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já indicavam como prioridade dar apoio ao sistema regular de ensino para inserção dos
alunos com deficiência, priorizando o financiamento de projetos institucionais voltados
para ações inclusivas, o que é reiterado nas Diretrizes Nacionais para Educação Especial,
na Educação Básica (GLAT e NOGUEIRA, 2002).
Contudo, conforme advertem Diniz, Barbosa e Santos (2009), o reconhecimento
das demandas das pessoas com deficiência como uma questão de justiça, direitos
humanos e promoção de igualdade, só foi previsto a partir da Convenção sobre os Direitos
da Pessoa com Deficiência, da Organização das Nações Unidas (ONU, 2006). A partir
desta convenção, se prevê que a garantia de uma vida digna às pessoas com deficiência
não pode ser restrita apenas ao direito de acesso a bens e serviços médicos, devendo de
um modo mais amplo, abranger a eliminação de barreiras em um ambiente social
acessível aos corpos com qualquer tipo de impedimentos, sejam eles físicos, intelectuais
ou sensoriais.
Nesta conjuntura, e em razão da grande variedade de necessidades especiais
presentes nas escolas, os Parâmetros Curriculares Nacionais/Adaptações Curriculares
(1999) definiram como prioridade do atendimento educacional especializado a ser
oferecido, de modo preferencial, na rede regular de ensino, os alunos com deficiência
intelectual, visual, auditiva, física e múltipla, com transtorno global do desenvolvimento
e com altas habilidades. No entanto, mesmo sendo estabelecidas tais prioridades, muitos
são os desafios que emergem na prática da sala de aula e no dia a dia escolar, pois os
professores têm que ensinar conteúdos escolares a pessoas muito diferentes, com
especificidades no seu agir e modos de pensar. Diante da multiplicidade de trajetórias
presentes na escola, todos os educadores precisam desenvolver modos alternativos de
conhecimento e estratégias de aprendizagem, enfrentando tarefas e problemas bem
diferentes do que haviam pensado inicialmente nos seus cursos de formação de
professores.
É importante ainda atentar para o fato de que a temática da inclusão em uma
sociedade capitalista marcada pela desigualdade social e econômica, na qual a escola está
inserida e faz parte, gera muitas tensões e conflitos (MENDONÇA e SILVA, 2014).
Embora as propostas de inclusão defendam o acesso de todos aos bens e serviços públicos
e proponha políticas e direitos universais, o cotidiano das instituições e das relações
sociais ainda é regido pela lógica da meritocracia. Nesta lógica, o sujeito é
responsabilizado, isoladamente, pelo seu sucesso ou fracasso escolar e/ou profissional
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sem que seja considerado, efetivamente, o seu pertencimento a determinada classe, e/ou
condição social.
No caso dos alunos, o sistema educacional determina as habilidades e
competências gerais que julgam necessárias, desconsiderando a heterogeneidade da
população que passa a ter acesso a uma escola, que em tese (mas não de fato) foi
formulada para todos. Essa população que, em sua grande parte, apresenta valores
culturais diversos, vive diferentes condições socioeconômicas e apresenta peculiaridades
no desenvolvimento (de ordem física, mental ou sensorial), ao não conseguir atingir os
objetivos propostos pelo sistema de ensino, é marginalizada ou excluída do processo
educacional comum (Laplane, 2004).
Não podemos negar que as políticas e propostas de inclusão proporcionaram o
desenvolvimento de instituições mais abertas e propícias ao convívio das diversidades.
Com certeza o movimento de inclusão escolar representa uma conquista com relação aos
modelos de atendimento até então propostos às pessoas com deficiência. Contudo, ainda
se faz necessário avançar na construção de um projeto educacional que de forma
prospectiva e, porque não dizer, emancipadora, apresente novas formas de se pensar a
produção de conhecimento na escola. Para tanto, é fundamental que o educador participe
de discussões teóricas e conceituais que possam fundamentar uma prática pedagógica que
esteja de acordo com essas originais exigências.
Nesta direção, os apontamentos da perspectiva histórico-cultural sobre o
desenvolvimento humano e, mais especificamente, suas reflexões acerca dos sujeitos com
necessidades educacionais especiais se mostram importantes.
