam brinquedos, como boliche e vai e vem,
usando, posteriormente, os brinquedos nas aulas de educação física;
 elaboração de cartazes com colagem, que podem ser espalhados pela
escola, com dicas de atividades físicas para que alunos imitem e brin-
quem em grupo;
 promoção de atividades de conhecimento do próprio corpo, sobre as
suas características e o respeito pelo corpo;
 ensino de danças tradicionais e folclóricas.
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Atividades de esquema corporal são importantes para que a criança tenha consciência
sobre seu próprio corpo, sendo indispensáveis, também, para a formação de esquemas
espaciais e temporais. O desenvolvimento do esquema corporal da criança está atrelado
à maturidade neurológica e às suas vivências corporais. Como exemplos de atividades
para a etapa da educação infantil, podemos citar a seguinte:
 pedir para os alunos desenharem e descreverem seu corpo inteiro no caderno;
 com um rolo de papel kraft, pedir para um aluno se deitar sobre o papel e fazer o
contorno do corpo, fixar o papel com o desenho do corpo e pedir para os alunos
nomearem as partes do corpo que conhecem;
 estimular os alunos a compararem o desenho que fizeram no papel com o que
foi exposto no papel kraft;
 fornecer informações sobre movimentos que trabalham os músculos e as
articulações.

Educação física na BNCC: etapa do ensino fundamental


A educação física escolar é um componente curricular cujo objeto de estudo
são as práticas corporais produzidas pelos diferentes grupos sociais ao longo
da história. Para a área de educação física, “Há três elementos fundamentais
comuns às práticas corporais: movimento corporal como elemento essencial;
organização interna (de maior ou menor grau), pautada por uma lógica especí-
fica; e produto cultural vinculado com o lazer/entretenimento e/ou o cuidado
com o corpo e a saúde” (BRASIL, 2017, documento on-line).
Dentro dessa lógica, a BNCC divide os conteúdos a serem trabalhados na
educação física escolar por unidades temáticas, que são: jogos e brincadeiras;
esportes; ginásticas; danças; lutas; práticas corporais de aventura. Para os anos
iniciais do ensino fundamental, a BNCC busca a qualificação, a produção e
a existência das práticas corporais, pautadas no diálogo professor-aluno, sem
interrupção com relação às experiências vividas na educação infantil. Os
objetos de conhecimento foram divididos em dois ciclos (do 1º ao 2º ano e do
3º ao 5º ano), conforme mostra o Quadro 2.
14 Proposta teórico-metodológica da Base Nacional Comum Curricular

Quadro 2. Atividades por unidades temáticas por ciclo de aprendizagem nos anos iniciais
do ensino fundamental

Atividades 1º e 2º ano 3º ao 5º ano

Brincadeiras  Brincadeiras e jogos da  Manifestações de brincadeiras


e jogos cultura popular. P. ex.: e jogos tradicionais do Brasil
queimada, esconde- e do mundo. P. ex.: oficina de
-esconde, pega-pega, pipas, jogo do pião, flagball
corre cotia, batata (adaptação do futebol
quente americano), cabo de guerra

Esportes  Esportes que envolvam  Esportes que utilizam um


registro de tempo ou implemento. P. ex.: jogo de
distância. P. ex.: jogo de taco, beisebol adaptado
estafeta, corridas com  Esportes que utilizam uma rede
marcação de tempo, ou parede para arremessar,
pega-pega com rebater ou lançar uma bola. P.
variações ex.: jogos pré-desportivos de
 Esportes que voleibol, rebater a bola em uma
envolvam lançamento parede
e arremesso. P. ex.:  Esportes que envolvam a
bocha, tiro ao alvo, conquista de espaço no campo
lançamento em aros ou quadra do adversário. P.
ou baldes variando a ex.: jogos pré-desportivos de
distância basquetebol ou handebol

Ginásticas  Ginástica geral. P.  Ginástica geral. P. ex.: exercícios


ex.: exercícios de de condicionamento físico e
condicionamento físico alongamento, importância do
e alongamento aquecimento, ginástica circense

Danças  Danças folclóricas  Danças tradicionais do Brasil e


e regionais. P. do mundo. P. ex.: apresentação
ex.: exercícios de frevo ou dança de salão
que envolvam
deslocamento rítmico
com músicas populares,
individual ou em
pequenos grupos

Lutas  Inserção do tema lutas no


contexto regional ou do
Mundo. P. ex.: briga de galo,
boxe, lutas de desequilíbrio do
adversário

Fonte: Adaptado de Brasil ([201-b]).


