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UNIVERSIDADE ARAGUAIA

FACULDADE DE PEDAGOGIA
GOIÂNIA, 05 DE JUNHO DE 2022.
CURSO: PEDAGOGIA
DISCIPLINA: TEORIA, MÉTODOS E PRÁTICAS NO ENSINO DA MATEMÁTICA
DOCENTE: MA. RITA DE CÁSSIA R. DEL BIANCO
DISCENTE: SELMA DA SILVA BORGES DE ANDRADE

ATIVIDADE FINAL - SÍNTESE

➢ Objetivo da unidade:
• Apresentar as duas concepções filosóficas a respeito da compreensão do
conhecimento matemático, a saber, perspectiva absolutista e falibilista;
• Apresentar tendências para a organização do ensino, bem como analisar suas
abordagens diante da perspectiva tradicional da educação;
• Abordar exemplos e contextos diversificados para a produção de significados a
respeito do conteúdo da disciplina;
• Tecer críticas e analisar as tendências apresentadas no documento oficial da Base
Nacional Comum Curricular.

Perspectiva absolutista: “o conhecimento matemático é feito de verdades


absolutas e representa o domínio do conhecimento incontestável”. (ERNEST,1991, p.3).
Perspectiva falibilista: “considera o conhecimento matemático falível e corrigível
e em continua expansão, como qualquer outro tipo de conhecimento humano”. (ERNEST,
1991, p.3).
De acordo com a BNCC, o conhecimento matemático está pautado em um:
conjunto de conceitos e procedimentos que englobam métodos de investigação e
raciocínio, diferentes formas de representação e comunicação, envolvendo tanto os
modos próprios de indagar sobre o mundo, organiza-lo, compreendê-lo e nele atuar,
quanto o conhecimento gerado nesses processos de interação entre homem e os contextos
naturais, sociais e culturais. (BRASIL, 2002, p.12).
Assim podemos perceber diversas tendências de organização do ensino, tendo
como base uma das perspectivas filosóficas mencionadas anteriormente. Há saber as
tendências são: a História da matemática, a etinomatemática, tecnologias no ensino,
resolução de problemas e ludicidades.
Conforme as dificuldades de aprendizagem da matemática, entendemos que faz
necessário construir elementos que auxilia na produção de significados em relação aos
conceitos ensinados. Uma estratégia apontada por diversos pesquisadores e também na
BNCC é a história da matemática.

É importante incluir e história da Matemática como recurso


que pode despertar interesse e representar um contexto
significativos para aprender e ensinar matemática.
Entretanto, esse recurso precisa estar integrado a situações
que propiciem a reflexão, contribuindo para a sistematização
e formalização dos conceitos matemáticos. (BRASIL, 2017,
p. 298).

➢ Duas perspectivas para a história da matemática:


• Reprodução da história da humanidade: usa os acontecimentos históricos para
justificar a construção do conhecimento.
• Necessidades históricas do conhecimento: se apropria da necessidade da
construção do conhecimento, por meio da história, parra criar metodologias parra
ensinar determinado conceito matemático.

➢ O que é Etnomatemática?
A etnomatemática, nos indica, segundo D´Ambrósio (2013), seu precursor, ETNO
- o ambiente natural, social, cultural e imaginário; MATEMA - de explicar, aprender,
conhecer e lidar com; TIICA - modas, estilos, artes e técnicas.

➢ Tecnologias na sala de aula:


As tecnologias da informação e comunicação (TIC´s), diz respeito à todos os
artefatos que medeiam e intervêm nos processos informacionais e comunicativos dos
seres humanos, que são divididas e duas categorias, os materiais didáticos que são
organizados pedagogicamente para o ensino e para a aprendizagem; e as tecnologias
digitais, que não tem a mesma natureza que os materiais didáticos, por não terem sido
pensadas especialmente para este fim.
➢ Tecnologias no ensino da matemática:
Nesse sentido, Forentini e Lorenzato afirmam que, as TIC´s permitem aos alunos,
estudar temas tradicionais de maneira nova, como também explorar temas novos, daí a
sua importância (FIORENTINI; LORENZATO, 2012, p.45). assim, ao inserirmos as
TIC´s nas aulas de Matemática, podemos contribuir para o desenvolvimento do
aprendizado dos alunos, utilizando-se das fontes de informação, na construção do
conhecimento matemático, por meio da autonomia no uso de softwares que possibilitem
pensar, refletir e criar soluções.

➢ Resolução de problemas:
Segundo Stanic e Kilpatrick (1988), há três maneiras de compreender a resolução
de problemas em detrimento da educação:
• Contexto- é um meio para convencer os alunos e alunas sobre a utilização da
matemática.
• Habilidade- limitada aos desenvolvimentos das habilidades que os alunos
praticam, tais como resolução de exercícios de rotina.
• Arte- completa organização.

➢ Resolução de problemas:
A resolução de problemas, em quatro passos, “entender”, “elaborar estratégia de
resolução”, “executar estratégia” e “verificar resolução”, possibilita aos alunos uma
leitura atenta, avaliação dos dados e das hipóteses, além das interconexões entre os
conteúdos matemáticos para a resolução, daí a sua importância.

➢ Ludicidade no ensino da matemática:


Há duas maneiras para compreender a estratégia de ensino, pautada na ludicidade,
em que a matemática é compreendida, a primeira revela a brincadeira que pode ensinar
algo, a segunda, no entanto, busca na ludicidade, um recurso para ensinar um conteúdo
específico.

