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INICIAL
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NOSSA HISTÓRIA
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Sumário
CONCEITOS DE ENSINO E A APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA INICIAL . 1
NOSSA HISTÓRIA............................................................................................ 2
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 4
2. REFLETINDO SOBRE O COTIDIANO DAS AULAS DE MATEMÁTICA .... 5
2.1 Alfabetização matemática: aportes teóricos ............................................. 9
3. METODOLOGIA DO ENSINAR ............................................................... 11
3.1 Métodos individualizados de ensino ...................................................... 11
3.2 Métodos Socializados de Ensino ........................................................... 13
3.3 Métodos Socializados de Ensino ........................................................... 14
3.4 Métodos Socioindividualizados de Ensino ............................................. 15
4. A SELEÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE ENSINO ........................................ 16
5. A CRIAÇÃO DE UM ESPAÇO PARA PRODUÇÃO DE SABERES
MATEMÁTICOS NOS ANOS INICIAIS ........................................................... 18
5.1 A resolução de problemas nas aulas de matemática ............................. 19
5.2 O Lúdico e a matemática ....................................................................... 22
5.3 Literatura Infantil e a Matemática ........................................................... 24
5.4 A Matemática e a interdisciplinaridade .................................................. 25
5.5 Trabalhos manuais (concretos) ............................................................. 26
6. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ......................................................... 28
6.1 A avaliação enquanto espaço de aprendizagem.................................... 28
6.2 O portfólio como instrumento de avaliação ............................................ 30
7.CONCLUSÃO .............................................................................................. 31
8. REFERÊNCIAS ....................................................................................... 32
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1. INTRODUÇÃO
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2. REFLETINDO SOBRE O COTIDIANO DAS AULAS
DE MATEMÁTICA
Mesmo antes da escolarização a criança é constantemente envolvida
em atividades matemáticas que mesmo não sendo assim reconhecidas por elas
envolvem aspectos quantitativos da realidade. Isto significa que mesmo antes
de frequentar a escola as crianças classificam, ordenam, quantificam e medem
e desta forma mantêm uma boa relação com a Matemática.
Mas porque essa relação se complica quando a criança inicia sua vida
escolar e se agrava gradativamente no decorrer de todos os níveis de ensino?
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Iniciativas que de alguma forma se opõem a esta concepção na tentativa
de tornar a aprendizagem prazerosa e significativa para os alunos são raras e
merecem destaque. Diante da evidente dificuldade de seus alunos em compre-
ender e lidar com certas questões pertinentes ao conhecimento matemático,
uma professora vinculada ao projeto deixou a forma com que estava habituada
a trabalhar e passou a utilizar textos sobre a História da Matemática para abordar
os conteúdos na sala de aula. Nas primeiras aulas que tivemos oportunidade de
observar estudavam a contagem, a professora dispunha de textos condizentes
com a faixa etária das crianças, que descreviam como se contava antigamente
e qual era a utilidade da contagem.
Decerto que a Matemática faz parte de nossas vidas mesmo antes da
escolarização e mesmo que não nos damos conta disso; enquanto crianças fa-
zemos Matemática a todo instante.
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do ambiente escolar, daí a dificuldade das crianças em reconhecer a Matemática
como parte do cotidiano.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, justifica-se a pre-
sença da Matemática no currículo escolar, pois ela “[...] permite resolver proble-
mas da vida cotidiana, tem muitas aplicações no mundo do trabalho e funciona
como instrumento essencial para a construção de conhecimentos em outras
áreas curriculares”. Da mesma forma, interfere fortemente na formação de ca-
pacidades intelectuais, na estruturação do pensamento e na agilização do raci-
ocínio do aluno. (Brasil, 2000, p. 15).
Aprender Matemática é um procedimento fundamental para adquirir e
desenvolver capacidades cognitivas gerais. Existem atividades, como a resolu-
ção de problemas, a busca de semelhanças e diferenças, a seleção e a aplica-
ção de algoritmos que podem favorecer a transferência a outros setores da
aprendizagem.
Um processo de ensino
e aprendizagem significativo em
Matemática é aquele em que há
espaço para a comunicação, o
diálogo, a troca de opiniões dos
alunos entre si e com o profes-
sor, enfim, em que a construção
do conhecimento esteja base-
ada na ação e reflexão e não
simplesmente na transmissão e
reprodução de informações.
