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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA E NEUROPSICOPEDAGOGIA


INSTITUCIONAL E CLÍNICA

LENIZA MARIA TRINDADE

A INCLUSÃO ESCOLAR NO ENSINO REGULAR

CANOINHAS-SC
2022
A INCLUSÃO ESCOLAR NO ENSINO REGULAR

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o
mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja
parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e
corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de
investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de violação aos
direitos autorais. “Deixar este texto no trabalho conforme se apresenta, fonte e cor vermelha”.

RESUMO- A discussão sobre a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais em


escolas públicas vem ganhando maior dimensão nos últimos tempos. Pode-se conceituar inclusão
como um processo educacional gradual e interativo. Consiste em um programa que respeita às
diferenças de cada ser humano, apresentando respostas às suas necessidades e suas
características. A perspectiva principal da inclusão é a certeza de que não existem pessoas iguais
e são justamente as diferenças entre os seres humanos, que o caracterizam. O aluno é então
compreendido como um ser único, que tem sua própria história de vida, sendo então um ser
histórico diferente. O presente estudo justifica-se por entender que a educação especial assume, a
cada ano, uma máxima importância, atendendo às crescentes exigências da sociedade em
processo de renovação e de busca incessante da democracia, que só será alcançada quando
todas as pessoas tiverem acesso a informação, ao conhecimento e aos meios necessários para a
formação de sua plena cidadania.

PALAVRAS-CHAVE: Inclusão. Educação especial. Ensino regular. Escola pública

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo expandir o conhecimento e a


discussão sobre o desafio de incluir pessoas com necessidades especiais não
somente na escola, mas também em toda a sociedade. A educação especial pode
ser conceituada como uma educação voltada para os portadores de deficiências
como: auditivas, visuais, intelectuais, física e as múltiplas deficiências. Para que
essas pessoas especiais possam ser educadas e integradas, é importante a
participação de todos, escola, família e sociedade. Nota-se que a Educação
Inclusiva é uma educação voltada de todos para todos onde os ditos ‘normais’ e
os portadores de algum tipo de deficiência poderão aprender uns com os outros.
Uma depende da outra para que realmente exista uma educação de qualidade.
O conceito de inclusão não consiste em levar crianças às classes comuns
sem o acompanhamento do professor especializado, ignorando as necessidades
específicas da criança, esperando que os professores de classe regular ensinem
as crianças portadoras de necessidades especiais sem uma preparação. Através
da Educação Inclusiva pode-se atender esses alunos com qualidade, entretanto é
preciso que os profissionais tenham condições e formação adequada.
Para nortear o trabalho tem-se a seguinte problemática: as escolas públicas
e os professores do ensino regular estão preparados para receber alunos com
necessidades especiais? Existem recursos e materiais disponíveis nas escolas
públicas para atender estes alunos?
Sob este olhar, o objetivo geral deste trabalho consiste em analisar as
possíveis dificuldades encontradas por escolas públicas e professores da rede
regular de ensino. Contribuir para a socialização e para o desenvolvimento e
construção da autonomia do aluno com deficiência.
O presente trabalho buscou um levantamento qualitativo e bibliográfico que
permitisse discutir a temática da inclusão de alunos com necessidades especiais
em escolas públicas de ensino regular.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Na história da educação, constata-se que até o século XVIII, grande parte


do conhecimento a respeito da deficiência era basicamente ligada a misticismo e
ocultismo, havendo poucos dados científicos para o desenvolvimento de noções
reais sobre o assunto. A falta de conhecimento sobre deficiências fazia com que
estas pessoas fossem marginalizadas e excluídas da sociedade.
Segundo Lima, (2011, p.1) esta ideia passa a mudar a partir da idade
contemporânea,

