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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 07
CAPITULO I
1. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................... 09
CAPITULO II
2. METODOLOGIA ............................................................................................................... 31
CAPITULO III
3. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ............................................................. 33
CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 41
ANEXOS ................................................................................................................................ 45
1
RESUMO
INTRODUÇÃO
.
4
CAPITULO I
1. REFERENCIAL TEÓRICO
Ex.
V 5
Isso não significa que as crianças não passem, em algum momento, a adotar os sinais
convencionais, "Os algarismos", para representar quantidades. Mas, devem antes usar e
abusar de sua criatividade quando forem fazer seus registros, até para poderem entender as
razões de adotarmos os sinais e regras universais. BRASIL (1979, p.15,18), ressalva:
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A adição e subtração são operações que fazem parte da vida dos alunos desde muito
cedo. Há muitas situações importantes para o desenvolvimento intelectual, bem como
experiências envolvendo materiais concretos em que o aluno tenha condições de vivenciar as
idéias de juntar, acrescentar, retirar, completar e comparar.
É preciso que o professor saiba aproveitar todos os momentos do cotidiano em que as
operações estão presentes, tais como: contagem de folhas, materiais, classes, cadeiras, alunos.
Sobraram? Faltaram? Quantos? A solução de pequenos problemas diários devem fazer parte
do planejamento do professor.
Há varias formas de se trabalhar em sala de aula com uso de material didático.
Exemplos: fichas de cartolina, dado, dominó, etc.
Quando trabalhamos a adição dizemos referências à mesma como uma operação
fundamental do qual as demais iriam derivar-se. Pois bem, teremos agora a oportunidade de
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Os matemáticos pitagóricos afirmavam que todas as coisas têm um número e, sem ele,
nada se pode compreender. Este pensamento foi profético, o número está presente em quase
todas as ciências, e mesmo nas artes, os meios de comunicações, etc. Não se pode conceber o
mundo sem matemática.
É o que costuma dizer aos seus alunos o professor Paulo Rubens Ferreira, (Revista
Nova Escola – 1990), do Colégio Dimensão, em São Paulo, que promoveu a II Exposição
Matemática em 1990, afirma que “A matemática pode nos ajudar a organizar o pensamento,
contribuindo para desenvolver em cada um de nós a capacidade de pensar de modo abstrato e
elaborar argumentos lógicos.”
O professor Ferreira (op.cit.), parte do ponto de vista de que o aluno constrói os
conceitos através de experiência e diz:
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1 2 3
Para este trabalho, deve ser utilizadas histórias, onde são destacadas algumas figuras
geométricas planas: quadrado, círculo, triângulo e retângulo, que são apresentados através de
quatro personagens.
O primeiro personagem resolve construir uma casa com apenas três destas figuras. No
decorrer da história, cada um dos outros personagens procura no cotidiano formas
semelhantes às das figuras. Neste trabalho, tem-se como objetivo oferecer condições para os
alunos trabalharem com formas e cores, oportunizando o resgate do uso dos blocos lógicos e
salientando a importância dos jogos em sala de aula.
É preciso que o professor realmente conheça seus alunos e se prepare para atendê-los
em suas individualidades. As crianças gostam de contar, ler e escrever os números. Devido ao
intenso trabalho realizado com significação, eles conseguem entender que 26 é menor que 62,
mesmo antes de construírem o SND (Sistema de Numeração Decimal), que é orientado pelo
valor posicional.
É preciso lembrar que o valor posicional não é uma técnica. Envolve um conceito que
precisa ser construído, utilizado um raciocínio lógico matemático. Compreender o valor
posicional é, sem dúvida, muito importante, pois a criança que não o fizer terá sérias
dificuldades em operações básicas envolvendo grandes números. Para que os alunos
realmente compreendam, o sistema de numeração decimal, é preciso que tenham tempo
suficiente para construir o primeiro sistema, isto é, o das unidades. Caso contrário, este não se
constituirá em base sólida para a construção do segundo sistema.
Ex: unidade
Dezena
Centena, milhar...
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com aqueles símbolos, números, leitura matemática, que exige muita concentração e esforço
do seu raciocínio lógico.
É inquestionável que a matemática ocupa significativos espaços de nosso cotidiano.
Talvez nunca tenhamos parado para pensar como alguns conceitos matemáticos incorporam-
se em nossas vidas de tal modo, que mal nos damos conta do feito. Ela faz parte da vida de
todos nós, sendo utilizada em diversas situações do dia-a-dia (contagens, cálculos,
pagamentos e consumo, organização de atividades como agricultura e pesca). É um
instrumental importante para as ciências da natureza, as ciências sociais, a composição
musical, a coreografia, o esporte etc., e pode ser mais bem compreendida quando analisada
dessa perspectiva de interação com outras áreas.
