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Novo ensino médio e educação integral: contextos, conceitos e

polêmicas sobre a reforma


Karen Cristina Jensen Ruppel da Silva, Aldimara Catarina Boutin

O presente artigo propõe estabelecer reflexões sobre a proposta de educação integral expressa na atual
Reforma do Ensino Médio, instituída por meio da Lei nº 13.415/2017, e desse modo trazer argumentos para
instigar o debate teórico acerca do assunto. Os objetivos que norteiam o trabalho são: a) Investigar as
proposições para a educação integral que norteiam a proposta do Novo Ensino Médio; b) Analisar o contexto
em que surgiu a reforma do Novo Ensino Médio, os conceitos de educação integral e alguns pontos de maior
controvérsia entre defensores e críticos da nova lei. As análises têm como suporte teórico e metodológico o
materialismo histórico e dialético, e pautam-se em pesquisa bibliográfica e documental. Para a coleta de dados
foram utilizados decretos, leis, livros e artigos que tratavam do objeto em análise. O diálogo teórico se valeu da
contribuição de autores como: Tonet (2013); Mészaros (2014); Marx e Engels (2006); Ferreira JR e Bittar
(2008), entre outros que oferecem contribuições para a compreensão da política educacional analisada. Os
resultados da pesquisa explicitaram os limites que pautam a atual reforma do Ensino Médio proposta por meio
da Lei nº 13.415/2017. Foi possível perceber que a reforma que integra a educação integral no chamado Novo
Ensino Médio tem como compromisso uma formação mais técnica e menos propedêutica, servindo dessa
forma ao jogo de interesses que rege a sociedade do capital, uma vez que contribui para a formação do
homem produtivo, do homem massa, distanciando-se do conceito de omnilateralidade que pressupõe uma
formação efetivamente integral.

site:www.radalyc.org

Pesquisa feita no dia :22/04/2023

Perguntas e Respostas sobre o


novo Ensino Médio

MEC: perguntas e respostas sobre o Novo Ensino Médio


As primeiras discussões sobre o Novo Ensino Médio começavam a povoar o imaginário dos
brasileiros em 2013, a partir do Projeto de Lei nº 6840, que previa o período integral, além de
alterações no currículo. Mas só em 2016, poucos meses depois de Michel Temer (MDB) assumir a
Presidência, e diante dos resultados do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica)
daquele ano, que o então ministro da Educação, Mendonça Filho, pediu urgência na tramitação da
medida. No mesmo ano, o governo federal apresentou uma Medida Provisória que mais tarde se
tornou a Lei nº 13.415/2017, que alterou a Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional de
1996.

O breve resgate histórico, que denota o vai e vai do debate, antecede um alerta: quase 10 anos
depois, o Novo Ensino Médio começa a repercutir no acesso às universidades, seja por meio do
vestibular ou do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Diante das incertezas, especialmente
para estudantes de baixa renda e ainda sob os impactos da pandemia de covid-19, o Humanista foi
atrás de informações que ajudem nos planos de quem se prepara para ingressar no ensino superior.
Além desta reportagem, o portal publica em breve outra, em vídeo, elucidando questões a respeito
do tema.

O ano de 2022 era o prazo máximo para a implementação do novo currículo. No entanto, o assunto
não repercutiu na sociedade tanto quanto o impacto da mudança na vida dos novos estudantes. Se
pouco pautou as conversas do senso comum, nas escolas o processo de implementação parece ter
sido experimental e autônomo. É o que explica o professor de matemática Diego Matos, que dá aula
em escolas e em curso pré-vestibular. “Há pouca uniformidade na implementação do novo currículo
entre as escolas. Cada instituição está atendendo a exigência de horas de aulas que precisam ser
cumpridas com os itinerários formativos da forma que acha melhor”, explica.

Matos teme que essa independência das escolas nas definições do novo currículo leve a formações
diferentes entre alunos de escolas diferentes – o que poderia gerar um nível a mais de injustiça nas
formas de acesso à universidade. “Isso preocupa no sentido de que o aluno que migra de uma
escola para outra pode sentir um impacto grande. Além disso, há preocupação em relação a como
esses estudantes chegarão em outras fases da vida, como o vestibular.”

As mudanças

A Lei nº 13.415/2017 estabeleceu uma mudança na estrutura do ensino médio, ampliando a carga
horária mínima dos estudantes de 800 para 1000 horas anuais. Também definiu uma reformulação
do currículo, que ainda contemplasse a Base Nacional Comum Curricular definida na lei de 1996,
mas que permitisse aos alunos fazerem escolhas a partir das áreas de conhecimento de interesse.

As movimentações para a implementação do novo currículo iniciaram em 2018, quando o MEC


(Ministério da Educação) publicou portarias de incentivo à experimentação em escolas piloto. De
acordo com o Portal Educação RS, o processo de implementação começou em 2019, em 264
escolas estaduais, através de “experiências pedagógicas realizadas com os itinerários formativos”.

