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ESTADO DO MARANHÃO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO


UNIDADE REGIONAL DE EDUCAÇÃO – URE SÃO LUÍS
CENTRO DE ENSINO SANTA BÁRBARA
PLANEJAMENTO ANUAL DE ATIVIDADE DOCENTE
PROFESSOR: Marco Antonio Santos Ribeiro Matrícula: 289437-01
COMPONENTE CURRICULAR: Matemática SÉRIE: 6º ANO

“ Tu eras também uma pequena folha que tremia no meu peito. O vento da vida pôs-te ali. A
princípio não te vi: não soube que ias comigo, até que as tuas raízes atravessaram o meu
peito, se uniram aos fios do meu sangue, falaram pela minha boca, floresceram comigo”.
Pablo Neruda
1. OBJETIVOS:

O ensino da Matemática tem como objetivo, levar o aluno a adotar uma atitude positiva
em relação à mesma, ou seja, desenvolver sua capacidade de “fazer Matemática”
construindo conceitos e procedimentos, formulando e resolvendo problemas por si mesmo
e, assim, aumentar sua autoestima e perseverança na busca de uma solução para um
problema. Este, também, deve ser capaz de perceber que os conceitos e procedimentos
matemáticos são úteis para compreender o mundo e, compreendendo-o, poder atuar
melhor nele. Assim como pensar logicamente, relacionando ideias, descobrindo
regularidades e padrões, estimulando sua curiosidade, seu espírito de investigação e sua
criatividade na solução de problemas. Observar sistematicamente a presença da
Matemática no dia-a-dia (quantidades, números, formas geométricas, simetrias, grandezas
e medidas, tabelas e gráficos previsões, etc.). Integrar os vários eixos temáticos da
Matemática entre si e com outras áreas do conhecimento.
Comunicar-se de modo matemático, argumentando, escrevendo e representando de várias
maneiras as ideias matemáticas (com números, tabelas, gráficos, diagramas, etc.). Interagir
com os colegas cooperativamente, em dupla ou equipe, auxiliando-os e aprendendo com
eles, apresentando suas ideias e respeitando as deles, formando, assim, um ambiente
propício à aprendizagem.
2. PEDAGOGIA DA MATEMÁTICA
As relações dos indivíduos com os objetos de estudo se dão necessariamente por meio da
linguagem e, quando se trata da aprendizagem da Matemática, o conhecimento dessa
linguagem é fundamental para o aluno não apenas identificar, por exemplo, uma situação-
problema, mas também, ter condições de resolvê-la.
Isso remete à necessidade de a escola e, especificamente, o professor compreenderem que,
para o estudante desenvolver sua proficiência na área, precisa passar por um letramento
matemático, sendo este considerado pelo PISA como:
A capacidade de um indivíduo para identificar e entender o papel que a
Matemática representa no mundo, fazer julgamentos matemáticos bem
fundamentados e empregar a matemática de forma que satisfaçam as
necessidades gerais do indivíduo e de sua vida futura como um cidadão
construtivo, preocupado e reflexivo. (OECD/PISA, 2000, p. 41)
Assim, promover o ensino da Matemática, na perspectiva do letramento, implica
desenvolver a capacidade do estudante compreender a sociedade contemporânea, com o
objetivo de atender às suas necessidades no cumprimento de seu papel como cidadão
consciente e crítico, aprendendo a viver em uma sociedade em constantes mudanças.
Nessa direção, a metodologia da Matemática tem a preocupação em transmitir os conteúdos
básicos de uma maneira eficiente e atualizada, fazendo com que o estudante desenvolva o
pensamento lógico para a resolução de problemas, sendo, portanto, fundamental o
desenvolvimento das competências necessárias para tal fim.
Por isso, é necessário procurar novas formas (métodos) para ensiná-la, buscando maior
eficiência no processo de ensino e aprendizagem no âmbito escolar e isso passa por uma
abordagem baseada no letramento matemático.
Os objetos matemáticos não podem ser compreendidos isoladamente, eles estão fortemente
relacionados uns aos outros. Segundo a BNCC:
“Superar a perspectiva de limitar esses objetos em blocos isolados e estanques tem sido
um dos principais desafios a serem vencidos com relação às práticas escolares de trabalho
com a Matemática. ”
Logo, podemos perceber certo consenso sobre alguns princípios fundamentais para o
sucesso da aprendizagem da Matemática na escola:
1º) É preciso valorizar todo o conhecimento que o/a estudante traz de suas práticas sociais
cotidianas. Não podemos imaginar que ele/a chega à escola com a cabeça vazia; ao
contrário, todo/a estudante carrega consigo uma diversidade de conhecimentos
matemáticos que podem e devem servir de ponto de partida para novas aprendizagens. É
muito importante, em sala de aula, provocar o/a
estudante para que ele/ela explicite esses conhecimentos, os quais devem ser
permanentemente associados aos conhecimentos escolares trabalhados.
2º) É preciso que o/a estudante atribua sentido para os conceitos aprendidos na escola. Esse
processo demanda, muitas vezes, o recurso à contextualização dos problemas apresentados
a ele/a., entretanto, a contextualização de um problema não se resume a, por exemplo,
colocar “frutas” no seu enunciado (que é apenas um exercício de aplicação de
conhecimentos previamente aprendidos), mas, sim, criar uma situação que envolva
contextos diversos (sociais e científicos) em que o/a estudante não veja de imediato a sua
solução.
Qualquer situação apresentada deve demandar que o/a estudante elabore hipóteses de
resolução, teste a validade dessas hipóteses, modifique-as, se for o caso, e assim por diante.
Trata-se, portanto, de desenvolver um tipo de raciocínio próprio da atividade matemática,
permitindo compreender como os conceitos se relacionam entre si.
4º) O/A estudante deve observar que os objetos matemáticos não são acessíveis
diretamente. Em Matemática, não podemos ver uma equação ou pesar um cubo. Os objetos
matemáticos são entes abstratos que somente podem ser acessados por meio de suas
representações. No caso da Matemática, um mesmo objeto pode ser representado de
diferentes maneiras e uma mesma representação pode ser associada a diferentes objetos.
Por exemplo, a representação simbólica ¾ pode significar três partes de um inteiro
dividido em quatro partes iguais, ou uma relação entre três e quatro, ou uma divisão de
três objetos em quatro partes iguais ou, 75% ou, ainda, uma probabilidade.
Cabe ao professor “treinar” no/na estudante o refinamento das representações dos objetos
matemáticos, pois este é elaborado pouco a pouco. É importante iniciar o processo de
aprendizagem em Matemática provocando o/a estudante a fazer Matemática para que,
posteriormente, ele/a possa se apropriar de registros de representação simbólicos.
Por fim, cabe à Matemática do Ensino Médio apresentar ao aluno o conhecimento de novas
informações e instrumentos necessários para que seja possível a ele continuar aprendendo.
Saber aprender é a condição básica para prosseguir aperfeiçoando-se ao longo da vida. Sem
dúvida, cabe a todas as áreas do Ensino Médio auxiliar no desenvolvimento da autonomia e
da capacidade de pesquisa, para que cada aluno possa confiar em seu próprio conhecimento.
3. COMPETÊNCIAS GERAIS DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR A
SEREM TRABALHADAS NO DECORRER DO ANO
As competências gerais da BNCC, apresentadas a seguir, inter-relacionam-se e
desdobram-se no tratamento didático proposto para as três etapas da Educação Básica
(Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio), articulando-se na construção
de conhecimentos, no desenvolvimento de habilidades e na formação de atitudes e
valores, nos termos da LDB.
1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico,
social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e
colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências,
incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para
investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções
(inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às
mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico- cultural.
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e
escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens
artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações,
experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que
levem ao entendimento mútuo.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de
forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as
escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos,
resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de


conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo
do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida,
com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular,
negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os
direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local,
regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros
e do planeta.
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional,
compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos
outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-
se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com
acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus
saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer
natureza.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade,


resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos,
democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

1. HABILIDADES DE MATEMÁTICA PARA O 6º ANO DE ACORDO COM A


BNCC

 EF06MA01) Comparar, ordenar, ler e escrever números naturais e números


racionais cuja representação decimal é finita, fazendo uso da reta numérica.

 (EF06MA02) Reconhecer o sistema de numeração decimal, como o que


prevaleceu no mundo ocidental, e destacar semelhanças e diferenças com outros
sistemas, de modo a sistematizar suas principais características (base, valor
posicional e função do zero), utilizando, inclusive, a composição e
decomposição de números naturais e números racionais em sua representação
decimal.

 (EF06MA03) Resolver e elaborar problemas que envolvam cálculos (mentais ou


escritos, exatos ou aproximados) com números naturais, por meio de estratégias
variadas, com compreensão dos processos neles envolvidos com e sem uso de
calculadora.

 (EF06MA04) Construir algoritmo em linguagem natural e representá-lo por


fluxograma que indique a resolução de um problema simples (por exemplo, se
um número natural qualquer é par).

 (EF06MA05) Classificar números naturais em primos e compostos, estabelecer


relações entre números, expressas pelos termos “é múltiplo de”, “é divisor de”,
“é fator de”, e estabelecer, por meio de investigações, critérios de divisibilidade
por 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 100 e 1000.

 (EF06MA06) Resolver e elaborar problemas que envolvam as ideias de múltiplo


e de divisor.

 (EF06MA07) Compreender, comparar e ordenar frações associadas às ideias de


partes de inteiros e resultado de divisão, identificando frações equivalentes.

 (EF06MA08) Reconhecer que os números racionais positivos podem ser


expressos nas formas fracionária e decimal, estabelecer relações entre essas
representações, passando de uma representação para outra, e relacioná-los a
pontos na reta numérica.

 (EF06MA09) Resolver e elaborar problemas que envolvam o cálculo da fração


de uma quantidade e cujo resultado seja um número natural, com e sem uso de
calculadora.

