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PROGRAMA DE RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA

Edital 2022
RELATO DE EXPERIÊNCIA DO RESIDENTE

1. Identificação

Nomes dos Residentes: CARLOS VINICIUS SANTOS, DARLAN SILVA


SANTOS E JOÃO PEDRO QUEIROZ MENEZES.
CPF: 862.761.485-71 / / 027.530.685-26
Nome e sigla da IES: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA
BAHIA - UESB
Curso de Licenciatura: LICENCIATURA EM FÍSICA
Séries/Anos e Etapa da educação Básica nas quais desenvolveu
atividades: MULTISERIADAS NATURAIS - 1º E 2 º ANO DO ENSINO MÉDIO
Escola(s)-Campo onde desenvolveu as atividades: COMPLEXO
INTEGRADO DE EDUCAÇÃO BÁSICA E TECNOLOGIA DE VITÓRIA DA
CONQUISTA – (CIEBVC)
Nome do Docente Orientador: MÁRCIA MENEZES E SANDRA RAMOS
Nome do Preceptor: WILCK GRASIANNI ALIPIO PORTO
As consequências da implementação do novo ensino médio no processo
de ensino-aprendizagem de física e da biologia

Resumo

A Lei nº 13.415/2017 marcou o início de uma nova era para o ensino médio no
Brasil, instituindo a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino
Médio em Tempo Integral e promovendo alterações significativas na Base
Nacional Comum Curricular (BNCC). Esta reformulação visa introduzir novos
objetivos para os currículos escolares, enfatizando uma abordagem mais
flexível e voltada para as necessidades e interesses dos estudantes. Com
essas mudanças, espera-se que novas discussões sobre as metodologias de
ensino e a qualidade da formação docente em instituições de ensino superior
surjam, tornando a participação da comunidade acadêmica indispensável.
O presente estudo tem o objetivo de investigar o impacto da implementação do
Novo Ensino Médio (NEM) no processo de ensino-aprendizagem, com foco
especial nas disciplinas de Física e Biologia. Essas áreas foram escolhidas por
representarem campos de conhecimento nos quais o NEM busca promover um
aprendizado mais personalizado, através de itinerários formativos específicos
que permitem ao aluno moldar parte de seu percurso educativo conforme seus
interesses e objetivos de carreira. Para fundamentar teoricamente esta
pesquisa, serão examinados documentos oficiais e outras fontes bibliográficas
relevantes, além de incorporar relatos de experiências em sala de aula.

Palavras-chave: Novo Ensino Médio, BNCC, Metodologias de Ensino, Ensino


Personalizado, Formação Docente.
2.1. Introdução

A Educação no Brasil sempre foi um marco de altos e baixos, com o


passar dos anos o ato de educar e ensinar foi se reformulando e aprimorando
até alcançarmos o que temos hoje como educação básica. Segundo a Lei de
Diretrizes e Bases (LDB), artigo 5º:
O acesso à educação básica obrigatória é direito público subjetivo,
podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação
comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra
legalmente constituída e, ainda, o Ministério Público, acionar o poder
público para exigi-lo. (BRASIL, 2017, p. 10).

Nos recentes anos o Brasil tem sofrido uma série de reajustes e tramites
políticos o que repercute em várias instâncias em todo o país como economia,
relações sociais, e entres eles podem também citar a Educação. Não é uma
exclusividade dos dias atuais a pauta sobre Educação estar em debate,
embora tenha ganhado mais foco e força na última década a educação básica
sempre foi algo a ser discutido, buscando melhorias e um rendimento
satisfatório.
Todavia, apesar dos debates recorrentes, a questão sobre melhorias no ensino
tornou-se mais forte com os dados baixos e insatisfatórios expressos pelos
IDEB, principalmente no Ensino Médio, que fez com que surgisse uma urgência
em resolver a situação e números. Por conseguinte, como forma de resolução,
foi homologada em 16 de fevereiro de 2017 a Medida Provisória 746/2016 que
traz como base a reforma do EM como Novo Ensino Médio e o ensino integral
que visa aumentar a carga horária diária e anual propondo desenvolver
habilidades e aptidões dos estudantes nas diferentes áreas: intelectual, social,
esportiva e profissionalizante. (CORRÊA, 2018).
É válido recordar que tais mudanças não foram bem aceitas pela sociedade em
geral, um bom exemplo sobre essa vertente foi o episódio de diversas
ocupações em escolas públicas entre outras manifestações feitas por
estudantes. Todavia ignorando completamente o diálogo com as partes
interessadas a MP seguiu adiante implementando o ensino integral. Sobre a
reforma e Novo Ensino Médio SILVA salienta:
Analisando o contexto de surgimento dessa reforma, levando em
conta a urgência em que tramitou a proposta e os interesses do setor
privado em sua aprovação, fica evidente que a educação integral do
jovem brasileiro não é a única, nem sequer a principal, intenção do
Novo Ensino Médio. (SILVA, 2018, p. 524).

