Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Aspectos Históricos da Inclusão Escolar:
Políticas Públicas da Educação Especial
• Aspectos Históricos;
• Política Nacional de Educação Especial
na Perspectiva da Educação Inclusiva.
OBJETIVOS
DE APRENDIZADO
• Refletir sobre o desenvolvimento sócio-histórico da Educação Inclusiva;
• Conhecer como a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva
se organiza no âmbito brasileiro;
• Tomar contato com os documentos internacionais que orientam e sistematizam diretrizes
para o aprimoramento e a ampliação da Educação Inclusiva.
UNIDADE Aspectos Históricos da Inclusão Escolar:
Políticas Públicas da Educação Especial
Contextualização
Para iniciarmos a conversa sobre Educação Inclusiva, temos de enfocar seu per-
curso histórico, os aspectos sociais e as Políticas Públicas envolvidas, que vêm sendo
objeto de estudo e discussões no Brasil e no mundo.
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Aspectos Históricos
Ao longo da história da Humanidade, não há registro, até por volta de 6.000 a.C.
(ROSSETTO et al., 2006), de como viviam as pessoas portadoras de alguma deficiência.
Em Atenas, a criança que nascesse com deficiência não tinha tratamento diferente
dos espartanos. O extermínio era tido como um procedimento comum, com a coni-
vência e determinação dos filósofos da época, sendo que os próprios pais tinham a
incumbência de matar o filho quando ele nascesse com alguma “anormalidade”.
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UNIDADE Aspectos Históricos da Inclusão Escolar:
Políticas Públicas da Educação Especial
Na Idade Média, com a divisão das classes sociais, a Sociedade passou a ser com-
posta por sacerdotes, guerreiros e trabalhadores. O controle era exercido pelos dois
primeiros, sustentados pelos trabalhadores. Deixou-se de se eliminar as pessoas com
deficiência, porque o Cristianismo não aceitava essa prática e essas pessoas defi-
ciência passaram a ficar segregadas em Hospitais ou asilos.
Na busca incessante pela produção e pelo lucro cada vez maior, a pessoa com defi-
ciência é vista como incapaz, incompetente para suprir tal demanda de mão de obra e
sofre as consequências das barreiras que lhe são impostas por esse processo perverso.
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Desde a Declaração dos Direitos Humanos, há uma preocupação de inclusão para
os cidadãos, pensada de maneira democrática e universalizante, em que cada indivíduo
deve ser respeitado e integrado socialmente a partir de suas características específicas.
Mas foi durante a década de 1990 que importantes diretrizes para um compro-
misso global com a consolidação e a ampliação de políticas educacionais inclusivas
foram ressaltadas por meio da assinatura de alguns documentos, tratados e proto-
colos internacionais.
Os dois primeiros Artigos atestam a igualdade dos indivíduos diante dos direitos e
dos princípios de dignidade humana, rechaçando, assim, os processos discriminatórios:
Art. 1º. Os seres humanos nascem livres e iguais, em dignidade e direitos;
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Políticas Públicas da Educação Especial
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Figura 3 – Passeata dos cem mil – Evandro Teixeira, 1968
Fonte: alainet.org
A própria Constituição Federal (1988), no Artigo 208, Inciso III, do Capítulo III,
garante a Educação como direito de todos, e a Constituição do Estado de São Paulo
(1989), no Artigo 239, § 2º, assegura o direito ao atendimento especializado aos
alunos com necessidades educacionais especiais.
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UNIDADE Aspectos Históricos da Inclusão Escolar:
Políticas Públicas da Educação Especial
Trocando Ideias...
No último Censo Demográfico realizado no Brasil, em 2010, 45,6, milhões de pessoas
declararam ter pelo menos um tipo de deficiência, seja do tipo visual, auditiva, motora
ou intelectual. Isso é o equivalente a 23,9% da população brasileira. Vale também
destacar que, de acordo com o censo escolar realizado em 2015, o número de matrí-
culas iniciais na Educação Básica das Redes Públicas Municipal e Estadual de Ensino
de áreas urbanas e rural era de 38.682.720, abrangendo Creche, Pré-Escola, Ensinos
Fundamental e Médio, Educação de Jovens e Adultos e Educação Especial. Em 2015,
estavam matriculadas em Creches 1.925.644 de crianças; na Pré-Escola, 3.651.786;
no Ensino Fundamental, 22.756.164; no Médio, 6.811.005 e 2.792.758, na Educação
Presencial de jovens e adultos, o que totalizava, então, 37.937.357. Na Educação Especial,
eram 745.363 matrículas.
Apesar de sabermos que ainda há muito por fazer quando o assunto é inclusão,
dados recentes mostram que houve um aumento significativo no número de alunos
com alguma deficiência em salas de aula da Escola regular.
Entre 2005 e 2015, o salto foi o equivalente a 6,5 vezes, de acordo com o Censo
Escolar, do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).
Nesse sentido, a Educação Especial, como modalidade de ensino que deve ser
promovida sistematicamente nos diferentes níveis de ensino, presta-se ao atendimen-
to de pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, preferencialmente, na Rede
Regular de Ensino, com o objetivo de propiciar ao aluno o desenvolvimento de suas
potencialidades, autonomia e independência, dentro dos princípios da Educação In-
clusiva e assegurados por um Projeto Político Pedagógico.
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Âmbito Federal
Em 1961, a Lei n.º 4.024/61 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
– LDBEN já afirmava o direito dos “excepcionais” (termo utilizado nas décadas de
1950, 1960 e 1970 para designar pessoas com deficiência mental/intelectual) à
Educação, preferencialmente, dentro do Sistema Geral de Ensino.
A LDBEN foi alterada pela Lei n.º 5.692/71, que definiu tratamento especial aos
alunos com deficiências físicas, mentais, os superdotados e aqueles que se encontra-
vam em atraso quanto à idade regular de matrícula.
Art. 206.
Em 1996, a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei n.º 9.394/96,
trouxe inovações e vem estabelecendo normas e princípios norteadores da Educação
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UNIDADE Aspectos Históricos da Inclusão Escolar:
Políticas Públicas da Educação Especial
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No mesmo ano, por meio da Portaria n.º 2678/02, o MEC aprovou as diretrizes
e normas para o uso, ensino, produção e difusão do Sistema Braille em todas as
modalidades de ensino.
O Decreto n.º 5.626/05, que regulamentou a Lei n.º 10.436/02, visando ao aces-
so à Escola dos alunos surdos, dispõe:
Sobre a inclusão da Libras como disciplina curricular, a formação e a certi-
ficação de professor, instrutor e tradutor/intérprete de Libras, o ensino da
Língua Portuguesa como segunda língua para surdos e a organização da
educação bilíngue no ensino regular. (BRASIL, 2010, p. 14)
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UNIDADE Aspectos Históricos da Inclusão Escolar:
Políticas Públicas da Educação Especial
Âmbito Estadual
A Resolução SE n.º 95, de 21 de novembro de 2000, dispõe sobre o atendi-
mento de alunos com Necessidades Educacionais Especiais nas Escolas da Rede
Estadual de Ensino.