Ao propor uma concepção de homem como ser social, focalizando o papel dos
aspectos históricos e culturais na formação da pessoa, essa abordagem nos revela uma
forma original de compreender os processos educacionais de sujeitos com deficiência
(VIGOTSKI, 1989, 1993,1994, 2000). Defende uma visão de desenvolvimento com
ênfase nas determinações culturais como centrais para as transformações intelectuais,
distanciando-se de um modelo baseado nos princípios biológico e clínico. Nessa
perspectiva, levando em conta a centralidade da plasticidade cerebral, que as funções
cognitivas podem ser transformadas ao longo da história pessoal por meio de ações
mediacionais específicas, uma intervenção educacional intencional.
Para esta vertente, tornar-se pessoa é participar ativamente das dinâmicas sociais
que nos circunscrevem e nos constituem. O que somos depende da forma como as pessoas
se posicionam na relação que mantém conosco. Dessa forma, quanto mais ricas e variadas
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forem nossas interações educacionais, mais potencializadas serão nossas aprendizagens
– o que nos leva a defender que o contexto inclusivo, repleto de situações contrastantes e
com percursos de desenvolvimentos tão singulares, pode ser enriquecedor tanto para as
pessoas consideradas com uma deficiência, assim como para aquelas cujo
desenvolvimento não é marcado por um diagnóstico específico.
Nessa linha argumentativa, compreende-se que as diferenças não devem ser um
problema para a experiência escolar, pois antes disso, elas ampliam e transformam o que
somos, em novas possibilidades de ensinar e aprender. É sobre esta forma de ensinar e
aprender que vamos conversar ao longo deste capítulo.
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Sobre isso, Saviani & Duarte (2010) afirmam:
O que faz do indivíduo um ser genérico, isto é, um representante do gênero humano,
é a atividade vital, a qual é definida por Marx como aquela que assegura a vida de
uma espécie. No caso dos seres humanos, sua atividade vital, que é o trabalho,
distingue-se daquelas de outras espécies vivas por ser uma atividade consciente que
se objetiva em produtos que passam a ter funções definidas pela prática social. Por
meio do trabalho o ser humano incorpora, de forma historicamente universalizadora,
a natureza ao campo dos fenômenos sociais. Nesse processo, as necessidades humanas
ampliam-se, ultrapassando o nível das necessidades de sobrevivência e surgindo
necessidades propriamente sociais (pág. 426).
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Para Vigotski, a educação deve se orientar prospectivamente, promovendo a
formação de novos ciclos de desenvolvimento e isso não é diferente com as crianças que
apresentam peculiaridades no desenvolvimento. Elas também aprendem com o outro e se
sentem mobilizadas para o aprendizado quando são desafiadas pedagogicamente, como
discutiremos mais adiante. É na relação com a professora e com seus colegas que qualquer
criança aprende novas formas de refletir sobre o mundo.
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No trecho a seguir, retirado do Tratado de Defectologia, veremos que Vigotski, mesmo
utilizando uma linguagem ultrapassada para nossa realidade, com termos como criança
anormal ou retardo mental, apresenta ideias inovadoras para a sua época e que na
atualidade sofrem resistência para serem colocadas em prática.
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Nesta perspectiva, um princípio fundamental para a compreensão do
desenvolvimento da pessoa com deficiência é que “qualquer deficiência origina estímulos
para formação de uma compensação” (Vigotski, 1989, p. 5).
O olhar tradicional partia da ideia de que o defeito significa menos, falha, deficiência,
limita e estreita o desenvolvimento da criança, o qual era caracterizado, antes de mais
nada, pelo ângulo da perda dessa ou daquela função. Toda a psicologia da criança
anormal foi construída, em geral, pelo método da subtração das funções perdidas em
relação à psicologia da criança normal. Para substituir essa compreensão, surge outra,
que examina a dinâmica do desenvolvimento da criança com deficiência partindo da
posição fundamental de que o defeito exerce uma dupla influência em seu
desenvolvimento. Por um lado, ele é uma deficiência e atua diretamente como tal,
produzindo falhas, obstáculos, dificuldades na adaptação da criança. Por outro lado,
exatamente porque o defeito produz obstáculos e dificuldades no desenvolvimento e
rompe o equilíbrio normal, ele serve de estímulo ao desenvolvimento de caminhos
alternativos de adaptação, indiretos, os quais substituem ou superpõem funções que
buscam compensar a deficiência e conduzir todo o sistema de equilíbrio rompido a uma
nova ordem (Vigotski, 2011, p. 869).
