Você está na página 1de 60

LÍNGUA PORTUGUESA

1. Leitura e compreensão de textos: Assunto. Estruturação do texto. Ideias principais e secundárias. Relação entre as ideias. Efeitos de
sentido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Figuras de linguagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3. Recursos de argumentação. Informações implícitas: pressupostos e subentendidos. Coesão e coerência textuais . . . . . . . . . . . . . 01
4. Léxico: Significação de palavras e expressões no texto. Substituição de palavras e de expressões no texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
5. Estrutura e formação de palavras. Aspectos linguísticos: Relações morfossintáticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
6. Ortografia: emprego de letras e acentuação gráfica sistema oficial vigente (inclusive o Acordo Ortográfico vigente, conforme Decreto
7.875/12) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
7. Relações entre fonemas e grafias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
8. Flexões e emprego de classes gramaticais. Vozes verbais e sua conversão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
9. Concordância nominal e verbal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
10. Regência nominal e verbal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
11. Emprego do acento indicativo de crase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
12. Coordenação e subordinação: emprego das conjunções, das locuções conjuntivas e dos pronomes relativos . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
13. Pontuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
LÍNGUA PORTUGUESA
• Linguagem Mista (ou híbrida) é aquele que utiliza tanto as
LEITURA E COMPREENSÃO DE TEXTOS: ASSUNTO. palavras quanto as imagens. Ou seja, é a junção da linguagem
ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO. IDEIAS PRINCIPAIS E SE- verbal com a não-verbal.
CUNDÁRIAS. RELAÇÃO ENTRE AS IDEIAS.EFEITOS DE
SENTIDO. RECURSOS DE ARGUMENTAÇÃO. INFORMA-
ÇÕES IMPLÍCITAS: PRESSUPOSTOS E SUBENTENDIDOS.
COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAIS

Compreensão e interpretação de textos


Chegamos, agora, em um ponto muito importante para todo o
seu estudo: a interpretação de textos. Desenvolver essa habilidade
é essencial e pode ser um diferencial para a realização de uma boa
prova de qualquer área do conhecimento.
Mas você sabe a diferença entre compreensão e interpretação?
A compreensão é quando você entende o que o texto diz de
forma explícita, aquilo que está na superfície do texto.
Quando Jorge fumava, ele era infeliz.
Por meio dessa frase, podemos entender que houve um tempo
que Jorge era infeliz, devido ao cigarro.
A interpretação é quando você entende o que está implícito,
nas entrelinhas, aquilo que está de modo mais profundo no texto Além de saber desses conceitos, é importante sabermos
ou que faça com que você realize inferências. identificar quando um texto é baseado em outro. O nome que
Quando Jorge fumava, ele era infeliz. damos a este processo é intertextualidade.
Já compreendemos que Jorge era infeliz quando fumava, mas
podemos interpretar que Jorge parou de fumar e que agora é feliz. Interpretação de Texto
Percebeu a diferença? Interpretar um texto quer dizer dar sentido, inferir, chegar
a uma conclusão do que se lê. A interpretação é muito ligada ao
Tipos de Linguagem subentendido. Sendo assim, ela trabalha com o que se pode deduzir
Existem três tipos de linguagem que precisamos saber para que de um texto.
facilite a interpretação de textos. A interpretação implica a mobilização dos conhecimentos
• Linguagem Verbal é aquela que utiliza somente palavras. Ela prévios que cada pessoa possui antes da leitura de um determinado
pode ser escrita ou oral. texto, pressupõe que a aquisição do novo conteúdo lido estabeleça
uma relação com a informação já possuída, o que leva ao
crescimento do conhecimento do leitor, e espera que haja uma
apreciação pessoal e crítica sobre a análise do novo conteúdo lido,
afetando de alguma forma o leitor.
Sendo assim, podemos dizer que existem diferentes tipos de
leitura: uma leitura prévia, uma leitura seletiva, uma leitura analítica
e, por fim, uma leitura interpretativa.

É muito importante que você:


- Assista os mais diferenciados jornais sobre a sua cidade,
estado, país e mundo;
- Se possível, procure por jornais escritos para saber de notícias
(e também da estrutura das palavras para dar opiniões);
- Leia livros sobre diversos temas para sugar informações
ortográficas, gramaticais e interpretativas;
• Linguagem não-verbal é aquela que utiliza somente imagens, - Procure estar sempre informado sobre os assuntos mais
fotos, gestos... não há presença de nenhuma palavra. polêmicos;
- Procure debater ou conversar com diversas pessoas sobre
qualquer tema para presenciar opiniões diversas das suas.

Dicas para interpretar um texto:


– Leia lentamente o texto todo.
No primeiro contato com o texto, o mais importante é tentar
compreender o sentido global do texto e identificar o seu objetivo.

– Releia o texto quantas vezes forem necessárias.


Assim, será mais fácil identificar as ideias principais de cada
parágrafo e compreender o desenvolvimento do texto.

– Sublinhe as ideias mais importantes.


Sublinhar apenas quando já se tiver uma boa noção da ideia
principal e das ideias secundárias do texto.

1
LÍNGUA PORTUGUESA
– Separe fatos de opiniões. CACHORROS
O leitor precisa separar o que é um fato (verdadeiro, objetivo
e comprovável) do que é uma opinião (pessoal, tendenciosa e Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma
mutável). espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram aos
– Retorne ao texto sempre que necessário. seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo. Essa ami-
Além disso, é importante entender com cuidado e atenção os zade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas
enunciados das questões. precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que,
se não atacassem os humanos, podiam ficar perto deles e comer a
– Reescreva o conteúdo lido. comida que sobrava. Já os homens descobriram que os cachorros
Para uma melhor compreensão, podem ser feitos resumos, podiam ajudar a caçar, a cuidar de rebanhos e a tomar conta da
tópicos ou esquemas. casa, além de serem ótimos companheiros. Um colaborava com o
outro e a parceria deu certo.
Além dessas dicas importantes, você também pode grifar
palavras novas, e procurar seu significado para aumentar seu Ao ler apenas o título “Cachorros”, você deduziu sobre o pos-
vocabulário, fazer atividades como caça-palavras, ou cruzadinhas sível assunto abordado no texto. Embora você imagine que o tex-
são uma distração, mas também um aprendizado. to vai falar sobre cães, você ainda não sabia exatamente o que ele
Não se esqueça, além da prática da leitura aprimorar a falaria sobre cães. Repare que temos várias informações ao longo
compreensão do texto e ajudar a aprovação, ela também estimula do texto: a hipótese dos zoólogos sobre a origem dos cães, a asso-
nossa imaginação, distrai, relaxa, informa, educa, atualiza, melhora ciação entre eles e os seres humanos, a disseminação dos cães pelo
nosso foco, cria perspectivas, nos torna reflexivos, pensantes, além mundo, as vantagens da convivência entre cães e homens.
de melhorar nossa habilidade de fala, de escrita e de memória. As informações que se relacionam com o tema chamamos de
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias subtemas (ou ideias secundárias). Essas informações se integram,
seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto pela ou seja, todas elas caminham no sentido de estabelecer uma unida-
ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão de de sentido. Portanto, pense: sobre o que exatamente esse texto
do texto. fala? Qual seu assunto, qual seu tema? Certamente você chegou à
O primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é conclusão de que o texto fala sobre a relação entre homens e cães.
a identificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se Se foi isso que você pensou, parabéns! Isso significa que você foi
as ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, capaz de identificar o tema do texto!
ou explicações, que levem ao esclarecimento das questões
apresentadas na prova. Fonte: https://portuguesrapido.com/tema-ideia-central-e-ideias-se-
Compreendido tudo isso, interpretar significa extrair um cundarias/
significado. Ou seja, a ideia está lá, às vezes escondida, e por isso
o candidato só precisa entendê-la – e não a complementar com IDENTIFICAÇÃO DE EFEITOS DE IRONIA OU HUMOR EM
algum valor individual. Portanto, apegue-se tão somente ao texto, e TEXTOS VARIADOS
nunca extrapole a visão dele.
Ironia
IDENTIFICANDO O TEMA DE UM TEXTO Ironia é o recurso pelo qual o emissor diz o contrário do que
O tema é a ideia principal do texto. É com base nessa ideia está pensando ou sentindo (ou por pudor em relação a si próprio ou
principal que o texto será desenvolvido. Para que você consiga com intenção depreciativa e sarcástica em relação a outrem).
identificar o tema de um texto, é necessário relacionar as diferen- A ironia consiste na utilização de determinada palavra ou ex-
tes informações de forma a construir o seu sentido global, ou seja, pressão que, em um outro contexto diferente do usual, ganha um
você precisa relacionar as múltiplas partes que compõem um todo novo sentido, gerando um efeito de humor.
significativo, que é o texto. Exemplo:
Em muitas situações, por exemplo, você foi estimulado a ler um
texto por sentir-se atraído pela temática resumida no título. Pois o
título cumpre uma função importante: antecipar informações sobre
o assunto que será tratado no texto.
Em outras situações, você pode ter abandonado a leitura por-
que achou o título pouco atraente ou, ao contrário, sentiu-se atraí-
do pelo título de um livro ou de um filme, por exemplo. É muito
comum as pessoas se interessarem por temáticas diferentes, de-
pendendo do sexo, da idade, escolaridade, profissão, preferências
pessoais e experiência de mundo, entre outros fatores.
Mas, sobre que tema você gosta de ler? Esportes, namoro, se-
xualidade, tecnologia, ciências, jogos, novelas, moda, cuidados com
o corpo? Perceba, portanto, que as temáticas são praticamente in-
finitas e saber reconhecer o tema de um texto é condição essen-
cial para se tornar um leitor hábil. Vamos, então, começar nossos
estudos?
Propomos, inicialmente, que você acompanhe um exercício
bem simples, que, intuitivamente, todo leitor faz ao ler um texto:
reconhecer o seu tema. Vamos ler o texto a seguir?

2
LÍNGUA PORTUGUESA
Exemplo:

Na construção de um texto, ela pode aparecer em três modos:


ironia verbal, ironia de situação e ironia dramática (ou satírica).
ANÁLISE E A INTERPRETAÇÃO DO TEXTO SEGUNDO O GÊ-
Ironia verbal NERO EM QUE SE INSCREVE
Ocorre quando se diz algo pretendendo expressar outro sig- Compreender um texto trata da análise e decodificação do que
nificado, normalmente oposto ao sentido literal. A expressão e a de fato está escrito, seja das frases ou das ideias presentes. Inter-
intenção são diferentes. pretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao
Exemplo: Você foi tão bem na prova! Tirou um zero incrível! conectar as ideias do texto com a realidade. Interpretação trabalha
com a subjetividade, com o que se entendeu sobre o texto.
Ironia de situação Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qual-
A intenção e resultado da ação não estão alinhados, ou seja, o quer texto ou discurso e se amplia no entendimento da sua ideia
resultado é contrário ao que se espera ou que se planeja. principal. Compreender relações semânticas é uma competência
Exemplo: Quando num texto literário uma personagem planeja imprescindível no mercado de trabalho e nos estudos.
uma ação, mas os resultados não saem como o esperado. No li- Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode-
vro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, a -se criar vários problemas, afetando não só o desenvolvimento pro-
personagem título tem obsessão por ficar conhecida. Ao longo da fissional, mas também o desenvolvimento pessoal.
vida, tenta de muitas maneiras alcançar a notoriedade sem suces-
so. Após a morte, a personagem se torna conhecida. A ironia é que Busca de sentidos
planejou ficar famoso antes de morrer e se tornou famoso após a Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo
morte. os tópicos frasais presentes em cada parágrafo. Isso auxiliará na
apreensão do conteúdo exposto.
Ironia dramática (ou satírica) Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma
A ironia dramática é um dos efeitos de sentido que ocorre nos relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já
textos literários quando a personagem tem a consciência de que citadas ou apresentando novos conceitos.
suas ações não serão bem-sucedidas ou que está entrando por um Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram explici-
caminho ruim, mas o leitor já tem essa consciência. tadas pelo autor. Textos argumentativos não costumam conceder
Exemplo: Em livros com narrador onisciente, que sabe tudo o espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas
que se passa na história com todas as personagens, é mais fácil apa- entrelinhas. Deve-se ater às ideias do autor, o que não quer dizer
recer esse tipo de ironia. A peça como Romeu e Julieta, por exem- que o leitor precise ficar preso na superfície do texto, mas é fun-
plo, se inicia com a fala que relata que os protagonistas da história damental que não sejam criadas suposições vagas e inespecíficas.
irão morrer em decorrência do seu amor. As personagens agem ao
longo da peça esperando conseguir atingir seus objetivos, mas a Importância da interpretação
plateia já sabe que eles não serão bem-sucedidos. A prática da leitura, seja por prazer, para estudar ou para se
informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o raciocínio e a inter-
Humor pretação. A leitura, além de favorecer o aprendizado de conteúdos
Nesse caso, é muito comum a utilização de situações que pare- específicos, aprimora a escrita.
çam cômicas ou surpreendentes para provocar o efeito de humor. Uma interpretação de texto assertiva depende de inúmeros fa-
Situações cômicas ou potencialmente humorísticas comparti- tores. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos dos detalhes pre-
lham da característica do efeito surpresa. O humor reside em ocor- sentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz sufi-
rer algo fora do esperado numa situação. ciente. Interpretar exige paciência e, por isso, sempre releia o texto,
Há diversas situações em que o humor pode aparecer. Há as ti- pois a segunda leitura pode apresentar aspectos surpreendentes
rinhas e charges, que aliam texto e imagem para criar efeito cômico; que não foram observados previamente. Para auxiliar na busca de
há anedotas ou pequenos contos; e há as crônicas, frequentemente sentidos do texto, pode-se também retirar dele os tópicos frasais
acessadas como forma de gerar o riso. presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apreen-
Os textos com finalidade humorística podem ser divididos em são do conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos não es-
quatro categorias: anedotas, cartuns, tiras e charges. tão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira aleató-
ria, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários,
estabelecendo uma relação hierárquica do pensamento defendido,
retomando ideias já citadas ou apresentando novos conceitos.