“[...] a comunicação tem grande importância e deve ser estimulada, levando-se
o aluno a “falar’ e a ‘escrever’ sobre Matemática, a trabalhar com representações
gráficas, desenhos, construções, a aprender como organizar e tratar dados”.
(BRASIL, 2000, p. 19).
A Resolução de Problemas é um bom exemplo.
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Através de situações-problema, o aluno é levado a interpretar o enunci-
ado da questão que lhe é proposta e a estruturar a situação que lhe é apresen-
tada, a fazer transferências de conceitos para resolver novos problemas.
Um problema matemático deve ser uma situação que demande uma se-
quência de ações e operações para obter o resultado. Ou seja, a solução não
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os alunos, o professor facilita seu próprio trabalho, afinal, através dos textos ela-
borados consegue ter uma boa ideia do nível de compreensão dos alunos e suas
maiores dificuldades, podendo assim, direcionar melhor sua prática.
Da mesma forma que a resolução de problemas, a História da Matemá-
tica se apresenta como importante recurso para o trabalho com a língua materna
e com os conceitos matemáticos. Promover atividades com textos da História da
Matemática é envolver o aluno na escrita, na leitura e na interpretação. Para o
conhecimento matemático, auxilia a criança a compreender que a Matemática é
uma construção humana, um processo histórico construído através de necessi-
dades de várias origens.
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Sendo a matemática uma ciência abstrata de linguagem simbólica,
pode-se dizer que para ler informações matemáticas não basta conhecermos
sua linguagem, mas o sentido e significado da mesma.
Quando a criança for capaz de ler, compreender, e interpretar os signos
e símbolos expressos pela linguagem matemática “[...] e sua consciência aten-
tiva voltar-se para o desvelamento dos significados que estão implícitos [...]”
(DANYLUK, 1988, p.52), podemos dizer que ela foi alfabetizada matematica-
mente.
Definimos alfabetização matemática, então, como a ação inicial de ler e
escrever matemática, ou seja, de compreender e interpretar seus conteúdos bá-
sicos, bem como, saber expressar-se através de sua linguagem específica.
Como afirma DANYLUK (1988, p.58),
“Ser alfabetizado em matemática, então, é entender o que se lê e escre-
ver o que se entende respeito das primeiras noções de aritmética, geometria e
lógica”.
Assim sendo, onde mais o fenômeno de alfabetização matemática de-
veria ocorrer senão nas séries iniciais da escolarização?
As séries iniciais são responsáveis pela introdução das primeiras no-
ções, não só da Matemática, mas das diversas áreas do conhecimento e repre-
sentam a base para conhecimentos futuros que as crianças terão que aprender,
e a forma como esses conteúdos iniciais são trabalhados na escola pode deter-
minar o sucesso e o insucesso dos alunos nas disciplinas.
No caso específico da abordagem matemática nas séries iniciais, o pro-
blema nos parece mais grave e evidente.
Quando o aluno não consegue a fundamentação matemática nas séries
iniciais, dificilmente conseguirá avançar como deveria para as demais séries e
consequentemente para os conteúdos mais complexos. Além disso, o bom rela-
cionamento que as crianças têm com a matemática antes da escolarização,
ainda que não possam assim denominá-la, pode ser comprometido se a escola
não souber como trabalhar com a sistematização do conhecimento matemático
que as crianças carregam consigo.
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3. METODOLOGIA DO ENSINAR
O processo de ensino se caracteriza pela combinação de atividades do
professor e dos estudantes. O direcionamento a esse processo está associado
com o planejamento pelo professor no desenvolvimento das aulas envolvendo:
a definição dos objetivos, a seleção dos conteúdos e os métodos do ensino. (LI-
BÂNEO, 1994). Os métodos de ensino se constituem enquanto sequência de
operações, com vistas a um determinado resultado que se espera. São fundados
na relação entre os objetivos e os conteúdos, e determinam a forma como devem
alcançar, por intermédio do processo de ensino e os objetivos definidos pelo
professor. A seleção dos métodos e técnicas utilizados no processo ensino-
aprendizagem não é neutra, obrigando à opção por pressupostos teóricos implí-
citos. O método expressa também uma visão global da relação do processo edu-
cativo com a sociedade, atendendo aos seus desígnios sociais e pedagógicos,
assim como as expectativas de formação dos estudantes perante as exigências
e desafios que a realidade social levanta. (LIBÂNEO, 1994). Os métodos de en-
sino são as ações do professor por intermédio das suas atividades com os estu-
dantes, procurando atingir os objetivos do trabalho docente considerando um
conteúdo específico. Existem variadas maneiras de classificar os métodos de
ensino e, por sua vez, cada método tem técnicas que lhes são mais ajustadas.