➢ Dificuldades e desafios na aprendizagem da matemática:


As dificuldades e os desafios da aprendizagem da matemática, nos indicam raízes
em vários âmbitos: políticos, sociais e na formação do professor.
➢ Alfabetização na aula da matemática:
Porém, para que a linguagem matemática, se estabeleça como comunicação com
o mundo, assim como a língua materna, é necessário que seu objetivo se fundamente na
compreensão dos conceitos matemáticos, símbolos, sinais e signos de forma que os alunos
possam interpretar e expressá-los, construindo seus sentidos pessoais e seus significados
sociais.

➢ Letramento e aprendizagem da matemática:


A matemática tem justificativa para seu ensino, que estão relacionadas à sua
utilidade:
Por ser útil como instrumentador para a vida, por ser útil como instrumento para
o trabalho, por ser parte integrante de nossas raízes culturais, porque ajuda a pensar com
clareza e a raciocinar melhor, por sua própria universalidade, por sua beleza intrínseca
como construção lógica, formal (D´Ambrósio), 1990, p. 16-19).
A relação entre alfabetização e letramento matemático seria: “a primeira, o
momento em que se aprende a ler e a escrever matematicamente, enquanto o segundo, o
momento e que se aprende a utilizar a leitura e a escrita matemática para interpretar o
mundo” (HEIIN, 2016, p.5).

➢ Os números na Educação Infantil a partir da BNCC:


Segundo a BNCC esses elementos matemáticos devem ser trabalhados desde a
educação infantil, mesmo de que maneira subliminar e implícita, o documento aponta
essa organização que abrange pelo menos dez objetivos para crianças nas etapas de 1 a 5
anos, que estão relacionadas diretamente aos números e suas organizações.
Essa síntese deve ser compreendida como elemento balizador e indicativo de
objetivos a serem explorados em todo o segmento da Educação Infantil, e que serão
ampliados e aprofundados no Ensino Fundamental.

➢ Alguns objetivos são:


• Explorar e descrever semelhanças e diferenças entre as características e
propriedade dos objetos;
• Estabelecer relações de comparação entre objetos, observando suas propriedades;
• Utilizar conceitos básicos de tempo (agora, antes, durante, depois, ontem, hoje,
amanhã, lento, rápido, depressa, devagar).
• Relacionar números às suas respectivas quantidades e identificar o antes, o depois
e o entre em uma sequência.
• Registrar com os números a quantidade de crianças e a quantidade de objetos da
mesma natureza.
• Registrar observações, manipulações e medidas, usando múltiplas linguagens,
como desenhos, registro por números ou escrita.
• Contar oralmente objetos, pessoas, livros etc., em contextos diversos.
• Expressar medidas (peso, altura etc.), construindo gráficos básicos.
• Classificar objetos, considerando determinado atributo (tamanho, peso, cor, forma
etc.).
• Classificar objetos e figuras de acordo com suas semelhanças e diferenças.

➢ Concepções na Avaliação:
1-Somativa: é tradicional no âmbito escolar, ela ocorre no final de cada processo
de ensino, e tem como objetivo verificar a aprendizagem dos estudantes;
2-Diagnostica: tem como objetivo de identificar em que momento do processo e
construção do conhecimento o aluno ou aluna se encontra, ela serve como ferramenta das
atividades pedagógicas que iram favorecer a aprendizagem, seu objetivo é evitar
dificuldades futuras;
3-Emancipatória: está relacionada aos programas educacionais e sociais, sendo
voltadas para avaliar e transformar para que se possa efetivar ações de transformação e
emancipação de uma dada realidade escolar;
4-Mediadora; é o acompanhamento do processo de aprendizagem do aluno no
sentido de potencializar, por meio de discussões e aprimoramento, tanto da parte do aluno,
quanto a prática do professor;
5-Dialogica; contrapõe-se a avaliação com a finalidade de classificar e punir,
sendo identificada como uma escola democrática, transdisciplinar e plural, difundida e
defendida com base nos ideais de Paulo Freire;
6-Formativa: fornecer informações dos desenvolvimentos dos alunos afim de
identificar falhas no processo, para então planejar uma prática adequada. Ela ocorre ao
longo do processo de ensino e aprendizagem do aluno, de maneira continuada, com o
objetivo de analisar os resultados alcançados durante o desenvolvimento das atividades
de ensino, seja eles positivos ou negativos.
➢ Alguns instrumentos avaliativos são:
• Provas objetivas: avaliar o quanto o aluno aprendeu sobre dados singulares e
específicos do conteúdo.
• Provas dissertativas: verificar a capacidade do aluno em analisar um problema,
abstrair os fatos, formular estratégias e resolvê-lo.
• Seminários: apresentar verbalmente as informações pesquisadas de maneira
confiante.
• Trabalho em grupo: desenvolver o espírito colaborativo e a socialização de
conhecimento, por meio da troca de experiencias e interpretações.
• Debate: aprender a defender uma ideia fundamentada em argumentos científicos
convincentes.
• Autoavaliação: analisar seu próprio desenvolvimento.
• Participação: avaliar o envolvimento do aluno com os colegas e com as tarefas de
ensino, no dia a dia da sala de aula.
O professor tem que ver a avaliação, não como uma ferramenta para punir, mas
sim como uma forma de identificar onde está o erro e como chegar ao objetivo esperado
do conteúdo ensinado.

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