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DIDÁTICA E BNCC: DIALOGANDO SOBRE

SEUS ELEMENTOS E POSSÍVEIS RELAÇÕES

Professora Sonia Pimenta


UFPB
CENTRO DE EDUCAÇÃO – DEPARTAMENTO DE METOLOGIA DA EDUCAÇÃO
ufpbsoniapimenta@gmail.com
QUESTÕES PARA INICIARMOS NOSSO DIÁLOGO:
NA PANDEMIA:
- O QUE APRENDEMOS SOBRE NOSSOS ALUNOS????

- O QUE APRENDEMOS SOBRE A EDUCAÇÃO QUE PRATICAMOS????

- COMO ERA ANTES DA PANDEMIA?????

- RESUMINDO....
CONTEXTUALIZANDO A BNCC:
A sociedade contemporânea impõe um olhar inovador e inclusivo a
questões centrais do processo educativo: o que aprender, para que
aprender, como aprender, como ensinar, como avaliar o
aprendizado.
No novo cenário mundial, reconhecer-se em seu contexto histórico e
cultural, comunicar-se, ser criativo, analítico-crítico, participativo, aberto
ao novo, colaborativo, resiliente, produtivo e responsável requer muito
mais do que o acúmulo de informações. Requer o desenvolvimento de
competências para aprender a aprender, saber lidar com a informação
cada vez mais disponível, atuar com discernimento e responsabilidade
nos contextos das culturas digitais, aplicar conhecimentos para
resolver problemas, ter autonomia para tomar decisões, ser proativo
para identificar os dados de uma situação e buscar soluções, conviver e
aprender com as diferenças e as diversidades.
O QUE É A BNCC?
• A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) define o conjunto de aprendizagens
essenciais a que todos os estudantes têm direito na Educação Básica;
• É uma política de Estado, e não de Governo;
• Está prevista:
✓na Constituição 1988 (art. 210: prevê a fixação de conteúdos mínimos para
assegurar formação básica comum);
✓na LDB (art. 26: Currículos da Educação Básica devem ter uma base nacional
comum, a ser complementada em cada sistema de ensino e em cada
estabelecimento escolar);
✓ DCN (a base deve ser de conhecimentos, saberes e valores produzidos
culturalmente, expressos nas políticas públicas e que são gerados nas
instituições produtoras do conhecimento científico e tecnológico; no mundo
do trabalho; no desenvolvimento das linguagens; nas atividades desportivas e
corporais; na produção artística; nas formas diversas e exercício da
cidadania; nos movimentos sociais);
✓PNE ( cumprimento das metas 2, 3 e 7: universalizar a Ed. Básica e fomentar a
qualidade);
• É obrigatória para todas as escolas públicas e privadas;
HISTÓRICO DA BNCC:
2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Início da Versão 1: Versão 2: Versão 3: Regime de Proposta Professores
elaboração 12 milhões de Consed e o MEC colaboração curricular do devem
contribuições Undime entrega entre estados Estado da começar a ser
são recebidas reúnem 9 mil a Base e municípios Paraíba e formados
professores, Nacional proBNCC. outros. para
gestores e Comum Propostas o trabalho
especialistas. Curricular curriculares com os novos
(BNCC) estaduais. referenciais
ao CNE. Homologação curriculares
Homologação do E.M. em: alinhados à
do E.F. em: 14/12/18 BNCC.
20/12/17
- Informações referentes às etapas de educação infantil e ensino fundamental da BNCC. A
etapa de ensino médio teve processo semelhante;
- Na 1ª versão, a consulta pública (out 2015 a mar 2016) teve +12 milhões de contribuições. Na
2ª versão, (Jul-ago2016), +9 mil contribuições.
IMPLEMENTAÇÃO EFICAZ DA BNCC NAS REDES DE
ENSINO:

COMUNICAÇÃO CRIAÇÃO E FORMAÇÃO


PARA ADAPTAÇÃO DE DE
ENGAJAMENTO CURRÍCULOS LOCAIS PROFESSORES

ALINHAMENTO DE ALINHAMENTO
RECURSOS DIDÁTICOS DE AVALIAÇÕES
OBSERVAÇÕES SOBRE IMPLEMENTAÇÃO DA BNCC:
• Orientações da Base deverão ser incorporadas nos currículos de estados e
municípios, tarefa que caberá aos governos estaduais e municipais, com apoio
dos respectivos Conselhos Estaduais de Educação.
• A Base não impede que escolas e redes de ensino diversifiquem seus
currículos, acrescentando conteúdos e competências não previstos na Base. O
mesmo vale para contextualizações regionais, que tendem a variar de uma
Unidade da Federação para outra e são bem-vindas.
• Redes federal, estaduais e municipais, assim como escolas particulares,
deverão seguir as orientações da Base. Antes de a Base entrar em sala de aula,
os materiais didáticos e as avaliações nacionais serão alinhados à Base e haverá
formação continuada para professores, respeitando um tempo mínimo de
implementação e adaptação das redes e escolas.
PRINCÍPIOS DA BNCC:
• Reunir conjunto de aprendizagens essenciais a todos os estudantes brasileiros;
• Expressar novas abordagens do processo de ensino-aprendizagem,
incorporando colaboração, criatividade, pensamento crítico, solução de
problemas, participação cidadã, proatividade e responsabilidade;
• Favorecer as aprendizagens de todos os estudantes;
• Assegurar a igualdade de aprendizagem, essencial num país como o Brasil;
• Garantir a equidade, isto é, o direito de aprendizagem de todos os estudantes;
• Estabelecer direitos e objetivos de aprendizagem, definindo, com clareza, o
que se espera que todos os estudantes aprendam na educação básica, no país;
• Fortalecer a colaboração entre União, estados e municípios;
• Respeitar as especificidades regionais, propondo a diversidade e a
contextualização;
RETOMANDO O CONCEITO DE BNCC:
• Se a BNCC é o conjunto de aprendizagens essenciais a que todos os
estudantes têm direito na Educação Básica, então:

A BNCC É
COMEÇO E FIM PARA
Os currículos são os
O
caminhos DESENVOLVIMENTO
DE COMPETÊNCIAS

A Base é onde queremos chegar;


Os currículos são o caminho. A Base será referência obrigatória para a elaboração dos
currículos nos estados, nos municípios, na rede federal e nas escolas particulares. Pode-se
afirmar que a Base estabelece o ponto onde se quer chegar, enquanto os currículos
traçam o caminho até lá.
CONCEITO DE COMPETÊNCIA NA BNCC:

“Mobilização de conhecimentos (conceitos e


procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas
e socioemocionais), atitudes e valores para
resolver demandas complexas da vida cotidiana,
do pleno exercício da cidadania e do mundo do
trabalho.”
Competência...