Oito opções de itinerários formativos foram ofertadas para as escolas piloto: Cidadania e Gênero,
Educação Financeira, Empreendedorismo, Expressão Corporal, Profissões, Relações Interpessoais,
Saúde, Sustentabilidade e Tecnologia. Ainda de acordo com o Portal da Educação, as redes de
ensino poderiam ofertar as eletivas que estivessem alinhadas “aos seus contextos regionais e às
suas condições de infraestrutura”, e que isso poderia contemplar “projetos, oficinas, atividades e
práticas contextualizadas, laboratórios, clubes, observatórios, incubadoras, núcleos de estudo,
núcleos de criação artística, entre outros”.

Fonte: Portal Educação RS.

Para os primeiros alunos do novo currículo, poder fazer mais escolhas sobre a própria trajetória
escolar é uma possibilidade vista com bons olhos. Pelo menos é o caso do estudante Caio Wutz, de
15 anos, que ingressou este ano em uma escola particular de Caxias do Sul (RS), na Serra. Ele tinha
quatro opções de aulas eletivas: artes, saúde e bem estar, cidadania planetária e planejamento
financeiro. Os estudantes escolhem três das quatro opções e caio deixou artes de fora, disciplina
com a qual não tem muita afinidade. “Até agora, na minha vida escolar, eu nunca gostei muito de
artes. Então, poder fazer essa escolha de estudar o que eu realmente quero é muito bom.”

Além de disciplinas eletivas, a escola de Caio inseriu no currículo base a disciplina de projeto de
vida, que é um componente curricular estabelecido na lei do Novo Ensino Médio. Trata de
autoconhecimento, filosofia e valores humanos e parece ser o mote da proposta do novo currículo.
“Está sendo uma matéria muito interessante e acho que vai ajudar para descobrirmos o que
queremos fazer no futuro”, conta Caio. Matemática, português, física, química, biologia e literatura
seguem como matérias obrigatórias. Mas história, geografia, sociologia e filosofia não estão no
currículo deste ano. De acordo com Caio, a escola promoveu aulas extracurriculares para explicar a
Guerra da Ucrânia, por exemplo: “História e geografia são bem importantes para o vestibular. Me
preocupo um pouco de fazerem falta mais tarde.”

Bom na teoria, mas na prática…

Para Diego Matos, a principal transformação que o novo currículo pode agregar aos alunos em
relação ao antigo é o maior conhecimento das opções após a escola: “Eles terão a oportunidade de
chegar ao final do Ensino Médio com mais conhecimento das oportunidades e do mundo do
trabalho”, afirma, mas lembra, ainda, que a mudança no papel depende do planejamento de cada
escola e da execução em sala de aula, na prática. “A ideia é boa mas foi implementada um tanto
quanto às pressas. Sinto que faltou preparo para as equipes nas escolas sobre como executar o
Novo Ensino Médio e também houve pouca assistência.”

O estudante Caio Wutz entende que a relevância do novo currículo está na adoção de uma nova
lógica de um ambiente escolar mais reflexivo e flexível às necessidades e personalidades de cada
um. Mas ele percebe que alguns professores ainda não se adaptaram à nova proposta. “Algumas
matérias estão sendo mais interativas e divertidas, mas outras seguem o método antigo, de entrar na
sala de aula, encher o quadro de informações para copiarmos, e avaliar o desempenho com
trabalhos e provas.”

O currículo de itinerários formativos e disciplinas base desenvolvido pela escola de Caio virou
referência a ponto de outras escolas do país terem interesse em replicar o método. O colégio já é
conhecido em Caxias do Sul pela qualidade no ensino e pela infraestrutura. Realidade distinta de
escolas públicas que dependeram dos recursos estaduais e municipais para executar o novo
currículo.
A professora Patrícia Marchand é coordenadora do Geppem (Grupo Políticas Públicas para o Ensino
Médio), da UFRGS, e acompanha a implementação do novo currículo nas redes de ensino gaúchas.
Ela conta que nas escolas públicas já foram identificados vários entraves à implementação, desde a
falta de condições pedagógicas e estruturais para implementar os itinerários, até a falta de docentes
para suprirem as novas demandas, e, por consequência, a alocação de professores sem a devida
formação para lecionar os itinerários. “O ‘novo’ ensino médio não estabelece modificações que
permitam que a garantia do direito de acesso e permanência nesta etapa da educação básica se
efetive com condições igualitárias e com qualidade para todos e todas.”

Sobre o poder de escolha do aluno, Patrícia Marchand argumenta que essa premissa é mais uma
falsa promessa de flexibilização, principalmente no caso das escolas estaduais que não tiveram
opções fora do que a Secretaria de Educação definiu. Os estudos do GEPPEM questionam ainda os
objetivos do novo currículo: “[…] um menu que atende claramente as diretrizes neoliberais,
estabelecendo uma relação direta entre a educação escolar e as necessidades do mercado”.

“A ampliação de carga horária e alteração curricular não irá melhorar os índices de qualidade do
ensino médio sem que haja investimento na valorização docente, na formação pedagógica, nos
equipamentos e infraestrutura das escolas”, explica Patrícia. Nesse sentido, o grupo que ela
coordena acredita que o novo currículo pode fragilizar a garantia do direito à educação básica com
qualidade e ampliar a desigualdade na educação.

