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FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA
EDUCAÇÃO BÁSICA
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Aula 1
27 minutos
INTRODUÇÃO
Nesta aula, iremos reconhecer o que é um currículo para a educação, bem como compreender o que é a Base
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Nacional Comum Curricular, a BNCC – documento que norteia os currículos e as propostas pedagógicas em
todo o Brasil. Além disso, vamos fazer comparações para compreender as diferenças entre o currículo e a
base curricular; reconhecer, compreender e analisar o ensino por competências e habilidades, para que, ao
�nal, possamos pensar aplicações de como professores podem planejar suas aulas estando embasados e
alinhados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC); compreender a BNCC, as competências, habilidades e as
formas de se planejar a aplicação; e passar por cada etapa da Educação Básica, partindo da Educação Infantil,
O currículo, segundo Jacomeli (2012), é um documento prescritivo que inclui conteúdos a serem ensinados; é
artes e a sociedade se desenvolvem e mudam, de modo que os currículos também passam por alterações.
Nos currículos, estão em jogo não somente os conhecimentos prescritos para a educação mas também
valores e objetivos.
Masetto (2015) acrescenta que o currículo é estruturado por componentes curriculares, que, comumente, são
conhecidos como “disciplinas” ou “matérias escolares”. Deve-se ressaltar que os componentes curriculares
possuem igual importância, pois é o conjunto de todos os conhecimentos pertinentes a cada um que
possibilita a aprendizagem cientí�ca, �losó�ca e artístico-cultural.
Assimile
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento norteador e normativo, contendo o que é
essencial para a aprendizagem, conforme cada modalidade da Educação Básica; ela está prevista na
pelas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), entre 2010 e 2012, e, a partir de 2015, começou o processo
de elaboração e debate até a implantação da BNCC, em 2017, com posterior mobilização entre todos os
pro�ssionais da educação para debaterem o documento e aplicá-lo.
Para ser devidamente homologado pelo Ministério da Educação, o documento foi debatido em comitês de
pro�ssionais da educação e reformulado até a versão �nal. A BNCC garante os direitos de aprendizagem
estabelecidos pelo Plano Nacional de Educação (PNE), Lei Nº 13.005/2014, e está em conformidade com a Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei Nº 9.394/1996, que, em seu inciso IV do Artigo 9º, a�rma
caber à União:
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É, portanto, papel da BNCC nortear os currículos com a responsabilidade de garantir formação básica comum
a todos os brasileiros, seja em instituições públicas, seja em instituições privadas. Observe que, no inciso
citado da LDB, lemos o termo “competências”, que se refere à educação por competências, um modelo de
mundo do trabalho.
— (BRASIL, 2017, p. 8)
Com a BNCC, professores precisam levar em consideração não só os conteúdos dos componentes
curriculares, mas também as habilidades, que mobilizam conteúdos e a própria organização das turmas,
comunidade escolar e sociedade. As habilidades socioemocionais merecem destaque, pois rompem com a
tradicional ideia de que a aprendizagem é impessoal, descontextualizada ou alheia à realidade dos
estudantes.
Quando se pensa em aprendizagem escolar, não basta considerar que somente os conhecimentos prescritos
num documento curricular contemplam absolutamente tudo o que estudantes aprendem ao longo do
percurso. Além do currículo o�cial, que pode ser elaborado por instituições privadas, municipais, estaduais ou
federais, há o currículo oculto, que Masetto (2015) a�rma ser o conjunto de conhecimentos não inseridos em
currículos o�ciais, mas que é trabalhado no cotidiano escolar.
Fazem parte do currículo oculto, segundo Pinto e Fonseca (2017), as aprendizagens que ocorrem por meio das
relações humanas intraescolares, e isso signi�ca que não é somente com o corpo docente que estudantes
aprendem; os demais funcionários e os próprios colegas, ou seja, toda a comunidade escolar contribui para a
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Exempli�cando
Na prática, imagine que, numa segunda-feira letiva, um sétimo ano terá duas aulas de Ciências da
Natureza, duas de Matemática, uma de História e uma de Língua Inglesa, e, para participar das aulas, os
estudantes precisam aprender a se dirigir aos espaços adequados de aprendizagem, operar seus
materiais disponíveis, seguir as normas escolares, interagir com professores e colegas, anotar prazos e
responder aos alertas sonoros do sinal, en�m, tudo isso também é aprendizagem e se desenvolve ao
longo do cotidiano escolar, logo, o currículo formal está intimamente ligado ao currículo oculto.
Para concluir nosso estudo sobre currículo, Masetto (2015) traça quatro considerações, aqui resumidas para
que professores pensem sobre como trabalhar o currículo; são elas:
3) Sempre se deve pensar sobre quem o trabalho pedagógico está formando e para quê;
Agora que você viu sobre currículo, vamos analisar a relação entre currículo e base comum curricular.
