Você está na página 1de 10

INSTITUTO E CONSULTORIA EDUCACIONAL LIVRE DE SÃO LUIS-ICELS

CURSO: PEDAGOGIA

DISCIPLINA: ARTIGO CIENTÍFICO

CREUSIANE DA SILVA E SILVA

OS DESAFIOS DA INCLUSÃO SOCIAL NA EDUCACÃO

HUMBERTO DE CAMPOS-MA

2017
RESUMO

Este artigo trata do processo histórico da educação inclusiva no Brasil. Para


desenvolvimento deste trabalho fundamente-se em pesquisas bibliográficas e
documental baseada em um método histórico e através dele vamos
compreender como surgiu a educação inclusiva no Brasil. Frisando
especificamente as lutas dos movimentos sociais e as Leis implantadas para
melhoria do atendimentos aos portadores de necessidades especiais portanto a
educação inclusiva no decorrer do tempo passou por diferentes mudanças visto
que a partir da Constituição Federal de 1988 reconheceu os diretos dos
portadores de necessidades especiais a Lei de Salamanca de 1994 que forçou
e ampliou os direitos garantidos na Constituição Federal, a LDB de 1996 ofertou
o atendimento especializado gratuito aos educando com deficiências afirmando
a incumbência dos docentes zelar pela aprendizagem do aluno com
necessidades especiais na modalidade escolar oferecida na rede regular de
ensino.

Palavras-chave: Educação inclusiva, portadores de Necessidades Especiais,


Brasil.
1.A HISTORICIDADE DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Ao analisar a história da Educação Inclusiva no Brasil percebe-se que a mesma


tem sido motivo de grandes discussões durante séculos. No decorrer dos
tempos, a história da educação inclusiva no Brasil apresentou diferentes
mudanças na sua função, pois até a década de 50 praticamente não se falava
em Educação especial. E só a partir de 1970, que a educação passou a ser
discutida e tendo preocupação pelos governos, a partir daí foi que começou a
criação de instituições públicas e privada.

Nos dias atuais muitos autores ainda defendem este sistema de Ensino Especial
paralelo criado para educar os portadores de uma deficiência, contribuindo
também para que sejam segregados e excluídos da sociedade que os nega.
Estes autores parecem que desconhecem a importância de se construir um
processo de inclusão, gradativa, que é aconselhado por muitos.

Segundo Sassaki, ( 1997,p.41). A educação é responsável pela socialização,


que é a possibilidade de uma pessoa conviver com qualidade na sociedade,
tendo portanto, um caráter cultural acentuado, viabilizando a integração do
indivíduo com o meio.

Diante disso, nosso papel frente a inclusão reside em acreditar nas


possibilidades de avanços acadêmicos dos alunos denominados normais, pois,
terão de se tornar mais solidários, acolhedores diante das diferenças e, crer que
a escola terá que se renovar, pois a nova política Educacional é construída
segundo o princípio da Igualdade de todos perante a lei que abrange as pessoas
de todas as classes sociais.

É importante ressaltar que a educação especial surgiu com muitas lutas,


organizações e leis favoráveis aos deficientes, e a educação Inclusiva começou
a ganhar forças a partir da declaração de Salamanca (1994), a partir da
aprovação da constituição de 1988 e da LDB,1996, conforme define a declaração
de Salamanca (1994, p,8-9).

[...]as crianças e jovens com necessidades educativas especiais devem


ter acesso as escolas regulares, que a elas devem se adequar [...] elas
constituem os meios mais capazes para combater as atitudes
discriminatórias, construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a
educação para todos.

Entretanto, a educação especial que por muito tempo restringiu-se a um ensino


paralelo, aos poucos vem redimensionando seu papel, atuando no atendimento
direto desse aluno na rede escolar regular.

A história nos diz que a educação especial tem sido considerada como educação
de pessoas com deficiência, seja ela mental, auditiva, visual, motora, física
múltipla ou decorrente distúrbios evasivos do desenvolvimento além das
pessoas super, dotadas que também tem integrado ao aluno da educação
especial.

Ao analisarmos relatos do período histórico da educação inclusiva no Brasil


segundo BRASIL, (2001, p.25) Durante os séculos XVII e XVIII houve muitos
preconceitos com as pessoas que nasciam com algumas deficiências, pois a
mesma destacou-se teorias e práticas sociais de descriminação, promovendo
infinitas situações de exclusão. Essa época foi caracterizada pela ignorância e
rejeição do indivíduo deficiente pela família a escola e sociedade em geral que
condenavam esse público de uma forma extremamente preconceituosas, de
modo a exclui-lo do estado social. E os deficientes mentais eram internados em
orfanatos, manicômios ,prisões dentre outros tipos de instituições que tratavam
como deficientes anormais ,”[...]na antiguidade as pessoas com deficiência física
,mental sensorial eram apresentadas como aleijados , mal constituídas,
anormais ou deformados.