Vestibular

De acordo com o professor Diego Matos, os cursos pré-vestibular ainda não tiveram modificações
em função do novo currículo. Ele explica que essa movimentação só deve acontecer com
intensidade a partir de 2024, quando as primeiras turmas do Novo Ensino Médio concluem a
formação básica. No Brasil, existem duas formas principais de ingresso às universidades particulares
e públicas: o vestibular, no caso das instituições que ainda possuem prova própria, ou Enem,
promovido pelo Inep.

Matos diz que apesar de não haver informações oficiais, integrantes do Inep afirmam que já estão
pensando em um novo modelo de Enem para atender aos alunos do novo currículo. Essa nova
prova deve ocorrer em duas fases. A primeira, mais próxima do modelo atual, com questões iguais
para todos. Já a segunda fase deve ser mais específica, de acordo com a área de interesse
escolhida pelo candidato. Além disso, o novo Enem pode ter questões dissertativas; novidade, já que
atualmente a prova é de múltipla escolha. Quanto aos vestibulares, o professor estima que não deva
haver mudanças tão significativas.

Site:ufrgs.br

Data da pesquisa: 22/04/2023


Quais as Vantagens e
Desvantagens do Novo Ensino
Médio ?
vantagens e desvantagens da reforma do Ensino Médio

A reforma no Ensino médio prevê em um futuro próspero o Ensino Médio Integral que será
implantado em todas as escolas do Brasil ,onde acaba sendo um assunto muito polemico que vem
sendo debatido, já que apresenta muitas opiniões divergentes . O currículo do novo Ensino médio
será norteado pela base comum curricular (BNCC),onde tem como principais objetivos flexibilizar o
conteúdo que será ensinado aos alunos que no lugar de ter 13 disciplinas ensinadas ao longo dos 3
anos será divididas nas áreas chamadas itinerários formativos que são:linguagens e suas
tecnologias,matemática e suas tecnologias ,ciências da natureza e suas tecnologias ,ciências
humanas e sociais aplicadas,formação técnica e profissional ,maior peso ao ensino técnico e
aumento da carga horária progressivamente até atingir 1,4 mil horas anuais Por outro lado a reforma
acaba tendo alguns pontos negativos quanto as disciplinas obrigatórias do Ensino Médio,já que as
disciplinas de Artes,Educação Fisíca,Sociologia e Filosofia deixarão de ser obrigatórias o que pode
causar uma desigualdade no aprendizado,sendo que acaba gerando também uma outra grande
preocupação quanto ao vestibular futuramente. Apesar de seus pontos positivos e
negativos,devemos visualizar a reforma como uma forma de deixar o estudo mais prazeroso ,porque
é a partir do prazer nos estudos e oportunidades que milhares de jovens poderão no futuro trilhar em
rumo dos seus sonhos.

Site:projetoredacao.com.br

Data da pesquisa: 23/04/2023

Vantagens e desvantagens do novo ensino médio.

Com o Novo Ensino Médio, os alunos terão mais liberdade para construir o seu itinerário formativo,
sendo orientados a fazerem escolhas de forma responsável e consciente. Assim, eles estudam
temas de maior interesse, além de desenvolver outras habilidades e conhecimentos para além da
formação educacional

Já as desvantagens Aumento da carga horária;

Falta de padronização do modelo aplicado nas diferentes escolas, inclusive da mesma rede, e nas
diferentes redes de ensino;

Ausência de incentivos para a capacitação de professores para lecionar nas novas disciplinas

Site:https://observatorio.movimentopelabase.org.br
Data da pesquisa:23/04/2023

Vantagens do novo ensino medio: com o Novo Ensino Médio, os alunos terão mais liberdade para
construir o seu itinerário formativo, sendo orientados a fazerem escolhas de forma responsável e
consciente. Assim, eles estudam temas de maior interesse, além de desenvolver outras habilidades
e conhecimentos para além da formação educacional.

Desvantagens:

Aumento da carga horária;

Falta de padronização do modelo aplicado nas diferentes escolas, inclusive da mesma rede, e nas
diferentes redes de ensino;

Ausência de incentivos para a capacitação de professores para lecionar nas novas disciplina

Há, porém, um olhar crítico em relação às dificuldades de implementação das mudanças, sobretudo
quando ligadas à deficiência de infraestrutura das escolas, à ausência de recursos financeiros e de
materiais adequados, bem como à falta de apoios e de orientações por parte das secretarias e das
escolas.

Pesquisa feita no dia: 23/04/2023

Site:blog.plataformaaz.com.br,observatório.movimentopelabase.org.br

O que è DCRB?
O Documento Curricular Referencial da Bahia (DCRB) é o normativo estadual que visa orientar os
Sistemas, as Redes e as Instituições de Ensino da Educação Básica do Estado, na elaboração dos
seus referenciais curriculares e/ou organização curricular escolar, por meio dos seus Projetos
Políticos Pedagógicos (PPP)

Sites:Educação.ba.gov.br

Data da pesquisa:23/04/2023

O que é o DCRB?
Sobre o DCRB – O Documento Curricular Referencial da Bahia (DCRB) é o normativo estadual que
visa orientar os Sistemas, as redes e as instituições de ensino da Educação Básica do Estado, na
elaboração dos seus referenciais curriculares e/ou organização curricular escolar, por meio dos seus
Projetos Políticos ...

