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Influência do TikTok nos jovens

Você se deu conta se do ano passado para cá, ou desde o início do período de
isolamento, passou a usar mais as redes sociais? E os seus filhos? É natural que com
o tempo em casa, buscar atividades fora da rotina se torne mais cansativo, então
encontrar “refúgio” nas redes sociais é uma alternativa. Mas, que tal analisar até que
ponto é saudável a exposição dos jovens a essas plataformas e também como isso
pode afetar em seus comportamentos?
Dentre as redes que mais se destacaram entre esse público foi o TikTok, um
aplicativo de compartilhamento de vídeos curtos que oferece diversos recursos de
edição, como filtros, figurinhas, dublagens e músicas. 
Dados deste ano mostram que a plataforma conta com cerca de 1,1 bilhão de
usuários ativos, sendo 32,5% jovens entre 10 e 19 anos. É importante ressaltar que a
idade mínima para criar uma conta no aplicativo é 13 anos, mas esta pode ser
facilmente burlada apenas mudando o ano de nascimento. Por isso, é imprescindível
que os pais acompanhem os pequenos, e também adolescentes, para usarem a rede
social de forma consciente e responsável.
Diferentemente do Instagram ou do Facebook, com postagens que se baseiam
principalmente em fotos e textos, o TikTok é uma rede social muito mais atrativa,
devido às suas funcionalidades. O nome do aplicativo, inclusive, tem relação com o
barulho do relógio “tique-taque”, para demonstrar a rapidez e também a vida baseada
no imediatismo.
Além de tudo isso a plataforma é bastante simples, não há uma página inicial
como o Facebook, há apenas uma visualização automática. No momento que o
aplicativo é aberto os vídeos com coreografias, exercícios, pets fofos, tutoriais já
começam a reproduzir e, assim que um vídeo termina, começa o próximo. 
Dessa forma, a influência dos jovens no TikTok é que eles acabam passando
muitas horas consumindo esse conteúdo ou produzindo para a plataforma, sem se dar
conta do tempo despendido nessa atividade. Outro risco é que meninas de 13, 14
anos podem ser sexualizadas e expostas, o que gera impacto direto na sua
autoestima e autoconfiança. E ainda, os jovens podem estar em contato com
desconhecidos, terem acesso a conteúdos inadequados e, assim, estarem suscetíveis
a cyberbullying.
Hoje em dia, os jovens são os mais ativos nessa rede social, utilizando-a para
se expressar ou em busca de fama e número de curtidas em seus posts. O
reconhecimento social, a aprovação dos amigos, ser bem visto e fazer novas
amizades também são motivos que atraem os adolescentes.
Para reverter esse cenário, não é indicado proibir o uso do aplicativo, mas
direcionar e monitorar. Além disso, é fundamental os pais manterem uma relação de
diálogo com os filhos, com orientações sobre privacidade, como não revelar e postar
informações pessoais. Outra dica aos pais é não permitir que o jovem se isole no
quarto com computador, smartphone, tablet ou celular; o uso deve ser em áreas
comuns da casa. Assim, irão lidar melhor com os perigos da internet e poderão
desfrutar de sua privacidade de forma consciente.

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