Conforme vimos na introdução desta aula, a BNCC tem um papel norteador dos currículos, isso quer dizer que
ela orienta, dirige e regula aquilo que deve ser ensinado, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. É pela
BNCC que se obtêm os objetivos esperados de aprendizagem, considerando os conhecimentos selecionados
pelos currículos.
Efetivamente, a BNCC se propõe a atualizar a Educação Básica brasileira, conforme parâmetros internacionais,
e é possível elencar cinco contribuições importantes, sendo elas:
PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO
Professores, quadro técnico e equipe gestora precisam pensar coletivamente para planejar o Projeto
Político Pedagógico (PPP) da escola, tendo como foco as necessidades e contextos do público discente;
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Para além do vínculo afetivo-pro�ssional entre professores e estudantes, a escola precisa humanizar e
formar cidadãos aptos ao convívio social, sem contar que um dos motivos que levam à di�culdade de
aprendizagem é de ordem socioemocional, logo, o espaço de aprendizagem escolar precisa ser
acolhedor, justo e formativo;
NA PRÁTICA
Planejar com base na BNCC signi�ca, em primeiro lugar, selecionar competências a serem trabalhadas. É
importante lembrar que competências são amplas e, muitas vezes, multidisciplinares, por mais que tenham
Para se atingir uma competência, é necessário selecionar habilidades que a contemplem. Uma vez
selecionadas as habilidades, identi�que os conteúdos explícitos, implícitos e os verbos que os mobilizam.
Segundo a BNCC, a competência 7 de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental é: “Reconhecer o texto
como lugar de manifestação e negociação de sentidos, valores e ideologias” (BRASIL, 2017, p. 87). O conteúdo
é o texto, e o que os estudantes precisam é saber reconhecê-lo. Mas como? A competência diz que o texto
precisa ser reconhecido como lugar de manifestação e negociação de sentidos, valores e ideologias. É preciso
selecionar habilidades que contribuam para se atingir a competência, por exemplo: “(EF69LP01) Diferenciar
Tente, agora, relacionar a habilidade à competência que selecionamos. É possível interpretar que a habilidade
é mais especí�ca. Ela propõe uma diferenciação entre liberdade de expressão e discurso de ódio, e há valores
implícitos nessa habilidade que envolvem o posicionamento contrário ao discurso de ódio e atitudes que se
deve tomar ao presenciar tal tipo de discurso.
Para o planejamento das atividades pedagógicas, você pode selecionar e apresentar diferentes gêneros
textuais, como notícias, piadas, discursos políticos e charges, bem como realizar debates sobre os conteúdos
ali abordados. Com o auxílio da legislação, que também deve ser interpretada enquanto gênero textual,
estudantes podem ter algum parâmetro para diferenciar o que é liberdade de expressão e o que é discurso de
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ódio, assim, é possível trabalhar a habilidade relacionando-a à competência, pois, uma vez que a turma
compreende os diferentes discursos nos gêneros textuais trabalhados, reconhece que cada texto agrega
manifestação de sentidos, valores e ideologias.
A habilidade selecionada contribui para a apropriação da competência, porém não é su�ciente, logo, outras
habilidades também devem ser trabalhadas ao longo do percurso escolar para se atingir a competência
desejada.
Trata-se de uma competência bastante ampla; dela, selecionaremos as observações sistemáticas de aspectos
Partindo do contexto da turma, peça para agruparem objetos cotidianos conforme as cores, como lápis,
roupas ou brinquedos; estando os objetos agrupados e organizados, faça perguntas cujas respostas se
baseiem no ordenamento por cor, tais como: quantos objetos têm a mesma cor ou quantas cores diferentes
foram agrupadas?
Em caráter lúdico, peça para que as crianças misturem os objetos e os reagrupem por tamanho, faça novas
perguntas e sempre recorra aos dados obtidos pelos agrupamentos de objetos, para que as crianças se
baseiem neles.
VÍDEO RESUMO
Chegou o momento de revisarmos nossos estudos sobre currículo, BNCC, competências e habilidades, bem
como re�etir sobre nossa prática docente, desde o planejamento até o cotidiano de ensino; para tanto, vamos
partir dos conceitos de currículo, BNCC, competência e habilidade, traçando análises importantes sobre cada
um. Queremos que você compreenda a BNCC, saiba diferenciá-la dos currículos e se prepare para aplicá-la na
prática. Que sua jornada de aprendizagem seja produtiva e contribua para os novos desa�os da carreira
docente.
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Saiba mais
• Para melhor entender as habilidades: BLOOM, B. et al. Taxonomia dos objetivos educacionais:
domínio cognitivo. Porto Alegre: Globo, 1983.