No ensino da matemática destacam-se dois aspectos básicos: um consiste em
relacionar observações do mundo real com representações (esquemas, tabelas, figuras); outro
consiste em relacionar essas representações com princípios e conceitos matemáticos.
Mas será que isto é suficiente? É claro que não. A matemática escolar deve, sobretudo,
capacitar os alunos ao exercício plena da vida cidadã. Por esta razão faz-se necessário
relacionar o ensino da matemática ao cotidiano da criança. Ao chegar à escola ela traz seus
conhecimentos, traz suas experiências vividas no dia-a-dia. E em todas as suas ações está
presente a disciplina.
A matemática precisa estar ao alcance de todos e a democratização do seu ensino deve
ser meta prioritária do trabalho docente. Não existem dados que comprovem, mas
possivelmente, a matemática seja a disciplina mais odiada pelos alunos e que mais provoca
repetência e evasão nas escolas brasileiras. Se forem estimulantes, maior será a possibilidade
de que a criança venha a gostar de aprendê-la.
A matemática pode ser reconstruída por cada um de nós e nos ajuda a desenvolver
diferentes capacidades. É fruto de um processo do qual fazem parte erros e acertos,
imaginação e raciocínio lógico, contra exemplos, conjecturas e críticas. Pode ser aprendida
por todas as pessoas e não somente pelas talentosas. O importante é perceber, desde cedo, que
a matemática pode ajudar a potencializar capacidades como as de observar, projetar, fazer
generalizações, abstrair, capacidades essas que favorecem o desenvolvimento do raciocínio
lógico e da criatividade.
Outra distorção perceptível refere-se a uma interpretação equivocada da idéia de
"cotidiano", ou seja, trabalha-se apenas com o que se supõe fazer parte do dia-a-dia do aluno.
Desse modo, muitos conteúdos importantes são descartados ou porque se julga, sem uma
análise adequada, que não são de interesse para os alunos, ou porque não fazem parte de sua
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"realidade", ou seja, não há uma aplicação prática imediata. Essa postura leva ao
empobrecimento do trabalho, produzindo efeito contrário ao de enriquecer o processo ensino-
aprendizagem.
Em sua origem, a matemática constitui-se a partir de uma coleção de regras isoladas,
decorrentes da experiência e diretamente conectadas com a vida diária. Não se tratava,
portanto, de um sistema logicamente unificado.
Todo ser humano é um aprendiz. E como todo ser humano, os alunos trazem à escola
seus conhecimentos adquiridos no seu meio social. Nesta situação, cabe ao professor dar
oportunidade de articulação do conteúdo trabalhado em sala de aula, de modo que eles
possam se expressar e desenvolver seu raciocínio e assim construir novos conhecimentos no
ensino da matemática.
O CETEB - (1997, p.03), opina sobre o assunto e diz que:
Numa abrangência das diversas e mais variadas habilidades, a escola deve criar uma
imagem, de que o ensino da matemática deve ser voltado como um mecanismo que possibilite
rendimento ótimo graduado ao desempenho do discente, tornando-o capaz de dominar a
variante, conscientizando-o de que não há cultura inferior. As variedades culturais devem ser
respeitadas, pois as mesmas são diferentes, não são inferiores, quanto ao seu valor.
Orienta Carvalho (1994, p.20), que:
Com as novas idéias, professor bom é aquele que prefere ajudar o aluno a descobrir,
construir, pensar, em vez de dar tudo pronto. Sempre se falou que a matemática deveria
desenvolver o raciocínio, mas isso nunca ocorria para a maioria dos alunos. Agora,
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finalmente, estamos chegando lá. Muitas inovações já atingiram as salas de aula, graças aos
esforços de dedicados pesquisadores na área de educação matemática.
Os educadores matemáticos têm buscado novos métodos para levar à prática da sala de
aula as idéias chaves de construção e de compreensão. A pesquisadora Beatriz D’Ambrósio
(1996), publicou um artigo no qual destaca os principais métodos desenvolvidos:
Resolução de problemas
Os alunos defrontam-se com problemas, a partir dos quais vão construindo seu saber
matemático - Veja bem: a teoria vem depois dos problemas!
Modelagem
Tornam-se situações motivadoras para os alunos, procurando-se os modelos matemáticos
que elas se aplicam.
