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UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR

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LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

ANA CAROLINA ANDRADE DE OLIVEIRA

A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E AS


PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

Assis/SP
2021
UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR

___________________________________________________________________
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

ANA CAROLINA ANDRADE DE OLIVEIRA

A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E AS


PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

Trabalho de Produção Textual Interdisciplinar


apresentado a Universidade Pitágoras Unopar, como
requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas
disciplinas de Didática, Pensamento Ciêntifico,
Funcionamento da Educação Brasileira e Políticas
Públicas, Práticas Educativas em Espaços não
Escolares e Psicologia da Educação e da Aprendizagem.

Orientador: Prof. Maria Nilse Favato

Assis/SP
2021
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................3
2 A RELAÇÃO ENTRE A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC)
E AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS........................................................................4
2.1 APRESENTAÇÃO DE POSTURAS E PROPOSTAS DAS COMPETÊNCIAS
GERAIS INDICADAS NA BNCC..................................................................................8
3 CONCLUSÃO...................................................................................................9
4 REFERÊNCIAS.............................................................................................. 11
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1 INTRODUÇÃO

A cada ano que passa a educação nos mostra o quanto é tão importante na
vida de todos, com isso os professores precisam buscarem sempre atualização de
conhecimentos, para que possam desenvolver práticas pedagógicas eficientes, do
modo em que o ensino seja transferido ao aluno e o mesmo consiga alcançar seu
aprendizado.
Com o surgimento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) as escolas
tiveram que adequar seus currículos de acordo com a mesma. Desta forma, todos
os profissionais da educação precisaram conhecer o documento, obtendo
conhecimento para desenvolver práticas pedagógicas juntamente com as
competências existentes no documento.
No decorrer deste trabalho, será abordado importantes destaques que
possibilite ter a visão de como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) se
relaciona com as tendências pedagógicas. O objetivo é esclarecer como uma
complementa a outra, de modo que são usadas em conjunto em um ambiente
escolar, por meio de pesquisas bibliográficas.
Portanto, essa pesquisa se fez importante, para que todos tenham uma visão
ampla dos dois temas e possam refletir, desenvolver conhecimentos e práticas que
possam aplicar em sua vida profissional.
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2 A RELAÇÃO ENTRE A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC) E AS


TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS

A Educação é de extrema importância para o desenvolvimento de


todos os cidadãos, é um direito e deve-se cumprir de acordo com cada faixa etária,
de modo em que o ensino seja eficiente no desenvolvimento da aprendizagem de
cada estudante.
Em dezembro de 2017 foi homologado um documento que devesse
seguir em todo o Brasil como base na educação básica. A Base Nacional Comum
Curricular (BNCC), veio para combater a desigualdade no ensino, nela contém as
aprendizagens essenciais que todo cidadão tem o direito de desenvolver durante o
seu percurso nos anos iniciais e finais do ensino básico ofertado.
Este documento normativo aplica-se exclusivamente à
educação escolar, tal como a define o § 1º do Artigo 1º da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996), e
está orientado pelos princípios éticos, políticos e estéticos que visam
à formação humana integral e à construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva, como fundamentado nas Diretrizes
Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCN). (BRASIL, 2018,
p.07)

Antes do surgimento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC),


cada município tinha um modo de trabalhar os currículos de ensino, a partir do
momento em que foi obrigatório a aplicação da BNCC, todas as instituições tiveram
que adequar o seu modelo de ensino de acordo com a mesma. Dessa forma, os
estudantes têm segurado o mínimo de aprendizagem que devem desenvolver ao
longo de sua trajetória como estudante da rede básica, e de acordo com o
documento o modelo de ensino deve-se garantir aos alunos o desenvolvimento de
10 competências gerais.
É imprescindível destacar que as competências gerais da
Educação Básica, apresentadas a seguir, inter-relacionam-se e
desdobram-se no tratamento didático proposto para as três etapas da
Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino
Médio), articulando-se na construção de conhecimentos, no
desenvolvimento de habilidades e na formação de atitudes e valores,
nos termos da LDB. (BRASIL, 2018, p.08-09)

