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MAPA – Material de Avaliação Prática da

Aprendizagem

Acadêmico: Rute Duarte Mendes R.A. 20115861-5

Curso: Letras

Disciplina: Linguística II

Valor da atividade: 3,0 Prazo: 28/10/2022

Instruções para Realização da Atividade


1. Todos os campos acima deverão ser devidamente preenchidos;
2. É obrigatória a utilização deste formulário para a realização do MAPA;
3. Utilizando este formulário, realize sua atividade, salve em seu computador, renomeie
e envie em forma de anexo;
4. Atente-se às instruções e intervenções realizadas pelos professores formadores e
mediadores em aulas ao vivo e no ambiente on-line de aprendizagem (Studeo), por
meio do Mural de avisos e Mensagem.
5. Assista ao vídeo com explicações sobre a realização da atividade que está
disponível no mural de avisos.
6. Atente-se aos materiais complementares que possam ser utilizados para a
realização da atividade. Esses, em caso de uso, estarão na pasta Material da
disciplina.
7. A atividade precisa ser desenvolvida por você, portanto, não utilize cópias indevidas
de atividades já realizadas por terceiros, assim como cópias indevidas de textos
disponíveis na web.
*Em caso de dúvida, entre em contato com seu professor(a) mediador(a).

Bons estudos!
Através da teoria Sociolinguística de William Labov (1972) constata-se que a língua
deve ser estudada levando em consideração os fatores linguísticos e extralinguístico
que condicionam a variação da língua. Os avanços nos estudos da área da
Sociolinguística e da Teoria da Variação e Mudança Linguística tem
contribuído para que, através de estudos das diferentes comunidades de fala que
constituem o Brasil, seja possível desconstruir a ideia da homogeneidade
linguística.

Primeiro, se vamos nos fundamentar na homogeneidade da língua e da fala, como


explicaremos as tantas mudanças, alterações e atualizações de normas, regras
gramaticais, pronúncias e significados no decorrer dos anos ? Se a língua é
invariável, por que não falamos da mesma forma dos falantes primórdios da língua
portuguesa? Só há uma justificativa para tal realidade: é a existência das variantes
socais, somadas aos fatores extralinguístico, como a escolaridade, faixa etária, sexo
e nível socioeconômico dos falantes. O exemplo mostrado pela aluna está
relacionado aos fatores extralinguístico que é baseado na ideia de que no
português contemporâneo, há uma tendência a não se fazer concordância,
como por exemplo, entre sujeitos plurais de 3º pessoa e da forma verbal a eles
relacionada. Assim, o fenômeno constitui uma regra variável, sendo composto
pela variante tradicional (prevista pela gramática normativa) e a variante substituta,
que é empregada, principalmente em interações informais. As variáveis são
divididas em independentes e dependentes. A variável independente : é dialeto
padrão e dialeto não padrão. Enquanto, a variável dependente consiste na
percepção da concordância não padrão (variante substituta).

A importância da sociolinguística no campo educacional e no ensino de Língua


Portuguesa, está em ajudar a perceber as diferentes realidades linguísticas que
existem no âmbito social. Na sala de aula, o professor pode mostrar para os
estudantes e ajudar a perceber que essas variações ou modos de expressão são
apropriados em determinados contextos de uso. Irá existir o contexto que exija uma
linguagem mais formal como na apresentação de um seminário e outro contexto que
não peça essa exigência como nas conversas informais com os amigos e familiares.
A própria história da Língua Portuguesa foi marcada pela ocorrências de fenômenos
linguísticos que ainda acontecem hoje na fala não monitorada, não é ideal descartar
os fenômenos que acontecem ainda hoje. A sociolinguística é uma forma de
promover o respeito entre as pessoas de forma que se compreenda que a língua
muda e varia a depender do tempo, da região e da situação em que está. A
adequação da fala a uma situação ou a um grupo social, não pode ser vista como
um erro, mas como algo inclusivo. A língua é um direito de todos, portanto não pode
funcionar como favorecedora de um grupo elitizado. A mudança da fala é sobre
inclusão e não nivelamento de conhecimento. Por fim,, não se defende aqui que a
norma padrão deva deixar de ser ensinada, ela precisa sim ser ensinada, o que se
defende é a importância de conhecer a sociolinguística educacional de forma que
professores e alunos convivam com as diferentes interações linguísticas.
Segue mais um exemplo da mesma situação apresentada pela aluna. Nesse, vemos
que a propaganda é feita pra atender um público jovem, usando uma linguagem
comum, não verbal afim de atraí-los para a compra do produto.

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