AS DEZ COMPETÊNCIAS INDISPENSÁVEIS PARA ESTUDANTES DA


EDUCAÇÃO BÁSICA:
Valorizar e utilizar os
1 conhecimentos historicamente
construídos sobre o mundo
físico, social, cultural e digital
para entender e explicar a
realidade, continuar
aprendendo e colaborar para a
construção de uma sociedade
justa, democrática e inclusiva.
2 Exercitar a curiosidade
intelectual e recorrer à
abordagem própria das
ciências...para investigar
causas, elaborar e testar
hipóteses, formular e resolver
problemas e inventar
soluções...
3 Desenvolver o senso estético
para reconhecer, valorizar e
fruir as diversas manifestações
artísticas e culturais...
4 Utilizar conhecimentos das
linguagens
verbal...matemática, científica,
tecnológica e digital para
expressar-se e partilhar
informações, experiências,
ideias e sentimentos...
5 Utilizar tecnologias digitais de
comunicação e informação de
forma crítica...ao se comunicar,
acessar e disseminar
informações, para produzir
conhecimentos e resolver
problemas.
6 Valorizar a diversidade de
saberes e vivências culturais e
apropriar-se de conhecimentos
e experiências que lhe
possibilitem entender as
relações próprias do mundo do
trabalho e fazer escolhas
alinhadas ao seu projeto de
vida...
7 Argumentar com base em
fatos, dados e informações
confiáveis, para formular,
negociar e defender
ideias...com posicionamento
ético em relação ao cuidado de
si mesmo, dos outros e do
planeta.
8 Conhecer-se, apreciar-se e
cuidar de sua saúde física e
emocional, reconhecendo suas
emoções e as dos outros, com
autocrítica e capacidade para
lidar com elas e com a pressão
do grupo.
Exercitar a empatia, o diálogo,
a resolução de conflitos e a
9 cooperação, fazendo-se
respeitar e promovendo o
respeito ao outro, com
acolhimento e valorização da
diversidade de indivíduos e de
grupos sociais, seus saberes,
identidades, culturas e
potencialidades, sem
preconceitos...
Agir pessoal e coletivamente
10 com autonomia,
responsabilidade, flexibilidade,
resiliência e determinação,
tomando decisões, com base
nos conhecimentos construídos
na escola, segundo princípios
éticos democráticos, inclusivos,
sustentáveis e solidários.
ASPECTOS DAS COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC
COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS DA BNCC:
ESTRUTURA
DA
EDUCAÇÃO
BÁSICA:
ENSINO FUNDAMENTAL:
ENSINO FUNDAMENTAL:
ENSINO
ENSINO MÉDIO
ENSINO MÉDIO: EXEMPLO
ÁREA (DE 1 A 4: A SUA ÁREA DE ENSINO (CNT)
ESCOLHER UMA COMPETÊNCIA DE SUA ÁREA DE ENSINO: 01
HABILIDADES DA TEMA RELACIONADO CONTEÚDO A SER TRABALHADO
ÁREA ESCOLHIDA
01 Conservação e transformação da Química: estrutura da matéria,
matéria Física: fusão e fissão...

02
ENSINO FUNDAMENTAL:
Exemplo:
• (EM13CHS105), pág. 572:
Ensino Médio: (EM)
Do 1º ao 3º ano: (13)
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas: (CHS)
Competência específica 1: (1)
Habilidade: 5ª (05):
Identificar, contextualizar e criticar tipologias evolutivas (populações
nômades e sedentárias, entre outras) e oposições dicotômicas
(cidade/campo, cultura/natureza, civilizados/bárbaros, razão/emoção,
material/virtual etc.), explicitando suas ambiguidades.
CRÍTICAS À BNCC:
• Tem sido instituída como a panaceia para os problemas da
educação;
• Sua implantação, efetivação recai sobre o trabalho do
professor em ação;
• Têm como foco desenvolvimento das competências requeridas
para o “mundo do trabalho”;
• Engessa o conteúdo trabalhado em sala de aula;
• Afeta a autonomia dos sistemas de ensino;
• Estabelece os vínculos de avaliações, em larga escala ou não,
com as aprendizagens - o que pode dificultar a avaliação como
prática pedagógica.
Regime de colaboração:
Com a homologação da BNCC, as redes de ensino e escolas particulares
terão diante de si a tarefa de construir currículos, com base nas
aprendizagens essenciais estabelecidas na BNCC, passando, assim,
do plano normativo propositivo para o plano da ação e da gestão
curricular que envolve todo o conjunto de decisões e ações definidoras
do currículo e de sua dinâmica.
o conceito de educação integral:
“Construção intencional de processos educativos que promovam
aprendizagens sintonizadas com as necessidades, as possibilidades
e os interesses dos estudantes e, também, com os desafios da
sociedade contemporânea. Isso supõe considerar as diferentes
infâncias e juventudes, as diversas culturas juvenis e seu potencial de
criar novas formas de existir.”

