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O presente artigo propõe estabelecer reflexões sobre a proposta de educação integral expressa na atual
Reforma do Ensino Médio, instituída por meio da Lei nº 13.415/2017, e desse modo trazer argumentos para
instigar o debate teórico acerca do assunto. Os objetivos que norteiam o trabalho são: a) Investigar as
proposições para a educação integral que norteiam a proposta do Novo Ensino Médio; b) Analisar o contexto
em que surgiu a reforma do Novo Ensino Médio, os conceitos de educação integral e alguns pontos de maior
controvérsia entre defensores e críticos da nova lei. As análises têm como suporte teórico e metodológico o
materialismo histórico e dialético, e pautam-se em pesquisa bibliográfica e documental. Para a coleta de dados
foram utilizados decretos, leis, livros e artigos que tratavam do objeto em análise. O diálogo teórico se valeu da
contribuição de autores como: Tonet (2013); Mészaros (2014); Marx e Engels (2006); Ferreira JR e Bittar
(2008), entre outros que oferecem contribuições para a compreensão da política educacional analisada. Os
resultados da pesquisa explicitaram os limites que pautam a atual reforma do Ensino Médio proposta por meio
da Lei nº 13.415/2017. Foi possível perceber que a reforma que integra a educação integral no chamado Novo
Ensino Médio tem como compromisso uma formação mais técnica e menos propedêutica, servindo dessa
forma ao jogo de interesses que rege a sociedade do capital, uma vez que contribui para a formação do
homem produtivo, do homem massa, distanciando-se do conceito de omnilateralidade que pressupõe uma
formação efetivamente integral.
site:www.radalyc.org
O breve resgate histórico, que denota o vai e vai do debate, antecede um alerta: quase 10 anos
depois, o Novo Ensino Médio começa a repercutir no acesso às universidades, seja por meio do
vestibular ou do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Diante das incertezas, especialmente
para estudantes de baixa renda e ainda sob os impactos da pandemia de covid-19, o Humanista foi
atrás de informações que ajudem nos planos de quem se prepara para ingressar no ensino superior.
Além desta reportagem, o portal publica em breve outra, em vídeo, elucidando questões a respeito
do tema.
O ano de 2022 era o prazo máximo para a implementação do novo currículo. No entanto, o assunto
não repercutiu na sociedade tanto quanto o impacto da mudança na vida dos novos estudantes. Se
pouco pautou as conversas do senso comum, nas escolas o processo de implementação parece ter
sido experimental e autônomo. É o que explica o professor de matemática Diego Matos, que dá aula
em escolas e em curso pré-vestibular. “Há pouca uniformidade na implementação do novo currículo
entre as escolas. Cada instituição está atendendo a exigência de horas de aulas que precisam ser
cumpridas com os itinerários formativos da forma que acha melhor”, explica.
Matos teme que essa independência das escolas nas definições do novo currículo leve a formações
diferentes entre alunos de escolas diferentes – o que poderia gerar um nível a mais de injustiça nas
formas de acesso à universidade. “Isso preocupa no sentido de que o aluno que migra de uma
escola para outra pode sentir um impacto grande. Além disso, há preocupação em relação a como
esses estudantes chegarão em outras fases da vida, como o vestibular.”
As mudanças
A Lei nº 13.415/2017 estabeleceu uma mudança na estrutura do ensino médio, ampliando a carga
horária mínima dos estudantes de 800 para 1000 horas anuais. Também definiu uma reformulação
do currículo, que ainda contemplasse a Base Nacional Comum Curricular definida na lei de 1996,
mas que permitisse aos alunos fazerem escolhas a partir das áreas de conhecimento de interesse.
Oito opções de itinerários formativos foram ofertadas para as escolas piloto: Cidadania e Gênero,
Educação Financeira, Empreendedorismo, Expressão Corporal, Profissões, Relações Interpessoais,
Saúde, Sustentabilidade e Tecnologia. Ainda de acordo com o Portal da Educação, as redes de
ensino poderiam ofertar as eletivas que estivessem alinhadas “aos seus contextos regionais e às
suas condições de infraestrutura”, e que isso poderia contemplar “projetos, oficinas, atividades e
práticas contextualizadas, laboratórios, clubes, observatórios, incubadoras, núcleos de estudo,
núcleos de criação artística, entre outros”.
