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NEAD – Núcleo de Educação a Distância

ROTAS DE APRENDIZAGEM

BNCC – Introdução, AULA

Fundamentos e Estrutura
01

Conhecendo a Base Nacional Comum


Curricular (BNCC) e sua finalidade

Onde Chegar
• Conhecer a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), sua estrutura e finalidade.

• Compreender a importância da BNCC e sua relação com a formação integral do aluno.

• Reconhecer a BNCC como balizadora da qualidade da educação ofertada no país.

O que Aprender
• O que é a Base Nacional Comum Curricular e sua importância;

• A finalidade e estrutura da BNCC;

• BNCC como balizadora da qualidade da educação.

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Desenvolvimento
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento criado em 2015, com a
finalidade de orientar a elaboração dos currículos de todas as escolas do país, públicas e
privadas, de modo a garantir que os conhecimentos, habilidades e competências
necessários para a formação integral do aluno fossem desenvolvidos ao longo da
Educação Básica.

A aprendizagem de qualidade é uma meta que o País deve


perseguir incansavelmente, e a BNCC é uma peça central
nessa direção. [...] Elaborada por especialistas de todas as
áreas do conhecimento, a Base é um documento completo e
contemporâneo, que corresponde às demandas do estudante
desta época, preparando-o para o futuro. (BNCC, 2018, p.5)

A Base é um documento “de caráter normativo que define o conjunto orgânico e


progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver” no
decorrer de sua jornada acadêmica. (BNCC, 2018, p.9)

Vamos entender cada uma das características apresentadas nessa definição:


a)Normativo: é o documento que direciona, apresenta as regras, as diretrizes.
b)Orgânico: documento que tem sua origem em ações articuladas visando um objetivo
final, gerando um resultado em que as partes são inter-relacionadas de modo a fornecer
o sentido do conjunto. c)Progressivo: documento que se desenvolve em etapas, que
avança, que evolui gradativamente.

Dessa forma, conseguimos compreender como a BNCC está estruturada e qual é a sua
importância como garantia para que todos os alunos tenham acesso a uma educação de
qualidade. Mais do que acesso, precisamos garantir que esse aluno permaneça na escola,
atuando como sujeito ativo e co-responsável no processo de ensino-aprendizagem.

Com a Base, vamos garantir o conjunto de aprendizagens


essenciais aos estudantes brasileiros, seu desenvolvimento
integral por meio das dez competências gerais para a
Educação Básica, apoiando as escolhas necessárias para a
concretização dos seus projetos de vida e a continuidade dos
estudos”. (BNCC, 2018, p. 9)

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A BNCC apresenta os conteúdos, as habilidades e competências a serem desenvolvidos


em cada etapa da Educação Básica. Dessa forma, o documento está organizado em:
Educação Infantil, Ensino Fundamental (anos iniciais e anos finais) e Ensino Médio. Para
cada etapa, são apresentados os componentes curriculares e os respectivos
conhecimentos a serem desenvolvidos. Além desses tópicos, o documento apresenta um
texto introdutório – relatando a importância, a finalidade, o processo de elaboração e a
estrutura da BNCC.

No site http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ você encontra o documento


disponibilizado em 3 formatos: para navegação no próprio site, na versão em pdf (o que
possibilita fazer o download ou imprimir o arquivo) e em planilha, o que facilita a seleção
de componentes curriculares e seus respectivos conteúdos de acordo com cada etapa
escolar.

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

Fonte: BNCC (2018, p.24)

A Base foi elaborada tendo como principal fundamento a formação humana integral, isto
é, objetivando a formação de um aluno crítico, criativo, competente, consciente e
atuante na construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva, baseada nos
princípios éticos, políticos e estéticos.

Desta forma, espera-se que as escolas reformulem os seus Projetos Pedagógicos


fundamentando a elaboração ou revisão do currículo com base nas orientações
propostas pela BNCC.

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A BNCC integra a política nacional da Educação Básica e vai


contribuir para o alinhamento de outras políticas e ações, em
âmbito federal, estadual e municipal, referentes à formação
de professores, à avaliação, à elaboração de conteúdos
educacionais e aos critérios para a oferta de infraestrutura
adequada para o pleno desenvolvimento da educação. (BNCC,
2018, p. 9)

Vá mais Longe
Capítulo Norteador: Para essa unidade, é importante que você acesse o próprio
documento da Base Nacional Comum Curricular – BNCC para poder se familiarizar com
sua estrutura e as orientações propostas por ele. Acesse o site:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base e escolha um dos formatos (BNCC para
navegação, BNCC em pdf, ou BNCC em planilha) ofertados e leia o capítulo da
Introdução.

Agora é sua Vez!


Interação

Nesse momento, é importante conhecer a realidade escolar próxima a nós. Escolha uma
instituição de ensino (pública ou privada) e agende um horário para conversar com o
Coordenador Pedagógico. Elabore, previamente, algumas perguntas sobre como foi a
implementação da BNCC nessa instituição, como foi o processo de revisão do Projeto
Pedagógico e as maiores dificuldades encontradas pela equipe.

Após a entrevista, poste no Fórum da Disciplina um pequeno texto (até 15 linhas)


relatando sucintamente as respostas obtidas à sua entrevista. Não é necessário
identificar a Instituição entrevistada.

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Questão para Simulado

1 – Leia e analise as sentenças a seguir quanto à estrutura e finalidade da Base Nacional


Comum Curricular – BNCC:

I – A BNCC é um documento normativo que orienta quanto aos conteúdos, habilidades e


competências que devem ser desenvolvidos durante a formação escolar objetivando a
formação integral do aluno.

II – A BNCC apresenta orientações em relação aos conhecimentos, habilidades e


competências a serem desenvolvidos. Dessa forma, esse documento pode substituir o
Projeto Pedagógico da instituição de ensino.

III - Pode-se afirmar que são objetivos da BNCC, dentre outros: a superação da
fragmentação das políticas educacionais, ao ensejar o fortalecimento do regime de
colaboração entre as três esferas de governo (Federal, Estadual e Municipal) e ser
balizadora da qualidade da educação ofertada em todo o país, ao garantir que as
aprendizagens essenciais sejam ofertadas a todos os alunos.

Estão corretas as sentenças:

a) I, II e III.

b) Somente a I e II.

c) Somente a II e III.

d) Apenas a II.

e) Somente a I e III.

Resposta: Letra E

Comentário: A BNCC é referência nacional para a formulação dos currículos dos sistemas
e das redes escolares dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e das propostas
pedagógicas das instituições escolares. De acordo com as orientações apresentadas na
BNCC, as instituições de ensino devem revisar e/ou reformular seus Projetos
Pedagógicos. A BNCC não substitui o Projeto Pedagógico da escola.

"Organize-se: 6 horas semanais – mínimo sugerido para autoestudo"

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REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base.
Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso
em: 12 jun. 2021.

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BNCC – Introdução, AULA

Fundamentos e Estrutura
02

Histórico do processo de elaboração


da Base Nacional Comum Curricular -
BNCC
Onde Chegar
• Conhecer o processo de elaboração da Base Nacional Comum Curricular.

• Reconhecer os documentos legais que preveem a implementação da BNCC.

• Compreender a necessidade de uma base nacional curricular como balizadora da


qualidade da educação.

O que Aprender
• A importância da Base nacional curricular como balizadora da qualidade da educação;

• Processo de elaboração da BNCC;

• Documentos legais que antecedem a BNCC.

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Desenvolvimento
Em 2015, tivemos o início da elaboração da Base Nacional Comum Curricular – BNCC.
Entretanto, a ideia de uma base nacional curricular já era prevista na Constituição de
1988, (artigo 210), na Lei de Diretrizes e Bases – LDB 9.394/96 (artigo 26) e em outros
documentos legais. “Além disso, a lei de 2014 que instituiu o PNE cita diretamente a
BNCC como estratégia para o cumprimento das metas 2, 3 e 7 do Plano. Portanto, a
elaboração da BNCC, determinada já na carta constitucional, encontra-se amplamente
amparada pela legislação educacional do País”. (BNCC, 2021, s.p.)

A partir de 1997, tivemos o lançamento dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN’s.


Eram 10 volumes, trazendo as orientações sobre os conteúdos que deveriam ser
desenvolvidos em cada disciplina da 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental. A finalidade
dos PCN’s era auxiliar na elaboração do currículo escolar, respeitando as diversidades e
especificidades de cada instituição escolar.

No ano seguinte, 1998, foram lançados os 10 volumes dos PCN’s referentes aos
conteúdos a serem desenvolvidos nos anos finais do Ensino Fundamental (5ª a 8ª série).

Em 2000, foram lançados os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio


(PCNEM), em quatro volumes, “com o objetivo de cumprir o duplo papel de difundir os
princípios da reforma curricular e orientar o professor, na busca de novas abordagens e
metodologias”. (BNCC, 2021, s.p.)

Em 2010, tivemos a publicação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação


Básica (DCN’s). O objetivo desse documento era orientar o planejamento curricular das
escolas, norteando a elaboração dos currículos e definindo os conteúdos mínimos a
serem desenvolvidos. Na sequência, em 2011, tivemos as Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Ensino Fundamental (9anos) e em 2012, as Diretrizes para o Ensino
Médio.

Em 2014, tivemos o segundo Plano Nacional de Educação (PNE 2014 – 2024). O Plano
tem 20 metas para a melhoria da qualidade da Educação Básica e 4 (quatro) delas falam
sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNC). No mesmo ano,

entre 19 e 23 de novembro é realizada a 2ª Conferência


Nacional pela Educação (Conae), organizada pelo Fórum
Nacional de Educação (FNE) que resultou em um documento

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sobre as propostas e reflexões para a Educação brasileira e é


um importante referencial para o processo de mobilização
para a Base Nacional Comum Curricular. (BNCC, 2021, s.p.)

Em setembro de 2015, foi lançada a primeira versão do documento da BNCC. Com o


objetivo de promover o debate e a participação de gestores e demais profissionais da
equipe pedagógica, em dezembro de 2015 houve uma mobilização das escolas de todo
o Brasil para a discussão do documento preliminar da BNCC.

Em maio de 2016, foi disponibilizada a segunda versão da BNCC. “De 23 de junho a 10 de


agosto de 2016 aconteceram 27 Seminários Estaduais com professores, gestores e
especialistas para debater a segunda versão da BNCC. O Conselho Nacional de
Secretários de Educação (Consed) e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de
Educação (Undime) promoveram esses seminários”. (BNCC, 2021, s.p.) A partir de
agosto, com base nessas reflexões e debates, começou a ser redigida a terceira versão
da BNCC (documento que está em vigência até os dias atuais).

Em dezembro de 2017, o Conselho Nacional de Educação apresenta a RESOLUÇÃO


CNE/CP Nº 2, de 22 de dezembro de 2017 que institui e orienta a implementação da Base
Nacional Comum Curricular.

Em 06 de março de 2018, educadores do Brasil inteiro se


debruçaram sobre a Base Nacional Comum Curricular, com
foco na parte homologada do documento, correspondente às
etapas da Educação Infantil e Ensino Fundamental, com o
objetivo de compreender sua implementação e impactos na
educação básica brasileira. Em 02 de abril de 2018 o
Ministério da Educação entregou ao Conselho Nacional de
Educação (CNE) a 3ª versão da Base Nacional Comum
Curricular (BNCC) do Ensino Médio. A partir daí o CNE iniciou
um processo de audiências públicas para debatê-la. (BNCC,
2021, s.p.)

Em dezembro de 2018, a BNCC contemplando a etapa do Ensino Médio foi homologada.


A partir de então, as instituições escolares da Educação Básica tiveram um documento
nacional que apresenta as diretrizes para as aprendizagens, conhecimentos, habilidades

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e competências que devem ser desenvolvidas durante o período escolar (Educação


Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio).

A finalidade da BNCC é nortear a elaboração dos currículos de todas as escolas (públicas


e privadas) do país, em todos os níveis de ensino, Educação Infantil, Ensino Fundamental
e Ensino Médio. Com isso, espera-se que tenhamos uma forma de garantir que todos os
alunos possam desenvolver as habilidades e competências necessárias para uma
formação acadêmica de qualidade, formando cidadãos competentes, críticos e atuantes
na sociedade em que vivem, buscando construir uma sociedade mais justa, democrática
e inclusiva.

Vá mais Longe
Capítulo Norteador: Para essa unidade, é importante que você acesse o próprio
documento da Base Nacional Comum Curricular – BNCC para poder se familiarizar com
sua estrutura e as orientações propostas por ele. Acesse o site:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base e leia o tópico referente ao Histórico da
elaboração da BNCC.

Acesse o site
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.p
df e leia o capítulo 1 Introdução (p. 7 a 12)

Agora é sua Vez!


Interação

Acesse o site http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ , leia os documentos postados, os


vídeos com as explicações sobre os componentes curriculares, e acesse o material de
apoio. Com base nessas informações, opine no Fórum da Disciplina sobre como foi o
processo de elaboração e implementação da BNCC. Na sua opinião, quais foram os
pontos positivos e negativos desse processo?

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Questão para Simulado

1 – A Base Nacional Comum Curricular tem alguns marcos legais que embasam a sua
elaboração e implementação. Dentre eles temos:

I - A Constituição Federal de 1988, que no artigo 210 reconhece a necessidade de que


sejam “fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar
formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e
regionais”.

II - A Lei de Diretrizes e Bases LDB 9.394/96, que no artigo 9º afirma que cabe à União
estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
competências e diretrizes para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino
Médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar
formação básica comum.

III - A Lei nº 13.005/2014 (Plano Nacional de Educação - PNE), que determina a


importância e a necessidade de se estabelecer e implantar diretrizes pedagógicas para a
educação básica e a base nacional comum dos currículos, com direitos e objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento dos(as) alunos(as) para cada ano do Ensino
Fundamental e Médio, respeitadas as diversidades regional, estadual e local.

