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“Tu eras também uma pequena folha que tremia no meu peito. O vento da vida pôs-
te ali. A princípio não te vi: não soube que ias comigo, até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito, se uniram aos fios do meu sangue, falaram pela minha
boca, floresceram comigo”.
Pablo Neruda
1. OBJETIVOS:
O ensino da Matemática tem como objetivo, levar o aluno a adotar uma atitude
positiva em relação à mesma, ou seja, desenvolver sua capacidade de “fazer
Matemática” construindo conceitos e procedimentos, formulando e resolvendo
problemas por si mesmo e, assim, aumentar sua autoestima e perseverança na
busca de uma solução para um problema. Este, também, deve ser capaz de
perceber que os conceitos e procedimentos matemáticos são úteis para
compreender o mundo e, compreendendo-o, poder atuar melhor nele. Assim como
pensar logicamente, relacionando ideias, descobrindo regularidades e padrões,
estimulando sua curiosidade, seu espírito de investigação e sua criatividade na
solução de problemas. Observar sistematicamente a presença da Matemática no
dia-a-dia (quantidades, números, formas geométricas, simetrias, grandezas e
medidas, tabelas e gráficos previsões, etc.). Integrar os vários eixos temáticos da
Matemática entre si e com outras áreas do conhecimento.
Comunicar-se de modo matemático, argumentando, escrevendo e representando
de várias maneiras as ideias matemáticas (com números, tabelas, gráficos,
diagramas, etc.). Interagir com os colegas cooperativamente, em dupla ou equipe,
auxiliando-os e aprendendo com eles, apresentando suas ideias e respeitando as
deles, formando, assim, um ambiente propício à aprendizagem.
2. PEDAGOGIA DA MATEMÁTICA
As relações dos indivíduos com os objetos de estudo se dão necessariamente por
meio da linguagem e, quando se trata da aprendizagem da Matemática, o
conhecimento dessa linguagem é fundamental para o aluno não apenas identificar,
por exemplo, uma situação-problema, mas também, ter condições de resolvê-la.
Isso remete à necessidade de a escola e, especificamente, o professor
compreenderem que, para o estudante desenvolver sua proficiência na área,
precisa passar por um letramento matemático, sendo este considerado pelo PISA
como:
A capacidade de um indivíduo para identificar e entender o papel que a Matemática
representa no mundo, fazer julgamentos matemáticos bem fundamentados e
empregar a matemática de forma que satisfaçam as necessidades gerais do
indivíduo e de sua vida futura como um cidadão construtivo, preocupado e
reflexivo. (OECD/PISA, 2000, p. 41)
Assim, promover o ensino da Matemática, na perspectiva do letramento, implica
desenvolver a capacidade do estudante compreender a sociedade contemporânea,
com o objetivo de atender às suas necessidades no cumprimento de seu papel
como cidadão consciente e crítico, aprendendo a viver em uma sociedade em
constantes mudanças.
Nessa direção, a metodologia da Matemática tem a preocupação em transmitir os
conteúdos básicos de uma maneira eficiente e atualizada, fazendo com que o
estudante desenvolva o pensamento lógico para a resolução de problemas, sendo,
portanto, fundamental o desenvolvimento das competências necessárias para tal
fim.
Por isso, é necessário procurar novas formas (métodos) para ensiná-la, buscando
maior eficiência no processo de ensino e aprendizagem no âmbito escolar e isso
passa por uma abordagem baseada no letramento matemático.
Os objetos matemáticos não podem ser compreendidos isoladamente, eles estão
fortemente relacionados uns aos outros. Segundo a BNCC:
“Superar a perspectiva de limitar esses objetos em blocos isolados e estanques
tem sido um dos principais desafios a serem vencidos com relação às práticas
escolares de trabalho com a Matemática. ”
Logo, podemos perceber certo consenso sobre alguns princípios fundamentais
para o sucesso da aprendizagem da Matemática na escola:
1º) É preciso valorizar todo o conhecimento que o/a estudante traz de suas práticas
sociais cotidianas. Não podemos imaginar que ele/a chega à escola com a cabeça
vazia; ao contrário, todo/a estudante carrega consigo uma diversidade de
conhecimentos matemáticos que podem e devem servir de ponto de partida para
novas aprendizagens. É muito importante, em sala de aula, provocar o/a
estudante para que ele/ela explicite esses conhecimentos, os quais devem ser
permanentemente associados aos conhecimentos escolares trabalhados.
