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INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA
Na forma da lei o teor equitativo busca promover uma igualdade no que tange as
oportunidades, espelhando-se em práticas adequadas para que os corolários expressem valor
positivo frente as individualidades encontradas dentro da diversidade, tencionando a inclusão,
para a efetivação das inúmeras possibilidades sociais.
No corpo da regulamentação observa-se um crescente e significativo aumento de
matrículas da Educação Especial, mais especificamente, 79,8% no período de 2008 a 2019
(BRASIL, 2020). Diante da pesquisa estatística educacional do Censo Escolar de 2019, 87,2%
dos educandos público alvo da Educação Especial foram matriculados em classes comuns
(BRASIL, 2020). Vale destacar que a estatística cerca apenas as matrículas, que pode ser
justificada pela política de “Educação Inclusiva” derivado de um programa nacional de 2007
que incentivou a matricula nas escolas públicas, como conjunto de medidas para a
universalização da Educação Básica. (KASSAR, SERAFIM e FRANÇOSO, 2013).
Ainda o documento reitera que para garantir o direito subjetivo à educação, faz-se
necessário assertivas inclusivas e não somente ao direito à matricula, nesse contexto é
possível apontar que a qualidade da escolarização deve ser colocada em xeque,
principalmente aos educandos que não estão matriculados em escolas regulares, mais
reciprocamente 12,8%, podendo ser justificado pela falta de possibilidades adequadas, frente
as singularidades (BRASIL, 2020).
Escoltando os dados frente o público-alvo da Educação Especial, nota-se que,
consequentemente será visto aumento de demandas significativas diante das possibilidades de
aprendizagens, almejando um apoio especializado capacitado. A luz das necessidades
individuais diversas deve-se considerar fatores que vão além dos fatores pedagógicos,
exemplificando razões globais e específicas que podem vir acomodados aos diagnósticos
desses educandos, como aporte físico e motor, intelectual, visual, bem como a comunicação e
percepção, podendo afetar esses sujeitos complementando suas necessidades. (DURCE et al.,
2006).
Refletindo sobre a problemática envolvente à Educação Especial cabe destacar os
atores que fazem parte de toda essa paisagem formativa heterogênea, sendo profissionais que
estão adentro às unidades escolares exercendo funções que cercam funções pedagógicas, bem
como atividades de auxílio a necessidades específicas como higiene e locomoção. A educação
se faz em conjunto, isso já é sabido, porém os professores são os agentes principais
responsáveis ela caracterização dos processos de ensino-aprendizagem desses alunos. Diante
de tal fato a Resolução CNE/CBE nº 2 de 2001 (BRASIL, 2001), no art. 8º, Item I, define que
as escolas da rede regular de ensino deverão prever e promover, na organização de suas
classes comuns, “professores de classe comum e de educação especial, capacitados e
especializados respectivamente”, para o atendimento as necessidades educacionais.
É nesse contexto que se espera ampliar a pesquisa do presente texto, uma vez que, tão
importante quanto identificar e conhecer os educandos da Educação Especial é explanar os
protagonistas responsáveis pela escolarização dos indivíduos dessa modalidade e suas
potencialidades científicas a serem aplicadas cotidianamente. A PNEE aponta que apenas
5,8% dos professores que atuam na Educação Especial em território nacional, constituíram
formação adequada para atuação (BRASIL, 2020).
Conspirando frente as informações verificam-se que a formação desses professores
pode ser um fator favorável ao crescimento de barreiras frente aos processos de ensino e
aprendizagem de educandos com deficiência, uma vez que a formação deve ser exigente
frente as especificidades individuais do alunado, onde a especialização deve servir para
atender diversas facetas da diversidade. (KASSAR, 2014).
Com a “Década da Educação” instituída pela LDB- Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Brasileira (LDB 9394/96) que foi aprovada em 20 de dezembro de 1996 o cenário
educacional em todos os níveis da educação fora alterado, ganhando mais visibilidade frente
as responsabilidades educacionais em todas as etapas da educação básica, espelhando o
presente projeto acerca da formação de professores, incumbindo formação especializada
adequada, bem como capacitação para a integração desses educandos (BRASIL, 1996).
Justifica-se então que os motivos pelos quais se esquadrinharam tal problematização,
se deram a partir de experiências no ardor laborativo, considerando as trocas presentes no
cotidiano institucional, em que muitas vezes a presença de falta de formação e capacitação, ou
ainda, uma má construção de conhecimentos frente ao público da Educação Especial, pode
levar a sucumbir as possibilidades educacionais de educandos na modalidade, que demandam
acompanhamento específico, assim como a construção desses profissionais que se mostram,
muitas vezes, despreparados, no que tange a reconhecer as normativas para atuação, bem
como suas capacidades laborais adequadas.
