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GRUPO 1

Sociedade abandonava as pessoas que não eram produtivas para o grupo e


modelo social que viviam, contribuindo para a hipótese de que essas eram as pessoas
com deficiência.

Com a aparição de milagres advindos da fé cristã, as pessoas com deficiência


ganharam alma e, eliminá-las ou abandoná-las significava atentar contra os desígnios da
divindade. Junto com o direito à vida, as entidades religiosas passam a acolher
caritativamente as pessoas com deficiência em conventos e igrejas, principalmente
aqueles com deficiência intelectual. Paralelo a essa prática, as pessoas com outras
deficiências se tornavam figuras para atrações da população, principalmente das
famílias ricas (a figura de “bobo da corte”) ou mesmo eram escondidas por seus
familiares, já que a Igreja considerava um castigo divino diante dos pecados dos pais.
Observa-se, portanto, que nesta época o status moral e teológico reforçava ainda mais a
desigualdade civil e de direitos.

A deficiência intelectual passa a ser considerada um problema médico e que


deveria receber tratamentos. Ainda nessa época, estudiosos como John Locke,
revoluciona o pensamento ao defender que cada indivíduo é considerado uma “tabula
rasa”, ou seja, o comportamento é adquirido por meio das experiências com o ambiente,
levando a compreensão de que as pessoas com deficiência apresentavam carências em
experiências e, por meio do ensino, esses indivíduos poderiam se desenvolver
socialmente. Assim, estudiosos e médicos ganham interesse para compreender o
desenvolvimento desses indivíduos, culminando na criação de hospitais psiquiátricos
que serviam como ambiente de tratamento e ensino com caráter assistencialista, visto
que havia uma responsabilidade social para esse grupo, mas que ainda eram excluídos
do meio em que viviam.

Jean Itard, no sul da França, iniciou pesquisas com o pequeno Victor, que era
considerado selvagem por não apresentar repertórios sociais para sua idade e não se
comunicar por meio da fala. O médico iniciou sua observação e pesquisa com Victor.
Para a história da Educação Especial, Itard foi o pioneiro por observar que os estímulos
ambientais são importantes para o desenvolvimento dos indivíduos e, principalmente,
por buscar ensinar repertórios para o pequeno menino, já que entendia que a deficiência
intelectual advinha de uma insuficiência cultural.

LBI conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, assegura e promove,


em condições de igualdade, o exercício dos direitos das liberdades fundamentais por
pessoas com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania, sendo o primeiro
tratado internacional de direitos humanos a ser incorporado com o status de emenda
constitucional.
Em 2021, a lei n° 14.254 garante sobre o acompanhamento integral das pessoas
com dislexia, Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Transtornos
de Aprendizagem, identificando precocemente o transtorno, encaminhando o educando
para diagnóstico, fornecendo o apoio educacional, bem como o apoio terapêutico
especializado na rede de saúde. É assegurado o acompanhamento específico direcionado
à sua dificuldade, da forma mais precoce possível, pelos seus educadores no âmbito da
escola.

Reafirma o direito de todos à educação, reconhecendo a necessidade e urgência


especificamente para crianças jovens e adultos com necessidades educacionais
especiais, sendo aqueles com características, interesses, capacidades e necessidades de
aprendizagem que lhe são próprias, os quais devem ter acesso às escolas regulares.
Nesse âmbito, os sistemas de educação devem ser planejados e programas educativos
implementados considerando a diversidade destas características e necessidades, além
da instituição adequar suas práticas centradas na criança e, ainda, devem combater as
atitudes discriminatórias, criando comunidades abertas e solidárias, construindo uma
sociedade inclusiva e atingindo a educação para todos.
GRUPO 2
O contexto social da época levava ao abandono das crianças com deficiências,
sejam elas de caráter físico, sensorial ou intelectual, pela ideia de que esses indivíduos
eram considerados subumanos por não se enquadrarem nos ideais de padrão esperado,
buscando por um equilíbrio demográfico. Isso monstra que, nesses períodos, a única
solução social para as pessoas com qualquer tipo de deficiência ou qualquer
comportamento que desviasse daquele considerado ‘padrão’ era a eliminação.

Pinel foi um grande influenciador para os seus seguidores. A partir dele, foi
defendida a ideia de que todas as deficiências tinham uma única causa, mas que se
expressavam em graus diferentes, acreditando no tratamento e irrecuperabilidade da
deficiência. Com isso, os termos usados para classificar os graus da deficiência eram
semi-cretinos, cretinos e cretinóides. Ainda na mesma influencia, havia aqueles que
consideravam as carências na infância ou as condições do pré e peri-natais como um
fator para os diagnósticos. A partir de então, surge o termo “idiota”, que passa a ser
considerada um estado em que o indivíduo se encontra, e o critério para definição era o
rendimento educacional, fazendo com que o papel do educador para esses indivíduos
ganhasse significado.