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ESTUDO DIRIGIDO: A proposta é fazer com que os estudantes
estudem a partir de um roteiro elaborado pelo professor, o qual
estabelece a profundidade do estudo. Nesse método, há leitura
de textos e manipulação de matérias ou construção e observação
de objetos, fatos ou fenômenos na busca de conclusões.
MÉTODO MONTESSORI: sua concepção de educação está ba-
seada nos princípios biológicos do desenvolvimento, num sistema
didático que concebe o homem e o mundo de uma perspectiva
vitalícia. A educação dos sentidos, por meio da realização de jo-
gos sensoriais e uso de material didático pedagógico próprio,
como por exemplo, a educação do movimento por meio da prática
de exercícios físicos e rítmicos e do exercício de linha, educação
da inteligência por meio de lições e exercícios, de vida prática sis-
temática e de aula do silêncio, visando desenvolver a capacidade
de atenção, autodisciplina e a percepção auditiva. Esse método é
guiado pelos princípios de: liberdade, atividade, vitalidade, e indi-
vidualidade.
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CENTRO DE INTERESSE: concepção também fundada na Bio-
logia e percebe a educação como manutenção e conservação da
vida. Seguida por alguns princípios como Autoeducação; uma es-
cola para a vida e pela vida; orientações de classes homogêneas
de acordo com o ritmo de aprendizagem dos estudantes; redução
do número de alunos por classe; consideração aos interesses na-
turais das crianças e às condições locais; centros de interesse.
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3.3 Métodos Socializados de Ensino
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etc. De forma direta por meio da experiência vivida, desen-
volve assim, habilidades de entrevistar, coletar dados, ana-
lisar, sintetizar e tirar conclusões.
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MÉTODO DE PROJETOS: o ensino realiza-se por meio
de amplas unidades de trabalho, estas com uma finaliza-
ção em vista e supõe a atividade proposta do estudante,
desenvolve o raciocínio aplicado à vida real, buscando so-
luções de um problema, a integração do pensamento, sen-
timento e ação dos educandos a partir da realidade e a glo-
balização do ensino.
UNIDADES DIDÁTICAS: organização e desenvolvimento
do ensino por meio de unidades amplas, significativas e
globalizadas de conhecimentos. Promoção e aquisição de
conhecimentos de forma globalizada, estruturada e orde-
nada, permitindo o estudante construir o saber como um
todo orgânico, estimulando o pensamento lógico e a ativi-
dade reflexiva do educando.
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A análise do quadro abaixo revela como a estratégia, ainda é encarada
de modo muito geral e orienta o caminho a seguir para atingir os objetivos. Mos-
tra a relação entre os objetivos e as estratégias a desenvolver para atingi-los,
concretizada para o caso particular do objetivo geral: compreender o conceito X.
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que os objetivos, as estratégias e as técnicas de avaliação estão inter-relaciona-
dos, isto é, a preparação de um quadro que inclua os três.
O quadro para uma unidade de ensino inclui todos os objetivos gerais,
objetivos específicos, as estratégias e o tipo de técnicas de avaliação.
Esse quadro possibilita ter uma visão geral que assegure mais facil-
mente a definição para cada objetivo, estratégia e técnica de avaliação ade-
quada, servindo assim de orientação.
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Sabemos que ainda é muito forte, na cultura da sala de aula, um modelo
tradicional de ensino, pautado numa prática pedagógica fundamentada no para-
digma do processo produto (SAUJAT, 2004), no qual o professor assume o papel
de transmissor do conhecimento e o aluno o de reprodutor. Nesse sentido, reco-
nhecemos que são muitos os alunos e professores que relacionam o ensino e a
aprendizagem dessa disciplina escolar às ideias e às técnicas matemáticas num
contexto de exercícios, em que o professor assume a responsabilidade de apre-
sentar as técnicas e os alunos reproduzem, de forma mecânica, ideias das quais
desconhecem aplicabilidades no contexto da vida real.
