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ANIMA EDUCAÇÃO

LICENCIATURA EM LETRAS - PORTUGUÊS E INGLÊS LIVE

NICOLAS MARCOS PEREIRA

COMO A INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NO CURRÍCULO PODE DIMINUIR A


SOCIAL ESTRATIFICAÇÃO ESCOLAR

SÃO PAULO
2022
NICOLAS MARCOS PEREIRA

TÍTULO DO TRABALHO

Trabalho apresentado para obtenção de


saberes necessários na A3. Como
requisito da UC de Educação Básica:
Avaliação e currículo do Curso de
Licenciatura do grupo Anima Educação a
fim de compreender as questões de
currículo e avaliação.

Orientadoras: Eliane Monken


Velcidina Rodrigues Chagas Fischer

SÃO PAULO
2022
SUMÁRIO

1. Introdução..........................................................................................................04
2. Fundamentação Teórica sobre currículo...........................................................05
2.1 Teorias do currículo……………..……………………………………………………08
2.2. Análise do estudo de caso…..……….……………………………………………. 13
2.3 Currículo inovador..............................................................................................20
3. Considerações Finais........................................................................................23
Referências........................................................................................................24
4

1. INTRODUÇÃO
A palavra currículo vem do latim curriculum e significa curso ou percusso, é
um trajeto que deve ser cumprido. E nesse trajeto estão a escola, os professores e
os alunos, todos são direcionados pelo currículo, como uma bússola que orienta
todas as naus para a terra firme. Nela está o papel da escola, o conteúdo que será
ministrado, as formas de avaliação, o papel do professor, o papel do aluno e por
último, mas não menos importante, o resultado desses elos; a aprendizagem.

O currículo pode ser entendido como um instrumento político que organiza as


leis de diretrizes e as bases da educação nacional, bem como os Princípios da
Educação Nacional e suas respectivas disciplinas essenciais compreendidas pelo
MEC e pela BNCC (Base Nacional Comum Curricular). Alinhado com o Projeto
Político Pedagógico (PPP). No ambiente escolar, em suma, o currículo distingue o
conteúdo, as formas de trabalho, a organização e a seleção pedagógica. Para
Saviani “o currículo compreende o conhecimento, as ideias, os hábitos, os valores,
as convicções, os procedimentos e os símbolos, dispostos em um conjunto de
matérias, disciplinas e programas com indicações de atividades, experiências,
consolidação e avaliação.”1

Durante a pandemia, um período obscuro na educação mundial, o


fortalecimento de tecnologias e de novas formas de ensino ganharam protagonismo,
propondo ser uma luz no final do túnel. Porém, com a chegada dessa luz, ficou
visível a instabilidade do ensino à distância e as precariedades tecnológicas
enfrentadas pelas escolas suburbanas, a clareza da inovação, (tanto dispositivos
quanto recursos) ficou inacessível para escolas, para professores e para os alunos,
acendendo um alerta para a social estratificação escolar.

O trabalho tentará abordar sobre soluções para estratificação escolar, e o


currículo seria a porta de entrada para essa realização, como visto já anteriormente
a relação política de poder do currículo. Seria possível novos professores, que estão
adeptos de novos meios, de novas tecnologias e de novas teorias, mudarem
espaços de aprendizagem arcaicos que estão resolutos? O currículo poderia ajudá-
los nessa transformação? A inovação tecnológica acessível poderia ser uma base
para o fim da desigualdade social no ensino? A tentativa do trabalho será responder
essas e outras perguntas pertinentes ao tema.

1 SAVIANI, Nereide. Currículo — Um grande desafio para o professor. São Paulo. Revista de
educação. 2003 — pp. 35 – 38.
5

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O currículo escolar pode ser contemplado como parte inerente da
organização educacional, pois sem a existência de um currículo não se pode
compreender as programações das tarefas escolares e nem se pode planejar os
conteúdos que serão lecionados em aula. Segundo o autor Tomaz Tadeu da Silva,
PH.D e doutor em International Development Education pela Universidade de
Stanford, em suma; a teoria do currículo nasceu nos Estados Unidos no século XX,
com visões diferentes de seus respectivos criadores, entre eles estão os teóricos
pedagógicos; John Franklin Bobbitt, Ralph Tyler com visões mais conservadoras e
John Dewey Michael Apple com visões opostas e progressistas entre os inúmeros
teóricos desse campo como Henry Giroux, Paulo Freire, Demerval Saviani.

Contudo, o currículo possui um carácter analítico pessoal, visa um objetivo de


política organizacional, como cita os Parâmetros Curriculares Nacionais, redigido
pela Secretaria de Educação Fundamental.