• Para saber mais sobre o Projeto Político-Pedagógico: BETINI, G. A. et al. A construção do projeto político-
pedagógico da escola. Pedag. UNIPINHAL , Espírito Santo do Pinhal, v. 1, n. 3, p. 37-44, 2005.
• Para saber mais sobre currículos: DA SILVA, M. R. Currículo, ensino médio e BNCC: m cenário de
disputas. Retratos da Escola, [ l.], v. 9, n. 17, 2015.
Aula 2
29 minutos
INTRODUÇÃO
Olá, estudante! Daremos início ao estudo por cada modalidade básica de educação brasileira, a começar pela
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Além disso, passaremos brevemente pela história da Educação Infantil brasileira por meio de documentos
importantes, como a Constituição Federal de 1988, o Estatuto da Criança e do Adolescente, de 1990, a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação, de 1996, o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, de 1998,
as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, de 2010, e a Base Nacional Comum Curricular, de
2017, que será nosso objeto de aprofundamento e análise, com destaque para os direitos de aprendizagem,
os campos de experiência e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento.
A concepção ocidental de infância é recente e, segundo Ariès (1981), data do século XIII. Durante muito tempo,
crianças foram tratadas como “pequenos adultos” inseridos nos afazeres cotidianos dos mais velhos e vítimas,
em altas taxas, de mortalidade, abandono, exploração do trabalho e abusos de toda sorte. “A criança era tão
insigni�cante, tão mal entrada na vida, que não se temia que após a morte ela voltasse para importunar os
vivos” (ARIÈS, 1981, p. 57); além disso, o mesmo autor acrescenta que, a partir do momento que se acreditava
não haver mais necessidade de dependência e cuidados, a criança era inserida na sociedade adulta.
Quatro séculos depois, no século XVII, começou o interesse psicológico e moral, e, no século XIX, Ariès (1981)
a�rmou ter havido um processo de separação entre a realidade infantil e a adulta, pois, diante da exploração
[...]
elaboração das leis que a regulamentam na área dos direitos da criança (1986-1996);
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Entre os documentos mais importantes para compreendermos a Educação Infantil no Brasil atualmente, é
fundamental recorrer ao artigo 227 da Constituição Federal de 1988, no qual a criança é vista enquanto sujeito
integral que possui direitos a serem garantidos pela sociedade, família e Estado, sendo eles:
Outro documento é o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº 8.069/1990, considerado “o estatuto
jurídico da criança cidadã” (NUNES; CORSINO; DIDONET, 2011, p. 32). As autoras destacam que a visão
assistencialista e repressora dá lugar, com o ECA, à proteção integral, foco na cidadania, desenvolvimento e
formação das crianças.
Já a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei nº 9.394/1996, consolida a Educação Infantil
enquanto começo da Educação Básica, exigindo formação pro�ssional aos trabalhadores e integração de
creches e pré-escolas aos sistemas de ensino. E faz-se importante ressaltar o processo de descentralização da
educação brasileira, previsto na Constituição Federal (1988) e na LDB (1996), que atribui aos municípios a
priorização da Educação Infantil e Fundamental, sempre em parceria com demais entes federados.
Em 1998, foi publicado o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) e, em 2010, o
documento Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI). Dois destaques do DCNEI são:
junção intrínseca entre cuidado e educação e campos de experiência (BRASIL, 2010).
Após as breves considerações históricas sobre a infância e a Educação Infantil no Brasil, o foco dos estudos
passará a ser a Educação Infantil segundo a Base Nacional Comum Curricular (2017).
A Base Nacional Comum Curricular (2017) contempla seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento na
conhecer-se (BRASIL, 2017). Cada direito possui relação com os outros, para que a formação seja integral,
conforme ilustra o esquema a seguir:
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mesma dos demais, constituindo sua identidade e participando tanto das atividades cotidianas quanto do
planejamento, por meio da expressão de “suas necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses,
descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de diferentes linguagens” (BRASIL, 2017, p. 38).
A exploração se evidencia pela curiosidade genuína da criança diante da realidade que a cerca, sendo assim,
é necessário proporcionar a maior variabilidade possível de estímulos, desde os sensoriais e psicomotores até
os culturais, cognitivos e sociais. Nada mais propício para o exercício da exploração da realidade do que a
brincadeira, ação prazerosa, plural e característica marcante da infância que precisa ser proporcionada na
educação infantil.
Diante da breve análise dos direitos de aprendizagem e desenvolvimento na educação infantil, é possível
compreender que esta primeira modalidade de educação não é e nem deve ser semelhante à educação
Para a BNCC, a educação infantil é estruturada em campos de experiência, outrora previstos nas DCNEI (2010)
e “constituem um arranjo curricular que acolhe as situações e as experiências concretas da vida cotidiana das
crianças e seus saberes, entrelaçando-os aos conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural.”