Abordagens etnomatemáticas
Numa abordagem etnomatemática, o professor valoriza conhecimentos matemáticos do
grupo cultural ao qual pertencem os alunos e aproveita a experiência temática extra escolar.
Abordagem histórica
Usam-se motivações de história da matemática como ponto de partida para o aprendizado.
Uso de computadores
O computador pode ser usado para reforço do velho ensino ou para implementar as novas
idéias.
Uso de jogos
O objetivo é abordar os conteúdos por meio de jogos, resgatando o lúdico do universo das
crianças e também dos adolescentes.
D'Ambrósio (op. cit.), coloca que a partir dos anos 80, acentuou-se uma preocupação
entre os educadores matemáticos em desenvolver uma educação que permitisse aos alunos do
ensino fundamentar adquirir competências básicas necessárias para o exercício de sua
cidadania. Essas preocupações se concretizaram em diferentes propostas, cujas características
principais são:
Explorar a matemática a partir dos problemas encontrados no cotidiano e nas demais áreas
de conhecimentos.
Usar, da melhor forma possível, recursos tecnológicos disponíveis - vídeos, calculadoras,
computadores, etc. - como instrumentos da aprendizagem.
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Na escola, não precisa nem dizer em que área de estudo, temos professores e alunos,
comumente subordinados a regras e padrões rígidos, porque, afinal, trata-se das "ciências
exatas".
Libâneo (1994, p. 113), acrescenta ainda que:
Ítalo Calvino, (1993), quando fala na, exatidão em seu livro "Seis Propostas para o
Próximo Milênio", em uma das maneiras como define o tema, diz que exatidão na literatura
pode ser: "Um Projeto de obra bem definida e calculada" .
Calvino, com esta forma de expressar a exatidão, permite colocarmos a discussão
voltada para a educação, do mesmo modo. Podemos, sem dúvida, entender o trabalho escolar
como um projeto. Um grande empreendimento que envolve diversas etapas e diversos
ingredientes na sua realização. Entre eles devem estar os sonhos, fantasia, realidade, projetos
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Percebemos que fora da escola, os alunos têm a maior facilidade e segurança, sem o
uso da escrita. Enquanto na escola sente dificuldade em operacionalizar a matemática.
Também, vem a questão das diferenças sociais. Cada uma das crianças vive uma realidade
diferente. Há aqueles que são bem tratados e têm acesso a recursos tecnológicos, outros que
vem de uma origem humilde e sacrificada, tendo contato diretamente com a natureza. Desse
modo a matemática é vista e aplicada de maneira distintas. Fonseca, (1995, p.51), explica
dizendo que:
É importante destacar que a matemática deverá ser vista pelo aluno como um
conhecimento que pode favorecer o desenvolvimento do seu raciocínio, de sua capacidade
expressiva, se sua sensibilidade estética e de sua imaginação. A matemática é um componente
importante na construção da cidadania, na medida em que a sociedade se utiliza, cada vez
mais, de conhecimentos científicos e recursos tecnológicos, dos quais os cidadãos devem se
apropriar.
Através do estudo, concebemos que há um consenso no sentido de que o ensino deve
formar para o exercício da cidadania. No caso da matemática, o que significa isso? Quanto a
isso nos PCNs, (Parâmetros Curriculares Nacionais, 1997, p.19), temos:
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Logicamente, uma criança que tem melhores condições de vida, tem tudo para se sair
melhor no estudo. Já aquelas sofridas, terão mais dificuldades. Essa realidade é encarada pelas
escolas, principalmente, as instituições públicas, onde concentra toda a população carente.
Como também, na sociedade mais evoluída aparecem os problemas sociais, onde o
descontrole familiar é um dos problemas mais afetados nas escolas.
Os professores enfrentam crianças mimadas, cheias de vontade, que se colocam na
escola como donas do mundo, pelo fato dos pais terem recursos. Já a criança carente é mais
humilde e comportada, fácil de se conquistar, muitas vezes mais interessada no estudo. Nela
está o desejo de vencer na vida.
Entendemos que produzir e interpretar escritas numéricas é sempre um desafio para
quem está entrando no campo dos números. Porém, os conhecimentos básicos para a
construção do conhecimento numérico, podem ser atingidos espontaneamente pela criança,
pois ela pode construir idéias de adição e subtração antes de entrar na escola. Este
conhecimento pode, também, ser estimulado a eclodir, para que o aluno esteja preparado para
esse início.
Os professores devem estabelecer saberes, como a compreensão, logo na pré-escola,
pois, dessa compreensão decorre uma maneira muito particular de efetuar os movimentos dos
números. Devem trabalhar idéias que estimulem o desabrochar das capacidades necessárias
para a familiarização das operações aritméticas.
