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NOME DO CURSO

PEDAGOGIA LICENCIATURA

NOME COMPLETO DO(S) ACADÊMICO(S)

CARLOS VINICIUS GOMES DA SILVA SILVEIRA

PRODUÇÃO TEXTUAL

Cidade/RIO DE JANEIRO
Ano 2021
ANHANGUERA-ITAGUAI /RIO DE JANEIRO
2 SEMESTRE
PEDAGOGIA LICENCIATURA

Cidade/RIO DE JANEIRO
Ano 2021
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...............................................................................................................3
DESENVOLVIMENTO...................................................................................................4
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................... 5
REFERÊNCIAS.............................................................................................................6

Introdução

A História da Educação Brasileira desde a Companhia de Jesus com a


Educação Jesuítica, as Reformas Pombalinas e as experiências do Bispo de
Olinda, as discussões em torno do ensino humanístico e científico durante o
Império, o ruralismo pedagógico dos primeiros e consequentes anos da
República e a parcial implementação das ideias pedagógicas dos Pioneiros da
Educação Nova durante o Estado Novo e das legislações educacionais
subsequentes, passando pela LDBEN 4024/61, Lei 5692/71 até a LDBEN
9394/96 tem mostrado que as reformas e projetos educacionais estiveram
sempre atrelados aos projetos de futuro para o país (FAUSTO, 1998; HANSEN,
2000; PAIVA, 2000; ALVES, 2000; LORENZ e VÊCHIA, 2011; NAGLE, 1976;
ROMANELLI, 1986; SAVIANI, 2004; SILVA, 2002 e CUNHA, 2014).
A partir do exposto é importante considerar no âmbito político-
pedagógico que projeto futuro de Brasil revela a presente proposta de Base
Nacional Comum Curricular - BNCC.
A Base Nacional Comum Curricular origina-se dos dispositivos
constitucionais de 1988 e toma corpo nas discussões realizadas na
Conferência Nacional de Educação – CONAE - no processo de formulação do
Plano Nacional de Educação concluso em junho de 2014 consignado na Lei
13.005 de 25 de junho de 2014. Com relação ao PNE, a BNCC deve ser
aprovada até 25 de junho de 2016.
Pretende-se com a BNCC a produção de um currículo único e
padronizado para todo o território nacional. Diante disso, não se refere apenas
a um parâmetro ou referencial. A proposição e a consequente produção de um
currículo de abrangência nacional tem sido objeto de disputas dos mais
variados setores, desde sua dimensão política à sua dimensão pedagógica.
Entretanto importa afirmar que o que se tem questionado ou defendido não é a
existência de uma BNCC, mas a de quê BNCC se está propondo.
Entretanto os debates tem se concentrado basicamente em dois fatores
e duas posições: o primeiro deles defende que a existência de uma Base
Nacional Comum, a exemplo de países que padronizaram seus currículos,
corresponde a maior qualidade da educação. Estes não questionam a Base
proposta. O segundo concentra-se na discussão sobre os conteúdos,
presenças, ausências de conteúdos, se ideologizados ou não. Estes debates,
presentes em geral na imprensa e com criticas pertinentes, são ainda
superficiais, não revelam a essência do projeto educacional para o país
presente e, ao mesmo tempo, ocultado no documento.
A análise que se apresenta nesse texto parte da hipótese de que para
desvelar o projeto educacional pretendido pela atual proposta de BNCC é
necessário compreender a concepção de educação, de ensino e de
aprendizagem, de ser humano e de sociedade por ela proposta. Isto pode
revelar, também, as formas, conteúdos e organização dos chamados
componentes curriculares, bem como sua estruturação.
Considerando as questões colocadas como elementos analíticos para a
leitura da proposta de BNCC, expõe-se, a seguir, uma análise da proposta de
BNCC com o fito de que cada profissional da educação de Araucária possa se
posicionar diante do referido documento.

DESENVOLVIMENTO

A relação entre a Base Nacional Comum Curricular e as tendências


pedagógicas.

A Base Nacional Curricular Comum (BNCC) representa o


documento norteador das instituições educacionais ao padronizar os currículos,
de forma que as tendências pedagógicas devem seguir os conceitos e conteúdos
atribuída.A BNCC é uma das políticas públicas de educação mais arrojadas
dos últimos 20 anos no Brasil, com impacto na formação de professores,
na aprendizagem, nos recursos didáticos e nas avaliações. Nota-se que
as instituições educacionais apresentam autonomia e discernimento para avaliar e
adaptar algumas das questões apresentadas pela BNCC, frente às suas
próprias realidades, assim como disponibilidade de recursos em relação
às necessidades dos alunos. DOCENTE

Praticas pedagogicas gestão de sala de aula.


No campo da educação é comum se deparar com colegas de profissão que se queixam
da dificuldade que apresentam em dominar as modernas práticas pedagógicas.
Para que o profissional encontre caminhos que facilite transferir o discurso pedagógico
da teoria para a prática são necessárias diversas atitudes a serem observadas, bem
como inseri-las na prática educacional.

