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JULHO/2019
JANUÁRIA-MG
Ana Caroline Nunes Macedo
Jéssica Ferreira Bertolino
Thamires Karollayne Matos Paes
Verônica Silva Reis
JULHO/2019
JANUÁRIA - MG
RESUMO: O presente trabalho tem como tema central o papel do professor na inclusão
escolar dos alunos portadores deficiências. E como principal objetivo: analisar como
vem sido feita a inclusão de pessoas com deficiência na rede regular de ensino. Esta
pesquisa também tem como objetivos específicos: fomentar a participação ativa de
professores na construção de ações inclusivas concretas na rede regular de ensino.
Discutir a importância da educação especial inclusiva na rede regular de ensino,
investigar a concepção do professor sobre a educação especial inclusiva. Para isso,
realizamos uma pesquisa qualitativa, tomando como referencial teórico os seguintes
autores: BUENO (1991), LOCATELLI (2009), MANTOAN (1997), MAZZOTA
(1996), entre outros. Após uma analise embasada no referencial teórico, pode-se
perceber que todas as pessoas têm potencial e apresentam dificuldades, sejam elas
momentâneas ou não, independentes da sua condição. Sendo assim, temos que fazer
mudanças no sistema educacional, social e nas práticas pedagógicas realizadas.
Palavras – Chave: Dificuldade, Convívio, Educação
ABSTRACT: The present study has as its central theme the role of the teacher in the
school inclusion of students with disabilities. And as main objective: to analyze how the
inclusion of people with disabilities in the regular education network has been made.
This research also has as specific objectives: to encourage the active participation of
teachers in the construction of concrete inclusive actions in the regular teaching
network. Discuss the importance of inclusive special education in the regular education
network, investigate the conception of the teacher on inclusive special education. For
this, we conducted a qualitative research, taking as theoretical reference the following
authors: BUENO (1991), LOCATELLI (2009), MANTOAN (1997), MAZZOTA
(1996), among others. After an analysis based on the theoretical framework, one can
perceive that all people have potential and present difficulties, whether they are
momentary or not, independent of their condition. Thus, we have to make changes in
the educational system, social and pedagogical practices performed.
Words – Key: difficulty, conviviality, education
INTRODUÇÃO
Com a vigência da LDB nº 9394/96 (BRASIL, 1996), que no seu capítulo
V define a educação especial como modalidade de educação escolar oferecida
preferencialmente na rede regular de ensino, para portadores de necessidades especiais,
observamos a necessidade de capacitar os professores, pela responsabilidade que têm
em relação ao trabalho desenvolvido com a maioria das crianças e adolescentes em
idade escolar.
Esta capacitação teria que abordar questões voltadas tanto para o melhor
convívio e entendimento com estes alunos com necessidades educacionais especiais,
quanto aos seus processos de aprendizagem e necessidades adaptativas. Contudo, o que
se percebe é que para essa mudança ocorrer torna-se necessário ir muito além de
simples capacitações e especializações de caráter informativo.
Toda a escola deve estar engajada para lidar com essa situação, desenvolvendo
um projeto político-pedagógico que envolva estes alunos, e toda a comunidade escolar,
tendo ainda esclarecimentos sobre as necessidades educacionais especiais do aluno,
entre muitas outras coisas.
Com o presente trabalho, pretende-se ampliar o conhecimento e a discussão
sobre esse desafio que é incluir os portadores de deficiência não somente na escola, mas
em um contexto mais amplo, que é a sociedade e principalmente no meio em que
vivem.
O ponto de partida do nosso trabalho tem como tema central:
O papel do professor Na inclusão escolar Dos alunos portadores De deficiências.
Nesse sentido, apresentamos o seguinte problema:
Os professores têm sido preparados para atuarem com alunos com deficiência?
A metodologia utilizada constitui-se na investigação bibliográfica e foram
utilizados os seguintes autores, para esse levantamento bibliográfico: BUENO (1991),
LOCATELLI (2009), MANTOAN (1997), MAZZOTA (1996), RODRIGUES (2006),
SASSAKI (1999-2001) e outros.
A Educação Inclusiva no Brasil é hoje um desafio a ser enfrentado dia após dia
para qualquer profissional.
Na educação especial inclusiva os processos de inclusão devem ser pautados na
organização pedagógica docente e principalmente na capacidade do professor em estar
atento às descobertas e potencialidades.
Compreendendo ainda a inclusão de alunos com deficiências na rede regular de
ensino, o professor deve direcionar sua prática a um olhar sensível às constantes
mudanças e oportunizar condições para o desenvolvimento social, emocional, afetivo,
biológico e cognitivo dos alunos.