As capacidades expressas nos Objetivos dos Parâmetros Curriculares


Nacionais são propostas como referenciais gerais e demandam adequações
a serem realizadas nos níveis de concretização curricular das secretarias
estaduais e municipais, bem como das escolas, a fim de atender às
demandas específicas de cada localidade. Essa adequação pode ser feita
mediante a redefinição de graduações e o reequacionamento de
prioridades, desenvolvendo alguns aspectos e acrescentando outros que
não estejam explícitos. (BRASIL, 1997, p. 49).

As leis referentes a educação são encontradas nas bases e princípios como


na BNCC (Base Nacional Comum Curricular); e nos princípios da educação
nacional, todos provenientes da legislação da lei de Diretrizes e Bases da Educação
(Lei 4024 / 1961; Lei 5692 / 1971 e Lei 9394 / 1996.) e nas Emendas Constitucionais
(14 / 1996. Lei 9424 /1996; 53 / 2006 e Lei 11494 / 2007.). E do plano Nacional de
Educação (Lei 10172 / 2001.). Segundo os dados, site do MEC, a resolução
CNE/CEB n.º1, de 5 de julho de 2000 — Estabelece as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação e Jovens e Adultos e nessa resolução começaram a
tratar mediante a lei sobre o currículo especificamente. Ou seja, o reconhecimento
de um currículo reconhecido na lei é algo recente. Pois a necessidade de anexar
novas teorias do currículo, a implantação se tornou um desafio para os estados e
municípios. Uma nova formativa de um currículo de educação talvez se fizesse
necessário, visto que segundo as teorias recentes como a de Dermeval Saviani; diz
6

que a escola deveria ser a redentora da humanidade, com o proposito de remir a


sociedade de sua ignomínia, libertando-a de uma opressão política, mas nesse
primeiro ponto que se relaciona diretamente na estratificação atual das escolas
brasileiras, haveria de ter mudanças estruturais? Visto que há bastante da forma e
do modo estrutural estável mesmo após 50 anos.

Uma das mudanças que visa um futuro mais equitativo é a formação coerente
de novos profissionais na rede de ensino. Segundo Roberto Sidnei Alves Macedo,
Doutorado em Ciências da Educação pela Universidade de Paris 8 e pós-
Doutorados em Currículo e Formação pelas universidades: Fribourg-Suíça e
Universidade do Minho-Portugal. No livro Currículo: campo, conceito e pesquisa diz
“Nunca se constatou na história da educação uma tamanha importância
atribuída às políticas e propostas curriculares, diria mesmo, um tamanho
empoderamento do currículo enquanto definidor dos processos formativos e
suas concepções” (MACEDO, 2007, p.13).

No Brasil de XX houve um marco muito importante na educação a partir da


constituição de 1988 e da LDB (Lei de Diretrizes e Bases), pois ela passou a ser
garantida por lei. Na época a principal preocupação era como custear a rede
brasileira de ensino, a solução encontrada, todos os custos seriam providos pelo
imposto arrecadado através do ICMS (Imposto sobre Operações relativas à
Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação). 2 Quase 35% desse valor, seria
destinado à educação, (sendo que a educação básica é a base do ensino e não
dispõe da maioria da arrecadação) pode se obter acesso ao uniforme escolar, a
alimentação escolar, aos livros e materiais escolares.

2 https://portal.fazenda.sp.gov.br/acessoinformacao/Paginas/ICMS.aspx — ICMS
7

Com a ingressão de novos alunos por meio da obrigatoriedade, o índice de


analfabetismo abaixou consideravelmente no país, conforme pesquisas do IBGE:

No entanto, segundo o artigo da antropóloga e pós-doutoranda na Faculdade


de Educação da Universidade de São Paulo, Renata Mourão Macedo, escrito para o
Núcleo de Estudos sobre os Marcadores Sociais da Diferença (Numas);

No entanto, inúmeras pesquisas ano a ano constatam as enormes


desigualdades educacionais que assolam o país tanto no ensino básico
como no ensino superior (Silva e Hasenbalg, 2000; Castro, 2009; Artes e
Ricoldi, 2015; Macedo, 2019a). Apesar de alguns avanços recentes na
democratização das instituições educacionais, ainda temos um sistema de
ensino desigualmente marcado por critérios de raça, classe e gênero entre
estudantes, além das diferenças regionais brasileiras. (Macedo, 2021).

