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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

Curso 2ª LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

Acadêmica:

Tutor externo:

Relatório de estagio curricular

UMA ABORDAGEM SOBRE INCLUSÃO DOS PORTADORES DE


NECESSIDADES ESPECIAIS NAS ESCOLAS REGULARES

Patis –MG
2020
RESUMO

A inclusão vem ao longo dos anos, buscando a não exclusão escolar e propondo
ações que garantam o acesso e permanência do aluno com deficiência no ensino
regular. No entanto, a minha experiência vivida nos trabalhos remotos neste ano de
2020 em tempos de pandemia, não foi fácil e tendo como objetivo e o foco a
reinvenção do ensinar em tempos de isolamento social, o mesmo efetivado por meio
de instrumentos e usando as ferramentas online e as observações via as redes
sociais. A inclusão e a capacidade de aceitação das diversidades dos indivíduos,
garantindo acesso igualitário às oportunidades e representa atualmente um dos
principais desafios da área da Educação. O estudo trata-se de uma abordagem a
respeito da inclusão dos Portadores de Necessidades Especiais (PNES) nas escolas
regulares a partir de artigos científicos nacionais produzidos no período de 2000 a
2020. A inclusão escolar oferece vários benefícios, sendo construtiva para o
desenvolvimento de professores, alunos e PNES. Muitos aspectos dificultam essa
prática, portanto, algumas mudanças são necessárias como à reorganização
escolar, formação continuada dos professores e a transformação da concepção de
deficiência, entre outras. Conclui-se que a inclusão nas redes regulares de ensino é
um processo complexo, envolve a garantia do sucesso da aprendizagem em um
ambiente harmônico e respeitador, colaborando para construção da cidadania com
justiça e dignidade em tempos de isolamento social.

Palavras-chave: Educação especial. Inclusão escolar. Pandemia. Ensino à


distância.

1 INTRODUÇÃO

A inclusão também passa por mudanças na constituição psíquica do homem,


para o entendimento do que é a diversidade humana. Também é necessário
considerar a forma como nossa sociedade está organizada, onde o acesso aos
serviços é sempre dificultado pelos mais variados motivos. Mesmo diante da crise
pandêmica do novo vírus chamado de COVID-19, uma doença letal.
A inclusão é a capacidade de aceitação das diversidades dos indivíduos,
garantindo acesso igualitário às oportunidades e representa atualmente um dos
principais desafios da sociedade, principalmente na área da Educação (TEIXEIRA;
KUBO, 2008). Segundo Bartalotti. (2008) vai além do acesso, envolve a
possibilidade de permanência e o sucesso de ensino aprendizagem.
O estudo trata-se de uma abordagem a respeito da inclusão dos Portadores
de Necessidades Especiais (PNES) nas escolas regulares se utilizado artigos
científicos nacionais produzidos no período de 2000 a 2008. A inclusão nas escolas
beneficiam os PNES, que são alvos do preconceito e exclusão. De acordo Silva
(2006) o preconceito aos deficientes físicos representa uma negação social, onde o
corpo defeituoso provoca estranheza. Diante dessas particularidades surgiram
iniciativas para a educação desses alunos.
O procedimento da aprendizagem e a alfabetização é um período onde a
pessoa estabelece a gramática em suas transformações, esta ação não fazer
referência a tão só sem misturar a ação de abranger e apreender, leitura e registrar,
mas sim, de adequar-se da ciência. Olhando o lado bom e procurar buscar rever
dentro de si as exposições a partir do que compreende a respeito de sua realidade e
isso precisa se dar também nesse período único que ficamos em isolamento social.
O debate sobre a educação especial teve início no século XVI. Inicialmente, a
educação dos PNEs era baseada na segregação e com o decorrer do tempo houve
uma evolução direcionada para a inclusão desses alunos nas escolas regulares.
Alguns marcos históricos contribuíram para esse novo enfoque, como a Constituição
Federal de 1988 (BRASIL) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDBEN-nº 9394/96), entre outros (BRASIL, 1996).
A Constituição Federal (1988) e a LDBEN estabelecem que os PNES devam
estudar de preferência nas escolas regulares e que todos têm direito à educação. A
Conferência Mundial sobre Educação para Todos (UNESCO, 1990) realizada em
Jomtien na Tailândia, fixou metas para melhorar a educação de crianças e jovens
com necessidades especiais. A Conferência Mundial sobre Necessidades
Educacionais Especiais (UNESCO; ESPANHAMEC, 1994) resultou na Declaração
de Salamanca, iniciando a difusão mundial da educação inclusiva. A taxa de
escolarização de crianças deficientes na faixa etária de 7 a 14 anos é muito alta,
seis pontos percentuais abaixo das demais crianças. As deficiências física e mental
são as responsáveis pelas menores taxas de escolarização. Estes dados têm
influência direta sobre a vida funcional dos PNES, pois, pesquisas revelam que as
empresas têm dificuldades para preencher as vagas que por lei são destinadas aos
PNES, devido à baixa escolaridade dos mesmos conforme disse ARAUJO;
SCHMIDT, 2006.
Em relação aos professores, a Resolução CNE n. 02/2001(BRASIL, 2001)
prevê a formação de dois tipos de docentes para a Educação Especial: os
capacitados e os especializados. Os capacitados são responsáveis por executarem
atividades diretamente com os PNES; já os especializados organizam e planejam
ações pedagógicas desenvolvidas pelos professores capacitados.
São medidas muito importantes e as mesmas tem dado um grande impacto
na nossa economia e os setores de educação foi uma delas, onde por empenho os
professores, estudantes e os outros servidores tiveram que reinventar suas aulas
através de plataformas online usando diversas ferramentas novas para as a
alfabetização e a aprendizagem.