Âmbito Municipal
O Decreto n.º 45.415, de 18 de outubro de 2004, estabelece diretrizes para a
Política de Atendimento a Crianças, Adolescentes, Jovens e Adultos com Necessidades
Educacionais Especiais no Sistema Municipal de Ensino, São Paulo.
Além das Leis, Resoluções e Decretos, enfatiza-se que vários documentos inter-
nacionais contribuíram para a elaboração, implantação e implementação das Leis,
Resoluções e Decretos e Normas Técnicas vigentes em nosso país.
Documentos Internacionais
• Declaração Universal dos Direitos Humanos, dezembro de 1948: Docu-
mento básico das Nações Unidas, enumera os direitos que todos os seres
humanos possuem;
• Recomendação n.º 99/1955: Relativa à reabilitação profissional das pessoas
com deficiência, princípios e métodos de orientação vocacional e treinamento
profissional, como meio de aumentar oportunidades de emprego para as pesso-
as com deficiência (emprego protegido);
• Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes (ONU) – Resolução
n.º 3.447/1975;
• Declaração de Sunderberg (1981): Conferência Mundial sobre Ações e Estra-
tégias para Educação, Prevenção e Integração;
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• Programa de Ação Mundial para as Pessoas com Deficiência (ONU) – 1982;
• Declaração Mundial Sobre Educação Para Todos: Conferência de
Jomtien, 1990;
• Resolução n.º 45 da ONU, 1990;
• Dia Internacional das Pessoas com Deficiência – ONU: dia 3 de dezembro
adotado como o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, 1992;
• Declaração de Salamanca: Sobre Princípios, Política e Prática em Educação
Especial, delegados da Conferência Mundial de Educação Especial, 1994;
• Resolução n.º 48/96 – ONU: Normas sobre a Equiparação de Oportunidades
para Pessoas com deficiência;
• Convenção Interamericana para Eliminação de Todas as Formas de
Discriminação Contra as Pessoas Portadoras de Deficiência – ONU:
Guatemala, 1999;
• Carta para o Terceiro Milênio: Os direitos humanos de cada pessoa, em qual-
quer sociedade, devem ser reconhecidos e protegidos, 1999;
• Declaração de Pequim: Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência no
Novo Século, Pequim, 2000;
• Declaração de Dakar – Educação Para Todos (EPT): Para cada cidadão e
cada sociedade, cidade de Dakar, 2000;
• Declaração Internacional de Montreal: Sobre a Inclusão, 2001;
• Declaração de Verona: Sobre o envelhecimento das pessoas com deficiência,
Itália, 2002;
• Declaração de Madri: A não discriminação e a ação afirmativa resultam em
inclusão social. Ano Europeu das Pessoas com Deficiência, 2003;
• Declaração de Quito – Equador: Normas e padrões existentes em relação aos
direitos das pessoas com deficiência, 2003;
• Declaração de Tenerife: Vida independente, eliminação de discriminação con-
tra pessoas com deficiência, 2003;
• Carta Mundial do Direito à Cidade: Elaborada por um conjunto de movimen-
tos sociais, ONGs, associações de profissionais, fóruns e redes nacionais e in-
ternacionais da sociedade civil comprometidos com as lutas sociais por cidades
mais justas, democráticas, humanas e sustentáveis;
• Fórum Social das Américas – Quito, julho 2004;
• Fórum Mundial Urbano – Barcelona, outubro 2004;
• Declaração de Montreal sobre Deficiência Intelectual, Montreal, 2004;
• Resolução CEI 138. R11 – Organização Pan-Americana, 2006;
• Declaração Decênio das Américas pelos Direitos e Dignidade das Pessoas
Portadoras de Deficiência (2006-2016), Santo Domingo, 2006;
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UNIDADE Aspectos Históricos da Inclusão Escolar:
Políticas Públicas da Educação Especial
Em 1854, foi criado o Instituto Imperial dos Meninos Cegos, atual Instituto
Benjamin Constant – IBC.
Três anos depois, foi criado o Instituto dos Meninos Surdos-mudos, atual Instituto
Nacional da Educação dos Surdos – INES. Já no século XX, em 1926, foi fundado
o Instituto Pestalozzi.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Repórter Brasil Debate Inclusão Escolar de Pessoas com Deficiência
https://youtu.be/Lq_jzlDRayQ
Linha do Tempo: Educação Inclusiva
https://youtu.be/a4Ntfg98xlY
Leitura
Os Desafios da Educação Inclusiva: Foco nas Redes de Apoio
https://bit.ly/2A5Zrk7
Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE): Avaliação da Educação Básica e
Desempenho Docente
https://bit.ly/3gn6YLZ
Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE e a Visão Sistêmica de Educação
https://bit.ly/2THYxRL
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UNIDADE Aspectos Históricos da Inclusão Escolar:
Políticas Públicas da Educação Especial
Referências
ALIAS, G. Desenvolvimento da aprendizagem na Educação Especial: Princípios,
fundamentos e procedimentos na Educação Inclusiva. São Paulo, SP: Cengage, 2016.
Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Lei n.º 9.394/96. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>.
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Educação Inclusiva
Identificando as Necessidades Educacionais
Especiais: Especificidades das Deficiências
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Identificando as Necessidades
Educacionais Especiais: Especificidades
das Deficiências
• Introdução;
• Deficiência Auditiva;
• Deficiência Neuromotora ou Física;
• Deficiência Visual;
• Surdocegueira;
• Deficiência Intelectual;
• Deficiência Mental;
• Deficiência Múltipla;
• Transtornos do Espectro Autista;
• Como Vencer as Barreiras do Preconceito?
OBJETIVOS
DE APRENDIZADO
• Refletir sobre a complexidade de lidar com as diferenças e com as pessoas com deficiência;
• Reconhecer os indivíduos como tais, a partir de suas potências, e não a partir das diferenças
e das deficiências que ele apresenta, como se isso fosse um limite;
• Discutir os estigmas internalizados pelo corpo social que geram discriminação e preconceito
para com as pessoas com diferenças e deficiências em relação à norma de conduta social;
• Estabelecer parâmetros para a definição de deficiência, as modalidades e os níveis de
prevenção (primária, secundária e terciária), bem como a atuação do profissional da Área
de Educação.
UNIDADE Identificando as Necessidades Educacionais Especiais:
Especificidades das Deficiências
Contextualização
Como já dissemos na Unidade anterior, o contato com a diferença/deficiência não
é algo tão simples, porque nem sempre faz parte do cotidiano da maioria das pessoas.
Estar frente ao diferente/deficiente nos coloca diante das nossas próprias limita-
ções, da ferida narcísica de cada um de nós. Geralmente, mantemos uma postura
defensiva e acionamos os mecanismos de defesa, como forma de nos protegermos
diante do desconhecido ou da ameaça da imperfeição ou da deficiência, que teme-
mos que possa nos atingir.
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Introdução
Os conceitos, em geral, são produzidos em contato com o conhecimento científico
de sua época e com as condições de vida social e cultural das Sociedades em ques-
tão. Esse processo leva em conta fatores econômicos, sociais, culturais e históricos.
Essa conceituação tem vínculo histórico com um sistema de crenças antigo, que
era sustentando, dentre outras causas, por compêndios médicos que descreviam a
deficiência intelectual como limitadora dos sujeitos, que enfatizavam um déficit cogni-
tivo apresentado e que projetavam como consequência a incapacidade de adaptação
desse indivíduo nos círculos sociais de aprendizado.
Há, nessa perspectiva, uma forte homogeneização social, que cria tipos e mode-
los a serem seguidos, que condiciona o comportamento, os hábitos e a cultura, de
modo geral.
Esse processo normativo tende, portanto, a criar cisões sociais e processos dis-
criminatórios, na medida que classifica e qualifica indivíduos como normais e outros
como fora dos padrões dessa normalidade.
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UNIDADE Identificando as Necessidades Educacionais Especiais:
Especificidades das Deficiências
Ter uma deficiência não é o fator preponderante que torna difícil a existência
do indivíduo, permeada invariavelmente por situações nas quais estão presentes o
preconceito e o estigma. Nesse sentido, voltamos a questionar como lidar com as ati-
tudes sociais que adotam formas de classificação para distinguir e separar as p
essoas,
categorizando-as entre duas posições opostas – capazes e incapazes, rápidos e lentos
ou competentes e incompetentes? Perfeitos e imperfeitos?
Assim, segundo a autora, o preconceito nada mais é que uma atitude favorável ou
desfavorável, positiva ou negativa, anterior a qualquer conhecimento.
Já o estigma refere-se à:
A situação do indivíduo que está inabilitado para a aceitação social plena
e, consequentemente, promove uma generalização e a desumanização da
pessoa que possui algum tipo de diferença ou uma deficiência. (AMARAL,
1995, p. 121)
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Não é incomum que, diante de pessoas com deficiência ou alguma diferença, nós
reproduzamos, mesmo sem ter a consciência do fato, estigmas e estereótipos, como,
por exemplo:
• Tratar as pessoas com deficiência/diferença como se fossem culpadas por suas
características que destoam dos padrões atribuídos à normalidade;
• Sentir pena das pessoas com deficiência/diferença superprotegendo-as, como se
elas estivessem sempre aquém das possibilidades de produzir a sua própria vida;
• Ignorar as dificuldades sociais impostas às pessoas com deficiência/diferença, clas-
sificando seus questionamentos sobre o ordenamento social como “vitimismo”.
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UNIDADE Identificando as Necessidades Educacionais Especiais:
Especificidades das Deficiências
Deficiência Auditiva
Apresenta-se como uma privação sensorial auditiva que interfere de modo decisi-
vo nos processos de comunicação dessas pessoas. Essas interferências podem gerar
problemas graves para o desenvolvimento de uma criança, a depender do nível de
sua escassez auditiva. As causas podem ser hereditárias ou adquiridas.
Nas oralistas, a fala é usada como elemento comunicativo com essas pessoas.
Esse tipo de abordagem pretende realizar a inclusão das pessoas com deficiência
auditiva dentro da Sociedade, utilizando a fala e a leitura labial.
A gestual utiliza uma língua de sinais. Esse procedimento vem ganhando cada
vez mais espaço na Sociedade, e no Brasil destaca-se a Língua Brasileira de Sinais
(Libras) que se tornou a Língua oficial da pessoa surda a partir da publicação da Lei
nº 10.436, de 24 de abril de 2002.
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Deficiência Neuromotora ou Física
O Ministério da Cultura define deficiência física como:
[...] diferentes condições motoras que acometem as pessoas comprome-
tendo a mobilidade, a coordenação motora geral e a fala, em conse-
quência de lesões neurológicas, neuromusculares, ortopédicas, ou más
formações congênitas ou adquiridas (MEC, 2004).
Nesse sentido, é preciso levar em conta que determinadas lesões cerebrais deter-
minam dificuldades perceptivas e, portanto, demandam ações pedagógicas de esti-
mulação psicomotora.
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UNIDADE Identificando as Necessidades Educacionais Especiais:
Especificidades das Deficiências
Deficiência Visual
A deficiência visual se classifica de duas formas: cegueira e baixa visão. O Ministério
da Educação as classifica da seguinte maneira:
Baixa Visão é a alteração da capacidade funcional da visão, decorrente
de inúmeros fatores isolados ou associados, tais como: baixa acuidade
visual significativa, redução importante do campo visual, alterações cor-
ticais e/ou sensibilidade aos contrastes, que interferem ou que limitam o
desempenho visual do indivíduo. A perda da função visual pode se dar
em nível severo, moderado ou leve, podendo ser influenciada também
por fatores ambientais inadequados. Cegueira é a perda total da visão,
até a ausência de projeção de luz. Do ponto de vista educacional, deve-se
evitar o conceito de cegueira legal (acuidade visual igual ou menor que
20/200 ou campo visual inferior a 20º no menor olho), utilizada apenas
para fins sociais, pois não revelam o potencial visual útil para a execução
de tarefas. (BRASIL, 2006, p. 16)
Para a inclusão dos alunos com baixa visão, é necessário o acompanhamento mé-
dico de um oftalmologista para que o diagnóstico seja realizado e aí sim as medidas
cabíveis possam ser tomadas.
Para isso, é necessário que a Escola tenha lupas, materiais de ampliação visual,
telescópios, lentes, boa iluminação, sobretudo, nas salas de aula e bibliotecas etc.
E como Práticas Pedagógicas são importantes, as atividades lúdicas que auxiliam e
ampliam a capacidade do aprendizado, a compreensão do esforço que se faz neces-
sária para esses alunos acompanharem as leituras em sala de aula, incentivar o uso
de canetas fluorescentes, apresentar os conteúdos de formas variadas etc.
Para as crianças cegas, é salutar que elas estejam incluídas nas Escolas Regula-
res, mas também e faz necessária, dada a sua eficácia, a aprendizagem do sistema
de leitura e a escrita Braile. Exercícios lúdicos, músicas, evocação da memória, re-
presentação mental e temporal e jogos de representação são exemplos de práticas
inclusivas para essas crianças.
Boa parte dos alunos cegos no Brasil são alfabetizadas em Escolas Especiais ou
em Escolas Regulares que contam com sala de recursos e/ou professores itinerantes.
Para que o avanço da Escola Inclusiva ocorra é necessário que as Escolas Regu-
lares possam ser capazes de fornecer a alfabetização em Braile e que, portanto, as
atividades especializadas e regulares possam ser combinadas e não apartadas.
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Figura 3 – Campo de Flores, 1996, foto do fotógrafo cego Evgen Bavcar
Fonte: Evgen Bavcar, 1996
Surdocegueira
É uma deficiência única que apresenta as deficiências auditiva e visual concomi-
tantes, em diferentes graus. Para interagir com as pessoas e o ambiente, a pessoa
surda cega desenvolve diferentes formas de comunicação.
