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UNIVERSIDADE IGUAÇU

PRÓ-REITORIA DE ENSINO E GRADUAÇÃO


FACULDADE DE EDUCAÇÃO E LETRAS
COORDENAÇÃO DO CURSO DE PEDAGOGIA
DISCIPLINA: METODOLOGIA DO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA
– ANOS INICIAIS
2022.2

Rosalva Araujo
METODOLOGIA DO ENSINO DA L. PORTUGUESA - ANOS INICIAIS
METODOLOGIA DO ENSINO DA L. PORTUGUESA - ANOS INICIAIS

• A Língua Portuguesa, no Brasil, possui muitas variedades dialetais.


• Identificam-se geográfica e socialmente as pessoas pela forma como falam.
• Mas há muitos preconceitos decorrentes do valor social relativo que é atribuído aos diferentes modos de falar: é muito
comum se considerarem as variedades linguísticas de menor prestígio como inferiores ou erradas.
• O problema do preconceito disseminado na sociedade em relação às falas dialetais deve ser enfrentado, na escola, como
parte do objetivo educacional mais amplo de educação para o respeito à diferença.
• Para isso, e também para poder ensinar Língua Portuguesa, a escola precisa livrar-se de alguns mitos: o de que existe uma
única forma "certa" de falar — a que se parece com a escrita — e o de que a escrita é o espelho da fala — e, sendo assim,
seria preciso "consertar" a fala do aluno para evitar que ele escreva errado.
• A questão não é falar certo ou errado, mas saber qual forma de fala utilizar, considerando as características do contexto de
comunicação, ou seja, saber adequar o registro às diferentes situações comunicativas.
• É saber coordenar satisfatoriamente o que falar e como fazê-lo, considerando a quem e por que se diz determinada coisa. É
saber, portanto, quais variedades e registros da língua oral são pertinentes em função da intenção comunicativa, do
contexto e dos interlocutores a quem o texto se dirige.
• A questão não é de correção da forma, mas de sua adequação às circunstâncias de uso, ou seja, de utilização eficaz da
linguagem: falar bem é falar adequadamente, é produzir o efeito pretendido.
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• No que tange ao processo de ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa, as escolas no geral, detêm-se na “exploração da
gramática normativa, em sua perspectiva prescritiva” (BEZERRA, 2007, p. 39).
• Entretanto, a língua oral seja anterior à escrita, esta última acaba por constituir-se como o centro do estudo da língua, visto que se
acredita ainda que a escola é o lugar, apenas, do aprendizado da escrita.
• A oralidade não tem ganhado espaço nas esferas educacionais no mundo contemporâneo. Tal constatação se confirma pelo
privilégio concedido à linguagem escrita em sala de aula.
• Os livros didáticos, por sua vez, pouquíssimas vezes instigam o professor a trabalhar a modalidade oral e, quando o fazem, a
atenção volta-se única e exclusivamente à questões atreladas à interpretação textual.
• Na sociedade atual, tanto a oralidade quanto a escrita são imprescindíveis. Trata-se, pois, de não confundir seus papeis e seus
contextos de uso e, de não discriminar seus usuários”. Embora o referido autor fale em “contexto de uso” e em “não discriminação
dos usuários”, não é bem essa a realidade que se presencia nas instituições educacionais de todo o país. (MARCUSCHI, 2001, p.
22).
• “[...] uma quase omissão da fala como objeto de exploração no trabalho escolar;
• [...] uma equivocada visão da fala, como o lugar privilegiado para a violação das regras da gramática.
• De acordo com essa visão, tudo o que é erro na língua acontece na fala e tudo é permitido, pois ele está acima das prescrições
gramaticais; não se distingue, portanto, as situações sociais mais formais de interação que vão, inevitavelmente, condicionar outros
padrões de oralidade que não o coloquial [...].” (ANTUNES, 2003, p. 24- 25)
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• Por meio das posições assumidas por Antunes (2003), é possível afirmar que em sala de aula, a oralidade está sempre atrelada
como o lugar do “caos”, é vista em relação à linguagem escrita, como subalterna a esta. Contrária à essa posição de submissão,
Corrêa (2001, p. 27) nos diz que “a fala (oralidade) está presente em diferentes esferas sociais e assume, nessas esferas, papel
crucial nas interações humanas, com maior frequência, inclusive que a escrita”.
• É importante salientar que, não estamos aqui desmerecendo a linguagem escrita em relação à linguagem oral, muito pelo
contrário, estamos pontuando que o que nos chama atenção nas escolas é a supremacia da escrita em relação à fala. Em outras
palavras, a oralidade assim como a escrita possui papel primordial no ensino e como forma de linguagem que é merece, sim,
destaque.
• O professor de língua deve, acima de qualquer coisa, se desprender do preconceito tão arraigado em sua mente de que sua
atuação docente deve centrar-se na modalidade escrita, desprezando a modalidade oral.