Para os primeiros alunos do novo currículo, poder fazer mais escolhas sobre a própria trajetória
escolar é uma possibilidade vista com bons olhos. Pelo menos é o caso do estudante Caio Wutz, de
15 anos, que ingressou este ano em uma escola particular de Caxias do Sul (RS), na Serra. Ele tinha
quatro opções de aulas eletivas: artes, saúde e bem estar, cidadania planetária e planejamento
financeiro. Os estudantes escolhem três das quatro opções e caio deixou artes de fora, disciplina
com a qual não tem muita afinidade. “Até agora, na minha vida escolar, eu nunca gostei muito de
artes. Então, poder fazer essa escolha de estudar o que eu realmente quero é muito bom.”
Além de disciplinas eletivas, a escola de Caio inseriu no currículo base a disciplina de projeto de
vida, que é um componente curricular estabelecido na lei do Novo Ensino Médio. Trata de
autoconhecimento, filosofia e valores humanos e parece ser o mote da proposta do novo currículo.
“Está sendo uma matéria muito interessante e acho que vai ajudar para descobrirmos o que
queremos fazer no futuro”, conta Caio. Matemática, português, física, química, biologia e literatura
seguem como matérias obrigatórias. Mas história, geografia, sociologia e filosofia não estão no
currículo deste ano. De acordo com Caio, a escola promoveu aulas extracurriculares para explicar a
Guerra da Ucrânia, por exemplo: “História e geografia são bem importantes para o vestibular. Me
preocupo um pouco de fazerem falta mais tarde.”
Para Diego Matos, a principal transformação que o novo currículo pode agregar aos alunos em
relação ao antigo é o maior conhecimento das opções após a escola: “Eles terão a oportunidade de
chegar ao final do Ensino Médio com mais conhecimento das oportunidades e do mundo do
trabalho”, afirma, mas lembra, ainda, que a mudança no papel depende do planejamento de cada
escola e da execução em sala de aula, na prática. “A ideia é boa mas foi implementada um tanto
quanto às pressas. Sinto que faltou preparo para as equipes nas escolas sobre como executar o
Novo Ensino Médio e também houve pouca assistência.”
O estudante Caio Wutz entende que a relevância do novo currículo está na adoção de uma nova
lógica de um ambiente escolar mais reflexivo e flexível às necessidades e personalidades de cada
um. Mas ele percebe que alguns professores ainda não se adaptaram à nova proposta. “Algumas
matérias estão sendo mais interativas e divertidas, mas outras seguem o método antigo, de entrar na
sala de aula, encher o quadro de informações para copiarmos, e avaliar o desempenho com
trabalhos e provas.”
O currículo de itinerários formativos e disciplinas base desenvolvido pela escola de Caio virou
referência a ponto de outras escolas do país terem interesse em replicar o método. O colégio já é
conhecido em Caxias do Sul pela qualidade no ensino e pela infraestrutura. Realidade distinta de
escolas públicas que dependeram dos recursos estaduais e municipais para executar o novo
currículo.
A professora Patrícia Marchand é coordenadora do Geppem (Grupo Políticas Públicas para o Ensino
Médio), da UFRGS, e acompanha a implementação do novo currículo nas redes de ensino gaúchas.
Ela conta que nas escolas públicas já foram identificados vários entraves à implementação, desde a
falta de condições pedagógicas e estruturais para implementar os itinerários, até a falta de docentes
para suprirem as novas demandas, e, por consequência, a alocação de professores sem a devida
formação para lecionar os itinerários. “O ‘novo’ ensino médio não estabelece modificações que
permitam que a garantia do direito de acesso e permanência nesta etapa da educação básica se
efetive com condições igualitárias e com qualidade para todos e todas.”
Sobre o poder de escolha do aluno, Patrícia Marchand argumenta que essa premissa é mais uma
falsa promessa de flexibilização, principalmente no caso das escolas estaduais que não tiveram
opções fora do que a Secretaria de Educação definiu. Os estudos do GEPPEM questionam ainda os
objetivos do novo currículo: “[…] um menu que atende claramente as diretrizes neoliberais,
estabelecendo uma relação direta entre a educação escolar e as necessidades do mercado”.
“A ampliação de carga horária e alteração curricular não irá melhorar os índices de qualidade do
ensino médio sem que haja investimento na valorização docente, na formação pedagógica, nos
equipamentos e infraestrutura das escolas”, explica Patrícia. Nesse sentido, o grupo que ela
coordena acredita que o novo currículo pode fragilizar a garantia do direito à educação básica com
qualidade e ampliar a desigualdade na educação.
