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Letramento matemático

O processo de aprendizagem da matemática indo além dos


âmbitos escolares e a formação de um cidadão ativo.

Comumente a palavra letramento é entendida como processo de


alfabetização, o letramento foge da ideia de formar alunos que saibam lê
e escrever e abrange uma totalidade na qual insere esses alunos as
vivências do dia-a-dia.

A partir desse entendimento e do seminário apresentado pela


mestranda Rafaela Ribeiro, na qual, apresentou o conceito de letramento
matemático e trouxe como fonte a Base Nacional Comum Curricular que
diz: o letramento matemático é definido como as competências e
habilidades de raciocinar, representar, comunicar e argumentar
matematicamente, de modo a favorecer o estabelecimento de
conjecturas, a formulação e a resolução de problemas em uma variedade
de contextos, utilizando conceitos, procedimentos, fatos e ferramentas
matemáticas.

Assim, surge a ideia que um ser letrado em matemática possuí a


capacidade e habilidade de olhar o mundo com uma visão crítica, além de
propiciar conceitos que o fazem entender melhor os conteúdos aplicados
na sua realidade.

Por mais que seja um tema pouco conhecido, os Parâmetros


Nacionais Curriculares (PCN’s) já traziam esse conceito da matemática
aplicada ao cotidiano e também vale ressaltar que a Resolução de
problema também engloba essas ideias onde trás o professor mediador
de pensamento e os alunos mais ativos e dispostos a aprender por meio
de interações e diferentes pontos de vista.

Esse momento de interação de professor e os alunos ajudam a


desenvolver o contato com situações problemáticas onde eles podem
argumentar, investigar e demonstrar os seus conhecimentos fazendo
analogias com diversas possibilidades. Nesse contexto, [...] esse espaço
seja um ambiente de aprendizagem pautado no diálogo; nas Interações;
na centralidade do papel do professor; na intencionalidade do ato
Pedagógico; na proposição de tarefas que motivem os alunos,
mobilizando-os Para a atividade matemática. Um espaço assim concebido
rompe com os Modelos de culturas sociais de aula de matemática e coloca
os alunos e o Professor como protagonistas do processo de produção de
saberes Matemáticos. Saberes que vão sendo construídos em diferentes
níveis de Generalidade e vão possibilitando que os alunos sejam capazes
de Matematizar, independentemente da faixa etária (NACARATO;
LUVISON, 2015, p.38-39).

Desta forma podemos dizer que o letramento matemático por mais


que seja um conceito bom e necessário nas escolas ele ainda é pouco
desenvolvido. Devido a pedagogia tecnicista, os alunos acabam se
tornando alunos passivos e se importando apenas em aprender o
necessário para aquele momento.

REFERÊNCIAS:

NACARATO, A. M.; LUVISON, C. C. Educação matemática nos anos


iniciais do ensino Fundamental: possibilidades de produção do
conhecimento científico. In: TAUCHEN, G.; SILVA, J. A.; SCHWANTES,
L. Educação científica: pesquisas e experiências. Curitiba: CRV, 2015,
p.33-51.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular:


Educação é a base.Brasília, 2018.Disponível em:<>. Acesso em: 31 mar
2023.

KLEIMAN, A. B. Preciso “ensinar” o letramento? Não basta ensinar a ler


e a escrever? Brasília /Campinas: Ministério da Educação. Cefiel/IEL.
Unicamp, 2005-2010. (Coleção Linguagem e Letramento em foco
linguagem nas séries iniciais). Disponível em:
http://www.iel.unicamp.br/cefiel/alfaletras/biblioteca_professor/arquivos/5
710.pdf. Acesso em: 31 mar 2023.

BRASIL, Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros


Curriculares Nacionais (PCN+). Ciências da Natureza e Matemática e
suas tecnologias. Brasília: MEC, 2006.

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