• É preciso que o ensino da oralidade tenha espaço em sala de aula, permitindo ao aluno um espaço de contato também com a
língua padrão.
• “[...] a aplicação de atividades de observação que envolve a organização de textos falados e escritos permite que os alunos
cheguem à percepção de como efetivamente se realizam, se constroem e se formulam esses textos[...]”. É por meio dessas
atividades que o professor poderá diagnosticar se os alunos apresentam dificuldades quanto à organização do texto, em seguida,
o professor poderá auxiliar seus alunos quanto à construção de um texto adequado. (RAMOS, 1997); FÁVERO 1998,)
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• “A escrita e a leitura bem feitas no sentido de levar à compreensão do escritor e do leitor configuram-se como grandes
conquistas a serem realizadas também no espaço escolar, visto que esse é um espaço de conhecimento formal e sistematizado.
• A leitura e a escrita são práticas que requerem que o aluno adquira competências específicas para que possa se apropriar do
conteúdo lido de forma a significá-lo e ressignificá-lo no seu dia a dia.
• Nesse sentido, a escola, considerada como um dos importantes locus de construção e apropriação de conhecimentos ora
reproduzidos, ora criados, tem o compromisso de implementar e desenvolver atividades que coloquem o aluno diante de
desafios impostos pela leitura e interpretação de um mundo letrado no qual está inserido.
• Dentre as várias funções da Escola, uma destaca-se como essencial na formação do educando para a vida: formar leitores e
produtores de textos, para atuarem como cidadãos na sociedade. Se a Escola conseguir desenvolver no aluno o gosto pela
leitura, ou seja, despertar o interesse por este tipo de situação, trabalhando com a diversidade textual desde os anos iniciais,
explorando os textos de uso social, já terá dado grande avanço para atingir outros objetivos do ensino, como as competências
motoras, afetivas, estéticas, cognitivas e sociais.
• O domínio das práticas sociais, como a leitura e a escrita, o aluno que entra no mundo da leitura, apaixona-se, encanta-se e
assim dará continuidade ao aprendizado escolar, através dos livros, jornais e revistas que vier a ler, das demais áreas do
conhecimento e se desenvolverá sem embaraço diante das exigências do mundo globalizado e sem fronteiras, provavelmente
será comunicativo, crítico, reflexivo, além de desenvolver uma percepção aguçada. (SOUZA, 2016)
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• A leitura constitui-se como um dos avanços à busca do conhecimento sistemático e aprofundado. Ela é a condição
para a plena participação no mundo da cultura, através dela, pode-se entrelaçar significados, entrar em outros
mundos, atribuir sentidos, distanciar-se dos fatos e com uma postura crítica questionar a realidade, não correndo o
risco de perder a cidadania letrada.
• Muitas atividades relacionadas à escrita e à leitura, propostas pela escola, não apresentam significados para a
criança, haja vista que estas têm objetivos alheios aos da produção da escrita e do exercício da leitura enquanto
práticas sociais. (CAGLIARI, 2004)
• A leitura se baseia no desejo e no prazer. Ninguém gosta de fazer aquilo que é difícil demais, nem aquilo do qual não
consegue extrair o sentido. Essa é uma boa caracterização da tarefa de ler em sala de aula: para uma grande maioria
dos alunos ela é difícil demais; justamente porque ela não faz sentido. (BELLENGER, 2004, p.17)
• Para os sujeitos, saber ler e escrever tem se revelado, muitas vezes, condição insuficiente para responder
adequadamente às demandas contemporâneas. É preciso ir além da simples aquisição do código escrito; é preciso
fazer uso da leitura e da escrita no cotidiano; apropriar-se da função social dessas duas práticas; é preciso letrar-se.
(PIRES, COSTA e FERREIRA, 2007, p. 65).
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• “... quando uma criança entra na escola, ela já adquiriu um patrimônio de habilidades e destrezas que habilitará
aprender a ler em tempos relativamente curto”. (VYGOTSKY, 1988)
• A escola funciona como um local em que a leitura é um dos principais mecanismos para inserir-se na sociedade
letrada.
• Um dos múltiplos desafios a ser enfrentado pela escola é o de fazer com que os alunos aprendam a ler corretamente.
Isto é lógico, pois a aquisição da leitura é imprescindível para agir com autonomia nas sociedades letradas, e ela
provoca uma desvantagem profunda nas pessoas que não conseguiram realizar essa aprendizagem. (SOLÉ, 1998,
p.32)
• Compreende-se assim, que a escola deve oferecer um conhecimento voltado para a leitura, objetivando ensinar os
seus alunos a entender o mundo e agir com autonomia diante de determinadas situações, pois as pessoas