Vestibular
De acordo com o professor Diego Matos, os cursos pré-vestibular ainda não tiveram modificações
em função do novo currículo. Ele explica que essa movimentação só deve acontecer com
intensidade a partir de 2024, quando as primeiras turmas do Novo Ensino Médio concluem a
formação básica. No Brasil, existem duas formas principais de ingresso às universidades particulares
e públicas: o vestibular, no caso das instituições que ainda possuem prova própria, ou Enem,
promovido pelo Inep.
Matos diz que apesar de não haver informações oficiais, integrantes do Inep afirmam que já estão
pensando em um novo modelo de Enem para atender aos alunos do novo currículo. Essa nova
prova deve ocorrer em duas fases. A primeira, mais próxima do modelo atual, com questões iguais
para todos. Já a segunda fase deve ser mais específica, de acordo com a área de interesse
escolhida pelo candidato. Além disso, o novo Enem pode ter questões dissertativas; novidade, já que
atualmente a prova é de múltipla escolha. Quanto aos vestibulares, o professor estima que não deva
haver mudanças tão significativas.
Site:ufrgs.br
A reforma no Ensino médio prevê em um futuro próspero o Ensino Médio Integral que será
implantado em todas as escolas do Brasil ,onde acaba sendo um assunto muito polemico que vem
sendo debatido, já que apresenta muitas opiniões divergentes . O currículo do novo Ensino médio
será norteado pela base comum curricular (BNCC),onde tem como principais objetivos flexibilizar o
conteúdo que será ensinado aos alunos que no lugar de ter 13 disciplinas ensinadas ao longo dos 3
anos será divididas nas áreas chamadas itinerários formativos que são:linguagens e suas
tecnologias,matemática e suas tecnologias ,ciências da natureza e suas tecnologias ,ciências
humanas e sociais aplicadas,formação técnica e profissional ,maior peso ao ensino técnico e
aumento da carga horária progressivamente até atingir 1,4 mil horas anuais Por outro lado a reforma
acaba tendo alguns pontos negativos quanto as disciplinas obrigatórias do Ensino Médio,já que as
disciplinas de Artes,Educação Fisíca,Sociologia e Filosofia deixarão de ser obrigatórias o que pode
causar uma desigualdade no aprendizado,sendo que acaba gerando também uma outra grande
preocupação quanto ao vestibular futuramente. Apesar de seus pontos positivos e
negativos,devemos visualizar a reforma como uma forma de deixar o estudo mais prazeroso ,porque
é a partir do prazer nos estudos e oportunidades que milhares de jovens poderão no futuro trilhar em
rumo dos seus sonhos.
Site:projetoredacao.com.br
Com o Novo Ensino Médio, os alunos terão mais liberdade para construir o seu itinerário formativo,
sendo orientados a fazerem escolhas de forma responsável e consciente. Assim, eles estudam
temas de maior interesse, além de desenvolver outras habilidades e conhecimentos para além da
formação educacional
Falta de padronização do modelo aplicado nas diferentes escolas, inclusive da mesma rede, e nas
diferentes redes de ensino;
Ausência de incentivos para a capacitação de professores para lecionar nas novas disciplinas
Site:https://observatorio.movimentopelabase.org.br
Data da pesquisa:23/04/2023
Vantagens do novo ensino medio: com o Novo Ensino Médio, os alunos terão mais liberdade para
construir o seu itinerário formativo, sendo orientados a fazerem escolhas de forma responsável e
consciente. Assim, eles estudam temas de maior interesse, além de desenvolver outras habilidades
e conhecimentos para além da formação educacional.
Desvantagens:
Falta de padronização do modelo aplicado nas diferentes escolas, inclusive da mesma rede, e nas
diferentes redes de ensino;
Ausência de incentivos para a capacitação de professores para lecionar nas novas disciplina
Há, porém, um olhar crítico em relação às dificuldades de implementação das mudanças, sobretudo
quando ligadas à deficiência de infraestrutura das escolas, à ausência de recursos financeiros e de
materiais adequados, bem como à falta de apoios e de orientações por parte das secretarias e das
escolas.
Site:blog.plataformaaz.com.br,observatório.movimentopelabase.org.br
O que è DCRB?
O Documento Curricular Referencial da Bahia (DCRB) é o normativo estadual que visa orientar os
Sistemas, as Redes e as Instituições de Ensino da Educação Básica do Estado, na elaboração dos
seus referenciais curriculares e/ou organização curricular escolar, por meio dos seus Projetos
Políticos Pedagógicos (PPP)
Sites:Educação.ba.gov.br
Data da pesquisa:23/04/2023
O que é o DCRB?