Em meados dos anos 80 houve o surgimento da internet no Brasil, onde


somente as classes alta e média-alta tinham acesso, mesmo que limitado por
hardwares primários. Anos mais tarde, em 2010, com o auxílio de políticas públicas
como o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) unida com a criação de novos
dispositivos como smartphones (que já vinha de uma crescente), a população
menos favorecida pode-se ter acesso à internet. Porém, enquanto as escolas do
setor privado inseriram o uso das novas tecnologias, com laboratórios de pesquisa,
projetos e uso de tablets nas salas de aula e com acesso à internet rápida. As
escolas do setor público tentavam incluir esses novos recursos, mas com
8

precariedade de hardwares limitados e ultrapassados, e o pouco acesso à internet


impossibilitava a integração de dispositivos ‘smart’ nas salas de aula.
2.1 TEORIAS DE CURRÍCULO
Segundo o PH.D. Tomaz Tadeu da Silva em seu livro intitulado “Documentos
de identidade: uma introdução às teorias do currículo” o modelo do currículo escolar
se iguala com a infraestrutura industrial, em suma por influência do pedagogo John
Franklin Bobbitt, ele se apoiava na teoria de Ralph Tyler. Este acreditava que a
estrutura da rede de ensino se equiparava ao ambiente de trabalho, pois ambos são
administrativos e visam produtividade, porém o conceito tecnicista da
quantitatividade escolar não era defendido pelo filósofo e pedagogo John Dewey de
cunho progressista, era mais pragmático e libertário.

O modelo clássico ou tradicional pode ser compreendido assim:


9

Os aspectos importantes que marcaram a concepção tradicional, lecionadas


nas aulas da unidade curricular “Educação básica: avaliação e currículo” pela
docente Eliane Monken, especialista na área da educação; o viés tradicional possui
uma visão de um sistema produtivo, e seus principais teóricos; Johann Friedrich
Herbart, (1776 – 1841) que levava o ato de ensinar como uma ciência; Burrhus
Frederic Skinner, (1904 – 1990) teorizava sobre o Behaviorismo e a organização do
trabalho pedagógico; Robert Mills Gagné, (1916 – 2002) Escreveu sobre a cognição
e o processo da aprendizagem e Cosete Ramos, (1941) acreditava na perfeição e
qualidade na educação, são alguns de seus livros “Excelência na Educação;
Pedagogia da Qualidade Total e Sala de Aula de Qualidade Total”.

As ideologias acríticas subjugaram os educandos, os educadores e a própria


instituição de ensino, trazendo uma visão fria e técnica de seres humanos,
resumindo-os a números e levando-os a metas sem o desenvolvimento social, pois
visava resultados financeiros de futuros trabalhadores industriais.

Em meados dos anos sessenta, mais teorias críticas a este modelo surgiram.
Teóricos e educadores, entre eles Louis Althusser, Bourdieu e Passeron, que
propuseram uma nova visão sobre o currículo, o primeiro, apresentou o aparelho
escolar na reprodução do capitalista, já os dois últimos explanam sobre a cultura
dominante na exclusão no sistema de quem não a comporta. Acreditaram que o
currículo não é neutro, e tal ideologia foi mais difundida dos anos setenta e oitenta
até hoje pelos teóricos: Apple (1982), Giroux (1983), Doll (1997), Lopes e Macedo
(2011), Goodson (2012), Moreira e Silva (2011) e Silva (2015).

Abarcando visões de pensamento socialista, formuladas por Saint-Simon


(1760-1825), Charles Fourier (1772-1837), Louis Blanc (1811-1882) e Robert Owen
(1771-1858). Que foram amadurecidas no século XIX e XX e colocadas em prática
no século XX e XXI. Visões essas em suma decorrentes da revolução francesa
(1789 – 1799), que possuía a máxima de liberdade, igualdade e fraternidade, a visão
socialista se espalhou pela Europa, convergindo com a cultura dominante ainda
hoje.
10

Visões em relação às teorias Crítica e pós-crítica segundo SILVA, 2016,


(p.11-17):

Ou seja, elas (especialmente a teoria pós-crítica) abordam mais sobre a


construção social do indivíduo, desconstruindo as amarras do sistema dominante
sobre esse indivíduo. Por meio da progressão científica e modernização dos
conceitos, atualização dos valores e retenção da democracia.
11

Os nomes mais proeminentes da teoria crítica: Bourdieu, Passeron, Althusser,


Baudelot, Establet, Marx, Gramsci, Suchodolski, Manacorda, Makarenko, Saviani,
Jamil Cury, Frigotto, Libâneo, Acácia Kuenzer, Paulo Freire e Gadotti. Os aspectos
importantes da concepção crítica está diretamente pautada no campo das ideias do
socialismo, tais como: luta de classes; relações de produção e relação de
exploração; a crítica da educação como instrumento de discriminação social na
reprodução do capitalismo e da desigualdade. O controle cultural da classe
dominante; a necessidade de a escola ser o instrumento de luta dos professores e
outras práticas sociais; agente de transformação da sociedade; a divisão da escola
em PP (primário e profissional) e SS (secundário e superior); formulação de
tendências pedagógicas além de humanista emancipatória.