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podem atingir. O enfoque terapêutico e clínico, ao se basear em indicadores quantitativos,
mede e compara padrões de comportamento, restringindo a avaliação no apontamento de
características estáveis e nos limites causados pela deficiência.
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São priorizados “os exercícios mecânicos do tipo: separar sílabas, registrar
ditados, copiando repetidas vezes palavras que erraram, formar frases com palavras
dadas, completar com..., dar o masculino de..., passar para o plural etc.” (PADILHA,
2004, p. 109). Paralelamente, são menosprezadas “ações de, com e sobre a linguagem”
(PADILHA, 2004, p. 109-110).
Seguindo o debate, conforme discutimos anteriormente, Vigotski redimensiona o
tema e a questão da deficiência, apontando para a centralidade das relações sociais e dos
intercâmbios na constituição do sujeito. O autor destaca que é na dinâmica interativa, nas
atividades coletivas que os mecanismos de compensação podem ser ativados, conforme
sinalizamos anteriormente. Isso significa dizer que a capacidade intelectual de cada
sujeito não pode ser definida por prescrições generalizadas a partir de um determinado
diagnóstico, mas deve orientar-se para os movimentos interpessoais e às variadas esferas
de competências intelectuais. Por isso, Vigotski afirma que é importante ter uma visão
positiva da deficiência, pois uma criança com deficiência não é uma criança defeituosa.
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meio da imitação e pela mediação do outro) construir situações de aprendizagem
diferenciadas e se ajudar mutuamente na formação de novos ciclos de desenvolvimento.
Nesta direção, os autores da corrente histórico-cultural consideram que a
qualidade da mediação simbólica (interações em sala de aula, por exemplo) e do contexto
sociocultural favorece (ou não) o curso do desenvolvimento subjetivo (De CARLO, 1999;
PADILHA, 2004 entre outros).
Nesta perspectiva, Padilha (2004), retomando a ideia de compensação, afirma que
o planejamento educacional para crianças com algum tipo de peculiaridade cognitiva
deveria ter como base essa noção de que o defeito faz emergir tendências psicológicas
para combatê-lo, especialmente em razão das demandas e exigências que emergem das
experiências culturais. Isso significa que o educador deve buscar nas intervenções com
esses alunos as forças positivas do defeito, as possibilidades de desenvolvimento – o que
está a favor do (e não contra o) seu desenvolvimento.
Dado o pressuposto de que a desvantagem intelectual não é um traço inerente ao
sujeito nem determina definitivamente suas possibilidades de aprendizagem e
desenvolvimento, a mediação pedagógica planejada para atender às necessidades e
peculiaridades dos alunos pode promover níveis de ajuda significativos, produzindo
avanços e transformações em suas funções cognitivas.
Nesse sentido, Gomes, Borges, Santos, Trompieri, Cunha e Silva (2008) apontam
a relevância de um trabalho diversificado, que venha ao encontro das demandas de cada
indivíduo. As pesquisadoras alertam que a promoção de situações de aprendizagem
desafiadoras são fundamentais para o sucesso do trabalho escolar com crianças com
deficiência intelectual.
É o que revelam os dados apresentados por Silva (1998) sobre o trabalho
pedagógico numa turma inclusiva, com crianças de 4 a 5 anos, na rede privada da cidade
de Campinas (SP). Nesse estudo, a pesquisadora apresenta Marcela: aluna com
deficiência intelectual e hipotonia generalizada. Na época da investigação, Marcela tinha
5 anos e apresentava um quadro de dificuldades de locomoção e comunicação. Ela
frequentava uma turma de Educação Infantil que possuía como objetivos curriculares
centrais o desenvolvimento do conceito de número, algumas noções sobre a linguagem
escrita e uma ampliação das experiências com o universo simbólico. Em função dessas
exigências, a professora iniciou um trabalho para ampliação da fala de Marcela, o que
facilitaria a sua comunicação com o grupo e a resolução de problemas.