Como todo ensino, o ensino da matemática contribui para as transformações sociais,
não apenas da socialização do conteúdo da matemática, mas também através de uma
dimensão política que é intrínseca a essa socialização.
O professor, como mediador, deve estimular a aprendizagem da matemática, pela
cooperação entre os alunos, interação entre o adulto e a criança, confrontando o que a criança
pensa com o que as outras crianças pensam, proporcionando um ambiente de trabalho que
possibilite a comparação, a pesquisa e a ampliação de idéias.
Os pesquisadores decidiram procurar uma abordagem do ensino do sistema de
numeração que favorecesse a compreensão mais profunda e operacional da notação numérica,
através do material concreto, jogos, trabalho em grupo, pela interação e outras atividades
criativas.
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CAPITULO II
2. METODOLOGIA
Como este trabalho versa sobre o ensino da matemática nas séries iniciais do Ensino
Fundamental, para visualizá-lo adotamos dois procedimentos basilares: uma pesquisa
bibliográfica que teoricamente pudesse fundamentá-lo e uma pesquisa de campo que nos
possibilitasse os elementos de uma prática necessária à discussão do quadro teórico.
Realizamos a pesquisa de campo no Colégio Municipal D. Pedro I, situado na zona
urbana de Guaraciaba do Norte-CE.
O prédio escolar é de alvenaria, de estilo simples. Possui as seguintes dependências:
Uma (01) sala de Professores
Uma (01) sala de Coordenação
Uma (01) sala para Direção
Uma (01) biblioteca
Dezenove (19) salas de aula
Uma (01) cantina
Quinze (15) banheiros
Um (01) pátio com amplo espaço.
Dois (02) almoxarifados
Uma (01) sala para o Grêmio
Este colégio atende a uma clientela de Um mil e novecentos (1.900) alunos, da 3ª à 8ª
séries do Ensino Fundamental, distribuídos nos turnos, matutino, vespertino e noturno. Estes
são pertencentes as classes econômicas baixa e média baixa.
Em seu quadro docente constam de setenta e um (71) professores, sendo cinqüenta e
quatro (54) efetivos e dezessete (17) temporários.
A população investigada constou de três (03) professores; dois (02) membros do
núcleo Gestor; três (03) alunos.
Na categoria educador, quatro (04) pertenciam ao sexo feminino; um (01) era do sexo
masculino; na categoria aluno, três (03) era do sexo feminino e um (01) do sexo masculino.
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CAPITULO III
Educadores
Quando perguntamos aos educadores, como a escola poderia contribuir para a
melhoria da qualidade do ensino da matemática, estes nos disseram que:
A partir do momento que o educando é visto como um sujeito que age, transforma, e
resolve problemas, este sente-se motivado a aprender.
Uma das dificuldades enfrentadas pelos alunos, é a falta de compreensão leitora, os
alunos lêem mais não compreendem a situação-problema. É o que mais ouvimos dos
professores, não só de língua portuguesa, mas de todas as outras disciplinas.
Isso ocorre devido resquício de uma alfabetização mecânica, baseada em uma
aprendizagem de um modo memorístico, mecânico.
De acordo com Marbênia (2001, p.143) “alguns aspectos que podem contribuir para o
desenvolvimento da compreensão leitora perpassam pela postura docente.”
Nesta ótica, o aluno necessita de um estimulo significativo para a leitura, onde sejam
capazes de pensar, raciocinar. E o professor precisa desencadear esse processo, através de um
trabalho significativo.
Muitos professores de matemática atribuem o trabalho de leitura e de escrita ao
professor de Língua Portuguesa. Todo trabalho pedagógico deve ser interdisciplinar.
Podemos despertar o raciocínio e a compreensão através do ensino da matemática.
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Um dos aspectos que é importante enfatizar está voltado para a questão da base. Os
professores deixam claro que os alunos chegam a uma determinada série com um “atraso” na
aprendizagem, não conseguem alcançar o nível da respectiva série.
Os problemas extra escolares (sociais), falta de incentivo dos pais e de boa vontade do
educando de aprender, foram aspectos evidenciados pelos professores.
Em nenhum momento a escola e o professores são culpados pelo fracasso do aluno.
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No que diz respeito à falta de interesse e ao fracasso do aluno, no Sistos (et.al., 1999,
p.66) cita que em suas investigações:
A partir deste afirmativo, é necessário analisar e conhecer o que esta por trás da falta
de interesse do aluno antes de lhe atribuir a culpa.