Deficiência Intelectual
Segundo a definição adotada pela American Association on Intellectual and
Development Disabilites – AAIDD (Associação Americana de Deficiência Intelectual
e do Desenvolvimento), deficiência intelectual é:
[...] funcionamento intelectual significativamente abaixo da média, oriun-
do do período de desenvolvimento, concomitante com limitações asso-
ciadas a duas ou mais áreas da conduta adaptativa, ou da sociedade, nos
seguintes aspectos: comunicação, cuidados pessoais, habilidades sociais,
desempenho na família e comunidade, independência na locomoção,
saúde e segurança, desempenho escolar, lazer e trabalho.
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UNIDADE Identificando as Necessidades Educacionais Especiais:
Especificidades das Deficiências
Deficiência Mental
A deficiência mental não possui um conceito exclusivo e específico; ao contrário,
é fruto de muitos estudos e debates constantes em áreas como a Saúde, a Psicologia,
a Psicanálise, a Antropologia, as Ciências Sociais etc.
Além das limitações intelectuais – que mesmo assim são muito questionáveis e
sempre devem ser ponderadas e analisadas em contextos específicos – as pessoas
com deficiência apresentam alguns outros traços comportamentais.
De acordo com Glat (2007), os apoios às pessoas com deficiência mental são
fundamentais e divididos em duas categorias: os naturais e os de serviços, e podem
ser classificados em quatro níveis em função de suas necessidades e intensidades:
intermitente, limitado, extensivo e pervasivo ou generalizado.
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concomitante à Escola Regular, complementando-a, ou seja, as atividades especiali-
zadas devem ocorrer em horários distintos aos da Escola Regular, criando, assim, um
espaço amplo e não restrito para o desenvolvimento desses alunos.
Deficiência Múltipla
É a associação, no mesmo indivíduo, de duas ou mais deficiências primárias
(intelectual/visual/auditiva/física), com comprometimentos que acarretam conse-
quências no seu desenvolvimento global e na sua capacidade adaptativa.
A Escola Inclusiva entende esses alunos como pessoas que apresentam desafios
à formação dos professores e de toda a Equipe Escolar (gestores e demais colabo-
radores) para oferecer uma Educação para todos, respeitando a necessidade e a
diversidade de cada um.
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UNIDADE Identificando as Necessidades Educacionais Especiais:
Especificidades das Deficiências
Uma Escola Inclusiva é dimensionada para ser um espaço pedagógico justo, aco-
lhedor, igualitário, de qualidade, em que as diferenças sejam respeitadas e valorizadas.
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Esse processo da Escola Inclusiva necessita da colaboração e da cooperação de
pais, alunos, professores, funcionários da Escola, ele forja um ambiente escolar mais
flexível, estabelece novos métodos de avaliação, desenvolve espaços de convivência
e acesso mais adequados e qualificados, faz-se valer de pesquisas e estudos de ponta
para orientar suas atividades escolares.
O filme “A Teoria de Tudo”, de James Marsh, foi inspirado no livro “Travelling to Infinity:
My Life with Stephen e Jane Hawking”, e narra seu relacionamento com um dos mais
importantes astrofísicos de todos os tempos, Stephen Hawking, que é diagnosticado com
esclerose lateral amiotrófica, uma doença incurável e degenerativa, que leva à perda
permanente de movimento muscular.
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UNIDADE Identificando as Necessidades Educacionais Especiais:
Especificidades das Deficiências
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Ciência Sem Limites | Dança inclusiva
https://youtu.be/MpDoUrx5uzM
Companhia de Dança Pulsar
https://youtu.be/ds44tRSX6Kw
Leitura
Língua Brasileira de Sinais (Libras)
https://bit.ly/371lWD4
Transtorno do Espectro Autista (TEA)
https://bit.ly/3dKkMP3
Deficiência Intelectual na Perspectiva Histórico-cultural:
Contribuições ao Estudo do Desenvolvimento Adulto
https://bit.ly/2AAZbcY
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Referências
AMARAL, L. A. Conhecendo a deficiência em companhia de Hércules. São
Paulo: Robe,1995.
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Educação Inclusiva
Avaliação e Planejamento das Práticas Inclusivas
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Avaliação e Planejamento
das Práticas Inclusivas
OBJETIVOS
DE APRENDIZADO
• Abordar as características que envolvem a Avaliação Escolar dos alunos que possuem
Necessidades Educacionais Especiais em virtude de algum tipo de deficiência;
• Discutir a relação entre professor e alunos e entre alunos e alunos, assim como os recursos
e as estratégias utilizadas;
• Enfocar o conceito e as especificidades da deficiência intelectual, a relação existente entre
as pessoas com essa deficiência e o ambiente no qual estão inseridas, assim como a impor-
tância desse ambiente para o seu desenvolvimento;
• Refletir sobre o papel da Escola e da mobilização da Escola como um todo para melhor
atender ao aluno, no qual a parceria entre a Escola e a família deve ser o ponto marcante
para o sucesso desse processo;
• Estudar as estratégias utilizadas pelos professores em sala de aula, para que esses alunos
possam avançar nos diferentes estágios de seu desenvolvimento e possam tornar-se indiví-
duos autônomos e independentes.
UNIDADE Avaliação e Planejamento das Práticas Inclusivas
Contextualização
A partir do processo de marginalização e de exclusão, realizados por práticas e
reflexos ideológicos normativos dos grupos sociais das pessoas com algum tipo de
deficiência, formam-se inúmeras barreiras e obstáculos para o convívio social.
Essas dificuldades incidem até nas pessoas dispostas a ter postura democrática e
inclusiva e mesmo nas famílias que convivem com pessoas com alguma deficiência.
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Avaliação e Planejamento
das Práticas Inclusivas
A expressão “necessidades especiais” vem sendo amplamente utilizada e, de certa
forma, inclui todas as crianças avaliadas como apresentando algum tipo de neces-
sidade educativa especial (BUENO, 1997, p. 41), vez que todos nós apresentamos
algum tipo de necessidade especial.
Glat (1995) afirma que a rejeição da Sociedade às Pessoas com Deficiência intelec-
tual é reflexo da própria fragilidade social, pois tudo que é diferente e fora dos padrões
de normalidade chama a atenção, causando diferentes reações. Isso porque essas
pessoas, geralmente, possuem características diferenciadas, quando comparadas às
pessoas sem deficiência.
Por outro lado, o conceito de Deficiência Intelectual (DI) deve englobar também os
aspectos socioeconômicos e político culturais, buscando entender as relações exis-
tentes entre o indivíduo com DI e o ambiente no qual está inserido.
O ambiente, com seu dinamismo, não deve ser encarado como uma entidade es-
tática e periférica em relação ao desenvolvimento humano. Embora a criança com DI
tenha limitações na sua capacidade intelectual, ela não está imune às transformações
que ocorrem em seu ambiente.
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UNIDADE Avaliação e Planejamento das Práticas Inclusivas
Vygotski (1997) afirma que o ambiente possui as fontes necessárias para o de-
senvolvimento infantil, bem como apresenta traços humanos específicos, que são
característicos do desenvolvimento sócio-histórico da Humanidade.