Para que serve o DCRB?

Documento Curricular Referencial da Bahia - Educação Infantil e Ensino Fundamental. A estrutura


do DCRB contempla textos introdutórios sobre territorialidade, marcos teóricos e legais. ... Nos
organizadores curriculares do Ensino Fundamental são encontradas as habilidades a serem
desenvolvidas pelos estudantes em cada ano.

Site: afontedeinformacao.com

Data da pesquisa: 23/04/2023

Quais os Conteúdos Básicos


que deve ter no ensino médio?
Artes

Conceitos e técnicas de diversos estilos artísticos.

Biografia

Biografia de diversos personagens históricos, políticos e cientistas.

Biologia

Origem da Vida, Citologia, Reprodução, Embriologia, Histologia, Seres Vivos, Genética, Evolução e
Ecologia.

Espanhol

Alfabeto e gramática espanhola.

Física

Mecânica e Termologia.

Geografia

Geografia Física e Humana englobando o Brasil e o Mundo.

Gramática
Ortografia, verbos e as normas da Língua Portuguesa.

História

A história da humanidade.

História do Brasil

Descoberta, Colonização, Imperialismo, República e o Brasil contemporâneo.

História Geral

Da pré-história até os dias atuais.

Inglês

A Gramática da Língua Inglesa.

Literatura

As origens da literatura mundial e brasileira.

Matemática

Álgebra, Geometria e Trigonometria.

Português

Normas da Língua Portuguesa.

Química

Química Geral, Físico-Química, Química Nuclear e Química Orgânica.

Redação

Dicas de como produzir uma redação e de como produzir textos narrativos, descritivos e
dissertativos.

Guerras Mundiais

Canal sobre os principais conflitos desde a antiguidade até os dias de hoje

Site: vestibular.brasilescola.uol.com.br

Data da pesquisa: 23/04/2023

Conteúdos bem básicos como carga horária correta, matérias dadas e valorizadas de forma certa,
elas como: história, biologia, geografia, português, etc.
Deixando-as e não mudando, nem diminuindo a quantidade de aula.

Data da pesquisa: 23/04/2023

Quais as Normas que rege o


ensino médio no Brasil?
A Lei nº 13.415/2017 alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e estabeleceu uma
mudança na estrutura do ensino médio, ampliando o tempo mínimo do estudante na escola de 800
horas para 1.000 horas anuais (até 2022) e definindo uma nova organização curricular, mais flexível,
que contemple uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a oferta de diferentes possibilidades
de escolhas aos estudantes, os itinerários formativos, com foco nas áreas de conhecimento e na
formação técnica e profissional.

Site:Portal.mec.gov.br

Data da pesquisa:23/04/2023

Leis que regem o sistema


educacional brasileiro.

O presente artigo tratará das principais leis que determinam a educação básica
brasileira, tanto em princípios quanto as que regem a prática dos estudos, como
a própria Constituição Federal de 1988 que destina um capítulo para este tema.
Além disso, as Leis de Diretrizes e Bases da Educação já promulgadas no país,
bem como a atual LDB, Lei 9394 de 1996, bem como a quem incube legislar
sobre o sistema educacional. A Constituição Federal dispõe sobre a educação
como um complexo de direitos de todos e deveres do Estado e da família.
Apesar da Carta Magna prevê a educação como um direito, a Lei de diretrizes e
Bases da Educação é que regulamenta o sistema educacional, como será
demonstrado.

1 Leis que regem o sistema Educacional Brasileiro

São diversas as Leis que regem o sistema educacional no Brasil, a começar


pela Constituição Federal de 1988, a Carta Magna do país, que destina à
educação todo um capítulo, sendo este composto por 10 artigos repletos de
princípios. Mas é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) que
regulamenta o sistema educacional brasileiro, tanto público quanto privado.
Hoje, nossa LDB é a Lei nº. 9394, sancionada em dezembro de 1996, mas vale
dizer que existiram outras LDBs ao longo da história do país, o que veremos a
seguir.

Outras leis importantes para a Educação brasileira que podemos citar


são: Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8069/90; Lei nº 10.098/94 que
estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade
das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras
providências; Lei nº 10.436 de 2002 que dispõe sobre a Língua Brasileira de
Sinais, Lei nº 7.853de 1989 sobre apoio às pessoas portadoras de deficiência,
Lei 10.172 de 2001, conhecida como Plano Nacional de Educação, consoante
art. 9º inciso I da LDB e Lei 9131 de 1995 que criou o Conselho Nacional de
Educação (CNE), órgão responsável por auxiliar o Ministério da Educação na
formulação e avaliação da política nacional de educação; entre outras.