(BRASIL, 2017, p.40). A seguir, cada campo de experiência seguido de breves considerações:
- Corpo, gestos e movimentos: induz o desenvolvimento psicomotor por meio de diferentes expressões
corporais;
- Traços, sons, cores e formas: vivência de expressões culturais em diferentes linguagens, desenvolvimento de
senso estético e crítico;
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Para contemplar os direitos de aprendizagem, os cinco campos de experiência são detalhados e divididos em
objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, que são:
A tabela a seguir, extraída da BNCC (2017), ilustra os grupos por faixa etária:
Crianças tendem a ser exploradoras naturalmente genuínas e espontâneas, interagem com o mundo e os
seres ao seu redor de maneiras distintas e a escola precisa proporcionar as interações de forma segura, lúdica
e sempre com intencionalidade pedagógica.
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observação.
NA PRÁTICA
Imagine que você assumiu uma turma de crianças bem pequenas em uma creche municipal e decide
trabalhar o seguinte objetivo de aprendizagem e desenvolvimento: “(EI02EO05) Perceber que as pessoas têm
Primeiro, é importante interpretar e re�etir sobre como proporcionar um aprendizado compatível com o
objetivo escolhido. Uma dica é tentar reescrever, resumindo com suas palavras o objetivo de aprendizagem,
por exemplo: “Perceber e respeitar características físicas diferentes entre pessoas.”
Aprofundando o raciocínio, tais campos de experiência se relacionam com qual ou quais direitos de
aprendizagem?
outros.
Lembrando que cada pro�ssional pode realizar tais associações conforme seu repertório metodológico e
contexto, de maneira que cada caso será planejado de maneira especí�ca, pois a docência é uma pro�ssão de
autoria e mediação entre conhecimento e contexto.
Se a estratégia didática objetiva a percepção das características físicas, é possível realizar três atividades
envolvendo um mesmo tema simples: a sombra. Pela abordagem exploratória e cientí�ca da sombra, se
chegará ao objetivo de aprendizagem. Os recursos pedagógicos serão: lanterna (para a primeira atividade), giz
A primeira atividade consiste em reunir as crianças em ambiente escuro ou com baixa iluminação. Em
seguida, posicionando uma criança de cada vez entre a lanterna e a parede, peça para cada uma fazer uma
pose ou dançar de modo que os demais observem a sombra. Teça comentários sobre cada sombra, induza
imaginação e pareidolia (fenômeno no qual se vê imagens onde não há, como animais em nuvens). Lembre-se
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A segunda atividade precisa ser em ambiente aberto, com luz solar incidente. Divida as crianças e peça para
algumas fazerem pose entre o sol e o chão (piso de concreto, de preferência) enquanto outras, com uso do
giz, contornam as sombras. Reveze-os. Terminados os desenhos, peça para que tentem adequar suas
sombras aos contornos de outras, posicionando-se onde as colegas estiveram para a realização do desenho.
A terceira atividade envolve pintar mãos, pés e agrupá-los no papel pardo para que se possa realizar
comparações. Após secar, cada um pode tentar encaixar a própria mão ou pé nas marcações dos colegas.
Observe que cada atividade é pensada de maneira lúdica e ativa, ou seja, envolve a mobilização da turma para
que aconteça.
VÍDEO RESUMO
Olá, estudante! Nesta segunda aula abordaremos brevemente a concepção ocidental de infância, a educação
infantil e como ela se estrutura por meio da BNCC. Veremos, portanto, os direitos de aprendizagem e
desenvolvimento, a divisão da educação infantil por grupos etários, entre creche e pré-escola, os campos de
experiência e os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento. Bons estudos!
Saiba mais
Material de apoio o�cial da BNCC: no link é possível encontrar vídeos sobre a Base Nacional Comum
Curricular, cadernos temáticos, materiais sobre currículos, consulta pública, tutoriais e orientações:
Merece destaque o documento “Construção curricular na Educação Infantil” (BRASIL, 2018).
Aula 3
24 minutos
INTRODUÇÃO
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Olá, estudante! Nesta aula, iremos estudar a etapa mais duradoura da Educação Básica. Com nove anos, a
Educação Fundamental vai do primeiro ao nono ano, do �nal da infância até a adolescência. Diante disso,
veremos: a estrutura da Educação Básica, dividida entre anos iniciais, �nais e respectivas idades previstas; as
quatro áreas do conhecimento (Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas); as
considerações sobre as competências de cada área; os componentes curriculares; e as competências
especí�cas dos componentes curriculares enquanto particularidades. Com isso, é importante que, ao �nal do
estudo, você compreenda as relações entre a área e o componente, assim como a relação entre competências
e habilidades.