Importante salientar que esses teóricos e pensadores diziam que aqueles que
possuem mais capital cultural são bem mais sucedidos na escola, esse capital pode
também ser traduzido como recursos tecnológicos, que viabilizam o acesso à
internet e a informação; e por quem sabe fazer o uso dessas ferramentas, hoje,
essenciais, fornece autonomia. Pois segundo Michael Apple, no ambiente escolar há
uma arena de recursos, de poder e de ideologia.

Mapa mental sobre os principais pontos da teoria crítica:


12

As teorias recentes enfocam sobre o currículo oculto ou invisível, na


manifestação dos princípios de uma instituição, o que ela transmite na fachada da
escola, nas paredes, como se comunica nas salas de aula, representada nos
conteúdos, nos uniformes, costumes e regras. O Currículo invisível é implementado
naquela instituição de forma inerente e silenciosa.

Por vezes, o currículo oculto reforça o currículo acadêmico oficial e, outras


vezes, contradiz o mesmo. Por exemplo, o currículo oficial pode promover
uma melhor compreensão e valorizar a democracia, no entanto, se a
professora ou professor (ou o ambiente escolar) for altamente autoritário, a
lição democrática pode tornar-se distorcida.3

Nessa teoria, segundo Tomaz Tadeu da Silva 4 e Antônio Flávio Barbosa


Moreira5, o currículo deve ser trabalhado com as atividades sociais, ou seja,
integrando o conteúdo com a experiência extra-classe e com a realidade, propondo
melhorias com situação-problema. Valorização da escola, do espaço escolar,
valorização do aluno, do conteúdo como produção histórico-social e cultural.
Avaliação diagnóstica, objetivando a emancipação e preparando ao decorrer do
tempo letivo, com os subsídios que este precisa para a aprendizagem, conforme a
necessidade dos estudantes, encontrando os processos corretos da aprendizagem.

Os principais pensadores da teoria; Michel Foucault (1926 – 1984) filósofo


francês, falou sobre as atitudes de vigilância e adestramento da mente e do corpo
por meio da educação; Jacques Derrida (1930 – 2004) que pensava sobre o
acontecimento do impossível, novas invenções na educação; outros nomes
fundamentais para o crescimento da teoria pós-crítica foram; Lyotard, Deleuze,
Cheryholmes, Guattari, Lacan.

Na visão da teoria pós-crítica que herda conceitos da teoria crítica, mas os


aprimora são, sobre o papel do professor, possuir uma visão “onilateral”. Deve ser
autocrítico, possuir um pensamento emancipatório de modo a construir pontes entre
seus alunos e colegas de trabalho e produzir um ambiente de liberdade e aceitação.
Na valorização de conhecimentos extra-classe dos alunos. Agregar a comunidade
local na participação de mudanças na escola, no acompanhamento dos alunos e nos
debates de pautas ligadas a educação.

3 INEE. (2010). Guidance Notes on Teaching and Learning.


4 SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo
Horizonte: Autêntica, 1999.
5 MOREIRA, Antônio Flávio Barbosa (Org.). Currículo e práticas. Campinas: Papirus, 2011.
13

O aluno, por sua vez, é pesquisador e bem orientado. Livre de amarras


sociais, pode divergir e trocar experiências com colegas e com o professor. Além de
participar, pode e deve criar conteúdos escolares, não tem a obrigação de decorar,
não tem de copiar, o objetivo do aluno é saber e se tornar uma pessoa melhor para
a escola e para a sociedade.

2.2 ANÁLISE DO ESTUDO DE CASO


A triste chegada da COVID-19 no ano de 2020 e em específico a
obrigatoriedade do fechamento das escolas. Culminou na paralisação do ato
presencial do ensino por mais um ano letivo. Infelizmente tem e ainda terá mais
implicações na vida dos alunos, pois nesse momento tão crucial, repentino e sem
organização, tivemos o prejuízo; da falta de estrutura das escolas, dos alunos, do
não treinamento preventivo dos professores, a falta de políticas públicas na inovação
dos meios de aprendizagem e na inserção de tecnologias.

Porque o uso de celular é proibido e discriminado em sala de aula desde o


acesso massivo em meados de 2010. Mas como a forma de educar mudou
abruptamente em 2020, o acompanhamento dos alunos foi difícil, para não dizer
impossível às instituições. O rendimento caiu segundo dados do IBGE,
principalmente na educação básica, podemos medir no índice de analfabetos desses
períodos:
14

Fonte: IBGE/Pnad Contínua. Elaboração: Todos Pela Educação.