Dessa forma, de acordo com as competências gerais destacadas na


Base Nacional Comum Curricular (BNCC) o estudante deve-se conseguir obter:
1. Conhecimento: adquirir diversos saberes, valorizar tudo que é
aprendido durante o percurso escolar para conseguir entender e
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explicar a realidade na vida cotidiana, continuar a aprender com


as experiências mesmo após os anos de estudo, contribuindo
para uma sociedade melhor.
2. Pensamento científico, crítico e criativo: utilizar a mente
exercitando o modo de pensar, analisar, trabalhar a criatividade
para resolver problemas que aparecem no decorrer de toda a
vida do cidadão com base nos conhecimentos obtidos em
diferentes áreas.
3. Repertório cultural: valorizar as artes no meio onde se vive,
aprender outros tipos de vivências culturais, para conhecer não
só o que se vive, mas ampliar o entendimento da cultura no
mundo todo.
4. Comunicação: saber utilizar os diferentes tipos de linguagens, de
forma que consiga que outras pessoas entendam o
conhecimento que quer transferir e ao mesmo tempo entender o
que está transferindo ao outro, assim, conseguir expressar o que
de fato quer comunicar as pessoas e a si mesmo.
5. Cultura Digital: saber desenvolver habilidades tecnológicas,
compreensão do mundo digital e a utilização dessa ferramenta
de forma correta, dessa forma, utilizando para comunicação,
disseminação de informações, produção de conteúdo, entre
outras diversas possibilidades que a tecnologia nos oferta.
6. Trabalho e projeto de vida: conseguir conhecer diversos saberes
e vivenciar diversas situações culturais que traga o entendimento
do mundo do trabalho, a fim de que cada pessoa consiga fazer
suas próprias escolhas com responsabilidade, decidir o que quer
fazer durante sua vida, qual o caminho percorrer de modo que
ela mesma decida o seu projeto de vida.
7. Argumentação: saber desenvolver comunicação baseado em
informações verídicas, por meio de fatos ou dados confiáveis,
com intenção de conseguir defender seu ponto de vista,
participar de discussões sabendo que está passando ideias reais
e garantir um convívio no mundo garantindo seus direitos como
um todo.
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8. Autoconhecimento e autocuidado: compreender a si mesmo,


desenvolver cuidados consigo e o seu corpo, mente entre outros
aspectos. Aprender a conviver com as emoções de si mesmo e
de outras pessoas, interagir, conhecer e cuidar de quem está ao
seu redor.
9. Empatia e cooperação: saber se colocar no lugar de outra
pessoa, respeitar a todos, independentemente de sua cultura,
seu modo de viver. Saber conversar para resolver problemas e
cooperar com outras pessoas no meio onde se vive, quando
preciso, em todos os momentos de sua vida.
10. Responsabilidade e cidadania: desenvolver o agir de modo ético,
sendo pessoal ou em coletividade, ter a responsabilidade na
sociedade, sendo sua convivência de acordo com a cidadania
com princípios e valores.
Portanto, os professores têm muitos desafios, além de mudar o
modo de ensino que utilizavam para ensinar seus alunos, agora precisam se
preparar de acordo com esse documento e se atentar em como aplicar na pratica as
competências descritas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Ainda mais, a educação vem mudando com o passar dos anos, no
modo em que o saber é transferido ao estudante, também está em constante
atualização. A história da educação no Brasil traz consigo algumas tendências
pedagógicas que foram surgindo durante a transformação do ensino, de acordo com
Libâneo (1989), conforme citado por Silva (2018, p. 98) classifica as pedagogias em
dois grandes grupos: Pedagogia Liberal (tradicional; renovadora progressivista;
renovadora não diretiva e tecnicista) e Pedagogia Progressista (libertadora; libertária
e crítico-social dos conteúdos).
Cada uma tem aspectos diferentes umas das outras, no grupo da
Pedagogia Liberal a tendência tradicional é aquela em que o professor é detentor do
saber e o aluno nada sabe, então o mestre transfere ao estudante seus
conhecimentos e o mesmo está ali apenas para absorver e por meio de lições
repetitivas obter domínio do conteúdo estudado.
Na pedagogia renovadora progressivista o aluno é o foco, tem
oportunidade de obter aprendizagem pela sua curiosidade, passa a aprender com as
suas descobertas pelas buscas do conhecimento, por meio de seu interesse, suas
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experiências, nesse caso o professor tem a finalidade de auxilia-los e de despertar a