As pessoas com deficiência têm os mesmos direitos humanos e liberdades


fundamentais que as demais pessoas, exigindo uma reinterpretação da educação
especial, que passa a adotar práticas para promover a eliminação de barreiras que
impeça o acesso à escolarização.

Assegura um sistema de educação inclusiva em todos os níveis de ensino,


maximizando o desenvolvimento acadêmico e social com qualidade, sem que as pessoas
com deficiência sejam excluídas do sistema.
Educação especial como uma modalidade transversal a todos os níveis e
modalidades de ensino, enfatizando a atuação complementar da educação especial ao
ensino regular.

Nesse movimento de modernizar o país e desenvolvê-lo, tanto economicamente


como educacionalmente, os médicos passaram a dar uma atenção para as crianças com
maiores comprometimentos no desenvolvimento, iniciando os estudos com essa
população. Com isso, deu-se início ao atendimento institucionalizado junto aos
sanatórios psiquiátricos, ou seja, de caráter higienista de saúde pública, pois a
deficiência era atrelada a doença. Os atendimentos passaram a ter o uso de métodos de
tratamento médico-pedagógico.

Helena Antipoff, radicalizou e influenciou o panorama nacional da educação


especial criando serviços de diagnósticos, classes especiais nas escolas estaduais e
escolas especiais, com destaque a criação da Sociedade Pestalozzi. A Sociedade
Pestalozzi surgiu na cidade de Belo Horizonte, com uma equipe de médicos, educadores
e religiosos, responsáveis por promover o cuidado de crianças com dificuldades de
aprendizagens, problemas psicomotores e de conduta, deficiência intelectual e surdez e
na orientação de professores de classes especiais. A psicóloga defendia que o
diagnóstico era fundamental para compreender a criança, tanto em seu âmbito biológico
quanto social, e assim encontrar a melhor metodologia para adaptação à sociedade.

O termo incapacidade vai indicar uma limitação ou impedimento no


desempenho de uma função decorrente de seu ambiente que possui barreiras culturais,
físicas ou sociais, impedindo o acesso aos diversos sistemas da sociedade que estão à
disposição dos demais indivíduo, portanto, é a perda ou limitação das oportunidades de
participar da vida em igualdade de condições. Para essa igualdade de oportunidades, a
educação passa a adequar os serviços às necessidades pessoais específicas, e não mais
ao contrário como acontecia.
Lei Berenice Piana, institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da
Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, considerando as pessoas com esse
transtorno sendo, em lei, uma pessoa com direitos de uma pessoa com deficiência.

A Política será implementada por meio das seguintes ações: I - elaboração de


estratégias de gestão dos sistemas de ensino para as escolas regulares inclusivas, as
escolas especializadas e as escolas bilíngues de surdos, que contemplarão também a
orientação sobre o papel da família, do educando, da escola, dos profissionais
especializados e da comunidade, e a normatização dos procedimentos de elaboração de
material didático especializado;
GRUPO 3

Funda-se as primeiras instituições de caráter educacional para as pessoas com


deficiência: Imperial Instituto dos Meninos Cegos, atual Instituto Beijamin Constant
(IBC) e o Imperial Instituto dos Surdos-Mudos, atual Instituto Nacional de Educação de
Surdo (INES), ambos na cidade do Rio de Janeiro.
O Imperial Instituto dos Meninos Cegos foi criado por José Álvares de Azevedo,
jovem cego de nascimento, que havia estudado em Paris e, ao retornar para o Brasil, deu
aulas do Sistema Braille a filha de José Francisco Xavier Sigaud, médico particular de
D. Pedro II, intermediando a criação. A proposta do Instituto era ministrar a educação
básica e profissionalizante aos alunos com deficiência visual.
O Instituto dos Surdos-Mudos foi criado por Ernest Huet com a finalidade de
oferecer educação intelectual, moral e religiosa as pessoas surdas. Huet era francês e
surdo, lecionava e dirigia o Instituto de Surdos-Mudos de Bourges, na França, e
encaminhou uma proposta a d. Pedro II para a criação de uma instituição destinada à
educação dos surdos no Brasil, sendo aprovada pelo imperador.

Os tratamentos previam o ensino gradual, ou seja, do mais simples para o mais


complexo, tais como as atividades de vida diária para depois aprender instruções do
ensino primário e profissional. As crianças aprendiam nas classes ou jardins por meio de
reconhecimento de nomes ou coisas que designariam as palavras escritas. As práticas
tinham como objetivo ensinar comportamentos que se aproximavam daquelas
consideradas normais na sociedade. Com isso, a pedagogia e a psicologia passam a ser
gradualmente substituível pela visão apenas médica, mostrando que um indivíduo pode
desenvolver-se por meio de estímulos produzidos em seu meio e, a partir de então,
vemos o significado do atendimento da educação especial.