Os anos de 2020 e 2021 não foram bons anos para a educação, porque os
números de analfabetos subiu muito, se equiparando os anos dos piores tempos da
educação brasileira. Na década de 50, a educação não era essencial e nem
obrigatória, não tinha muitas escolas, por conta disso, nem todos os alunos tinha
acesso a ela, nessa década também não tinha um plano nacional de educação. É
inusitado como ficamos a merce do plano de ação nacional mais elaborado que não
veio, justamente pela falta de estrutura, e o que seria uma ação paliativa virou regra
durante o ano. Segundo esses dados, os mais prejudicados com a falta de
organização de governos estaduais e municipais e das instituições foram as crianças
pretas e pardas, pois segundo pesquisas do instituto CETIC 6 (Tecnologias da
Informação e Comunicação), em 2019, domicílios apontaram que 20 milhões de
domicílios brasileiros não possuíam internet (28% da quantidade total). Comparando
as classes, apareciam desigualdades muito expressivas: enquanto nas classes

6 Fonte: CGI.br/NIC.br, Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da


Informação (Cetic.br).
15

econômicas alta e média a presença da internet chegava a 100% em 2019, nas


classes baixa e na mais baixa o acesso caía para 50%.

Nos domicílios que possuem computador, infelizmente as desigualdades


também eram grandes: nas classes alta e média a posse de computador era um
item frequente de 85% a 95%; mas nas classes baixas a presença do computador
vai para 14%.

Nesse estudo, ainda mostra que nos anos de 2017 a 2019 o uso da internet
das classes baixas para realizar pesquisas escolares 27% e trabalhos escolares
18%, diferença é de 50% a menos em relação às classes mais altas. Essa pesquisa
evidencia uma estratificação social no acesso ao estudo e na falta de aparelhos nos
lares. Foi feito uma nova pesquisa em 2020, para verificar as mudanças no uso da
internet durante a pandemia, principalmente nas escolas.

Sobre acesso de internet nas instituições de ensino:

Fonte: Pesquisa TIC Educação 2020.


16

Mas mesmo com acesso à internet nas escolas que fora fundamental para os
professores utilizarem para aulas online, poucas as escolas tinham espaços
preparados como laboratórios, salas de pesquisas, ou inovações para recorrer à
internet. Apenas 21% das escolas (públicas e privadas) ofereciam atividades
remotas antes da pandemia, mas a maioria não tinha acesso à internet, explicando
porque não tinham espaços e estruturação para efetuar inovações na aprendizagem.
Uma das soluções encontradas pelas escolas, foi a utilização dos aplicativos de
mensagens, visto que as escolas possuíam e-mail institucional, mas os alunos
(principalmente da educação básica) não acessam com frequência, nem tem
domínio dessa ferramenta, conforme mostra o estudo:

Infelizmente somente 50% das escolas conseguiram ter aplicativos de


mensagens institucionais, pois o que se sabe é que muitos professores tinham
contato direto com os alunos com a criação de grupos, mas sem a mediação da
escola porque causa da limitação e do despreparo diante do episódio COVID-19.

Uma reportagem publicada pelo Brasil 61 7 e repostada pela página do


governo brasilpaisdigital.com.br, aponta que professores mencionam a falta de
acesso dos alunos a internet. Bruno Rodrigues, professor de ensino fundamental em
uma escola pública do Distrito Federal, disse nessa reportagem: “Infelizmente tenho

7https://brasil61.com/noticias/pesquisa-do-ibge-revela-que-4-1-milhoes-de-estudantes-da-rede-
publica-nao-tem-acesso-a-internet-bras214687
17

alguns alunos que por falta de aparelho celular ou computador não tem acesso às
aulas online e, infelizmente, só tem à disposição atividades e conteúdo impresso
sem a intermediação do profissional especializado [professor].” Ele disse a respeito
do acesso ao conteúdo curricular disponibilizado pelo estado: “Além de ter que ir
atrás de contato com pais e responsáveis, estamos online 24h por dia. Por mais que
desejamos e ansiamos, não alcançamos a todos os estudantes como queríamos e
poderíamos.” Os pais foram obrigados a ser os tutores presenciais de seus filhos,
sem preparo, sem saber como dar a orientação necessária, pois sem lembrar do
conteúdo ou sem saber do conteúdo, não possuíam tempo de qualidade na maior
parte das ocasiões. A estudante Sofia Santana, 19 anos, destaca o que foi a
dificuldade de muitos alunos, ela mora em Contagem (MG) e passou pela transição
do ensino presencial para o remoto em virtude do agravamento da pandemia da
Covid-19. Segundo ela: “O que me prejudicou nessa falta de tecnologia foi a
quantidade de conteúdo vista. Sinto que atrasei muito e não consegui ver tantos
materiais para estar pronta para fazer uma prova” ela também disse que não tinha
espaço no celular para baixar os conteúdos de tantas matérias. A pesquisa do IBGE
revela que 4,1 milhões de estudantes da rede pública não tem acesso à internet, é
um número expressivo.