3
LÍNGUA PORTUGUESA
Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo au- Receita: texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo
tor: os textos argumentativos não costumam conceder espaço para de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma certa li-
divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas. berdade para quem recebe a informação.
Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que você
precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental que DISTINÇÃO DE FATO E OPINIÃO SOBRE ESSE FATO
não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas.
Ler com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaustão, Fato
assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes. O fato é algo que aconteceu ou está acontecendo. A existência
do fato pode ser constatada de modo indiscutível. O fato pode é
Diferença entre compreensão e interpretação uma coisa que aconteceu e pode ser comprovado de alguma manei-
A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do ra, através de algum documento, números, vídeo ou registro.
texto e verificar o que realmente está escrito nele. Já a interpreta- Exemplo de fato:
ção imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O A mãe foi viajar.
leitor tira conclusões subjetivas do texto.
Interpretação
Gêneros Discursivos É o ato de dar sentido ao fato, de entendê-lo. Interpretamos
Romance: descrição longa de ações e sentimentos de perso- quando relacionamos fatos, os comparamos, buscamos suas cau-
nagens fictícios, podendo ser de comparação com a realidade ou sas, previmos suas consequências.
totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma Entre o fato e sua interpretação há uma relação lógica: se apon-
novela é a extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo. No tamos uma causa ou consequência, é necessário que seja plausível.
romance nós temos uma história central e várias histórias secun- Se comparamos fatos, é preciso que suas semelhanças ou diferen-
dárias. ças sejam detectáveis.

Conto: obra de ficção onde é criado seres e locais totalmente Exemplos de interpretação:
imaginário. Com linguagem linear e curta, envolve poucas perso- A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
nagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única tro país.
ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão
encaminham-se diretamente para um desfecho. do que com a filha.

Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferencia- Opinião


A opinião é a avaliação que se faz de um fato considerando um
do por sua extensão. Ela fica entre o conto e o romance, e tem a
juízo de valor. É um julgamento que tem como base a interpretação
história principal, mas também tem várias histórias secundárias. O
que fazemos do fato.
tempo na novela é baseada no calendário. O tempo e local são de-
Nossas opiniões costumam ser avaliadas pelo grau de coerên-
finidos pelas histórias dos personagens. A história (enredo) tem um
cia que mantêm com a interpretação do fato. É uma interpretação
ritmo mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais
do fato, ou seja, um modo particular de olhar o fato. Esta opinião
curto.
pode alterar de pessoa para pessoa devido a fatores socioculturais.
Crônica: texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que Exemplos de opiniões que podem decorrer das interpretações
nós mesmos já vivemos e normalmente é utilizado a ironia para anteriores:
mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo não A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
é relevante e quando é citado, geralmente são pequenos intervalos tro país. Ela tomou uma decisão acertada.
como horas ou mesmo minutos. A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão
do que com a filha. Ela foi egoísta.
Poesia: apresenta um trabalho voltado para o estudo da lin-
guagem, fazendo-o de maneira particular, refletindo o momento, Muitas vezes, a interpretação já traz implícita uma opinião.
a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de Por exemplo, quando se mencionam com ênfase consequên-
imagens. cias negativas que podem advir de um fato, se enaltecem previsões
positivas ou se faz um comentário irônico na interpretação, já esta-
Editorial: texto dissertativo argumentativo onde expressa a mos expressando nosso julgamento.
opinião do editor através de argumentos e fatos sobre um assunto É muito importante saber a diferença entre o fato e opinião,
que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é con- principalmente quando debatemos um tema polêmico ou quando
vencer o leitor a concordar com ele. analisamos um texto dissertativo.

Entrevista: texto expositivo e é marcado pela conversa de um Exemplo:


entrevistador e um entrevistado para a obtenção de informações. A mãe viajou e deixou a filha só. Nem deve estar se importando
Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas com o sofrimento da filha.
de destaque sobre algum assunto de interesse.
ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO E DOS PARÁGRAFOS
Cantiga de roda: gênero empírico, que na escola se materiali- Uma boa redação é dividida em ideias relacionadas entre si
za em uma concretude da realidade. A cantiga de roda permite as ajustadas a uma ideia central que norteia todo o pensamento do
crianças terem mais sentido em relação a leitura e escrita, ajudando texto. Um dos maiores problemas nas redações é estruturar as
os professores a identificar o nível de alfabetização delas. ideias para fazer com que o leitor entenda o que foi dito no texto.
Fazer uma estrutura no texto para poder guiar o seu pensamento
e o do leitor.

4
LÍNGUA PORTUGUESA
Parágrafo Língua escrita e língua falada
O parágrafo organizado em torno de uma ideia-núcleo, que é A língua escrita não é a simples reprodução gráfica da língua
desenvolvida por ideias secundárias. O parágrafo pode ser forma- falada, por que os sinais gráficos não conseguem registrar grande
do por uma ou mais frases, sendo seu tamanho variável. No texto parte dos elementos da fala, como o timbre da voz, a entonação, e
dissertativo-argumentativo, os parágrafos devem estar todos rela- ainda os gestos e a expressão facial. Na realidade a língua falada é
cionados com a tese ou ideia principal do texto, geralmente apre- mais descontraída, espontânea e informal, porque se manifesta na
sentada na introdução. conversação diária, na sensibilidade e na liberdade de expressão
do falante. Nessas situações informais, muitas regras determinadas
Embora existam diferentes formas de organização de parágra- pela língua padrão são quebradas em nome da naturalidade, da li-
fos, os textos dissertativo-argumentativos e alguns gêneros jornalís- berdade de expressão e da sensibilidade estilística do falante.
ticos apresentam uma estrutura-padrão. Essa estrutura consiste em
três partes: a ideia-núcleo, as ideias secundárias (que desenvolvem Linguagem popular e linguagem culta
a ideia-núcleo) e a conclusão (que reafirma a ideia-básica). Em pa- Podem valer-se tanto da linguagem popular quanto da lingua-
rágrafos curtos, é raro haver conclusão. gem culta. Obviamente a linguagem popular é mais usada na fala,
nas expressões orais cotidianas. Porém, nada impede que ela esteja
Introdução: faz uma rápida apresentação do assunto e já traz presente em poesias (o Movimento Modernista Brasileiro procurou
uma ideia da sua posição no texto, é normalmente aqui que você valorizar a linguagem popular), contos, crônicas e romances em que
irá identificar qual o problema do texto, o porque ele está sendo o diálogo é usado para representar a língua falada.
escrito. Normalmente o tema e o problema são dados pela própria
prova. Linguagem Popular ou Coloquial
Usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase
Desenvolvimento: elabora melhor o tema com argumentos e sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de vícios de lin-
ideias que apoiem o seu posicionamento sobre o assunto. É possí- guagem (solecismo – erros de regência e concordância; barbarismo
vel usar argumentos de várias formas, desde dados estatísticos até – erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia; pleo-
citações de pessoas que tenham autoridade no assunto. nasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação,
que ressalta o caráter oral e popular da língua. A linguagem popular
Conclusão: faz uma retomada breve de tudo que foi abordado está presente nas conversas familiares ou entre amigos, anedotas,
e conclui o texto. Esta última parte pode ser feita de várias maneiras irradiação de esportes, programas de TV e auditório, novelas, na
diferentes, é possível deixar o assunto ainda aberto criando uma expressão dos esta dos emocionais etc.
pergunta reflexiva, ou concluir o assunto com as suas próprias con-
clusões a partir das ideias e argumentos do desenvolvimento. A Linguagem Culta ou Padrão
É a ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que
Outro aspecto que merece especial atenção são  os conecto- se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pessoas ins-
res. São responsáveis pela coesão do texto e tornam a leitura mais truídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediên-
fluente, visando estabelecer um encadeamento lógico entre as cia às normas gramaticais. Mais comumente usada na linguagem
ideias e servem de ligação entre o parágrafo, ou no interior do pe- escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial,
ríodo, e o tópico que o antecede. mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas,
Saber usá-los com precisão, tanto no interior da frase, quanto conferências, sermões, discursos políticos, comunicações científi-
ao passar de um enunciado para outro, é uma exigência também cas, noticiários de TV, programas culturais etc.
para a clareza do texto.
Gíria
Sem os conectores (pronomes relativos, conjunções, advér-
A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais como
bios, preposições, palavras denotativas) as ideias não fluem, muitas
arma de defesa contra as classes dominantes. Esses grupos utilizam
vezes o pensamento não se completa, e o texto torna-se obscuro,
a gíria como meio de expressão do cotidiano, para que as mensa-
sem coerência.
gens sejam decodificadas apenas por eles mesmos.
Esta estrutura é uma das mais utilizadas em textos argumenta-
Assim a gíria é criada por determinados grupos que divulgam
tivos, e por conta disso é mais fácil para os leitores.
o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de
Existem diversas formas de se estruturar cada etapa dessa es-
comunicação de massa, como a televisão e o rádio, propagam os
trutura de texto, entretanto, apenas segui-la já leva ao pensamento novos vocábulos, às vezes, também inventam alguns. A gíria pode
mais direto. acabar incorporada pela língua oficial, permanecer no vocabulário
de pequenos grupos ou cair em desuso.
NÍVEIS DE LINGUAGEM Ex.: “chutar o pau da barraca”, “viajar na maionese”, “galera”,
“mina”, “tipo assim”.
Definição de linguagem
Linguagem é qualquer meio sistemático de comunicar ideias Linguagem vulgar
ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros, gráficos, Existe uma linguagem vulgar relacionada aos que têm pouco
gestuais etc. A linguagem é individual e flexível e varia dependendo ou nenhum contato com centros civilizados. Na linguagem vulgar
da idade, cultura, posição social, profissão etc. A maneira de arti- há estruturas com “nóis vai, lá”, “eu di um beijo”, “Ponhei sal na
cular as palavras, organizá-las na frase, no texto, determina nossa comida”.
linguagem, nosso estilo (forma de expressão pessoal).
As inovações linguísticas, criadas pelo falante, provocam, com Linguagem regional
o decorrer do tempo, mudanças na estrutura da língua, que só as Regionalismos são variações geográficas do uso da língua pa-
incorpora muito lentamente, depois de aceitas por todo o grupo drão, quanto às construções gramaticais e empregos de certas pala-
social. Muitas novidades criadas na linguagem não vingam na língua vras e expressões. Há, no Brasil, por exemplo, os falares amazônico,
e caem em desuso. nordestino, baiano, fluminense, mineiro, sulino.

5
LÍNGUA PORTUGUESA
Tipos e genêros textuais Tipo textual expositivo
Os tipos textuais configuram-se como modelos fixos e abran- A dissertação é o ato de apresentar ideias, desenvolver racio-
gentes que objetivam a distinção e definição da estrutura, bem cínio, analisar contextos, dados e fatos, por meio de exposição,
como aspectos linguísticos de narração, dissertação, descrição e discussão, argumentação e defesa do que pensamos. A dissertação
explicação. Eles apresentam estrutura definida e tratam da forma pode ser expositiva ou argumentativa.
como um texto se apresenta e se organiza. Existem cinco tipos clás- A dissertação-expositiva é caracterizada por esclarecer um as-
sicos que aparecem em provas: descritivo, injuntivo, expositivo (ou sunto de maneira atemporal, com o objetivo de explicá-lo de ma-
dissertativo-expositivo) dissertativo e narrativo. Vejamos alguns neira clara, sem intenção de convencer o leitor ou criar debate.
exemplos e as principais características de cada um deles.
Características principais:
Tipo textual descritivo • Apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão.
A descrição é uma modalidade de composição textual cujo • O objetivo não é persuadir, mas meramente explicar, infor-
objetivo é fazer um retrato por escrito (ou não) de um lugar, uma mar.
pessoa, um animal, um pensamento, um sentimento, um objeto, • Normalmente a marca da dissertação é o verbo no presente.
um movimento etc. • Amplia-se a ideia central, mas sem subjetividade ou defesa
Características principais: de ponto de vista.
• Os recursos formais mais encontrados são os de valor adje- • Apresenta linguagem clara e imparcial.
tivo (adjetivo, locução adjetiva e oração adjetiva), por sua função
caracterizadora. Exemplo:
• Há descrição objetiva e subjetiva, normalmente numa enu- O texto dissertativo consiste na ampliação, na discussão, no
meração. questionamento, na reflexão, na polemização, no debate, na ex-
• A noção temporal é normalmente estática. pressão de um ponto de vista, na explicação a respeito de um de-
• Normalmente usam-se verbos de ligação para abrir a defini- terminado tema.
ção. Existem dois tipos de dissertação bem conhecidos: a disserta-
• Normalmente aparece dentro de um texto narrativo. ção expositiva (ou informativa) e a argumentativa (ou opinativa).
• Os gêneros descritivos mais comuns são estes: manual, anún- Portanto, pode-se dissertar simplesmente explicando um as-
cio, propaganda, relatórios, biografia, tutorial. sunto, imparcialmente, ou discutindo-o, parcialmente.