Isto devido ao fato de que muitos alegam a ideia do ensino integral como
contraditória e confusa, uma vez que por meio do aumento de carga horária
estudantes que estudam e trabalham, até mesmo para o sustento de seus
lares, seriam prejudicados e em um dado momento forçados a escolherem
entre mercado de trabalho e educação. Seguindo por essa ótica, a educação
básica que em pauta deveria ser direito de todos acaba tornando-se um
privilégio para aqueles que dispõem de tempo livre para cumprimento da nova
carga horária, neste cenário pode-se fazer uma alusão histórica com os
primórdios da Educação, onde a educação de saberes seguia de forma privada
para os nobres enquanto que os demais tinham acesso a uma educação
voltada para o lado profissional provendo mão de obra. Trazendo novamente à
nossa atualidade, essa estratégia de ensino técnico profissionalizante com
conclusão de ensino tende a afastar estudantes do ensino superior e
encaminhá-los diretamente ao mercado de trabalho. (CORRÊA, 2018).
Além do debate sobre carga horária e estudantes, também ressalta o alerta
sobre o currículo escolar e as novas modalidades em que são ofertadas as
disciplinas, os ditos itinerários formativos que apesar de alegarem uma
flexibilidade e possibilidade de escolha aos estudantes, na realidade e prática
não será exatamente o aluno que irá escolher e sim a instituição de ensino
mediante as suas limitações, ou seja, o aluno terá o livre arbítrio de escolha,
mas poderá escolher somente entre as opções que a escola puder lhe
disponibilizar. (SILVA, 2018).
O Novo Ensino Médio chegou inspirado em projetos de escolas do exterior,
porém na execução não levou-se em conta a infraestrutura das escolas, a
economia do país e outros parâmetros essenciais para a viabilidade da
reforma. Nessa vertente, Silva relata:
Ampliar a carga horária sem ampliar a estrutura física das escolas e o
número de profissionais da educação é ampliar a precariedade.
Temos vivenciado há tempos em nosso país problemas emergenciais
como falta de merenda escolar e de professores, além do espaço
físico muitas vezes insatisfatório, e antes de resolver problemas
básicos como este, e diante da PEC 241 que congela investimentos
para educação, emergiu a proposta de um aumento significativo da
carga horária diária para o ensino médio. Essa política parece
desconhecer a realidade das escolas brasileiras e de seus
educandos. (SILVA, 2018, p. 528).

Mediante a tantos contrapontos acerca do Novo Ensino Médio é pertinente se


perguntar o quanto afetou as metodologias de ensino dos educandos e o
aprendizado dos alunos, bem como suas adaptações a essa nova modalidade
de ensino. E é nesse ponto que o presente artigo tem como objetivo de
abordagem através do relato de experiência em sala de aula com alunos de
física e biologia.
2.2. Fundamentação Teórica

A implementação do novo ensino médio (NEM) traz, junto a Base Nacional


Comum Curricular (BNCC), um rompimento com o modelo de ensino padrão ao
dividir as disciplinas por áreas de conhecimento. Porém, como apontado pelo
Parecer CNE/CP nº 11/2009 a divisão por áreas não implica na exclusão das
disciplinas, com todas as suas histórias e subjetividades, mas sim, reforça suas
relações e reiterar a importância da contextualização das mesmas, para que
haja um maior aproveitamento do conhecimento, permitindo que os (as)
estudantes tenham em mãos as ferramentas necessárias e às usem para
intervir na realidade quando bem entenderem.
Em vista dessas modificações, o estudo por áreas de conhecimento, os
chamados itinerários formativos, segundo Oliveira (2021, p. 23) “deixa evidente
a necessidade de uma maior interação, interdisciplinaridade, entre as
disciplinas, que superam cada vez mais a divisão disciplinar [...]”. Não é
segredo que o conhecimento é inter e transdisciplinar uma vez que o mundo
não se resume apenas à uma forma de saber. Medeiro (2018) faz a seguinte
distinção:

Interdisciplinaridade é um conceito que se refere ao processo de


ligação existente entre duas ou mais disciplinas, a partir de algo que é
comum entre elas. Por isso a interdisciplinaridade propõe a
capacidade de dialogar entre as diversas ciências, fazendo entender
o saber como um todo, e não como partes fragmentadas. [...] Na
transdisciplinaridade há uma intercomunicação entre as disciplinas de
tal modo que não existem fronteiras entre as disciplinas. Ao mesmo
tempo em que procura uma interação máxima entre as disciplinas,
respeita suas singularidades, onde cada uma colabora para um saber
comum, o mais completo possível, sem transformá-las em uma única
disciplina (s/p).

No ensino de ciências é fundamental destacar a correlação entre os


conteúdos, em especial na física e na biologia. Dentre as matérias ofertadas
nas instituições de ensino básico, a física e a matemática se destacam pelo
temor que os (as) estudantes sentem ao terem o primeiro contato e na biologia
não é diferente, porém é menos aterrador. A busca pela conexão entre as
áreas do conhecimento não é algo novo, mas com a implementação do NEM e
as modificações das competências e habilidades definidas pela BNCC que
vieram por meio dele, fez com que as escolas e os profissionais da educação
procurassem uma solução, ao menos parcial, para o problema.
De modo geral, é fácil notar a correlação entre a matemática e a física,
porém não é tão clara a relação entre física e biologia, que de forma não tão
surpreendente, estão bem relacionadas. Uma das possíveis abordagens entre
física e biologia está presente na área da saúde que, através dos itinerários
formativos, podem ser abordados como parte do eixo estruturante da
investigação científica, que de acordo com o parágrafo 2º do artigo 12 das
Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio - DCNEM (BRASIL,
2018.) se resumo aprofundamento, interpretação, investigação e aplicação das
ideias e conceitos científicos.
Mesmo com essa divisão por áreas, é possível com os (as) estudantes
tenham sua formação básica no ensino médio e a formação profissional, ou
técnica, numa instituição de ensino médio integrado, o que é possível devido a
liberdade que as escolas têm para estabelecer parcerias entre si visando a
oferta de diferentes itinerários formativos, levando em conta as diretrizes
estabelecidas pela instituição de origem dos (as) estudantes (OLIVEIRA;
PANOSSIAN. 2021).