Estão corretas as sentenças:

a) I, II e III.

b) Somente a I e II.

c) Somente a II e III.

d) Apenas a II.

e) Nenhuma das alternativas

Resposta: Letra A

Comentário: A Constituição de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases 9.394/96, o Plano


Nacional de Educação (2014 – 2024) já mencionavam em seus textos a importância da
elaboração e implementação de uma base comum curricular de forma a garantir a
qualidade da educação ofertada em todo o país.

"Organize-se: 6 horas semanais – mínimo sugerido para autoestudo"

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REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base.
Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso
em: 12 jun. 2021.

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BNCC – Introdução, AULA

Fundamentos e Estrutura
03

Fundamentos e Estrutura da BNCC:


Pressupostos Pedagógicos

Onde Chegar
• Compreender os fundamentos que embasam as propostas da BNCC.

• Conhecer a estrutura da BNCC.

• Compreender a concepção de aprendizagem por competências.

O que Aprender
• Fundamentos da BNCC;

• Estrutura da BNCC;

• Formação integral do aluno;

• Aprendizagem por competências.

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

Desenvolvimento
Já vimos nas unidades anteriores que a finalidade da Base Nacional Comum Curricular é
garantir que conhecimentos, habilidades e competências sejam desenvolvidos ao longo
das etapas da Educação Básica de forma a garantir a equidade e qualidade da educação.
“[..] para além da garantia de acesso e permanência na escola, é necessário que sistemas,
redes e escolas garantam um patamar comum de aprendizagens a todos os estudantes,
tarefa para a qual a BNCC é instrumento fundamental”. (BNCC, 2018, p. 10)

Perceba que, recorrentemente, falamos em desenvolvimento de competências. Segundo


a BNCC (2018, p.10) “competência é a mobilização de conhecimentos (conceitos e
procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores
para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e
do mundo do trabalho”.

A BNCC propõe o desenvolvimento de 10 competências gerais na Educação Básica. “Ao


definir essas competências, a BNCC reconhece que a educação deve afirmar valores e
estimular ações que contribuam para a transformação da sociedade, tornando-a mais
humana, socialmente justa e, também, voltada para a preservação da natureza.” (BNCC,
2018, p. 10)

Na Lei de Diretrizes e Bases, LDB 9.394/96, encontramos 2 conceitos que são


fundamentais na BNCC. O primeiro, também presente na Constituição de 1988,
apresenta a relação entre o que é básico-comum (competências e diretrizes) e o que é
diverso (currículos). Dessa forma, podemos afirmar que os conteúdos curriculares estão
a serviço do desenvolvimento de competências. “A LDB orienta a definição das
aprendizagens essenciais, e não apenas dos conteúdos mínimos a ser ensinados. Essas
são duas noções fundantes da BNCC”. (BNCC, 2018, p. 11)

[...] os currículos da Educação Infantil, do Ensino Fundamental


e do Ensino Médio devem ter base nacional comum, a ser
complementada, em cada sistema de ensino e em cada
estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida
pelas características regionais e locais da sociedade, da
cultura, da economia e dos educandos. (LDB 9.394/96, art. 26)

Vale destacar alguns pontos importantes aqui: a BNCC não substitui o Projeto Pedagógico
das instituições escolares, ela orienta sobre as aprendizagens essenciais a que todos os

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alunos devem ter acesso durante a Educação Básica. O conceito de aprendizagem por
competência não é apresentado apenas agora pela BNCC, ele já estava presente nos
artigos 32 e 35 da LDB 9.394/96. O desenvolvimento de competências é um tema que
vem sendo discutido desde as décadas finais do século XX.

Ao adotar esse enfoque, a BNCC indica que as decisões


pedagógicas devem estar orientadas para o desenvolvimento
de competências. Por meio da indicação clara do que os
alunos devem “saber” (considerando a constituição de
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores) e, sobretudo,
do que devem “saber fazer” (considerando a mobilização
desses conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para
resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno
exercício da cidadania e do mundo do trabalho), a explicitação
das competências oferece referências para o fortalecimento
de ações que assegurem as aprendizagens essenciais
definidas na BNCC. (BNCC, 2018, p. 13)

Outro fundamento da BNCC é a educação integral. Cada vez mais precisamos, enquanto
educadores, nos questionar a respeito do processo educativo: o que aprender/o que
ensinar; para que aprender; como ensinar; e como avaliar a aprendizagem. Essas
questões devem permear o cotidiano do professor, desde o momento de planejar a sua
aula, na sua prática docente, ao realizar a avaliação da aprendizagem e analisar os
resultados obtidos.

A partir dessa reflexão, deve-se buscar a formação integral do aluno. Quais são as
aprendizagens essenciais que devem ser desenvolvidas na escola? Como devem ser
desenvolvidas? Como avaliá-las?

[...] a Educação Básica deve visar à formação e ao


desenvolvimento humano global, o que implica compreender
a complexidade e a não linearidade desse desenvolvimento,
rompendo com visões reducionistas que privilegiam ou a
dimensão intelectual (cognitiva) ou a dimensão afetiva.
Significa, ainda, assumir uma visão plural, singular e integral
da criança, do adolescente, do jovem e do adulto –
considerando-os como sujeitos de aprendizagem – e
promover uma educação voltada ao seu acolhimento,
reconhecimento e desenvolvimento pleno, nas suas

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

singularidades e diversidades. Além disso, a escola, como


espaço de aprendizagem e de democracia inclusiva, deve se
fortalecer na prática coercitiva de não discriminação, não
preconceito e respeito às diferenças e diversidades. (BNCC,
2018, p.14)

A nossa sociedade mudou, evoluiu! Disso não temos dúvidas. A formação que foi
ofertada aos nossos pais e avós já não atende mais as demandas da sociedade atual.
Hoje, precisamos aprender a aprender, vivemos na sociedade do conhecimento. Temos
acesso fácil a muitas informações, mas devemos aprender a selecioná-las, analisá-las e,
principalmente, transformá-las em conhecimento.

A BNCC traz ainda em seu texto 3 conceitos importantes que devem ser observados na
elaboração dos Projetos Pedagógicos das escolas: igualdade, equidade e diversidade.

A BNCC explicita as aprendizagens essenciais que todos os


estudantes devem desenvolver e expressa, portanto, a
igualdade educacional sobre a qual as singularidades devem
ser consideradas e atendidas. Essa igualdade deve valer
também para as oportunidades de ingresso e permanência
em uma escola de Educação Básica, sem o que o direito de
aprender não se concretiza. [...]

As decisões curriculares e didático-pedagógicas das


Secretarias de Educação, o planejamento do trabalho anual
das instituições escolares e as rotinas e os eventos do
cotidiano escolar devem levar em consideração a necessidade
de superação das desigualdades [acesso e permanência na
escola, aprendizado, etc]. Para isso, os sistemas e redes de
ensino e as instituições escolares devem se planejar com um
claro foco na equidade, que pressupõe reconhecer que as
necessidades dos estudantes são diferentes. (BNCC, 2018, p.
15)

O conceito de diversidade é trazido no texto da BNCC em diversos momentos, quando


apresenta a diversidade cultural existente nas várias regiões brasileiras; a cultura dos
grupos marginalizados (indígenas, quilombolas e afrodescendentes), pessoas que não
puderam estudar na idade própria, alunos com deficiência, etc.

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

Quanto à estrutura da BNCC, como já vimos nas unidades anteriores, o documento está
organizado em relação às três etapas da Educação Básica: Educação Infantil, Ensino
Fundamental (anos iniciais e anos finais) e Ensino Médio. Além disso, apresenta como as
aprendizagens estão organizadas em cada uma dessas etapas e explica a composição dos
códigos alfanuméricos criados para identificar tais aprendizagens.

Vá mais Longe
Capítulo Norteador: Para essa unidade, é importante que você acesse o próprio
documento da Base Nacional Comum Curricular – BNCC para poder se familiarizar com
sua estrutura e as orientações propostas por ele. Acesse o site:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.p
df e leia o capítulo 1 - referente à Introdução (p. 13 a 21), e o capítulo 2 - Estrutura da
BNCC (p. 23 a 34)

Agora é sua Vez!


Interação

Um dos fundamentos da BNCC é desenvolver as aprendizagens essenciais por meio das


competências gerais da Educação Básica, com base nos princípios da igualdade, equidade
e diversidade.

O livro ‘BNCC no chão da sala de aula: o que as escolas podem aprender a fazer com as
10 competências?’ de Paulo Henrique de Souza, disponível na Biblioteca Virtual, traz
diversas propostas de como desenvolver as competências propostas na BNCC. Sugiro a
leitura desse material.

Com base no que foi desenvolvido nessa unidade e nas leituras realizadas, poste um texto
no Fórum da Disciplina comentando sobre uma prática docente (atividade/projeto) que
desenvolva uma dessas competências.

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

Questão para Simulado

1 – Em relação ao texto da Base Nacional Comum Curricular referente aos fundamentos


pedagógicos, é correto afirmar:

I – A BNCC tem como um de seus objetivos determinar os conteúdos mínimos que devem
ser desenvolvidos nas instituições escolares, em cada etapa da Educação Básica.

II – O conceito de aprendizagem por competência pode ser considerado relativamente


recente, sendo a BNCC o primeiro documento oficial brasileiro a apresentar essa
proposta.

III – Um dos fundamentos da BNCC é garantir a formação integral do aluno, assumindo


uma visão plural, singular e integral do aluno, considerando-o como sujeito ativo e co-
responsável do processo de ensino-aprendizagem.

Está(ão) correta(s) a(s) seguinte(s) sentença(s):

a) I, II e III

b) Somente a I

c) Somente a III

d) Somente a I e II

e) Somente a II e III

Resposta: Letra C

Comentário: A BNCC orienta a definição das aprendizagens essenciais, e não apenas dos
conteúdos mínimos a ser ensinados.

O conceito de aprendizagem por competência não é apresentado apenas agora pela


BNCC, ela já estava presente nos artigos 32 e 35 da LDB 9.394/96. O desenvolvimento de
competências é um tema que vem sendo discutido desde as décadas finais do século XX.

"Organize-se: 6 horas semanais – mínimo sugerido para autoestudo"

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REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base.
Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso
em: 12 jun. 2021.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases n. 9.394/96. Estabelece as diretrizes e bases da


educação nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm.
Acesso em: 12 jun. 2021.

SOUZA, Paulo Henrique de. BNCC no chão da sala de aula: o que as escolas podem
aprender a fazer com as 10 competências? Belo Horizonte: Conhecimento Editora, 2020.
Biblioteca Virtual.

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

BNCC – Introdução, AULA

Fundamentos e Estrutura
04

(Re)Elaboração dos Projetos


Pedagógicos (PP’s)

Onde Chegar
• Compreender o que é o Projeto Pedagógico e sua relação com o processo ensino-
aprendizagem.

• Conhecer os conteúdos que compõem o Projeto Pedagógico.

• Reconhecer a necessidade da reformulação dos Projetos Pedagógicos tendo como


parâmetro os fundamentos e orientações da BNCC.

O que Aprender
• Conceito e importância do Projeto Pedagógico;

• Conteúdos que compõem o Projeto Pedagógico;

• Reformulação do Projeto Pedagógico de acordo com a BNCC.

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

Desenvolvimento
A Base Nacional Comum Curricular trouxe alguns princípios do processo educativo que
devem ser atendidos desde o planejamento até a prática pedagógica. Ao entendermos
que a BNCC não estabelece apenas conteúdos mínimos a serem trabalhados, mas sim,
aprendizagens essenciais, habilidades e competências que devem ser desenvolvidas ao
longo da Educação Básica, já temos um novo olhar para o processo de ensino-
aprendizagem. Colocamos o ato de aprender no centro do processo, o aluno como
sujeito ativo, crítico e co-responsável por sua aprendizagem.

Desta forma, torna-se necessária a reformulação dos Projetos Pedagógicos das


instituições escolares. Antevendo essa situação, foram disponibilizados diversos
materiais de apoio para gestores, professores e demais interessados quanto ao processo
de reformulação de tal documento no próprio site da BNCC
(http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/1._Material_complem
entar_para_a_reelabora%C3%A7%C3%A3o_dos_curr%C3%ADculos.pdf;
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/orientacoes_projeto_p
edagogico.pdf)

Primeiramente, vamos entender o que é o Projeto Pedagógico de uma instituição escolar.

O PP é um documento central, pois fortalece a identidade da


escola, esclarece sua organização, define objetivos para a
aprendizagem dos alunos e, principalmente, define como a
escola irá trabalhar para atingi-los, através de um plano de
ação. Esse plano traz as concepções e metodologias de ensino
e de avaliação que deverão nortear o trabalho dos professores
com os alunos, bem como a formação docente.
(ORIENTAÇÕES PARA REVISÃO...., 2018, p.1)

O Projeto Pedagógico deve identificar cada instituição escolar, apresentando suas


especificidades, metas, contexto social, marcos conceituais, etc. Para a elaboração do PP
podemos seguir a seguinte estrutura: Contextualização histórica e caracterização;
diagnóstico de indicadores educacionais; missão, visão e princípios; fundamentação
teórica e bases legais; e plano de ação.

Segundo Vasconcelos (2004, p. 169), o Projeto Pedagógico

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

É o plano global da instituição. Pode ser entendido como a


sistematização, nunca definitiva, de um processo de
Planejamento Participativo, que se aperfeiçoa e se concretiza
na caminhada, que define claramente o tipo de ação
educativa que ser quer realizar. É um instrumento teórico-
pedagógico para a intervenção e mudança da realidade. É um
elemento de organização e integração da atividade prática da
instituição neste processo de transformação.

A ideia de que cada instituição deveria elaborar o seu Projeto Pedagógico teve início com
a promulgação da LDB 9.394/96. O projeto deve ser construindo coletivamente,
contando com a participação de gestores e professores, tendo como base as demandas
trazidas por alunos e comunidade em geral. Com isso, busca-se construir um documento
que retrate a identidade da escola, apresente seus princípios pedagógicos, suas metas e
objetivos, alcançando, assim, sua autonomia.