desprovidas dessa aprendizagem, jamais conseguirão atuar como indivíduo participativo na sociedade.
• A exposição constante da criança à leitura de livros infantis expande seu conhecimento sobre as estórias em si, sobre
tópicos de estórias, estrutura textual e sobre escrita. Ouvir e discutir textos com adultos letrados pode ajudar a
criança a estabelecer conexões entre linguagem oral e as estruturas do texto escrito, a facilitar o processo de
aprendizagem de decodificação da palavra escrita (...). (TERZI, 1995, p.43)
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• A leitura e a escrita apareçam como objetivos prioritários da Educação Fundamental. Espera-se que no final dessa
etapa, os alunos possam ler textos adequados para sua idade de forma autônoma e utilizar os recursos ao seu
alcance. (SOLÉ, 1998, p.34)
• Desse modo, a escola deve priorizar a leitura como uma das atividades de maior representação na vida do ser
humano, disponibilizando textos adequados a faixa etária de forma que a mesma tenha fácil acesso aos textos
expostos e valorizando tudo que a criança constrói, pois são essas construções que estimulam os alunos a serem bons
leitores.
• Do ponto de vista instrucional, cabe à escola, dar ao educando os instrumentos necessários à compreensão do texto.
Uma objeção frequente é que a leitura na escola vem carregada de obrigatoriedade. Pode-se e deve-se ler por prazer,
mas certo grau de organização e disciplina é fundamental. (JALES, 1992, p.25)
• A leitura é uma experiência pessoal ao qual não depende somente da decodificação de símbolos gráficos, mas de todo o
contexto ligado a história de vida de cada indivíduo para que este possa relacionar seus conceitos prévios com o
conteúdo do texto, e desta forma construir o sentido. (POSSEBOM, 2008, p.03).
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• “é importante que, nas aulas de leitura, o aluno faça perguntas, levante hipóteses, confronte interpretações, conte sobre
o que leu e não apenas faça questionários de perguntas e respostas de localização e informação”. (CAFIERO, 2010, p.16)
• Um compromisso a ser assumido pela escola é o de possibilitar ao aluno a aprendizagem da leitura dos diferentes
textos que circulam socialmente.
• A leitura de jornais, revistas, livros e o contato com o texto, cinema e música alargam os limites da mente e dos
possíveis leitores de um mesmo objeto. Aplicar esses limites pode contribuir (embora não garanta) para que a
capacidade da escrita também se desenvolva (ortográfica, morfológica e sintaxe) e no conteúdo (ideias de
argumentação). (CAFIERO, 2010, p.88)
• Se considerarmos que ler e produzir textos significa produzir sentido e que isso só é possível no confronto com o outro,
com o diferente, com as múltiplas vozes que nos constituem e que nos transformam em estranhos para nós mesmos;
que ler e produzir textos significa também nos inserir numa dada formação discursiva, conhecendo a regra de seu jogo
então, compreenderemos por que a escola não está formando leitores nem produtores de texto, mas apenas artífices da
reprodução e da passividade, silenciando a uns e a outros, naturalizando as construções que servem apenas a
interesses escusos (CORACINI, 2002, p. 264)
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• “A escrita é importante na escola, porque é importante fora dela, e não o contrário" (FERREIRO, 1987, p. 11).
• “Um dos múltiplos desafios a ser enfrentado pela escola é o de fazer com que os alunos aprendam a ler corretamente.
Isto é lógico, pois a aquisição da leitura é imprescindível para agir com autonomia nas sociedades letradas, e ela provoca
uma desvantagem profunda nas pessoas que não conseguiram realizar essa aprendizagem.” (SOLÉ, 1998, p.32)
• “A atividade fundamental desenvolvida pela escola para a formação dos alunos é a leitura. É muito mais importante
saber ler do que escrever. O melhor que a escola pode oferecer aos alunos deve estar voltado para a leitura. Se o aluno
não se sair muito bem em outras atividades, mas for um bom leitor, penso que a escola cumpriu em grande parte sua
tarefa.” (CAGLIARI, 2004, p.148)
• “O importante é pensar que, por um lado, os alunos e alunas sempre podem aprender a ler melhor mediante as
intervenções do seu professor e, por outro, que sempre, no nível adequado, deveriam poder mostrar-se e considerar-se
competentes mediante atividades de leitura autônoma. (SOLÉ, 1998,p.117)
• É obrigação da escola, dar amplo e irrestrito acesso ao mundo da leitura, e isto inclui a leitura informativa, mas também
a leitura literária: a leitura para fins pragmáticos, mas também a leitura de fruição: a leitura que situações da vida real
exigem, mas também a leitura que nos permita escapar por alguns momentos da vida real (SOARES, 2002, p. 6).
METODOLOGIA DO ENSINO DA L. PORTUGUESA - ANOS INICIAIS
METODOLOGIA DO ENSINO DA L. PORTUGUESA - ANOS INICIAIS