1.1 A educação segundo a Constituição Federal de 1988

Eis aqui um grande marco para a história do Brasil e da Educação Brasileira. Em


5 de outubro de 1988, sob a presidência de Sarney, foi promulgada a até
então, Carta Magna do país, Constituição Federal de 1988 (CF/88). Com a
queda do Regime Militar, o país em processo de redemocratização e uma
nova Constituição promulgada, a educação ganhou seu devido destaque como
um direito social. É o que está disposto no Art. 6º da CF/1988:
Art. 6º. São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte,
o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição. Redação dada pela Emenda Constitucional nº 90, de
2015. (BRASIL, Constituição Federal, 1988)Além
do acima mencionado,
Art. 6º da Constituição Federal de 1988, o capitulo abrangido pelos artigos 205 a
214 da mesma, trouxe a ideia da educação como um complexo de direitos de
todos, e deveres do Estado e da família a serem promovidos e incentivados por
toda a sociedade:
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada
com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, Constituição Federal,
1988)Ressurgiu também a ideia de uma lei contendo o Plano Nacional de
Educação, e uma divisão de competências prevista no Art. 22, inciso XXIV
(Constituição Federalde 1988) na qual “cabe privativamente à União legislar
sobre as diretrizes e bases da educação nacional e concorrentemente a ela, aos
Estados e ao Distrito Federal, legislar sobre a educação”. Por outro lado, o art.
211 prevê um regime de colaboração entre os entes da federação de modo a
assegurar a universalização do ensino obrigatório.

Fica então à União financiar instituições públicas bem como redistribuir e


suplementar, a fim de garantir padrões mínimos de qualidade do ensino e
igualdade na oportunidade de ensino, dando assistência aos Estados e Distrito
Federal técnica e financeiramente, e aos Municípios, que ficaram responsáveis
pela atuação preferencial à educação infantil e fundamental.

Entre os pontos principais relativos a educação, elencados na CF de 1988,


podemos citar o acesso ao ensino público obrigatório e gratuito passa a ser
direito público subjetivo, o que importa responsabilidade da autoridade pública
caso o mesmo não seja oferecido ou seja irregular a sua oferta (CF, 1988,
Art. 208, 1º e 2º), a obrigação da União a investir anualmente na educação, um
mínimo de 18% da receita resultante de impostos, bem como um mínimo de
25% aos estados e municípios; a fixação de conteúdos mínimos ao ensino
fundamental em âmbito nacional (CF, 1988, Art. 210); a educação como um
direito de todos, dever do estado e da família, devendo ainda contar com a
colaboração de toda a sociedade (CF, 1988, Art. 205); a atuação dos municípios
no ensino fundamental e na educação infantil; o ensino de 1º grau passa a
denominar-se ensino fundamental e o ensino de 2º grau, ensino médio.

1.2 Lei de Diretrizes e Bases Da Educacao Nacional (LDB)

1.2.1 Lei 4024 de 1961

Em 1948, foi encaminhado ao Congresso Nacional um anteprojeto de lei, que


deveria ditar as diretrizes e bases da educação nacional. Projeto esse relatado
por Almeida Junior, um dos grandes nomes da Escola Nova (1932) e
encaminhado por Clemente Mariani, então Ministro da Educação. Movidos por
conflitos entre centralização e descentralização, na figura opositora de Gustavo
Capanema, que havia sido Ministro da Educação de 1934 a 1946, o anteprojeto
ficou parado no Congresso Nacional. (BUFFA, 1979)
Dez anos mais tarde, ainda sem que o projeto tivesse resultado, o deputado
Carlos Lacerda apresentou novo projeto em que defendia a liberdade de ensino,
o que significaria o fim do ensino oficial. O projeto foi severamente criticado,
inclusive pela mídia paulistana, que defendia a necessidade da educação
pública. Em contraposição a essa ideia, o deputado Celso Brant também
apresentou um projeto, baseando-se na coexistência entre o ensino público e o
privado, garantia constitucional do art. 167 da CF de 1946. (VILLALOBOS, 1969)

Foi então que em 1959, a Câmara Federal passou a discutir os anteprojetos


recebidos, optando o plenário por uma conciliação entre as ideias apresentadas:
prevaleceu o ensino público, mas verbas públicas ao ensino particular ficaram
asseguradas.

Depois de 13 anos, finalmente a lei foi aprovada, mas depois de tanto tempo, já
não supria as necessidades sociais do seu tempo, além disso, em 1968, após a
tomada do estado pelos militares, a lei foi reformada para dar vida a lei federal
nº 5.540de 1968, que passou a tratar a parte do ensino superior.

1.2.2 Lei 5692 de 1971

Mais tarde, em 1971, é promulgada a Lei nº 5.692, a LDB que dispõe


exclusivamente sobre os ensinos de 1º e 2º grau, já que, como vimos
anteriormente, havia lei própria para o ensino superior.

Para que se tenha dimensão das mudanças curriculares trazidas pela ditadura,
um decreto-lei que antecede a Lei 5692/71, em 1969 já incluía obrigatoriamente
nas escolas o ensino de “Educação Moral e Cívica” e “Organização Social e
Política do Brasil”.

Entre as mudanças trazidas pela nova LDB, estão a ampliação da


obrigatoriedade escolar de 4 para 8 anos, extingue o antigo ginásio, acopla o
ensino primário de quatro séries, e torna o ensino de 2º grau com caráter
profissionalizante.