A partir da idade contemporânea há uma nova forma de se conceber a


pessoa com deficiência, constatando-se suas possibilidades de
aprendizagem e desenvolvendo-se alternativas para seu atendimento
educacional no sistema regular de ensino, em função de suas
necessidades especiais. Essa pessoa, antes vista apenas como limitada,
agora deve ser vista como alguém com potencialidades, com
capacidades que devem ser desenvolvidas, com condições de viver em
ambientes menos restritos, menos segregativos.
Os primeiros movimentos pelo atendimento às pessoas com deficiência
surgiram na Europa, buscando por mudanças na atitude dos grupos sociais e se
concretizando em medidas educacionais. No Brasil o Hospital Juliano Moreira em
Salvador, Bahia, fundado em 1874 é considerado como a primeira instituição para
atendimento às pessoas com deficiência iniciando o tratamento de doentes
mentais no Hospital psiquiátrico. Embora, de forma lenta, após a proclamação da
república, a educação especial foi se expandindo. A partir daí a sociedade
começou a compreender que os deficientes poderiam ser produtivos, e o
atendimento foi migrando lentamente do campo da saúde para o da educação.
A inclusão consiste em oferecer à pessoa com deficiência condições de
vida tão normais quanto seja possível para todas as pessoas, isto significa, que a
sociedade deve preparar-se para abolir com obstáculos e oferecer condições para
que todas as pessoas desenvolvam suas potencialidades.

2.2 INCLUSÃO ESCOLAR E EDUCAÇÃO ESPECIAL

O mundo com constantes mudanças e aceitações, com o passar dos


tempos o que era algo inaceitável e inquestionável passa a ser rotina. Pode-se
observar estas mudanças na educação, o que era regalias para poucos hoje
passou a ser direito de todos.
Uma mudança de suma importância para educação brasileira foi o direito
das crianças com necessidades especiais frequentarem a rede regular de ensino.
Essa mudança trouxe para a comunidade escolar a troca de experiência e
interação entre esses dois sistemas educacionais: o regular e o especial. No
mundo todo o movimento pela inclusão vem tomando força nas últimas décadas
por questão de direitos humanos. Dentre as reuniões internacionais que se
propuseram a discutir os direitos à educação, destaca-se a Conferência Mundial
sobre Necessidades Educativas Especiais, em Salamanca, na Espanha, no ano
de 1994. No documento elaborado pelos delegados desse encontro lê-se:
O princípio que orienta esta Estrutura é o de que escolas deveriam
acomodar todas as crianças independentemente de suas condições
físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Aquelas
deveriam incluir crianças deficientes e superdotadas, crianças de rua e
que trabalham, crianças de origem remota ou de população nômade,
crianças pertencentes a minorias linguísticas, étnicas ou culturais, e
crianças de outros grupos desavantajados ou marginalizados. Tais
condições geram uma variedade de diferentes desafios aos sistemas
escolares. No contexto desta Estrutura, o termo "necessidades
educacionais especiais" refere-se a todas aquelas crianças ou jovens
cujas necessidades educacionais especiais se originam em função de
deficiências ou dificuldades de aprendizagem. (UNESCO, 1994, p. 3).

A inclusão significa um avanço educacional com importantes repercussões


políticas e sociais, visto que não se trata de adequar, mas de transformar a
realidade das práticas educacionais em função de um valor universal que é o
desenvolvimento do ser humano. (FIGUEIREDO, 2002, p. 21).
A inclusão é um fator que contribui para a socialização de crianças com
deficiência. É na escola que a criança aprende a socializar-se com os demais e
isso é fundamental para o seu desenvolvimento social.
Segundo Elias e Chaves (2008), a inclusão escolar refere-se a um processo
educacional que visa estender ao máximo a capacidade do menor com deficiência
no ensino regular. Ela traz muitos benefícios aos que dela usufruem, pois estes
alunos não serão excluídos intelectualmente. Possuir uma necessidade especial
não significa ser incapaz de compreender e aprender conteúdos expostos dentro
de uma sala de aula regular.
As crianças com deficiência têm as mesmas capacidades dos demais
colegas e podem obter bons desempenhos nas atividades desde que sejam
respeitadas suas limitações.
Para Figueiredo (2012), em muitas situações, o professor reconhece que as
dificuldades de aprendizagem da criança com deficiência não se diferenciam tanto
daqueles apresentados pelos alunos considerados normais. Destacando desde
modo, a importância de alunos com ou sem deficiência frequentarem e
aprenderem juntos, na mesma escola, na mesma classe, sem discriminação ou
empecilho, uma vez que ambos têm a capacidade de aprender e juntos podem
trocar experiências.
Segundo o MEC, Brasil (2013) no documento Política Nacional de
Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, o movimento mundial
pela educação inclusiva é uma ação política, cultural, social e pedagógica,
desencadeada em defesa do direito de todos os alunos estarem aprendendo e
participando juntos, sem nenhum tipo de discriminação. A educação inclusiva
constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos
humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores intrínsecos, e que
avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias
históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola.