• Rupturas entre Educação Infantil e Fundamental, anos iniciais e �nais do Fundamental e entre anos �nais do
Fundamental e Médio;
O Ensino Fundamental é dividido em Anos Iniciais (1º ao 5º) e Finais (6º ao 9º), sendo os dois primeiros anos
dedicados à alfabetização. Ao longo dos demais anos iniciais, as aprendizagens prévias são consolidadas,
ocorrendo a:
A BNCC (2017) a�rma que a aprendizagem deve ser contínua e integrada entre anos iniciais e �nais, apesar
das mudanças curriculares e docentes e da necessidade de ações que atenuem os impactos das rupturas no
percurso. Os Anos Finais demandam autonomia, pois o ritmo cotidiano é diversi�cado, havendo distintos
compromissos e prazos, bem como considerável diminuição da proximidade entre professor e estudante se
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A transição da infância para a adolescência acompanha maior carga de responsabilidades ao mesmo tempo
em que a puberdade revela um mundo novo; diante disso, a BNCC atenta para o uso de recursos digitais,
resolução de con�itos, combate aos diversos tipos de violência e re�exões sobre projeto de vida. Além disso,
diferentemente da Educação Infantil, no Ensino Fundamental, os conhecimentos cientí�cos são apresentados
formalmente, agrupados pelas áreas de conhecimento: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza,
Ciências Humanas e Ensino Religioso. Cada área é subdividida em um ou mais componentes curriculares,
porém o ensino por competências e habilidades busca integrar, teoricamente, todos os conhecimentos
• Argumentar com ética, respeito e respaldo em informações con�áveis sobre diferentes temas latentes à
humanidade, respeitando direitos humanos e consciência ecológica.
• Agir com autonomia e tomar decisões democráticas, inclusivas, sustentáveis e solidárias. (BRASIL, 2017).
É recomendável acessar a BNCC para compreender as competências gerais, pois elas constituem os objetivos
�nais da aprendizagem, ou seja, aquilo que se espera que se aprenda ao longo do percurso escolar. A seguir,
trataremos das competências, áreas de conhecimento e habilidades.
Após reconhecermos a estrutura da Educação Fundamental brasileira, segundo a BNCC, vamos nos
• Linguagens: “[...] verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e,
contemporaneamente, digital” (BRASIL, 2017, p. 63). Inclui Língua Portuguesa, Arte e Educação Física em todos
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os anos, com acréscimo de Língua Inglesa nos anos �nais. As seis competências de Linguagens se resumem à
compreensão de linguagens enquanto construções humanas com expressões e �nalidades plurais, senso
estético e uso de tecnologias.
• Matemática: abrange aritmética, álgebra, geometria, probabilidade e estatística, bem como “[...] não se
das técnicas de cálculo com os números e com as grandezas, pois também estuda a incerteza proveniente de
fenômenos de caráter aleatório” (BRASIL, 2017, p. 265). As sete competências se resumem em: reconhecer a
• Ciências da Natureza: “[...] tem um compromisso com o desenvolvimento do letramento cientí�co, que
envolve a capacidade de compreender e interpretar o mundo (natural, social e tecnológico), mas também de
transformá-lo com base nos aportes teóricos e processuais das ciências” (BRASIL, 2017, p. 321). Suas oito
competências se resumem em formar sujeitos dotados de cienti�cidade crítica, espírito investigativo,
autocuidado, responsabilidade, cooperação e aptidão para analisar, explicar e avaliar características,
fenômenos e processos relacionados à área de conhecimento.
• Ciências Humanas: propõe-se a uma aprendizagem que forme sujeitos aptos a desenvolver raciocínio
espaço-temporal (unindo cognição e contexto) crítico e ético, com valorização dos direitos humanos, meio
ambiente e coletividade. Valores como solidariedade, participação e protagonismo voltados para a sociedade
e críticos à desigualdade são prescritos pela BNCC (2017), além disso, também há preocupação com a
cienti�cidade.
Os componentes curriculares são História e Geogra�a, somando sete competências especí�cas, e as sete
competências de Ciências Humanas se resumem em formar sujeitos conscientes, conhecedores,
cienti�camente críticos em relação a si mesmos, aos outros e a toda a sociedade e seus impactos, aptos a
interpretar e expressar sentimentos, crenças, dúvidas, opiniões, argumentos, ideias, comparações etc. com
fundamentação cientí�ca e ser capaz de fazer uso de diferentes linguagens e recursos tecnológicos.
• Ensino Religioso: possui o conhecimento religioso enquanto objeto de área, embasado nas Ciências
Humanas. Conta com pressupostos éticos e cientí�cos, não sendo, portanto, uma educação confessional,
segundo a BNCC (2017), e é por meio do diálogo e de contextos estudantis que a aprendizagem se
desenvolve. Conta com seis competências especí�cas voltadas para a compreensão, respeito e convívio com
diversas crenças, tradições e manifestações culturais, autoconhecimento, debate sobre temas importantes e
embasamento cientí�co para as análises.