O PP é um processo permanente de reflexão e discussão sobre


os problemas da escola, possibilitando a vivência
democrática, já que conta com a participação de todos os
membros da comunidade escolar. Ele busca organizar o
trabalho pedagógico, superando conflitos no interior da
escola e diminuindo os efeitos da divisão do trabalho, que
reforça as diferenças e hierarquiza os poderes de decisão.
(SANTOS, 2013, p.19)

Vá mais Longe
Capítulo Norteador: SILVA, Vandré Gomes da. Projeto Pedagógico e qualidade do
ensino público: algumas categorias de análise. Cadernos de Pesquisa, v.42, n.245, p.
204-225, jan./abr. 2012. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/cp/a/MqfkcH5zYhG36qd9xfXrCmL/?lang=pt&format=pdf.
Acesso em: 13 jun. 2021.

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ORIENTAÇÕES PARA REVISÃO DOS PROJETOS PEDAGÓGICOS (PPS). 2018. Disponível


em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/orientacoes_projeto_p
edagogico.pdf. Acesso em: 13 jun. 2021.

Agora é sua Vez!


Interação

Vamos conhecer um pouco mais as instituições escolares da nossa comunidade. Escolha


uma escola e solicite ao Coordenador Pedagógico do Projeto Pedagógico da escola. Se
possível, converse com ele e com alguns professores sobre o processo de elaboração
desse documento. Procure saber com que frequência esse documento é revisado e/ou
atualizado, quem participa desse processo, quem tem acesso a esse material, etc.

Poste no Fórum da Disciplina um pequeno texto (até 15 linhas) comentando sobre os


resultados obtidos com sua entrevista.

Questão para Simulado

1 – Segundo Gadotti (2000, s.p.) “Planejar é um processo político-pedagógico que implica


diagnosticar uma situação e tomar decisões em função de um determinado fim. O
planejamento na escola é um processo permanente que implica ainda a avaliação
constante de seu desenvolvimento. Planeja-se para alcançar objetivos que ainda não
foram alcançados ou para garantir que eles continuem sendo alcançados. Na escola, para
que ele seja eficaz ele precisa ser coletivo. Ele é coletivo quando inclui a participação de
todos os envolvidos dentro de suas funções e atribuições”.

Gadotti, ao apresentar esse conceito, se refere a qual documento?

a) Lei de Diretrizes e Bases

b) Currículo escolar

c) Diretrizes Curriculares Nacionais

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d) Projeto Pedagógico

e) Base Nacional Comum Curricular

Resposta: Letra D

Comentário: O Projeto Pedagógico é o documento que apresenta a identidade da


instituição, seus marcos teóricos, metas e objetivos.

"Organize-se: 6 horas semanais – mínimo sugerido para autoestudo"

REFERÊNCIAS
ORIENTAÇÕES PARA REVISÃO DOS PROJETOS PEDAGÓGICOS (PPS). 2018. Disponível
em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/orientacoes_projeto_p
edagogico.pdf. Acesso em: 13 jun. 2021.

SANTOS, Julia Gabrieli Schmidt. O projeto político pedagógico como ferramenta da


gestão escolar democrática. Monografia (especialização em Gestão Escolar) –
Universidade Federal de Santa Maria – RS, 2013. Disponível em:
https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/830/Santos_Julia_Gabrieli_Schmidt.pd
f?sequence=1#:~:text=%C3%89%20um%20planejamento%20que%20prev%C3%AA,a%2
0escola%20e%20a%20comunidade. Acesso em: 13 jun. 2021.

SILVA, Vandré Gomes da. Projeto Pedagógico e qualidade do ensino público: algumas
categorias de análise. Cadernos de Pesquisa, v.42, n.245, p. 204-225, jan./abr. 2012.
Disponível em:
https://www.scielo.br/j/cp/a/MqfkcH5zYhG36qd9xfXrCmL/?lang=pt&format=pdf.
Acesso em: 13 jun. 2021.

VASCONCELOS, Celso dos Santos. Coordenação do trabalho pedagógico: do projeto


político-pedagógico ao cotidiano da sala de aula. São Paulo: Libertad, 2004.

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BNCC – Introdução, AULA

Fundamentos e Estrutura
05

Ensino baseado no desenvolvimento


de habilidades e competências

Onde Chegar
• Diferenciar os conceitos: habilidade e competência.

• Identificar as 10 competências propostas pela BNCC para a Educação Básica.

• Compreender os princípios do ensino baseado no desenvolvimento das habilidades e


competências.

O que Aprender
• Conceito de habilidade e competência;

• As 10 competências propostas pela BNCC;

• O ensino baseado no desenvolvimento de habilidades e competências.

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

Desenvolvimento
Como temos visto nas aulas anteriores, dois dos principais fundamentos da BNCC são: a
formação integral do educando e a garantia da qualidade da educação ofertada em todas
as escolas brasileiras.

Ao pensarmos na formação integral do aluno, precisamos retomar alguns conceitos e


princípios do processo educativo. O ensino centrado no professor, priorizando a
transmissão de conteúdos já não atende mais às demandas do mundo do trabalho e nem
da sociedade atual. Portanto, é fundamental repensar a prática docente, o papel do
aluno como sujeito corresponsável por sua aprendizagem, os métodos de ensino, a
avaliação escolar e, consequentemente, a proposta pedagógica da instituição escolar.

À sociedade já não interessam profissionais formados em


nível superior que não sejam criativos e emocionalmente
centrados, cidadãos conscientes da prática social ampla e
especialistas capazes de atualização constante na sua área.
Tais profissionais, numa época de mudanças aceleradas, sem
precedentes na História, não podem ser formados numa
instituição cujo trabalho ainda esteja pautado no culto
exclusivo do intelecto. (BEHRENS, 2000, p. 09)

Assim, percebemos que o foco do processo educativo deve ser a construção de


conhecimento. A escola deve privilegiar momentos de pesquisa em sala de aula, pois
assim o aluno aprende a buscar, selecionar, analisar as informações que teve acesso,
transformando-as em conhecimento. Como consequência desse processo,
possibilitamos a formação de um aluno ativo, pesquisador, crítico, criativo, reflexivo,
autônomo e consciente.

Ao propor o desenvolvimento de competências na Educação Básica, a BNCC direciona o


trabalho pedagógico para a formação integral do aluno, enfatizando a necessidade de
aliar a teoria à prática. E então, surgem algumas dúvidas: o que é competência e
habilidade? Como se direciona um trabalho pedagógico que busca o desenvolvimento de
habilidades e competências?

De acordo com Azevedo e Rowell (2009, s.p.),

competência é a capacidade, desenvolvida pelo sujeito


conhecedor, de mobilizar, articular e aplicar intencionalmente
conhecimentos (sensoriais, conceituais), habilidades, atitudes
e valores na solução pertinente, viável e eficaz de situações

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

que se configurem problemas para ele. Já habilidade é um


saber fazer, um conhecimento operacional, procedimental,
uma sequência de modos operatórios, de analogias, de
intuições, induções, deduções, aplicações, transposições.
Dessa forma, uma mesma habilidade pode contribuir para o
desenvolvimento de várias competências. E, por outro lado,
uma competência pressupõe o desenvolvimento de várias
habilidades, inclusive de habilidades com graus de
complexidade diferentes. (grifos dos autores)

Hamze (2020, s.p.) amplia essa afirmação, apresentando que “o conceito de competência
está intimamente relacionado à ideia de laboralidade e aumenta a responsabilidade das
instituições de ensino na organização dos currículos e das metodologias que propiciam a
ampliação de capacidades como resolver problemas novos, comunicar ideias, e tomar
decisões”.

O ensino por competências deve ser pautado na contextualização e na


interdisciplinaridade, com conteúdos pertinentes à realidade do aluno.

Nesse sentido, Ramos (2002, p.221) defende que

No plano pedagógico testemunha-se a organização e a


legitimação da passagem de um ensino centrado em saberes
disciplinares a um ensino definido pela produção de
competências verificáveis em situações e tarefas específicas.
Essas competências devem ser definidas com referência às
situações que os alunos deverão ser capazes de compreender
e dominar. Em síntese, em vez de se partir de um corpo de
conteúdos disciplinares existentes, com base no qual se
efetuam escolhas para cobrir os conhecimentos considerados
mais importantes, parte-se das situações concretas,
recorrendo-se às disciplinas na medida das necessidades
requeridas por essas situações.

Muito se tem discutido, no meio acadêmico, sobre a formação do aluno, lhe


possibilitando ser autor e autônomo de seu processo de aprendizagem. Assim, os
objetivos pedagógicos passam a visar a mobilização de conhecimentos e não apenas a
recepção e memorização de informações. “O processo de desenvolvimento e
aprendizagem sublinha o progresso do conhecimento e da personalidade através da
vivência de experiências significativas e de atividades pedagógicas cuidadosamente
concebidas e planejadas”. (DIAS, 2010, p. 75-76)

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A BNCC propõe o desenvolvimento de 10 competências ao longo da Educação Básica, são


elas:

“1 -Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo


físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo
e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

2 - Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências,


incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para
investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar
soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

3 - Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais,


e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

4 - Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita),


corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística,
matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e
sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento
mútuo.

5 - Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de


forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as
escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir
conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e
coletiva.

6 - Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de


conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do
mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto
de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

7 - Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular,


negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e
promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável
em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de
si mesmo, dos outros e do planeta.

8 - Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-


se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica
e capacidade para lidar com elas.

9 - Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se


respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades,


culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

10 - Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade,


resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos,
democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários”. (BNCC, 2018, p. 9-10)

Vá mais Longe
Capítulo Norteador: MELLO, Cleyson de Moraes; ALMEIDA NETO, José Rogerio Moura
de; PETRILLO, Regina Pentagna. Ensino por competências: eficiência no processo de
ensino e aprendizagem. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2019. p. 1-10. Biblioteca Virtual.

Sugestão de Leitura:

DIAS, Isabel Simões. Competências em educação: conceito e significado pedagógico.


Revista Sem. Da Assoc. Bras. de Psicologia Escolar e Educacional, São Paulo, v.14, n.01,
jan./jun. 2010. P. 73-78. Disponível em:
https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=282321831008. Acesso em: 23 jun. 2021.

Agora é sua Vez!


Interação

A BNCC propõe o desenvolvimento de 10 competências ao longo da Educação Básica


(Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio). Escolha uma dessas
competências e proponha uma atividade que auxilie no desenvolvimento dessa
competência. Poste no Fórum da Disciplina um pequeno texto (até 15 linhas) explicando
essa atividade. Não esqueça de identificar à qual etapa do ensino essa atividade se
adequa.

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Questão para Simulado

1 – Sobre o ensino baseado no desenvolvimento de habilidades e competências, analise


as sentenças a seguir, classificando-as como verdadeiras (V) ou falsas (F):

( ) A noção de competências vem servindo como paradigma para a definição de políticas


educacionais e estratégias curriculares.

( ) Competência é a mobilização de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para


resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do
mundo do trabalho.

( ) O processo de ensino-aprendizagem baseado no desenvolvimento de habilidades e


competências deve privilegiar a participação ativa do aluno.

Assinale a alternativa que corresponde à sua análise:

a) F, V, V.

b) V, F, V.

c) V, V, V.

d) F, V, F.

e) V, F, F.

Resposta: Letra C

Comentário: O ensino baseado no desenvolvimento de habilidades e competências prevê


a participação ativa do aluno nas atividades propostas, possibilitando-o a resolver
problemas, propor soluções, trabalhar em equipe de modo a mobilizar conhecimentos e
habilidades.

"Organize-se: 6 horas semanais – mínimo sugerido para autoestudo"

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

REFERÊNCIAS
AZEVEDO, T. M.; ROWELL, Vania Morales. Competências e habilidades no
processo de aprendizagem. Caxias do Sul, 2009.
BEHRENS, Marilda Aparecida. O paradigma emergente e a prática pedagógica. Curitiba:
Champagnat, 2000.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base.


Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso
em: 12 jun. 2021.
DIAS, Isabel Simões. Competências em educação: conceito e significado pedagógico.
Revista Sem. Da Assoc. Bras. de Psicologia Escolar e Educacional, São Paulo, v.14, n.01,
jan./jun. 2010. P. 73-78. Disponível em:
https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=282321831008. Acesso em: 23 jun. 2021.
HAMZE, Amelia. O contexto, as competências e habilidades. Brasil Escola. 2020.
Disponível em: https://educador.brasilescola.uol.com.br/gestao-educacional/contexto-
competencias-habilidades.htm. Acesso em: 23 jun. 2021.
MELLO, Cleyson de Moraes; ALMEIDA NETO, José Rogerio Moura de; PETRILLO, Regina
Pentagna. Ensino por competências: eficiência no processo de ensino e aprendizagem.
Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2019. p. 1-10. Biblioteca Virtual.
RAMOS, Marise Nogueira. A pedagogia das competências: autonomia ou adaptação?
2.ed. São Paulo: Cortez, 2002.

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

BNCC – Introdução, AULA

Fundamentos e Estrutura
06

A Educação Infantil na Base Nacional


Comum Curricular

Onde Chegar
• Conhecer a proposta da BNCC para a Educação Infantil.

• Conhecer os princípios do processo educativo na Educação Infantil.

O que Aprender
• Proposta da BNCC para a Educação Infantil;

• Os 6 direitos de aprendizagem e desenvolvimento assegurados pela BNCC;

• Os 5 campos de experiências para o desenvolvimento da aprendizagem na Educação


Infantil.

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

Desenvolvimento
A Base Nacional Comum Curricular prevê o desenvolvimento de 10 competências ao
longo da Educação Básica, sendo a Educação Infantil a primeira etapa desse processo.
Assim, de acordo com os eixos estruturantes (interações e brincadeira), devem ser
assegurados 6 direitos de aprendizagem e desenvolvimento.