E quando os estudantes possuem o acesso, como conferimos no exemplo


dessa aluna, os dados se apresentam assim no Brasil em relação a equipamentos:
18

Os percentuais se equiparam no uso do telefone móvel entre os alunos. A


integração do uso de celular durante as aulas, necessita de estudo e aprendizagem.
Os diálogos e limites precisam ser respeitados, ou seja, é um letramento nesse
processo. Os espaços necessitam de modificação, a criação de novas salas, porque
a teoria pós-crítica defende a criação de liberdade ao aluno, na desconstrução da
forma e do aspecto do ambiente da sala de aula, além de muitas considerações
diante desse tema.

No entanto, mudanças requer investimento, e segundo a matéria publicada


pelo O Globo8, seis meses atrás, que aproximadamente 21 bilhões poderão ser
tirados da educação; as estimativas foram feitas pelo Comitê Nacional de
Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito
Federal (Comsefaz) e pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação
(Undime). Visto que a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei

8https://oglobo.globo.com/brasil/educacao/noticia/2022/06/mudanca-no-icms-pode-tirar-ate-r-21-
bilhoes-da-educacao-diz-estimativa.ghtml.
19

Complementar que prevê um teto de 17% na alíquota para o ICMS cobrado sobre os
combustíveis e a energia elétrica, limite menor que o praticado em muitos estados.

O projeto foi sancionado no senado. Luíza Teixeira, vice-presidente da


Undime representando o Nordeste e secretária de educação em Crateús (CE) disse:

“Vai faltar para custeio e investimento. Os municípios vão ter que continuar
honrado com o salário dos profissionais, que teve um aumento de 33%
nesse ano. Não vai ter dinheiro para o custeio, que é a água, a energia, a
internet, as reformas, e o investimento, que é a compra de materiais
didáticos, de equipamentos de informática, reforma e ampliação das
unidades escolares, de mobiliário.”9

O orçamento precisa ser recomposto. Porque o déficit é alto, pois a


defasagem na educação foi prejudicada pela pandemia, o investimento aplicado na
educação não teve o retorno esperado durante o lockdown. O motivo talvez tenha
sido má administração ou talvez faltou liderança hábil para coordenar os gastos nos
lugares certos e sim, trata-se de investimento por a educação ser um bem nacional,
todo conhecimento que advém da educação é inestimável. Portanto, investimos nas
crianças, nos adolescentes e nos jovens da nossa nação para salvar o nosso futuro
por meio deles pela liberdade deles.

9https://oglobo.globo.com/brasil/educacao/noticia/2022/06/mudanca-no-icms-pode-tirar-ate-r-21-
bilhoes-da-educacao-diz-estimativa.ghtml.
20

2.3 PROPOSTA DE CURRÍCULO INOVADOR

Após o momento obscuro que viveu o ensino mundial, novas perspectivas


surgiram para a solução dos problemas dessa era, e no âmbito do currículo, que
depende e requer investimento para novos programas e projetos para
implementação, deve-se considerar que:

Por sua natureza aberta, configuram uma proposta flexível, a ser


concretizada nas decisões regionais e locais sobre currículos e sobre
programas de transformação da realidade educacional empreendidos pelas
autoridades governamentais, pelas escolas e pelos professores. Não
configuram, portanto, um modelo curricular homogêneo e impositivo, que se
sobreporia à competência político-executiva dos Estados e Municípios, à
diversidade sociocultural das diferentes regiões do País ou à autonomia de
professores e equipes pedagógicas. (BRASIL, 1997, p. 13).

A boa notícia é que um problema ignorado e que poderia ser muito maior no
futuro, hoje é necessidade primordial nas escolas. Segundo a mestra em educação,
Rozana Maria de Lima10, a questão financeira das famílias impacta diretamente na
questão educacional e deveria existir, por parte do governo, um suporte tecnológico
para cada residência, de forma que o acesso ao ensino chegue a todos, ela diz:

“O acesso à internet também poderia ser um eixo a ser estudado


futuramente para atender as famílias de baixa renda. Mas quando é
prestado um suporte ou um auxílio que possibilite fazer essa inclusão
digital, viabilizando pelo menos a compra de um celular por residência, o
impacto já é amenizado. Pois o cenário da comunicação é estendido,
ajudando de alguma forma, tanto na inclusão digital do estudante quanto na
das famílias”

Em comparação com a sugestão da Rozanna que visa uma política de acesso


a recursos. A ideia mais macro desse trabalho visa os alunos de lugares longes de
centros, que vivem a maioria do dia fora da escola (mesmo as escolas integrais),
defende a criação de locais como a escola ou um espaço extra-escolar, abertos para
pesquisas, consultas e estudo, fora do horário aulas.
Esses direitos deviam ser garantidos, nesse projeto as instituições de ensino
precisam dar mais autonomia para os alunos, ou seja, mais direitos, mais deveres.
Hoje a maioria das escolas já tem internet via wi-fi, os celulares precisam ser
utilizados pelos profissionais do ensino. Mas com isso, devemos considerar a
sugestão da Rozanna para o atingimento da equidade dos alunos.