Considera crime punível com multa e reclusão para aqueles que negassem
matrículas, sem justa causa, para indivíduos com deficiência.
Garantir o acesso de todos ao ensino regular e indica que os sistemas de ensino
devem assegurar a matrícula aos alunos currículo, métodos, recursos e organização
específicos para atender às suas necessidades; assegura a terminalidade específica
àqueles que não atingiram o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em
virtude de suas deficiências; e assegura a aceleração de estudos aos superdotados para
conclusão do programa escolar.

A educação como meio de transformação social para reduzir as desigualdades


sociais e estimular a liberdade individual de cada criança. Nesse cenário, a psicologia na
educação ganha espaço em virtude dos testes de inteligências que passaram a ser
utilizados para identificar atrasos no desenvolvimento intelectual das crianças.

VI - escolas especializadas - instituições de ensino planejadas para o


atendimento educacional aos educandos da educação especial que não se beneficiam,
em seu desenvolvimento, quando incluídos em escolas regulares inclusivas e que
apresentam demanda por apoios múltiplos e contínuos;
VII - classes especializadas - classes organizadas em escolas regulares
inclusivas, com acessibilidade de arquitetura, equipamentos, mobiliário, projeto
pedagógico e material didático, planejados com vistas ao atendimento das
especificidades do público ao qual são destinadas, e que devem ser regidas por
profissionais qualificados para o cumprimento de sua finalidade;

São considerados serviços e recursos da educação especial: I - centros de apoio


às pessoas com deficiência visual; II - centros de atendimento educacional especializado
aos educandos com deficiência intelectual, mental e transtornos globais do
desenvolvimento; III - centros de atendimento educacional especializado aos educandos
com deficiência físico-motora; IV - centros de atendimento educacional especializado;
V - centros de atividades de altas habilidades e superdotação; VI - centros de
capacitação de profissionais da educação e de atendimento às pessoas com surdez; VII -
classes bilíngues de surdos; VIII - classes especializadas; IX - escolas bilíngues de
surdos; X - escolas especializadas; XI - escolas-polo de atendimento educacional
especializado; XII - materiais didático-pedagógicos adequados e acessíveis ao público-
alvo desta Política Nacional de Educação Especial; XIII - núcleos de acessibilidade;
XIV - salas de recursos; XV - serviços de atendimento educacional especializado para
crianças de zero a três anos; XVI - serviços de atendimento educacional especializado; e
XVII - tecnologia assistiva.
GRUPO 4

Educação especial como uma modalidade transversal a todos os níveis e


modalidades de ensino, enfatizando a atuação complementar da educação especial ao
ensino regular.

Criação da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), na cidade


do Rio de Janeiro, em prol do movimento de pais de crianças excepcionais.

Aumentar massivamente as classes especiais em escolas públicas para solucionar


esse problema da educação. Isso demonstra que o fracasso escolar do aluno estava nele
e não no sistema, fazendo com que o aluno fosse responsável por adequar-se e
prosseguir no sistema de ensino e na escola, sem comprometer a instituição para essa
adequação. Para aqueles que não acompanha o currículo, há opção de frequentar uma
instituição ou classe especializada e ser taxado por um diagnóstico errôneo, frustrando,
portanto, a proposta de integração educacional e social e aumentando o preconceito e
rotulação dessa população.

Atendimento educacional especializado, realizado pela educação especial,


deverá ser contemplado sempre que se evidenciar, por meio de avaliação e interação
com a família e comunidade, assegurando condições necessárias para uma educação de
qualidade para todos. A educação especial é uma modalidade da educação escolar, com
um processo educacional definido por uma proposta pedagógica, a qual deve assegurar
recursos e serviços educacionais, apoiando complementar, suplementar e para alguns
casos até substituível, de modo a garantir a escolarização e a promoção do
desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentem necessidades
educacionais especiais. Porém, neste ponto observamos que ao substituir o ensino
regular, tem-se a perspectiva do modelo de integração.
A política tem como objetivo o acesso, a participação e aprendizagens dos
alunos, chamados de Público-alvo da Educação Especial (PAEE), sendo aqueles com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação
nas escolas regulares. Ainda, orienta os sistemas de ensino na promoção das respostas
às necessidades educacionais especiais, garantindo um serviço de transversalidade na
educação, atendimento educacional especializado, continuidade da escolarização nos
mais elevados níveis de ensino, formação de professores para o atendimento
especializado e demais profissionais da educação para a inclusão escolar, participação
da família e comunidade, acessibilidade em diferentes âmbitos, e articulação
intersetorial na implementação de políticas públicas.

Oferecer atendimento educacional especializado e de qualidade, em classes e


escolas regulares inclusivas, classes e escolas especializadas ou classes e escolas
bilíngues de surdos a todos que demandarem esse tipo de serviço, para que lhes seja
assegurada a inclusão social, cultural, acadêmica e profissional, de forma equitativa e
com a possibilidade de aprendizado ao longo da vida;

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