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil apresentam, no artigo 9º


que:

os eixos estruturantes das práticas pedagógicas dessa etapa


da Educação Básica são as interações e a brincadeira,
experiências nas quais as crianças podem construir e
apropriar-se de conhecimentos por meio de suas ações e
interações com seus pares e com os adultos, o que possibilita
aprendizagens, desenvolvimento e socialização. A interação
durante o brincar caracteriza o cotidiano da infância, trazendo
consigo muitas aprendizagens e potenciais para o
desenvolvimento integral das crianças. Ao observar as
interações e a brincadeira entre as crianças e delas com os
adultos, é possível identificar, por exemplo, a expressão dos
afetos, a mediação das frustrações, a resolução de conflitos e
a regulação das emoções. (BNCC, 2018, p. 37)

De acordo com a BNCC, os 6 direitos de aprendizagem e desenvolvimento assegurados


na Educação Infantil são:

• Conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando


diferentes linguagens, ampliando o conhecimento de si e do outro, o respeito em relação
à cultura e às diferenças entre as pessoas.

• Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com


diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a
produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas
experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e
relacionais.

• Participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do planejamento da gestão


da escola e das atividades propostas pelo educador quanto da realização das atividades
da vida cotidiana, tais como a escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes,

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

desenvolvendo diferentes linguagens e elaborando conhecimentos, decidindo e se


posicionando.

• Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções,


transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e
fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as
artes, a escrita, a ciência e a tecnologia.

• Expressar, como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessidades, emoções,


sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de
diferentes linguagens.

• Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural, constituindo uma


imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas experiências de
cuidados, interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em
seu contexto familiar e comunitário. (BNCC, 2018, p. 38)

Com base nesses direitos, podemos perceber que cabe à escola a oferta de atividades
que possibilitem a vivência de diversas situações para que as crianças possam
desempenhar um papel ativo no processo educativo, resolvendo desafios, construindo e
reconstruindo conhecimentos e seus significados, para assim, desenvolver as
competências propostas nesses documentos (DCNEI e BNCC).

Essa concepção de criança como ser que observa, questiona,


levanta hipóteses, conclui, faz julgamentos e assimila valores
e que constrói conhecimentos e se apropria do conhecimento
sistematizado por meio da ação e nas interações com o
mundo físico e social não deve resultar no confinamento
dessas aprendizagens a um processo de desenvolvimento
natural ou espontâneo. Ao contrário, impõe a necessidade de
imprimir intencionalidade educativa às práticas pedagógicas
na Educação Infantil, tanto na creche quanto na pré-escola.
(BNCC, 2018, p. 38, grifo do autor)

Ao conceber o processo educativo, tomando como princípios norteadores as diretrizes


da BNCC, cabe ao professor selecionar, organizar, mediar e monitorar as atividades a
serem desenvolvidas em sala de aula, de modo a garantir o desenvolvimento integral de
seus alunos. Quanto à avaliação da aprendizagem, é necessário que haja um
acompanhamento individual (observar o desenvolvimento de cada aluno) e do grupo
como um todo (suas conquistas, avanços e dificuldades). Torna-se fundamental o registro

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

desse desenvolvimento, que poderá ser realizado por meio de relatórios, portfólios,
fotografias, desenhos, textos, etc.

[...] é possível evidenciar a progressão ocorrida durante o


período observado, sem intenção de seleção, promoção ou
classificação de crianças em “aptas” e “não aptas”, “prontas”
ou “não prontas”, “maduras” ou “imaturas”. Trata-se de
reunir elementos para reorganizar tempos, espaços e
situações que garantam os direitos de aprendizagem de todas
as crianças. (BNCC, 2018, p. 39)

Para que os 6 direitos de aprendizagem e desenvolvimento sejam assegurados, a


Educação Infantil tem sua organização curricular organizada em 5 campos de
experiência:

• O eu, o outro e o nós;

• Corpo, gestos e movimentos;

• Traços, sons, cores e formas;

• Escuta, fala, pensamento e imaginação;

• Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.

De acordo com a BNCC (2018, p. 43) “Os campos de experiências constituem um arranjo
curricular que acolhe as situações e as experiências concretas da vida cotidiana das
crianças e seus saberes, entrelaçando-os aos conhecimentos que fazem parte do
patrimônio cultural”.

Ao finalizar o capítulo específico com as diretrizes para a Educação Infantil, a BNCC traz
alguns cuidados que a instituição deve ter com a transição do aluno entre a Educação
Infantil e o Ensino Fundamental. Orienta-se que haja equilíbrio nas mudanças
introduzidas na rotina escolar, de forma a garantir a integração e continuidade dos
processos de aprendizagem das crianças.

Torna-se necessário estabelecer estratégias de acolhimento e


adaptação tanto para as crianças quanto para os docentes, de
modo que a nova etapa se construa com base no que a criança
sabe e é capaz de fazer, em uma perspectiva de continuidade
de seu percurso educativo. (BNCC, 2018, p. 53)

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

Vá mais Longe
Capítulo Norteador:

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base.


Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso
em: 12 jun. 2021. p.35 – 55.

Sugestão de Leitura:

PINHO, Fernanda. Por que planejar na Educação Infantil. Nova Escola. Disponível em:
https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/50/por-que-planejar-na-educacao-infantil.
Acesso em: 28 jun. 2021.

TREVISAN, Rita. O que diferencia a BNCC para a Educação Infantil do DCNEI e do RCNEI?
Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/57/o-que-
diferencia-a-bncc-para-a-educacao-infantil-do-dcnei-e-do-rcnei. Acesso em: 28 jun.
2021.

Agora é sua Vez!


Interação

De acordo com as diretrizes da BNCC, a Educação Infantil deve assegurar o


desenvolvimento de 6 direitos de aprendizagem que serão trabalhados nos 5 campos de
experiências, respeitando as especificidades de cada um dos 3 grupos organizados por
faixa etária.

Analise o quadro a seguir, que apresenta os objetivos a serem trabalhados no Campo de


Experiências: Traços, sons, cores e formas. Escolha um desses objetivos, a faixa etária
que será trabalhada e poste no Fórum da Disciplina uma atividade que contribua no
desenvolvimento desse objetivo.

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

Fonte: BNCC (2018, p. 48)

Questão para Simulado

1 – Sobre a estrutura curricular da Educação Infantil, atendendo às orientações da BNCC,


é correto afirmar que:

I - Os eixos estruturantes das práticas pedagógicas da Educação Infantil são as interações


e a brincadeira, experiências nas quais as crianças podem construir e apropriar-se de
conhecimentos por meio de suas ações e interações com seus pares e com os adultos, o
que possibilita aprendizagens, desenvolvimento e socialização.

II – São assegurados 6 direitos de aprendizagem e desenvolvimento, sendo eles: conviver,


brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se.

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6
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ROTAS DE APRENDIZAGEM

III – Ao propor um processo educativo que prioriza a participação ativa da criança nas
atividades a serem realizadas, buscando desenvolver a observação, o questionamento, e
construção e reconstrução do conhecimento, espera-se que o professor proponha um
processo de desenvolvimento natural ou espontâneo, sem a intencionalidade educativa.

Está correto o que se afirma nas sentenças:

a) I, II e III.

b) Somente I.

c) II e III.

d) Somente II.

e) I e II.

Resposta: Letra E

Comentário: De acordo com a BNCC, impõe-se a necessidade de imprimir


intencionalidade educativa às práticas pedagógicas na Educação Infantil, tanto na creche
quanto na pré-escola.

"Organize-se: 6 horas semanais – mínimo sugerido para autoestudo"

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base.
Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso
em: 12 jun. 2021.
PINHO, Fernanda. Por que planejar na Educação Infantil. Nova Escola. Disponível em:
https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/50/por-que-planejar-na-educacao-infantil.
Acesso em: 28 jun. 2021.
TREVISAN, Rita. O que diferencia a BNCC para a Educação Infantil do DCNEI e do RCNEI?
Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/57/o-que-
diferencia-a-bncc-para-a-educacao-infantil-do-dcnei-e-do-rcnei. Acesso em: 28 jun.
2021.

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NEAD – Núcleo de Educação a Distância

ROTAS DE APRENDIZAGEM

BNCC – Introdução, AULA

Fundamentos e Estrutura
07
O Ensino Fundamental (anos iniciais)
na Base Nacional Comum Curricular

Onde Chegar
• Conhecer a proposta da BNCC para o Ensino Fundamental (anos iniciais).

• Conhecer os princípios do processo educativo no Ensino Fundamental (anos iniciais).

O que Aprender
• Proposta da BNCC para o Ensino Fundamental;

• Áreas do conhecimento e componentes curriculares do Ensino Fundamental (anos


iniciais);

• Competências específicas, objetos de conhecimento e habilidades a serem


desenvolvidas no Ensino Fundamental (anos iniciais).

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NEAD – Núcleo de Educação a Distância

ROTAS DE APRENDIZAGEM

Desenvolvimento
A etapa do Ensino Fundamental está dividida em 2 fases: anos iniciais (1º ao 5º ano) e
anos finais (6º ao 9º ano), atendendo estudantes entre 6 a 14 anos de idade. Essa é a
etapa mais longa da Educação Básica. Por envolver crianças e adolescentes que, ao longo
desse período, passam por significativas mudanças relacionadas a aspectos físicos,
cognitivos, afetivos, sociais e emocionais, essa etapa merece especial atenção por parte
dos educadores.

É fundamental que haja a interação e integração na transição dos alunos entre a


Educação Infantil e o Ensino Fundamental, assim como entre as fases do Ensino
Fundamental (anos iniciais e finais).

Nesse período da vida, as crianças estão vivendo mudanças


importantes em seu processo de desenvolvimento que
repercutem em suas relações consigo mesmas, com os outros
e com o mundo. Como destacam as DCN, a maior
desenvoltura e a maior autonomia nos movimentos e
deslocamentos ampliam suas interações com o espaço; a
relação com múltiplas linguagens, incluindo os usos sociais da
escrita e da matemática, permite a participação no mundo
letrado e a construção de novas aprendizagens, na escola e
para além dela; a afirmação de sua identidade em relação ao
coletivo no qual se inserem resulta em formas mais ativas de
se relacionarem com esse coletivo e com as normas que
regem as relações entre as pessoas dentro e fora da escola,
pelo reconhecimento de suas potencialidades e pelo
acolhimento e pela valorização das diferenças. (BNCC, 2018,
p. 58)

A BNCC enfatiza a importância de que o trabalho escolar seja organizado considerando


os interesses manifestados pelos alunos, assim como suas experiências pessoais, para
que possam relacionar o conteúdo a ser aprendido com os conhecimentos já
internalizados, possibilitando assim uma aprendizagem significativa.

O estímulo ao pensamento criativo, lógico e crítico, por meio


da construção e do fortalecimento da capacidade de fazer
perguntas e de avaliar respostas, de argumentar, de interagir
com diversas produções culturais, de fazer uso de tecnologias
de informação e comunicação, possibilita aos alunos ampliar

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

sua compreensão de si mesmos, do mundo natural e social,


das relações dos seres humanos entre si e com a natureza.
(BNCC, 2018, p. 58)

A alfabetização deve ser o foco do processo educativo nos dois primeiros anos do Ensino
Fundamental, garantindo que os alunos se “apropriem do sistema de escrita alfabética
de modo articulado ao desenvolvimento de outras habilidades de leitura e de escrita e
ao seu envolvimento em práticas diversificadas de letramentos”. (BNCC, 2018, p. 59)

Ao longo do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, a progressão


do conhecimento ocorre pela consolidação das aprendizagens
anteriores e pela ampliação das práticas de linguagem e da
experiência estética e intercultural das crianças, considerando
tanto seus interesses e suas expectativas quanto o que ainda
precisam aprender. Ampliam-se a autonomia intelectual, a
compreensão de normas e os interesses pela vida social, o que
lhes possibilita lidar com sistemas mais amplos, que dizem
respeito às relações dos sujeitos entre si, com a natureza, com
a história, com a cultura, com as tecnologias e com o
ambiente. (BNCC, 2018, p. 59)

As áreas de conhecimento a serem desenvolvidas no Ensino Fundamental (anos iniciais)


são: Linguagens, Matemática, Ciências da natureza, Ciências Humanas e Ensino religioso.
Os componentes curriculares estão organizados de acordo com as áreas de
conhecimento. Cada área do conhecimento apresenta as competências específicas a
serem desenvolvidas, assim como cada componente curricular define as competências e
habilidades a serem trabalhadas ao longo do processo educativo.

Os componentes curriculares são compostos por unidades temáticas, objetos de


conhecimento e habilidades, sendo organizados de acordo com cada fase do Ensino
Fundamental (anos iniciais e finais).

Observe o esquema a seguir com a organização das áreas de conhecimento e seus


respectivos componentes curriculares:

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

Fonte: BNCC (2018, p. 27)

Quanto ao Ensino Religioso, vale destacar que:

Estabelecido como componente curricular de oferta


obrigatória nas escolas públicas de Ensino Fundamental, com
matrícula facultativa, em diferentes regiões do país, foram
elaborados propostas curriculares, cursos de formação inicial
e continuada e materiais didático-pedagógicos que
contribuíram para a construção da área do Ensino Religioso,
cujas natureza e finalidades pedagógicas são distintas da
confessionalidade. (BNCC, 2018, p. 435)

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

Vá mais Longe
Capítulo Norteador:

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base.


Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso
em: 12 jun. 2021. Etapa do Ensino Fundamental.

Sugestão de Leitura:

ORNELLAS, J. F. de; SILVA, L. C. O ENSINO FUNDAMENTAL DA BNCC: proposta de um


currículo na contramão do conhecimento. Revista Espaço do Currículo, v. 12, n. 2, p.
309–325, 2019. DOI: 10.22478/ufpb.1983-1579.2019v12n2.43516. Disponível em:
https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/ufpb.1983-
1579.2019v12n2.43516. Acesso em: 26 jun. 2021.

Agora é sua Vez!


Interação

Leia o seguinte trecho extraído da BNCC sobre o processo de alfabetização:

“Embora, desde que nasce e na Educação Infantil, a criança esteja cercada e participe de
diferentes práticas letradas, é nos anos iniciais (1º e 2º anos) do Ensino Fundamental que
se espera que ela se alfabetize. Isso significa que a alfabetização deve ser o foco da ação
pedagógica. Nesse processo, é preciso que os estudantes conheçam o alfabeto e a
mecânica da escrita/leitura – processos que visam a que alguém (se) torne alfabetizado,
ou seja, consiga “codificar e decodificar” os sons da língua (fonemas) em material gráfico
(grafemas ou letras), o que envolve o desenvolvimento de uma consciência fonológica
(dos fonemas do português do Brasil e de sua organização em segmentos sonoros
maiores como sílabas e palavras) e o conhecimento do alfabeto do português do Brasil
em seus vários formatos (letras imprensa e cursiva, maiúsculas e minúsculas), além do
estabelecimento de relações grafofônicas entre esses dois sistemas de materialização da
língua.