2.3. Desenvolvimento

E nossa jornada como residentes pedagógicos começam ainda no


finalzinho de 2022, quando nos reunimos para saber como seria o ano
seguinte, pois o quadro de disciplinas já não era o mesmo e precisávamos nos
adaptar o quanto antes a nova realidade.
Entra o ano de 2023 e lá estávamos, porém, agora já com demandas a
serem cumpridas dentro da escola, com participação na jornada pedagógica,
que é um momento extremamente necessário para começarmos um ano letivo
bem e inteirado dos assuntos pedagógicos do ano letivo. A princípio, fomos
apresentados por nosso prospector a uma turma de primeiro ano de 40 alunos.
Turma definida, é hora de colocar a mão na massa, a priori ficamos com
uma disciplina, cuja não tinha uma ementa, tínhamos total liberdade para criar
a ementa, seguindo os critérios da BNCC. Então, definimos o tema da
disciplina que seria o Pensamento Computacional no Ensino de Física, além de
definir também que as aulas fossem estruturadas em teoria e prática. Como
seriam 3 horários durante a semana, sendo um horário de 50 minutos na terça
feira e dois horários de 50 minutos na sexta, foi definido a terça como teoria e
na sexta como prática. Sendo assim, damos início e logo no primeiro encontro,
realizamos um questionário de sondagem baseado nos 3 momentos
pedagógicos, onde o objetivo seria descobrir o que eles já conheciam sobre o
tema, como eles veem, se gostam de computação e da disciplina de física e
felizmente tivemos um resultado satisfatório em relação ao fato da aceitação do
conteúdo.
Para dar continuidade, precisávamos deste feedback, pois como os
alunos ainda não estavam acostumados com disciplinas no formato do ensino
médio, assim como os professores, esse feedback dos alunos foi um agente
catalizador para que eu pudéssemos realizar as atividades subsequentes com
perspectivas positivas. Conteúdo aceito pelos estudantes, é hora de produzir e
ver o que aconteceria com a nova metodologia que nos fomos desafiados.
Como já relatado, nas aulas de terça feira, foi definido como aulas teóricas e as
sextas como práticas, sendo assim, iniciou-se nossa jornada em sala, e
começamos informando sobre como seria a ementa da disciplina e informamos
que por último seria feito uma espécie de maratona, como as maratonas de
programação, onde os participantes tem um tempo para resolver questões
sobre um determinado tema. A turma demonstrou bastante euforia e interesse,
então informamos que precisariam se separar em grupos de no máximo 6
pessoas e que denominassem um nome para suas equipes, sendo este nome
até o fim do trimestre, afim que eles tenham ciência que na vida, será
necessário tomar algumas atitudes e que aquelas atitudes poderiam ficar com
elas por um longo período.
Grupos definidos, nomes de equipes definidos, então explicamos como
seria nossas aulas e as dinâmicas que seriam aplicadas. O conteúdo seria
aplicado nas aulas teóricas e que todas as aulas práticas, eles teriam que se
reunir em grupos para realizar seus respectivos desafios. Durante o trimestre,
realizamos várias atividades nas aulas práticas, sendo testes de lógica, criação
de fluxograma, algoritmos, atividades de decomposição e etc... Todas essas
atividades com um único objetivo, que eles aprendam física de uma forma
menos burocrática e de forma lúdica. Toda atividade realizada, os grupos
precisavam entregar o resultado junto com o nome da equipe e o nome dos
integrantes, assim que eles entregavam, era anotado o horário, pois eles
tinham ciência que a quantidade de acerto junto com o horário seria de fomento
para a pontuação da equipe, sendo o horário usado como critério de
desempate. A cada atividade uma pontuação numa tabela e logo em seguida,
adicionada num ranking onde seria somado no final. No final do trimestre,
informamos que a última dinâmica, a equipe que somasse mais pontos,
ganharia uma caixa de chocolate, o que deixou eles bastante felizes e
agitados.
Felizmente, terminado o trimestre e tínhamos uma equipe campeã e ao
entregar a premiação, ficamos encantados com a atitude da equipe ganhadora,
que ao contabilizar os chocolates e dividir entre os integrantes, notaram que
sobraram 4 chocolates e nos chamaram para que pudéssemos sortear esses
chocolates para o restante da turma. Este fato nos deixou extremamente
felizes, pois pode se observar que além de contribuir com nosso conhecimento,
tivemos o prazer em ver um gesto de generosidade para com seus colegas,
pois em um tempo onde as pessoas estão cada vez mais individuais, um gesto
como este, é de se ficar admirado, principalmente por se tratar de
adolescentes.
Com base na experiência observada, fica claro que o novo ensino médio
apresenta desafios tanto para a equipe pedagógica quanto para os alunos. Um
dos principais desafios para os professores reside na ausência de uma ementa
pré-programada para as disciplinas. Essa lacuna na estruturação curricular
exige que os docentes dediquem um tempo considerável ao planejamento das
aulas, o que pode ser particularmente desafiador dada a natureza
interdisciplinar e flexível do novo currículo. Sem diretrizes claras, os
professores enfrentam a difícil tarefa de criar conteúdo que não apenas se
alinhem aos objetivos gerais do novo ensino médio, mas também sejam
engajadores e relevantes para os estudantes.
Além disso, a reorganização curricular, que inclui a distribuição de novas
disciplinas, impactou significativamente o tempo dedicado a áreas tradicionais
do conhecimento, como física e biologia. Essas disciplinas sofreram uma
redução considerável na carga horária, levantando preocupações sobre a
profundidade com que conteúdos fundamentais são abordados. A física e a
biologia são essenciais para o entendimento dos fenômenos naturais e dos
princípios que regem a vida, e sua diminuição pode comprometer a formação
científica básica dos alunos.
Outro aspecto desafiador é a implementação dos itinerários formativos,
que pretendem oferecer aos estudantes um aprendizado mais focado em suas
áreas de interessem, que pode ser bom e pode deixá-los confusos. No entanto,
a capacidade das escolas de oferecer uma variedade de opções é limitada por
recursos materiais e humanos, o que pode resultar em uma oferta restrita que
não atende plenamente aos interesses e necessidades dos alunos. Esse
desafio é amplificado pela necessidade de formação continuada dos
professores, que devem estar preparados para lidar com os novos conteúdos e
metodologias de ensino exigidos pelos itinerários formativos.