Para Vygotski:
(...) a influência do ambiente sobre o desenvolvimento da criança, ao lado
de outros tipos de influências, também deve ser avaliada levando-se em
consideração o grau de entendimento, a consciência e o insight que está
ocorrendo no ambiente em questão. (VYGOTSKI, 1997, p. 343)
A princípio, não há diferenciação entre a criança com e sem deficiência, vez que
ambas estão em contínua interação com o meio ambiente.
No entanto, o modo como a criança pensa e usa uma habilidade intelectual de-
pende dos modelos culturais de competência, enquanto o que ela sente e como atua
em relação às pessoas com as quais possui vínculo depende dos modelos culturais
de relações interpessoais.
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Os modelos sócio-históricos e culturais hegemônicos ao longo do tempo sedimen-
taram processos de exclusão, gerando situações de desigualdade entre os cidadãos,
privilegiando uns em detrimento de outros.
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UNIDADE Avaliação e Planejamento das Práticas Inclusivas
Um processo pelo qual a Sociedade se adapta para poder incluir, em seus Sistemas Sociais ge-
rais, pessoas com Necessidades Especiais e, simultaneamente, elas se preparam para assumir
seus papéis na Sociedade. A inclusão social constitui, então, um processo bilateral no qual as
pessoas ainda excluídas e a sociedade buscam, em parceria, equacionar problemas, decidir
sobre soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos (SASSAKI, 1997, p. 41).
Então, a Educação Inclusiva visa à garantia de acesso aos direitos e ao valor das
pessoas com Necessidades Especiais, mas também reconfigura a atuação pedagó-
gica de educadores e educadoras, colocando o desafio da inclusão como coletivo,
bem como a própria formação das alunas e dos alunos que não demandam Neces-
sidades Especiais.
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Merece ser destacado, aqui, um programa de estimulação precoce que faz parte
dos diversos tipos de atendimentos planejados pelo MEC para beneficiar as crianças
de zero a três anos com atraso no desenvolvimento ou com deficiências (física, inte-
lectual, visual, auditiva, múltipla).
Esse programa tem, em sua essência, papel preventivo, buscando intervir nas
diversas áreas do desenvolvimento infantil: motora, cognitiva, sensório-perceptiva,
socioafetiva e da linguagem (BRASIL, 1995).
Esse fato não exclui a importância do papel da família para que esse processo
se concretize. Para tanto, a família precisa receber o maior número de informações
possíveis sobre a deficiência do filho.
Quanto mais informação e orientação a família receber e quanto mais ela souber
da importância desse tipo de conhecimento para o desenvolvimento de seu filho,
mais adequadamente lidará com as limitações impostas pela deficiência.
Esses programas têm papel preventivo, buscando intervir nas diversas áreas do de-
senvolvimento infantil: motora, cognitiva, socioafetiva, linguagem e sensório-perceptiva.
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UNIDADE Avaliação e Planejamento das Práticas Inclusivas
Ao passar a olhar também para o meio e não apenas para a pessoa com deficiência,
novas questões se apresentam e possibilidades se avistam.
Assim, a educação de crianças com deficiência, nas últimas décadas, sofreu mu-
danças substanciais, buscando ampliar as alternativas educacionais e terapêuticas,
oferecendo, concomitantemente, oportunidades de participação nos diferentes con-
textos sociais, que se constituem em um dos fatores preponderantes para a constru-
ção da Educação Inclusiva.
Muitas das decisões a serem tomadas, as medidas adotadas para a acolhida positiva
e a provisão do imprescindível suporte a esse aluno, visando ao convívio produtivo de
toda a Classe, podem depender da correta compreensão da proposta da Educação In-
clusiva e das atitudes sociais genuinamente favoráveis à inclusão por parte do professor.
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Nesse sentido, algumas variáveis devem ser consideradas, como a idade, o tempo
de experiência no atendimento educacional ao aluno com deficiência e o nível de
Escolaridade, e podem ser preponderantes para as atitudes sociais frente à inclusão
do aluno com deficiência intelectual.
Por outro lado, verificamos que existe melhor aceitação da inclusão de alunos
com deficiência física do que daqueles com deficiência intelectual, déficit cognitivo,
problemas emocionais ou comportamentais.
O contato com a Pessoa com Deficiência nem sempre é simples, pois nele estão
implicadas condições sociais e emocionais.
Para o professor também não é diferente. Apenas manter o contato não é sufi-
ciente para que se modifique o olhar dirigido a esses indivíduos. É necessário que o
professor, além do conhecimento e da informação sobre a deficiência, proponha-se,
também, a ver a pessoa que está ali à sua frente, a ver que, apesar de suas limitações,
trata-se de um indivíduo que tem sentimentos, emoções e desejos.
Tal formação implica a revisão de seus pontos de vista e convicções acerca dessas
questões, frequentemente fundados em estereótipos e preconceitos.
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UNIDADE Avaliação e Planejamento das Práticas Inclusivas
É preciso consolidar uma prática social que encoraje toda a comunidade escolar,
incluindo os alunos e suas famílias, a rever suas velhas crenças e comportamentos
em relação a alunos e professores, ao ensino e aprendizagem, às funções da Escola
e a outras questões da vida escolar comunitária.
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diferentes de aprendizagem, assegurando uma educação de qualidade
a todos através de currículo apropriado, modificações organizacionais,
estratégias de ensino, uso de recursos e parcerias com a comunidade (...)
Dentro das escolas inclusivas, as crianças com necessidades educacionais
especiais deveriam receber qualquer apoio extra que possam precisar, para
que se lhes assegure uma educação efetiva. (Declaração de Salamanca,
Espanha, 1994)
Uma Escola Inclusiva é dimensionada para ser um espaço pedagógico justo, acolhe-
dor, igualitário e de qualidade, em que as diferenças sejam respeitadas e valorizadas.
Ele forja um ambiente escolar mais flexível, estabelece novos métodos de ava-
liação, desenvolve espaços de convivência e acesso mais adequados e qualificados,
faz-se valer de pesquisas e estudos de ponta para orientar suas atividades escolares.
Nesse sentido, vários estudos sinalizam que as Escolas Inclusivas, tanto no Bra-
sil quanto no mundo, são benéficas para todos os envolvidos, pois os alunos com
deficiência aprendem melhor e mais rapidamente, vez que contam com a ajuda de
seus colegas. Isso propicia-lhes aprender a lidar com suas próprias dificuldades e a
conviver com as demais crianças.
Enfim, todos os alunos, com ou sem deficiência, saem ganhando, porque apren-
dem a reconhecer as necessidades e as competências dos colegas, a respeitar as
pessoas, a criar e desenvolver laços de amizade, assim como a diminuir a ansiedade
diante das dificuldades.
Embora seja importante a cooperação em sala de aula, ela também deve acon-
tecer fora dela, em um movimento de interação e interlocução entre professores,
gestores, família e Comunidade.
