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FUNDAÇÃO ALAGOANA DE PESQUISA, EDUCAÇÃO E CULTURA

FACULDADE DE TECNOLOGIA DE ALAGOAS

ALUNA: Erica de oliveira e silva


PROFESSORA: Maria Fabiana de Lima Santos Lisboa
DISCIPLINA: Psicologia das Necessidades Educativas Especiais

RESENHA CRITICA
A RADICALIZAÇÃO DO DEBATE SOBRE INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL
Introdução
A educação especial traçada no século XVI, com médicos e também pedagógicos que
desafiavam as concepções adotadas na época, acreditavam nas capacidades de indivíduos
até então visto como ineducáveis.
Foi só no século XIX que a aprendizagem de todos os alunos veio ao início de classes
especiais nas escolas regulares, para onde os alunos diferentes passaram a ser
encaminhados, assim o acesso à educação para portadores de deficiências vai sendo
lentamente conquistado. Com desculpas que era baseada na crença de que ele seria, mas
bem atendidos em suas necessidades educacionais se ensinados em ambientes separados.
Normalização e integração escolar
O princípio da normalização teve sua origem nos países escandinavos, com Bank-
Mikkelsen (1969) e Nirje (1969), que questionaram o abuso das instituições residenciais e
das limitações que esse tipo de serviço era posto como padrão de vida.
O princípio tinha como pressuposto básico a ideia de que toda pessoa com
deficiência teria o direito intransferível de experiência a um padrão de vida que seria
comum ou normal em sua cultura, e que a todos sem distinção, deveriam ser fornecidas
oportunidades iguais de participação em todas as mesmas atividades partilhadas por
grupos de idades equivalentes.
Medida política que causou impacto no campo da educação especial foi a
promulgação, em 1977, de uma lei pública nos Estados Unidos (USA, 1977), que
assegurou educação pública ajustada para todas as crianças com deficiências, instituindo
oficialmente, em âmbito nacional, o processo de mainstreaming. legislação constituida
juridicamente e que definia a colocação de indivíduos com deficiências em alternativas
minimamente restritivas, e que, conseqüentemente, incentivava a implantação gradual de
serviços educacionais na comunidade e desestimulava a institucionalização. De acordo
com os princípios básicos do mainstreaming, a colocação seletiva de estudantes com
deficiências deveria levar em consideração os critérios de preferência pelos serviços
educacionais com o mínimo possível de restrição a oferta de serviços educacionais
especiais e regulares coordenados e a promoção de situações escolares que favorecessem
a convivência com grupos sociais de idades equivalentes (Kirk & Gallagher, 1979).

Influência norte-americana no debate sobre inclusão escolar

Entendemos que é uma versão mais branda dessa história, e a teoria apresentada é a
de que o movimento pela inclusão escolar de crianças e jovens com necessidades
educacionais especiais surgiu de maneira efetiva e focada nos Estados Unidos, e que, por
esforço de penetração da cultura, ganhou a mídia e o mundo ao longo da década de 1990.

Pesquisadores norte-americanos identificaram que o termo “inclusão” apareceu na


literatura por volta de 1990, como substituto do termo “integração” e associado à ideia de
colocação de alunos com dificuldades prioritariamente nas classes comuns (Sailor, Gee &
Karasoff,1993;
Na decada de 1980 lançava uma grande insatisfação entre alguns educadores norte-
americanos, a publicação do estudo “A nation at risk: the imperative educacionalreform”
elaborado pela Nacional Commission on Excellence in Education (USA, 1983). Oferecia
um retrato muito pessimista da educação nos EUA, questionando seriamente se no futuro
eles seriam capazes de manter sua posição de liderança no contexto mundial. Essa revisão
provocou reforma no sistema educacional geral. A primeira onda de reforma iniciada na
década de 1980 foi denominada “movimento pela excelência na escola”.
Marcos mundial da educação inclusiva

Em 1990, foi realizada a Conferência Mundial sobre Educação para Todos:


satisfação das necessidades básicas de aprendizagem, em Jomtien, Tailândia, promovida
pelo Banco Mundial, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura (UNESCO), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Participaram educadores de
diversos países do mundo, sendo nessa ocasião aprovada a Declaração Mundial sobre
Educação para Todos. Nos países pobres e em desenvolvimento, as estatísticas do início
da década de 1990 apontavam que mais de 100 milhões de crianças e jovens não tinham
acesso à escolarização básica; e que apenas 2% de uma população com deficiência,
estimada em 600 milhões de pessoas, recebia qualquer modalidade de educação. A partir
de então, ganham terreno as teorias e práticas inclusivas em muitos países, inclusive no
Brasil.

Na atualidade, as propostas variam desde a ideia da inclusão total posição que


defende que todos os alunos devem ser educados apenas e só na classe da escola regular
até a ideia de que a diversidade de características implica a existência e manutenção de
um contínuo de serviços e de uma diversidade de opções. Enfim, sob a bandeira da
inclusão é encontrado, na atualidade, práticas anteriormente supostas bastante distintas, o
que concluem um consenso apenas aparente e acomoda diferentes posições que
divergem.
Perspectivas da inclusão escolar na realidade brasileira
Foi apenas na década de 1970 que surgiu uma resposta mais contundente do poder
público a essa questão (Ferreira, 1994; Mazzotta, 1994; Jannuzzi,2004). Possivelmente
esse avanço foi decorrência da ampliação do acesso à escola para a população em geral,
da produção do fracasso escolar e da implantação das classes especiais nas escolas
básicas públicas, na época predominantemente sob a responsabilidade dos sistemas
estaduais (Ferreira,1994). Assim, o início da institucionalização da educação especial em
nosso país coincidiu com o auge da hegemonia da filosofia da “normalização” no
contexto mundial, e passamos a partir de então a atuar, por cerca de trinta anos, sob o
princípio de “integração escolar”, até que emergiu o discurso em defesa da “educação
inclusiva”, a partir de meados da década de 1990. Em resumo, ainda que se observasse
um aumento nas matrículas tomando-se como base os dados oficiais, o que não é o caso,
não há evidências de que as diretrizes políticas anunciadas pelos sistemas públicos de
ensino estejam sendo bem-sucedidas, porque:
Houve um aumento muito discreto na cobertura em relação à demanda em potencial;
A maioria continua à margem de qualquer tipo de escola;
Os que conseguem acesso ainda estão majoritariamente em escolas especiais
privadas filantrópicas, ou no máximo em classes especiais de escolas comuns;
Os dados oficiais são imprecisos porque os procedimentos de identificação de alunos
adotados no censo escolar não são confiáveis, na medida em que não há no país diretrizes
claras para a notificação, e muito menos para a classificação categorial;
A alta proporção de alunos enquadrados na categoria “outros” parece indicar que a
estatística foi inflacionada com alunos que não estavam antes sendo contabilizados, e
que provavelmente já tinham acesso à escola, mesmo antes do anúncio oficial de políticas
de inclusão escolar; sendo que esse alto contingente nessa categoria residual evidencia
indefinição atual de quem é a população de alunos com necessidades educacionais
especiais;
O incremento percentual das matrículas de alunos com quadros de deficiências deve
ser ponderado em razão do reduzido número de matrículas em 1996, e também pelo fato
dea maioria se enquadrar na condição de deficiência mental, que é a condição cujo
diagnóstico é bastante complicado na realidade brasileira.
Assim, embora se perceba que o debate acerca da inclusão escolar vem sendo um
assunto recorrente, nem mesmo a matrícula de alunos com necessidades educacionais
especiais, uma garantia legal alcançada há mais de 17 anos, parece estar avançando.

Analise de forma crítica


A história da educação especial começou a ser abordada já no século XVI, e
passados cinco séculos aproximados ate a atualidade de educação especial. Desde sua
origem foi notada a dificuldade de inclusão de alunos com deficiências é bastante ampla,
os deficientes eram tratados como pessoas anormais, taxados pela exclusão social e ate
hoje ainda encontramos grandes obstaculos para enfrentamento do nosso contexto,
dificuldades para educar uma pessoa com deficiência, pois os problemas que dificultam a
educação especial, alguns deles são falta de investimento do governo em escolas com
infra-estatura para receber alunos que precisam de educação especial, outras são as
poucas qualificações dos professores para lhe darem com estes alunos, e ainda podendo
citar o próprio preconceito estabelecido no ambito escolar.
no Brasil, apesar de que a educação especial foi estabelecida em meados do século
XIX, mesmo assim encontra-se grandes dificuldades, pois percebo que mesmo as
universidades, sejam elas publicas ou particulares, ainda não estão, com uma infra-
estruturar adequada, para receberem alunos que necessitam de educação especial, não há
um consolidação falta envolvimento e engajamento politico e por outro lado vimos
também que o MAC tem prejudicado o processo de construção da inclusão escolar na
realidade brasileira, entre outros motivos que impede a contrução de uma igualdade para
todos.

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