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Um,dois,três…

Um, dois, três…olá, eu sou o Brotas e tenho 5 anos.


Nesta, minha apresentação, vou “falar” de como sou, dos meus gostos, das minhas
virtudes, dos meus defeitos, entre outras coisas…mas também vou salientar a minha relação
com a minha dona.
Posso dizer que tenho olhos cor de avelã, pelo curto, cor de chocolate. Apesar desta
minha caracterização física um pouco carinhosa e doce, sou muito forte.
Não há dúvida que a minha dona me adora e, por isso, os meus desejos são pedidos:
peço uma maçã, vem uma maçã, peço massa, lá vem a massa.
Não escondo a minha preguiça logo de manhã, e por isso fico até tarde na minha
colchinha. No entanto, não resisto, quando aquela vozinha de aconchego chama por mim,
mesmo que seja muito cedo e mal consiga andar em linha recta.
Quando quero uma festinha, mais ternurenta e mimada, utilizo o meu truque cativante.
Nada mais simples que o meu olhar atento ao seu, orelhas erguidas para a frente e as minhas
irresistíveis engelhas na testa em acção. E sem hesitação lá vem aquela festinha cheia de
ternura e mimo.
É verdade, já sou um cãozinho, mas não digo não a boas brincadeiras. Quando
brincamos às escondidas, ela trata-me por Alfredo, pois sabe que é o nome que me deixa
com a pulga atrás da orelha e sabe que eu não vou desistir até a encontrar. Outra das minhas
brincadeiras é quando ela faz castelinhos na areia e num deles está o meu brinquedo ou a
bola de ténis ou a de râbegui ou o meu trapo velho. Mas aquela de que eu gosto mais é
quando vou com ela para o tanque de água, onde me posso refrescar e mergulhar a cabeça à
procura da minha bola. Além destas, costumo jogar râbegui e futebol.
Um dos meus hobbies preferidos, em dias mais formais, em que não me posso sujar,
é passear, mas mesmo assim vou sempre abusando da sorte. Ora corro, ora puxo a trela com
os dentes.
Quando não lhe apetece brincar, empurro-a e passo muitas vezes por ela ou deixo cair
a bola aos seus pés. Mas quando as coisas estão pretas para o meu lado, pego em pedras e
começo a correr e lá vem ela com medo que parta os dentes todos. Esta é a minha técnica de
último recurso. Sou um cãozinho traquina.
Nas horas vagas, principalmente quando está na escola, aproveito o tempo para dormir
ao sol ou enterrado na terra à sombra de uma macieira.
E quando “digo” que sou um cão muito forte e corajoso é porque não tenho medo de
veterinários e tenho muita paciência quando começam a brincar comigo.
Outra das minhas virtudes, além de ser muito forte, é de gostar de crianças desde a
mais tenra idade aos mais graúdos. Faço tudo quanto me mandam e sem dúvida alguma que
caio no orgulho da minha dona.
Além disso, sou um bom aluno, obedeço quando me dizem: deita, senta, fica, vai e
sai. Mas, para o espanto de muitas pessoas, sei o que quer dizer “Amigo”, quando vejo
pessoas desconhecidas, sei o que quer dizer “Bola”, quando tenho que procurá-la, mas a
mais difícil delas todas é que sei ouvir contar até três.
Além das muitas qualidades que tenho, também tenho defeitos, como a impaciência
que tenho quando quero comer ou quando me começo a babar. Aquela que a minha dona não
gosta muito. Mas aquilo que além de querido é chato, é quando começo a ganir ao pé da
minha dona porque não consigo fazer algo ou quando começo a uivar, seja de dia ou de
noite, porque me sinto sozinho ou porque não me deram atenção suficiente. Mesmo assim,
apesar de ser chato, lá ela sai de casa e vem fazer-me companhia.
Enfim, são todos estes defeitos, que sem eles, não sei se seria tão querido e doce.

Ana Isabel, 11.ºB

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