O texto é “uma ocorrência linguística falada ou escrita,


de qualquer extensão, dotada de unidade
sociocomunicativa, semântica e formal”. (COSTA VAL,
1999, p. 3)
– a criatividade; clareza; a concisão; a coesão; a coerência; a correção e adequação
gramatical; a unidade temática; a argumentação.
– Um produto de uma atividade verbal humana, que possui sempre caráter social, está
caracterizado por seu campo semântico (envolve significado) e comunicação.
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O texto é “uma ocorrência linguística falada ou escrita,


de qualquer extensão, dotada de unidade
sociocomunicativa, semântica e formal”. (COSTA VAL,
1999, p. 3)
– a criatividade; clareza; a concisão; a coesão; a coerência; a correção e adequação
gramatical; a unidade temática; a argumentação.
– Um produto de uma atividade verbal humana, que possui sempre caráter social, está
caracterizado por seu campo semântico (envolve significado) e comunicação.
METODOLOGIA DO ENSINO DA L. PORTUGUESA - ANOS INICIAIS

• Os textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam


características sociocomunicativas definidas por conteúdos, propriedades
funcionais, estilo e composição característica.
• Não precisamos conhecer todos os gêneros textuais.
• Há gêneros para ler e gêneros para escrever, para ouvir, para falar.
• A maioria das pessoas não precisa saber escrever bula de remédio, mas a maioria delas precisa saber ler
bulas. Precisamos saber onde encontrar as informações de que precisamos .
• À escola cabe aproveitar esse conhecimento intuitivo, sistematizar e tornar consciente o uso dos diferentes
gêneros textuais com os quais convivemos nos diversos níveis das nossas práticas sociais.
• Em sala de aula, o trabalho com o gênero se trata “de enfocar, o texto em seu funcionamento e em seu
contexto de produção/leitura, evidenciando as significações geradas mais do que as propriedades formais
que dão suporte a funcionamentos cognitivos.
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• A missão do professor de Língua Portuguesa é ensinar o aluno a desenvolver suas habilidades linguísticas, por este
motivo à escola tem se preocupado em trabalhar gêneros não somente como um instrumento de comunicação, mas
também como objeto de ensino-aprendizagem.
• Os especialistas dizem que os gêneros são na verdade, uma “condição didática para trabalhar com os
comportamentos leitores escritores”. A sutileza- importantíssima- é que eles devem estar a serviço dos verdadeiros
conteúdos os chamados “comportamentos leitores e escritores”, ler para estudar, encontrar uma informação
especifica, tomar notas, organizar entrevistas, elaborar resumos, sublinhar as informações mais relevantes, comparar
dados entre textos e, claro, enfrentar o desafio de escrevê-los ( MOÇO 2009, p. 48).