2. Justificativa e situação problema:

Oferece a inclusão escolar vário benefícios, sendo construtiva para o


desenvolvimento de professores e alunos e o conhecimento desta interação
contribuem para políticas públicas sociais. Os colegas que convivem com PNES
tornam-se cooperativos, e tivemos que nos adaptarem a nova forma de do ensino
remoto apresentando novos comportamentos excludentes e segregadores,
construindo valores como o respeito e a solidariedade. Com isso, há uma maior
integração na turma e uma melhor aceitação das próprias potencialidades e
limitações, promovendo uma contribuição tanta acadêmica, como social de acordo
TEIXEIRA; KUBO, 2008.
Para os PNES os benefícios seriam: participar de ambientes normalizou,
aprender com alunos mais competentes e construção de laços afetivos,
proporcionando melhora de habilidades, imagem social e autonomia, fortalecendo
assim, a socialização. As relações de amizade auxiliam no desenvolvimento
linguístico, social, sexual e acadêmico, e contribui para o apoio, bem-estar e
conhecimento das regras sociais, o que facilita o acesso e a permanência dos PNES
nas escolas regulares.

2 DESENVOVIMENTO

A inclusão escolar tem alguns aspectos dificultam entre eles se destacam: a


concepção de deficiência como doença; visão dos PNES como problema que a
escola não está preparada para enfrentar; medo e insegurança dos professores por
falta de capacitação; condições de trabalho inadequadas; falta de estrutura;
considerar a deficiência como centro e não o aluno; falta de apoio de autoridades;
priorização de outros enfoques políticos na educação de acordo BARTALOTTI,
2008.
O sistema escolar valoriza apenas o desenvolvimento cognitivo e existe uma
forte tendência de associação entre aparência física e competência, condutas que
contribuem para a exclusão e discriminação (TEIXEIRA; KUBO, 2008).
Neste período de pandemia e transformações na área educacional teve que
inovar as forma de trabalhar a aprendizagem, as formas de ensinar à distância Hoje
o nosso planeta está atravessando por um tempo de grandes modificações aceito o
atual colapso da saúde que encontrar-se vivido com o COVID-19, ficando assim, a
educação tendo que adotar critérios novos na sua forma de repassar seus trabalhos
inovados a distância concretizando em todos os âmbitos e planos de ensino.
Foram várias mudanças para o avanço da inclusão: reorganização escolar
tendo a flexibilização como diretriz; alterações curriculares e da forma de avaliação;
formação continuada dos professores; reformas arquitetônicas com sinalização das
escolas; equipe de apoio formado por profissionais de saúde; discussão e
reestruturação do agrupamento dos alunos nas salas de aulas; nova abordagem dos
PNES identificando seus pontos fortes e designando responsabilidades especiais;
formação de grupos de aprendizado cooperativo com instruções e metas bem claras
(MICHELS, 2006 ).
Concluindo este trabalho de estágio foi realizado através da observação
virtual da Escola Estadual Francisco Andrade, localizada na Rua Sebastião Rocha,
nº170 Centro da cidade denominada PATIS-MG CEP: 39.378-000. Buscamos nas
midias sociais, o site da prefeitura do município, a secretaria Municipal de educação,
conversas virtuais com professores da Instituição, o projeto político pedagógico da
escola, Face book entre outros meios de informações online.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Portanto as mudanças são fundamentais para inclusão, mas exige esforço de


