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RESUMO
Este artigo tem o objetivo de discutir sobre as políticas educacionais no que
tange à formação de professores para Educação Básica no Brasil, no espaço
temporal de cinco anos (2015-2020). A abordagem metodológica adotada é de
pesquisa documental, buscando problematizar o aporte teórico-metodológico
que sustenta as políticas no campo da educação, observando o impacto dessas
na docência, no currículo e no desenvolvimento profissional de professores. O
percurso desenvolvido na investigação foi traçado a partir do pressuposto da
pesquisa qualitativa/ documental, a qual possibilitou discutir três eixos: os
aspectos conceituais sobre currículo, a nova Base Nacional Comum Curricular,
a Resolução (CNE/ CP 02/ 2019) e as políticas educacionais. A formação de
professores no Brasil é parte de uma realidade concreta que perpassa pelas
políticas educacionais, cujos impactos reverberam no currículo, nos cursos e
programas específicos de formação. É atual e relevante discutir sobre as
políticas educacionais no que tange à formação de professores para educação
básica no Brasil, em que a análise documental demonstra a importância de
uma formação docente comprometida com uma educação de qualidade. Isso
implica adoção de um currículo crítico na formação inicial para que o professor
possa fazer uma leitura transformadora das questões ideológicas e as
influências dos movimentos neoliberal e do neoconservador nas políticas
públicas educacionais no Brasil.
PALAVRAS-CHAVE: Base Nacional Comum Curricular. Currículo. Formação de
professor. Políticas educacionais.
ABSTRACT
ABSTRACT: This article aims to discuss a period of five years (2015-2020) of
educational policies regarding Basic Education Teachers Training in Brazil. The
methodological approach adopted is the documental research with the
objetive of problematizing the theoretical framework of the policies in the field
of Education and observing the impact of these policies on teaching, teacher
training, and on the curriculum. The path developed in the investigation
was based on the assumption of qualitative/documentary research, which
made it possible to discuss three axes: the conceptual aspects of the
curriculum, the new National Curricular Common Base, the Resolution (CNE/CP
02/2019) and the educational policies. Teacher training in Brazil is part of a
concrete reality that permeates educational policies, whose impacts
reverberate in the curriculum, courses and specific training programs.
Discussing the policies regarding Basic Education Teacher Training is important
if one is committed to Educational Quality. This implies the adoption of a
critical curriculum since initial training so that the student-teacher is able to
make a transformative reading of ideological issues and the influence of
neoliberal and neoconservative movements in public educational policies in
Brazil.
KEYWORDS: Common National Curriculum Base; Resume; Teacher Training;
Educational Policies.
INTRODUÇÃO
2 Meta 15: garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PNE, política nacional de formação
dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do artigo 61 da Lei
nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e as
professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em
curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam. Meta 16: formar, em nível
de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos professores da educação básica, até o
último ano de vigência deste PNE, e garantir a todos (as) os (as) profissionais da educação
básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades,
demandas e contextualizações dos sistemas de ensino. Meta 17: valorizar os (as)
profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a equiparar seu
rendimento médio ao dos (as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o
final do sexto ano de vigência deste PNE. Meta 18: assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a
existência de planos de carreira para os (as) profissionais da educação básica e superior
pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de carreira dos (as) profissionais da
educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional,
definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do artigo 206 da Constituição Federal.
5 (...) a Educação Básica deve visar à formação e ao desenvolvimento humano global, o que
implica compreender a complexidade e a não linearidade desse desenvolvimento,
rompendo com visões reducionistas que privilegiam ou a dimensão intelectual (cognitiva)
ou a dimensão afetiva. Significa, ainda, assumir uma visão plural, singular e integral da
criança, do adolescente, do jovem e do adulto – considerando-os como sujeitos de
aprendizagem – e promover uma educação voltada ao seu acolhimento, reconhecimento e
desenvolvimento pleno, nas suas singularidades e diversidades. Além disso, a escola, como
espaço de aprendizagem e de democracia inclusiva, deve se fortalecer na prática coercitiva
de não discriminação, não preconceito e respeito às diferenças e diversidades. (BRASIL,
2017, p. 12).
6 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico,
social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e
colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 2. Exercitar a
curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a
investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar
causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções
(inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 3. Valorizar e
fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também
participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. 4. Utilizar diferentes
linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e
digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para
se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes
contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 5. Compreender, utilizar
e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa,
reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar,
acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer
protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 6. Valorizar a diversidade de saberes e
vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem
entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício
da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e
responsabilidade. 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para
formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e
promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em
âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si
mesmo, dos outros e do planeta. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e
emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as
dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. 9. Exercitar a empatia, o
diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o
respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de
indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem
preconceitos de qualquer natureza. 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia,
responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em
princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. (BRASIL, 2017, p. 7-8).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
2020.
PERONI, V. Breves considerações sobre a redefinição do papel do Estado. In: Política
educacional e papel do Estado: no Brasil dos anos 1990. São Paulo: Xamã. 2003. p. 21-
134.
PINHEIRO, Geslani Cristina Grzyb. Teoria curricular crítica e pós-crítica: uma
perspectiva para a formação inicial de professores para a educação básica. ANALECTA
Guarapuava, Paraná v.10 n. 2 p. 11-25 jul./dez. 2009. Disponível em:
https://core.ac.uk/download/pdf/230452089.pdf. Acesso em: nov. 2020.
SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do
currículo. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.
VEIGA NETO, Alfredo. De Geometrias, Currículo e Diferenças. Educação e Sociedade,
Dossiê Diferenças, Campinas, n° 79, 2002. Disponível em:
https://www.scielo.br/pdf/es/v23n79/10853.pdf Acesso em: dez. 2020.