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UNIDADE Avaliação e Planejamento das Práticas Inclusivas
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• Adaptações de pequeno porte (adaptação não significativas):
» Adaptações organizativas: referentes a como se organiza a aula, o tempo e
os alunos para as atividades;
» Adaptações de conteúdo: relativas a como organiza-se a escolha, a sequên-
cia e o enfoque dos conteúdos, assim como o desenvolvimento de trabalhos
em equipe;
» Adaptações da avaliação: incidem nos instrumentos e nas formas como se
pode avaliar um aluno;
» Adaptações de método de organização do ensino e didática: relativas à
adaptação e uso de outros materiais a fim de promover o acesso: material em
alto-relevo, texturas, em braile, audiodescrição, legendas etc.; referentes ao
nível de determinadas atividades; inserção de atividades alternativas de acordo
com possibilidades dos estudantes; etc.;
» Adaptação da temporalidade do processo de ensino e aprendizagem:
relativas à necessidade de flexibilizações no tempo para execução de tarefas.
• Adaptações de grande porte (adaptações significativas):
» Adaptação de objetivos: mudança nos objetivos de aprendizagem, excluindo,
incluindo ou definindo complementares conforme a necessidade;
» Adaptação de conteúdos: exclusão ou inclusão de novos conteúdos;
» Adaptação do método de ensino e da organização didática: diz respeito as dife-
rentes formas de organizar uma sala de aula e a execução das atividades propostas;
» Adaptação do sistema de avaliação: as avaliações devem ser condizentes
com as respectivas modificações nos objetos e nos conteúdos;
» Adaptação de temporalidade: relativas à flexibilização e adaptação do tem-
po de aprendizagem.
Por outro lado, a Escola também precisa buscar e estabelecer parcerias com ou-
tros Setores da Sociedade, para que as Pessoas com Deficiência possam, efetiva-
mente, ser inseridas nesses espaços e para que a própria comunidade rompa as
barreiras da resistência e do preconceito.
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UNIDADE Avaliação e Planejamento das Práticas Inclusivas
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Educação e Inclusão Social – Aula 16 – Planejamento, Práticas Pedagógicas
https://youtu.be/W-F1tgOEqB8
Currículo na Educação Inclusiva | UNILA
https://youtu.be/eGWRr4LTkpg
Leitura
Portal de Ajudas Técnicas para Educação: Equipamento e Material Pedagógico para Educação,
Capacitação e Recreação da Pessoa com Deficiência Física: Recursos Pedagógicos Adaptados
BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Portal de ajudas técnicas para
educação: equipamento e material pedagógico para educação, capacitação e
recreação da pessoa com deficiência física: recursos pedagógicos adaptados. Brasília:
MEC: SEESP, 2002.
https://bit.ly/3eNiONB
Preparando Professores para Promover a Inclusão de Alunos com Necessidades Educacionais Especiais
NASCIMENTO, R. P. do. Preparando Professores para Promover a Inclusão de
Alunos com Necessidades Educacionais Especiais. Londrina, 2008.
https://bit.ly/303hjXQ
Fundamentos e Estratégias Pedagógicas Inclusivas: Respostas às Diferenças na Escola
POKER, R. B. Fundamentos e estratégias pedagógicas inclusivas: respostas às
diferenças na escola, Educ. rev.no.spe.3, Curitiba, 2017.
https://bit.ly/300x2qo
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UNIDADE Avaliação e Planejamento das Práticas Inclusivas
Referências
ARANHA, M. S. F.; GLAT, R. Integração social do deficiente: análise conceitual e
metodológica, Temas em Psicologia, Ribeirão Preto, v. 3, n. 2, ago. 1995.
22
OMOTE, S. et al. Mudanças de atitudes sociais em relação à inclusão. Paideia,
Ribeirão Preto, v. 15, n. 32, p. 387-398. Disponível em: <http://www.scielo. br/pdf/
paideia/v15n32/08.pdf>. Acesso em: 28 maio 2018.
Sites Visitados
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA. 1994. Disponível em: <http://portal.mec.gov.
br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf>.
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Educação Inclusiva
A Escola Inclusiva e seu Projeto Político Pedagógico
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
A Escola Inclusiva e seu
Projeto Político Pedagógico
OBJETIVOS
DE APRENDIZADO
• Trabalhar as questões relacionadas à identificação do aluno com Necessidades Educacionais
Especiais e a importância da elaboração coletiva do Projeto Político Pedagógico – PPP;
• Debater a importância das atitudes sociais dos professores sobre as Práticas e os Métodos
Pedagógicos nos quais há o predomínio da experimentação, da criação, da descoberta e
da coautoria do conhecimento, enfatizando aquilo que o aluno é capaz de aprender num
ambiente rico e verdadeiramente estimulador de suas potencialidades;
• Refletir sobre o currículo, a avaliação, as modificações provindas das experiências e das
vivências dos alunos com ou sem deficiência, e as limitações e potencialidades dos alunos.
UNIDADE A Escola Inclusiva e seu Projeto Político Pedagógico
Contextualização
Nas Unidades anteriores, vimos que a Legislação brasileira oferece propostas de
operacionalização para uma Escola inclusiva, permitindo, dessa forma, que o Sistema
de Ensino possa atender satisfatoriamente às Necessidades Educacionais Especiais de
todos os indivíduos, principalmente, daqueles que apresentam algum tipo de deficiência.
Entendemos que profissionais que atuam junto a essas pessoas necessitam rever
sua postura e atitude frente a elas.
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A Escola Inclusiva e seu
Projeto Político Pedagógico
O direito à Educação, à igualdade de condições sem discriminação e à perma-
nência dentro da Escola está assegurado pela nossa Constituição (1988), que oferece
respaldo para todos aqueles que propõem avanços significativos para a Educação
escolar de Pessoas com Deficiência.
A Constituição elege, em seu Artigo 1º, Incisos II e III, como fundamentos a cidadania
e a dignidade da pessoa humana, tendo seus objetivos fundamentais expostos no
Artigo 3º: “[...] a promoção do bem de todos, sem qualquer tipo de preconceito de
origem, raça, sexo, cor, idade ou quaisquer outras formas de discriminação” (Inciso
IV do Art. 3).
Já em seu Artigo 206, a Constituição estabelece que o ensino terá como base os
princípios: “igualdade de condições para o acesso e permanência na Escola”, “liberdade
de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber”, além de
“gratuidade do Ensino Público em estabelecimentos oficiais”, “gestão democrática do
ensino público, na forma da Lei” e “garantia de padrão de qualidade”, entre outros.
Prevê, na Área Educacional, entre outras medidas, por exemplo: “a oferta, obri-
gatória e gratuita, da Educação Especial em estabelecimento público de ensino” e “o
acesso de alunos portadores de deficiência aos benefícios conferidos aos demais edu-
candos, inclusive material Escolar, merenda Escolar e bolsas de estudo” (Artigo 2).
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UNIDADE A Escola Inclusiva e seu Projeto Político Pedagógico
Mais um passo fundamental foi dado com a criação da nova LDBEN – Lei nº 9.394/96,
que afirma a Educação como dever da família e do Estado, visando ao pleno desenvolvi-
mento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho (Artigo 2º).