Acreditamos que as propostas centradas na resolução única e exclusiva
de exercícios impedem que sejam valorizados os pensamentos reflexivos dos
alunos, bem como seus conhecimentos do cotidiano. Além disso, esse modelo
de aula de matemática tradicional é marcado por uma relação assimétrica entre
professor e aluno, claramente identificada “nas linguagens e códigos, nas con-
cepções, nos tempos e intenções, bem como nos modos distintos de cada um
compreender e ver a matemática” (SANTOS, 2005,p. 118).
Nessa dinâmica, o professor é elemento decisivo, pois é ele quem esco-
lhe a tarefa e conduz a atividade, sendo responsável pela maneira com que esta
será abordada e explorada em sala de aula. Uma prática pedagógica pautada
nessa perspectiva modifica o papel do professor que comumente está habituado
a abordar conteúdos explicando e dando exemplos de resolução.
Com foco nessa perspectiva da prática docente, este texto visa contribuir
com os professores e/ou futuros professores em formação que buscam tecer
reflexões acerca do ensino da matemática nos anos iniciais e que, sobretudo,
percebem o aluno como um participante ativo na produção de saberes.
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negociar com os outros as suas próprias perspectivas. “É no espaço entre per-
guntas e respostas que se joga muito do que conduz a aprendizagens significa-
tivas” (BOAVIDA; SILVA; FONSECA, 2009, p. 2).
EX: Sabrina tem quarenta e cinco figurinhas e sua irmã tem trinta. Quantas fi-
gurinhas Sabrina tem a mais que sua irmã?
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Contudo, escolher as tarefas que atendam a essas necessidades não é
uma decisão fácil. Concordamos com Hiebert et al. (1997), quando apontam a
necessidade de que o professor deva observar três critérios: o primeiro deles diz
respeito à tarefa como meio para encorajar a reflexão e a comunicação dos alu-
nos. Nesse sentido, espera-se que ela seja desafiadora, intrigante; que repre-
sente um problema para o aluno; e que este se sinta motivado, envolvido e dis-
posto a encontrar um caminho que o leve à solução.
O segundo critério considera que a tarefa deve permitir aos estudantes
utilizarem ferramentas, quando estas forem capazes de auxiliar na resolução de
um problema, o que significa utilizá-las com um propósito. Daí a necessidade de
propor tarefas que sejam adequadas às ferramentas dos alunos.
E, por último, o terceiro critério, que, segundo os autores, refere-se à
escolha de tarefas que deixem para trás resíduos importantes. Segundo Davis
(1992, apud HIEBERT et al., 1997, p. 22), podemos definir o conceito de resí-
duos como a “aprendizagem que os alunos levam consigo resolvendo proble-
mas”.
Assim, acreditamos que adotar essa perspectiva nas práticas pedagógi-
cas torna decisivos os papéis dos alunos e dos professores.
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Outro aspecto relevante acerca das propostas de tarefas dessa natureza
é a questão do tempo. Nesta cultura de aula de Matemática, o importante é que
o professor garanta aos estudantes a possibilidade de explorarem as suas pers-
pectivas individuais.
Com isso, a comunicação, expressa pelas variadas formas de lingua-
gem, torna-se ele mento fundamental para esse processo Assim, neste ambiente
de aprendizagem que aqui defendemos, é importante que o aluno se sinta res-
peitado e que tenha seus conhecimentos valorizados.
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escolares, os jogos em grupos não só possibilitam o desenvolvimento cognitivo,
emocional, moral e social, mas também proporcionam ao aluno lidar com si-
tuações, mas complexas, como as que envolvem regras.
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5.3 Literatura Infantil e a Matemática
A matemática não deve ser vista como uma área isolada do currículo,
mas , sim, interligada as outras disciplinas. As pesquisas em educação matemá-
tica indicam as potencialidades de um trabalho com leitura e escrita em aulas de
matemáticas, que envolvem a capacidade do aluno de se comunicar matemati-
camente.
Dessa forma, a literatura infantil constitui um elemento colaborador
nesse processo.
Por meio de livros que abordem ou não conteúdos matemáticos, pode-
mos trabalhar com a leitura e a interpretação de textos, despertando o gosto pela
leitura e incrementando aprendizagem de conteúdos matemáticos.