O desafio é criar situações em sala de aula que permitam aos alunos uma diversidade maior de material a ser
trabalhado com inteligência, pois não faz sentido pedir a um aluno que escreva uma carta só para ser avaliada, quando
alguém escreve uma carta é por que tem intenção de enviá-la, e outra pessoa vai recebê-la, se alguém escreve uma poesia
ou uma música romântica é por que quer emocionar alguém. É possível desenvolver este trabalho em sala de aula, os
alunos vão gostar de enviar cartas uns aos outros, ficarão entusiasmados ao saberem que suas poesias serão expostas,
sentir-se-ão motivados por essa interação.
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A tipologia textual classifica os textos quanto à


forma:
• considera os elementos linguísticos estruturais de sua
composição
• se organiza para que o texto cumpra com a sua função
comunicativa;
• possui estrutura fixa e imutável.
• apresentam-se sob 5 tipos: narração, descrição,
argumentação, exposição e injunção;
• cada um desses tipos pode conter diversos gêneros
textuais.

Gênero textual refere-se a um conjunto de textos


orais e escritos socialmente reconhecidos por suas
características semelhantes.
• flexíveis ao contexto de circulação;
• características formais, estrutura, tema abordado;
• intenção comunicativa;
• função social;
• os interlocutores
• contexto.
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Texto Narrativo Texto Descritivo Texto Argumentativo Texto Injuntivo


Narrar é contar uma história. Os textos descritivos, como Nos textos argumentativos o Injunção significa ordem,
Logo, o texto narrativo é o próprio nome já indica, emissor defende ou critica obrigação, imposição.
composto por histórias. descrevem ou relatam um determinado ponto de Logo, os textos injuntivos
Para ser narrativo, o texto situações, lugares, coisas vista por meio de apresentam ordens ou
deve apresentar ou pessoas argumentos. Sua estrutura instruções ao receptor,
personagens, um enredo, detalhadamente. O texto é semelhante as das tentando persuadi-lo ou
um narrador ou foco descritivo costuma compor dissertações escolares, orientá-lo. Nesse tipo
narrativo, um espaço onde outros tipos textuais, composta por introdução, textual, é comum o uso de
se desenrola a história, num especialmente o narrativo. É desenvolvimento e verbos no infinitivo, que
determinado intervalo comum o uso de adjetivos conclusão. indicam mando ou pedido.
temporal. nesse tipo textual, Exemplos de gêneros Exemplos de gêneros
objetivando repassar ao textuais predominantemente textuais predominantemente
receptor as sensações argumentativos: injuntivos:
Romance descritas pelo emissor.
Novela Resenha crítica Receita culinária
Crônica Cardápio Editorial jornalístico Manual de instruções
Conto Relato de viagem Abaixo-assinado Bula de remédio
Biografia Diário Manifesto Regulamento
Fábula Folheto turístico Carta de opinião Propaganda
HQ Classificados

FAVERO, Leonor L.; KOCH, Ingedore. Linguística Textual: introdução. São Paulo: Cortez, 2000.
NASCIMENTO, Elvira Lopes [org.]. Gêneros textuais: da didática das línguas aos objetos de ensino. São Paulo: Claraluz, 2009.
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Referências
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educação, secretaria da educação básica. Vol 19. Coleção: Explorando o ensino, 2010.
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Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/34807/pdf_1

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