Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESUMO
O presente artigo traz uma reflexão acerca do processo de inclusão educacional dos
portadores de necessidades educativas especiais. O estudo parte da premissa de
que, no contexto atual, constata-se, que apesar de o Brasil ter definido na legislação
a Educação Inclusiva, os serviços educacionais existentes ainda estão distantes de
promover a inclusão com qualidade do educando com necessidades educativas
especiais no sistema regular de ensino. Baseando-se nos aspectos descritos, esse
estudo tem como finalidade compreender a trajetória histórica da educação inclusiva
no Brasil, destacando a contradição entre teoria (legislação) e prática (contexto
educacional). O procedimento metodológico adotado neste estudo foi a pesquisa
bibliográfica de caráter qualitativo. Conclui-se que o processo de inclusão dos
portadores de necessidades educativas especiais deve estar pautado em um projeto
que incorpore como premissa básica, o acesso à aprendizagem e ao respeito à
diferença. Este oportunizará o avanço acadêmico desses alunos em condições de
igualdade com os demais alunos do sistema educacional, cumprindo, assim as
prerrogativas da legislação nacional.
INTRODUÇÃO
consequentemente, o fracasso escolar tinha sua origem bem definida em uma lesão
cerebral.
É importante evidenciar que em algumas situações tratava-se de
dificuldade oriundas de crianças de classe popular que não tinham os mesmo
instrumentos pretendidos pelo referencial da classe média e/ou burguesa, mas com
muita facilidade, com os testes padronizados e todo referencial do modelo médico-
psicológico diagnosticava-se, como afirma Smolka (apud MENDES, 2006, p.40):
classes especiais e, a partir daí, a Educação Especial assumiu o ensino dos alunos
com necessidades especiais, até então, considerados excepcionais, deficientes.
A partir dos anos 80 acelerou-se a criação de instituições, principalmente,
na área de deficiência mental como resultado da Interiorização das APAEs, bem
como outras conquistas, que basearam-se, notadamente, na elaboração de
legislações específicas que passaram a normatizar a Educação Especial nos
Estados brasileiros.
Por sua vez, a Constituição de 1988 trouxe mudanças significativas para
a educação dos portadores de necessidades educativas especiais. A Educação
Especial passou a ser prevista, sendo de competência comum da União, Estado, do
Distrito Federal e dos Municípios:
Art. 58. Entende-se por Educação Especial, para os efeitos desta lei,
a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na
rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades
especiais.
§ 1º Haverá,quando necessário, serviços de apoio especializado, na
escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de
educação especial.
§ 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou
serviços especializados, sempre que, em função das condições
especificas dos alunos, não for possível a sua integração nas
classes comuns de ensino regular.
§ 3º A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado,
tem inicio na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação
infantil.
Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com
necessidades especiais:
I. Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização
específica para atender às suas necessidades;
II. Terminalidade especifica para aqueles que não poderem atingir o
nível exigido para a conclusão do em sino fundamental, em virtude
de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo
o programa escolar para os superdotados.
III. Professores com especialização adequada em nível médio ou
superior, para atendimento especializado, bem como professores do
ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas
classes comuns;
15
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
VIEIRA, João José de. Deficiências e inclusão escolar. São Paulo: Nacional,
2005.