Exemplo: Tipo textual dissertativo-argumentativo


Era uma casa muito engraçada Este tipo de texto — muito frequente nas provas de concur-
Não tinha teto, não tinha nada sos — apresenta posicionamentos pessoais e exposição de ideias
Ninguém podia entrar nela, não apresentadas de forma lógica. Com razoável grau de objetividade,
Porque na casa não tinha chão clareza, respeito pelo registro formal da língua e coerência, seu in-
Ninguém podia dormir na rede tuito é a defesa de um ponto de vista que convença o interlocutor
Porque na casa não tinha parede (leitor ou ouvinte).
Ninguém podia fazer pipi
Porque penico não tinha ali Características principais:
Mas era feita com muito esmero • Presença de estrutura básica (introdução, desenvolvimento
Na rua dos bobos, número zero e conclusão): ideia principal do texto (tese); argumentos (estraté-
(Vinícius de Moraes) gias argumentativas: causa-efeito, dados estatísticos, testemunho
de autoridade, citações, confronto, comparação, fato, exemplo,
TIPO TEXTUAL INJUNTIVO enumeração...); conclusão (síntese dos pontos principais com su-
A injunção indica como realizar uma ação, aconselha, impõe, gestão/solução).
instrui o interlocutor. Chamado também de texto instrucional, o • Utiliza verbos na 1ª pessoa (normalmente nas argumentações
tipo de texto injuntivo é utilizado para predizer acontecimentos e informais) e na 3ª pessoa do presente do indicativo (normalmente
comportamentos, nas leis jurídicas. nas argumentações formais) para imprimir uma atemporalidade e
um caráter de verdade ao que está sendo dito.
Características principais: • Privilegiam-se as estruturas impessoais, com certas modali-
• Normalmente apresenta frases curtas e objetivas, com ver- zações discursivas (indicando noções de possibilidade, certeza ou
bos de comando, com tom imperativo; há também o uso do futuro probabilidade) em vez de juízos de valor ou sentimentos exaltados.
do presente (10 mandamentos bíblicos e leis diversas). • Há um cuidado com a progressão temática, isto é, com o
• Marcas de interlocução: vocativo, verbos e pronomes de 2ª desenvolvimento coerente da ideia principal, evitando-se ro-
pessoa ou 1ª pessoa do plural, perguntas reflexivas etc. deios.
Exemplo: Exemplo:
Impedidos do Alistamento Eleitoral (art. 5º do Código Eleito- A maioria dos problemas existentes em um país em desenvol-
ral) – Não podem alistar-se eleitores: os que não saibam exprimir-se vimento, como o nosso, podem ser resolvidos com uma eficiente
na língua nacional, e os que estejam privados, temporária ou defi- administração política (tese), porque a força governamental certa-
nitivamente dos direitos políticos. Os militares são alistáveis, desde mente se sobrepõe a poderes paralelos, os quais – por negligência
que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou de nossos representantes – vêm aterrorizando as grandes metró-
suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino su- poles. Isso ficou claro no confronto entre a força militar do RJ e os
perior para formação de oficiais. traficantes, o que comprovou uma verdade simples: se for do desejo
dos políticos uma mudança radical visando o bem-estar da popula-
ção, isso é plenamente possível (estratégia argumentativa: fato-

6
LÍNGUA PORTUGUESA
-exemplo). É importante salientar, portanto, que não devemos ficar Dissertativo-argumentativo Editorial Jornalístico
de mãos atadas à espera de uma atitude do governo só quando o Carta de opinião
caos se estabelece; o povo tem e sempre terá de colaborar com uma Resenha
cobrança efetiva (conclusão). Artigo
Ensaio
Tipo textual narrativo Monografia, dissertação de
O texto narrativo é uma modalidade textual em que se conta mestrado e tese de doutorado
um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lu-
gar, envolvendo certos personagens. Toda narração tem um enredo, Narrativo Romance
personagens, tempo, espaço e narrador (ou foco narrativo). Novela
Crônica
Características principais: Contos de Fada
• O tempo verbal predominante é o passado. Fábula
• Foco narrativo com narrador de 1ª pessoa (participa da his- Lendas
tória – onipresente) ou de 3ª pessoa (não participa da história –
onisciente). Sintetizando: os tipos textuais são fixos, finitos e tratam da for-
• Normalmente, nos concursos públicos, o texto aparece em ma como o texto se apresenta. Os gêneros textuais são fluidos, infi-
prosa, não em verso. nitos e mudam de acordo com a demanda social.

Exemplo: INTERTEXTUALIDADE
Solidão A  intertextualidade  é um recurso realizado entre textos, ou
João era solteiro, vivia só e era feliz. Na verdade, a solidão era seja, é a influência e relação que um estabelece sobre o outro. As-
o que o tornava assim. Conheceu Maria, também solteira, só e fe- sim, determina o fenômeno relacionado ao processo de produção
liz. Tão iguais, a afinidade logo se transforma em paixão. Casam-se. de textos que faz referência (explícita ou implícita) aos elementos
Dura poucas semanas. Não havia mesmo como dar certo: ao se uni- existentes em outro texto, seja a nível de conteúdo, forma ou de
rem, um tirou do outro a essência da felicidade. ambos: forma e conteúdo.
Nelson S. Oliveira Grosso modo, a intertextualidade é o diálogo entre textos, de
Fonte: https://www.recantodasletras.com.br/contossur- forma que essa relação pode ser estabelecida entre as produções
reais/4835684 textuais que apresentem diversas linguagens (visual, auditiva, escri-
ta), sendo expressa nas artes (literatura, pintura, escultura, música,
GÊNEROS TEXTUAIS dança, cinema), propagandas publicitárias, programas televisivos,
Já os gêneros textuais (ou discursivos) são formas diferentes provérbios, charges, dentre outros.
de expressão comunicativa. As muitas formas de elaboração de um
texto se tornam gêneros, de acordo com a intenção do seu pro- Tipos de Intertextualidade
dutor. Logo, os gêneros apresentam maior diversidade e exercem • Paródia: perversão do texto anterior que aparece geralmen-
funções sociais específicas, próprias do dia a dia. Ademais, são te, em forma de crítica irônica de caráter humorístico. Do grego (paro-
passíveis de modificações ao longo do tempo, mesmo que preser- dès), a palavra “paródia” é formada pelos termos “para” (semelhante)
vando características preponderantes. Vejamos, agora, uma tabela e “odes” (canto), ou seja, “um canto (poesia) semelhante a outro”. Esse
que apresenta alguns gêneros textuais classificados com os tipos recurso é muito utilizado pelos programas humorísticos.
textuais que neles predominam. • Paráfrase: recriação de um texto já existente mantendo a
mesma ideia contida no texto original, entretanto, com a utilização
de outras palavras. O vocábulo “paráfrase”, do grego (paraphrasis),
Tipo Textual Predominante Gêneros Textuais
significa a “repetição de uma sentença”.
Descritivo Diário • Epígrafe: recurso bastante utilizado em obras e textos cientí-
Relatos (viagens, históricos, etc.) ficos. Consiste no acréscimo de uma frase ou parágrafo que tenha
Biografia e autobiografia alguma relação com o que será discutido no texto. Do grego, o ter-
Notícia mo “epígrafhe” é formado pelos vocábulos “epi” (posição superior)
Currículo e “graphé” (escrita).
Lista de compras • Citação: Acréscimo de partes de outras obras numa produção
Cardápio textual, de forma que dialoga com ele; geralmente vem expressa
Anúncios de classificados entre aspas e itálico, já que se trata da enunciação de outro autor.
Injuntivo Receita culinária Esse recurso é importante haja vista que sua apresentação sem re-
Bula de remédio lacionar a fonte utilizada é considerado “plágio”. Do Latim, o termo
Manual de instruções “citação” (citare) significa convocar.
Regulamento • Alusão: Faz referência aos elementos presentes em outros
Textos prescritivos textos. Do Latim, o vocábulo “alusão” (alludere) é formado por dois
termos: “ad” (a, para) e “ludere” (brincar).
Expositivo Seminários • Outras formas de intertextualidade menos discutidas são
Palestras o pastiche, o sample, a tradução e a bricolagem.
Conferências
Entrevistas ARGUMENTAÇÃO
Trabalhos acadêmicos O ato de comunicação não visa apenas transmitir uma informa-
Enciclopédia ção a alguém. Quem comunica pretende criar uma imagem positiva
Verbetes de dicionários de si mesmo (por exemplo, a de um sujeito educado, ou inteligente,

7
LÍNGUA PORTUGUESA
ou culto), quer ser aceito, deseja que o que diz seja admitido como instituição bancária e sua antiguidade, esta tem peso argumentati-
verdadeiro. Em síntese, tem a intenção de convencer, ou seja, tem vo na afirmação da confiabilidade de um banco. Portanto é provável
o desejo de que o ouvinte creia no que o texto diz e faça o que ele que se creia que um banco mais antigo seja mais confiável do que
propõe. outro fundado há dois ou três anos.
Se essa é a finalidade última de todo ato de comunicação, todo Enumerar todos os tipos de argumentos é uma tarefa quase
texto contém um componente argumentativo. A argumentação é o impossível, tantas são as formas de que nos valemos para fazer as
conjunto de recursos de natureza linguística destinados a persuadir pessoas preferirem uma coisa a outra. Por isso, é importante enten-
a pessoa a quem a comunicação se destina. Está presente em todo der bem como eles funcionam.
tipo de texto e visa a promover adesão às teses e aos pontos de Já vimos diversas características dos argumentos. É preciso
vista defendidos. acrescentar mais uma: o convencimento do interlocutor, o auditó-
As pessoas costumam pensar que o argumento seja apenas rio, que pode ser individual ou coletivo, será tanto mais fácil quanto
uma prova de verdade ou uma razão indiscutível para comprovar a mais os argumentos estiverem de acordo com suas crenças, suas
veracidade de um fato. O argumento é mais que isso: como se disse expectativas, seus valores. Não se pode convencer um auditório
acima, é um recurso de linguagem utilizado para levar o interlocu- pertencente a uma dada cultura enfatizando coisas que ele abomi-
tor a crer naquilo que está sendo dito, a aceitar como verdadeiro o na. Será mais fácil convencê-lo valorizando coisas que ele considera
que está sendo transmitido. A argumentação pertence ao domínio positivas. No Brasil, a publicidade da cerveja vem com frequência
da retórica, arte de persuadir as pessoas mediante o uso de recur- associada ao futebol, ao gol, à paixão nacional. Nos Estados Unidos,
sos de linguagem. essa associação certamente não surtiria efeito, porque lá o futebol
Para compreender claramente o que é um argumento, é bom não é valorizado da mesma forma que no Brasil. O poder persuasivo
voltar ao que diz Aristóteles, filósofo grego do século IV a.C., numa de um argumento está vinculado ao que é valorizado ou desvalori-
obra intitulada “Tópicos: os argumentos são úteis quando se tem de zado numa dada cultura.
escolher entre duas ou mais coisas”.
Se tivermos de escolher entre uma coisa vantajosa e uma des- Tipos de Argumento
vantajosa, como a saúde e a doença, não precisamos argumentar. Já verificamos que qualquer recurso linguístico destinado a fa-
Suponhamos, no entanto, que tenhamos de escolher entre duas zer o interlocutor dar preferência à tese do enunciador é um argu-
coisas igualmente vantajosas, a riqueza e a saúde. Nesse caso, pre- mento. Exemplo:
cisamos argumentar sobre qual das duas é mais desejável. O argu-
mento pode então ser definido como qualquer recurso que torna Argumento de Autoridade
uma coisa mais desejável que outra. Isso significa que ele atua no É a citação, no texto, de afirmações de pessoas reconhecidas
domínio do preferível. Ele é utilizado para fazer o interlocutor crer pelo auditório como autoridades em certo domínio do saber, para
que, entre duas teses, uma é mais provável que a outra, mais pos- servir de apoio àquilo que o enunciador está propondo. Esse recur-
sível que a outra, mais desejável que a outra, é preferível à outra. so produz dois efeitos distintos: revela o conhecimento do produtor
O objetivo da argumentação não é demonstrar a verdade de do texto a respeito do assunto de que está tratando; dá ao texto a
um fato, mas levar o ouvinte a admitir como verdadeiro o que o garantia do autor citado. É preciso, no entanto, não fazer do texto
enunciador está propondo. um amontoado de citações. A citação precisa ser pertinente e ver-
Há uma diferença entre o raciocínio lógico e a argumentação. dadeira. Exemplo:
O primeiro opera no domínio do necessário, ou seja, pretende “A imaginação é mais importante do que o conhecimento.”
demonstrar que uma conclusão deriva necessariamente das pre-
missas propostas, que se deduz obrigatoriamente dos postulados Quem disse a frase aí de cima não fui eu... Foi Einstein. Para
admitidos. No raciocínio lógico, as conclusões não dependem de ele, uma coisa vem antes da outra: sem imaginação, não há conhe-
crenças, de uma maneira de ver o mundo, mas apenas do encadea- cimento. Nunca o inverso.
mento de premissas e conclusões. Alex José Periscinoto.
Por exemplo, um raciocínio lógico é o seguinte encadeamento: In: Folha de S. Paulo, 30/8/1993, p. 5-2
A é igual a B.
A é igual a C. A tese defendida nesse texto é que a imaginação é mais impor-
Então: C é igual a A. tante do que o conhecimento. Para levar o auditório a aderir a ela,
o enunciador cita um dos mais célebres cientistas do mundo. Se
Admitidos os dois postulados, a conclusão é, obrigatoriamente, um físico de renome mundial disse isso, então as pessoas devem
que C é igual a A. acreditar que é verdade.
Outro exemplo:
Todo ruminante é um mamífero. Argumento de Quantidade
A vaca é um ruminante. É aquele que valoriza mais o que é apreciado pelo maior nú-
Logo, a vaca é um mamífero. mero de pessoas, o que existe em maior número, o que tem maior
duração, o que tem maior número de adeptos, etc. O fundamento
Admitidas como verdadeiras as duas premissas, a conclusão desse tipo de argumento é que mais = melhor. A publicidade faz
também será verdadeira. largo uso do argumento de quantidade.
No domínio da argumentação, as coisas são diferentes. Nele,
a conclusão não é necessária, não é obrigatória. Por isso, deve-se Argumento do Consenso
mostrar que ela é a mais desejável, a mais provável, a mais plau- É uma variante do argumento de quantidade. Fundamenta-se
sível. Se o Banco do Brasil fizer uma propaganda dizendo-se mais em afirmações que, numa determinada época, são aceitas como
confiável do que os concorrentes porque existe desde a chegada verdadeiras e, portanto, dispensam comprovações, a menos que o
da família real portuguesa ao Brasil, ele estará dizendo-nos que um objetivo do texto seja comprovar alguma delas. Parte da ideia de
banco com quase dois séculos de existência é sólido e, por isso, con- que o consenso, mesmo que equivocado, corresponde ao indiscu-
fiável. Embora não haja relação necessária entre a solidez de uma tível, ao verdadeiro e, portanto, é melhor do que aquilo que não

