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Belo Horizonte
2017
PEDAGOGIA
RESUMO
INTRODUÇÃO
O exemplo disso foi seu reconhecimento como primeira etapa da Educação Básica, lhe
conferindo status de educação e não mais assistência social. .Com a atualização e a
revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais, o trabalho desenvolvido com crianças de
0 a 5 anos foi reconhecido legalmente com caráter educativo, definindo-se normas para
a elaboração das propostas pedagógicas das instituições de Educação Infantil.
Anteriormente, as creches e pré-escolas organizavam seu trabalho de modo próprio. De
modo geral, essa organização, era pouco sistematizada e muitas vezes fragmentada e
sem explicitação dos princípios que norteavam sua prática. As mudanças no
atendimento às crianças dessa faixa etária, em especial, a maneira de se conceber o
Currículo e o modo como organizá-lo, levantou questões que ainda são desafiadoras
para muitos profissionais da Educação Infantil.
Diante disso levanta-se a seguinte problematização: Como o currículo deve ser
compreendido na Educação Infantil ? Como podemos organizá-lo?, Quais experiências
escolares devem ser apropriadas as crianças nessa fase?”são indagações que embora
nem sempre percebidas no âmbito da discussão, são perceptíveis na prática educativa
dos autores e executores no cotidiano escolar.
Assim, o presente trabalho justifica-se pela necessidade de se compreender o
conceito de Currículo percebendo a sua articulação com os elementos constituintes da
Proposta Pedagógica da instituição de Educação Infantil. Compreender o Currículo
contribui para a reflexão crítica de uma prática pedagógica mais coerente e intencional
entre aquilo que se acredita e o que se faz. Tendo em vista que toda instituição
educativa precisa comprometer-se com sua prática educativa, a fim de promover uma
educação de qualidade. Não podemos desconsiderar que a criança, no seu dia a dia,
desde o momento que chega a escola, vivencia experiências diversas, positivas ou
negativas que irão interferir diretamente na sua constituição enquanto sujeito. Por isso, é
imprescindível que essas experiências sejam pensadas e planejadas. Nesse sentido,é
fundamental que seus profissionais tenha consciência da Proposta Pedagógica da
instituição onde trabalha para desenvolver uma prática coerente com essa proposta.
O presente artigo trata-se de uma revisão de literatura, centrada nas contribuições de
alguns em autores que investigam o tema,como: Moreira e Candau (2006),SALLES e
FATIMA (2012),Moreira e Silva “(1997),bem como alguns documentos e a legislação
vigente: Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil – RCNEI (1998),
CNE/CEB n. 20/09 de da Resolução CNE/CEB n. 05/09, que definem as DCNEI –
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil e as Proposições
PEDAGOGIA
2. DESENVOLVIMENTO
Diante desse novo olhar sobre o currículo, que enfatiza mais “experiências” do que
“conteúdos”, dirigimos nossa atenção neste trabalho, para o Currículo na Educação
Infantil, buscando compreender algumas questões que ainda são desafiadoras para
muitos profissionais da educação, especialmente quando se diz respeito a prática
educativa no cotidiano escolar na Educação Infantil. Entender “como o currículo deve
ser compreendido na Educação Infantil”, como organizá-lo, “quais experiências
escolares devem ser apropriadas as crianças nessa fase” e “como concretizá-lo no
cotidiano da escola” são indagações que embora nem sempre percebidas no âmbito da
discussão, são perceptíveis na prática educativa dos autores e executores no cotidiano de
muitas instituições escolares. Buscar respostas para estas questões é fundamental para
uma prática pedagógica coerente, intencional e consistente, que visa proporcionar aos
alunos uma educação de qualidade.
A educação proposta nas pré-escolas tinha como característica preparar a criança para
ingressar no Ensino Fundamental, apoiando se em atividades mecânicas e a práticas
descontextualizadas.
cada instituição, seu contexto social, as características e expectativas de cada grupo que
compõe a sua comunidade escolar.
Diante disso, abro aqui um parênteses para ressaltar que, considerando a complexidade
que envolve a elaboração do Currículo, é imprescindível que haja a participação de
todos neste processo. Pais e familiares, crianças, professores, profissionais das diversas
instancias da escola, comunidade, precisam participar, expressando opiniões e
expectativas quanto ao currículo escolar.