Assim, a BNCC propõe a superação da fragmentação radicalmente


disciplinar do conhecimento, o estímulo à sua aplicação na vida real,
a importância do contexto para dar sentido ao que se aprende e o
protagonismo do estudante em sua aprendizagem e na construção
de seu projeto de vida.
Os fundamentos pedagógicos da BNCC:
• Foco no desenvolvimento de competências:
Ao adotar esse enfoque, a BNCC indica que as decisões pedagógicas
devem estar orientadas para o desenvolvimento de competências;
• Por meio da indicação clara do que os alunos devem “saber” (considerando
a constituição de conhecimentos, habilidades, atitudes e
valores) e, sobretudo, do que devem “saber fazer” (considerando a
mobilização desses conhecimentos, habilidades, atitudes e valores
para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno
exercício da cidadania e do mundo do trabalho), a explicitação das
competências oferece referências para o fortalecimento de ações
que assegurem as aprendizagens essenciais definidas na BNCC.
Ensino por competências x Ensino para competências
O Planejamento é feito segundo algumas orientações:
PLANO DE
ENSINO E DE
AULA DO
PROFESSOR

PROJETOS
PEDAGÓGICOS
ESCOLA

CURRÍCULO
DA REDE DE
ENSINO

BNCC
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC):
• Enquanto documento de caráter normativo, define o conjunto orgânico e
progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem
desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica.
• Conforme definido na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei
nº 9.394/1996), a Base deve nortear os currículos dos sistemas e redes de
ensino das Unidades Federativas, como também as propostas pedagógicas de
todas as escolas públicas e privadas de Educação Infantil, Ensino
Fundamental e Ensino Médio, em todo o Brasil.
A BNCC propõe a superação da fragmentação radicalmente
disciplinar do conhecimento, o estímulo à sua aplicação na vida
real, a importância do contexto para dar sentido ao que se aprende
e o protagonismo do estudante em sua aprendizagem e na
construção de seu projeto de vida.
RETOMANDO...
Atualmente, o planejamento da
educação deve levar em conta a
BNCC.

A BNCC É
ONDE QUEREMOS
Os currículos são os
CHEGAR:
caminhos
DESENVOLVIMENTO DE
COMPETÊNCIAS
(COMEÇO E FIM)

Fonte: Apresentação da BNCC ao


CNE.
BNCC: Foco no desenvolvimento de competências
Ao adotar esse enfoque, a BNCC indica que as decisões pedagógicas
devem estar orientadas para o desenvolvimento de competências.
• Por meio da indicação clara do que os alunos devem “saber”
(considerando a constituição de conhecimentos, habilidades,
atitudes e valores) e, sobretudo, do que devem “saber fazer”
(considerando a mobilização desses conhecimentos, habilidades,
atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida
cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho),
a explicitação das competências oferece referências para o
fortalecimento de ações que assegurem as aprendizagens
essenciais definidas na BNCC.
Planejamento educacional:
- Em nível de sistema educacional – a exemplo de uma rede
de escolas oficiais numa cidade – estabelece as políticas
educacionais no que diz respeito aos seus princípios, as
estratégias de ação, os recursos e o cronograma de
atividades. Devido a sua importância como fator de
desenvolvimento e considerando as inúmeras variáveis que o
afetam, o planejamento neste nível é indispensável como
manifestação de uma política pública. É um processo
dinâmico que propõe metas e as formas de como atingi-
las. Para tanto, parte de um determinado contexto e propõe
medidas que venham a modificá-lo, de modo a atender tanto
o indivíduo como a sociedade.
São possíveis objetivos de um planejamento
educacional neste nível:
1) Estabelecer as condições necessárias para o
aperfeiçoamento dos fatores que influem diretamente
sobre a eficiência do sistema educacional - estrutura,
administração, financiamento, pessoal, conteúdo,
procedimento e instrumentais.
2) Relacionar o desenvolvimento do sistema
educacional com o desenvolvimento econômico, social,
político e cultural do país, em geral e de cada
comunidade em particular;
Planejamento no contexto escolar:
▪ “[...] tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades
didáticas em termos de sua organização e coordenação em
face dos objetivos propostos quanto, quanto a sua adequação
no decorrer do processo de ensino. O planejamento é um
meio para se programar as ações docentes, mas é também
um momento de pesquisa e reflexão ligado à avaliação.”
(Libâneo,1994,p.221).
▪ Planejar, organizando a ação educativa, é oferecer um clima
que favoreça o processo de construção do conhecimento,
olhando para os objetivos que se pretende alcançar, o
potencial didático da equipe escolar, as estratégias utilizadas,
os recursos e etapas a serem percorridas.
• Por meio do registro no planejamento dos princípios da ação
pedagógica, das ações futuras e de seus resultados (através
das avaliações) é que poderemos criar a possibilidade de
diálogo com outras experiências.
• O registro/memória de nossas ações é uma das formas
cabíveis de trazer legitimidade ao nosso trabalho. Caso
contrário, corremos o risco de estarmos condenando o nosso
trabalho ao esquecimento ou ao mero ativismo, além de
estarmos, entre outras coisas, negando a outros educadores
que realizam o mesmo trabalho a oportunidade de refletir
concretamente sobre ele, ora se apropriando ora
transformando-o.
- Consiste na prática de elaboração conjunta dos planos
(Plano Escolar, Plano de Ensino e Plano de Aula), com
discussão pública, tendo como principal característica o
caráter processual, ou seja, é uma atividade constante de
reflexão e ação.
- O planejamento analisa continuamente a realidade escolar
em suas contradições concretas e busca soluções de
problemas e tomada de decisões, tornando possível a
revisão dos planos e projetos, corrigindo o rumo das ações,
no caso de haver necessidade.
- O processo para que o planejamento seja elaborado e
executado é ir percorrendo suas várias fases no seu ritmo,
pois cada escola tem sua singularidade.
Segundo Libâneo (1994), há três níveis de planos no cotidiano escolar:
✓ Da escola : É um documento que contém orientações gerais da
escola;
✓ De ensino: Corresponde ao trabalho docente a ser desenvolvido no
ano / módulo, dividido em unidades sequenciais, de acordo com as
temáticas propostas;
✓ De aula: É o plano desenvolvido para uma aula, ou conjunto de
aulas. Possui caráter específico para cada tema.