O currículo do núcleo comum, estabelecido pelo Parecer 853 do Conselho


Federal de Educação, ficou distribuído entre três matérias, sendo elas,
Comunicação e Expressão, Ciências e Estudos Sociais, por outro lado, foram
retiradas dos currículos escolares as disciplinas: História, Geografia, Filosofia e
Sociologia.

Os objetivos da LDB militarista estavam, como vimos anteriormente,


intimamente ligados a profissionalização e qualificação de mão de obra para a
crescente capitalista, além de uma clara subjugação social, que deveria
obedecer e respeitar os limites morais e de pensamento impostos à civilização
pelo estado. Apesar de apresentar um número crescente de alunos, a educação
não tinha qualidade e não alcançava os objetivos pretendidos, prova disso é a
lei 7044 de 1982, que reformou a LDB, colocando fim ao 2º grau
profissionalizante.

Depois da crescente insatisfação social, de todas as camadas, fosse pela


educação ou por todas as demais mudanças geradas no país nas mais diversas
áreas, principalmente econômica, os conflitos como consequência a abertura
política em 1979 durante o governo Geisel, e findando-se a Ditadura em 1985,
com João Figueiredo tornando-se Presidente da República. (SAVIANI, 2008, p.
310)

1.2.3 Fim da Ditadura Militar, abertura política e nova educação

Em dezembro de 1978 chega ao fim o Ato Institucional nº 5 (AI-5), e com sua


queda, inicia-se a abertura política, guiado pelo então Presidente, General João
Batista Figueiredo. Surgem novos partidos com a revogação do bipartidarismo e
são convocadas eleições para governadores, em 1982.

Nesse período, além da reforma supracitada advinda da lei 7044/82, no que diz
respeito às disciplinas no currículo educacional, Filosofia deixa de ser excluída
para ser matéria opcional, dando abertura também para Sociologia e Psicologia.
Cada escola podia decidir sobre incluir ou não estas matérias em seu currículo.
Mas bastava-se a estas as mudanças ocorridas durante o governo Figueiredo.

Na sequência, em 1989, ocorrem eleições diretas para a Presidência da


República, ocasião em que foi eleito Fernando Collor de Melo, não muito mais
tarde que isso, rejeitado e acusado de corrupção, renuncia a presidência,
deixando-a nas mãos de seu vice, Itamar Franco. (PALMA FILHO, 2010, p. 123)

1.2.4 Lei 9394/96 - atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação

A chamada Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, Lei nº 9.394/96, ou


como também é conhecida “Lei Darcy Ribeiro”, em homenagem ao educador
político brasileiro que atuou efetivamente na construção da mesma, é a lei que
define e regula as diretrizes da educação e do sistema educacional brasileiro.
Nela estão contidos princípios relativos a educação e os deveres do Estado para
com esta.
Com o objetivo de corrigir os problemas apontados e de caracterizar a proposição como realmente
de diretrizes e bases da educação, está sendo apresentado Substitutivo ao Projeto em análise. É
preciso registrar que, apesar das alterações propostas, o Substitutivo mantém a concepção e a
estrutura básica do projeto original. (SAVIANI, 1997, p. 150)Atualmente,
esta é uma das leis
mais importantes no que diz respeito a educação no Brasil, pois exibe com
detalhes os direitos educacionais e sistematiza aspectos gerais da educação.
Como anteriormente sucintamente demonstrado, já existiram três LDBs no país,
sendo a primeira promulgada em 1961, a segunda dez anos depois, em 1971 e
a terceira em 1996, que ainda está em vigência.

A Lei nº. 9.394/96 avança nos quesitos sociais e civilizatórios da educação ao


reconhecer não somente o papel do Estado com a mesma, mas também a
educação que vem da família, da convivência humana.
Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na
convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e
organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. (BRASIL, Lei 9394, 1996)No
total
são 92 artigos presentes da LDB, responsáveis por organizar onde começa e
onde termina a educação nacional, destruição de competências dos entes da
federação, divisão dos níveis escolares, grade curricular, regulamentação dos
profissionais da educação, formação dos mesmos, e distribuição de recursos
financeiros educacionais.

A referida lei veio para estabelecer a coordenação do Ministério da Educação


sobre a educação básica brasileira, bem como a colaboração entre a União,
Estados e Municípios. A LDB definiu também a elaboração, pela União, de
diretrizes ou princípios nos quais toda a educação nacional deverá se basear,
assim como os conteúdos a serem trabalhados, ou seja, o currículo básico
nacional da educação.

São alguns pontos principais da Lei 9394de 1996: a competência da União para
elaboração de um Plano Nacional de Educação (PNE); a elaboração de
Diretrizes para a educação básica, feita em colaboração entre os entes
federativos; a criação de um processo nacional do rendimento escolar; entre
outros.