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Com o objetivo de ampliar as possibilidades de comunicação de Marcela, que
ainda eram muito precárias, a professora começou a mediar os modos de organização da
fala, o que exigia novos posicionamentos de Marcela sobre o que ela mesma falava. Sobre
isso, em um dos momentos da Roda (videogravado pela pesquisadora) observou-se a
seguinte situação:
EPISÓDIO 1: A Roda (11 crianças estão sentadas no chão formando uma roda).
A professora pergunta aos alunos em roda: Quem aqui é esperto na matemática?
Os alunos respondem juntos e levantam a mão:
– Eu! Eu! Eu!
(Marcela se levanta e pega um estojo. A professora olha atentamente em sua direção. A
aluna, então, aponta como quem quer dizer que tem lápis dentro do estojo)
– Marcela, o nome disso é lápis. Tenta falar lápis (movimentando a boca pausadamente
em direção à aluna).
Marcela, imitando a boca da professora, fala: – La-í.
A professora, então, volta-se à Marcela e repete: – Não. Lá-pis!
Marcela, imitando a professora, responde: – Lá- pis. (dando ênfase ao som do encontro
vocálico “pis”).
Em seguida, a aluna mostra para professora que o lápis está dentro do estojo, batendo a
mão no estojo.
A professora fala: – Que bom, Marcela! Você trouxe “lá-pis” para escola!
Em seguida, continua a atividade de matemática com a turma sentada em roda.
(...)
Como pode ser visto no episódio acima (adaptado de SILVA, 1998), Marcela
apoia-se na fala da professora, buscando produzir sons, palavras que possam ser
entendidas pelo outro (colegas/professor). Em outras situações, a pesquisadora revela que
os colegas de turma serviam como modelos, cobrando de Marcela uma correta forma de
pronunciar as palavras, inclusive, quando a aluna tentava elaborar frases completas.
Nesse exemplo, em particular, Marcela busca demonstrar que trouxe lápis para
escola, mas, inicialmente, se utiliza dos gestos para explicar este fato para a turma. A
professora não aceita o gesto e pede para que ela fale o que tem dentro do estojo. Para
isso, ela media a fala de Marcela por meio de sua própria fala. Marcela, depois da primeira
tentativa, consegue apoiada no modelo da professora falar lápis.
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Contudo, salienta a descrição da pesquisadora, o trabalho pedagógico com
Marcela nem sempre se configurava de forma harmoniosa. Em determinados momentos,
a aluna se negava a falar, omitia informações para não ter que ser exigida pelo grupo.
Momentos de choro e de recusa também ocorriam, exigindo posturas muito coerentes da
professora para viabilizar a efetiva comunicação de Marcela com o grupo, ampliando suas
competências acadêmicas (de ordem intelectual).
O desenvolvimento acadêmico de Marcela transformou-se de forma
revolucionária após sua entrada na escola. A partir da mediação pedagógica, da ênfase na
relação intersubjetiva para construção de conhecimentos e da configuração de estratégias
pedagógicas previamente estruturadas pela docente, Marcela começou a elaborar
hipóteses de escrita e de raciocínio lógico-matemático. Nessa direção, Gomes et al. (2008)
apontam que os processos de compensação do sujeito deficiente podem ser ativados a
partir das dinâmicas interativas, promovendo novos ciclos de desenvolvimento por meio
de avanços na aprendizagem.
Conforme apontado por Vigotski (1989), é na vida social e coletiva que a criança
com deficiência encontra recursos para a formação das funções simbólicas desencadeadas
por mecanismos compensatórios. Ou seja, a falta de alguma função promove o
surgimento de outras, por meio da reorganização neurológica. Para ele, as dificuldades
ou demandas surgidas no meio sociocultural em que a pessoa com deficiência está
inserida fazem emergir funções para compensar seus defeitos e, por meio do processo de
internalização, promovem uma reorganização das suas funções psicológicas.
Na verdade, a proposta do autor para a educação de alunos especiais é contrária a
uma pedagogia menor, conforme problematizamos anteriormente, que tem como foco as
funções elementares e as limitações associadas à deficiência. Ele enfatiza a necessidade
de buscar o máximo de desenvolvimento das funções psicológicas superiores, envolvendo
o aluno na trama das relações do mundo concreto (na coletividade) e possibilitando,
assim, sua participação nos diferentes tipos de atividades escolares. Segundo Vigotski
(2011, p. 866), “o desenvolvimento das formas superiores de comportamento acontece
sob pressão da necessidade; se a criança não tiver necessidade de pensar, ela nunca irá
pensar”.
