COMPONENTE CURRICULAR: TÉCNICAS DE REDAÇÃO E ARQUIVO MEDIADORA VIRTUAL: Martha Sanjuan MEDIADORA PRESENCIAL: Dislene Cardoso DISCENTE: Gessica Senna
AV1 - Avaliação Virtual 1 - Tarefa - Produção de texto: A relação do
uso da fala e da escrita no contexto escolar, e a necessidade das suas adequações linguísticas.
É importante observar que a capacidade comunicativa não se restringe
apenas ao ser humano, elas fazem parte de todo ser vivente, é claro que cada espécie possui sua forma distinta de se comunica. Entender a questão da comunicação e como se dá esse processo implica entender a relação entre a linguagem, a cultura e as tecnologias. O papel da comunicação nas relações interpessoais se faz extremamente necessário pois quando nos comunicamos partilhamos e recebemos conhecimentos. Convém lembrar que a comunicação entre as pessoas pode ser de forma escrita ou de forma oral. É importante lembrar que a língua escrita tende a apresentar uma preocupação bem maior com a gramática normativa que a linguagem oral. A esse tipo de variação linguística que é chamada de variação situacional está impregnado o sentido de falar adequadamente de acordo com o ambiente onde se encontra, ou seja, a língua é como uma roupa, a usamos de acordo com o contexto. É notório que a linguagem oral é bem menos planejada, bem menos estratégica que a linguagem escrita, talvez por essa razão alguns alunos não se preocupem tanto com a linguagem escrita e façam uso dela de uma forma, em alguns casos, negligenciada. De fato, “aprender a ler é um marco na vida das pessoas. Abre as portas para a cidadania, permitindo novas aprendizagens e até melhores possibilidades de emprego.” (PELOSI, 2018, p.536). Por essa razão, é importante a leitura na vida dos estudantes. Todo professor, porém, não deve negligenciar a variedade linguística que é trazida para a escola. É importante observar que de acordo com a gramática descritiva não existem erros de português e sim adequações da língua. Esse ponto é interessante a ser observado, pois os estudos linguísticos mais tradicionais ainda viam a questão do erro em sala de aula, e muitas vezes alunos eram castigados por errar no português, o que fez com que houvesse uma geração de pessoas que odeiam a língua ou aquelas que sempre tem notas baixas. De acordo com Scherre (2013), a relação de via de mão única de adequação linguística é tão perigosa quanto a noção de erro linguístico. Dessa forma é preciso analisar que o ensino da língua e a forma como ela deve ser trabalhada em sala é através de uma análise histórica, geográfica, social e situacional. Em outras palavras, é importante analisar a historicidade que é trazida na língua dos alunos, sem estigmas e preconceitos. A esse ensino tradicional da língua é que favoreceu também para as inúmeras demonstrações de analfabetismo funcional que vemos atualmente. Um grande quantitativo de pessoas simplesmente não assimila ou entende aquilo que lê. É preciso analisar e verificar que vivenciamos um outro mundo, um novo tempo, um novo contexto. É importante analisar que as diferentes maneiras de escrita devem-se muitas vezes ao fato dos alunos não terem o hábito de ler e de escrever. Muitos alunos hoje em dia ainda preferem tirar foto do quadro ao escrever o que está no quadro. Isso demonstra a dificuldade em se trabalhar a adequação linguística relacionado a escrita e oralidade. Em suma é necessário reconhecer as diferentes formas de uso da língua e respeitar todas as pessoas independentemente da forma que elas falam. Na secretaria escolar, lidamos com uma clientela diversa e precisamos ser profissionais para entendermos e respeitarmos as diferenças linguísticas e estarmos aptos também para lidar com a linguagem formal e a organização de sistemas da secretaria escolar. Com esse módulo aprendemos muito, pois nos aprimora enquanto técnicos de secretaria escolar para darmos nosso melhor no ambiente escolar. Referências Bibliográficas
PELOSI, Miryam Bonadiu et al. Atividades lúdicas para o desenvolvimento da
linguagem oral e escrita para crianças e adolescentes com Síndrome de Down. Revista Brasileira de Educação Especial, v. 24, p. 535-550, 2018.
SCHERRE, Maria Marta Pereira. Verdadeiro respeito pela fala da outro:
realidade possível. Revista Letra, v. 8, n. 1, p. 51-62, 2013.
MARCUSCHI, Luiz Antônio et al. Gêneros textuais: definição e
funcionalidade. Gêneros textuais e ensino, v. 2, p. 19-36, 2002.
PAULISTA, Maria Lucia Loureiro. Variação Linguística: Primórdios, conceitos e
metodologia. Revista Ecos. vol.21, Ano 13, n° 02 (2016).