Considerando a real importância em aplicar com clareza o conhecimento que possui,


bem como propiciar o sucesso profissional e o desempenho significativo dos alunos,
orienta-se estar atento a determinadas questões como:

• Plano de Trabalho: Observação e compreensão

É fundamental que o professor esteja atento, conhecer bem a turma para elaborar um
plano de trabalho que deve ser voltado para o que fazer e como fazer;

• Avaliação:

A avaliação é uma das principais formas de verificar o caminho que o aluno está
seguindo, podendo descobrir suas reais dificuldades e necessidades, podendo interferir
quando preciso e precocemente.

• Contextualização:
Além de relacionar certo assunto com o cotidiano dos alunos, fazer uma relação de
conceitos e conteúdos com as disciplinas.

• Interesse do aluno x Conhecimento Próprio;


Instigar o aluno a adquirir o conhecimento prévio é uma atitude que compete ao
professor.

• Trabalho Interdisciplinar:
A união das matérias propicia o conhecimento amplo do aluno, visto que um assunto
passa a ser discutido e relacionado com diferentes disciplinas.

• Seqüência didática:
Trata-se de uma série de aulas ministradas que não apresenta um produto final
obrigatório e que leva os alunos ao desafio e aprendizado.

• Temas Transversais:
Não são disciplinas, mas sim temas que são abordados constantemente nas disciplinas.

• Tempo Didático:
Deixar claro os objetivos, estabelecendo o que quer ensinar; a forma como cada aluno
aprende; a maneira que irá acompanhar o trabalho desenvolvido pelos alunos.

• Inclusão:
Preparar-se para receber o aluno com deficiência, bem como buscar os conhecimentos
que esse apresenta e a possibilidade que ele tem de evoluir em relação aos demais
conteúdos propostos.
Ressalta-se que o professor que realmente tem amor pela profissão e consciência do
importante papel representado na sociedade, percebe a necessidade de ser capacitado e
busca se aperfeiçoar com a finalidade de poder oferecer uma educação de qualidade
para seus
alunos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presente análise não esgota todo entendimento sobre a atual proposta


de BNCC, importando que se realizem outros estudos. Entretanto a presente
análise da proposta de BNCC permite, pelo menos em termos de sua
concepção de educação, ensino, aprendizagem, sociedade, estrutura e
finalidade, algumas notas:
1.
Nenhum apreço, menção ou referência a História da Educação
Brasileira;
2.
Nos princípios e, portanto, finalidade da educação proposta pela
BNCC observa-se, desde logo, sua relação com a Lei 5692/71 no

que diz respeito ao caráter terminal da formação (ROMANELLI,


1986) – mercado de trabalho ou prosseguimentos nos estudos -
princípios 9 e 10;
3.
Embora coloque sempre o reconhecer do coletivamente, os objetivos
remetem a posições individualizantes, diga-se empreendedora;
4.
A afirmação de que a qualidade da educação se dará única e
exclusivamente pelo envolvimento e participação, sem nomear os
sujeitos desse envolvimento e o conjunto de interesses que daí
derivaram;
5.
Novamente a relação com a Lei 5692/71 e o Parecer do CFE 853/71
com relação a estruturação curricular (ROMANELLI, 1986);
6.
Sua implícita e miscelaneada concepção pedagógica que parece
alinhar-se tanto a uma pedagogia dos objetivos, de projetos de base
Deweyana e empreendedorismo na escola;
7.
É uma questão: Dado que se terá que aceitar toda a BNCC como
sessenta por cento do currículo, seja da rede ou da escola, isso se
refere apenas aos objetivos e conteúdos derivados ou abrange,
também, sua estruturação? Se ativer aos dispositivos constitucionais
e à LDBEN 9394/1996 quando afirma sobre pluralidade de
concepções de educação, ensino, etc., não será necessário, do
contrário terão de mudar a constituição.
8.
O não reconhecimento da Educação do Campo e da Educação de
Jovens e Adultos.
9.
Por fim, como projeto de país, a proposta de BNCC revela sua
inserção mais aprofundada no ideário neoliberal, a medida que
perspectiva a formação de crianças e jovens e do que possibilita a
educação transformar-se em mais um negócio para a reprodução
social do capital

REFERÊNCIAS
ALVES, Luiz Gilberto. O Seminário de Olinda. In: LOPES, Eliane Marta Teixeira;
FARIA FILHO, Luciano Mendes; VEIGA, Cynthia Greive.
500 anos de
Educação no Brasil
. Belo Horizonte: Autêntica, 2000
ARAUCÁRIA, Secretaria Municipal de Educação.
Diretrizes Municipais de
Educação
, 2012
BRASIL, Conselho Federal de Educação.
Parecer 853 de 1971.
BRASIL. Ministério da Educação.
Base Nacional Comum Curricular –
Consulta Pública.
a República
. Rio de
Janeiro; Fundação Nacional de Material Escolar, 1976

. Acesso em: 09 jun. 2019. ______. Presidência da República. Lei nº 9.394, de 20 de


dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da
União, Brasília, 23 de dezembro de 1996. Brasília, 1996. Disponível em: . Acesso em: 09 jun.
2019. ______. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Plano
Nacional de Educação PNE 2014-2024: Linha de Base. – Brasília, DF: Inep, 2015. 404 p.: il.
______. LEI nº 13.005 de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE
e dá outras providências. Disponível em: Acesso em julho de 2019.
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