8
LÍNGUA PORTUGUESA
desfruta dele. Em nossa época, são consensuais, por exemplo, as - Para conseguir fazer exames com mais cuidado e porque al-
afirmações de que o meio ambiente precisa ser protegido e de que guns deles são barrapesada, a gente botou o governador no hospi-
as condições de vida são piores nos países subdesenvolvidos. Ao tal por três dias.
confiar no consenso, porém, corre-se o risco de passar dos argu-
mentos válidos para os lugares comuns, os preconceitos e as frases Como dissemos antes, todo texto tem uma função argumen-
carentes de qualquer base científica. tativa, porque ninguém fala para não ser levado a sério, para ser
ridicularizado, para ser desmentido: em todo ato de comunicação
Argumento de Existência deseja-se influenciar alguém. Por mais neutro que pretenda ser, um
É aquele que se fundamenta no fato de que é mais fácil aceitar texto tem sempre uma orientação argumentativa.
aquilo que comprovadamente existe do que aquilo que é apenas A orientação argumentativa é uma certa direção que o falante
provável, que é apenas possível. A sabedoria popular enuncia o ar- traça para seu texto. Por exemplo, um jornalista, ao falar de um
gumento de existência no provérbio “Mais vale um pássaro na mão homem público, pode ter a intenção de criticá-lo, de ridicularizá-lo
do que dois voando”. ou, ao contrário, de mostrar sua grandeza.
Nesse tipo de argumento, incluem-se as provas documentais O enunciador cria a orientação argumentativa de seu texto
(fotos, estatísticas, depoimentos, gravações, etc.) ou provas concre- dando destaque a uns fatos e não a outros, omitindo certos episó-
tas, que tornam mais aceitável uma afirmação genérica. Durante dios e revelando outros, escolhendo determinadas palavras e não
a invasão do Iraque, por exemplo, os jornais diziam que o exérci- outras, etc. Veja:
to americano era muito mais poderoso do que o iraquiano. Essa “O clima da festa era tão pacífico que até sogras e noras troca-
afirmação, sem ser acompanhada de provas concretas, poderia ser vam abraços afetuosos.”
vista como propagandística. No entanto, quando documentada pela
comparação do número de canhões, de carros de combate, de na- O enunciador aí pretende ressaltar a ideia geral de que noras
vios, etc., ganhava credibilidade. e sogras não se toleram. Não fosse assim, não teria escolhido esse
fato para ilustrar o clima da festa nem teria utilizado o termo até,
Argumento quase lógico que serve para incluir no argumento alguma coisa inesperada.
É aquele que opera com base nas relações lógicas, como causa Além dos defeitos de argumentação mencionados quando tra-
e efeito, analogia, implicação, identidade, etc. Esses raciocínios são tamos de alguns tipos de argumentação, vamos citar outros:
chamados quase lógicos porque, diversamente dos raciocínios lógi- - Uso sem delimitação adequada de palavra de sentido tão am-
cos, eles não pretendem estabelecer relações necessárias entre os plo, que serve de argumento para um ponto de vista e seu contrá-
elementos, mas sim instituir relações prováveis, possíveis, plausí- rio. São noções confusas, como paz, que, paradoxalmente, pode ser
veis. Por exemplo, quando se diz “A é igual a B”, “B é igual a C”, “en- usada pelo agressor e pelo agredido. Essas palavras podem ter valor
tão A é igual a C”, estabelece-se uma relação de identidade lógica. positivo (paz, justiça, honestidade, democracia) ou vir carregadas
Entretanto, quando se afirma “Amigo de amigo meu é meu amigo” de valor negativo (autoritarismo, degradação do meio ambiente,
não se institui uma identidade lógica, mas uma identidade provável. injustiça, corrupção).
Um texto coerente do ponto de vista lógico é mais facilmente - Uso de afirmações tão amplas, que podem ser derrubadas por
aceito do que um texto incoerente. Vários são os defeitos que con- um único contra exemplo. Quando se diz “Todos os políticos são
correm para desqualificar o texto do ponto de vista lógico: fugir do ladrões”, basta um único exemplo de político honesto para destruir
tema proposto, cair em contradição, tirar conclusões que não se o argumento.
fundamentam nos dados apresentados, ilustrar afirmações gerais - Emprego de noções científicas sem nenhum rigor, fora do con-
com fatos inadequados, narrar um fato e dele extrair generalizações texto adequado, sem o significado apropriado, vulgarizando-as e
indevidas. atribuindo-lhes uma significação subjetiva e grosseira. É o caso, por
exemplo, da frase “O imperialismo de certas indústrias não permite
Argumento do Atributo que outras crescam”, em que o termo imperialismo é descabido,
É aquele que considera melhor o que tem propriedades típi- uma vez que, a rigor, significa “ação de um Estado visando a reduzir
cas daquilo que é mais valorizado socialmente, por exemplo, o mais outros à sua dependência política e econômica”.
raro é melhor que o comum, o que é mais refinado é melhor que o
que é mais grosseiro, etc. A boa argumentação é aquela que está de acordo com a situa-
Por esse motivo, a publicidade usa, com muita frequência, ce-
ção concreta do texto, que leva em conta os componentes envolvi-
lebridades recomendando prédios residenciais, produtos de beleza,
dos na discussão (o tipo de pessoa a quem se dirige a comunicação,
alimentos estéticos, etc., com base no fato de que o consumidor tende
o assunto, etc).
a associar o produto anunciado com atributos da celebridade.
Convém ainda alertar que não se convence ninguém com mani-
Uma variante do argumento de atributo é o argumento da
festações de sinceridade do autor (como eu, que não costumo men-
competência linguística. A utilização da variante culta e formal da
tir...) ou com declarações de certeza expressas em fórmulas feitas
língua que o produtor do texto conhece a norma linguística social-
(como estou certo, creio firmemente, é claro, é óbvio, é evidente,
mente mais valorizada e, por conseguinte, deve produzir um texto
em que se pode confiar. Nesse sentido é que se diz que o modo de afirmo com toda a certeza, etc). Em vez de prometer, em seu texto,
dizer dá confiabilidade ao que se diz. sinceridade e certeza, autenticidade e verdade, o enunciador deve
Imagine-se que um médico deva falar sobre o estado de saúde construir um texto que revele isso. Em outros termos, essas quali-
de uma personalidade pública. Ele poderia fazê-lo das duas manei- dades não se prometem, manifestam-se na ação.
ras indicadas abaixo, mas a primeira seria infinitamente mais ade- A argumentação é a exploração de recursos para fazer parecer
quada para a persuasão do que a segunda, pois esta produziria certa verdadeiro aquilo que se diz num texto e, com isso, levar a pessoa a
estranheza e não criaria uma imagem de competência do médico: que texto é endereçado a crer naquilo que ele diz.
- Para aumentar a confiabilidade do diagnóstico e levando em Um texto dissertativo tem um assunto ou tema e expressa um
conta o caráter invasivo de alguns exames, a equipe médica houve ponto de vista, acompanhado de certa fundamentação, que inclui
por bem determinar o internamento do governador pelo período a argumentação, questionamento, com o objetivo de persuadir. Ar-
de três dias, a partir de hoje, 4 de fevereiro de 2001. gumentar é o processo pelo qual se estabelecem relações para che-

9
LÍNGUA PORTUGUESA
gar à conclusão, com base em premissas. Persuadir é um processo - evidência;
de convencimento, por meio da argumentação, no qual procura-se - divisão ou análise;
convencer os outros, de modo a influenciar seu pensamento e seu - ordem ou dedução;
comportamento. - enumeração.
A persuasão pode ser válida e não válida. Na persuasão váli-
da, expõem-se com clareza os fundamentos de uma ideia ou pro- A enumeração pode apresentar dois tipos de falhas: a omissão
posição, e o interlocutor pode questionar cada passo do raciocínio e a incompreensão. Qualquer erro na enumeração pode quebrar o
empregado na argumentação. A persuasão não válida apoia-se em encadeamento das ideias, indispensável para o processo dedutivo.
argumentos subjetivos, apelos subliminares, chantagens sentimen- A forma de argumentação mais empregada na redação acadê-
tais, com o emprego de “apelações”, como a inflexão de voz, a mí- mica é o silogismo, raciocínio baseado nas regras cartesianas, que
mica e até o choro. contém três proposições: duas premissas, maior e menor, e a con-
Alguns autores classificam a dissertação em duas modalidades, clusão. As três proposições são encadeadas de tal forma, que a con-
expositiva e argumentativa. Esta, exige argumentação, razões a fa- clusão é deduzida da maior por intermédio da menor. A premissa
vor e contra uma ideia, ao passo que a outra é informativa, apresen- maior deve ser universal, emprega todo, nenhum, pois alguns não
ta dados sem a intenção de convencer. Na verdade, a escolha dos caracteriza a universalidade.
dados levantados, a maneira de expô-los no texto já revelam uma Há dois métodos fundamentais de raciocínio: a dedução (silo-
“tomada de posição”, a adoção de um ponto de vista na disserta- gística), que parte do geral para o particular, e a indução, que vai do
ção, ainda que sem a apresentação explícita de argumentos. Desse particular para o geral. A expressão formal do método dedutivo é o
ponto de vista, a dissertação pode ser definida como discussão, de- silogismo. A dedução é o caminho das consequências, baseia-se em
bate, questionamento, o que implica a liberdade de pensamento, a uma conexão descendente (do geral para o particular) que leva à
possibilidade de discordar ou concordar parcialmente. A liberdade conclusão. Segundo esse método, partindo-se de teorias gerais, de
de questionar é fundamental, mas não é suficiente para organizar verdades universais, pode-se chegar à previsão ou determinação de
um texto dissertativo. É necessária também a exposição dos fun- fenômenos particulares. O percurso do raciocínio vai da causa para
damentos, os motivos, os porquês da defesa de um ponto de vista. o efeito. Exemplo:
Pode-se dizer que o homem vive em permanente atitude argu-
mentativa. A argumentação está presente em qualquer tipo de dis- Todo homem é mortal (premissa maior = geral, universal)
curso, porém, é no texto dissertativo que ela melhor se evidencia. Fulano é homem (premissa menor = particular)
Para discutir um tema, para confrontar argumentos e posições, Logo, Fulano é mortal (conclusão)
é necessária a capacidade de conhecer outros pontos de vista e
seus respectivos argumentos. Uma discussão impõe, muitas ve- A indução percorre o caminho inverso ao da dedução, baseia-
zes, a análise de argumentos opostos, antagônicos. Como sempre, se em uma conexão ascendente, do particular para o geral. Nesse
essa capacidade aprende-se com a prática. Um bom exercício para caso, as constatações particulares levam às leis gerais, ou seja, par-
aprender a argumentar e contra-argumentar consiste em desenvol- te de fatos particulares conhecidos para os fatos gerais, desconheci-
ver as seguintes habilidades: dos. O percurso do raciocínio se faz do efeito para a causa. Exemplo:
- argumentação: anotar todos os argumentos a favor de uma O calor dilata o ferro (particular)
ideia ou fato; imaginar um interlocutor que adote a posição total- O calor dilata o bronze (particular)
mente contrária; O calor dilata o cobre (particular)
- contra-argumentação: imaginar um diálogo-debate e quais os O ferro, o bronze, o cobre são metais
argumentos que essa pessoa imaginária possivelmente apresenta- Logo, o calor dilata metais (geral, universal)
ria contra a argumentação proposta;
- refutação: argumentos e razões contra a argumentação opos- Quanto a seus aspectos formais, o silogismo pode ser válido
ta. e verdadeiro; a conclusão será verdadeira se as duas premissas
também o forem. Se há erro ou equívoco na apreciação dos fatos,
A argumentação tem a finalidade de persuadir, portanto, ar-
pode-se partir de premissas verdadeiras para chegar a uma conclu-
gumentar consiste em estabelecer relações para tirar conclusões
são falsa. Tem-se, desse modo, o sofisma. Uma definição inexata,
válidas, como se procede no método dialético. O método dialético
uma divisão incompleta, a ignorância da causa, a falsa analogia são
não envolve apenas questões ideológicas, geradoras de polêmicas.
algumas causas do sofisma. O sofisma pressupõe má fé, intenção
Trata-se de um método de investigação da realidade pelo estudo de
deliberada de enganar ou levar ao erro; quando o sofisma não tem
sua ação recíproca, da contradição inerente ao fenômeno em ques-
essas intenções propositais, costuma-se chamar esse processo de
tão e da mudança dialética que ocorre na natureza e na sociedade.
argumentação de paralogismo. Encontra-se um exemplo simples de
Descartes (1596-1650), filósofo e pensador francês, criou o mé-
todo de raciocínio silogístico, baseado na dedução, que parte do sofisma no seguinte diálogo:
simples para o complexo. Para ele, verdade e evidência são a mes- - Você concorda que possui uma coisa que não perdeu?
ma coisa, e pelo raciocínio torna-se possível chegar a conclusões - Lógico, concordo.
verdadeiras, desde que o assunto seja pesquisado em partes, co- - Você perdeu um brilhante de 40 quilates?
meçando-se pelas proposições mais simples até alcançar, por meio - Claro que não!
de deduções, a conclusão final. Para a linha de raciocínio cartesiana, - Então você possui um brilhante de 40 quilates...
é fundamental determinar o problema, dividi-lo em partes, ordenar
os conceitos, simplificando-os, enumerar todos os seus elementos Exemplos de sofismas:
e determinar o lugar de cada um no conjunto da dedução.
A lógica cartesiana, até os nossos dias, é fundamental para a Dedução
argumentação dos trabalhos acadêmicos. Descartes propôs quatro Todo professor tem um diploma (geral, universal)
regras básicas que constituem um conjunto de reflexos vitais, uma Fulano tem um diploma (particular)
série de movimentos sucessivos e contínuos do espírito em busca Logo, fulano é professor (geral – conclusão falsa)
da verdade:

10
LÍNGUA PORTUGUESA
Indução nos arbitrário, em que os caracteres comuns e diferenciadores são
O Rio de Janeiro tem uma estátua do Cristo Redentor. (parti- empregados de modo mais ou menos convencional. A classificação,
cular) no reino animal, em ramos, classes, ordens, subordens, gêneros e
Taubaté (SP) tem uma estátua do Cristo Redentor. (particular) espécies, é um exemplo de classificação natural, pelas caracterís-
Rio de Janeiro e Taubaté são cidades. ticas comuns e diferenciadoras. A classificação dos variados itens
Logo, toda cidade tem uma estátua do Cristo Redentor. (geral integrantes de uma lista mais ou menos caótica é artificial.
– conclusão falsa)
Exemplo: aquecedor, automóvel, barbeador, batata, caminhão,
Nota-se que as premissas são verdadeiras, mas a conclusão canário, jipe, leite, ônibus, pão, pardal, pintassilgo, queijo, relógio,
pode ser falsa. Nem todas as pessoas que têm diploma são profes- sabiá, torradeira.
sores; nem todas as cidades têm uma estátua do Cristo Redentor. Aves: Canário, Pardal, Pintassilgo, Sabiá.
Comete-se erro quando se faz generalizações apressadas ou infun- Alimentos: Batata, Leite, Pão, Queijo.
dadas. A “simples inspeção” é a ausência de análise ou análise su- Mecanismos: Aquecedor, Barbeador, Relógio, Torradeira.
perficial dos fatos, que leva a pronunciamentos subjetivos, basea- Veículos: Automóvel, Caminhão, Jipe, Ônibus.
dos nos sentimentos não ditados pela razão.
Tem-se, ainda, outros métodos, subsidiários ou não fundamen- Os elementos desta lista foram classificados por ordem alfabé-
tais, que contribuem para a descoberta ou comprovação da verda- tica e pelas afinidades comuns entre eles. Estabelecer critérios de
de: análise, síntese, classificação e definição. Além desses, existem classificação das ideias e argumentos, pela ordem de importância, é
outros métodos particulares de algumas ciências, que adaptam os uma habilidade indispensável para elaborar o desenvolvimento de
processos de dedução e indução à natureza de uma realidade par- uma redação. Tanto faz que a ordem seja crescente, do fato mais
ticular. Pode-se afirmar que cada ciência tem seu método próprio importante para o menos importante, ou decrescente, primeiro
demonstrativo, comparativo, histórico etc. A análise, a síntese, a o menos importante e, no final, o impacto do mais importante; é
classificação a definição são chamadas métodos sistemáticos, por- indispensável que haja uma lógica na classificação. A elaboração
que pela organização e ordenação das ideias visam sistematizar a do plano compreende a classificação das partes e subdivisões, ou
pesquisa. seja, os elementos do plano devem obedecer a uma hierarquização.
Análise e síntese são dois processos opostos, mas interligados; (Garcia, 1973, p. 302304.)
a análise parte do todo para as partes, a síntese, das partes para o Para a clareza da dissertação, é indispensável que, logo na in-
todo. A análise precede a síntese, porém, de certo modo, uma de- trodução, os termos e conceitos sejam definidos, pois, para expres-
pende da outra. A análise decompõe o todo em partes, enquanto a sar um questionamento, deve-se, de antemão, expor clara e racio-
síntese recompõe o todo pela reunião das partes. Sabe-se, porém, nalmente as posições assumidas e os argumentos que as justificam.
que o todo não é uma simples justaposição das partes. Se alguém É muito importante deixar claro o campo da discussão e a posição
reunisse todas as peças de um relógio, não significa que reconstruiu adotada, isto é, esclarecer não só o assunto, mas também os pontos
o relógio, pois fez apenas um amontoado de partes. Só reconstruiria de vista sobre ele.
todo se as partes estivessem organizadas, devidamente combina- A definição tem por objetivo a exatidão no emprego da lingua-
das, seguida uma ordem de relações necessárias, funcionais, então, gem e consiste na enumeração das qualidades próprias de uma
o relógio estaria reconstruído. ideia, palavra ou objeto. Definir é classificar o elemento conforme a
Síntese, portanto, é o processo de reconstrução do todo por espécie a que pertence, demonstra: a característica que o diferen-
meio da integração das partes, reunidas e relacionadas num con- cia dos outros elementos dessa mesma espécie.
junto. Toda síntese, por ser uma reconstrução, pressupõe a análise, Entre os vários processos de exposição de ideias, a definição
que é a decomposição. A análise, no entanto, exige uma decompo- é um dos mais importantes, sobretudo no âmbito das ciências. A
sição organizada, é preciso saber como dividir o todo em partes. As definição científica ou didática é denotativa, ou seja, atribui às pa-
operações que se realizam na análise e na síntese podem ser assim lavras seu sentido usual ou consensual, enquanto a conotativa ou
relacionadas: metafórica emprega palavras de sentido figurado. Segundo a lógica
Análise: penetrar, decompor, separar, dividir. tradicional aristotélica, a definição consta de três elementos:
Síntese: integrar, recompor, juntar, reunir. - o termo a ser definido;
- o gênero ou espécie;
A análise tem importância vital no processo de coleta de ideias - a diferença específica.
a respeito do tema proposto, de seu desdobramento e da criação
de abordagens possíveis. A síntese também é importante na esco- O que distingue o termo definido de outros elementos da mes-
lha dos elementos que farão parte do texto. ma espécie. Exemplo:
Segundo Garcia (1973, p.300), a análise pode ser formal ou in-
formal. A análise formal pode ser científica ou experimental; é ca- Na frase: O homem é um animal racional classifica-se:
racterística das ciências matemáticas, físico-naturais e experimen-
tais. A análise informal é racional ou total, consiste em “discernir”
por vários atos distintos da atenção os elementos constitutivos de
um todo, os diferentes caracteres de um objeto ou fenômeno. Elemento especie diferença
A análise decompõe o todo em partes, a classificação estabe- a ser definido específica
lece as necessárias relações de dependência e hierarquia entre as
partes. Análise e classificação ligam-se intimamente, a ponto de se É muito comum formular definições de maneira defeituosa,
confundir uma com a outra, contudo são procedimentos diversos: por exemplo: Análise é quando a gente decompõe o todo em par-
análise é decomposição e classificação é hierarquisação. tes. Esse tipo de definição é gramaticalmente incorreto; quando é
Nas ciências naturais, classificam-se os seres, fatos e fenôme- advérbio de tempo, não representa o gênero, a espécie, a gente é
nos por suas diferenças e semelhanças; fora das ciências naturais, a forma coloquial não adequada à redação acadêmica. Tão importan-
classificação pode-se efetuar por meio de um processo mais ou me- te é saber formular uma definição, que se recorre a Garcia (1973,

11
LÍNGUA PORTUGUESA
p.306), para determinar os “requisitos da definição denotativa”. segundo, na opinião de, no parecer de, consoante as ideias de, no
Para ser exata, a definição deve apresentar os seguintes requisitos: entender de, no pensamento de. A explicitação se faz também pela
- o termo deve realmente pertencer ao gênero ou classe em interpretação, em que são comuns as seguintes expressões: parece,
que está incluído: “mesa é um móvel” (classe em que ‘mesa’ está assim, desse ponto de vista.
realmente incluída) e não “mesa é um instrumento ou ferramenta Enumeração: Faz-se pela apresentação de uma sequência de
ou instalação”; elementos que comprovam uma opinião, tais como a enumeração
- o gênero deve ser suficientemente amplo para incluir todos os de pormenores, de fatos, em uma sequência de tempo, em que são
exemplos específicos da coisa definida, e suficientemente restrito frequentes as expressões: primeiro, segundo, por último, antes, de-
para que a diferença possa ser percebida sem dificuldade; pois, ainda, em seguida, então, presentemente, antigamente, de-
- deve ser obrigatoriamente afirmativa: não há, em verdade, pois de, antes de, atualmente, hoje, no passado, sucessivamente,
definição, quando se diz que o “triângulo não é um prisma”; respectivamente. Na enumeração de fatos em uma sequência de
- deve ser recíproca: “O homem é um ser vivo” não constitui espaço, empregam-se as seguintes expressões: cá, lá, acolá, ali, aí,
definição exata, porque a recíproca, “Todo ser vivo é um homem” além, adiante, perto de, ao redor de, no Estado tal, na capital, no
não é verdadeira (o gato é ser vivo e não é homem); interior, nas grandes cidades, no sul, no leste...
- deve ser breve (contida num só período). Quando a definição, Comparação: Analogia e contraste são as duas maneiras de
ou o que se pretenda como tal, é muito longa (séries de períodos se estabelecer a comparação, com a finalidade de comprovar uma
ou de parágrafos), chama-se explicação, e também definição expan- ideia ou opinião. Na analogia, são comuns as expressões: da mesma
dida;d forma, tal como, tanto quanto, assim como, igualmente. Para esta-
- deve ter uma estrutura gramatical rígida: sujeito (o termo) + belecer contraste, empregam-se as expressões: mais que, menos
cópula (verbo de ligação ser) + predicativo (o gênero) + adjuntos (as que, melhor que, pior que.
diferenças). Entre outros tipos de argumentos empregados para aumentar
o poder de persuasão de um texto dissertativo encontram-se:
As definições dos dicionários de língua são feitas por meio de Argumento de autoridade: O saber notório de uma autoridade
paráfrases definitórias, ou seja, uma operação metalinguística que reconhecida em certa área do conhecimento dá apoio a uma afir-
consiste em estabelecer uma relação de equivalência entre a pala- mação. Dessa maneira, procura-se trazer para o enunciado a credi-
vra e seus significados. bilidade da autoridade citada. Lembre-se que as citações literais no
A força do texto dissertativo está em sua fundamentação. Sem- corpo de um texto constituem argumentos de autoridade. Ao fazer
pre é fundamental procurar um porquê, uma razão verdadeira e uma citação, o enunciador situa os enunciados nela contidos na li-
necessária. A verdade de um ponto de vista deve ser demonstrada nha de raciocínio que ele considera mais adequada para explicar ou
com argumentos válidos. O ponto de vista mais lógico e racional do
justificar um fato ou fenômeno. Esse tipo de argumento tem mais
mundo não tem valor, se não estiver acompanhado de uma funda-
caráter confirmatório que comprobatório.
mentação coerente e adequada.
Apoio na consensualidade: Certas afirmações dispensam expli-
Os métodos fundamentais de raciocínio segundo a lógica clás-
cação ou comprovação, pois seu conteúdo é aceito como válido por
sica, que foram abordados anteriormente, auxiliam o julgamento
consenso, pelo menos em determinado espaço sociocultural. Nesse
da validade dos fatos. Às vezes, a argumentação é clara e pode reco-
caso, incluem-se
nhecer-se facilmente seus elementos e suas relações; outras vezes,
- A declaração que expressa uma verdade universal (o homem,
as premissas e as conclusões organizam-se de modo livre, mistu-
mortal, aspira à imortalidade);
rando-se na estrutura do argumento. Por isso, é preciso aprender a
reconhecer os elementos que constituem um argumento: premis- - A declaração que é evidente por si mesma (caso dos postula-
sas/conclusões. Depois de reconhecer, verificar se tais elementos dos e axiomas);
são verdadeiros ou falsos; em seguida, avaliar se o argumento está - Quando escapam ao domínio intelectual, ou seja, é de nature-
expresso corretamente; se há coerência e adequação entre seus za subjetiva ou sentimental (o amor tem razões que a própria razão
elementos, ou se há contradição. Para isso é que se aprende os pro- desconhece); implica apreciação de ordem estética (gosto não se
cessos de raciocínio por dedução e por indução. Admitindo-se que discute); diz respeito a fé religiosa, aos dogmas (creio, ainda que
raciocinar é relacionar, conclui-se que o argumento é um tipo espe- parece absurdo).
cífico de relação entre as premissas e a conclusão.
Procedimentos Argumentativos: Constituem os procedimentos Comprovação pela experiência ou observação: A verdade de
argumentativos mais empregados para comprovar uma afirmação: um fato ou afirmação pode ser comprovada por meio de dados con-
exemplificação, explicitação, enumeração, comparação. cretos, estatísticos ou documentais.
Exemplificação: Procura justificar os pontos de vista por meio Comprovação pela fundamentação lógica: A comprovação se
de exemplos, hierarquizar afirmações. São expressões comuns nes- realiza por meio de argumentos racionais, baseados na lógica: cau-
se tipo de procedimento: mais importante que, superior a, de maior sa/efeito; consequência/causa; condição/ocorrência.
relevância que. Empregam-se também dados estatísticos, acompa- Fatos não se discutem; discutem-se opiniões. As declarações,
nhados de expressões: considerando os dados; conforme os dados julgamento, pronunciamentos, apreciações que expressam opi-
apresentados. Faz-se a exemplificação, ainda, pela apresentação de niões pessoais (não subjetivas) devem ter sua validade comprova-
causas e consequências, usando-se comumente as expressões: por- da, e só os fatos provam. Em resumo toda afirmação ou juízo que
que, porquanto, pois que, uma vez que, visto que, por causa de, em expresse uma opinião pessoal só terá validade se fundamentada na
virtude de, em vista de, por motivo de. evidência dos fatos, ou seja, se acompanhada de provas, validade
Explicitação: O objetivo desse recurso argumentativo é expli- dos argumentos, porém, pode ser contestada por meio da contra-
car ou esclarecer os pontos de vista apresentados. Pode-se alcançar -argumentação ou refutação. São vários os processos de contra-ar-
esse objetivo pela definição, pelo testemunho e pela interpreta- gumentação:
ção. Na explicitação por definição, empregamse expressões como: Refutação pelo absurdo: refuta-se uma afirmação demonstran-
quer dizer, denomina-se, chama-se, na verdade, isto é, haja vista, do o absurdo da consequência. Exemplo clássico é a contraargu-
ou melhor; nos testemunhos são comuns as expressões: conforme, mentação do cordeiro, na conhecida fábula “O lobo e o cordeiro”;