Dominar o sistema de escrita do português do Brasil não é uma tarefa tão simples: trata-
se de um processo de construção de habilidades e capacidades de análise e de
transcodificação linguística. Um dos fatos que frequentemente se esquece é que estamos
tratando de uma nova forma ou modo (gráfico) de representar o português do Brasil, ou

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NEAD – Núcleo de Educação a Distância

ROTAS DE APRENDIZAGEM

seja, estamos tratando de uma língua com suas variedades de fala regionais, sociais, com
seus alofones, e não de fonemas neutralizados e despidos de sua vida na língua falada
local. De certa maneira, é o alfabeto que neutraliza essas variações na escrita”. (BNCC,
2018, p. 89-90)

Com base nessa concepção de alfabetização, proponha uma atividade para desenvolver
a alfabetização com alunos do 1º ano do Ensino Fundamental. Poste a sua proposta de
atividade no Fórum da Disciplina.

Questão para Simulado

1 – A BNCC propõe a estrutura curricular do Ensino Fundamental em áreas de


conhecimento e componentes curriculares. De acordo com o que é proposto por esse
documento, os componentes curriculares que compõem a área de Linguagens são:

I - Língua Portuguesa e Língua Inglesa

II – Arte

III – Educação Física

IV – Música e Dança

Estão corretas as sentenças:

a) I, II e III
b) I, II, III e IV
c) I e II
d) I e III
e) I, III e IV

Resposta: Letra A

Comentário: De acordo com a BNCC, os componentes curriculares que compõem a área


de Linguagens são: Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Arte e Educação Física.

"Organize-se: 6 horas semanais – mínimo sugerido para autoestudo"

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NEAD – Núcleo de Educação a Distância

ROTAS DE APRENDIZAGEM

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base.
Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso
em: 12 jun. 2021.
ORNELLAS, J. F. de; SILVA, L. C. O ENSINO FUNDAMENTAL DA BNCC: proposta de um
currículo na contramão do conhecimento. Revista Espaço do Currículo, v. 12, n. 2, p.
309–325, 2019. DOI: 10.22478/ufpb.1983-1579.2019v12n2.43516. Disponível em:
https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec/article/view/ufpb.1983-
1579.2019v12n2.43516. Acesso em: 26 jun. 2021.

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

BNCC – Introdução, AULA

Fundamentos e Estrutura
08
O Ensino Fundamental (anos finais)
na Base Nacional Comum Curricular

Onde Chegar
• Conhecer a proposta da BNCC para o Ensino Fundamental (anos finais).

• Conhecer os princípios do processo educativo no Ensino Fundamental (anos finais).

O que Aprender
• Proposta da BNCC para o Ensino Fundamental;

• Áreas do conhecimento e componentes curriculares do Ensino Fundamental (anos


finais);

• Competências específicas, objetos de conhecimento e habilidades a serem


desenvolvidas no Ensino Fundamental (anos finais).

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

Desenvolvimento
Nessa aula, abordaremos algumas orientações específicas, trazidas pela BNCC, para a 2ª
fase do Ensino Fundamental. O documento enfatiza a importância de haver uma
integração entre as 2 fases: anos iniciais (1º ao 5º ano) e anos finais (6º ao 9º ano),
evitando uma ruptura no processo de aprendizagem.

Ao longo do Ensino Fundamental – Anos Finais, os estudantes


se deparam com desafios de maior complexidade, sobretudo
devido à necessidade de se apropriarem das diferentes lógicas
de organização dos conhecimentos relacionados às áreas.
Tendo em vista essa maior especialização, é importante, nos
vários componentes curriculares, retomar e ressignificar as
aprendizagens do Ensino Fundamental – Anos Iniciais no
contexto das diferentes áreas, visando ao aprofundamento e
à ampliação de repertórios dos estudantes. (BNCC, 2018, p.
60)

Ao falarmos sobre os estudantes do Ensino Fundamental, anos finais, estamos falando


de pré-adolescentes e adolescentes. Essa fase é marcada por mudanças significativas,
principalmente em relação às transformações biológicas e sociais.

Os estudantes dessa fase inserem-se em uma faixa etária que


corresponde à transição entre infância e adolescência,
marcada por intensas mudanças decorrentes de
transformações biológicas, psicológicas, sociais e emocionais.
Nesse período de vida, como bem aponta o Parecer CNE/CEB
nº 11/2010, ampliam-se os vínculos sociais e os laços afetivos,
as possibilidades intelectuais e a capacidade de raciocínios
mais abstratos. Os estudantes tornam-se mais capazes de ver
e avaliar os fatos pelo ponto de vista do outro, exercendo a
capacidade de descentração, “importante na construção da
autonomia e na aquisição de valores morais e éticos”. (BNCC,
2018, p. 60)

Na área de conhecimento de Linguagens, temos a inserção do componente curricular da


Língua Inglesa. Nesse segmento do ensino, os alunos são capazes de maior
aprofundamento e reflexão crítica a cerca dos conteúdos trabalhados. Vale também

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

destacar a importância de se discutir sobre o uso das novas tecnologias pelos estudantes
e o uso desse material como recurso de aprendizagem.

É importante que a instituição escolar preserve seu


compromisso de estimular a reflexão e a análise aprofundada
e contribua para o desenvolvimento, no estudante, de uma
atitude crítica em relação ao conteúdo e à multiplicidade de
ofertas midiáticas e digitais. Contudo, também é
imprescindível que a escola compreenda e incorpore mais as
novas linguagens e seus modos de funcionamento,
desvendando possibilidades de comunicação (e também de
manipulação), e que eduque para usos mais democráticos das
tecnologias e para uma participação mais consciente na
cultura digital. Ao aproveitar o potencial de comunicação do
universo digital, a escola pode instituir novos modos de
promover a aprendizagem, a interação e o compartilhamento
de significados entre professores e estudantes. (BNCC, 2018,
p. 61)
Sobre a inserção da Língua Inglesa como componente curricular a partir do 6º ano, a
BNCC explica que:

[...] o estudo da língua inglesa pode possibilitar a todos o


acesso aos saberes linguísticos necessários para engajamento
e participação, contribuindo para o agenciamento crítico dos
estudantes e para o exercício da cidadania ativa, além de
ampliar as possibilidades de interação e mobilidade, abrindo
novos percursos de construção de conhecimentos e de
continuidade nos estudos. É esse caráter formativo que
inscreve a aprendizagem de inglês em uma perspectiva de
educação linguística, consciente e crítica, na qual as
dimensões pedagógicas e políticas estão intrinsecamente
ligadas. (BNCC, 2018, p. 241)

Quanto ao ensino do componente curricular Arte, a BNCC orienta que, nos anos finais do
Ensino Fundamental, os alunos tenham maior contato com manifestações artísticas e
culturais, nacionais e internacionais, de épocas e contextos diversificados. “O diferencial
dessa fase está na maior sistematização dos conhecimentos e na proposição de
experiências mais diversificadas em relação a cada linguagem, considerando as culturas
juvenis”. (BNCC, 2018, p. 205)

Na área da Matemática, a BNCC afirma a importância da continuidade do trabalho


desenvolvido na primeira fase do Ensino Fundamental, salientando que é fundamental

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

considerar as experiências e os conhecimentos já adquiridos pelos alunos, propondo


atividades para observar, analisar e estabelecer relações com o que é aprendido na
escola e o que vivenciado fora dela. O documento tece alguns comentários sobre os
recursos que devem ser utilizados para o ensino da Matemática.

Além dos diferentes recursos didáticos e materiais, como


malhas quadriculadas, ábacos, jogos, calculadoras, planilhas
eletrônicas e softwares de geometria dinâmica, é importante
incluir a história da Matemática como recurso que pode
despertar interesse e representar um contexto significativo
para aprender e ensinar Matemática. Entretanto, esses
recursos e materiais precisam estar integrados a situações
que propiciem a reflexão, contribuindo para a sistematização
e a formalização dos conceitos matemáticos. (BNCC, 2018, p.
298)
Na área de Ciências Humanas, que engloba os componentes curriculares História e
Geografia, percebemos que o foco a ser estudado se amplia gradativamente. Enquanto
que, nos anos iniciais, é trabalhada a percepção e reconhecimento do “Eu, do outro e do
nós”, nos anos finais,

é possível analisar os indivíduos como atores inseridos em um


mundo em constante movimento de objetos e populações e
com exigência de constante comunicação. Nesse contexto,
faz-se necessário o desenvolvimento de habilidades voltadas
para o uso concomitante de diferentes linguagens (oral,
escrita, cartográfica, estética, técnica etc.). Por meio delas,
torna-se possível o diálogo, a comunicação e a socialização
dos indivíduos, condição necessária tanto para a resolução de
conflitos quanto para um convívio equilibrado entre
diferentes povos e culturas. O desafio é grande, exigindo
capacidade para responder de maneira crítica, propositiva e
ética aos conflitos impostos pela história. [...] o ensino
favorece uma ampliação das perspectivas e, portanto, de
variáveis, tanto do ponto de vista espacial quanto temporal.
Isso permite aos alunos identificar, comparar e conhecer o
mundo, os espaços e as paisagens com mais detalhes,
complexidade e espírito crítico, criando condições adequadas
para o conhecimento de outros lugares, sociedades e
temporalidades históricas. (BNCC, 2018, p. 356)

Fica claro, ao longo de todo o documento da BNCC, a preocupação com a continuidade


do processo educativo. Frequentemente é abordada a necessidade de relacionar os

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

conteúdos novos a serem desenvolvidos com o que já foi apreendido pelo aluno. Da
mesma forma, como se destaca a necessidade de preparar o aluno para a próxima etapa
da Educação Básica, nesse caso, preparar os alunos do 9º ano para o Ensino Médio.

Nessa direção, no Ensino Fundamental – Anos Finais, a escola


pode contribuir para o delineamento do projeto de vida dos
estudantes, ao estabelecer uma articulação não somente com
os anseios desses jovens em relação ao seu futuro, como
também com a continuidade dos estudos no Ensino Médio.
Esse processo de reflexão sobre o que cada jovem quer ser no
futuro, e de planejamento de ações para construir esse futuro,
pode representar mais uma possibilidade de desenvolvimento
pessoal e social. (BNCC, 2018, p. 62)

Vá mais Longe
Capítulo Norteador:

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base.


Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso
em: 12 jun. 2021. Etapa do Ensino Fundamental.

Agora é sua Vez!


Interação

O documento da BNCC traz, em diversos trechos, a importância da transição dos alunos


do 5º para o 6º ano, para se evitar uma ruptura no processo educativo. Supondo que
você atue com os alunos do 5º ano, que estratégias você utilizaria para facilitar essa
transição para o 6º ano? Poste a sua proposta de atividade no Fórum da Disciplina.

Questão para Simulado

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

1 – Quanto à área de Ensino Religioso, de acordo com o que é proposto pela BNCC, é
correto afirmar que:

I – O componente curricular de Ensino Religioso é obrigatório nas escolas públicas de


Ensino Fundamental, com matrícula facultativa.

II – A natureza e a finalidade pedagógica do componente curricular Ensino Religioso são


distintas da confessionalidade.

III – Deve-se tratar os conhecimentos religiosos a partir de pressupostos éticos e


científicos, sem privilégio de nenhuma crença ou convicção.

Está correto o que se afirma nas sentenças:

a) Somente I e II
b) Somente II e III
c) I, II e III
d) Somente III
e) Somente II

Resposta: Letra C

Comentário: De acordo com a BNCC, o componente curricular de Ensino Religioso não


deve ter caráter de confessionalidade, devendo respeitar os pressupostos éticos e
científicos.

"Organize-se: 6 horas semanais – mínimo sugerido para autoestudo"

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base.
Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso
em: 12 jun. 2021.

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BNCC – Introdução, AULA

Fundamentos e Estrutura
09
O Ensino Médio na Base Nacional Comum
Curricular

Onde Chegar
• Conhecer a proposta da BNCC para o Ensino Médio.

• Conhecer os princípios do processo educativo no Ensino Médio.

O que Aprender
• Proposta da BNCC para o Ensino Médio;

• Áreas do conhecimento, componentes curriculares, itinerários formativos e projeto de


vida;

• Proposta de currículo para o Ensino Médio.

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

Desenvolvimento
Nessa aula, analisaremos as orientações trazidas pela BNCC para a última etapa da
Educação Básica – o Ensino Médio. Devemos considerar a heterogeneidade presente
nessa etapa. Segundo as Diretrizes Nacionais para o Ensino Médio, devemos reconhecer
a juventude como: “condição sócio-histórico-cultural de uma categoria de sujeitos que
necessita ser considerada em suas múltiplas dimensões, com especificidades próprias
que não estão restritas às dimensões biológica e etária, mas que se encontram
articuladas com uma multiplicidade de atravessamentos sociais e culturais, produzindo
múltiplas culturas juvenis ou muitas juventudes”.

Tendo como base essa concepção de público do Ensino Médio, é que precisamos de
estratégias para garantir o acesso, a permanência e a aprendizagem dos estudantes
dessa etapa.

Considerar que há muitas juventudes implica organizar uma


escola que acolha as diversidades, promovendo, de modo
intencional e permanente, o respeito à pessoa humana e aos
seus direitos. E mais, que garanta aos estudantes ser
protagonistas de seu próprio processo de escolarização,
reconhecendo-os como interlocutores legítimos sobre
currículo, ensino e aprendizagem. Significa, nesse sentido,
assegurar- -lhes uma formação que, em sintonia com seus
percursos e histórias, permita-lhes definir seu projeto de vida,
tanto no que diz respeito ao estudo e ao trabalho como
também no que concerne às escolhas de estilos de vida
saudáveis, sustentáveis e éticos. (BNCC, 2018, p. 463)

Para o Ensino Médio, a BNCC apresenta alguns princípios fundamentais que devem ser
desenvolvidos. O primeiro deles, como já falamos, é reconhecer os interesses e
necessidades dos alunos. O segundo, refere-se à educação integral e a construção do
projeto de vida, preparando o aluno para a cidadania e para o mundo do trabalho.