 (EF06MA10) Resolver e elaborar problemas que envolvam adição ou subtração


com números racionais positivos na representação fracionária.

 (EF06MA11) Resolver e elaborar problemas com números racionais positivos


na representação decimal, envolvendo as quatro operações fundamentais e a
potenciação, por meio de estratégias diversas, utilizando estimativas e
arredondamentos para verificar a razoabilidade de respostas, com e sem uso de
calculadora.

 (EF06MA12) Fazer estimativas de quantidades e aproximar números para


múltiplos da potência de 10 mais próxima.

 (EF06MA13) Resolver e elaborar problemas que envolvam porcentagens, com


base na ideia de proporcionalidade, sem fazer uso da “regra de três”, utilizando
estratégias pessoais, cálculo mental e calculadora, em contextos de educação
financeira, entre outros.

 (EF06MA14) Reconhecer que a relação de igualdade matemática não se altera


ao adicionar, subtrair, multiplicar ou dividir os seus dois membros por um
mesmo número e utilizar essa noção para determinar valores desconhecidos na
resolução de problemas.

 (EF06MA15) Resolver e elaborar problemas que envolvam a partilha de uma


quantidade em duas partes desiguais, envolvendo relações aditivas e
multiplicativas, bem como a razão entre as partes e entre uma das partes e o
todo.

 (EF06MA16) Associar pares ordenados de números a pontos do plano


cartesiano do 1º quadrante, em situações como a localização dos vértices de um
polígono.

 (EF06MA17) Quantificar e estabelecer relações entre o número de vértices,


faces e arestas de prismas e pirâmides, em função do seu polígono da base, para
resolver problemas e desenvolver a percepção espacial.

 (EF06MA18) Reconhecer, nomear e comparar polígonos, considerando lados,


vértices e ângulos, e classificá-los em regulares e não regulares, tanto em suas
representações no plano como em faces de poliedros.

 (EF06MA19) Identificar características dos triângulos e classificá-los em relação


às medidas dos lados e dos ângulos.

 (EF06MA20) Identificar características dos quadriláteros, classificá-los em


relação a lados e a ângulos e reconhecer a inclusão e a intersecção de classes
entre eles.

 (EF06MA21) Construir figuras planas semelhantes em situações de ampliação e


de redução, com o uso de malhas quadriculadas, plano cartesiano ou tecnologias
digitais.

 (EF06MA22) Utilizar instrumentos, como réguas e esquadros, ou softwares para


representações de retas paralelas e perpendiculares e construção de
quadriláteros, entre outros.

 (EF06MA23) Construir algoritmo para resolver situações passo a passo (como


na construção de dobraduras ou na indicação de deslocamento de um objeto no
plano segundo pontos de referência e distâncias fornecidas etc.).

 (EF06MA24) Resolver e elaborar problemas que envolvam as grandezas


comprimento, massa, tempo, temperatura, área (triângulos e retângulos),
capacidade e volume (sólidos formados por blocos retangulares), sem uso de
fórmulas, inseridos, sempre que possível, em contextos oriundos de situações
reais e/ou relacionadas às outras áreas do conhecimento.

 (EF06MA25) Reconhecer a abertura do ângulo como grandeza associada às


figuras geométricas.

 (EF06MA26) Resolver problemas que envolvam a noção de ângulo em


diferentes contextos e em situações reais, como ângulo de visão.

 (EF06MA27) Determinar medidas da abertura de ângulos, por meio de


transferidor e/ou tecnologias digitais.

 (EF06MA28) Interpretar, descrever e desenhar plantas baixas simples de


residências e vistas aéreas.

 (EF06MA29) Analisar e descrever mudanças que ocorrem no perímetro e na


área de um quadrado ao se ampliarem ou reduzirem, igualmente, as medidas de
seus lados, para compreender que o perímetro é proporcional à medida do lado,
o que não ocorre com a área.

 (EF06MA30) Calcular a probabilidade de um evento aleatório, expressando-a


por número racional (forma fracionária, decimal e percentual) e comparar esse
número com a probabilidade obtida por meio de experimentos sucessivos.

 (EF06MA31) Identificar as variáveis e suas frequências e os elementos


constitutivos (título, eixos, legendas, fontes e datas) em diferentes tipos de
gráfico.

 (EF06MA32) Interpretar e resolver situações que envolvam dados de pesquisas


sobre contextos ambientais, sustentabilidade, trânsito, consumo responsável,
entre outros, apresentadas pela mídia em tabelas e em diferentes tipos de
gráficos e redigir textos escritos com o objetivo de sintetizar conclusões.

 (EF06MA33) Planejar e coletar dados de pesquisa referente a práticas sociais


escolhidas pelos alunos e fazer uso de planilhas eletrônicas para registro,
representação e interpretação das informações, em tabelas, vários tipos de
gráficos e texto.

 (EF06MA34) Interpretar e desenvolver fluxogramas simples, identificando as


relações entre os objetos representados (por exemplo, posição de cidades
considerando as estradas que as unem, hierarquia dos funcionários de uma
empresa etc.).

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