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5.4 A Matemática e a interdisciplinaridade
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Para isso, é importante que o professor perceba como manter um diá-
logo entre as diferentes áreas do conhecimento, trazendo o cotidiano do aluno
para a sala de aula e aproximando - o do conhecimento científico, desenvol-
vendo assim, um ensino capaz de fazer que os alunos aprendam a relaciona-
lás. As experiências vivenciadas pelos alunos e pala escola pode ser utilizadas
para dar vida e significado ao conhecimento, podendo ser abordados aspectos
como problemas ambientais, culturais, políticos e outros pertinentes ao contexto
dos alunos. A interdisciplinaridade é uma “exigência” não somente no que tange
às atividades escolares, mas também às práticas do dia-a-dia com as quais fre-
quentemente nos deparamos.
Por isso, fazer conexão entre matemática e outros campos do saber e
também com os temas transversais contribuirá para que a matemáticas e todo
conhecimento envolvido tenham sentido para as crianças, possibilitando uma
aprendizagem significativa.
O trabalho com os temas transversais aliados a matemática possibilita
um espaço, para a conexão mais profunda com temas de reconhecimento e va-
lorização da sua própria identidade, proporcionando um trabalho relacionado ao
bem estar social, e coletivo por meio de medidas conscientes de atuação na
realidade social.
Acreditamos que a interdisciplinaridade possibilita que conteúdos que
sempre foi ministrado de forma convencional possam ser ensinados de maneira
articulada, dando sentido ao estudo e resultando em conhecimento significativo,
além de que as práticas interdisciplinares apresentam-se, ainda na conjuntura
de escola que hoje temos, como um caminho valioso para que a alfabetização e
o letramento matemático possam ser concretizados.
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de materiais manipuláveis nas aulas de matemática, considerando que tais ma-
teriais auxiliam no processo de ensino e aprendizagem e na construção de sig-
nificados.
O professor, ao perceber a necessidade de abstração de seus alunos ,
podem adaptar pela utilização de objetos físicos , recursos naturais entre outros.
Desse modo, a partir do contato com objetos que exemplifiquem propriedades e
relações matemáticas, os alunos se envolvem em uma atividade prática e visual.
Muitos são os materiais didáticos manipuláveis disponíveis para o ensino
e a aprendizagem da matemática que podem ser uteis como auxilio e suporte
para que as crianças aprendam a trabalhar conceitos matemáticos em diversas
situações. Mas ao mesmo tempo é importante que o professor conheça os ma-
teriais que se propõe a utilizar e quais são adequadas às necessidades de cada
turma.
Acredita - se que o uso des-
ses materiais possa conduzir os alu-
nos ao desenvolvimento do raciocí-
nio logico - matemático e ao desen-
volvimento de conceitos matemáti-
cos de maneira criativa, por meio de
manipulação e experimentação, pro-
porcionando uma visão positiva do
conhecimento matemático.
No entanto, faz - se neces-
sário aliar o uso desses materiais
com outras formas de abordagens
desse conhecimento, já que o mate-
rial, por si só, não constitui uma
fonte única e integral de aprendiza-
gem. É importante que o professor como mediador da aprendizagem esteja sem-
pre atento às necessidades de cada turma, para que seja possível pesquisar e
adaptar matérias para os conteúdos que deseja trabalhar.
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6. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
O ato de avaliar não é neutro, pois está alicerçado em opções filosóficas-
políticas determinantes de uma ação, nesse sentido, destacamos o ser humano
como um indivíduo que avalia em todos os instantes da vida. A avaliação é um
construtor social e, portanto, há um contrato ideológico e político no cerne do ato
de avaliar. Ela aparece inerente e indissociável a educação promotora da liber-
dade, pelos ideais de transformar e libertar, quando concebida como problema-
tização, questionamento e pensamento sobre a ação. Avaliar deve criar possibi-
lidades para o estudante compreender os seus limites na construção do conhe-
cimento, valorizando suas verdades, interesses e autonomia.
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Isso poderá ocorrer quando a avaliação não acontecer em momentos
isolados da prática pedagógica e envolver todo o processo educativo, incluindo
o planejamento, a correção das atividades e até a própria avaliação institucional
do curso.