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

Além de possibilitar o prosseguimento dos estudos a todos


aqueles que assim o desejarem, o Ensino Médio deve atender
às necessidades de formação geral indispensáveis ao exercício
da cidadania e construir aprendizagens sintonizadas com as
necessidades, as possibilidades e os interesses dos estudantes
e, também, com os desafios da sociedade contemporânea.
(BNCC, 2018, p. 14)
Assim, o texto da BNCC apresenta como uma das finalidades do Ensino Médio

o desenvolvimento de competências que possibilitem aos


estudantes inserir-se de forma ativa, crítica, criativa e
responsável em um mundo do trabalho cada vez mais
complexo e imprevisível, criando possibilidades para viabilizar
seu projeto de vida e continuar aprendendo, de modo a ser
capazes de se adaptar com flexibilidade a novas condições de
ocupação ou aperfeiçoamento posteriores. (2018, p. 465-466)

O currículo tradicional do Ensino Médio não consegue atender a todas as demandas aqui
apresentadas. Assim, foi fundamental repensar a organização curricular, substituindo a
proposta que apresentava “[...] excesso de componentes curriculares e abordagens
pedagógicas distantes das culturas juvenis, do mundo do trabalho e das dinâmicas e
questões sociais contemporâneas”. (BNCC, 2018, p. 467)

Assim, a Lei n. 13.415/2017 alterou o texto da LDB (Lei n. 9.394/96) e estabeleceu que o
currículo do Ensino Médio deve ser composto pela BNCC e por itinerários formativos,
sendo eles: I – linguagens e suas tecnologias; II – matemática e suas tecnologias; III –
ciências da natureza e suas tecnologias; IV – ciências humanas e sociais aplicadas; V –
formação técnica e profissional (LDB, Art. 36).

Essa estrutura adota a flexibilidade como princípio de


organização curricular, o que permite a construção de
currículos e propostas pedagógicas que atendam mais
adequadamente às especificidades locais e à multiplicidade
de interesses dos estudantes, estimulando o exercício do
protagonismo juvenil e fortalecendo o desenvolvimento de
seus projetos de vida. (BNCC, 2018, p. 468)

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NEAD – Núcleo de Educação a Distância

ROTAS DE APRENDIZAGEM

O esquema a seguir apresenta a estrutura da BNCC para o Ensino Médio, tendo como
base as 10 competências a serem desenvolvidas ao longo da Educação Básica:

Fonte: BNCC (2018, p. 469)

Observa-se, nessa estrutura, que as áreas do conhecimento têm por finalidade integrar
dois ou mais componentes curriculares, de forma a possibilitar um trabalho
interdisciplinar. Além disso, “as competências e habilidades da BNCC constituem a
formação geral básica. Os currículos do Ensino Médio são compostos pela formação geral
básica, articulada aos itinerários formativos como um todo indissociável, nos termos das
DCNEM/2018”. (BNCC, 2018, p. 469)

De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, “os itinerários
formativos podem ser estruturados com foco em uma área do conhecimento, na
formação técnica e profissional ou, também, na mobilização de competências e
habilidades de diferentes áreas, compondo itinerários integrados”. (DCNEM, 2018, s.p.)

[...] a oferta de diferentes itinerários formativos pelas escolas


deve considerar a realidade local, os anseios da comunidade
escolar e os recursos físicos, materiais e humanos das redes e
instituições escolares de forma a propiciar aos estudantes

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NEAD – Núcleo de Educação a Distância

ROTAS DE APRENDIZAGEM

possibilidades efetivas para construir e desenvolver seus


projetos de vida e se integrar de forma consciente e autônoma
na vida cidadã e no mundo do trabalho.
Para tanto, os itinerários devem garantir a apropriação de
procedimentos cognitivos e o uso de metodologias que
favoreçam o protagonismo juvenil, e organizar-se em torno de
um ou mais dos seguintes eixos estruturantes:
I – investigação científica: supõe o aprofundamento de
conceitos fundantes das ciências para a interpretação de
ideias, fenômenos e processos para serem utilizados em
procedimentos de investigação voltados ao enfrentamento de
situações cotidianas e demandas locais e coletivas, e a
proposição de intervenções que considerem o
desenvolvimento local e a melhoria da qualidade de vida da
comunidade;
II – processos criativos: supõem o uso e o aprofundamento do
conhecimento científico na construção e criação de
experimentos, modelos, protótipos para a criação de
processos ou produtos que atendam a demandas para a
resolução de problemas identificados na sociedade;
III – mediação e intervenção sociocultural: supõem a
mobilização de conhecimentos de uma ou mais áreas para
mediar conflitos, promover entendimento e implementar
soluções para questões e problemas identificados na
comunidade;
IV – empreendedorismo: supõe a mobilização de
conhecimentos de diferentes áreas para a formação de
organizações com variadas missões voltadas ao
desenvolvimento de produtos ou prestação de serviços
inovadores com o uso das tecnologias. (BNCC, 2018, p. 478-
479)

Podemos perceber que a flexibilidade do currículo é fundamental para que a proposta


da BNCC seja colocada em prática no Ensino Médio. Apesar de ter recebido diversas
críticas por parte de especialistas e educadores, podemos afirmar que a preocupação
com o acesso, a permanência e a aprendizagem significativa, nessa etapa da Educação
Básica, já representam um grande avanço para a sociedade.

Para formar esses jovens como sujeitos críticos, criativos,


autônomos e responsáveis, cabe às escolas de Ensino Médio

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NEAD – Núcleo de Educação a Distância

ROTAS DE APRENDIZAGEM

proporcionar experiências e processos que lhes garantam as


aprendizagens necessárias para a leitura da realidade, o
enfrentamento dos novos desafios da contemporaneidade
(sociais, econômicos e ambientais) e a tomada de decisões
éticas e fundamentadas. O mundo deve lhes ser apresentado
como campo aberto para investigação e intervenção quanto a
seus aspectos políticos, sociais, produtivos, ambientais e
culturais, de modo que se sintam estimulados a equacionar e
resolver questões legadas pelas gerações anteriores – e que
se refletem nos contextos atuais –, abrindo-se criativamente
para o novo. (BNCC, 2018, p. 463)

Vá mais Longe
Capítulo Norteador:

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base.


Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso
em: 12 jun. 2021. Etapa do Ensino Médio.

Sugestão de Leitura:

COSTA, Marilda de Oliveira; SILVA, Leonardo Almeida da. Educação e democracia: Base
Nacional Comum Curricular e novo ensino médio sob a ótica de entidades acadêmicas da
área educacional. Revista Brasileira de Educação, v. 24, 2019. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbedu/a/ML8XWMp3zGw4ygSGNvbmN4p/?lang=pt&format=p
df. Acesso em: 03 jul. 2021.

Sugestão de Vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=-t_QkKzC1L4

Agora é sua Vez!

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NEAD – Núcleo de Educação a Distância

ROTAS DE APRENDIZAGEM

Interação

Nessa aula, conhecemos a proposta da BNCC para o Ensino Médio. Tal proposta recebeu
diversas críticas por parte de especialistas e educadores. O artigo sugerido traz à tona
essa análise. Com base na leitura desse material, poste no Fórum da Disciplina um
pequeno texto (até 15 linhas) comentando uma das críticas apresentadas à proposta da
BNCC para o Ensino Médio.

COSTA, Marilda de Oliveira; SILVA, Leonardo Almeida da. Educação e democracia: Base
Nacional Comum Curricular e novo ensino médio sob a ótica de entidades acadêmicas da
área educacional. Revista Brasileira de Educação, v. 24, 2019. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbedu/a/ML8XWMp3zGw4ygSGNvbmN4p/?lang=pt&format=p
df. Acesso em: 03 jul. 2021.

Questão para Simulado

1 – Considerando a proposta da BNCC para o Ensino Médio, é correto afirmar que é


função da escola:

I - Valorizar os papéis sociais desempenhados pelos jovens, para além de sua condição
de estudante, e qualificar os processos de construção de sua(s) identidade(s) e de seu
projeto de vida.

II - Garantir a participação ativa do aluno no processo de aprendizagem e o


desenvolvimento de suas capacidades de abstração, reflexão, interpretação, proposição
e ação, essenciais à sua autonomia pessoal, profissional, intelectual e política.

III - Promover a aprendizagem colaborativa, possibilitando aos alunos que aprendam a


trabalhar em equipe. Entretanto, deve-se priorizar as atividades individuais para que os
alunos possam desenvolver suas potencialidades.

Está correto o que se afirma nas sentenças:

a) Somente I e II
b) Somente II e III
c) I, II e III
d) Somente I
e) Somente II

Resposta: Letra A

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NEAD – Núcleo de Educação a Distância

ROTAS DE APRENDIZAGEM

Comentário: De acordo com a BNCC, a escola deve promover a aprendizagem


colaborativa, desenvolvendo nos estudantes a capacidade de trabalharem em equipe e
aprenderem com seus pares.

"Organize-se: 6 horas semanais – mínimo sugerido para autoestudo"

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base.
Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso
em: 12 jun. 2021.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação; Câmara de Educação Básica. Diretrizes


Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/docman/novembro-2018-pdf/102481-rceb003-18/file. Acesso
em: 03 jul. 2021.

BRASIL. Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Altera as Leis nº 9.394, de 20 de


dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e nº
11.494, de 20 de junho de 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, a
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de
maio de 1943, e pelo Decreto-Lei nº 236, de 28 de fevereiro de 1967; revoga a Lei nº
11.161, de 5 de agosto de 2005; e institui a Política de Fomento à Implementação de
Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13415.htm. Acesso em:
03 jul. 2021.

COSTA, Marilda de Oliveira; SILVA, Leonardo Almeida da. Educação e democracia: Base
Nacional Comum Curricular e novo ensino médio sob a ótica de entidades acadêmicas da
área educacional. Revista Brasileira de Educação, v. 24, 2019. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbedu/a/ML8XWMp3zGw4ygSGNvbmN4p/?lang=pt&format=p
df. Acesso em: 03 jul. 2021.

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

BNCC – Introdução, AULA

Fundamentos e Estrutura
10
Temas Contemporâneos Transversais

Onde Chegar
• Conhecer os Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) propostos pela BNCC.

• Compreender como os temas contemporâneos devem ser desenvolvidos na prática


pedagógica.

• Conhecer os conceitos de interdisciplinaridade, transdisciplinaridade e


transversalidade.

O que Aprender
• Temas Contemporâneos propostos pela BNCC;

• Interdisciplinaridade, transdisciplinaridade e transversalidade.

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NEAD – Núcleo de Educação a Distância

ROTAS DE APRENDIZAGEM

Desenvolvimento
Nós já vimos nas aulas anteriores que um dos fundamentos da BNCC é garantir a
formação integral do aluno. Para tanto, o documento propõe o desenvolvimento de
competências, habilidades e conhecimentos ao longo da Educação Básica. Como forma
de organizar essas aprendizagens, foram definidas áreas de conhecimento e seus
respectivos componentes curriculares.

Além dos conhecimentos que devem ser desenvolvidos em cada componente curricular,
a BNCC propõe o desenvolvimento dos Temas Contemporâneos Transversais (TCTs). Eles
não pertencem a um componente curricular específico, mas devem ser trabalhados de
forma a integrar o conteúdo, estabelecendo integração e significação. Cabe à instituição
escolar e, principalmente, ao professor organizar os momentos em que esses temas
serão trabalhados e como serão integrados ao conteúdo proposto.

Esse trabalho transversal, onde todos os componentes curriculares são responsáveis pelo
desenvolvimento dos temas contemporâneos, integrando-os aos conteúdos propostos,
contribui de forma significativa para a formação integral do aluno. Percebe-se, assim, que
os temas contemporâneos estão diretamente relacionados às 10 competências e às
aprendizagens essenciais propostas pela BNCC.

A abordagem da contemporaneidade é uma busca pela


melhoria da aprendizagem. Ao contextualizar o que é
ensinado em sala de aula juntamente com os temas
contemporâneos, espera-se aumentar o interesse dos
estudantes durante o processo e despertar a relevância
desses temas no seu desenvolvimento como cidadão. O maior
objetivo dessa abordagem é que o estudante conclua a sua
educação formal reconhecendo e aprendendo sobre os temas
que são relevantes para sua atuação na sociedade. Assim,
espera-se que a abordagem dos Temas Contemporâneos
Transversais (TCTs) permita ao estudante compreender
questões diversas, tais como cuidar do planeta, a partir do
território em que vive; administrar o seu dinheiro; cuidar de
sua saúde; usar as novas tecnologias digitais; entender e
respeitar aqueles que são diferentes e quais são seus direitos
e deveres como cidadão, contribuindo para a formação
integral do estudante como ser humano, sendo essa uma das
funções sociais da escola. (BRASIL, 2019a, p. 4)

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

Os temas transversais não são recentes no Brasil. Foram propostos com a implementação
dos Parâmetros Curriculares Nacionais, em 1997. Tinha-se como premissa que eles
deveriam manter as disciplinas curriculares tradicionais como eixos longitudinais,
devendo girar em torno delas. Na época, foram propostos 5 temas transversais para os
anos iniciais do Ensino Fundamental, e 6 temas para os anos finais do Ensino
Fundamental. Atualmente, a BNCC propõe o desenvolvimento de 15 temas
contemporâneos, organizados em 6 macroáreas, conforme mostra a figura a seguir:

Fonte: Brasil (2019a, p. 7)

Vale salientar que os temas podem ser trabalhados tanto em um ou mais componentes
de forma intradisciplinar, interdisciplinar ou transdisciplinar, mas sempre
transversalmente às áreas de conhecimento.