A educação especial inclusiva pode ser conceituada como uma educação voltada
para os portadores de deficiências como: auditivas, visuais, intelectual, física e as
múltiplas deficiências. Para que esses seres humanos tão especiais possam ser educados
e reabilitados, é importante a participação deles em escolas e instituições de ensino
regular. E que eles disponham de tudo o que for necessário para o seu desenvolvimento
cognitivo.
1. EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA
Há relatos que apontam que, quando nascia uma criança que apresentava
alguma deficiência, esta era submetida a um “conselho” que decidia se
deveria viver ou morrer. Nesta época acreditava-se que o “comportamento
diferente” era conseqüência de forças sobrenaturais, sugerindo a crença em
uma origem demoníaca das doenças e, mais especificamente, da deficiência
mental (LOCATELLI, 2009, p.10-11).
1
A educação especial é uma educação organizada para atender especifica e exclusivamente
alunos com determinadas necessidades especiais.
2
A expressão necessidades especiais podem ser utilizadas para referir-se a crianças e jovens
cujas necessidades decorrem de sua elevada capacidade ou de suas dificuldades para
aprender.
educação escolar, que assegurava um conjunto de serviços educacionais especiais,
organizados nas diferentes instituições de ensino, sendo: apoiar, complementar,
suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns. O objetivo
era de garantir o acesso a educação escolar formal e desenvolver as potencialidades dos
alunos.
Em 1990, com a participação do Brasil na Conferência Mundial sobre Educação
para Todos na cidade de Jomtien, na Tailândia, se estabeleceu os primeiros ensaios da
política de educação inclusiva. E desde 1994, a concepção de educação inclusiva
substituiu definitivamente o conceito de educação especial com base na Declaração de
Salamanca (UNESCO, 1994), que ampliou o conceito de necessidade educacional
especial e defendeu a necessidade de inclusão dos alunos especiais no sistema regular
de ensino.
Segundo Mazotta (1996) a partir de 1994, houve uma mudança na concepção de
educação inclusiva, baseada na Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994), foi
ampliado o conceito de educação especial, defendendo uma necessidade de inclusão dos
alunos especiais no sistema de ensino. Tendo como princípio uma educação para todos.
A partir da Política Nacional de Educação Especial na perspectiva inclusiva, o
público alvo da Educação Especial passa ser: alunos com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento (TGD), altas habilidades, superdotação e transtornos
funcionais específicos.
A escola deve prestar atendimento àqueles que apresentem impedimentos de
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, como também, aos alunos com
transtornos globais do desenvolvimento. Alunos que apresentam um repertório de
interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos
com autismo, síndromes do espectro do autismo e psicose infantil, entre outros.
Ainda fazem parte desse atendimento os alunos que apresentam um quadro
de altas habilidades ou que demonstram potencial elevado em qualquer uma
das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica,
liderança, psicomotricidade e artes (BRASIL, 2008).
Todavia, o que se percebe é que para essa mudança ocorrer torna-se necessário ir
muito além de simples capacitações e especializações de caráter informativo para o
professor lidar com essa população. Toda escola deve estar engajada para essa nova
etapa, desenvolvendo um projeto político-pedagógico que envolva estes alunos
especiais, tendo instrumental didático, esclarecimento sobre as necessidades
educacionais especiais do aluno, entre muitas outras coisas.
3
Professores especializados são aqueles que vão trabalhar nos atendimentos educacionais
especializados e atender diretamente as especificidades dos alunos com deficiências,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação devem acontecer em
cursos específicos. Estes profissionais também devem apoiar aos professores das escolas
regulares que tiverem alunos com necessidades educacionais especiais em suas salas de aula.
A inclusão é uma inovação que perpassa as paredes da escola e sugere
mudanças maiores, mudanças de paradigma, de conceito, de visão, mudança de mundo.
Para Perrenoud (1999), é necessário que um professor reflexivo mantenha uma relação
de envolvimento com a sua própria prática. É o mínimo que se exige, na perspectiva da
profissionalização. Aqui, trata-se de uma outra forma de envolvimento, de um
compromisso crítico no debate social sobre as finalidades da escola e seu papel na
sociedade.
A NOVA LEI
CARVALHO, Rosita Edler. Educação inclusiva: com os pingos nos “is”. 5. ed. Porto
Alegre: Mediação, 2007.
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA e Linha de Ação sobre necessidades Educativas
Especiais. Brasília: CORDE, 1994.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: o que é? Por quê? Como fazer? 2.
ed. São Paulo: Moderna, 2006.
SASSAKI, Romero Kazumi. Inclusão: construindo uma sociedade para todos.3.ed. Rio
de Janeiro: WVA,1999.