Para isso espera-se contribuir para uma reflexão fidedigna tomando como norte a nova
PNEE 2020 em alocução aos atores profissionais ativos junto aos educandos com deficiência.
Ao fim almeja-se apresentar justificativas acerca da formação global, buscando juntamente
com o aporte jurídico estratégias para uma construção mais significativa entre formação e
capacitação, para uma atuação adequada a heterogeneidade, posto afirmativo de que “... a
qualidade da educação é indissociável da qualidade humana dos docentes”
(SACRISTÁN,1999, p.32).
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Nota-se que as duas caracterizações apresentam nuances idênticas, entre tanto o papel
de professor especializado emerge maiores responsabilidades, principalmente no que tange a
construção do trabalho pedagógico, enquanto o professor capacitado une-se ao
acompanhamento na aplicação dessas propostas. Com essa articulação cabe ampliar a
discussão sobre quem são esses professores e como a especialização e/ou capacitação afeta
positiva ou, infelizmente, negativamente os processos educacionais da Educação Especial.
Para tal problemática as contribuições de autores que trazem além de reflexões, mas
também analisam, descrevem e discutem o que cerca as políticas de educação com foco na
Educação Especial e inclusão, bem como aqueles que expressam o debate a importância da
formação de professores se fizeram necessárias e tais deliberações revelaram o enfoque para a
abordagem a que pretende ser realizada.
Dentro dessas perspectivas buscou-se ampliar as propostas de resolução à problema
diante das contribuições, principalmente de Bueno (1999 e 2001) que retrata dois perfis de
professores, os generalistas que apresentam capacitação mínima para atuarem com educandos
inseridos na Educação Especial e o grupo dos especialistas que apresentam diferentes ciências
específicas e sistemáticas às necessidades educacionais para oferecer o suporte necessário a
esses educandos.
A atuação desse professor deve ser pensada tanto na ciência de formação quanto a sua
prática, como afirma Libâneo (2004) que propõe uma articulação reflexiva entre a teoria e a
prática. Tal afirmativa contribui para um perfil que pode ser denominado de amplo, no que
tange a união entre os conhecimentos acadêmicos e as diversas experiências que formam esse
profissional que com o transcorrer do trabalho se forja cada vez mais firme, podendo
contribuir cada vez mais com as necessidades educacionais emergentes.
Para alcançar todo esse patamar esperado a formação profissional continuada é vista
com outros olhos à capacitação, como também afirma Libêneo (2004, p.78):
OBJETIVOS
Objetivo Geral:
Referencial Metodológico
Este projeto de pesquisa é pleiteado em viés qualitativo, visto que tem como principal
objetivo analisar sobre a formação e a capacitação dos os professores da Educação Especial
atrelada as normativas da PNEE-Política Nacional de Educação Especial: Equitativa,
Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da Vida, como norteador será utilizado recursos de
cunho científico como livros, artigos e demais publicações.
A construção dar-se inicialmente com pesquisa bibliográfica, investigando inicialmente
documentos legais, bem como, publicações científicas acerca da formação de professores,
Educação Especial e inclusão, levantando as principais contribuições frente ao tema,
destacando as principais normativas atreladas ao perfil educacional atuante na modalidade
de ensino em questão.
A ferramenta para coletadas de dado será por meio de entrevista com os professores da
Educação Especial, contendo perguntas pertinentes à problemática abortada no projeto.
Espera-se propor um roteiro de entrevista semiestruturada partindo da caracterização do
profissional frente a experiência como professor da Educação Especial, percorrendo sobre a
formação acadêmica inicial e continuada, partindo para aplicação de um questionário
inferindo problemáticas frente a aplicação da legislação diante da importância e necessidade
de formação adequada para atuação profissional e as atribuições desses para as
especificidades dos atendidos. Reintegra-se que o roteiro e o questionário serão estruturados
no decorrer da construção da pesquisa, pensando em construir as interrogações a partir das
análises bibliográficas.
Para o contexto da pesquisa pensa-se em escolas da rede pública estadual, que serão
melhores definidas no transcorrer da produção, que atendem educandos com deficiência. E
os participantes serão impreterivelmente professores especializados ou capacitados para
atuarem com esses discente, na forma da PNEE 2020.
Para tanto a pesquisa será dividida em quatro fases distintas, sendo a primeira o
levantamento bibliográfico e o referencial teórico acerca do tema, a segunda fase dar-se-á por
meio da coleta de dados, seguindo para a terceira fase reservada a análise e discussão de
dados, finalizado com a quarta fase de apresentação final da pesquisa.
REFERÊNCIAS
GLAT, R. A integração social dos portadores de deficiência: uma reflexão. Sette Letras
(Coleção Questões atuais em Educação Especial), Rio de Janeiro, v. I, 2. ed., 1998.