Apesar de as Diretrizes e princípios da educação básica deverem ser aplicados


em todo o território nacional, não desobedecendo às bases norteadoras
estabelecidas pelos entes federativos, pela LDB as escolas possuem certa
autonomia, ao contrário do que se via na LDB anterior, Lei 5692 de 1971. É o
que podemos ver nos artigos 12 e 13, a seguir dispostos, onde cada escola é
responsável por criar um projeto pedagógico.
Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de
ensino, terão a incumbência de: I - elaborar e executar sua proposta pedagógica; II - administrar seu
pessoal e seus recursos materiais e financeiros; III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e
horas-aula estabelecidas; IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente; V -
prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento; VI - articular-se com as famílias
e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola; VII - informar os pais
e responsáveis sobre a frequência e o rendimento dos alunos, bem como sobre a execução de sua
proposta pedagógica. VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso,
os responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre a execução da
proposta pedagógica da escola; VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz competente
da Comarca e ao respectivo representante do Ministério Público a relação dos alunos que
apresentem quantidade de faltas acima de cinquenta por cento do percentual permitido em lei; IX -
promover medidas de conscientização, de prevenção e de combate a todos os tipos de violência,
especialmente a intimidação sistemática (bullying), no âmbito das escolas;X - estabelecer ações
destinadas a promover a cultura de paz nas escolas. Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de: I -
participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; II - elaborar e
cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; III - zelar
pela aprendizagem dos alunos; IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor
rendimento; V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente
dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional; VI -
colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade. (BRASIL, Lei
9394, 1996)Ficaclaro com o artigo supracitado da Lei 9394 de 1996 que apesar de
seguir as exigências e princípios básicos vindos da União, através do Ministério
da Educação para o currículo e bases de ensino de cada série, essa nova Lei de
Diretrizes e Basesda Educação garantem autonomia em métodos a cada
instituição escolar.

CONCLUSÃO

A Constituição Federal garante o direito à educação a todos com o intuito de


garantir o pleno desenvolvimento da pessoa. Entre os pontos principais relativos
a educação, elencados na CF de 1988, podemos citar o acesso ao ensino
público obrigatório e gratuito passa a ser direito público subjetivo, o que importa
responsabilidade da autoridade pública caso o mesmo não seja oferecido ou
seja irregular a sua oferta No entanto, a responsabilidade pela educação não é
somente do Estado, mais da família e da sociedade. A competência para legislar
sobre as diretrizes e bases da educação segundo o art. 22 da CF, é privativa da
União, mas, concorrentemente a ela, aos Estados e ao Distrito Federal, legislar
sobre a educação. Por outro lado, o art. 211 prevê um regime de colaboração
entre os entes da federação de modo a assegurar a universalização do ensino
obrigatório. A chamada Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, Lei
nº 9.394/96, estão contidos princípios relativos a educação e os deveres do
Estado para com esta. Atualmente, esta é uma das leis mais importantes no que
diz respeito a educação no Brasil, pois exibe com detalhes os direitos
educacionais e sistematiza aspectos gerais da educação. A referida lei veio para
estabelecer a coordenação do Ministério da Educação sobre a educação básica
brasileira, bem como a colaboração entre a União, Estados e Municípios.
A LDB definiu também a elaboração, pela União, de diretrizes ou princípios nos
quais toda a educação nacional deverá se basear, assim como os conteúdos a
serem trabalhados, ou seja, o currículo básico nacional da educação, mas, a Lei
de Diretrizes e Bases da Educação garantem autonomia em métodos a cada
instituição escolar.

Data da pesquisa: 23/04/2023

site:serenna.jusbrasil.com.br

Relação entre o Ensino Médio e


Universidade/ faculdade.
A proposta do artigo é contribuir para o entendimento da mudança que se põe ao ensino médio e sua relação com
a educação superior, tendo por hipótese a crescente profissionalização e privatização do campo educacional, ao
mesmo tempo a ampliação e consolidação das dualidades: esferas profissional e propedêutica, e, esferas pública e
privada. Esta hipótese funda-se na racionalidade que presidiu tal processo de mudança nos meios institucionais
para a concretização desta racionalidade na prática educacional cotidiana, bem como na alteração da natureza do
trabalho do professor no contexto do trânsito do Regime de Acumulação Monopolista para o Regime de
Acumulação Financeira.

Acumulação financeira; Reforma do Estado; Universidade pública; Ensino médio

Site: www.scielo.br

Data da pesquisa:23/04/2023

Alguns indicadores sobre a profissionalização e a privatização do ensino médio

O Brasil possui cerca de 16 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais e 30 milhões de analfabetos funcionais
(Hentges, 2011). Estes dados expressam uma grave e estrutural situação impulsionando governos a tomar
medidas paliativas e imediatistas como o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional e a Educação
Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos(proeja) no âmbito nacional e diversos programas locais
de aceleração da aprendizagem.