Existem alguns autores como: Jean Piaget, Vygotsky, Wallon, por exemplo, que
discutem teoricamente essas visões. Do ponto de vista legal, as DCNEI orientam as
instituições a elaborarem suas Propostas Pedagógicas referenciadas em alguma
concepção.
“A criança como todo ser humano é um sujeito social e histórico e faz parte de uma
organização familiar que está inserida em uma sociedade, com determinada cultura,
em um determinado momento histórico. É profundamente marcada pelo meio social
em que se desenvolve, mas também o marca.” (Brasil, 1998, p. 21-22).
Considerar a criança como sujeito é compreender que elas têm desejos, inquietações,
opiniões, saberes. Que elas são capazes de criar, de agir, de interagir , de raciocinar, de
expressar e decidir. É considerar que essas relações são dialógicas e contribuem para o
desenvolvimento tanto da criança quanto do adulto com quem ela se relaciona.
Reconhecer a criança como sujeito social e histórico é entender que seus desejos,
opiniões, inquietações, capacidades de agir e decidir, são construídos historicamente na
cultura do meio social em que ela está inserida. É refletir sobre qual tipo de sujeito
queremos formar: um sujeito critico, capaz de agir na sociedade transformando-a, ou um
sujeito passivo a subordinação das classes dominantes:.
Por isso, na Proposta Pedagógica essas concepções devem ser descritas de forma clara,
pois a partir da compreensão da criança que se deseja formar serão fundamentadas todas
as ações pedagógicas. Assim, uma proposta que considera as crianças como seres plenos
em seu tempo, com capacidade de compreender o mundo a seu próprio modo,
atribuindo-lhe significados, orientarão a sua prática propondo situações de
aprendizagem onde a criança seja a protagonista. Os professores que compreendem as
crianças como sujeitos competentes buscam na vivência cotidiana, adotar uma postura
de efetiva escuta, tentando entender como elas estão pensando, os conhecimentos que
PEDAGOGIA
É preciso ter em mente que o foco do seu trabalho é a criança, e não nas atividades que
se propõe. Para isso, Lima (2013) pontua ser necessário desenvolver uma metodologia
de coleta de informações, que passa pela observação atenta e pela pesquisa. Com
relação a ouvir histórias, por exemplo, o professor deve se perguntar:: as crianças
apreciam ouvir histórias e manusear livros: que tipo de histórias as crianças gostam
mais: o que fazer para despertar ou ampliar o interesse por leituras. Pensar dessa forma
é reafirmar a dinamicidade e flexibilidade do currículo, afirmando que a criança está em
constante processo de formação.
Assim, entendemos que a forma como uma instituição de Educação Infantil concebe a
criança, nos seus aspectos físicos, psíquicos, biológicos, sociais e culturais, determina a
maneira como organizará o seu currículo.
No seu artigo 9, essas Diretrizes definem que as praticas pedagógicas que compõem a
proposta curricular da Educação Infantil tenham como eixos norteadores, as interações e
as brincadeiras, garantindo experiências que:
Buscando compreender como uma instituição de Educação Infantil pode organizar seu
Currículo, diante de várias possibilidades, exemplificamos neste trabalho, a organização
do Currículo por “campos de experiência”, sugerido por FARIA e SALLES ,(Currículo
na Educação Infantil – Dialogo com os demais elementos da Proposta Pedagógica,2.ed.
São Paulo,2012). Acreditamos que tal organização, é coerente com as Diretrizes legais,
pois valorizam, em sua prática pedagógica, os eixos: interação e brincadeira.
Por isso, é fundamental que as formas de trabalho do professor sejam coerentes com as
concepções que foram definidas na Proposta Pedagógicas da instituição. O professor
precisa buscar continuamente estratégias que condizem com essas concepções,
promovendo o desenvolvimento integral das crianças.
cotidiana com um grupo de crianças e que vão sendo modificadas nas diferentes
situações com as quais o professor e a criança se defronta”. (pg.185)
Diante de tudo que vimos sobre o Currículo, em como ele dialoga e articula com os
demais elementos de uma Proposta Pedagógica, podemos considera-lo como o coração
de uma instituição. Sendo assim, é imprescindível que todos os envolvidos no processo
educativo tenham pleno conhecimento dele.
4 Considerações finais
REFERÊNCIAS