todos possibilitando que a escola possa ser vista como um ambiente de construção
de conhecimento, deixando de existir a discriminação de idade e capacidade. Para
isso, a educação deverá ter um caráter amplo e complexo, favorecendo a
construção ao longo da vida, e todo aluno, independente das dificuldades, poderá
beneficiar-se dos programas educacionais, desde que sejam dadas as
oportunidades adequadas para o desenvolvimento de suas potencialidades. Isso
exige do professor uma mudança de postura além da redefinição de papeis que
possa assim favorecer o processo de inclusão.
Nos períodos que convivemos a metodologia se virou “algo complementar da
família brasileira”, em presença disto as instituições buscam elementos para
trabalhar com o uso da ciência já que isto está tanto atualizado no cotidiano dos
nossos alunos.
Foi uma grande aprendizagem na vida acadêmica onde fomos obrigados a
desdobrar as atenções, devido ao acesso as redes sociais nem todos tinham acesso
a aparelhos de geração atualizados. Passamos a entender o que é trabalhar com
uma sala de alunos e saber como repassar o conhecimento a eles na época em que
estamos vivendo através dos novos métodos de aprendizagem com as novas
tecnologias.
É sucinto colocar em aprendizado o que já está legitimamente garantido, para
que a desigualdade seja respeitada e valorizada, e assim sendo, harmonia a todos
os seus entes queridos envolvidos, o desenvolvimento total de suas competências,
beneficiando e reconhecendo o direito às diferenças buscando proporcionar aulas
com uso do celular, computador, determinados meios que apresentamos em nossa
realidade escolar.
Finaliza-se que esse aprendizado teve diversos contextos e com muitas
novidades para a narrativa da educação no nosso Brasil, tem em vista a reinvenção
como uma forma de trabalhar nestes períodos de isolamento social a níveis de
mundial, experienciamos várias conhecimentos nova, nova processos de atuação
diante do ensino e da aprendizagem remota, ou seja, a distância. Foi um período de
muitos temas novos, que se observei, e tivemos várias dificuldades em afinidade aos
teores usados, observados e ajustados.

REFERÊNCIAS

ARAUJO, J.P.; SCHMIDT, A. A inclusão de pessoas com necessidades


especiais no trabalho: a visão de empresas e de instituições educacionais especiais
na cidade de Curitiba. Rev. Bras. Ed. Esp. Marília. v.12, n.2, p.241-254, maio/ago.
2006.
BARTALOTTI, C.C. et al. Concepções de profissionais de educação e saúde
sobre educação inclusiva: reflexões para uma prática transformadora. O Mundo da
Saúde. São Paulo. v.32, n.2, p.124-130, abr./jun.2008.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado
Federal 1988.
BRASIL. Congresso. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução nº
2, de 11 de setembro de 2001. Institui diretrizes nacionais para a educação especial
na educação básica.
MENDES, E.G. A radicalização do debate sobre inclusão escolar no Brasil. Rev.
Bras. Educ. Rio de Janeiro. v.11, n.33, set./dez.2006.
MICHELS, M.H. Gestão, formação docente e inclusão: eixos da reforma
educacional
brasileira que atribuem contornos à organização escolar. Rev. Bras. Educ. Rio de
Janeiro. v.11, n.33, set./dez.2006.
PORTARIA MEC nº 544, de 16 de junho de 2020 , que regulamenta a realização de
atividades práticas e laboratoriais e a oferta de estágios das instituições de ensino
superior (IES) enquanto durar a pandemia da Covid-19.
SILVA, L.M. O estranhamento causado pela deficiência: preconceito e
experiência. Rev. Bras. Educ. Rio de Janeiro. v.11, n.33, set./dez. 2006.
TEIXEIRA, F.C.; KUBO, O.M. Características das interações entre alunos com
Síndrome de Down e seus colegas de turma no sistema regular de ensino. Rev.
Bras. Ed. Esp. Marília. v.14, n.1, p.75-92, jan./abr.2008.
UNESCO. Declaração mundial sobre educação para todos: plano de ação para
satisfazer as necessidades de aprendizagem, 1990, Jomtien. Nova Iorque: WCEFA,
1990.

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