O Censo Escolar de 2010 demonstrou que o Brasil conta com 194.939 escolas de educação básica. Nelas estão
matriculados 51.549.889 alunos, sendo 85,3% em escolas públicas e 14,7% em escolas particulares. Os dados
relativos ao ensino médio e profissionalizante são apresentados na tabela a seguir:

Algumas questões merecem destaque. Primeiramente, o número significativo de matriculados na eja, superior a um
milhão de alunos em 2009. Isso representa não somente uma corrida para a formação aligeirada, mas, sobretudo,
uma estratégia política presente no atual regime de acumulação, visando integrar políticas públicas para preencher
lacunas sociais de inclusão, carências educacionais, direito à cidadania, entre outras.1 O segundo destaque refere-
se ao estímulo financeiro às empresas contratantes e à execução realizada por Organizações Não
Governamentais (ong), Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (oscip) e empresas do Terceiro
Setor. Na modalidade de ensino especialmente desenvolvida para pessoas fora da idade regular, a eja ocupa um
espaço representativo na educação: de modo geral, o país apresentou 4.234.956 matrículas no ano de 2010,
sendo 2.846.104 (67%) no ensino fundamental e 1.388.852 (33%) no ensino médio. A maior parte dos alunos da
eja está matriculada na rede pública de ensino, 89,3% (INEP, 2010a).

Site: canaldoensino.com.br

Data da pesquisa:23/04/2023

Relação entre o novo ensino médio e a universidade/faculdade

Apesar das incertezas, especialmente para estudantes de baixa renda e ainda sob os impactos da
pandemia de covid-19, tem inúmeras proporções e mais conhecimento, para poder fazer uma
faculdade temos mais preparos.

Site:http://portal.mec.gov.br

Pesquisa feita no dia : 23/04/2023

Número de Aprovação em
Universidades por alunos de
escola Pública e particulares nos
últimos 5 anos,No Brasil e na
Bahia.
De acordo com a pesquisa, que faz um cruzamento de diversos indicadores divulgados pelo órgão
ao longo do ano, 79,2% dos estudantes que completam o ensino médio na rede privada ingressam
no ensino superior. Na rede pública, esse percentual cai drasticamente — para 35,9%.

Essa diferença não é explicada apenas pela qualidade de ensino das redes pública e privada.
Segundo o IBGE, o perfil socioeconômico também exerce influência, uma vez que o rendimento das
famílias limita ainda mais o acesso de quem estudou na escola pública.

Além da desigualdade de renda, a racial também se faz presente nesse indicador. Dois estudantes
da rede privada, um de cor branca e outro de cor preta ou parda, também têm probabilidades
diferentes de ingressar no ensino superior — de 81,9% e 71,6%, respectivamente.

O estudo do IBGE detalhou os motivos que levam pessoas de 18 a 29 anos a não estudar. Do total
de brasileiros nessa faixa etária, 52,5% dos homens não estudam porque estão trabalhando ou
procurando trabalho. Entre as mulheres, 39,5% não estudam porque cuidam de afazeres
domésticos.

Site: g1.globo.com

Data da pesquisa: 23/04/2023

Altos índices de desistência na graduação revelam


fragilidade do ensino médio, avalia ministro

Pela primeira vez, o Censo da Educação Superior traçou um perfil dos estudantes ao longo da graduação,
considerando as taxas de permanência, conclusão e desistência. Os dados relativos ao ano de 2015, divulgados
pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) nesta quinta-feira, 6, revelam
um acréscimo desordenado na taxa de desistência do curso de ingresso, na avaliação da trajetória dos alunos
entre 2010 e 2014. Em 2010, 11,4% dos alunos abandonaram o curso para o qual foram admitidos. Em 2014, esse
número chegou a 49%.

“Este Censo da Educação Superior reforça a tese de que há uma necessidade muito grande de reforma do ensino
médio no Brasil. A mudança, proposta pela Medida Provisória nº 746/2016, terá um impacto direto nos indicadores
do ensino superior”, garantiu o ministro da Educação, Mendonça Filho. Segundo ele, a ausência de orientação
vocacional durante o ensino médio é um dos agravantes. “O Brasil tem apenas 8% dos alunos do ensino médio em
programas vocacionais. A falta de orientação contribui para que haja uma desistência significativa dos jovens que
ingressam no nível superior”, disse.

De acordo com o censo, 8.033.574 alunos estão matriculados no ensino superior. O número supera a estatística de
2014 em 2,5%, quando havia 7.839.765 matriculados. São ofertados 33 mil cursos de graduação em 2.364
instituições de ensino superior.

Um dado preocupante mostra uma grande ociosidade no sistema. O Censo aponta que das 6,1 milhões de novas
vagas em instituições públicas e privadas de ensino superior, somente 42,1% estão preenchidas e 13,5% das
vagas remanescentes foram ocupadas. “A falta de interesse em ocupar as vagas amplamente oferecidas, tanto na
rede pública quanto na particular, deve-se ao fato de o jovem não identificar, na sua vontade, uma perspectiva
desse ou aquele curso. É preciso haver uma conexão entre a educação básica e a de nível médio para ampliar as
oportunidades de acesso à educação superior”, defende a presidente do Inep, Maria Inês Fini. “As vagas
remanescentes indicam pouca eficiência do sistema. A reforma do ensino médio vai dar a esses jovens a
oportunidade de vivenciar algumas trajetórias acadêmicas mais associadas a cursos e carreiras no ensino
superior”, conclui.

Assessoria de Comunicação Social

Data da pesquisa:23/04/2023

Site: portal.mec.gov.br

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