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1-Introdução
Como se vê, a apresentação oral dos discursos era um dos cinco cânones da
retórica, a pronunciatio (pronunciação). Para Cícero (2005: 55), em Retórica a Herênio,
3- Hipóteses e Previsões
4- Pressupostos Teóricos
Nos dias atuais, torna-se “cada vez mais aceita a ideia de que a preocupação com
a oralidade deve ser também partilhada pelos responsáveis pelo ensino de língua. Mas
nem tudo é como parece que deveria ser” (MARCUSCHI, 2005:21). Apoiados nessas
observações iniciais apontadas por Marcuschi, de escassez de pesquisas referentes ao
trabalho com os gêneros orais nas aulas de língua portuguesa e pelo fato de
constatarmos que os livros didáticos não têm apresentado propostas adequadas para o
tratamento da oralidade em sala de aula, como vimos nas avaliações realizadas pelo
PNLD e PNLEM, entendemos justificar-se nossa proposta de trabalhar com a oralidade
em sala de aula.
Dolz & et al (2004), em pesquisas suíças, afirmam que 51% dos professores
dizem recorrer a seminários com frequência. Estes são ultrapassados apenas pela
atividade de ler em voz alta (70%), compreensão oral de narrativa (68%) e compreensão
de instruções e de manuais de utilização (65%). Apesar disso, seja na Suíça ou aqui no
Brasil, não é difícil perceber que as atividades de linguagem oral são realizadas sem
preparo para tal e, quando feitas, servem apenas para que os estudantes exponham
conteúdos previamente estudados/lidos. A prática da linguagem oral deveria ocupar
lugar de destaque nas aulas de Língua Portuguesa, lugar ocupado, fundamentalmente,
pelas atividades de escrita.
Defendemos a necessária expansão de um ensino que valorize as atividades
orais. Segundo os PCN,
5-Metodologia
1ª etapa:
Após as pesquisas bibliográficas, mencionadas nos objetivos deste projeto,
iremos verificar como têm sido trabalhados os gêneros orais em aulas de língua
portuguesa. Para proceder à investigação, escolhemos diferentes lugares de observação
do ensino da oralidade, nos colocando apenas na posição de pesquisadora. Logo após,
iremos levantar em cursos afins como é trabalhada a linguagem oral. Assim,
verificamos os cursos de teatro, direito e comunicação social. Para nos aproximarmos
do que vem sendo tratado sobre oralidade em outros níveis de ensino, realizamos
entrevistas com professores de língua portuguesa. Nesse momento, também
aprofundamos nosso estudo sobre o tratamento dado a linguagem oral pelos retóricos a
fim de fazermos uma comparação com o tratamento dado a oralidade nos dias atuais e
verificarmos no que a retórica pode contribuir para o ensino da oralidade.
2ª etapa:
Durante a segunda etapa elaboramos um projeto piloto de trabalho com a
linguagem oral. Para tanto, nos apoiamos nas pesquisas realizadas durante a primeira
etapa de nosso estudo e levantamos um modelo mais prototípico de cada gênero que
pretendemos trabalhar.
3ª etapa:
Na terceira etapa iremos colocar em prática a nossa proposta de trabalho. Nesse
momento, iremos trabalhar a oralidade em sala de aula para a verificação de nossas
hipóteses e para testar nosso modelo. Optamos por aplicar o modelo em turmas do nível
médio, por considerarmos que esse nível de ensino permite a exploração de gêneros
mais complexos.
Finalmente, procederemos a uma avaliação do modelo.
6 – Considerações Finais
Referências