Sabemos que, muitas vezes, é privilegiado no processo dos alunos com deficiência
intelectual um atendimento individualizado, com atividades mecanizadas, simplificadas
e desprovidas de significação. Essas práticas pedagógicas, de acordo com os princípios
da perspectiva histórico-cultural, limitam o desenvolvimento de processos
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compensatórios, pois o aluno não experimenta, em suas vivências escolares, as diversas
possibilidades de mediação e de cooperação de outras pessoas. Suas interações, na maior
parte do tempo, ficam restritas ao contato com o professor, que tem que atendê-lo de
forma separada e, ao mesmo, dar atenção aos outros alunos da turma (Mendonça, 2013).
Gostaríamos de salientar que esses princípios educacionais não passam de uma
concepção equivocada, na medida em que não preconizam as reais necessidades do
sujeito que apresenta uma deficiência intelectual, bem como suas possibilidades de
aprendizagem, as quais poderão estar sendo trabalhadas de forma a desencadear zonas de
desenvolvimento proximais. Tal processo pode se tornar realidade no momento em que o
professor lança mão de estratégias de intervenção pedagógicas baseadas na valorização
dos processos interativos, como forma de garantir a participação guiada de crianças com
deficiência no contexto da produção coletiva de conhecimentos.
Dainêz e Monteiro (2009), com base nas elaborações de Vigotski acerca dos
processos de desenvolvimento afirmam:
O indivíduo só irá aprender se as experiências sociais forem propiciadas de maneira
significativa, ou seja, se a dinâmica da vida social proporcionar possibilidades,
oportunidades e desafios que tenham significado para o sujeito e para o grupo social.
Deve-se destacar a importância do outro no processo de aprendizado do aluno, pois
aprendemos a ser homens por intermédio de outros homens através da mediação
semiótica que possibilita a interação da criança com o mundo. Como todos nós, os
alunos precisam das palavras do outro, dos ensinamentos dos outros, da ajuda e do
modelo do outro, das estratégias dos outros (p. 4).
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Outros trabalhos investigativos (ANACHE, 2011; BATISTA E TACCA, 2011;
DAINÊZ, 2009; OLIVEIRA, 2012; TOLEDO, 2011; ZAMPIERE, SOUZA &
MONTEIRO, 2008) demonstram a importância determinante do papel do outro, do
professor e das trocas entre pares na constituição da pessoa, indicando caminhos
interessantes sobre a centralidade da escola nesse processo.
Sendo um espaço privilegiado para o estabelecimento de relações pedagógicas
(professor-aluno, aluno-aluno), o contexto escolar pode ser considerado como o local
mais favorável para a emergência de processos compensatórios. Contudo, para que esses
processos sejam ativados, é de fundamental importância uma reflexão acerca da qualidade
da mediação realizada pelo professor em sala de aula (prática), questionando de que forma
ela pode promover novos ciclos de desenvolvimento.
4. Considerações Finais
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5. Referências
AMERICAN ASSOCIATION ON MENTAL RETARDATION. Mental retardation:
definition, classification, and systems of supports. Washington, DC, USA: AAMR,
2002.
FONTANA, R. & Cruz, N. Psicologia e trabalho pedagógico. São Paulo: Atual, 1997.
17
GOÉS, M. C. R. A abordagem micro genética na matriz histórico-cultural: uma
perspectiva para o estudo de constituição da subjetividade. Campinas, São Paulo:
Cadernos Cedes, n. 50, p. 9-25, 2000.
MENDOÇA, F.L.R.; SILVA, D.N.H. Formação docente e inclusão: para uma nova
metodologia. Curitiba: Appris, 2015.
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SAVIANI, D.; DUARTE, N.. A formação humana na perspectiva histórico-ontológica.
Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro , v. 15, n. 45, dez. 2010 . Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
24782010000300002&lng=pt&nrm=iso>. Acessos
em 16 dez. 2014. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-24782010000300002.
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