curiosidade nos alunos e incentivar a criatividade.
A tendência renovadora não diretiva o estudante também é o foco
em questões de aprendizagem por meio de buscas do conhecimento, por
experiências, curiosidade, no que o mesmo precisa aprender. Mas o cuidado está no
modo em que ele recebe esses saberes, tem o foco na preocupação de seu estado
psicológico, valorização de seus sentimentos e suas emoções, dessa forma o
professor também está auxiliando, mas de forma distante e mantendo um bom
relacionamento com o seu aluno.
Ainda mais na pedagogia tecnicista a finalidade é a qualificação do
estudante para o mercado de trabalho. O mesmo precisa obter um conjunto de
habilidades e saberes para desenvolver seu trabalho posteriormente na sociedade
capitalista. Sendo o papel do professor de orientação ao aluno sendo com um
processo de ensino pré-determinado demonstrando ao mesmo que deve-se seguir o
passo a passo e não desviar do processo, tendo a todo o momento o controle do
mesmo.
Entretanto, temos o grupo da Pedagogia Progressista iniciando com
a tendência libertadora, nesse modelo, iniciou a valorização do conjunto de
aprendizagens que o aluno já aprendia através de suas experiências no meio onde
se vive. O professor passa a ensinar de acordo com suas experiências vividas e
transfere seus saberes mostrando a realidade em que se vivem.
Logo depois veio, a pedagogia libertária em que se acredita que o
aluno deve ter o controle do que se quer aprender em cada momento, ele mesmo
gerencia o seu processo de aprendizagem, que o professor não deve ser autoridade
no desenvolvimento da educação, o mesmo deve gerenciar o processo em que o
aluno irá aprender.
Enfim, chegamos a tendência crítico-social dos conteúdos, está
focada nos conteúdos em que se é ensinado, deve-se oferecer ao estudante
capacidade para transformar a sua realidade. O professor ensina aquilo que é
importante o aluno aprender, focando na essência dos conteúdos em que o mesmo
precisa obter para ser a mudança na sociedade.
É de muita importância de que o professor tenha conhecimento
dessas tendências, pois, é um tipo de base para que se possa analisar o que vai ser
mais eficiente no desenvolvimento das práticas pedagógicas a serem trabalhadas
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em sala de aula.
Dessa forma, pensando na relação em que a Base Nacional Comum
Curricular (BNCC) e as Tendências Pedagógicas tem uma com a outra, observa que
uma tem a finalidade de oferecer uma base de tudo que é essencial que o aluno em
cada fase de sua vida no ambiente escolar deve-se aprender, descrito juntamente
com as competências em que o estudante tem que obter ao longo de seus estudos.
Afinal, as Tendências Pedagógicas se complementam com a Base
Nacional Comum Curricular (BNCC), pois é por meio das práticas pedagógicas que
os professores iram desenvolver suas aulas com base nos conteúdos descritos no
documento, focando transferir de forma eficiente o conhecimento aos alunos, de
modo que os mesmos consigam ao final alcançar as competências gerais que todos
têm o direito de aprender.

2.1 APRESENTAÇÃO DE POSTURAS E PROPOSTAS DAS COMPETÊNCIAS


GERAIS INDICADAS NA BNCC

Figuras 01 a 05 - As 10 Competências gerais


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3 CONCLUSÃO

Por meio deste trabalho, foi possível ter uma visão de como a Base
Nacional Comum Curricular (BNCC) e as Tendências Pedagógicas se
complementam, conhecendo as competências que a base nos traz para trabalhar
em sala de aula, juntamente com as práticas pedagógicas, que proporcionará ao
professor meios de ensino para que o aluno aprenda não somente os conteúdos
essenciais para sua formação, mas também o preparando para o mundo real onde
se vive.
Ao decorrer da pesquisa pode-se entender que hoje o aluno precisa
não somente aprender teorias, mas é necessário saber fazer na prática, conseguir
desenvolver experiências em que isso proporcionará conhecimento do meio em que
se vive, de diversos saberes, desenvolvendo seus valores, seu modo de pensar agir
de uma forma responsável, de acordo com a sociedade onde convive.
Afinal, esse estudo proporcionou muito conhecimento de conteúdos
importantes para a carreira profissional, nos possibilitando uma experiência de como
trabalhar as duas em conjunto, estimulando o pensamento sobre as 10
competências que contem na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e
exercitando na prática como aplicar a mesma juntamente com as Tendências
Pedagógicas.
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4 REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília,


2018. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base>. Acesso em:
28 out. 2021.

Silva, A. G. da. (2018). Tendências pedagógicas: perspectivas históricas e


reflexões para a educação brasileira. Unoesc & Amp; Ciência - ACHS, 9(1), 97–
106.

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