12
LÍNGUA PORTUGUESA
Refutação por exclusão: consiste em propor várias hipóteses - analisar as condições atuais de vida nos grandes centros ur-
para eliminá-las, apresentando-se, então, aquela que se julga ver- banos;
dadeira; - como se poderia usar a ciência e a tecnologia para humanizar
Desqualificação do argumento: atribui-se o argumento à opi- mais a sociedade.
nião pessoal subjetiva do enunciador, restringindo-se a universali-
dade da afirmação; Conclusão
Ataque ao argumento pelo testemunho de autoridade: consis- - a tecnologia pode libertar ou escravizar: benefícios/conse-
te em refutar um argumento empregando os testemunhos de auto- quências maléficas;
ridade que contrariam a afirmação apresentada; - síntese interpretativa dos argumentos e contra-argumentos
Desqualificar dados concretos apresentados: consiste em de- apresentados.
sautorizar dados reais, demonstrando que o enunciador baseou-se
em dados corretos, mas tirou conclusões falsas ou inconsequentes. Naturalmente esse não é o único, nem o melhor plano de reda-
Por exemplo, se na argumentação afirmou-se, por meio de dados ção: é um dos possíveis.
estatísticos, que “o controle demográfico produz o desenvolvimen-
to”, afirma-se que a conclusão é inconsequente, pois baseia-se em Coesão e coerência fazem parte importante da elaboração de
uma relação de causa-feito difícil de ser comprovada. Para con- um texto com clareza. Ela diz respeito à maneira como as ideias são
traargumentar, propõese uma relação inversa: “o desenvolvimento organizadas a fim de que o objetivo final seja alcançado: a com-
é que gera o controle demográfico”. preensão textual. Na redação espera-se do autor capacidade de
Apresentam-se aqui sugestões, um dos roteiros possíveis para mobilizar conhecimentos e opiniões, argumentar de modo coeren-
desenvolver um tema, que podem ser analisadas e adaptadas ao te, além de expressar-se com clareza, de forma correta e adequada.
desenvolvimento de outros temas. Elege-se um tema, e, em segui-
da, sugerem-se os procedimentos que devem ser adotados para a Coerência
elaboração de um Plano de Redação. É uma rede de sintonia entre as partes e o todo de um texto.
Conjunto de unidades sistematizadas numa adequada relação se-
Tema: O homem e a máquina: necessidade e riscos da evolução mântica, que se manifesta na compatibilidade entre as ideias. (Na
tecnológica linguagem popular: “dizer coisa com coisa” ou “uma coisa bate com
- Questionar o tema, transformá-lo em interrogação, responder outra”).
a interrogação (assumir um ponto de vista); dar o porquê da respos- Coerência é a unidade de sentido resultante da relação que se
ta, justificar, criando um argumento básico; estabelece entre as partes do texto. Uma ideia ajuda a compreen-
- Imaginar um ponto de vista oposto ao argumento básico e der a outra, produzindo um sentido global, à luz do qual cada uma
construir uma contra-argumentação; pensar a forma de refutação das partes ganha sentido. Coerência é a ligação em conjunto dos
que poderia ser feita ao argumento básico e tentar desqualificá-la elementos formativos de um texto.
(rever tipos de argumentação); A coerência não é apenas uma marca textual, mas diz respeito
- Refletir sobre o contexto, ou seja, fazer uma coleta de ideias aos conceitos e às relações semânticas que permitem a união dos
que estejam direta ou indiretamente ligadas ao tema (as ideias po- elementos textuais.
dem ser listadas livremente ou organizadas como causa e conse- A coerência de um texto é facilmente deduzida por um falante
quência); de uma língua, quando não encontra sentido lógico entre as propo-
- Analisar as ideias anotadas, sua relação com o tema e com o sições de um enunciado oral ou escrito. É a competência linguística,
argumento básico; tomada em sentido lato, que permite a esse falante reconhecer de
- Fazer uma seleção das ideias pertinentes, escolhendo as que imediato a coerência de um discurso.
poderão ser aproveitadas no texto; essas ideias transformam-se em
argumentos auxiliares, que explicam e corroboram a ideia do argu- A coerência:
mento básico; - assenta-se no plano cognitivo, da inteligibilidade do texto;
- Fazer um esboço do Plano de Redação, organizando uma se- - situa-se na subjacência do texto; estabelece conexão concei-
quência na apresentação das ideias selecionadas, obedecendo às tual;
partes principais da estrutura do texto, que poderia ser mais ou - relaciona-se com a macroestrutura; trabalha com o todo, com
menos a seguinte: o aspecto global do texto;
- estabelece relações de conteúdo entre palavras e frases.
Introdução
- função social da ciência e da tecnologia; Coesão
- definições de ciência e tecnologia; É um conjunto de elementos posicionados ao longo do texto,
- indivíduo e sociedade perante o avanço tecnológico. numa linha de sequência e com os quais se estabelece um vínculo
ou conexão sequencial. Se o vínculo coesivo se faz via gramática,
Desenvolvimento fala-se em coesão gramatical. Se se faz por meio do vocabulário,
- apresentação de aspectos positivos e negativos do desenvol- tem-se a coesão lexical.
vimento tecnológico; A coesão textual é a ligação, a relação, a conexão entre pala-
- como o desenvolvimento científico-tecnológico modificou as vras, expressões ou frases do texto. Ela manifesta-se por elementos
condições de vida no mundo atual; gramaticais, que servem para estabelecer vínculos entre os compo-
- a tecnocracia: oposição entre uma sociedade tecnologica- nentes do texto.
mente desenvolvida e a dependência tecnológica dos países sub- Existem, em Língua Portuguesa, dois tipos de coesão: a lexical,
desenvolvidos; que é obtida pelas relações de sinônimos, hiperônimos, nomes ge-
- enumerar e discutir os fatores de desenvolvimento social; néricos e formas elididas, e a gramatical, que é conseguida a partir
- comparar a vida de hoje com os diversos tipos de vida do pas- do emprego adequado de artigo, pronome, adjetivo, determinados
sado; apontar semelhanças e diferenças; advérbios e expressões adverbiais, conjunções e numerais.

13
LÍNGUA PORTUGUESA
A coesão: A fusão de sensações físicas e psicológicas também é sineste-
- assenta-se no plano gramatical e no nível frasal; sia: “ódio amargo”, “alegria ruidosa”, “paixão luminosa”, “indiferen-
- situa-se na superfície do texto, estabele conexão sequencial; ça gelada”.
- relaciona-se com a microestrutura, trabalha com as partes
componentes do texto; Antonomásia: substitui um nome próprio por uma qualidade,
- Estabelece relações entre os vocábulos no interior das frases. atributo ou circunstância que individualiza o ser e notabiliza-o.

Exemplos
O filósofo de Genebra (= Calvino).
FIGURAS DE LINGUAGEM
O águia de Haia (= Rui Barbosa).

Figuras de Linguagem Metonímia: troca de uma palavra por outra, de tal forma que
As figuras de linguagem ou de estilo são empregadas para a palavra empregada lembra, sugere e retoma a que foi omitida.
valorizar o texto, tornando a linguagem mais expressiva. É um re-
curso linguístico para expressar de formas diferentes experiências Exemplos:
comuns, conferindo originalidade, emotividade ao discurso, ou tor- Leio Graciliano Ramos. (livros, obras)
nando-o poético. Comprei um panamá. (chapéu de Panamá)
Tomei um Danone. (iogurte)
As figuras de linguagem classificam-se em
- figuras de palavra; Alguns autores, em vez de metonímia, classificam como siné-
- figuras de pensamento; doque quando se têm a parte pelo todo e o singular pelo plural.
- figuras de construção ou sintaxe.
Exemplo:
Figuras de palavra: emprego de um termo com sentido dife- A cidade inteira viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro
rente daquele convencionalmente empregado, a fim de se conse-
sumir de ladrão, fugindo nos cascos de seu cavalo. (singular pelo
guir um efeito mais expressivo na comunicação.
plural)
(José Cândido de Carvalho)
Metáfora: comparação abreviada, que dispensa o uso dos co-
nectivos comparativos; é uma comparação subjetiva. Normalmente
Figuras Sonoras
vem com o verbo de ligação claro ou subentendido na frase.
Aliteração: repetição do mesmo fonema consonantal, geral-
mente em posição inicial da palavra.
Exemplos
...a vida é cigana
É caravana Exemplo:
É pedra de gelo ao sol. Vozes veladas veludosas vozes volúpias dos violões, vozes ve-
(Geraldo Azevedo/ Alceu Valença) ladas.
(Cruz e Sousa)
Encarnado e azul são as cores do meu desejo.
(Carlos Drummond de Andrade) Assonância: repetição do mesmo fonema vocal ao longo de um
verso ou poesia.
Comparação: aproxima dois elementos que se identificam,
ligados por conectivos comparativos explícitos: como, tal qual, tal Exemplo:
como, que, que nem. Também alguns verbos estabelecem a com- Sou Ana, da cama,
paração: parecer, assemelhar-se e outros. da cana, fulana, bacana
Sou Ana de Amsterdam.
Exemplo: (Chico Buarque)
Estava mais angustiado que um goleiro na hora do gol, quando
você entrou em mim como um sol no quintal. Paronomásia: Emprego de vocábulos semelhantes na forma ou
(Belchior) na prosódia, mas diferentes no sentido.
Catacrese: emprego de um termo em lugar de outro para o
qual não existe uma designação apropriada. Exemplo:
Berro pelo aterro pelo desterro berro por seu berro pelo seu
Exemplos [erro
– folha de papel quero que você ganhe que
– braço de poltrona [você me apanhe
– céu da boca sou o seu bezerro gritando
– pé da montanha [mamãe.
(Caetano Veloso)
Sinestesia: fusão harmônica de, no mínimo, dois dos cinco sen-
tidos físicos. Onomatopeia: imitação aproximada de um ruído ou som pro-
duzido por seres animados e inanimados.
Exemplo:
Vem da sala de linotipos a doce (gustativa) música (auditiva) Exemplo:
mecânica. Vai o ouvido apurado
(Carlos Drummond de Andrade) na trama do rumor suas nervuras

14
LÍNGUA PORTUGUESA
inseto múltiplo reunido Morrerás morte vil na mão de um forte.
para compor o zanzineio surdo (Gonçalves Dias)
circular opressivo
zunzin de mil zonzons zoando em meio à pasta de calor Pleonasmo vicioso: Frequente na linguagem informal, cotidia-
da noite em branco na, considerado vício de linguagem. Deve ser evitado.
(Carlos Drummond de Andrade)
Exemplos:
Observação: verbos que exprimem os sons são considerados Ouvir com os ouvidos.
onomatopaicos, como cacarejar, tiquetaquear, miar etc. Rolar escadas abaixo.
Colaborar juntos.
Figuras de sintaxe ou de construção: dizem respeito a desvios Hemorragia de sangue.
em relação à concordância entre os termos da oração, sua ordem, Repetir de novo.
possíveis repetições ou omissões.
Elipse: Supressão de uma ou mais palavras facilmente suben-
Podem ser formadas por: tendidas na frase. Geralmente essas palavras são pronomes, con-
omissão: assíndeto, elipse e zeugma; junções, preposições e verbos.
repetição: anáfora, pleonasmo e polissíndeto;
inversão: anástrofe, hipérbato, sínquise e hipálage; Exemplos:
ruptura: anacoluto; Compareci ao Congresso. (eu)
concordância ideológica: silepse. Espero venhas logo. (eu, que, tu)
Ele dormiu duas horas. (durante)
Anáfora: repetição da mesma palavra no início de um período, No mar, tanta tormenta e tanto dano. (verbo Haver)
frase ou verso. (Camões)
Exemplo: Zeugma: Consiste na omissão de palavras já expressas anterior-
Dentro do tempo o universo mente.
[na imensidão.
Dentro do sol o calor peculiar Exemplos:
[do verão. Foi saqueada a vila, e assassina dos os partidários dos Filipes.
Dentro da vida uma vida me (Camilo Castelo Branco)
[conta uma estória que fala
[de mim.
Rubião fez um gesto, Palha outro: mas quão diferentes.
Dentro de nós os mistérios
(Machado de Assis)
[do espaço sem fim!
(Toquinho/Mutinho)
Hipérbato ou inversão: alteração da ordem direta dos elemen-
tos na frase.
Assíndeto: ocorre quando orações ou palavras que deveriam
vir ligadas por conjunções coordenativas aparecem separadas por
Exemplos:
vírgulas.
Passeiam, à tarde, as belas na avenida.
Exemplo: (Carlos Drummond de Andrade)
Não nos movemos, as mãos é
que se estenderam pouco a Paciência tenho eu tido...
pouco, todas quatro, pegando-se, (Antônio Nobre)
apertando-se, fundindo-se.
(Machado de Assis) Anacoluto: interrupção do plano sintático com que se inicia a
frase, alterando a sequência do processo lógico. A construção do
Polissíndeto: repetição intencional de uma conjunção coorde- período deixa um ou mais termos desprendidos dos demais e sem
nativa mais vezes do que exige a norma gramatical. função sintática definida.

Exemplo: Exemplos:
Há dois dias meu telefone não fala, nem ouve, nem toca, nem E o desgraçado, tremiam-lhe as pernas.
tuge, nem muge. (Manuel Bandeira)
(Rubem Braga)
Aquela mina de ouro, ela não ia deixar que outras espertas bo-
Pleonasmo: repetição de uma ideia já sugerida ou de um ter- tassem as mãos.
mo já expresso. (José Lins do Rego)

Pleonasmo literário: recurso estilístico que enriquece a expres- Hipálage: inversão da posição do adjetivo (uma qualidade que
são, dando ênfase à mensagem. pertence a um objeto é atribuída a outro, na mesma frase).

Exemplos: Exemplo:
Não os venci. Venceram-me ...em cada olho um grito castanho de ódio.
eles a mim. (Dalton Trevisan)
(Rui Barbosa) ...em cada olho castanho um grito de ódio)

15
LÍNGUA PORTUGUESA
Silepse:
Silepse de gênero: Não há concordância de gênero do adjetivo ou pronome com a pessoa a que se refere.

Exemplos:
Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho...
(Rachel de Queiroz)

V. Ex.a parece magoado...


(Carlos Drummond de Andrade)

Silepse de pessoa: Não há concordância da pessoa verbal com o sujeito da oração.

Exemplos:
Os dois ora estais reunidos...
(Carlos Drummond de Andrade)

Na noite do dia seguinte, estávamos reunidos algumas pessoas.