área, componentes e habilidades serão necessários para contemplá-la. Apesar da divisão por área e
componentes, deve-se sempre manter o olhar interdisciplinar (MARCHELLI, 2017) e integrador da ciência,
desconstruindo o paradigma tradicional de fragmentação e compartimentação dos saberes cientí�cos. Analise
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o esquema a seguir:
Intertextualidade entre competências e habilidades
4. Utilizar diferentes linguagens - verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual,
sonora e digital -, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e cienti�ca, para se
expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e
produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
COMPETÊNCIAS ESPECIFICA
possibilidades de participação na vida social e colaborar para a construção de uma sociedade mais
justa, democrática e inclusiva.
nos diferentes campos de atuação da vida social e utilizando-a para ampliar suas possibilidades de
participar da cultura letrada, de construir conhecimentos (inclusive escolares) e de se envolver com
HABILIDADES ESPECIFICAS
(EFB9LP0B) Revisar/editar o texto produzido - noticia, reportagem, resenha, artigo de opinião, dentre
adequado das ferramentas de edição (de texto, foto, áudio e vídeo, dependendo do caso) e adequação
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à norma culta.
A �gura acima ilustra um afunilamento, partindo de uma competência geral para habilidades especí�cas de
HABILIDADES E INTERDISCIPLINARIDADE
Chegou o momento de pensarmos a aplicação dos conhecimentos apropriados ao longo da aula. Buscaremos
planejar atividades pedagógicas a partir da interpretação de habilidades selecionadas, possibilitando a
interdisciplinaridade, que Marchelli (2017) a�rma ser necessária desde a formação inicial de professores.
Imagine que você assumiu uma turminha de primeiro ano do Ensino Fundamental e precisa trabalhar todos
os componentes curriculares (exceto inglês). A gestão entregou um cronograma com horários de cada
componente curricular a ser trabalhado ao longo da semana, algo que, sob pretexto de organização,
in�uencia o planejamento fragmentado. Lendo a BNCC, você encontra: “(EF15AR10) Experimentar diferentes
formas de orientação no espaço (deslocamentos, planos, direções, caminhos etc.) e ritmos de movimento
(lento, moderado e rápido) na construção do movimento dançado” (BRASIL, 2017, p. 201); “(EF01MA11)
Descrever a localização de pessoas e de objetos no espaço em relação à sua própria posição, utilizando
termos como à direita, à esquerda, em frente, atrás” (BRASIL, 2017, p. 279); e “(EF01GE09) Elaborar e utilizar
mapas simples para localizar elementos do local de vivência, considerando referenciais espaciais (frente e
atrás, esquerda e direita, em cima e embaixo, dentro e fora) e tendo o corpo como referência” (BRASIL, 2017,
p. 317).
Possível atividade: divida a turma em dois grupos, oriente o primeiro a se deslocar num determinado
espaço, conforme uma música (lenta, moderada ou rápida); ao parar o som, as crianças devem �car imóveis,
como na brincadeira da “estátua”; já ao segundo grupo, peça para que os integrantes se posicionem ao centro
do local, desenhem as posições de cada colega do primeiro grupo e descrevam, oralmente, utilizando “direita,
esquerda, frente, atrás, abaixo ou acima), tendo a si mesmos como referência. Inverta as ações dos grupos
A estrutura e o funcionamento dos anos �nais do Ensino Fundamental di�cultam ações interdisciplinares, pois
precisam conciliar horários de professores e turmas, entretanto, é possível construir projetos a serem
desenvolvidos em momentos especí�cos. Observe as habilidades a seguir: “(EF07CI10) Argumentar sobre a
importância da vacinação para a saúde pública, com base em informações sobre a maneira como a vacina
atua no organismo e o papel histórico da vacinação para a manutenção da saúde individual e coletiva e para a
erradicação de doenças” (BRASIL, 2017, p. 347); “(EF07MA37) Interpretar e analisar dados apresentados em
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grá�co de setores divulgados pela mídia e compreender quando é possível ou conveniente sua utilização”
(BRASIL, 2017, p. 311); e “(EF89LP25) Divulgar o resultado de pesquisas por meio de apresentações orais,
verbetes de enciclopédias colaborativas, reportagens de divulgação cientí�ca, vlogs cientí�cos, vídeos de
diferentes tipos etc” (BRASIL, 2017, p. 185).
Possível atividade: numa parceria entre professores de Ciências da Natureza, Matemática e Língua
Portuguesa, é possível criar um projeto de divulgação cientí�ca em formato de canal de vídeos no qual
estudantes do sétimo ano levantem, analisem e produzam conhecimentos sobre vacinação, a �m de que os
alunos do oitavo ano apresentem em formato jornalístico com foco na comunidade local, entrevistas com
professores e pro�ssionais da saúde, análises estatísticas, saúde de crianças, adultos e idosos etc.
componentes curriculares. Nos casos apresentados, emprega-se a avaliação formativa, por meio de registros
de observação de aprendizagem relacionados a critérios avaliativos derivados das habilidades. Note que, em
ambas as atividades, os estudantes serão ativos no processo e os professores atuarão como mediadores.
