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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
DISCIPLINA: METODOLOGIA DO ENSINO DA MATEMÁTICA I

1ª VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM
DISCENTE: MARTA RAQUEL DO NASCIMENTO OLIVEIRA

DESENVOLVIMENTO DAS QUESTÕES PROPOSTAS

Questão 1 - Todos os temas estudados na disciplina tem como objetivo


contribuir para que os(as) estudantes possam fazer Matemática no contexto escolar.
Luiz Carlos Pais no texto “Métodos e estratégias de ensino” discute o que é fazer
matemática na escola.
De acordo com o texto, explique o que é fazer Matemática e
porque essa concepção é tão importante.

Fazer Matemática é permitir que haja articulação entre as representações e os


conceitos; estimular o aluno a realizar articulações entre as dimensões teórica,
experimental e intuitiva.
De acordo com o texto, é preciso desenvolver atividades que possibilitem a
criatividade, as articulações entre os saberes matemáticos, escolares ( disciplinares) e
cotidianos, a fim de atribuir a aprendizagem significado. É fundamental desenvolver nos
alunos , sem se afastar da matriz curricular, dos conteúdos didáticos propostos ao ensino
da matemática, a ampliação de suas competências, do fazer pedagógico.
Conceber esse desenho metodológico, que implica o fazer Matemática, com
métodos e estratégias, tende a possibilitar um conhecimento significativo, que valoriza os
saberes dos alunos e os potencializa, conduzindo a um envolvimento direto com o
conhecimento.
Os anos iniciais, entendida como uma fase da educação básica, é organizada com
objetivos a serem alcançados e competências a serem desenvolvidas ao longo desse
processo que, por sua vez, terá continuidade nos anos finais do ensino fundamental, esse
também com seus desafios, objetivos e competências a serem trabalhados e
desenvolvidos. Entendendo o Fazer Matemática como um fio condutor nas definições dos
métodos e estratégias de ensino, onde o aluno esteja diretamente envolvido na
construção do seu conhecimento, em que lhe é transferida a responsabilidade consciente
por esta é torná-lo protagonista de sua aprendizagem.
Para isso, se faz necessário garantir, por meio de estratégias, que o aluno interaja
com o conhecimento, que ele trabalhe, tenha contato com os conteúdos didáticos e
desenvolva competências pertinentes à realidade/contexto que ele está inserido.

Questão 2 - Com base nos estudos realizados na disciplina, faça uma reflexão sobre o
papel dos recursos pedagógicos nas aulas de matemática, destacando a relevância dos
materiais manipulativos, jogos e recursos tecnológicos para o ensino de matemática.

O texto anterior dialoga com os artigos propostos para reflexão sobre o papel dos
recursos pedagógicos, uma vez que têm como base, ou partem do princípio, de elaborar
tais recursos a partir de uma metodologia bem definida e essa, por sua vez, a fim de
atender os objetivos, definirá estratégias que dialoguem com as demandas de
aprendizagem, que indicarão quais recursos surtirão mais efeito no sentido de atender as
demandas da produção de conhecimento em consonância aos conteúdos didáticos.
De acordo com o texto, os Jogos Manipulativos são recursos essenciais na simulação
de situações de resoluções de problemas e que a princípio, segundo o autor, serviram
como uma ajuda inicial, uma forma de atrair pára algo. Destaca ainda que a habilidade de
traduzir ( situações-problemas) em sistemas de representação, tornam as ideias ( a
construção de hipóteses, a capacidade de analisar , inferir), logo a aprendizagem, mais
significativa. Portanto, os Manipulativos são intermediários, mediadores entre situações-
problema da realidade, das ideias e abstratas e dos símbolos escritos.
Quanto aos Jogos Educativos, que é também um recurso mas se difere dos
Manipulativos, uma vez que os Jogos têm características próprias, como as regras por
exemplo, que precisam ser respeitadas. A priori, é preciso que o professor- mediador
identifique ou crie um jogo a partir de uma necessidade, de um objetivo; que tenha
definida a escolha do recurso Jogo em sua aula. Desde um jogo para passar tempo ( sem
intencionalidade, a princípio, didática) a um jogo com finalidade de desenvolver algum
saber ou habilidade matemática.
Tanto os Jogos Manipulativos quanto os Educativos são Recursos Didáticos e ambos
têm, de um modo geral, oferecer a possibilidade de uma aprendizagem satisfatória. A
seleção desses recursos deverão cumprir o objetivo de auxiliar a construção do
pensamento matemático.