Como forma de auxiliar o trabalho de gestores e professores na reformulação do


currículo escolar, atendendo às orientações da BNCC, foram elaborados 2 documentos

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NEAD – Núcleo de Educação a Distância

ROTAS DE APRENDIZAGEM

sobre os Temas Contemporâneos Transversais. De acordo com esses documentos, o


trabalho com os temas contemporâneos deve estar embasado em 4 pilares:

Fonte: Brasil (2019a, p. 8)

O objetivo [desses documentos] é favorecer e estimular a


criação de estratégias que relacionem os diferentes
componentes curriculares e os TCTs, de forma que o
estudante ressignifique a informação procedente desses
diferentes saberes disciplinares e transversais, integrando-os
a um contexto social amplo, identificando-os como
conhecimentos próprios. Para tanto, sugere-se formas de
organização dos componentes curriculares que, respeitando a
competência pedagógica das equipes escolares, estimulem
estratégias dinâmicas, interativas e colaborativas em relação
à gestão de suas práticas pedagógicas (BNCC, 2018, p.12).

Diversas são as possibilidades didático pedagógicas para a abordagem dos temas


contemporâneos. Sugere-se que sejam trabalhados em 3 níveis de complexidade:
intradisciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar, mas sempre priorizando a
transversalidade.

A transversalidade orienta para a necessidade de se instituir,


na prática educativa, uma analogia entre aprender
conhecimentos teoricamente sistematizados (aprender sobre

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NEAD – Núcleo de Educação a Distância

ROTAS DE APRENDIZAGEM

a realidade) e as questões da vida real (aprender na realidade


e da realidade). Dentro de uma compreensão interdisciplinar
do conhecimento, a transversalidade tem significado, sendo
uma proposta didática que possibilita o tratamento dos
conhecimentos escolares de forma integrada. Assim, nessa
abordagem, a gestão do conhecimento parte do pressuposto
de que os sujeitos são agentes da arte de problematizar e
interrogar, e buscam procedimentos interdisciplinares
capazes de acender a chama do diálogo entre diferentes
sujeitos, ciências, saberes e temas (CNE/CEB, 2010, p. 24).

O trabalho intradisciplinar propõe o desenvolvimento dos temas contemporâneos


relacionando-os, de forma integrada, aos conteúdos de cada componente curricular. A
interdisciplinaridade pressupõe a existência de um diálogo entre os campos dos saberes,
“[...] em que cada componente acolhe as contribuições dos outros, ou seja, há uma
interação entre eles. Nesse pressuposto, um TCT pode ser trabalhado envolvendo dois
ou mais componentes curriculares”. (BRASIL, 2019b, p.18)

A abordagem transdisciplinar contribui para que o


conhecimento construído extrapole o conteúdo escolar, uma
vez que favorece a flexibilização das barreiras que possam
existir entre as diversas áreas do conhecimento,
possibilitando a abertura para a articulação entre elas. Essa
abordagem contribui para reduzir a fragmentação do
conhecimento ao mesmo tempo em que busca compreender
os múltiplos e complexos elementos da realidade que afetam
a vida em sociedade. (BRASIL, 2019b, p.18-19)

Como dito anteriormente, espera-se que os temas contemporâneos sejam desenvolvidos


nos 3 níveis de complexidade – intradisciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar – de
modo transversal, envolvendo todos os componentes curriculares, ao longo da Educação
Básica. “A transversalidade é um princípio que desencadeia metodologias modificadoras
da prática pedagógica, integrando diversos conhecimentos e ultrapassando uma
concepção fragmentada, em direção a uma visão sistêmica”. (BRASIL, 2019a, p. 14)

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

Percebemos, dessa forma, que é fundamental superar a fragmentação do processo


pedagógico, no qual nem as disciplinas e nem os conteúdos se relacionam, não se
integram e não interagem entre si.

Os Temas Contemporâneos Transversais são uma ferramenta


valiosa para a superação da fragmentação do conhecimento e
formação integral do ser humano com o desenvolvimento de
uma visão ampla de mundo.
Contudo, é preciso enfrentar o desafio de traçar caminhos
para se trabalhar com equidade - busca da igualdade sem
eliminar as diferenças -, ética, solidariedade e respeito ao ser
humano, ao pluralismo de ideias e de culturas. Essa
(trans)formação se faz possível por meio de uma abordagem
pedagógica que valorize a construção de conhecimentos de
forma integrada e contextualizada. (BRASIL, 2019a, p. 24)

Vá mais Longe
Capítulo Norteador:

BRASIL. Ministério da Educação. Temas Contemporâneos Transversais na BNCC:


propostas de práticas de implementação. Brasília, 2019. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/guia_pratico_temas_c
ontemporaneos.pdf. Acesso em: 03 jul. 2021.

Sugestão de Leitura:

BRASIL. Ministério da Educação. Temas Contemporâneos Transversais na BNCC:


contexto histórico e pressupostos pedagógicos. Brasília, 2019b. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/contextualizacao_tema
s_contemporaneos.pdf. Acesso em: 03 jul. 2021.

Sugestão de Vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=_UyNrBGU2w4

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

Agora é sua Vez!


Interação

Nessa aula, conversamos sobre os Temas Contemporâneos Transversais. A BNCC propõe


o desenvolvimento de 15 temas que devem ser trabalhados, ao longo da Educação
Básica, de forma transversal. Isso significa que todos os componentes curriculares devem
ser responsáveis pelo trabalho com os temas, relacionando-os aos conteúdos previstos,
assim como integrando-os aos demais componentes curriculares, possibilitando um
trabalho interdisciplinar.

Poste um pequeno texto (até 15 linhas) no Fórum da Disciplina comentando sobre a


importância dos temas contemporâneos na formação integral do aluno.

Questão para Simulado

1 – Leia a seguinte afirmação:

“Os Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) têm a condição de explicitar a


ligação entre os diferentes componentes curriculares de forma integrada, bem como
de fazer sua conexão com situações vivenciadas pelos estudantes em suas
realidades, contribuindo para trazer contexto e contemporaneidade aos objetos do
conhecimento descritos na BNCC”. (BRASIL, 2019b, p. 5)

Sobre os temas contemporâneos, propostos pela BNCC, é correto afirmar:

I – Os temas contemporâneos propostos pela BNCC são temas atuais e de interesse dos
estudantes. Contribuem, de forma significativa, para o seu desenvolvimento como
cidadão.

II – Um dos objetivos dos temas contemporâneos é possibilitar a formação integral


do aluno, de forma que este não tenha acesso apenas a conteúdos abstratos e
descontextualizados, mas que também reconheça e aprenda sobre os temas que são
relevantes para sua atuação na sociedade.

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

III – Cabe às instituições escolares definirem quais temas contemporâneos serão


desenvolvidos em cada componente curricular, de modo a organizar o currículo e o
Projeto Pedagógico da escola, facilitando a atuação docente.

Está correto o que se afirma nas sentenças:

a) Somente I e II
b) Somente II e III
c) I, II e III
d) Somente I
e) Somente II

Resposta: Letra A

Comentário: Além dos conhecimentos que devem ser desenvolvidos em cada


componente curricular, a BNCC propõe o desenvolvimento dos Temas Contemporâneos
Transversais (TCTs). Eles não pertencem a um componente curricular específico, mas
devem ser trabalhados de forma a integrar o conteúdo, estabelecendo uma integração e
significação. Cabe à instituição escolar e, principalmente, ao professor organizar os
momentos em que esses temas serão trabalhados e como serão integrados ao conteúdo
proposto.

"Organize-se: 6 horas semanais – mínimo sugerido para autoestudo"

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base.
Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso
em: 12 jun. 2021.

BRASIL. Ministério da Educação. Temas Contemporâneos Transversais na BNCC:


propostas de práticas de implementação. Brasília, 2019a. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/guia_pratico_temas_c
ontemporaneos.pdf. Acesso em: 03 jul. 2021.

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

BRASIL. Ministério da Educação. Temas Contemporâneos Transversais na BNCC:


contexto histórico e pressupostos pedagógicos. Brasília, 2019b. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/contextualizacao_tema
s_contemporaneos.pdf. Acesso em: 03 jul. 2021.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação; Câmara de Educação


Básica. Resolução nº 7, de 14 de dezembro de 2010. Fixa Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. Diário Oficial da União, Brasília,
15 de dezembro de 2010, Seção 1, p. 34. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb007_10.pdf. Acesso em: 03 jul. 2021.

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BNCC – Introdução, AULA

Fundamentos e Estrutura
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Principais mudanças trazidas pela BNCC

Onde Chegar
• Identificar as mudanças trazidas com a implementação da BNCC.

• Reconhecer as diferenças entre a abordagem tradicional e a proposta pedagógica da


BNCC.

• Perceber a importância da atuação docente para a implementação da BNCC.

O que Aprender
• O que muda com a BNCC;

• Superação da Abordagem Tradicional;

• Atuação docente.

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

Desenvolvimento
Como já vimos, a BNCC foi elaborada com o intuito de balizar a qualidade da educação
ofertada nas escolas brasileiras, públicas e privadas, visando a formação integral do
aluno.

Esse não foi o primeiro documento implantado com o objetivo de definir um currículo
mínimo comum para todos os alunos. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs),
implantados a partir de 1997, já apresentavam essa proposta.

Uma das mudanças trazidas pela BNCC é o ensino por competências. Aqui, a preocupação
não é definir os conteúdos a serem trabalhados em cada etapa da educação, mas
estabelecer as aprendizagens essenciais a que todos os alunos devem ter acesso.

Muito mais do que simplesmente definir quais conteúdos


devem ser abordados em cada período, as escolas,
especialmente seus professores e profissionais da gestão
pedagógica, carregam desafios como desenvolver habilidades
sociais, emocionais, valores e atitudes adequadas para o
exercício pleno da cidadania de cada estudante. A Base
Nacional Curricular Comum (BNCC) é o documento norteador
para essa gestão no Brasil, um guia com o objetivo de balizar
a educação básica e estabelecer patamares de aprendizagem
e conhecimentos essenciais que precisam ser garantidos a
todos os brasileiros. (OBSERVATÓRIO DE EDUCAÇÃO, 2020,
s.p.)

Com a implementação da BNCC, busca-se também romper com o paradigma tradicional


da educação. A abordagem tradicional pressupõe o professor como centro do processo
educativo e o aluno assume um papel passivo na aprendizagem. A ele cabe receber as
informações passadas pelo professor e reproduzi-las nos momentos de avaliação. Não
há preocupação, nessa abordagem, com a formação integral do aluno, tão pouco com a
formação de um cidadão crítico, criativo, consciente e ativo na sociedade em que
convive.

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

Ao propor um currículo baseado no desenvolvimento de competências, o aluno passa a


ser visto como um sujeito ativo e corresponsável pelo processo de ensino-aprendizagem.
Enfatiza-se a necessidade de relacionar a teoria à prática, pois só colocando em prática o
que foi aprendido em sala de aula é que se pode verificar quais competências foram
desenvolvidas.

Durante muito tempo, o conceito predominante de currículo


escolar era de um conjunto de disciplinas e conteúdos pré-
estabelecidos que deveriam simplesmente serem repassados
aos alunos em um processo de aprendizagem vertical. Neste
contexto, o Estado tinha o papel de decidir e distribuir esses
conteúdos aos alunos, que atuavam como receptores desse
conhecimento previamente construído. (OBSERVATÓRIO DE
EDUCAÇÃO, 2020, s.p.)

Ao propor uma participação mais ativa do aluno no processo de aprendizagem, é


fundamental que os professores repensem a sua prática pedagógica. Aulas expositivas e
realização de atividades para a fixação do conteúdo não são mais suficientes. Não é
preciso abandonar essas práticas, mas incorporar novas metodologias que possibilitem
uma atuação mais significativa do aluno em sala de aula.

Com a formalização da proposta pedagógica de incluir o


estudante como agente ativo na construção do conhecimento
e não apenas como receptor de informações, a BNCC propõe
[...] um ensino mais dialógico e maleável, capaz de se adaptar
às demandas dos alunos e tornando-os melhor preparados
para lidar com os desafios da atualidade. (OBSERVATÓRIO DE
EDUCAÇÃO, 2020, s.p.)

Ao pensarmos em uma nova prática docente, atendendo as orientações trazidas pela


BNCC, que privilegie a participação ativa do aluno, precisamos repensar a avaliação da
aprendizagem. Se queremos desenvolver habilidades e competências, talvez a prova (em
sua forma tradicional, como conhecemos) não seja o instrumento mais adequado para
essa análise. A BNCC propõe a construção e aplicação de “procedimentos de avaliação
formativa de processo ou de resultado que levem em conta os contextos e as condições

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

de aprendizagem, tomando tais registros como referência para melhorar o desempenho


da escola, dos professores e dos alunos”. (BNCC, 2018, p. 17)

Outra mudança trazida pela BNCC é concepção de utilização da tecnologia na sala de


aula, tanto como recurso de aprendizagem como conteúdo a ser desenvolvido com os
alunos. Uma das competências a ser desenvolvida ao longo da Educação Básica traz a
seguinte proposta:

Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de


informação e comunicação de forma crítica, significativa,
reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as
escolares) para se comunicar, acessar e disseminar
informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e
exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
(BNCC, 2018, p. 09)

Quanto ao trabalho pedagógico a ser desenvolvido em relação à utilização de tecnologias


em aula, a BNCC traz a seguinte reflexão:

Há que se considerar, ainda, que a cultura digital tem


promovido mudanças sociais significativas nas sociedades
contemporâneas. Em decorrência do avanço e da
multiplicação das tecnologias de informação e comunicação e
do crescente acesso a elas pela maior disponibilidade de
computadores, telefones celulares, tablets e afins, os
estudantes estão dinamicamente inseridos nessa cultura, não
somente como consumidores. Os jovens têm se engajado
cada vez mais como protagonistas da cultura digital,
envolvendo-se diretamente em novas formas de interação
multimidiática e multimodal e de atuação social em rede, que
se realizam de modo cada vez mais ágil. Por sua vez, essa
cultura também apresenta forte apelo emocional e induz ao
imediatismo de respostas e à efemeridade das informações,
privilegiando análises superficiais e o uso de imagens e formas
de expressão mais sintéticas, diferentes dos modos de dizer e
argumentar característicos da vida escolar. (BNCC, 2018, p.
61)

É fundamental que todas essas questões sejam abordadas com os alunos. O acesso à
informação está cada vez mais fácil, entretanto, é necessário analisar as fontes e a

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

veracidade dessas informações. Cada vez mais se fala em fake news e como essa prática
está enraizada nas redes sociais. Outras questões que devem ser abordadas com os
alunos referem-se ao cancelamento em redes sociais, bullying virtual, exposição pessoal
em redes sociais, falta de empatia com os demais, etc.