VÍDEO RESUMO
Olá, estudante! Neste vídeo resumo, iremos abordar as relações entre competências gerais, competências de
área, de componente curricular, habilidades, seus verbos e conteúdos para o Ensino Fundamental. O objetivo
é traçar a intertextualidade entre todas as mobilizações de conhecimento (do geral ao especí�co e vice-versa),
buscando desenvolver olhar formativo e interdisciplinar que contribua para o planejamento e a prática, de
acordo com a BNCC. Bons estudos!
Saiba mais
Linguagens:
Matemática:
DA SILVA, L. E. Educação matemática e a base nacional comum curricular (BNCC): um desa�o para a
educação básica. Humanidades & Inovação, [ S. l.], v. 6, n. 6, p. 51-61, 2019.
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Ciências da Natureza:
Franco, L. G.; MUNFORD, D. Re�exões sobre a base nacional comum curricular: um olhar da área de
ciências da natureza. Revista Horizontes , [S. l.], v. 36, n. 1, p. 158–170, 2018.
Ciências Humanas:
Aula 4
31 minutos
INTRODUÇÃO
Olá, estudante! Nesta aula, iremos abordar o Ensino Médio, conforme a BNCC e a LDB; analisaremos
brevemente as quatro áreas do conhecimento: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências
Humanas, que se desdobram em doze componentes curriculares: Arte, Educação Física, Língua Inglesa, Língua
Portuguesa, Matemática, Biologia, Física, Química, Filoso�a, História, Geogra�a e Sociologia; e exploraremos a
Taxonomia de Bloom enquanto instrumento metodológico para planejar atividades pedagógicas a partir de
habilidades da BNCC. Ao pensarmos a aplicação, quatro habilidades de Ensino Médio em diferentes níveis de
complexidade e área de conhecimento serão apresentadas; ao �nal, serão expostas algumas re�exões sobre
o ensino por competências e habilidades. Bons estudos!
O Ensino Médio brasileiro, etapa �nal da Educação Básica, enfrenta dois desa�os principais, segundo a BNCC
(2017): o primeiro é a desigualdade de acesso e a evasão diante das circunstâncias na qual jovens se inserem
precocemente no trabalho, o segundo é o atendimento adequado diante da pluralidade do público, haja vista
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Considerar que há muitas juventudes implica organizar uma escola que acolha as
diversidades , promovendo, de modo intencional e permanente, o respeito à pessoa
humana e aos seus direitos. E mais, que garanta aos estudantes ser protagonistas de seu
próprio processo de escolarização, reconhecendo-os como interlocutores legítimos sobre
tanto no que diz respeito ao estudo e ao trabalho como também no que concerne às
escolhas de estilos de vida saudáveis, sustentáveis e éticos.
O Ensino Médio é a etapa na qual se espera que estudantes se preparem para se posicionar diante da
realidade e contribuir para a sociedade por meio do trabalho e em busca da solução de desa�os que a vida
apresenta. A LDB (9394/96), em seu Artigo 35, estabelece as �nalidades do Ensino Médio:
Devido à proximidade entre Ensino Médio e mundo do trabalho, além das áreas do conhecimento previstas
pela BNCC, há, também, os itinerários formativos: arranjos curriculares que atendam demandas técnicas e
acadêmicas locais, �exibilizando e organizando o currículo, tendo os estudantes enquanto protagonistas dos
As áreas do conhecimento especí�cas para o Ensino Médio e seus componentes curriculares são:
• Linguagens e suas tecnologias: Língua Portuguesa, Educação Física, Arte e Língua Inglesa.
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Apesar de o Ensino Médio contar com uma área do conhecimento (Ensino Religioso) a menos, em relação ao
Ensino Fundamental, os itinerários formativos e componentes curriculares em Ciências da Natureza e Ciências
Humanas aumentam a carga de saberes e responsabilidades. Assim como na etapa anterior da Educação
instrumento útil para a educação por competências, pois professores, principalmente especialistas, como os
do Ensino Médio, tendem a focar os conteúdos, em detrimento das competências e habilidades; com a
Taxonomia de Bloom, é possível hierarquizar os verbos presentes em habilidades para poder decidir como
trabalhar os conteúdos.