Quando a escola e o professor não consideram o processo, ocorre uma
quebra na descontextualização do processo avaliativo e perde-se o olhar sobre
o retorno que a prática pedagógica tem produzido nos estudantes. Exige-se hoje
que o ato de avaliar ocorra no processo e não apenas ao final de um resultado.
As mudanças essenciais em avaliação dizem respeito, em primeiro
plano, não à mudança de procedimentos avaliativos, mas sim à finalidade des-
ses procedimentos. (HOFFMANN, 2001). Assim, a avaliação deve ser pensada
no âmbito de uma didática.
Nessa perspectiva, cabe ao professor integrar a avaliação à sua prática
didática através de uma nova proposta que implique necessariamente na modi-
ficação dessas práticas, ou seja, o professor deverá compreender que o pro-
gresso do estudante só poderá ser percebido quando comparado com ele
mesmo: Como estava? Como está? As ações desenvolvidas entre as duas ques-
tões compõem a avaliação. (HADJI, 2001).
O princípio da avaliação deve incluir, que o conhecimento humano visa
sempre o futuro, tende a evoluir e se superar. Assim, procura não apenas com-
preender, mas promover ações em benefício dos educandos e das escolas. (HO-
FFMANN, 2001).
A aprendizagem do estudante deve se constituir, de uma observação
permanente das suas manifestações durante a aprendizagem, de modo a otimi-
zar as dificuldades individuais, e valorizar suas possibilidades enquanto apren-
dente.
A observação empregada no processo de verificação de conteúdos per-
mite ao docente investigar as características individuais no âmbito das suas ati-
vidades individuais ou contato interativo com o grupo da sala de aula. Dessa
forma é possível perceber e identificar fatores que potencializam ou dificultam o
trabalho pedagógico.
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Porém, a observação é por vezes condicionada por fatores que ultrapas-
sam a própria dinâmica e percepção do professor, a começar pela sua própria
subjetividade.
Nesse sentido, o professor deverá assumir uma atitude criteriosa, tirando
conclusões apenas quando observar os estudantes em situações diversificadas,
de modo a conseguir avaliar de maneira fundamentada e não apenas uma opi-
nião superficial sobre o aluno.
A observação pode ser um instrumento importante de avaliação, desde
que o professor tenha cuidados ao utilizá-lo, tais como:
• Oportunizar as condições para que possa gerir o seu tempo em intera-
ção avaliativa com os estudantes e não somente colocando simples perguntas;
• Anotar os incidentes, ou seja, acontecimentos interessantes e signifi-
cativos assim que ocorram.
• Planejar o que será observado, por exemplo, um determinado aluno,
um determinado momento, um trabalho na sala de aula.
• Definir objetivos possíveis de ser alcançados e realísticos para a ob-
servação, atendendo, por exemplo, a quantidade de observados, as caracterís-
ticas, o momento da observação e o período de duração da mesma.
Organizar as observações em um caderno de registro que deverá estar
sempre à mão.
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como é óbvio, também é um instrumento de avaliação da própria atuação do
professor.
A avaliação trabalha com desempenhos provisórios ou processuais, na
medida em que ela subsidia o processo de busca dos resultados os melhores
possíveis.
Debruça-se sobre o que estava acontecendo com o estudante antes, o
que está acontecendo agora e o que acontecerá após, pois a avaliação da apren-
dizagem está a serviço de um projeto pedagógico construtivo, que visualiza o
ser humano em desenvolvimento permanente. Um verdadeiro processo de ava-
liação, não atribui atenção à aprovação ou à reprovação do estudante, mas sim
à sua aprendizagem, possibilitando um convite para a sua melhoria.
7.CONCLUSÃO
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8. REFERÊNCIAS
32
BRANCA, Nicholas A. Resolução de problemas como meta, processos e habili-
dade básica.
In: LOPES, Celi A. E.; NACARATO, Adair M. (Org.). Escritas e leituras na edu-
cação matemática. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. p. 15-34.
ALVES, Rubem; DIMENSTEIN, Gilberto. Fomos maus alunos. São Paulo: Papi-
rus, 2003.
33
BEHRENS, Marilda Aparecida. A prática pedagógica e o desafio do paradigma-
emergente. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, v. 80, n. 196, Brasília:
1999, p. 383-403.
34