“É importante que a instituição escolar preserve seu compromisso de estimular a


reflexão e a análise aprofundada e contribua para o desenvolvimento, no estudante, de
uma atitude crítica em relação ao conteúdo e à multiplicidade de ofertas midiáticas e
digitais”. (BNCC, 2018, p. 61)

Outra mudança trazida pela BNCC foi a necessidade de reformulação dos Projetos
Pedagógicos. Ao mudar o objetivo e as metodologias do processo de ensino-
aprendizagem, gerou-se uma incompatibilidade com as propostas pedagógicas em
vigência nas escolas. Assim, diversos documentos foram elaborados para auxiliar os
gestores na reformulação dos Projetos Pedagógicos, de forma que estes estejam em
concordância com o que é proposto pela BNCC.

Nesse sentido, o Ensino Médio foi a etapa que sofreu a maior alteração em sua matriz
curricular. A BNCC propõe uma flexibilização no currículo de modo a enfatizar o trabalho
com os itinerários formativos e o projeto de vida.

De modo geral, essas são as principais mudanças trazidas com a implementação da BNCC.
Agora, para que essas propostas sejam realmente aplicadas de forma eficaz, é preciso
pensar na formação continuada dos professores. São eles que estarão realmente
aplicando e desenvolvendo os conteúdos visando o desenvolvimento das competências
básicas e, consequentemente, a formação integral do aluno.

Vá mais Longe
Capítulo Norteador:

OBSERVATÓRIO DE EDUCAÇÃO. BNCC: objetivos e desafios para a sua implementação.


2020. Disponível em: https://observatoriodeeducacao.institutounibanco.org.br/em-
debate/bncc-desafios-para-

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

implementacao?utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_campaign=1135818397
4&utm_content=114499843858&utm_term=bncc%20atualizada&gclid=Cj0KCQjwxdSH
BhCdARIsAG6zhlVm0m1FBwsOGye1pGmnUnEWCgwmOyMbW6CgB-
hfFVe1wJLJvHOE5ngaAq6BEALw_wcB. Acesso em: 15 jul. 2021.

Sugestão de Leitura:

SILVA, Maria Valnice da; SANTOS, Jean Mac Cole Tavares. A BNCC e as implicações para
o currículo da Educação Básica. CONADIS, 2018. Disponível em:
https://editorarealize.com.br/editora/anais/conadis/2018/TRABALHO_EV116_MD1_SA
13_ID786_08102018110158.pdf. Acesso em: 15 jul. 2021.

Sugestão de Vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=d2sfoDDvPYQ

Agora é sua Vez!


Interação

A implementação da BNCC trouxe algumas mudanças para a prática docente e para a


rotina escolar, de maneira geral. Selecione uma dessas mudanças e escreva um pequeno
texto (até 15 linhas) sobre como essa questão impacta a rotina escolar. Poste o seu texto
no Fórum da Disciplina.

Questão para Simulado

1 – Sobre a implementação da BNCC, seus princípios e fundamentos, é correto afirmar:

I - Na BNCC a educação integral, independentemente da jornada escolar, é concebida


como construção intencional de processos educativos que promovam aprendizagens
sintonizadas com as necessidades, as possibilidades e os interesses dos estudantes e,
também, com os desafios da sociedade contemporânea.

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

II – O ensino por competências visa a fragmentação do conteúdo, de forma a aliar a teoria


à prática, permitindo ao aluno atribuir significado e contexto ao conteúdo que está sendo
apreendido.

III - A presença de tecnologias na sala de aula pressupõe novos espaços sociais e novos
espaços de aprendizagem. Os professores podem aprimorar sua prática pedagógica,
pautando suas aulas em fundamentos interacionistas e tecnológicos visando ampliar as
competências comunicativas de seus alunos.

Está correto o que se afirma nas sentenças:

a) Somente I e II
b) Somente I e III
c) I, II e III
d) Somente I
e) Somente II

Resposta: Letra B

Comentário: A proposta pedagógica trazida pela BNCC visa a superação da fragmentação


do conteúdo. Propõe um processo educativo baseado na construção do conhecimento.

"Organize-se: 6 horas semanais – mínimo sugerido para autoestudo"

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base.
Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso
em: 12 jun. 2021.

OBSERVATÓRIO DE EDUCAÇÃO. BNCC: objetivos e desafios para a sua implementação.


2020. Disponível em: https://observatoriodeeducacao.institutounibanco.org.br/em-
debate/bncc-desafios-para-
implementacao?utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_campaign=1135818397
4&utm_content=114499843858&utm_term=bncc%20atualizada&gclid=Cj0KCQjwxdSH

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ROTAS DE APRENDIZAGEM

BhCdARIsAG6zhlVm0m1FBwsOGye1pGmnUnEWCgwmOyMbW6CgB-
hfFVe1wJLJvHOE5ngaAq6BEALw_wcB. Acesso em: 15 jul. 2021.

SILVA, Maria Valnice da; SANTOS, Jean Mac Cole Tavares. A BNCC e as implicações para
o currículo da Educação Básica. CONADIS, 2018. Disponível em:
https://editorarealize.com.br/editora/anais/conadis/2018/TRABALHO_EV116_MD1_SA
13_ID786_08102018110158.pdf. Acesso em: 15 jul. 2021.

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BNCC – Introdução, AULA

Fundamentos e Estrutura
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Avaliação da aprendizagem e o seu
alinhamento à BNCC

Onde Chegar
• Compreender a concepção do processo avaliativo apresentado pela BNCC.

• Compreender os princípios da avaliação diagnóstica, formativa e somativa.

O que Aprender
• Avaliação da aprendizagem escolar;

• Avaliação diagnóstica;

• Avaliação formativa;

• Avaliação somativa.

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Desenvolvimento
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento orientador para a
elaboração dos currículos das instituições de ensino. Ao estabelecer como princípio a
formação integral do aluno e o desenvolvimento de habilidades e competências, a BNCC
rompe com diversas práticas tradicionais que ainda estavam presentes na escola.

A abordagem Tradicional pressupõe a transmissão do conhecimento, onde o professor é


visto como detentor da informação e, assim, ocupa o centro do processo de ensino-
aprendizagem. Nessa concepção de ensino, o aluno é passivo, cabendo a ele receber as
informações passadas e repeti-las nas avaliações.

Ao propor o desenvolvimento de competências ao longo da Educação Básica, a BNCC traz


uma nova concepção de prática pedagógica. O aluno torna-se autor do seu processo de
aprendizagem, e o professor atua como mediador. Busca-se, assim, a construção do
conhecimento por meio da pesquisa.

Ao mudar a concepção e as finalidades do processo de ensino-aprendizagem, altera-se


também a forma de avaliar. Enquanto na abordagem tradicional a avaliação centrava-se
na aplicação de testes e provas, na memorização e na reprodução do conhecimento
transmitido; no ensino baseado no desenvolvimento de competências busca-se verificar
como o aluno consegue mobilizar e aplicar as habilidades e conhecimentos adquiridos.

A prova pela BNCC tem o objetivo de fazer uma análise global e integral do estudante.
Assim, podemos recorrer aos princípios da avaliação diagnóstica, formativa e somativa.

A avaliação da aprendizagem pode ocorrer antes, durante ou


depois das atividades de ensino. Para cada caso, ela receberá,
respectivamente, o nome de diagnóstica, formativa ou
somativa, de acordo com o uso que será feito de seus
resultados relativos ao desempenho dos estudantes. No
entanto, esses diferentes tipos de avaliação têm um objetivo
em comum: verificar se os estudantes adquiriram os
aprendizados e a capacidade de mobilizá-los para enfrentar os
problemas que enfrentarão ao longo de suas vidas. (GUIA DA
AÇÃO AVALIATIVA, 2020, p. 10)

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A avaliação diagnóstica deve ser realizada antes da introdução de um novo conteúdo.

Os alunos e professores, a partir da avaliação diagnóstica de


forma integrada, reajustarão seus planos de ação. Esta
avaliação deverá ocorrer no início de cada ciclo de estudos,
pois a variável tempo pode favorecer ou prejudicar as
trajetórias subsequentes, caso não se faça uma reflexão
constante, crítica e participativa. A referida função diagnóstica
da avaliação obriga a uma tomada de decisão posterior em
favor do ensino, estando a serviço de uma pedagogia que visa
à transformação social. (SANTOS; VARELA, 2007, s.p.)

A avaliação formativa deve ser realizada durante o processo de ensino-aprendizagem,


possibilitando a readequação da ação docente, se for necessária.

Avaliação formativa é realizada com o propósito de informar


o professor e o aluno sobre o resultado da aprendizagem,
durante o desenvolvimento das atividades escolares. Localiza
a deficiência na organização do ensino-aprendizagem, de
modo a possibilitar reformulações no mesmo e assegurar o
alcance dos objetivos. (SANTOS; VARELA, 2007, s.p.)

“Realizada durante o processo de ensino, a avaliação formativa merece destaque, pois


trata-se de avaliação PARA a aprendizagem e não apenas DA aprendizagem. Só através
da formativa é possível avaliar todos os objetivos de aprendizagem de uma proposta
pedagógica”. (GUIA DA AÇÃO AVALIATIVA, 2020, p. 10)

A figura a seguir apresenta as etapas da avaliação formativa:

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Fonte: GUIA DA AÇÃO AVALIATIVA, 2020, p. 11

A avaliação somativa tem como função indicar, ao final de determinado período, o que
foi aprendido pelo aluno. “A avaliação somativa tem como função classificar os alunos ao
final da unidade, semestre ou ano letivo, segundo níveis de aproveitamento
apresentados. O objetivo da avaliação somativa é classificar o aluno para determinar se
ele será aprovado ou reprovado”. (SANTOS; VARELA, 2007, s.p.)

Podemos perceber a importância de repensar e ressignificar a prática da avaliação


escolar nas instituições de ensino.

As avaliações são essenciais para a garantia da aprendizagem


dos estudantes. Permitem tanto mensurar o que foi, de fato,
aprendido, como fornecem insumos para o próprio processo
de aprendizagem. Afinal, a ideia é desenvolver o estudante
em suas mais diversas dimensões, como física, intelectual,

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cultural e emocional. Para chegar a esse patamar, é necessário


modificar as rotinas educacionais e as práticas exercidas em
sala de aula. Somente dessa forma será possível incorporar as
modificações exigidas pela BNCC nos mais diferentes âmbitos
escolares. (GUIA DA AÇÃO AVALIATIVA, 2020, p. 13)

Vá mais Longe
Capítulo Norteador:

FARIA, Camila Grassi Mendes de. Avaliação da aprendizagem escolar. Curitiba:


Contentus, 2020. p. 24-30. Biblioteca Virtual.

Sugestão de Leitura:

SANTOS, Monalize Rigon dos; VARELA, Simone. A avaliação como um instrumento


diagnóstico da construção do conhecimento nas séries iniciais do Ensino Fundamental.
Revista Eletrônica de Educação, ano 1, n. 01, ago./dez. 2007. Disponível em:
https://web.unifil.br/docs/revista_eletronica/educacao/Artigo_04.pdf. Acesso em: 03
jul. 2021.

Sugestão de vídeo:

https://youtu.be/FmUQpsWOjis

Agora é sua Vez!


Interação

Nessa aula, conversamos sobre a importância de se repensar a prática pedagógica, e,


consequentemente o processo de avaliação da aprendizagem. Foram apresentadas 3
concepções de avaliação: diagnóstica, formativa e somativa. Escolha uma dessas
concepções e elabore um pequeno texto (até 10 linhas) sobre a importância dessa
avalição para o processo de ensino-aprendizagem. Poste o seu texto no Fórum da
Disciplina.

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Questão para Simulado

1 – Sobre a avaliação formativa é correto afirmar que:

I – Deve ser realizada no início de cada ciclo de estudos, quando um conteúdo novo será
desenvolvido.
II - Tem como função informar o aluno e o professor sobre os resultados que estão sendo
alcançados durante o desenvolvimento das atividades.
III – Seu objetivo é informar, alunos e professores, ao final de um determinado período,
os resultados alcançados pelos alunos. Sua função é classificatória.

Está correto o que se afirma em:

a) Somente I e II
b) Somente III
c) I, II e III
d) Somente I
e) Somente II

Resposta: Letra E

Comentário: Segundo Santos e Varela (2007) Avaliação formativa é realizada com o


propósito de informar o professor e o aluno sobre o resultado da aprendizagem, durante
o desenvolvimento das atividades escolares. Localiza a deficiência na organização do
ensino-aprendizagem, de modo a possibilitar reformulações no mesmo e assegurar o
alcance dos objetivos.

"Organize-se: 6 horas semanais – mínimo sugerido para autoestudo"

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REFERÊNCIAS
FARIA, Camila Grassi Mendes de. Avaliação da aprendizagem escolar. Curitiba:
Contentus, 2020. p. 24-30. Biblioteca Virtual.

GUIA DA AÇÃO AVALIATIVA: Estratégias de avaliação diagnóstica e formativa para uso


durante as aulas. 2020. Disponível em: https://movimentopelabase.org.br/wp-
content/uploads/2021/02/guia-da-av-interativo.pdf. Acesso em: 03 jul. 2021.

SANTOS, Monalize Rigon dos; VARELA, Simone. A avaliação como um instrumento


diagnóstico da construção do conhecimento nas séries iniciais do Ensino Fundamental.
Revista Eletrônica de Educação, ano 1, n. 01, ago./dez. 2007. Disponível em:
https://web.unifil.br/docs/revista_eletronica/educacao/Artigo_04.pdf. Acesso em: 03
jul. 2021.

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