Diante disso as concepções sobre os deficientes foi mudando conforme as


crenças, valores culturais, concepção de homem e transformações que
ocorreram nos diferentes momentos históricos (Brasil,2001, p,25).

Segundo (CARVALHO, 1999 p. 52). Os séculos XVIII e XIX começou haver


preocupação com os deficientes, então foram construídas algumas instituições
para que eles tivessem uma educação a parte. Pois passaram a receber
atendimento em asilos que acolhiam para trata-lo; Mas o ambiente tornava-se
uma espécie de prisão para essas pessoas como proteção da sociedade. pois
eram isolados segregados e ficavam afastados do convívio social,
Com o passar dos anos essas instituições foram se especializando deixando de
serem apenas lugares de abrigo e sim um lugar onde as pessoas deficientes
tivesse a sua devida atenção conforme o seu tipo de deficiência. A mesma
passou a oferecer todo tipo de serviço necessário as pessoas que ali
frequentavam.

A partir do século XX alguns cidadãos começaram a valorizar o público deficiente


através de movimentos sociais de luta contra a descriminação em defesa de uma
sociedade inclusiva. Visando proteger e prepara-lo para uma melhor
reintegração futura na sociedade.

E a história da inclusão, ou seja o atendimento as pessoas portadoras de


deficiência no Brasil se deu a partir do século XIX. Conforme explica a
declaração de Salamanca (1994, p,6).

[...]as escolas se devem ajustar as todas as crianças independentemente das


suas condições físicas, sociais, linguísticas ou outras. Neste conceito, terão
de incluir-se crianças com deficiência ou sobre dotadas, crianças da rua ou
crianças que trabalham crianças de populações remotas ou nômadas,
crianças de minorias linguísticas étnicas ou culturais e crianças de áreas ou
grupos desfavorecidos ou marginais.

Percebe-se que ao final do século XX até os dias atuais os avanços sociais


pedagógicos e tecnológicos, por uma sociedade inclusiva no Brasil, vem sendo
mais valorizada, contando com salas de recursos e atendimento diferenciados,
métodos tecnológicos dentre outros modelos tecnológicos e inclusão social de
um público que sofreu arduamente com discriminações e preconceitos e hoje
busca a garantia de seus direitos perante a sociedade.

2.OS DESAFIOS DA EDUCAÇAO INCLUSIVA NA ATUALIDADE

A inclusão de alunos portadores de necessidades especiais na rede regular além


de direito, é resguardado por legislações da política nacional de educação e
exige que a escola esteja preparada de forma a oferecer possibilidades de
aprendizagem a todos os alunos, tendo ou não deficiência independentemente
de gênero, etnia, idade ou classe social.
Do professor, exige investimento emocional, conhecimento cientifico técnico
pedagógico, conduta ética e compromisso com a aprendizagem dos alunos.

A inclusão escolar surgiu com a declaração de Salamanca na década de 1994


com a ideia de romper paradigmas educacionais existentes desde o inicio da
educação. Após tantos anos de segregação e isolamento ,hoje essas pessoas
são reconhecidas como cidadãs, segundo a constituição Federal de 1988.Visto
que a inclusão escolar está diretamente relacionada as ações politicas,
pedagógicas, culturais e sociais. Esse movimento torna possível a interação de
crianças com necessidades especiais junto com as crianças sem necessidades
especiais convivendo no mesmo ambiente escolar, aprendendo e respeitando as
diferenças (LIMA,2006).

É importante ressaltar que a Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional


9394/96 (LDB) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) afirma que é
incumbência dos docentes zelar pela aprendizagem do aluno com necessidades
Especiais na modalidade de educação escolar. Oferecida preferencialmente na
rede regular de ensino. Entretanto para que haja inclusão apesar de ser um
dever das escolas que esta expresso em lei é preciso que a escola esteja
disponibilizada de modo a oferecer responsabilidade por parte de todos com o
objetivo de garantir as crianças portadoras de alguma deficiência uma escola
acolhedora de qualidade que supra suas necessidades.

Diante das analises feita no decorrer da pesquisa Percebe-se que um dos


grandes desafios enfrentados pelas escolas, principalmente nas redes publicas,
é a formação de professores para o atendimento de alunos com necessidades
educacionais especiais .

No entanto para PRIÉTO (2006), a expansão do acesso de alunos com


necessidades especiais as classes comuns, que constata desde a ultima década
do século XX, demanda investimentos de diversos naturezas para também
assegurar a permanência desses educandos.