O último aspecto, a respeito dos recursos pedagógicos utilizados pelos professores
para tornar as aulas de matemática mais interessantes obtivemos:
jornais, revistas, vídeo e outros materiais têm papel importante no processo de ensino-
aprendizagem da matemática e de qualquer disciplina.
O relacionamento professor-aluno também é fundamental para a apropriação do
conteúdo, a forma como o professor transmite o ensino ajuda o aluno a construir
significativamente os conceitos, numa intervenção adequada, favorece para que este tenha
êxito na aprendizagem.
Vale considerar que, se os professores utilizam todos esses materiais, por que estes
alunos ainda têm tantas dificuldades, principalmente na tabuada.
Esta pergunta favorece para que possamos refletir sobre a utilização destes recursos:
como; quando e para que utilizá-los? É importante atentar para os objetivos que se deseja
alcançar.
CONCLUSÃO
A maneira como é ensinada a matemática não tem demonstrado bons resultados, nem
mesmo com alunos de classes mais favorecidas, onde ela é ensinada de forma reproduzida e
repetitiva, como se fosse sistema pronto, imutável, desprovido de qualquer significado e
usando a memória de modo indevido mecanicamente. No entanto a sua reprodução deveria se
processar gradativamente com base em atividade que se use uma metodologia dinamizadora,
capaz de incentivar o aluno a calcular.
A faculdade de pensar e calcular, jamais perderá seu lugar de destaque e de
imprescindibilidade, mesmo que haja concorrência cerrada e desleal dos aparatos da
comunicação eletrônica, o poder de síntese das imagens, o caráter de descontração dos
audiovisuais e o uso do computador contribuírem para que o individuo evite, o máximo
possível o trabalho de raciocinar, calcular, escrever, consequentemente atingido e atrofiando
as habilidades correspondentes.
Nesta contextualidade, o professor tem como principal tarefa, fazer uma interação
entre didática, o ensino aprendizagem, conduzindo este processo numa compreensão das
influências externas e internas, as quais agem sobre o aprendiz, assegurando a transmissão e a
assimilação dos conteúdos repassados.
Tais informações podem dar-lhe os indicadores daquilo que realmente está ao alcance
das crianças. Sabe-se, por exemplo, que apresentar noções às crianças antes que elas tenham o
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amadurecimento necessário para sua compreensão, além de nada adiantar, ainda apresenta o
sério risco de fazer com que elas se sintam incapazes, desinteressando-as para a aprendizagem
em matemática, talvez para o resto de suas vidas.
O educador cônscio de suas atribuições orienta o educando com meios apropriados
para sua formação, tendo em vista suas capacidades e a transformação social a que se aspira,
numa dimensão que venha assegurar a atividade própria que lhes corresponde e ainda se
fundamenta numa conversão de objetivos políticos em objetivos pedagógicos que possam
contribui na seleção dos conteúdos, métodos e técnicas e recursos que forneçam desafios da
prática, como exigências metodológicas.
Este processo de ensinar e aprender se resume numa ação conjunta dos professores e
alunos, organizados, que se propõem a assimilação de conhecimentos e aperfeiçoamento de
habilidades e atitudes, como a construção intelectual e a segurança profissional de cada um
com bases que venham aprimorar a experiência e a ação prática orientada pela teoria.
Quanto aos educadores, estes deixam transparecer a importância da utilização de
materiais concretos, embora a questão da repetição e de inúmeros exercícios de fixação ainda
sejam predominantes. A falta de base e de raciocínio lógico são dificuldades que enfrentam
no ensino da matemática. No que diz respeito as dificuldades dos educandos na aprendizagem
dos conteúdos desta disciplina, as mesmas ressaltadas pelos professores, destacando a
aprendizagem da tabuada e das quatro operações. As questões sociais e a falta de incentivo
dos pais também foram evidenciadas.
No que diz respeito aos recursos didáticos utilizados pelos professores descaram os
materiais concretos como suporte para ministrarem as aulas.
Por fim, concluímos que para que as apropriações dos conceitos matemáticos requer
uma nova postura profissional.
O ensino da matemática não deve ser baseado somente em exposições verbais dos
conceitos, mas, trabalhado através de atividades práticas e com a participação dos alunos.
O ensino da matemática deve tornar o aluno apto para atividades simples do cotidiano,
para desvendar o mundo trabalho e para o exercício pleno da cidadania.
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PIAGET, Jean. A equilibração das estruturas cognitivas. Tradução Marion Merlone dos
Santos Penha. Rio de Janeiro. Zahar. 1975.
ANEXOS
38
PESQUISA DE CAMPO
PERFIL DO INFORMANTE: