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PORTO NACIONAL
CURSO DE GRADUAÇÃO EM LETRAS LIBRAS PERÍODO: 7º
DISCIPLINA: ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM LIBRAS E RESPECTIVA
LITERATURA COMO L2 – II
PROFESSOR: ALANNA ALENCAR DE ARAÚJO CRUZ
INTRODUÇÃO
REFERENCIAL TEÓRICO
Mesmo com os avanços e conquistas da Comunidade Surda em busca dos seus direitos e
expansão da Libras, hoje em dia ainda existe muitas pessoas que acreditam que as línguas de
sinais são somente gestos que interpretam as línguas orais. Porém pesquisas sobre as línguas de
sinais vêm mostrando que elas são línguas naturais como qualquer outra língua, e tem as
mesmas propriedades linguísticas como quaisquer línguas naturais. De acordo com QUADROS
(2009) nas línguas de sinais também pode-se expressar ideias sutis, complexas e abstratas. Seus
usuários podem discutir de tudo, como por exemplo: filosofia, literatura ou política, além de
assuntos do cotidiano como, esportes, trabalho, moda e utilizá-la com função estética para fazer
poesias, contar estórias e humor.
A Língua Brasileira de Sinais - Libras é uma das línguas utilizadas no Brasil e já obteve
o seu reconhecimento oficial do governo brasileiro pela Lei 10.436/2002. Ela permite a melhor
interação entre pessoas surdas e ouvintes, e nas escolas, entre os professores e alunos surdos,
como também permite uma influência mútua entre os colegas ouvintes. Para Vygotsky a
linguagem permite ao ser humano planejar e regular sua ação e somente por ela é possível fazer
a leitura do mundo e da palavra, mesmo porque uma não acontece sem a outra. Essas formas de
leitura constituem a base da linguagem que se dá pela interação social, a interação entre os
sujeitos. No ambiente educacional, a língua de sinais pode viabilizar a realização do letramento
visual e essa interação social. Assim sendo, nota-se a importância do ensino da Libras como L2
para os alunos ouvintes nas escolas, principalmente quando esta escola tem um aluno surdo no
seu corpo discente. De acordo com SIMPLICIO (2009)
O professor precisa entender toda essa complexidade da sala de aula e os fatores que
englobam o processo ensino-aprendizagem de línguas. Os níveis de aprendizado que os alunos
estão, idade, fatores cognitivos, sociais e entre outros. O professor também pode estar usando o
método tandem, onde o aluno surdo pode estar colaborando com a aprendizagem do aluno
ouvinte e vice-versa, pois essa interação possibilita um ensino livre de regras e prazeroso para
ambos de acordo com OLIVEIRA e FIQUEIREDO (2017)
“...interações em que uma pessoa ensina a sua língua a outra pessoa e vice-versa, de
forma livre, sem seguir um programa curricular fixo. O objetivo dessa proposta é que
os pares desenvolvam a capacidade comunicativa...”.
RELATO DE EXPERIÊNCIAS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estágio foi muito importante para o aprendizado, porque ele ocorreu de forma
diferente, preparando o futuro professor para as adversidades da vida que impactam a vida
profissional, e ensinando-o como se adaptar em momentos como esse e também como fazer
uso das tecnologias que muitas vezes são deixadas de lado nas aulas presenciais. Nota-se
também a importância de se conhecer tudo o que envolve as questões escolares, a função
social, e como a escola e toda a equipe escolar se adaptou para não deixar de prestar esse
serviço essencial a população que é a “educação”.
Contudo não se pode deixar de falar das dificuldades enfrentamos para nos adaptar ao
uso das tecnologias e ao estágio feito de forma remota, mas o apoio da professora Alanna e
dos professores da escola nos deixou seguros para planejar as aulas e ministrar com
autonomia. Entendemos que o estágio é o eixo central da formação dos professores, pois é
através dele que o profissional conhece os aspectos indispensáveis para a formação da
construção da identidade e dos saberes do cotidiano, considerando assim esse estágio como
fundamental e proveitoso, pois pode esclarecer e provocar questões que dentro da faculdade
não seria possível vivenciar.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a língua Brasileira de
Sinais LIBRAS-e dá outras providencias. Disponível em: Acessado em 28/11/2020.
BRASIL. DECRETO Nº 5.626, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2005.
http://legislacao.planalto.gov.br. Acessado em 28/11/2020.
GESSER, Audrei. Metodologia de Ensino em LIBRAS como L2. Universidade Federal
de Santa Catarina Licenciatura e Bacharelado em Letras-Libras na Modalidade a
Distância. Florianópolis 2010.
OLIVEIRA, Quintino Martins de; FIGUEIREDO, Francisco José Quaresma de.
Aprendizagem de libras e português em contexto de tandem: um estudo realizado
com uma aluna surda e uma ouvinte da universidade federal do Tocantins.
Caderno Seminal Digital, ano 23, nº 28, v. 1, 2017.
PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e docência. São
Paulo: Cortez, 2004.
QUADROS, Ronice Muller de. Língua Brasileira de Sinais I – UFSC Florianópolis
2009.
SIMPLÍCIO, Valéria. A importância do ensino da Libras? Língua brasileira de sinais
nas escolas de ensino fundamental. Disponível; https://www.webartigos.com/artigos/a-
importancia-do-ensino-da-libras-lingua-brasileira-de-sinais-nas-escolas-de-ensino-
fundamental/25014/ Acessado em: 28/11/2020
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
GRADUAÇÃO LETRAS: LIBRAS
Campus: Porto Nacional
Disciplina: Estagio de L2
Aluna: Janaine Honorato
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Plano de Aulas
Temas:
Cultura Surda
Alfabeto Manual
Saudações
Habilidades:
Compreender a língua de sinais como construção humana, histórica, social e
cultural, reconhecendo e valorizando como forma de comunicação e expressão de
subjetividade e identidade social e cultural da comunidade surda, e assim fomentar o
interesse dos alunos em aprender a LIBRAS.
Recursos Didáticos:
Vídeos
Slide
App WhatsApp
App Google Meet
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Procedimentos:
As aulas serão ministradas de forma assíncrona e síncrona por meio de
plataformas virtuais e online, os softwares utilizados proporcionaram a interação do
aluno com o professor por meio de chats, áudios, aulas online e até mesmo
compartilhamento de telas, se for o caso.
As primeiras aulas serão de forma assíncrona, com a introdução conceitual
do conteúdo sobre a cultura surda, apresentando a história da língua de sinais; O
surgimento da língua brasileira de sinais e os mistos criados sobre a comunidade surda.
O conteúdo requer 3 aulas.
Após a introdução do conteúdo sobre a cultura surda as aulas seguintes
serão de conteúdos práticos, onde será ensinado o alfabeto manual e saudações, este
conteúdo tem o intuído de promover aos alunos uma base para comunicação entre os
colegas surdos e ouvintes da escola. Estes conteúdos requerem 2 aulas.
A última aula será de forma síncrona pelo aplicativo Google meet, para que
aja uma melhor interação aluno/professor e também possibilitar um feedback sobre os
assuntos abordados nas aulas anteriores.
Avaliação:
Ao final de cada aula o professor pedirá que seus alunos reflitam sobre o
assunto em sua casa e treine os sinais aprendidos, e posteriormente envie um vídeo se
apresentando em libras usando os sinais ministrados nas aulas.