Ainda segundo este mesmo autor, os planos devem:


❑ Articular-se à prática;
❑ Ser refeitos e revistos;
❑ Servir de instrumento para reflexão e avaliação.
PLANEJAMENTO NO CONTEXTO ESCOLAR:

Plano da
Escola

Plano de
ensino

Plano de
aula
Plano da escola:
• Sabemos que a escola não é a único elemento de transformação da sociedade,
mas como polo de reflexão sobre as relações sociais, a escola precisa cumprir o
seu papel de estar um passo à frente das discussões e de evidenciar um
olhar crítico sobre as perspectivas dos horizontes que se abrem. Este papel
caracteriza sua função emancipatória, dinâmica e compromissada com a
construção de uma sociedade mais justa.
• Assim, o Plano da escola é onde se expressam as concepções da instituição
sobre o processo educativo. Considerando a importância dos princípios
democráticos para qualquer educação de qualidade, este tipo de plano não pode
prescindir da garantia dos processos participativos e ele mesmo ser a
expressão dos mesmos;
• Expressa o contexto social, político, econômico e cultural, bem como a
estrutura organizacional e administrativa, da clientela (alunos), dos objetivos
educacionais gerais, da estrutura curricular, diretrizes metodológicas gerais e
do sistema de avaliação;
Plano de ensino:
• Deve acompanhar os objetivos determinados pelo plano da escola, com
a especificidade de ser voltado para o processo ensino-aprendizagem,
bem como para a relação professor aluno;
• É elaborado e sistematizado pelos professores e equipe pedagógica
como um todo, são apontados os objetivos educacionais por área,
atividade, ou disciplina. Esta ação deve refletir o processo de mediação
dos docentes no processo de construção, produção e reprodução do
conhecimento, ou seja, as intervenções docentes necessárias para o
desenvolvimento do aluno;
• Nele constam os objetos de conhecimento que serão abordados, a
metodologia mais apropriada à realidade escolar, cultural e social do
aluno, bem como a prática avaliativa que será desenvolvida na
relação professor/aluno/objeto de conhecimento;
• O plano deve também listar algumas atividades (estratégias) que se
pretende desenvolver;
Plano de ensino (cont.):
• Este plano tem caráter provisório, sem diminuir, de algum modo,
sua importância. Provisório no sentido do fato de que cada
elemento novo ou de retomada do plano deve aparecer nas
reflexões do grupo docente ou docente/discente, podendo ser
reavaliado e reformulado quantas vezes se fizer necessário,
concedendo-lhe, assim, caráter dinâmico;
• Para a elaboração do plano de ensino, convém destacar que o
mesmo é um roteiro organizado das unidades didáticas para um
ano ou semestre.
E o que seria uma unidade didática? É o conjunto de temas inter-
relacionados que compõem o plano de ensino para uma
determinada série ou ciclo de aprendizagem. Cada unidade didática
contém um tema central do conteúdo curricular proposto em
determinada disciplina ou grupo de disciplinas (caso seja
interdisciplinar), detalhado em tópicos (Libâneo,1994).
Plano de aula:
• O plano de aula é um instrumento cotidiano do professor. Nele estão definidos objeto
de conhecimento (tema, conteúdos), os objetivos de determinada aula, sua
