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ENEM: A necessidade de controlar a dependência digital dos jovens brasileiros

Em 2017, o chamado “jogo da Baleia Azul” tomou conta das mídias e redes sociais. A brincadeira
consistia em uma série de desafios que levavam consigo práticas de automutilação como seu
principal foco, sendo seu desafio final atentar contra outras vidas ou cometer suicídio. Tal
fenômeno se popularizou entre os jovens e crianças da época, uma vez que acessavam a
internet como forma de se distrair e fugir de sua vida cotidiana, aceitando participar destes
desafios com o intuito de distrair-se e ter a atenção das pessoas a sua volta, causando várias
mortes e acarretando em problemas psicológicos para os adolescentes que se envolviam e
sobreviviam desta disputa.

Muito se discute na sociedade atual a necessidade de se “desconectar” do mundo digital como


forma de tratamento a diversas doenças. A saúde mental normalmente é a mais afetada quando
se trata do mundo “online”. A comparação com vidas distintas da sua realidade, a oferta
descontrolada de produtos e serviços que prometem mudanças em sua aparência e vida,
acabam sendo grandes culpados não só pela dependência digital mas também por o aumento
significativo dos casos de ansiedade e depressão entre os jovens brasileiros. Uma vez que se
sintam tentados e confortáveis a permanecer no ambiente digital, lugar em que são ,em teoria,
livres e verdadeiramente satisfeitos.

Jovens e crianças estão entrando em contato com a tecnologia cada vez mais cedo, podendo
dificultar seu processo de formação social e intelectual. Estima-se que adolescentes e crianças
entre 3 a 18 anos passem, em média, cerca de quatro horas em frente aos dispositivos
eletrônicos. O tempo de tela dos brasileiros têm aumentado todos os anos chegando a utilizar,
em média, cerca de nove horas de seu dia em computadores e smartphones.

Cada vez mais tem-se criado propostas para diminuir o tempo de tela gasto por jovens e
crianças. Propostas como a inserção destas crianças em atividades em sua comunidade, prática
do esporte e atividades artísticas são grandes apostas para que os jovens se relacionem com
outras pessoas e reflitam sobre as próprias capacidades e sentimentos. É recomendado que os
pais e familiares destas crianças e adolescentes evitem apresentar as telas tão cedo para seus
filhos e criem ambientes e situações dinâmicas em família, como refeições longe das telas de
televisão e de seus smartphones, atividades ao ar livre e momentos de lazer que não seja
necessária a utilização de internet, para que o jovem e a criança sinta-se menos dependente, a
vontade e contente fora do ambiente digital.

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