Sobre o DCRB – O Documento Curricular Referencial da Bahia (DCRB) é o normativo estadual que
visa orientar os Sistemas, as redes e as instituições de ensino da Educação Básica do Estado, na
elaboração dos seus referenciais curriculares e/ou organização curricular escolar, por meio dos seus
Projetos Políticos ...
Site: afontedeinformacao.com
Biografia
Biologia
Origem da Vida, Citologia, Reprodução, Embriologia, Histologia, Seres Vivos, Genética, Evolução e
Ecologia.
Espanhol
Física
Mecânica e Termologia.
Geografia
Gramática
Ortografia, verbos e as normas da Língua Portuguesa.
História
A história da humanidade.
História do Brasil
História Geral
Inglês
Literatura
Matemática
Português
Química
Redação
Dicas de como produzir uma redação e de como produzir textos narrativos, descritivos e
dissertativos.
Guerras Mundiais
Site: vestibular.brasilescola.uol.com.br
Conteúdos bem básicos como carga horária correta, matérias dadas e valorizadas de forma certa,
elas como: história, biologia, geografia, português, etc.
Deixando-as e não mudando, nem diminuindo a quantidade de aula.
Site:Portal.mec.gov.br
Data da pesquisa:23/04/2023
O presente artigo tratará das principais leis que determinam a educação básica
brasileira, tanto em princípios quanto as que regem a prática dos estudos, como
a própria Constituição Federal de 1988 que destina um capítulo para este tema.
Além disso, as Leis de Diretrizes e Bases da Educação já promulgadas no país,
bem como a atual LDB, Lei 9394 de 1996, bem como a quem incube legislar
sobre o sistema educacional. A Constituição Federal dispõe sobre a educação
como um complexo de direitos de todos e deveres do Estado e da família.
Apesar da Carta Magna prevê a educação como um direito, a Lei de diretrizes e
Bases da Educação é que regulamenta o sistema educacional, como será
demonstrado.
Depois de 13 anos, finalmente a lei foi aprovada, mas depois de tanto tempo, já
não supria as necessidades sociais do seu tempo, além disso, em 1968, após a
tomada do estado pelos militares, a lei foi reformada para dar vida a lei federal
nº 5.540de 1968, que passou a tratar a parte do ensino superior.
Para que se tenha dimensão das mudanças curriculares trazidas pela ditadura,
um decreto-lei que antecede a Lei 5692/71, em 1969 já incluía obrigatoriamente
nas escolas o ensino de “Educação Moral e Cívica” e “Organização Social e
Política do Brasil”.
Nesse período, além da reforma supracitada advinda da lei 7044/82, no que diz
respeito às disciplinas no currículo educacional, Filosofia deixa de ser excluída
para ser matéria opcional, dando abertura também para Sociologia e Psicologia.
Cada escola podia decidir sobre incluir ou não estas matérias em seu currículo.
Mas bastava-se a estas as mudanças ocorridas durante o governo Figueiredo.
São alguns pontos principais da Lei 9394de 1996: a competência da União para
elaboração de um Plano Nacional de Educação (PNE); a elaboração de
Diretrizes para a educação básica, feita em colaboração entre os entes
federativos; a criação de um processo nacional do rendimento escolar; entre
outros.
CONCLUSÃO
site:serenna.jusbrasil.com.br
Site: www.scielo.br
Data da pesquisa:23/04/2023
O Brasil possui cerca de 16 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais e 30 milhões de analfabetos funcionais
(Hentges, 2011). Estes dados expressam uma grave e estrutural situação impulsionando governos a tomar
medidas paliativas e imediatistas como o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional e a Educação
Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos(proeja) no âmbito nacional e diversos programas locais
de aceleração da aprendizagem.
O Censo Escolar de 2010 demonstrou que o Brasil conta com 194.939 escolas de educação básica. Nelas estão
matriculados 51.549.889 alunos, sendo 85,3% em escolas públicas e 14,7% em escolas particulares. Os dados
relativos ao ensino médio e profissionalizante são apresentados na tabela a seguir:
Algumas questões merecem destaque. Primeiramente, o número significativo de matriculados na eja, superior a um
milhão de alunos em 2009. Isso representa não somente uma corrida para a formação aligeirada, mas, sobretudo,
uma estratégia política presente no atual regime de acumulação, visando integrar políticas públicas para preencher
lacunas sociais de inclusão, carências educacionais, direito à cidadania, entre outras.1 O segundo destaque refere-
se ao estímulo financeiro às empresas contratantes e à execução realizada por Organizações Não
Governamentais (ong), Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (oscip) e empresas do Terceiro
Setor. Na modalidade de ensino especialmente desenvolvida para pessoas fora da idade regular, a eja ocupa um
espaço representativo na educação: de modo geral, o país apresentou 4.234.956 matrículas no ano de 2010,
sendo 2.846.104 (67%) no ensino fundamental e 1.388.852 (33%) no ensino médio. A maior parte dos alunos da
eja está matriculada na rede pública de ensino, 89,3% (INEP, 2010a).