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Nos anos finais do ensino fundamental, os alunos estão mais alheios, e as


interações sociais se tornam mais complexas. As práticas corporais que permitem
identificar significados e sentidos e, posteriormente, recriá-los, com a valorização
do trabalho em grupo, solidificando seu protagonismo, são mais apreciadas pelos
alunos. As práticas corporais são ampliadas para o uso para o lazer e a saúde
e passam a ser entendidas como um direito do aluno, como cidadão. A cultura
corporal de movimento é promovida com base na identidade cultural e social
dos alunos, adotando-se uma postura crítica em relação a temas considerados
caros para a sociedade contemporânea, como o preconceito de raça e gênero.
Os objetos de conhecimento para esses anos também foram divididos em
dois ciclos (do 6º ao 7º ano e do 8º ao 9º ano), conforme mostra o Quadro 3.

Quadro 3. Atividades por unidades temáticas por ciclo de aprendizagem nos anos finais

Atividades 6º e 7º ano 8º e 9º ano

Jogos  Jogos eletrônicos. P. ex.:


campeonato de jogos
eletrônicos, atividades de
orientação utilizando o GPS
do aparelho celular

Esportes  Esportes que envolvam  Esportes que envolvam


registro de tempo ou registro de tempo ou
distância. P. ex.: atletismo distância. P. ex.: atletismo
 Esportes que envolvam  Esportes que envolvam
lançamento e arremesso. P. lançamento e arremesso. P.
ex.: bocha, tiro ao alvo ex.: bocha, tiro ao alvo
 Esportes que utilizam  Esportes que utilizam
uma rede ou parede para uma rede ou parede para
arremessar, rebater ou arremessar, rebater ou
lançar uma bola. P. ex.: lançar uma bola. P. ex.:
jogos de voleibol, rebater a jogos de voleibol, rebater a
bola em uma parede bola em uma parede
 Esportes que envolvam  Esportes que envolvam
a conquista de espaço a conquista de espaço
no campo ou quadra do no campo ou quadra do
adversário. P. ex.: jogos de adversário. P. ex.: jogos de
basquetebol ou handebol basquetebol ou handebol
 Introdução de técnicas  Introdução de técnicas e
e táticas dos diversos táticas dos diversos esportes
esportes  Esportes que envolvam luta
física. P. ex.: boxe tailandês

(Continua)
16 Proposta teórico-metodológica da Base Nacional Comum Curricular

(Continuação)

Quadro 3. Atividades por unidades temáticas por ciclo de aprendizagem nos anos finais

Atividades 6º e 7º ano 8º e 9º ano

Ginásticas  Ginástica geral. P.  Ginástica de


ex.: exercícios de condicionamento físico. P.
condicionamento físico e ex.: importância para o lazer
alongamento e a saúde

Danças  Danças urbanas. P. ex.:  Danças de salão. P. ex.:


apresentação e concurso apresentação e concurso
de danças urbanas, como de danças de salão, como
hip-hop valsa, tango e samba

Lutas  Lutas do Brasil. P. ex.:  Lutas do mundo. P. ex.: judô


capoeira, maculelê e karatê

Práticas  Práticas corporais de  Práticas corporais de


corporais de aventura urbana. P. ex.: aventura na natureza. P.
aventura skate, equilíbrio na corda ex.: corrida de orientação
elevada usando bússola do
aparelho celular

Fonte: Adaptado de Brasil ([201-b]).