(Machado de Assis)

Silepse de número: Não há concordância do número verbal com o sujeito da oração.

Exemplo:
Corria gente de todos os lados, e gritavam.
(Mário Barreto)

LÉXICO: SIGNIFICAÇÃO DE PALAVRAS E EXPRESSÕES NO TEXTO. SUBSTITUIÇÃO DE PALAVRAS E DE EXPRESSÕES NO


TEXTO

Significação de palavras
As palavras podem ter diversos sentidos em uma comunicação. E isso também é estudado pela Gramática Normativa: quem cuida
dessa parte é a Semântica, que se preocupa, justamente, com os significados das palavras. Veremos, então, cada um dos conteúdos que
compõem este estudo.

Antônimo e Sinônimo
Começaremos por esses dois, que já são famosos.

O Antônimo são palavras que têm sentidos opostos a outras. Por exemplo, felicidade é o antônimo de tristeza, porque o significado
de uma é o oposto da outra. Da mesma forma ocorre com homem que é antônimo de mulher.

Já o sinônimo são palavras que têm sentidos aproximados e que podem, inclusive, substituir a outra. O uso de sinônimos é muito im-
portante para produções textuais, porque evita que você fique repetindo a mesma palavra várias vezes. Utilizando os mesmos exemplos,
para ficar claro: felicidade é sinônimo de alegria/contentamento e homem é sinônimo de macho/varão.

Hipônimos e Hiperônimos
Estes conceitos são simples de entender: o hipônimo designa uma palavra de sentido mais específico, enquanto que o hiperônimo
designa uma palavra de sentido mais genérico. Por exemplo, cachorro e gato são hipônimos, pois têm sentido específico. E animais domés-
ticos é uma expressão hiperônima, pois indica um sentido mais genérico de animais. Atenção: não confunda hiperônimo com substantivo
coletivo. Hiperônimos estão no ramo dos sentidos das palavras, beleza?!?!

Outros conceitos que agem diretamente no sentido das palavras são os seguintes:

Conotação e Denotação
Observe as frases:
Amo pepino na salada.
Tenho um pepino para resolver.

As duas frases têm uma palavra em comum: pepino. Mas essa palavra tem o mesmo sentido nos dois enunciados? Isso mesmo, não!
Na primeira frase, pepino está no sentido denotativo, ou seja, a palavra está sendo usada no sentido próprio, comum, dicionarizado.
Já na segunda frase, a mesma palavra está no sentindo conotativo, pois ela está sendo usada no sentido figurado e depende do con-
texto para ser entendida.
Para facilitar: denotativo começa com D de dicionário e conotativo começa com C de contexto.

16
LÍNGUA PORTUGUESA
Por fim, vamos tratar de um recurso muito usado em propagandas:

Ambiguidade
Observe a propaganda abaixo:

https://redacaonocafe.wordpress.com/2012/05/22/ambiguidade-na-propaganda/

Perceba que há uma duplicidade de sentido nesta construção. Podemos interpretar que os móveis não durarão no estoque da loja, por
estarem com preço baixo; ou que por estarem muito barato, não têm qualidade e, por isso, terão vida útil curta.
Essa duplicidade acontece por causa da ambiguidade, que é justamente a duplicidade de sentidos que podem haver em uma palavra,
frase ou textos inteiros.

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS. ASPECTOS LINGUÍSTICOS: RELAÇÕES MORFOSSINTÁTICAS. FLEXÕES E EM-


PREGO DE CLASSES GRAMATICAIS. VOZES VERBAIS E SUA CONVERSÃO

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS


As palavras são formadas por estruturas menores, com significados próprios. Para isso, há vários processos que contribuem para a
formação das palavras.

Estrutura das palavras


As palavras podem ser subdivididas em estruturas significativas menores - os morfemas, também chamados de elementos mórficos: 
– radical e raiz;
– vogal temática;
– tema;
– desinências;
– afixos;
– vogais e consoantes de ligação.
Radical: Elemento que contém a base de significação do vocábulo.
Exemplos
VENDer, PARTir, ALUNo, MAR.

Desinências: Elementos que indicam as flexões dos vocábulos.

Dividem-se em:

Nominais
Indicam flexões de gênero e número nos substantivos.
Exemplos
pequenO, pequenA, alunO, aluna.
pequenoS, pequenaS, alunoS, alunas.

Verbais
Indicam flexões de modo, tempo, pessoa e número nos verbos

17
LÍNGUA PORTUGUESA
Exemplos Exemplos
vendêSSEmos, entregáRAmos. (modo e tempo) cafezAL, meninINHa, loucaMENTE.
vendesteS, entregásseIS. (pessoa e número)
Parassíntese: Formação de palavra derivada com acréscimo de
Indica, nos verbos, a conjugação a que pertencem. um prefixo e um sufixo ao radical da primitiva ao mesmo tempo.
Exemplos Exemplos
1ª conjugação: – A – cantAr EMtardECER, DESanimADO, ENgravidAR.
2ª conjugação: – E – fazEr
3ª conjugação: – I – sumIr Derivação imprópria: Alteração da função de uma palavra
primitiva.
Observação Exemplo
Nos substantivos ocorre vogal temática quando ela não indica Todos ficaram encantados com seu  andar: verbo usado com
oposição masculino/feminino. valor de substantivo.
Exemplos
livrO, dentE, paletó. Derivação regressiva: Ocorre a alteração da estrutura fonética
de uma palavra primitiva para a formação de uma derivada. Em
Tema: União do radical e a vogal temática. geral de um verbo para substantivo ou vice-versa.
Exemplos Exemplos
CANTAr, CORREr, CONSUMIr. combater – o combate
chorar – o choro
Vogal e consoante de ligação: São os elementos que se
interpõem aos vocábulos por necessidade de eufonia. Prefixos
Exemplos Os prefixos existentes em Língua Portuguesa são divididos em:
chaLeira, cafeZal. vernáculos, latinos e gregos.

Afixos Vernáculos: Prefixos latinos que sofreram modificações ou


Os afixos são elementos que se acrescentam antes ou depois do foram aportuguesados: a, além, ante, aquém, bem, des, em, entre,
radical de uma palavra para a formação de outra palavra. Dividem- mal, menos, sem, sob, sobre, soto.
se em: Nota-se o emprego desses prefixos em palavras como: 
Prefixo: Partícula que se coloca antes do radical. abordar, além-mar, bem-aventurado, desleal, engarrafar, maldição,
Exemplos menosprezar, sem-cerimônia, sopé, sobpor, sobre-humano, etc.
DISpor, EMpobrecer, DESorganizar.
Latinos: Prefixos que conservam até hoje a sua forma latina
Sufixo original:
Afixo que se coloca depois do radical. a, ab, abs – afastamento: aversão, abjurar.
Exemplos a, ad – aproximação, direção: amontoar.
contentaMENTO, reallDADE, enaltECER. ambi – dualidade: ambidestro.
Processos de formação das palavras bis, bin, bi – repetição, dualidade: bisneto, binário.
Composição: Formação de uma palavra nova por meio da centum – cem: centúnviro, centuplicar, centígrado.
junção de dois ou mais vocábulos primitivos. Temos: circum, circun, circu – em volta de: circumpolar, circunstante.
cis – aquem de: cisalpino, cisgangético.
Justaposição: Formação de palavra composta sem alteração na com, con, co – companhia, concomitância: combater,
estrutura fonética das primitivas. contemporâneo.
Exemplos contra – oposição, posição inferior: contradizer.
passa + tempo = passatempo de – movimento de cima para baixo, origem, afastamento:
gira + sol = girassol decrescer, deportar.
des – negação, separação, ação contrária: desleal, desviar.
Aglutinação: Formação de palavra composta com alteração da dis, di – movimento para diversas partes, ideia contrária:
estrutura fonética das primitivas. distrair, dimanar.
Exemplos entre – situação intermediaria, reciprocidade: entrelinha,
em + boa + hora = embora entrevista.
vossa + merce = você ex, es, e – movimento de dentro para fora, intensidade,
privação, situação cessante: exportar, espalmar, ex-professor.
Derivação: extra – fora de, além de, intensidade: extravasar, extraordinário.
Formação de uma nova palavra a partir de uma primitiva. im, in, i – movimento para dentro; ideia contraria: importar,
Temos: ingrato.
inter – no meio de: intervocálico, intercalado.
Prefixação: Formação de palavra derivada com acréscimo de intra – movimento para dentro: intravenoso, intrometer.
um prefixo ao radical da primitiva. justa – perto de: justapor.
Exemplos multi – pluralidade: multiforme.
CONter, INapto, DESleal. ob, o – oposição: obstar, opor, obstáculo.
pene – quase: penúltimo, península.
Sufixação: Formação de palavra nova com acréscimo de um per – movimento através de, acabamento de ação; ideia
sufixo ao radical da primitiva. pejorativa: percorrer.

18
LÍNGUA PORTUGUESA
post, pos – posteridade: postergar, pospor. Incoativos: -escer, -ejar, -itar.
pre – anterioridade: predizer, preclaro. Diminutivos: -inhar, -itar, -icar, -iscar.
preter – anterioridade, para além: preterir, preternatural.
pro – movimento para diante, a favor de, em vez de: prosseguir, Adverbial = há apenas um
procurador, pronome. MENTE: mecanicamente, felizmente etc.
re – movimento para trás, ação reflexiva, intensidade, repetição:
regressar, revirar. CLASSES DE PALAVRAS
retro – movimento para trás: retroceder.
satis – bastante: satisdar. Substantivo
sub, sob, so, sus – inferioridade: subdelegado, sobraçar, sopé. São as palavras que atribuem nomes aos seres reais ou imagi-
subter – por baixo: subterfúgio. nários (pessoas, animais, objetos), lugares, qualidades, ações e sen-
super, supra – posição superior, excesso: super-homem, timentos, ou seja, que tem existência concreta ou abstrata. 
superpovoado.
trans, tras, tra, tres – para além de, excesso: transpor. Classificação dos substantivos
tris, três, tri – três vezes: trisavô, tresdobro.
ultra – para além de, intensidade: ultrapassar, ultrabelo. SUBSTANTIVO SIMPLES: Olhos/água/
uni – um: unânime, unicelular. apresentam um só radical em muro/quintal/caderno/
sua estrutura. macaco/João/sabão
Grego: Os principais prefixos de origem grega são:
a, an – privação, negação: ápode, anarquia. SUBSTANTIVOS COMPOSTOS: Macacos-prego/
ana – inversão, parecença: anagrama, analogia. são formados por mais de um porta-voz/
anfi – duplicidade, de um e de outro lado: anfíbio, anfiteatro. radical em sua estrutura. pé-de-moleque
anti – oposição: antipatia, antagonista. SUBSTANTIVOS PRIMITIVOS: Casa/
apo – afastamento: apólogo, apogeu. são os que dão origem a mundo/
arqui, arque, arce, arc – superioridade: arcebispo, arcanjo. outras palavras, ou seja, ela é população
caco – mau: cacofonia. a primeira. /formiga
cata – de cima para baixo: cataclismo, catalepsia.
deca – dez: decâmetro. SUBSTANTIVOS DERIVADOS: Caseiro/mundano/
dia – através de, divisão: diáfano, diálogo. são formados por outros populacional/formigueiro
dis – dualidade, mau: dissílabo, dispepsia. radicais da língua.
en – sobre, dentro: encéfalo, energia. SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS: Rodrigo
endo – para dentro: endocarpo. designa determinado ser /Brasil
epi – por cima: epiderme, epígrafe. entre outros da mesma /Belo Horizonte/Estátua da
eu – bom: eufonia, eugênia, eupepsia. espécie. São sempre iniciados Liberdade
hecto – cem: hectômetro. por letra maiúscula.
hemi – metade: hemistíquio, hemisfério.
hiper – superioridade: hipertensão, hipérbole. SUBSTANTIVOS COMUNS: biscoitos/ruídos/estrelas/
hipo – inferioridade: hipoglosso, hipótese, hipotermia. referem-se qualquer ser de cachorro/prima
homo – semelhança, identidade: homônimo. uma mesma espécie.
meta – união, mudança, além de: metacarpo, metáfase. SUBSTANTIVOS CONCRETOS: Leão/corrente
míria – dez mil: miriâmetro. nomeiam seres com existência /estrelas/fadas
mono – um: monóculo, monoculista. própria. Esses seres podem /lobisomem
neo – novo, moderno: neologismo, neolatino. ser animadoso ou inanimados, /saci-pererê
para – aproximação, oposição: paráfrase, paradoxo. reais ou imaginários.
penta – cinco: pentágono.
peri – em volta de: perímetro. SUBSTANTIVOS ABSTRATOS: Mistério/
poli – muitos: polígono, polimorfo. nomeiam ações, estados, bondade/
pro – antes de: prótese, prólogo, profeta. qualidades e sentimentos que confiança/
não tem existência própria, ou lembrança/
Sufixos seja, só existem em função de amor/
Os sufixos podem ser: nominais, verbais e adverbial. um ser. alegria
SUBSTANTIVOS COLETIVOS: Elenco (de atores)/
Nominais referem-se a um conjunto acervo (de obras artísticas)/
Coletivos: -aria, -ada, -edo, -al, -agem, -atro, -alha, -ama. de seres da mesma espécie, buquê (de flores)
Aumentativos e diminutivos: -ão, -rão, -zão, -arrão, -aço, -astro, mesmo quando empregado
-az.
no singular e constituem um
Agentes: -dor, -nte, -ário, -eiro, -ista.
substantivo comum.
Lugar: -ário, -douro, -eiro, -ório.
Estado: -eza, -idade, -ice, -ência, -ura, -ado, -ato. NÃO DEIXE DE PESQUISAR A REGÊNCIA DE OUTRAS PALAVRAS
Pátrios: -ense, -ista, -ano, -eiro, -ino, -io, -eno, -enho, -aico. QUE NÃO ESTÃO AQUI!
Origem, procedência: -estre, -este, -esco.
Flexão dos Substantivos
Verbais • Gênero: Os gêneros em português podem ser dois: masculi-
Comuns: -ar, -er, -ir. no e feminino. E no caso dos substantivos podem ser biformes ou
Frequentativos: -açar, -ejar, -escer, -tear, -itar. uniformes

19
LÍNGUA PORTUGUESA
– Biformes: as palavras tem duas formas, ou seja, apresenta uma forma para o masculino e uma para o feminino: tigre/tigresa, o pre-
sidente/a presidenta, o maestro/a maestrina
– Uniformes: as palavras tem uma só forma, ou seja, uma única forma para o masculino e o feminino. Os uniformes dividem-se em
epicenos, sobrecomuns e comuns de dois gêneros.
a) Epicenos: designam alguns animais e plantas e são invariáveis: onça macho/onça fêmea, pulga macho/pulga fêmea, palmeira ma-
cho/palmeira fêmea.
b) Sobrecomuns: referem-se a seres humanos; é pelo contexto que aparecem que se determina o gênero: a criança (o criança), a tes-
temunha (o testemunha), o individuo (a individua).
c) Comuns de dois gêneros: a palavra tem a mesma forma tanto para o masculino quanto para o feminino: o/a turista, o/a agente, o/a
estudante, o/a colega.
• Número: Podem flexionar em singular (1) e plural (mais de 1).
– Singular: anzol, tórax, próton, casa.
– Plural: anzóis, os tórax, prótons, casas.

