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Curso: Pedagogia
Disciplina:
Alunos/as Formadores/as:
Instituição Receptora:
2. JUSTIFICATIVA
3. OBJETIVOS
4. REFERENCIAL TEÓRICO
A trajetória sofrida da EJA tem trazido mudanças no campo da formação de
professores. Podemos destacar dois movimentos importantes nessa direção: um,
mais ligado aos órgãos oficiais de governo, com a presença importante do órgão
normativo nacional em educação: o Conselho Nacional de Educação (CNE), que,
através da Câmara de Educação Básica fixou, em 2000, as diretrizes curriculares
para a EJA e, outro, que advém da sociedade civil organizada em defesa da EJA,
com destaque para a participação dos fóruns de EJA e do Grupo de Trabalho de
Educação de Jovens e Adultos, da Associação Nacional de Pós-Graduação e
Pesquisa em Educação (Anped). É fundamental que os professores de EJA
conheçam esses movimentos. Trata-se de documentos importantes, que devem ser
lidos por todos os professores de EJA, para que possam compreender o que é essa
modalidade de ensino.
EJA deve incluir, além das exigências formativas para todo e qualquer professor, aquelas relativas à
complexidade diferencial desta modalidade de ensino.
Assim esse profissional do magistério deve estar preparado para interagir empaticamente com esta
parcela de estudantes e de estabelecer o exercício do diálogo. Jamais um professor aligeirado ou
motivado apenas pela boa vontade ou por um voluntariado idealista e sim um docente que se nutra
do geral e também das especificidades que a habilitação como formação sistemática requer.
(BRASIL, 2000a, p. 56).
O art. 4º, VI da LDB impõe a oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
e no inciso VII, a oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e
modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem
trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola.
Vê-se, pois, a exigência de uma formação específica para a EJA, a fim de que se resguarde o
sentido primeiro do termo adequação (reiterado neste inciso) como um colocar-se em consonância
com os termos de uma relação. No caso, trata-se de uma formação em vista de uma relação
pedagógica com sujeitos, trabalhadores ou não, com marcadas experiências vitais que não podem
ser ignoradas. E esta adequação tem como finalidade, dado o acesso à EJA, a permanência na
escola via ensino com conteúdos trabalhados de modo diferenciado com métodos e tempos
intencionados ao perfil deste estudante. Também o tratamento didático dos conteúdos e das práticas
não pode se ausentar nem da especificidade da EJA e nem do caráter multidisciplinar e
interdisciplinar dos componentes curriculares. (BRASIL, 2000a, p. 58).
Art. 17 – A formação inicial e continuada de profissionais para a Educação de Jovens e Adultos terá
como referência as diretrizes curriculares nacionais para o ensino fundamental e para o ensino médio
e as diretrizes curriculares nacionais para a formação de professores, apoiada em:
Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 2, n. 2-3, p. 161-174, jan. / Dez 2008. Disponível em:
<http//www.esforce.org.br> 169 apropriados às situações específicas de aprendizagem. (BRASIL,
2000b).
O fato de nosso País ter ótimas leis, que acabam se circunscrevendo em letra
morta, não pode significar um processo de acomodação frente ao que está
instituído.
Muito do arcabouço legal, produzido pós-ditadura militar, foi fruto de muita luta
política e muita organização de coletivos, que investiram na reconstrução
democrática.
Todavia, a democracia legal, os direitos civis e políticos reconquistados não
resultaram em mudança imediata da realidade da população. Isso exige de todos,
atitude de permanente organização em busca dessa mudança. É na democracia
formal, que precisa se constituir em democracia de fato, que se situa o segundo
movimento, no contexto de mudança na realidade da formação de professores de
EJA.
Hamburgo, Alemanha.
Esse movimento, de 1996 até os dias atuais, promoveu a mobilização dos diversos
estados da Federação, sendo que os fóruns, hoje, estão presentes em todos eles e
no Distrito Federal, constituindo-se, em alguns estados, por uma organização
descentralizada em vários fóruns regionais. São instâncias de mobilização e debate
em torno da política pública de educação para jovens e adultos. Sua composição é
plural, agregando, em cada estado e nos regionais, representantes de vários
segmentos, que atuam direta ou indiretamente na EJA: universidades, movimentos
populares, redes públicas de ensino, conselhos municipais e estaduais de
educação, sindicatos, organizações não governamentais, empresas, educandos e
educadores. A forma de articulação no estado e nos regionais depende da dinâmica
de cada fórum, como pode-se aferir no sítio www.forumeja.org.br.
• A criação de uma rede de formação e pesquisa deverá ser concebida com a contribuição do
segmento universidades dos Fóruns de EJA, coordenação da Anped e segmento de educadores
populares e professores da rede pública;
• Garantir investimentos da esfera pública, em formação inicial e continuada específica para EJA;
• O educador de EJA deve ser reconhecido como pesquisador de suas práxis pedagógica, sendo
este o princípio orientador da formação na graduação e pós-graduação;
• Que o governo federal crie mecanismos que viabilizem o processo de formação inicial e continuada,
por meio de parcerias entre as redes públicas e as instituições de educação superior, promovendo
cursos de licenciatura para educadores da EJA e educadores populares. (ENCONTRO NACIONAL
DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS, 2007).
5. METODOLOGIA
Com muita frequência ouve-se entre os profissionais da educação, das diversas modalidades
de ensino que é necessário valorizar/ potencializar/ aproveitar nos educandos, os “saberes
cotidianos, os conhecimentos que trazem de casa, as experiências vivenciadas” e/ou outras
expressões que nos remetem a esta habitual fala que se tornou comum nas instituições
escolares, e quando se fala em Educação de Jovens e Adultos estas falas são ainda mais
contundentes.
São muitos os desafios o que torna a prática de ensinar cada vez mais complexa para superar
uma formação fragmentada, tanto a instituição formadora de professores como os formadores
e os futuros professores, precisam assumir que na sociedade globalizada se convive,
simultaneamente, com a inovação e a incerteza. Por isso, a educação dos seres humanos se
torna mais complexa, e a formação do professor, também, passa a assumir essa
complexidade.
A concepção moderna do educador exige uma sólida formação cientifica, técnica e política,
claro que, atrelada a uma prática pedagógica crítica e consciente para avaliar a atual condição
da educação.
Dessa forma, faz-se necessário uma qualificação dos profissionais envolvidos neste processo,
é fundamental que a equipe docente esteja bem preparada, por este motivo é extremamente
importante uma formação continuada, onde todos tenham a oportunidade de repensar a sua
prática. Pois, a formação continuada é um processo possível para a melhoria da qualidade do
ensino, dentro do contexto educacional contemporâneo.
A formação continuada pode ser caracterizada como uma tentativa de resgatar a figura do
mestre, tão carente do respeito devido a sua profissão, tão desgastada em nossos dias.
5.1 PROCEDIMENTOS
6. CONSIDERAÇÕES FINAS
Transformar a vida de um indivíduo através da educação não é uma tarefa fácil, mas é
muito gratificante. Porém quando tratamos da transformação de indivíduos adultos com
pensamentos e opiniões formados, vida social e política estabelecida, precisamos de
muito estudo, e até mesmo rever nossos conceitos sobre a nossa prática pedagógica.
Os alunos da EJA são alunos com conhecimento de mundo, com amplas experiências,
sendo assim o professor jamais pode desconsiderar o conhecimento prévio do aluno, e
sim contextualizar suas atividades para oferecer um ensino democrático e de qualidade,
afinal os alunos da EJA já passaram por muitos percalços para chegar até a sala de aula
novamente.
REFERÊNCIAS