Nesse mês de novembro de 2022, o MEC lançou oficialmente o ensino


híbrido para todo o país, essa implementação se alia à política nacional para a
recuperação da educação básica, disse o secretário Rabelo 11: “Hoje podemos
considerar uma virada de chave na transformação de paradigma no ensino médio,
com a Rede para Educação Híbrida. Temos a convicção de que essa entrega fará

10https://brasil61.com/noticias/pesquisa-do-ibge-revela-que-4-1-milhoes-de-estudantes-da-rede-
publica-nao-tem-acesso-a-internet-bras214687.
11https://brasilpaisdigital.com.br/mec-lanca-oficialmente-a-rede-de-inovacao-para-educacao-hibrida-
em-todo-o-pais/.
21

diferença na vida dos jovens brasileiros. A experiência de outros países com esse
modelo nos mostra que estamos no caminho certo.”, afirmou que o objetivo é trazer
a igualdade na educação para os jovens. Deverá ser implantado até o fim de
dezembro desse ano.

Com novos projetos, o investimento também deve aumentar com um projeto


de lei que foi sancionado, de modo a sanar o déficit da FUNDEB, pois segundo o
anúncio a criação do ICMS da educação. O valor específico será todo repassado
para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica, pela nova lei
se estabelece um sistema mais dinâmico para o repasse dos recursos provenientes
do ICMS.

No qual, os municípios que mais apresentam melhorias no desempenho


educacional ao longo dos anos, segundo os indicadores estabelecidos na legislação,
recebem 13 p.p. dos 35% previstos na cota municipal. Esse novo recurso é válido
somente em São Paulo, segundo o portal do estado. Com novos investimentos
deve pensar agora em inovar, dar acesso a novas ferramentas aos alunos, cursos
para os professores. Visando as mudanças do mercado de trabalho, sendo cada vez
mais digital. O letramento digital é parte inerente ao processo de inovação
tecnológica no currículo.

Referência: popk.com
22

Segundo Angela Bustos Kleiman12, na publicação da instituição Pitágoras


Ampli sobre educação digital:

“O letramento é complexo e abrange mais do que uma habilidade ou uma


competência do sujeito que lê. É um processo que envolve diversas
capacidades e conhecimentos em relação à leitura de mundo, o qual se
inicia quando a pessoa começa a interagir socialmente com as práticas de
letramento e o meio em que vive.”

Ainda nessa publicação ressalta que a “formação de cidadãos plenos e


conscientes na era digital depende do bom uso da internet e das ferramentas e
recursos tecnológicos disponíveis.” O acesso á informação é um direito democrático,
há a exigência de disponibilização para estudantes, quanto antes, para que eles
consigam adquirir pensamento crítico para avaliar informações, utilizar ferramentas,
criar conteúdos que visam a manutenção da democracia.
Na contemporaneidade, tudo é muito recente na pós-pandemia. É preciso
fazer tentativas, mesmo sem grandes mudanças externas na base nacional
(exemplo). Deve-se mudar visando averiguar se a raiz da estratificação será morta
ao menos na área do ensino. Existe muito campo nesse tema, não vamos nos
esconder no comodismo. Pois hoje o básico não é acessível em muitos locais,
portanto, se o ensino básico não for priorizado com fortes mudanças no currículo e
nas leis de investimento para se tornar um exemplo a ser seguido, ressaltamos não
haver prioridade para o futuro de nossas crianças e jovens. Mas esse trabalho se
preocupa com exatamente isso com o que nos espera lá na frente.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

É preciso considerar que as dificuldades recentes de novas modalidades de


ensino, podem ser superadas com as boas notícias para o investimento que já
temos e ainda teremos a partir de 2023, a observação dessa pesquisa almeja

12https://aliancapelaeducacao.com.br/component/content/article/157-educacao-publica/616-a-
importancia-da-educacao-digital-no-ensino-contemporaneo?Itemid=849.
23

detalhar onde erramos em 2020 e onde devemos direcionar o nosso olhar e os


nossos esforços. Ressaltar o dever dos direitos iguais a dispositivos e acesso à
internet para a rede pública.