Merece destaque a Língua Portuguesa, que articula competências e habilidades com campos de atuação
social (áreas de aplicação cotidiana da linguagem): vida social; jornalístico-midiático; atuação na vida pública e
artístico. Mediante tais campos, estudantes percebem a aplicabilidade dos conhecimentos apropriados por
meio de atividades do componente curricular; a Educação Física propicia movimentos corporais de diferentes
culturas; a Arte busca o desenvolvimento da autonomia, criatividade e autoconhecimento; a Língua Inglesa é
imbuída de caráter intercultural útil à sociedade globalizada; e a Matemática estrutura suas habilidades em
Com três competências especí�cas, a área de Ciências da Natureza pretende formar pessoas aptas a
analisar fenômenos naturais baseados nas relações matéria-energia, fazer uso de interpretações desde a vida
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A área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas carrega consigo seis competências, compromissos
atitudinais e conhecimentos cientí�cos para se compreender, autonomamente, a sociedade e nela viver, bem
como possui categorias transversais que devem ser abordadas e debatidas, tais como: tempo e espaço,
território e fronteira, indivíduo, natureza, sociedade, cultura e ética, política e trabalho.
Professores de Ensino Médio em exercício fazem uso de conhecimentos advindos de licenciaturas especí�cas
relacionadas ao componente curricular que lecionam, logo, para cada área, os pro�ssionais conseguem, na
BNCC, identi�car conteúdos e procedimentos típicos desse componente. Entretanto, não basta reconhecer
que se manifestam por meio dos verbos que acompanham as habilidades. Em síntese, é importante
interpretar a aprendizagem em três domínios interconectados de desenvolvimento:
Segundo Ferraz e Belhot (2010). Os três domínios abarcam seis níveis taxonômicos:
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“aplicar” é o uso de conceito, teoria, técnica em determinada circunstância cabível; “analisar” consiste na
A complexidade se dá pelo fato de que é necessário desenvolver os níveis menores para se atingir os maiores,
e cada nível possui verbos semelhantes quanto à aprendizagem e complexidade, conforme veremos nas
Exercitaremos a taxonomia de Bloom analisando uma habilidade de cada área do conhecimento do Ensino
Médio, segundo a BNCC, e da menor complexidade à maior. É importante destacar que as habilidades tendem
a ser mais complexas conforme o avanço no percurso escolar, de modo que o Ensino Médio agrega uma
Começando com Ciências da Natureza, a habilidade a seguir corresponde à compreensão, pois é necessário
que o estudante reconheça e compreenda temas das Ciências da Natureza em diferentes gêneros textuais,
objetivando levantar informações con�áveis:
dados, tanto na forma de textos como em equações, grá�cos e/ou tabelas, a consistência
dos argumentos e a coerência das conclusões, visando construir estratégias de seleção de
fontes con�áveis de informações.
Note que “relações métricas”, “leis do seno e do cosseno” e “congruência e semelhança” são conceitos e
procedimentos que precisam ser reconhecidos e compreendidos para serem aplicados. Isso signi�ca que
outras habilidades envolvendo tais conteúdos proporcionaram, previamente, a apropriação de níveis de
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Em Ciências Humanas, a habilidade a seguir envolve uma análise que combina diversos elementos
579).
discutindo princípios e objetivos dessa atuação de maneira crítica, criativa, solidária e ética.
Para criar possibilidades de atuação em diferentes campos, enfrentar desa�os e discutir a própria atuação é
necessário que o estudante reconheça, compreenda, aplique, analise, crie, planeje, debata e critique aquilo
que criou. Diante das habilidades analisadas, são necessárias algumas re�exões conclusivas importantes:
menor.
• Por mais que a habilidade seja simples, ela leva tempo e é preciso planejar a quantidade de encontros (aulas)
para contemplá-la.
• Mais de uma habilidade pode ser trabalhada numa mesma aula, entretanto, é necessário saber discernir, na
observação formativa da aprendizagem, o que cabe a uma e o que cabe a outra.
consciente e signi�cativa.
Planeje com participação de estudantes para melhor engajamento e com os colegas para encontrar
estratégias interdisciplinares.
VÍDEO RESUMO
Olá, estudante! No vídeo desta aula, abordaremos o Ensino Médio segundo a BNCC e a LDB; analisaremos as
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áreas de conhecimento e componentes curriculares, com destaque para a Taxonomia de Bloom, instrumento
que auxilia o planejamento de atividades pedagógicas com base em habilidades. Acesse as referências
bibliográ�cas e o Saiba Mais para aprofundamento. Bons estudos!
Saiba mais
n. 17, 2015.
LOPES, A. C. Itinerários formativos na BNCC do Ensino Médio: identi�cações docentes e projetos de vida
juvenis. Retratos da escola, [ S. l.], v. 13, n. 25, p. 59-75, 2019.
VÍDEO ENTREVISTA
REFERÊNCIAS
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12 minutos
Aula 1
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PINTO, F.C.; FONSECA, L.E.G. O currículo oculto e sua importância na formação cognitiva e social do
Aula 2
ARIÈS, Philippe. História Social da Criança e da Família. 2 ed. Rio de Janeiro: LTC, 1981.
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Aula 3
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Aula 4
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