Educação física na BNCC: etapa do ensino médio


Para o ensino médio, a BNCC estabelece que o aluno que conclui essa etapa
da educação básica deve ser capaz de analisar criticamente o mundo e, es-
pecificamente, seu grupo social, de se comunicar com clareza nas diversas
linguagens — escrita, falada ou corporal — e em seus variados contextos,
utilizando-se da argumentação e da expressão de suas emoções na solução dos
problemas do cotidiano, aprendendo continuamente. Por isso, a fragmentação
dos conteúdos deve ser superada na forma de integração com os diferentes
componentes curriculares, enfatizando e apoiando a construção de seu projeto
de vida, no intuito de desenvolver as capacidades essenciais para sua autonomia
pessoal, profissional, intelectual e política, visando à criticidade de suas ações.
Nesse sentido, a BNCC estabelece que, para o ensino médio:

[…] a abordagem integrada da cultura corporal de movimento na área de Lin-


guagens e suas Tecnologias aprofunda e amplia o trabalho realizado no Ensino
Fundamental, criando oportunidades para que os estudantes compreendam
Proposta teórico-metodológica da Base Nacional Comum Curricular 17

as inter-relações entre as representações e os saberes vinculados às práticas


corporais, em diálogo constante com o patrimônio cultural e as diferentes
esferas/campos de atividade humana (BRASIL, 2017, documento on-line).

Nessa etapa da educação básica, os conteúdos da educação física, dentro


das unidades temáticas, visam ao aperfeiçoamento das técnicas/táticas, dos
conceitos e das habilidades, de modo que a interdisciplinaridade se traduza
em uma constante argumentação com os saberes de outras áreas. O esporte
assume seu potencial na tomada de decisões com valores éticos e humanis-
tas, em defesa dos direitos humanos e da democracia. Desse modo, deve-se
promover experiências próximas à vida acadêmica, profissional e pública,
utilizando-se de recursos tecnológicos digitais, com exercícios de análise
crítica e classificação.
Os professores devem retomar as potencialidades e os limites do corpo
com seus alunos, de forma a garantir a conscientização sobre uma vida ativa
e saudável, o autoconhecimento, o autocuidado com o corpo e a saúde, a so-
cialização e o lazer. Deve-se promover a discussão da utilização dos espaços
privados e, principalmente, públicos para a prática corporal, em prol do seu
grupo social em específico e da cidadania de modo geral.

No artigo disponível no link a seguir, as autoras fazem uma apropriação da unidade


temática da dança, utilizando caminhos formativos para contextualizá-la aos alunos
do ensino médio.

https://qrgo.page.link/5CswF

Assim, pode-se realizar atividades de aceitação corporal, promovendo


autoconfiança nas aulas de educação física, ou uma discussão sobre o doping
no esporte, como gancho para a discussão sobre o uso de anabolizantes nas
academias, para ter um corpo apresentável de acordo com os padrões de
beleza que a sociedade impõe. Pode-se promover discussões sobre o combate
ao sedentarismo, como promoção da qualidade de vida, e atividades que
envolvam os alunos com diversidade física e cultural, como os alunos com
18 Proposta teórico-metodológica da Base Nacional Comum Curricular

deficiência, promovendo o respeito, a inclusão e a igualdade de gênero no


esporte, favorecendo a ideia do esporte para todos.

Acesse o link a seguir e assista a um vídeo que resume a BNCC em relação à área de
linguagens.

https://qrgo.page.link/yPmUa

A BNCC traduz com eficiência a exploração dos ideais de uma formação


integral dos alunos, necessária para promover uma educação pautada pela
valorização do conhecimento historicamente acumulado e da cultura do grupo
social em que se vive, mediada por um professor que enfatize o processo
de aprendizagem, com uma formação crítica, apresentando soluções para
a realidade social dos alunos. A educação física é uma prática pedagógica,
social e cultural, que se constituiu como a reprodução de uma cultura corporal,
promovendo as potencialidades humanas. Ela se baseia nas manifestações
corporais por meio de jogos e brincadeiras, esportes, danças, lutas, ginasticas
e práticas corporais de aventura.

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20 Proposta teórico-metodológica da Base Nacional Comum Curricular

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