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O PNE apontará o “Diagnóstico”, as “Diretrizes” e os “Objetivos e Metas” para a
Educação em seus diversos âmbitos – Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensi-
no Médio, Educação Superior, Educação de Jovens e Adultos, Educação a Distância
e Tecnologias Educacionais, Educação Tecnológica e Formação Profissional, Educa-
ção Especial, Educação Indígena – assim como para a formação dos professores e a
valorização do magistério, o financiamento e a gestão da Educação.
Por fim, aponta como seu objetivo auxiliar na garantia do acesso, da participação
e da aprendizagem dos estudantes com deficiência, transtornos globais do desen-
volvimento e altas habilidades/superdotação nas Escolas Regulares, orientando os
Sistemas Educacionais sobre como responder às necessidades educacionais.
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UNIDADE A Escola Inclusiva e seu Projeto Político Pedagógico
Para a autora, nossas ações educativas devem ter como eixos o convívio com as
diferenças, a aprendizagem como experiência relacional, participativa, que produz
sentido para o aluno, pois contempla sua subjetividade, embora construída no cole-
tivo das salas de aula.
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Os dispositivos legais que temos à nossa disposição seriam suficientes para que
não negássemos a qualquer pessoa, com ou sem deficiência, o acesso à sala de aula
e sua permanência nela. No entanto, o que vemos é o enfrentamento das mudanças
provocadas pela inclusão escolar, até mesmo no discurso pedagógico, que se reduz,
invariavelmente, a um grupo de alunos, quase sempre àqueles com deficiência.
Diversos autores, dentre eles Omote et al. (2005, p. 388), afirmam que a inclusão
de alunos com comprometimentos menos severos é mais aceita que a dos que preci-
sam de assistência constante, como os deficientes múltiplos.
Nesse sentido:
A diversidade ou a variabilidade intraespecífica e as diferenças interin-
dividuais representam um grande patrimônio, do qual pode depender a
adaptabilidade da espécie ao seu meio, assegurando, em última instância,
a sua sobrevivência. Entretanto, nem todas as características diferentes
são intrinsecamente vantajosas. O caráter vantajoso ou desvantajoso às
características adquire em interação com o meio. (OMOTE, 2004, p. 288)
A Escola, para muitos alunos, é o único espaço em que poderão ter acesso ao
conhecimento, que vai lhes proporcionar condições de se desenvolver e de se tornar
um cidadão, de se tornar alguém com identidade social e cultural, lugar que lhes
confere oportunidades de ser e de viver dignamente. Nesse sentido, é o espaço onde
a inclusão também se legitima (MANTOAN, 2003).
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UNIDADE A Escola Inclusiva e seu Projeto Político Pedagógico
Para Mantoan (2003), mudar a Escola significa enfrentar muitas frentes de tra-
balho, cuja tarefa fundamental é recriar o Modelo Educativo Escolar vigente, tendo
como eixo norteador o ensino para todos.
Vários estudos enfatizam que a decisão de incluir ou não o aluno com deficiência
depende da vontade do professor em aceitar e apoiar esses alunos (LANIER;
LANIER, 1996, apud OMOTE, 2005).
Por outro lado, outro aspecto a ser enfatizado refere-se às ações, no sentido de
efetivar as mudanças, visando ao convívio produtivo de toda a classe.
Além disso, segundo Omote (2005), as reações manifestadas face à inclusão, cer-
tamente, possuem fortes componentes cognitivos, emocionais e comportamentais
que se constituem vinculados às atitudes sociais.
A importância do estudo das atitudes sociais não está apenas na sua associação
com o comportamento, mas também no fato de que elas indicam as definições do
problema mantidas pelos membros de uma coletividade e servem de quadro de re-
ferência dentro do qual ocorrem comportamentos direcionados ao objeto atitudinal
(ALTMAN, 1981 apud OMOTE, 2005).
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Figura 1 – Pintura na entrada do EMEF Infante Dom Henrique, em São Paulo
Fonte: novaescola.org.br
Por outro lado, a autora afirma que a inclusão não prevê a utilização de Métodos
e Técnicas de Ensino específicos para esta ou aquela deficiência e/ou dificuldade de
aprender. Nas Práticas e Métodos Pedagógicos, predominam a experimentação, a
criação, a descoberta, a coautoria do conhecimento.
Vale o que os alunos são capazes de aprender hoje e o que podemos lhes oferecer
de melhor para que se desenvolvam em um ambiente rico e verdadeiramente estimu-
lador de suas potencialidades.
Esse projeto será uma ferramenta de vital importância para que as diretrizes ge-
rais da Escola sejam traçadas com realismo e responsabilidade.
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UNIDADE A Escola Inclusiva e seu Projeto Político Pedagógico
Sem os conhecimentos levantados por esse Projeto, será impossível elaborar cur-
rículos que reflitam o meio social e cultural do alunado, com propostas que devem
partir das experiências e das vivências dos alunos para chegar à sistematização dos
conhecimentos, seus saberes e fazeres e significados e que precisam do trabalho
conjunto, comum ao grupo, e não de forma solitária e excludente.
O tempo de construção de uma competência varia de aluno para aluno, e seu de-
senvolvimento só será percebido por meio da mobilização e da aplicação daquilo que
o aluno aprendeu ou daquilo que ele já sabia para chegar às soluções pretendidas.
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pouco, numa construção original de ideias que integram e revelam as contribuições
de cada aluno e do professor, dentro da perspectiva inclusiva, o que requer ressigni-
ficar o papel do professor, da Escola e da Educação.
Considera-se o professor não apenas um mero instrutor, mas sim uma referência
para o aluno, portanto, na formação, enfatiza-se a importância de seu papel tanto
na construção do conhecimento como na formação de atitudes e valores do cidadão.
Assim sendo, a formação vai além dos aspectos instrumentais de ensino.
Essa formação continuada de professores e dirigentes pode ser feita por meio de
cursos breves que abordem as características e as necessidades de alunos com defi-
ciência ou por meio da introdução desses tópicos em algumas Disciplinas de Cursos
de Formação. Isso pode provocar mudanças de atitudes sociais favoráveis à inclusão.
No entanto, Omote (2005) e Mantoan (2003) salientam que, evidentemente, não é
o simples contato com o tema que, por si só, vai garantir a mudança de atitude na
direção favorável.
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UNIDADE A Escola Inclusiva e seu Projeto Político Pedagógico
Assim como qualquer aluno, os professores não aprendem no vazio. Por isso a
proposta de formação deve partir do “saber fazer” desses profissionais, que já pos-
suem conhecimentos, experiências, crenças, esquemas de trabalho, ao entrarem em
contato com a inclusão ou qualquer outra inovação educacional.
Com isso, os professores são incentivados a todo instante a interagirem com seus
pares, a estudarem juntos e a estarem abertos a colaborar com seus colegas na busca
de novos caminhos pedagógicos da inclusão. Nas Escolas, o movimento inclusivo
ainda é muito contestado, porque, diante dele e das possibilidades de mudança nele
implicadas, as pessoas se sentem ameaçadas.
Se um aluno não vai bem, seja ele uma pessoa com ou sem deficiência, o proble-
ma precisa ser analisado em relação ao ensino que está sendo ministrado para todos
os demais da turma.