Precisamos aprender como os dispositivos móveis afetam os alunos


(principalmente da educação básica), podendo trazer malefícios ou se estivermos
dispostos a educar a nova geração com o que há de melhor para extrair dessas
oportunidades tecnológicas, a inovação na forma de ensino será uma porta para a
aprendizagem. Segundo a advogada especializada em Direito Digital e Proteção de
Dados, sócia e CEO da Opice Blum Academy, Alessandra Borelli:

“Não é sobre o permitir ou proibir, mas sobre aprender para ensinar, sobre
fazer o certo, do jeito certo. É sobre aprender como estabelecer uma
relação consciente e segura com as novas tecnologias e um verdadeiro
relacionamento com as pessoas. É sobre o compromisso de desfrutar
somente daquilo que é útil do virtual, dedicando o tempo e atenção
merecidos para o bem viver e muito bem viver o real. Não é nos contra eles
e as telas, mas nós com eles para aprenderem a tirar o melhor e mais
seguro proveito delas”

A estratificação social escolar será vencida, (ao menos diminuída) se


solucionada da maneira certa; com investimentos bem aplicados, pensamento alto,
acreditando em novos meios de acessar o conteúdo curricular, aplicando as teorias
recentes que ressaltam o espaço escolar como lugar transformador, a aprendizagem
como um bem para o pensamento crítico, para uma sociedade livres de amarras,
com construtivismo e liberdade democrática. O que nos espera lá na frente? A
bússola do ensino está encarregada a nos dizer.

REFERÊNCIAS

SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de Identidade: Uma introdução as teorias


do Currículo. 2ª Edição. Belo horizonte, Autentica 2005.
24

BRASIL. Secretaria De Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares


Nacionais: Introdução Aos Parâmetros Curriculares Nacionais /Secretaria De
Educação Fundamental, Brasília: Mec. /Sef,1997.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de


Dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em: 28. Nov. 2022.

SAVIANI, Nereide. Currículo – Um grande desafio para o professor. São Paulo.


Revista de educação, 2003. pp. 35-38.

MACEDO, Roberto Sidnei. Currículo: campo, conceito e pesquisa. Editora:


VOZES, 2007, p.13.

MACEDO, R. M. Direito ou privilégio? Desigualdades digitais, pandemia e os


desafios de uma escola pública. Artigo. Universidade de São Paulo, São Paulo,
2021.

Gráfico: fonte IBGE.Cnso demográfico 1940/2010.


<http://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/11/ibge-indica-que-analfabetismo-cai-menos-
entre-maiores-de-15-anos.html> - Acesso em: 05. Dezembro. 2022.

<https://inee.org/pt/eie-glossary/curriculo-oculto> INEE. (2010). Guidance Notes on


Teaching and Learning. Acesso em: 07. Dezembro. 2022.

Gráfico: IBGE/Pnad Contínua. Elaboração: Todos Pela Educação.


<https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/numero-de-criancas-brasileiras-que-nao-
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Centro Regional De Estudos Para O Desenvolvimento Da Sociedade Da


Informação. Pesquisa TIC Domicílios 2019: principais resultados. 2019.
Disponível em:
<https://cetic.br/media/analises/tic_domicilios_2019_coletiva_imprensa.pdf>. Acesso
em: 05 dez. 2022..

Centro Regional De Estudos Para O Desenvolvimento Da Sociedade Da


Informação. Pesquisa TIC Educação. 2020. Disponível em:
<https://www.cetic.br/pesquisa/educacao/. Acesso em: 05 dez. 2022.
25

Pesquisa do IBGE revela que 4,1 milhões de estudantes da rede pública não
tem acesso à internet.
<https://brasil61.com/noticias/pesquisa-do-ibge-revela-que-4-1-milhoes-de-
estudantes-da-rede-publica-nao-tem-acesso-a-internet-bras214687> Acesso em: 07.
Dezembro. 2022.

Novo livro “Crianças e adolescentes no mundo digital” traz orientações


essenciais para o uso seguro e consciente das novas tecnologias.
<https://brasilpaisdigital.com.br/novo-livro-criancas-e-adolescentes-no-mundo-digital-
traz-orientacoes-essenciais-para-o-uso-seguro-e-consciente-das-novas-tecnologias>
- Acesso em: 05. Dezembro. 2022.

A importância da Educação Digital no ensino contemporâneo.


<https://aliancapelaeducacao.com.br/component/content/article/157-educacao-
publica/616-a-importancia-da-educacao-digital-no-ensino-contemporaneo?
Itemid=849> - Acesso em: 10. Dezembro. 2022.

Proposta Curricular - Legislação. <http://portal.mec.gov.br/expansao-da-rede-


federal/194-secretarias-112877938/secad-educacao-continuada-223369541/13535-
proposta-curricular-legislacao>. Acesso em: 16. Novembro. 2022.

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