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PIBID- Segundo encontro de Julho (13/07)

Discentes- Expedito Rikelsson; Gabriela Rodrigues; Mikaelly Pires

Síntese sobre o artigo intitulado “Políticas de Formação de Professores no Brasil, pós


LDB 9.394/96”

Introdução.

O texto tem o foco na análise de documentos elaborados em âmbito federal que orientaram a
formação de professores no Brasil (e as políticas de formação), assim, primordialmente
esclarece alguns conceitos sobre o campo de pesquisa de políticas educacionais. O artigo
então define conceitos de: política; análise de políticas; políticas públicas e política
educacional.
O conceito de "política" gira em torno da tomada de decisões e ações que implementam
valores.
A "análise de políticas" envolve entender o que os governos fazem, por que o fazem e o
impacto que isso tem. Ele aborda as demandas da sociedade que exigem soluções dos
formuladores de políticas.
A "política pública" pode ser vista em várias áreas que moldam uma sociedade, incluindo
educação, saúde, habitação, agricultura e transporte. A "política educacional" requer
especificamente uma compreensão das ciências políticas para compreender suas
características.
Para a compreensão de “política educacional”, exige-se o esclarecimento anterior do conceito
policy sciences ( na atualidade policy science envolve a análise de/sobre políticas) para que
se tenha uma visão correta das características que acompanham esse tipo de política.
Após discorrer sobre os termos e definições do âmbito da política, o artigo expõe críticas
sobre o mesmo tema, a descontinuidade das políticas educacionais devido aos debates
históricos sobre os recursos financeiros e o fator das constantes reformas introduzidas por
diferentes representantes políticos, levando a mudanças em "zigue-zague" ou "pêndulo" como
diz metaforicamente.
PART 2

Inicialmente, para pesquisar sobre a formação docente, é necessário o saber que possibilita
ao pesquisador interpretar os diversos documentos legais, relacionando-os com seus devidos
períodos políticos, sociais e econômicos. Com a chegada da LDB 9394/96, esse estudo
ganhou novas perspectivas, sendo, finalmente, valorizado; portanto, denotando a necessidade
da discussão das problemáticas educacionais brasileiras, que traz, desde sua genealogia, a
falta de importância formativa dos docentes.
Em consonância disso, com o objetivo de melhorar o ensino, principalmente o magistério, a
Lei nº 10.172 de 09/01/2001, que instituiu o Plano Nacional de Educação (PNE), nasceu, por
conseguinte dos diversos diagnósticos que trouxeram problemas na qualidade da educação
nacional. A partir desse momento, o MEC surgiu como uma ferramenta para a estruturação
de um ensino superior, ressaltando o dever moral do magistério como uma das etapas
fundamentais para a aquisição de tal objetivo.
Dentro do artigo, o autor definiu algumas adversidades relacionadas a essa deficiência
educacional, que são: a falta de preparo, a falta de valorização do magistérios, que, no
contexto brasileiro, carregou um teor tradicional que não cabia no contexto do século XXI; as
condições institucionais também foram colocadas como barreira de um ensino primoroso,
colocando a formação atrelada ao entendimento da realidade escolar.
Em 2001, diante das eventuais mudanças, o MEC estabeleceu as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, que objetivaram, como
justificativa pela internacionalização da economia nacional, a promoção de profissionais
qualificados - no caso, docentes do ensino básico, com a chegada de uma maior incidência de
cursos de licenciatura.
Posteriormente, em 2005, os cursos de Pedagogia adquiriram suas próprias diretrizes, com a
chegada das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia. Esse documento
previu uma análise organizacional do curso, estruturando-o por completo. Além disso,
ampliaram-no para educação básica, profissional e infantil. Entretanto, os cursos de
pedagogia, como autor exemplifica, têm diversos conteúdos teóricos; porém, uma pouca
margem para o conhecimento prático, o que denota-se uma incoerência com a LDB, que
pretendia estabelecer ao docente o conhecimento do magistério. Desse modo, especialistas
apontam dificuldades na implementação das diretrizes, devido à falta de uma estrutura
padronizada nas instituições de ensino e ao predomínio do período noturno para o curso.
Por conseguinte, o presente artigo apresenta três encaminhamentos de políticas educacionais
implementados pelo Governo Federal com o objetivo unir esforços com a sociedade civil
para a melhoria da educação, os quais são eles: o Plano de Metas Compromisso Todos pela
Educação (Decreto nº 6.094/2007), o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e a
Portaria Normativa nº 10/2007, que instituiu a Provinha Brasil. Logo percebe-se uma maior
participação da sociedade civil e principalmente do setor privado na elaboração de políticas
educacionais.
Sob esse viés, pode-se destacar o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), como um
importante mecanismo para o incentivo da formação inicial e continuada para os docentes,
tendo em vista a criação da Universidade Aberta do Brasil (UAB), que oferece cursos de
nível superior para docentes, bem como formação continuada para os mesmos. Além disso,
outro programa destacado pelo artigo é o PIBID, que incentiva a formação inicial dos
professores, o programa é vinculado a CAPES e ao Governo Federal, que surgiu em 2007
com vista a fomentar a iniciação à docência de estudantes das instituições federais de ensino
superior. Desse modo, o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID)
pode ser considerado um programa inovador que busca fortalecer as conexões e colaborações
entre as instituições de ensino superior (IES) e o sistema educacional, incluindo escolas e
professores, ao mesmo tempo em que incentiva a formação inicial de estudantes das IES para
atuarem na educação básica. O PIBID tem como objetivo principal promover a iniciação à
docência, proporcionando aos estudantes a oportunidade de vivenciar a prática pedagógica e
desenvolver habilidades como futuros professores. Essa iniciativa visa aperfeiçoar a formação
de docentes e contribuir para a melhoria da qualidade da educação no país.
Em conclusão, o artigo destaca a intenção do Governo Federal de repensar a estrutura da
formação de professores no Brasil, buscando superar um discurso retórico e funcionalista, e
direcioná-la para um enfoque mais conectado ao processo de aprendizagem e
desenvolvimento profissional. Essa mudança envolve estabelecer uma relação mais estreita
entre os conhecimentos teóricos adquiridos na formação e o conhecimento prático da
docência, de forma a proporcionar uma prática que dê significado ao que é ensinado ao aluno.
O objetivo é promover uma formação docente mais efetiva, que prepare os professores para
enfrentar os desafios reais da sala de aula, integrando teoria e prática de maneira coerente e
contextualizada.

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