Nesse sentido, a formação continuada do professor deve ser um compromisso


dos sistemas de ensino para com a inclusão. Nessa perspectiva, devem-se
assegurar que estejam aptos a elaborar e a implantar novas propostas e práticas
de ensino para responderem as características de seus alunos com
necessidades educacionais especiais. Portanto, os professores devem ser
capazes de analisar os domínios de conhecimentos atuais dos alunos . e as
diferentes necessidades de demandas no processo de aprendizagem, elaborar
atividades ,e prever formas de avaliar os alunos para que as informações sirvam
para aprimorar o atendimento daqueles com maiores dificuldades.

É essencial que os professores reconhecem sua própria


importância no processo de inclusão , pois a eles cabe planejar
e implementar intervenções pedagógicas que deem sustentação
para o desenvolvimento das crianças (LIMA,2006,p.123).

Portanto considera-se que a educação especial não pode mais ser olhada como
um sistema paralelo a educação geral e sim fazer parte dela como um conjunto
de recursos pedagógicos e de serviços de apoio que facilite a aprendizagem de
todos os alunos.

Entretanto isso traz a todos os âmbitos a sensação de enfrentar um grande


desafio e encontrar metodologias de ensino e recursos diferenciados que
assegurem na tarefa de atingir os objetivos curriculares proposto as crianças com
necessidades especiais (LIMA,2006).Diante disso as escolas precisam estar
capacitadas para receberem seus alunos tendo em vista um ambiente organizado
programações diferenciados , material pedagógicos diversificados e,
principalmente um clima de aceitação de diferenças interpessoais.

Por isso a formação continuada dos professores deve capacita-los para conhecer
melhor o que hoje se sabe a respeito das possibilidades de trabalho pedagógicos
com as crianças com necessidades educacionais especiais ,bem como auxiliar
as crianças na construção de conhecimentos cada vez mais (Oliveira,2005).

Diante disso compreende-se que as atividades propostas ao conjunto das


crianças e torna acessível aquelas com necessidades especiais .É preciso pensar
nos espaços existentes eliminando as barreiras , fazendo uma boa apresentação
nos espaços físicos as crianças com necessidades especiais e oferecer
oportunidades diversificadas para elas explorarem e descobrirem formas de se
apropriarem dele. Como podemos observar os desafios a inclusão são bastantes
complexos, por isso há necessidade de um mais comprometimento com a
sociedade.
CONSIDERAÇOES FINAIS

Ao finalizar esta pesquisa diante do que foi exposto, foi possível rever e entender
de forma sucinta um pouco da historicidade da educação inclusiva no Brasil,
porem ao analisar alguns relatos de historiadores para elaboração este artigo
percebeu que no decorrer do tempo as pessoas que nasciam com alguma
deficiência eram discriminadas, segregadas e excluídas da sociedade, até
mesmo pela família, mas com o passar dos anos houve algumas mudanças.

Diante disso é importante ressaltar que a educação inclusiva surgiu através de


muitas lutas, organizações e leis favoráveis as pessoas, com necessidades
especiais portanto a educação inclusiva começou a ganhar forças a partir da
Declaração de Salamanca (1994), e da aprovação da Constituição de 1988, e a
LDB, 1996. Foi através dessas leis já menciona e dos movimentos sociais que a
educação inclusiva começou a ganhar forças na sociedade.

Entretanto a concepção acerca da Educação Inclusiva no Brasil começou a


mudar partir do século XX através dos movimentos sociais de luta a favor dos
portadores de necessidades especiais em defesa de uma sociedade inclusiva.
Igual para todos percebe-se que partir daí houve um avanço e mudanças em
prol da educação inclusiva, mais ainda há muito a ser discutido a respeito da
inclusão para garantir os diretos dessas pessoas na sociedade com este escrito
nas leis

REFERENCIAS BIBIOGRAFICAS

BRASIL. Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica Mec


SEESP, 2001.

BRASIL. Constituição da Republica Federativa do Brasil de 1988.


BRASIL. Lei 9394 de 24 de dezembro de 1996. Lei Diretrizes e Bases da
Educação Nacional 9394/96 Eca.

CARVALHO, Rosila Elder. O Direito de ter Direito. In: Salto para o futuro,
Educação Especial. Tendências atuais Secretaria de Educação a Distância.
Brasília: ministério da educação, SEEP,1999.

LIMA, Priscila Augusta. 1957. Educação Inclusiva e Igualdade Social. São Paulo:
Avercampo, 2006.

PRIETO, Rosangela Gavioli. Atendimento escolar de alunos com necessidades


especiais: um olhar sobre as politicas publicas de educação no Brasil. In
ARANTES, Valéria Amorim (Org.).Inclusão escolar.5.ed.São Paulo: Summus,
2006.p.31-69.

SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: Construindo uma sociedade para todos. Rio
de Janeiro WVA, 1997.

UNESCO. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre Necessidades


Educativas Especiais. Brasília: CORDE, 1994.

Você também pode gostar