Carmo (2001, p. 46) analisa que existem dois aspectos a partir dos quais a Escola
precisa ser analisada: a Escola, que fixa o tempo e o espaço, sem se importar com
as consequências decorrentes dessa ação, e o processo de ensino-aprendizagem.
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Para Barbosa e Horn (2008, p. 49), a construção do espaço é eminentemente so-
cial e está entrelaçada com o tempo de forma indissolúvel, entendido numa perspec-
tiva definida em diferentes dimensões: a física, a funcional, a temporal e a relacional,
dando legitimidade como um elemento cultural. A implicação pedagógica decorrente
nos remete à confirmação da importância da organização desse espaço interferindo,
significativamente, no processo de aprendizagem.
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UNIDADE A Escola Inclusiva e seu Projeto Político Pedagógico
Nesses dois últimos aspectos, a formação dos professores também não contribui
para que possam oferecer uma Educação adequada e com qualidade para os alunos
com ou sem deficiência.
A LDB – Lei nº 9.394/96 prevê, no seu Artigo 12, Inciso I, que “os estabele-
cimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino,
terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”.
A Escola precisa ser autônoma para executar e avaliar seu o Projeto Político Peda-
gógico (PPP), assumindo uma nova atitude de liderança, no sentido de refletir sobre
as finalidades sociopolíticas e culturais da Escola.
Para que essa tarefa seja satisfatória, é preciso o apoio de múltiplos atores, sendo
necessário o engajamento e o trabalho conjunto dos professores, dos gestores edu-
cacionais, dos pedagogos, dos psicólogos, dos intérpretes de libras, dos professores
especializados e todos os profissionais que a Escola possua para orientar e apoiar as
práticas dentro e fora de sala.
O Projeto Político Pedagógico de uma Escola deve ser entendido como a própria
organização do trabalho pedagógico da Escola como um todo. Trata-se do instru-
mento teórico-metodológico, definidor das relações da Escola com a comunidade à
qual vai atender, explicita o que se vai fazer, porque se vai fazer, para que se vai fazer,
para quem se vai fazer e como se vai fazer.
Segundo Veiga (2000), o termo projeto tem origem no latim projectu que, por
sua vez, é particípio passado do verbo projicere, que significa “lançar para diante”.
Plano, intento, desígnio.
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É por meio dele que se vai estabelecer a ponte entre a Política Educacional do
município e a população.
Além disso, deve questionar que tipo de cidadãos quer formar, qual a missão da
Escola, seu perfil para cumprir essa missão, o que a gestão precisa para cumprir essa
missão, como deve acontecer a formação continuada dos professores, quais as ex-
pectativas do gestor, dos professores, dos funcionários, dos pais e dos alunos quanto
ao trabalho da Escola (VEIGA, 2000).
Portanto, o PPP norteará e dará suporte para a ação de cada um de seus agentes
e implica, sobretudo, uma forma de se contrapor à fragmentação do trabalho peda-
gógico e sua rotinização, à dependência dos efeitos negativos do poder autoritário e
centralizador dos órgãos de administração central.
Segundo Veiga (2000), são sete os elementos básicos relevantes que contribuem
coletivamente para fazer a análise da situação da Escola, tal como ela se encontra, e
estabelecer os objetivos.
É importante identificar o que deve ser feito para se ajustar o fazer da Escola, de
forma que os objetivos estabelecidos possam ser alcançados, identificar como cami-
nhar nessa direção.
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UNIDADE A Escola Inclusiva e seu Projeto Político Pedagógico
Caracterização
Sociopolítica da escola
Estrutural da escola
Funcional da escola
Comunidade na qual está inserida
Demanda
PPP Princípios
Objetivo geral
Objetivos específicos
Estratégias de ação
Políticas e administrativas
Didático-pedagógica
Metodologia de ensino (construção do
onhecimento; formação de competências)
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Outro aspecto relevante para a organização do currículo é que seu conteúdo es-
tabeleça uma relação aberta e inter-relacionada em torno de uma ideia de inclusão.
Segundo Bussman (1995, p. 38), “Esta é uma habilidade que cada Escola deve
desenvolver num esforço comum, responsável e sempre aperfeiçoável”.
Não podemos deixar de considerar que ela é uma realidade e que não podemos
nos desvencilhar dela.
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UNIDADE A Escola Inclusiva e seu Projeto Político Pedagógico
Para Carmo (2001), a estrutura orgânica da Escola precisa ser questionada e mo-
dificada para que haja a efetiva inclusão.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Educação e Inclusão Social – Aula 02 – Depoimentos: Histórico e Introdução
à Política Nacional de Educação Especial – Avanços e desafios
https://youtu.be/sfq4duAYhrw
Eixo Articulador – A Política Nacional para a Educação Inclusiva: Avanços e Desafios
https://youtu.be/NgLUGoaYjtU
Leitura
Perspectivas da Educação Inclusiva a partir do Projeto Politico Pedagógico
FLORES, A. S.; D’ÁGUA, S. V. N. de L.; GONÇALVES, H. J. L. Perspectivas da
Educação Inclusiva a partir do Projeto Politico Pedagógico. InFor, Inov. Form.,
Rev. NEaDUnesp, São Paulo, v. 3, n. 1, p .20-34, 2017.
https://bit.ly/3gOjPqv
Da Educação Segregada à Educação Inclusiva: uma Breve Reflexão sobre
os Paradigmas Educacionais no Contexto da Educação Especial Brasileira
GLAT, R.; FERNANDES, E. M. Da educação segregada à educação inclusiva:
uma breve reflexão sobre os paradigmas educacionais no contexto da educação
especial brasileira. Inclusão, Revista da Educação Especial, Brasília, v. 1, n. 1,
p. 35-39, out. 2005.
https://bit.ly/3gPm1Oz
Implementação da Educação Inclusiva: Análise do Projeto Político Pedagógico das Escolas
POKER, R. B.; TENDOLINI, E. A. Implementação da Educação Inclusiva:
Análise do Projeto Político Pedagógico das Escolas. Rev. Ibero-Americana de
Estudos em Educação, Araraquara, v. 5, n. 3, 2010.
https://bit.ly/2XnOjYW
25
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UNIDADE A Escola Inclusiva e seu Projeto Político Pedagógico
Referências
ALIAS, G. Desenvolvimento da aprendizagem na Educação Especial – Princípios,
fundamentos e procedimentos na Educação Inclusiva. São Paulo: Cengage, 2016.
CARMO, A. A. do. Inclusão Escolar: Roupa nova em corpo velho. Revista Inte
gração. Brasília, MEC/SEESP, n. 23, p. 43-47, 2001.
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GLAT, R.; PLETSCH, M. D.; FONTE, R. de S. Educação inclusiva & educação es-
pecial: propostas que se complementam no contexto da Escola aberta à diversidade,
Revista Centro de Educação, UFSM, v. 32, n. 2, 2007.
MANTOAN, M. T. É. Inclusão Escolar – O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo:
Moderna, 2003.
27
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