estratégia de mediação entre o aluno e o bem como a forma de como acontecerá a
avaliação deste processo;
• O plano de aula é um detalhamento do plano de ensino. Portanto, o professor
deverá rever seus objetivos gerais e a sequência de conteúdos (unidades
didáticas) propostas no plano de ensino, organizando conceitos, problemas e ideias
a serem discutidas com os alunos em torno de uma de uma tema central, de modo
que o aluno possa ter uma percepção clara do assunto em questão, bem como
atribuir sentido para a mesma;
• Para cada unidade didática, o professor pode organizar tópicos os quais
correspondem aos seus objetivos específicos de ensino/aprendizagem. E, para cada
tópico, é importante que sejam previstas estratégias metodológicas que
proporcionem a introdução ou sensibilização para o assunto, o desenvolvimento e
o estudo ativo do assunto; sistematização e aplicação do mesmo;
• As atividades que compõem estas estratégias metodológicas podem várias, a
exemplo de exposição dialogada, a resolução de problemas, a sistematização e a
aplicação dos conteúdos,etc.
• DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO:
Exemplo de plano de aula: Introdução: Exposição dialogada
(Quais são as regiões conhecidas? Como é a organização
• ESCOLA: (Nome da escola)
política–adminstrativa atualmente? Sempre foi assim? O que
caracteriza as divisões regionais?) -
• SÉRIE/CICLO: (Indique a série ou o ciclo onde será a Desenvolvimento: Exposição dialogada
aula. Por exemplo: 4º ano do ensino fundamental) (Discutir conceitos, leitura de mapas das regiões: observar
• ÁREA/COMPONENTE: (p.ex: CN, Ciências) áreas urbanas e rurais; elaborar quadros sobre
• COMPETÊNCIAS: Relativas à área/componente desenvolvimento regional econômico e social; observar a
• HABILIDADES: Relativas à competência do componente diversidade cultural)
• UNIDADE DIDÁTICA: (Indique o tema do conjunto de Sistematização/aplicação: Trabalho em grupo
(identificar as características da própria região, refletir sobre
conteúdos. Por exemplo: Regionalizações no Brasil”)
estas características, comparar com outras regiões)
• CONTEUDOS: • RECURSOS NECESSÁRIOS:
Território; Regionalização; Regiões brasileiras; (Indique aqui os materiais e os recursos necessários. Por
• OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM: exemplo: mapas, textos)
✓ Compreender a construção e organização do espaço • AVALIAÇÃO:
geográfico e o papel das sociedades na constituição (Por exemplo: Considere o que os alunos desenvolveram em
do território, das paisagens e dos lugares; relação à leitura de textos e mapas, à capacidade de
argumentação sobre os processos de regionalização. Tome
✓ Reconhecer processos sociais, econômicos e
como referência as habilidades e competência requeridas).
culturais a elas associados;
✓ Identificar as principais mudanças na divisão regional • REFERÊNCIAS: (registre suas referências para consultas
do Brasil. posteriores).
RETOMANDO... Para finalizar...
• A BNCC contribui para os processos educativos contemporâneos?

• Quais as dificuldades para a sua implantação?

• Por onde começar?

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