Questão 3 - Fundamentando-se nos estudos da área, caracterize cada uma das tendências
metodológicas abaixo, destacando como elas podem contribuir para o processo de ensino e
aprendizagem de matemática nos anos iniciais e quais os desafios que o(a) docente pode
enfrentar para colocar em prática cada proposta.
• Resolução de problemas
• História da matemática
• Etnomatemática
• Modelagem Matemática

Tendências Metodológicas: contribuições e desafios ao processo de ensino e


aprendizagem de matemática nos anos iniciais

● Resolução de problemas - Percebida sob três perspectivas, a Metodologia da


Resolução de Problemas se organiza, ou estrutura-se, a fim de garantir o alcance
de uma meta, a condução de um processo ou o desenvolvimento de uma
habilidade. Como meta, a aula de matemática torna-se um ambiente em que os
alunos se sentem confortáveis para se expressar, argumentar e dialogar
matematicamente com os colegas. Na segunda perspectiva, as propostas de
atividades terão a necessidade de ferramentas para auxiliar na resolução do
problema proposto. Na terceira, é perceptível a possibilidade de continuidade,
onde os alunos podem explorar suas perspectivas individuais, com segurança e
valorização do percurso que ele mesmo desenvolveu.
A metodologia da Resolução de Problemas contribui para garantir uma maior
participação do aluno na construção de conceitos matemáticos, uma vez que seus
saberes serão considerados na relação com os conceitos matemáticos didáticos.
Mas esse processo metodológico que parte da dialogicidade requer do professor a
concepção de mediador. E nessa condição, precisará dar espaço a diversidade
de saberes e formas de se construir o saber matemático que cada turma, cada
aluno traz consigo. O desafio mais expressivo está na formação do professor, na
sua capacidade de se perceber como mediador, interlocutor, ou até mesmo como
um recurso humano em sala de aula que está disposto a compreender as
diversidades da forma de aprender e construir conhecimento, fornecendo e
elaborando estratégias que garantam uma aprendizagem significativa e
prazerosa.

● História da Matemática - Utilizar a História da Matemática como Metodologia é


assumir uma posição de reparação de ensino, historicamente falando, uma ve ue
não se pensa ou considera os saberes dos povos originários ( entendesse
indígenas) ou de matriz africana, por exemplo ao fazer matemática no cotidiano da
sala de aula. Talvé considerar essas demandas sócio-geográficas não sejam tão
urgentes quanto considerar no ato de planejar o contexto social que a turma estpa
inserido; buscar identificar as raízes ancestrais e os saberes que os mais velhos
utilizam ao fazer matemática ao longo de sua trajetória, no cotidiano.
Essa metodologia contribui na atribuição de significado ao ( a um ) conceito
matemático. A experiência de pensar ou construir um conceito a prtir do que se sabe, do
que a comunidade escolar sabe, com estratégias que possibilitem os alunos a irem até as
pessoas e esse movimento ser percebido como um movimento de , também, ir ao
encontro da História da Matemática; dos saberes que perpetuam ou se adequam ao longo
do tempo. E imersos nesse movimento serão capazes de questionar o próprio currículo
de matemática, os “contextos e descontextos” que ele pode estar inserido, uma vez que
não dialoga com a realidade e com as demais. Os desafios quanto à escolha e utilização
dessa metodologia é,mais uma vez, a formação dos professores, de onde tudo parte.
Num segundo plano, o desafio é seguir essa metodologia como um guia de formação
para a cidadania, para a formação de sujeitos capazes de ler a sua realidade social, os
contextos econômicos, culturais e históricos a partir da ótica matemática.

● Etnomatemática - É específica e, percebo, que às vezes é olhada como menos


matemática uma vez que esses saberes não partem da academia. O povo que se
organiza enquanto movimento social e que, também, produz conhecimento
matemático. Os saberes dos povos já existia antes do conceito de
Etnomatemática, que veio formalizar a necessidade do reconhecimento do seu
lugar ( de importância) no ensino da Matemática. Pensar como a Matemática se
desenvolve em espaços culturais diferentes, ou para além da sala de aula, é
contemplar a Etnomatemática, uma vez que se entende que os conceitos não
vieram prontos e que são percebidos e praticados de diferentes formas a
depender da cultura de um povo. De acordo com o texto,o resgate da história dos
saberes matemáticos ensinados no espaço escolar traz a construção de um olhar
crítico sobre o assunto em questão, proporcionando reflexões acerca das relações
entre a matemática e outras áreas de conhecimento (
Contribui, dessa forma para a valorização dos saberes locais, da afirmação
identitária e da segurança que a representatividade para esses sujeitos em sala de
aula , - seja essa do ensino fundamental ou da educação de jovens e adultos ( e
idosos). A Etnomatemática possibilita que as histórias de vida desses sujeitos
sejam respeitadas e incluídas no processo histórico do que se entende, hoje, por
Matemática.
● Modelagem Matemática - Partindo da Modelagem como metodologia de ensino
( que dialoga amplamente com as demais áreas do conhecimento),tem-se a
possibilidade de compreender melhor a relação entre matemática e realidade.
Partindo de um problema que os alunos têm, a turma já está ( ou fora) inserida e a
partir dos conhecimentos matemáticos, se aproxima de uma resolução para o
problema. A Modelagem é o olhar matemático para as situações do cotidiano, da
ação humana. Ela possibilita aos alunos o exercício de busca por soluções a
partir dos conhecimentos que eles já construíram, ou dos conhecimentos prévios
que trazem consigo. E como um processo de construção, recorrem às ferramentas
mais adequadas para tentar responder, avaliar e refletir sobre a situação
problematizadora. O aluno é o sujeito do seu processo de aprendizagem, é ele
quem atribui significado ao seu conhecimento.

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