2.3 A EDUCAÇÃO E A ESCOLA INCLUSIVA

A educação inclusiva é uma ação em que se devem abrir as portas da


instituição escolar para todos os estudantes, independente de suas limitações.
Trata-se de uma reestruturação da cultura, da técnica e das políticas vivenciadas
nas escolas de modo que estas respondam à diversidade dos seus alunos. Para o
aluno com deficiência, ao conviver com colegas da mesma idade, possa estimular
seu desenvolvimento cognitivo e social, para sentir maior interesse pelo ambiente
que o cerca. Porém, para que haja inclusão deste aluno é preciso que o ambiente
escolar, assim como as pessoas que ali convivem, esteja preparado para receber
estes alunos especiais. A inclusão, na escola regular, deve ser gradativa de forma
que envolva toda a comunidade escolar e que se preparem os alunos para
respeitar o ‘diferente’. É necessário também ter certeza que a criança está
preparada para frequentar uma sala de aula na escola regular, pois é na escola
regular que ficarão evidenciadas as diferenças.

O uso da palavra inclusão remete a dois pontos fundamentais: se existe a


necessidade de incluir, é porque algo ou alguém se encontra fora. Se
algo ou alguém se encontra fora, existe um espaço que deve ser ocupado
e que é regulado por critério que estabelecem os atributos necessários
para se estar incluído ou excluído nesse espaço. (BAGGIO; NOVA. 2013
p. 84).
É essencial que uma escola inclusiva tenha um espaço adequado a todos
os seus alunos, a escola deve ter rampas para acesso as salas, banheiros
adaptados, materiais diferenciados para cada tipo de inclusão, a escola inclusiva
deve ter pessoas capacitadas para trabalhar com seus alunos, e principalmente a
escola deve promover mudança de atitudes discriminatórias, trabalhar com quebra
de preconceitos, estigmas, desinformação, ignorância – que levam as pessoas a
terem atitudes negativas em relação aos seus alunos com deficiência.

2.4 O PAPEL DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

O professor deve valorizar as diferenças, descobrir e valorizar as


potencialidades de todos os seus alunos, cada ser é único e todos com suas
próprias qualidades todos têm capacidades próprias que devem ser descobertas,
proclamadas, cultivadas e exploradas. O professor deve valorizar o
cooperativismo, promovendo a solidariedade entre crianças com deficiência e os
demais colegas. O aluno sem deficiência pode auxiliar alguém em suas reais
necessidades, desta forma diminuirá tabus, mitos e preconceitos.

O professor é a chave do processo pedagógico e modelo a ser espelhado


em diversas situações pelos alunos. Nesta dimensão, o processo de
inclusão necessita de professores especializados para todos os alunos.
Portanto, eles terão de voltar a estudar, a pesquisar, a refletir sobre suas
práticas e a buscar metodologias inovadoras de ensino para esse fim.
(GÓMEZ, 1992, p.103-105).

O professor deve estar atento a uma oportunidade de estabelecer uma


interação entre os alunos com e sem deficiências, promovendo, não só as
aprendizagens acadêmicas, como o relacionamento entre eles e o aumento da
autoestima da criança com deficiência, auxiliando sua relação com todos na
classe.
Bueno (1999), assinala que um ensino de qualidade para crianças com
necessidades especiais, na perspectiva de uma educação inclusiva, envolve pelo
menos, dois tipos de formação profissional docente: professores “generalistas” do
ensino regular, com um mínimo de conhecimento e prática sobre alunado
diversificado; e professores “especialistas” nas diferentes “necessidades
educacionais especiais”, quer seja para atendimento à essa população, quer seja
para apoio ao trabalho realizado pelos profissionais de classes regulares que
integrem esses alunos.

2.5 INCLUSÃO QUE GERA A EXCLUSÃO

Atualmente vivemos em um mundo onde é possível ser diferente, mas não


é possível viver e demonstrar esta diferença e isto pode ser notado no momento
em que uma sociedade que luta por liberdade de expressão discrimina pessoas
em razão de diferenças de características intelectuais, físicas, culturais, sexuais,
sociais, linguísticas, discriminando até mesmo as pessoas que não vão às aulas
porque trabalham ou aquelas que de tanto repetir desistiram de estudar, entre
outras estruturas do modelo tradicional de educação escolar.
Fleuri (2003, p.16-17),

Em todos estes movimentos sociais e educacionais que propõem a


convivência democrática entre diferentes grupos e culturas, em âmbito
nacional e internacional, assim como a busca de construir referenciais
epistemológicos pertinentes, o trabalho intercultural pretende contribuir
para superar tanto a atitude de medo quanto a de indiferente tolerância
ante o “outro”, construindo uma disponibilidade para a leitura positiva da
pluralidade social e cultural. Trata- se, na realidade, de um novo ponto de
vista baseado no respeito à diferença, que se concretiza no
reconhecimento da paridade de direitos. Tal perspectiva configura uma
proposta de “educação para a alteridade”, aos direitos do outro, à
igualdade de dignidade e de oportunidades, uma proposta democrática
ampla.