Site: canaldoensino.com.br
Data da pesquisa:23/04/2023
Apesar das incertezas, especialmente para estudantes de baixa renda e ainda sob os impactos da
pandemia de covid-19, tem inúmeras proporções e mais conhecimento, para poder fazer uma
faculdade temos mais preparos.
Site:http://portal.mec.gov.br
Número de Aprovação em
Universidades por alunos de
escola Pública e particulares nos
últimos 5 anos,No Brasil e na
Bahia.
De acordo com a pesquisa, que faz um cruzamento de diversos indicadores divulgados pelo órgão
ao longo do ano, 79,2% dos estudantes que completam o ensino médio na rede privada ingressam
no ensino superior. Na rede pública, esse percentual cai drasticamente — para 35,9%.
Essa diferença não é explicada apenas pela qualidade de ensino das redes pública e privada.
Segundo o IBGE, o perfil socioeconômico também exerce influência, uma vez que o rendimento das
famílias limita ainda mais o acesso de quem estudou na escola pública.
Além da desigualdade de renda, a racial também se faz presente nesse indicador. Dois estudantes
da rede privada, um de cor branca e outro de cor preta ou parda, também têm probabilidades
diferentes de ingressar no ensino superior — de 81,9% e 71,6%, respectivamente.
O estudo do IBGE detalhou os motivos que levam pessoas de 18 a 29 anos a não estudar. Do total
de brasileiros nessa faixa etária, 52,5% dos homens não estudam porque estão trabalhando ou
procurando trabalho. Entre as mulheres, 39,5% não estudam porque cuidam de afazeres
domésticos.
Site: g1.globo.com
Pela primeira vez, o Censo da Educação Superior traçou um perfil dos estudantes ao longo da graduação,
considerando as taxas de permanência, conclusão e desistência. Os dados relativos ao ano de 2015, divulgados
pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) nesta quinta-feira, 6, revelam
um acréscimo desordenado na taxa de desistência do curso de ingresso, na avaliação da trajetória dos alunos
entre 2010 e 2014. Em 2010, 11,4% dos alunos abandonaram o curso para o qual foram admitidos. Em 2014, esse
número chegou a 49%.
“Este Censo da Educação Superior reforça a tese de que há uma necessidade muito grande de reforma do ensino
médio no Brasil. A mudança, proposta pela Medida Provisória nº 746/2016, terá um impacto direto nos indicadores
do ensino superior”, garantiu o ministro da Educação, Mendonça Filho. Segundo ele, a ausência de orientação
vocacional durante o ensino médio é um dos agravantes. “O Brasil tem apenas 8% dos alunos do ensino médio em
programas vocacionais. A falta de orientação contribui para que haja uma desistência significativa dos jovens que
ingressam no nível superior”, disse.
De acordo com o censo, 8.033.574 alunos estão matriculados no ensino superior. O número supera a estatística de
2014 em 2,5%, quando havia 7.839.765 matriculados. São ofertados 33 mil cursos de graduação em 2.364
instituições de ensino superior.
Um dado preocupante mostra uma grande ociosidade no sistema. O Censo aponta que das 6,1 milhões de novas
vagas em instituições públicas e privadas de ensino superior, somente 42,1% estão preenchidas e 13,5% das
vagas remanescentes foram ocupadas. “A falta de interesse em ocupar as vagas amplamente oferecidas, tanto na
rede pública quanto na particular, deve-se ao fato de o jovem não identificar, na sua vontade, uma perspectiva
desse ou aquele curso. É preciso haver uma conexão entre a educação básica e a de nível médio para ampliar as
oportunidades de acesso à educação superior”, defende a presidente do Inep, Maria Inês Fini. “As vagas
remanescentes indicam pouca eficiência do sistema. A reforma do ensino médio vai dar a esses jovens a
oportunidade de vivenciar algumas trajetórias acadêmicas mais associadas a cursos e carreiras no ensino
superior”, conclui.
Data da pesquisa:23/04/2023
Site: portal.mec.gov.br