Além disso, trazer a tecnologia para a sala de aula de maneira eficaz é


outro obstáculo, tanto em termos de infraestrutura física quanto de
competências digitais dos professores e alunos. A transição para um modelo
mais flexível e integrado de educação exige investimentos significativos em
tecnologia e formação profissional, aspectos que são cruciais para a atingir as
potencialidades do novo ensino médio.

2.3. Considerações Finais

Tendo em vista estes aspectos, a implementação do novo ensino médio,


apesar de promissora, coloca em evidência uma série de desafios tanto para
os professores quanto para os alunos. A falta de uma estrutura curricular
definida exige dos docentes uma dedicação extra no planejamento das aulas
que sejam ao mesmo tempo engajadoras e alinhadas com os objetivos
educacionais mais amplos, um esforço que não se deve desprezar. Além disso,
a redução do tempo dedicado a disciplinas fundamentais, como física e
biologia, levanta preocupações sobre a qualidade da formação científica dos
estudantes, fundamentais para a compreensão do mundo à sua volta.
Os itinerários formativos, embora inovadores em sua proposta de
personalizar a aprendizagem, enfrentam obstáculos práticos relacionados à
disponibilidade de recursos e à capacidade das escolas de oferecer uma gama
diversificada de opções que atendam às expectativas e necessidades dos
alunos. Isso sem mencionar a necessidade urgente de atualização constante
dos professores, que devem se adaptar às novas demandas pedagógicas e
tecnológicas impostas por essa reforma educacional.
A questão tecnológica, por sua vez, é um desafio à parte. A efetiva
integração das tecnologias digitais no processo de ensino-aprendizagem
requer não apenas infraestrutura adequada, mas também um domínio das
competências digitais por parte de todos os envolvidos, algo que ainda está
longe de ser uma realidade universal nas escolas brasileiras.
A experiência relatada, embora única, é representativa das dificuldades
e oportunidades trazidas pelo novo ensino médio. Ela ilustra não apenas os
obstáculos enfrentados por professores e alunos na adaptação a um currículo
mais flexível e interdisciplinar, mas também as possibilidades de inovação
pedagógica e de engajamento dos estudantes através de métodos de ensino
mais dinâmicos e participativos.
Neste contexto, é crucial que os desafios identificados sejam abordados
através de políticas públicas eficazes, investimentos em formação docente e
infraestrutura, e uma gestão escolar que esteja atenta às necessidades de sua
comunidade. A superação desses desafios é fundamental para que o novo
ensino médio cumpra seu objetivo de oferecer uma educação mais relevante,
inclusiva e capaz de preparar os jovens para os desafios do século XXI.

Referências

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Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13415.htm.
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https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/30458. Acesso em: 17 Jan. 2024.
Autorização de uso pela CAPES

Eu, CARLOS VINICIUS SANTOS, autorizo a utilização pela Capes do presente


relato de experiência, na qualidade de bolsista residente, sob responsabilidade
do(a) Docente(a) Orientador(a) Márcia Menezes e Sandra Ramos vinculado
ao Programa de Residência Pedagógica da Universidade Estadual do
Sudoeste da Bahia - UESB. Meu relato escrito poderá ser incluído nos bancos
de dados e nas plataformas de gestão da Capes, podendo, eventualmente, ser
reproduzido, publicado ou exibido por meio dos canais de divulgação e
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