2º) É preciso que o/a estudante atribua sentido para os conceitos aprendidos na
escola. Esse processo demanda, muitas vezes, o recurso à contextualização dos
problemas apresentados a ele/a., entretanto, a contextualização de um problema
não se resume a, por exemplo, colocar “frutas” no seu enunciado (que é apenas um
exercício de aplicação de conhecimentos previamente aprendidos), mas, sim, criar
uma situação que envolva contextos diversos (sociais e científicos) em que o/a
estudante não veja de imediato a sua solução.
Qualquer situação apresentada deve demandar que o/a estudante elabore hipóteses
de resolução, teste a validade dessas hipóteses, modifique-as, se for o caso, e assim
por diante. Trata-se, portanto, de desenvolver um tipo de raciocínio próprio da
atividade matemática, permitindo compreender como os conceitos se relacionam
entre si.
4º) O/A estudante deve observar que os objetos matemáticos não são acessíveis
diretamente. Em Matemática, não podemos ver uma equação ou pesar um cubo.
Os objetos matemáticos são entes abstratos que somente podem ser acessados
por meio de suas representações. No caso da Matemática, um mesmo objeto pode
ser representado de diferentes maneiras e uma mesma representação pode ser
associada a diferentes objetos.
Por exemplo, a representação simbólica ¾ pode significar três partes de um inteiro
dividido em quatro partes iguais, ou uma relação entre três e quatro, ou uma
divisão de três objetos em quatro partes iguais ou, 75% ou, ainda, uma
probabilidade.
Cabe ao professor “treinar” no/na estudante o refinamento das representações dos
objetos matemáticos, pois este é elaborado pouco a pouco. É importante iniciar o
processo de aprendizagem em Matemática provocando o/a estudante a fazer
Matemática para que, posteriormente, ele/a possa se apropriar de registros de
representação simbólicos.
Por fim, cabe à Matemática do Ensino Médio apresentar ao aluno o conhecimento
de novas informações e instrumentos necessários para que seja possível a ele
continuar aprendendo. Saber aprender é a condição básica para prosseguir
aperfeiçoando-se ao longo da vida. Sem dúvida, cabe a todas as áreas do Ensino
Médio auxiliar no desenvolvimento da autonomia e da capacidade de pesquisa,
para que cada aluno possa confiar em seu próprio conhecimento.
3. COMPETÊNCIAS GERAIS DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR A
SEREM TRABALHADAS NO DECORRER DO ANO
As competências gerais da BNCC, apresentadas a seguir, inter-relacionam-se e
desdobram-se no tratamento didático proposto para as três etapas da Educação
Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio), articulando-se
na construção de conhecimentos, no desenvolvimento de habilidades e na
formação de atitudes e valores, nos termos da LDB.
1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo
físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar
aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e
inclusiva.
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências,
incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade,
para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e
criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes
áreas.
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às
mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-
cultural.
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras,
e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das
linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar
informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e
produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e
comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas
sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar
informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo
e autoria na vida pessoal e coletiva.
(EF08MA07) Associar uma equação linear de 1º grau com duas incógnitas a uma
reta no plano cartesiano.
1º BIMESTRE
CONTEÚDOS
2. Potência e raízes
Potência com expoente inteiro.
Propriedades da potenciação.
Números quadrados perfeitos.
Raiz quadrada (exata e aproximada) de um número racional não negativo e
raízes enésimas.
Potência com expoente fracionário.
Leitura e interpretação de tabelas com intervalos de classes.
.
3. Ângulos e triângulos
Ângulos.
Triângulos.
Mediana, bissetriz e altura de um triângulo.
Congruência de tiângulos.
Propriedades dos triângulos.
Construção da bissetriz de um ângulo e da mediatriz de um segmento de
reta.
Construção de ângulos notáveis como GeoGebra.
2º BIMESTRE
CONTEÚDOS
4. Expressões e cálculo algébrico.
Expressões algébricas.
Valor numérico de uma Expressão algébrica.
Monômio ( grau, semelhança e operações)
Polinômios ( grau e operações )
5. Equações
3º BIMESTRE
CONTEÚDOS
4º BIMESTRE
CONTEÚDOS
8. Área, volume e capacidade.
Área de figuras planas.
Volume do cubo, do bloco retangular e do cilindro.
Unidades de medidas de capacidade.
Equivalência entre decímetro cúbico e litro.
Ánalise de gráficos.
9. Estudo de grandezas.
Grandezas proporcionais e não proporcionais.
Velocidade média, escala, densidade de um corpo e densidade
demográfica.
Grandezas diretamente proporcionais.
Grandezas inversamente proporcionais