Percebe-se a necessidade de aceitação da sociedade e desta falta de


aceitação surgem os preconceitos. Esta é uma realidade que pode ser mudada
através da inclusão escolar, mas o fato é que a inclusão tem sido um grande
desafio também para as escolas, pois falta estrutura e profissionais para trabalhar
com todos os alunos.
2.6 A REALIDADE DAS ESCOLAS INCLUSIVAS NO BRASIL

Apesar de ainda precisar de melhorias pode-se dizer que a educação,


especialmente no Brasil, já passou por grandes transformações. Observa-se que
ainda existem dificuldades, porém é notável o esforço que muitos fazem para se
ter um país melhor.
Segundo Carvalho (1998), a Educação Inclusiva propõe reduzir as pressões que
possa levar a exclusão e a desvalorização atribuída aos alunos, seja com base em
sua incapacidade, rendimento cognitivo, raça, gênero, classe social, estrutura
familiar, estilo de vida ou sexualidade.

Uma escola inclusiva não prepara para a vida. Ela é a própria vida que
flui devendo possibilitar, do ponto de vista político, ético e estético, o
desenvolvimento da sensibilidade e da capacidade crítica e construtiva
dos alunos - cidadãos que nela estão, em qualquer das etapas do fluxo
escolar ou modalidade de atendimento educacional oferecidas. Para
tanto, precisa ser prazerosa, adaptando-se as necessidades de cada
aluno, promovendo a integração dos aprendizes entre si com a cultura e
demais objetos do conhecimento, oferecendo ensino aprendizagem de
boa qualidade para todos, com todos para a vida. (CARVALHO, 1998, p.
35).

Apesar dos esforços, da parte das escolas publicas de ensino regular, em


incluir todos os seus alunos de uma forma igual, infelizmente nem todas têm um
ambiente adaptado ou não há profissionais capacitados para receber estas
crianças.

As escolas que não estão atendendo alunos com deficiência em suas


turmas regulares se justificam, na maioria das vezes pelo despreparo dos
seus professores para esse fim. Existem também as que não acreditam
nos benefícios que esses alunos poderão tirar da nova situação,
especialmente os casos mais graves, pois não teriam condições de
acompanhar os avanços dos demais colegas e seriam ainda mais
marginalizados e discriminados do que nas classes e escolas especiais.
(MANTOAN, 2015, p. 3).

Contudo esta é uma realidade que mudará em breve, pois o aumento de


alunos especiais à procura do ensino regular esta maior a cada ano, necessitando
que as escolas tomem iniciativas urgentes, como adaptar o ambiente escolar com
rampas de acesso, portas e salas com amplo espaço para cadeirantes, livros
adaptados para alunos com deficiência visual, e outras mudanças que são
fundamentais para uma escola inclusiva. A escola precisará também capacitar
seus funcionários. Uma vez que é a escola que deve se adaptar aos seus alunos e
não os alunos se adaptarem a escola, como acontece nos dias atuais.

2.7 TODOS PELA EDUCAÇÃO

A educação é um direito de todos, mas para que haja uma educação de


qualidade para todos é preciso instigar as escolas para que preparem com
autonomia e de forma participativa o seu Projeto Político Pedagógico, é importante
que a escola verifique quantos são os alunos, onde estão e porque alguns estão
fora da escola, para que desde modo incentive-os a participar da escola do ensino
regular, mostrando a eles e suas famílias o quão importante será para os alunos
da educação inclusiva, para os demais alunos e para toda a sociedade.
Segundo Mantoan (2015, p. 1),

O sucesso da inclusão de alunos com deficiência na escola regular


decorre, portanto, das possibilidades de se conseguir progressos
significativos desses alunos na escolaridade, por meio da adequação das
práticas pedagógicas à diversidade dos aprendizes. E só se consegue
atingir esse sucesso, quando a escola regular assume que as
dificuldades de alguns alunos não são apenas deles, mas resultam em
grande parte do modo como o ensino é ministrado, a aprendizagem é
concebida e avaliada. Pois não apenas as deficientes são excluídas, mas
também as que são pobres, as que não vão às aulas porque trabalham,
as que pertencem a grupos discriminados, as que de tanto repetir
desistiram de estudar.

Antes de receber o aluno especial é preciso primeiramente preparar os


colegas de turma, para que aprendam a respeitar às diferenças e às inteligências
múltiplas. As escolas tem se organizado de maneira diferente e está usando muito
dos recursos humanos, como professor auxiliar, professor tutor, monitor de
educação especial, sala de recurso e especialistas de várias áreas, com
atendimentos individuais na escola ou fora dela.
O que pretende na educação inclusiva é remover barreiras, sejam elas
extrínsecas ou intrínsecas aos alunos, buscando-se todas as formas de
acessibilidade e de apoio de modo a assegurar (o que a lei faz) e,
principalmente garantir (o que deve constar dos projetos político –
pedagógicos dos sistemas de ensino e das escolas e que deve ser
executado), tomando-se as providências para efetivar ações para o
acesso, ingresso e permanência bem sucedida na escola. (CARVALHO,
2004, p. 73).

A construção de uma escola de qualidade, que aborde todos igualmente,


que seja justa e acolhedora, é um sonho possível. Todas as crianças devem ser
bem vindas a esta escola nova.

2.8 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Uma pesquisa é um conjunto de atividades orientadas e planejadas pela


busca de um conhecimento. Através da pesquisa pode-se também desenvolver,
ampliar, detalhar ou atualizar, conhecimento já existente, gerando novos
conhecimentos.
Conforme Fachim, (2003, p. 123)
Pesquisa é um procedimento intelectual em que o pesquisador tem como
objetivo adquirir conhecimentos por meio da investigação de uma
realidade e da busca de novas verdades sobre um fato (objeto,
problema). Com base em métodos adequados e técnicas apropriadas, o
pesquisador busca conhecimentos específicos, respostas ou soluções
para o problema estudado.

Existem vários tipos de pesquisa. Para a elaboração Do trabalho utilizou-se


a pesquisa qualitativa e bibliográfica, para expor os fatos e ideias, esclarecer as
propostas com auxilio de informações encontradas em livros, artigos e internet, e
deste modo chegar ao seu objetivo.
A pesquisa bibliográfica implica muita leitura em livros, ela é mais eficaz por
conter informações corretas e completas sobre o assunto.
Segundo Ruiz, (1993, p. 58)

As produções humanas foram comemoradas e estão guardadas em


livros, artigos e documentos. Bibliografia é o conjunto dos livros escritos
sobre determinado assunto, por autores conhecidos e identificados ou
anônimos, pertencentes a correntes de pensamento diversas entre si, ao
longo da evolução da Humanidade. E a pesquisa bibliográfica consiste no
exame desse manancial, para levantamento e analise do que já se
produziu sobre determinado assunto que assumimos como tema de
pesquisa cientifica.

A pesquisa bibliográfica envolve toda bibliografia já tornada publica em


relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, jornais, revistas, livros,
pesquisas, entre outros. Tem por intenção expor ao pesquisador tudo o que já foi
escrito sobre o assunto pesquisado.

3. CONCLUSÃO

Inclusão significa o aluno estar na escola, participando, aprendendo e


desenvolvendo suas potencialidades. Um outro aspecto da inclusão é identificar e
ultrapassar as barreiras que impedem os alunos de adquirir conhecimentos
acadêmicos. Essas barreiras podem ser: a organização da escola, o prédio, o
currículo, a forma de ensinar e muitas vezes as barreiras que estão na mente das
pessoas. Estas são as mais difíceis.
Atualmente há uma grande preocupação das escolas quando o assunto é
ceder espaço para crianças com deficiência, as escolas querem desenvolver um
trabalho significativo com estas crianças, porém precisam de modificações, de
uma melhor estrutura, de profissionais capacitados e de materiais didáticos. O
poder público precisa investir em mais estrutura física, não somente nas escolas,
mas em todos os espaços públicos.
Os preconceitos devem ser derrubados, não somente nas escolas, mas na
sociedade em geral e até mesmo os pais que muitas vezes não aceitam a
diferença dos seus filhos e tentam defende-los da sociedade isolando-os em casa
ou frequentando escolas especiais evitando a convivência com outras
crianças ditas “normais”. Cabe a cada um de nós fazermos a nossa parte
para derrubar preconceitos e permitir uma sociedade inclusiva.
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