• Grau: Podem apresentar-se no grau aumentativo e no grau diminutivo.


– Grau aumentativo sintético: casarão, bocarra.
– Grau aumentativo analítico: casa grande, boca enorme.
– Grau diminutivo sintético: casinha, boquinha
– Grau diminutivo analítico: casa pequena, boca minúscula. 

Adjetivo
É a palavra invariável que especifica e caracteriza o substantivo: imprensa livre, favela ocupada. Locução adjetiva é expressão compos-
ta por substantivo (ou advérbio) ligado a outro substantivo por preposição com o mesmo valor e a mesma função que um adjetivo: golpe
de mestre (golpe magistral), jornal da tarde (jornal vespertino).

Flexão do Adjetivos
• Gênero:
– Uniformes: apresentam uma só para o masculino e o feminino: homem feliz, mulher feliz.
– Biformes: apresentam uma forma para o masculino e outra para o feminino: juiz sábio/ juíza sábia, bairro japonês/ indústria japo-
nesa, aluno chorão/ aluna chorona. 

• Número:
– Os adjetivos simples seguem as mesmas regras de flexão de número que os substantivos: sábio/ sábios, namorador/ namoradores,
japonês/ japoneses.
– Os adjetivos compostos têm algumas peculiaridades: luvas branco-gelo, garrafas amarelo-claras, cintos da cor de chumbo.

• Grau:
– Grau Comparativo de Superioridade: Meu time é mais vitorioso (do) que o seu.
– Grau Comparativo de Inferioridade: Meu time é menos vitorioso (do) que o seu.
– Grau Comparativo de Igualdade: Meu time é tão vitorioso quanto o seu.
– Grau Superlativo Absoluto Sintético: Meu time é famosíssimo.
– Grau Superlativo Absoluto Analítico: Meu time é muito famoso.
– Grau Superlativo Relativo de Superioridade: Meu time é o mais famoso de todos.
– Grau Superlativo Relativo de Inferioridade; Meu time é menos famoso de todos.

Artigo
É uma palavra variável em gênero e número que antecede o substantivo, determinando de modo particular ou genérico.
• Classificação e Flexão do Artigos
– Artigos Definidos: o, a, os, as.
O menino carregava o brinquedo em suas costas.
As meninas brincavam com as bonecas.
– Artigos Indefinidos: um, uma, uns, umas.
Um menino carregava um brinquedo.
Umas meninas brincavam com umas bonecas.

Numeral
É a palavra que indica uma quantidade definida de pessoas ou coisas, ou o lugar (posição) que elas ocupam numa série.
• Classificação dos Numerais
– Cardinais: indicam número ou quantidade:
Trezentos e vinte moradores.
– Ordinais: indicam ordem ou posição numa sequência:
Quinto ano. Primeiro lugar.
– Multiplicativos: indicam o número de vezes pelo qual uma quantidade é multiplicada:
O quíntuplo do preço.

20
LÍNGUA PORTUGUESA
– Fracionários: indicam a parte de um todo:
Dois terços dos alunos foram embora.

Pronome
É a palavra que substitui os substantivos ou os determinam, indicando a pessoa do discurso.
• Pronomes pessoais vão designar diretamente as pessoas em uma conversa. Eles indicam as três pessoas do discurso.

Pronomes Retos Pronomes Oblíquos


Pessoas do Discurso
Função Subjetiva Função Objetiva
1º pessoa do singular Eu Me, mim, comigo
2º pessoa do singular Tu Te, ti, contigo
3º pessoa do singular Ele, ela,  Se, si, consigo, lhe, o, a
1º pessoa do plural Nós Nos, conosco
2º pessoa do plural Vós Vos, convosco
3º pessoa do plural Eles, elas Se, si, consigo, lhes, os, as

• Pronomes de Tratamento são usados no trato com as pessoas, normalmente, em situações formais de comunicação.

Pronomes de Tratamento Emprego


Você Utilizado em situações informais.
Senhor (es) e Senhora (s) Tratamento para pessoas mais velhas.
Vossa Excelência Usados para pessoas com alta autoridade
Vossa Magnificência Usados para os reitores das Universidades.
Vossa Senhoria Empregado nas correspondências e textos escritos.
Vossa Majestade Utilizado para Reis e Rainhas
Vossa Alteza Utilizado para príncipes, princesas, duques.
Vossa Santidade Utilizado para o Papa
Vossa Eminência Usado para Cardeais.
Vossa Reverendíssima Utilizado para sacerdotes e religiosos em geral.

• Pronomes Possessivos referem-se às pessoas do discurso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa.

Pessoa do Discurso Pronome Possessivo


1º pessoa do singular Meu, minha, meus, minhas
2º pessoa do singular teu, tua, teus, tuas
3º pessoa do singular seu, sua, seus, suas
1º pessoa do plural Nosso, nossa, nossos, nossas
2º pessoa do plural Vosso, vossa, vossos, vossas
3º pessoa do plural Seu, sua, seus, suas

• Pronomes Demonstrativos são utilizados para indicar a posição de algum elemento em relação à pessoa seja no discurso, no tempo
ou no espaço.

Pronomes Demonstrativos Singular Plural


Feminino esta, essa, aquela estas, essas, aquelas
Masculino este, esse, aquele estes, esses, aqueles

• Pronomes Indefinidos referem-se à 3º pessoa do discurso, designando-a de modo vago, impreciso, indeterminado. Os pronomes
indefinidos podem ser variáveis (varia em gênero e número) e invariáveis (não variam em gênero e número).

21
LÍNGUA PORTUGUESA

Classificação Pronomes Indefinidos – Voz ativa: Segundo a gramática tradicional, ocorre voz ativa
quando o verbo (ou locução verbal) indica uma ação praticada pelo
algum, alguma, alguns, algumas, nenhum, sujeito. Veja:
nenhuma, nenhuns, nenhumas, muito, mui- João pulou da cama atrasado
ta, muitos, muitas, pouco, pouca, poucos, – Voz passiva: O sujeito é paciente e, assim, não pratica, mas
poucas, todo, toda, todos, todas, outro, ou- recebe a ação. A voz passiva pode ser analítica ou sintética. A voz
Variáveis tra, outros, outras, certo, certa, certos, cer- passiva analítica é formada por:
tas, vário, vária, vários, várias, tanto, tanta, Sujeito paciente + verbo auxiliar (ser, estar, ficar, entre outros)
tantos, tantas, quanto, quanta, quantos, +  verbo principal da ação conjugado no particípio  + preposição
quantas, qualquer, quaisquer, qual, quais, por/pelo/de + agente da passiva.
um, uma, uns, umas. A casa foi aspirada pelos rapazes
quem, alguém, ninguém, tudo, nada, ou-
Invariáveis A voz passiva sintética, também chamada de voz passiva prono-
trem, algo, cada.
minal (devido ao uso do pronome se) é formada por:
• Pronomes Interrogativos são palavras variáveis e invariáveis Verbo conjugado na 3.ª pessoa (no singular ou no plu-
utilizadas para formular perguntas diretas e indiretas. ral) + pronome apassivador «se» + sujeito paciente.
Aluga-se apartamento.
Classificação Pronomes Interrogativos Advérbio
qual, quais, quanto, quantos, É a palavra invariável que modifica o verbo, adjetivo, outro ad-
Variáveis vérbio ou a oração inteira, expressando uma determinada circuns-
quanta, quantas.
tância. As circunstâncias dos advérbios podem ser:
Invariáveis quem, que.
– Tempo: ainda, cedo, hoje, agora, antes, depois, logo, já, ama-
nhã, tarde, sempre, nunca, quando, jamais, ontem, anteontem,
• Pronomes Relativos referem-se a um termo já dito anterior- brevemente, atualmente, à noite, no meio da noite, antes do meio-
mente na oração, evitando sua repetição. Eles também podem ser -dia, à tarde, de manhã, às vezes, de repente, hoje em dia, de vez
variáveis e invariáveis. em quando, em nenhum momento, etc.
– Lugar: Aí, aqui, acima, abaixo, ali, cá, lá, acolá, além, aquém,
Classificação Pronomes Relativos perto, longe, dentro, fora, adiante, defronte, detrás, de cima, em
cima, à direita, à esquerda, de fora, de dentro, por fora, etc.
o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja,
– Modo: assim, melhor, pior, bem, mal, devagar, depressa, rapi-
Variáveis cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quan-
damente, lentamente, apressadamente, felizmente, às pressas, às
tas.
ocultas, frente a frente, com calma, em silêncio, etc.
Invariáveis quem, que, onde. – Afirmação: sim, deveras, decerto, certamente, seguramente,
efetivamente, realmente, sem dúvida, com certeza, por certo, etc. 
Verbos – Negação: não, absolutamente, tampouco, nem, de modo al-
São as palavras que exprimem ação, estado, fenômenos me- gum, de jeito nenhum, de forma alguma, etc.
teorológicos, sempre em relação ao um determinado tempo. – Intensidade: muito, pouco, mais, menos, meio, bastante, as-
saz, demais, bem, mal, tanto, tão, quase, apenas, quanto, de pouco,
• Flexão verbal de todo, etc.
Os verbos podem ser flexionados de algumas formas. – Dúvida: talvez, acaso, possivelmente, eventualmente, por-
– Modo: É a maneira, a forma como o verbo se apresenta na ventura, etc.
frase para indicar uma atitude da pessoa que o usou. O modo é
dividido em três: indicativo (certeza, fato), subjuntivo (incerteza, Preposição
subjetividade) e imperativo (ordem, pedido). É a palavra que liga dois termos, de modo que o segundo com-
– Tempo: O tempo indica o momento em que se dá o fato ex- plete o sentido do primeiro. As preposições são as seguintes:
presso pelo verbo. Existem três tempos no modo indicativo: pre-
sente, passado (pretérito perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito)
e futuro (do presente e do pretérito). No subjuntivo, são três: pre-
sente, pretérito imperfeito e futuro.
– Número: Este é fácil: singular e plural.
– Pessoa: Fácil também: 1ª pessoa (eu amei, nós amamos); 2º
pessoa (tu amaste, vós amastes); 3ª pessoa (ele amou, eles ama-
ram).

• Formas nominais do verbo


Os verbos têm três formas nominais, ou seja, formas que exer-
cem a função de nomes (normalmente, substantivos). São elas infi-
nitivo (terminado em -R), gerúndio (terminado em –NDO) e particí-
pio (terminado em –DA/DO).

• Voz verbal
É a forma como o verbo se encontra para indicar sua relação
com o sujeito. Ela pode ser ativa, passiva ou reflexiva.

22
LÍNGUA PORTUGUESA
Conjunção
É palavra que liga dois elementos da mesma natureza ou uma ORTOGRAFIA: EMPREGO DE LETRAS E ACENTUAÇÃO
oração a outra. As conjunções podem ser coordenativas (que ligam GRÁFICA SISTEMA OFICIAL VIGENTE (INCLUSIVE O
orações sintaticamente independentes) ou subordinativas (que li- ACORDO ORTOGRÁFICO VIGENTE, CONFORME DECRE-
gam orações com uma relação hierárquica, na qual um elemento é TO 7.875/12
determinante e o outro é determinado).
ORTOGRAFIA OFICIAL
• Conjunções Coordenativas • Mudanças no alfabeto: O alfabeto tem 26 letras. Foram rein-
troduzidas as letras k, w e y.
Tipos Conjunções Coordenativas O alfabeto completo é o seguinte: A B C D E F G H I J K L M N O
PQRSTUVWXYZ
Aditivas e, mas ainda, mas também, nem... • Trema: Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a
contudo, entretanto, mas, não obstante, no letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue,
Adversativas gui, que, qui.
entanto, porém, todavia...
já…, já…, ou, ou…, ou…, ora…, ora…, quer…, Regras de acentuação
Alternativas
quer… – Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das
assim, então, logo, pois (depois do verbo), palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima
Conclusivas sílaba)
por conseguinte, por isso, portanto...
pois (antes do verbo), porquanto, porque,
Explicativas Como era Como fica
que...
alcatéia alcateia
• Conjunções Subordinativas
apóia apoia
Tipos Conjunções Subordinativas apóio apoio
Causais Porque, pois, porquanto, como, etc. Atenção: essa regra só vale para as paroxítonas. As oxítonas
Embora, conquanto, ainda que, mes- continuam com acento: Ex.: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.
Concessivas
mo que, posto que, etc.
– Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no
Se, caso, quando, conquanto que,
Condicionais u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
salvo se, sem que, etc.
Conforme, como (no sentido de con-
Conformativas Como era Como fica
forme), segundo, consoante, etc.
baiúca baiuca
Para que, a fim de que, porque (no
Finais
sentido de que), que, etc. bocaiúva bocaiuva
À medida que, ao passo que, à
Proporcionais Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em
proporção que, etc.
posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos:
Quando, antes que, depois que, até tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
Temporais
que, logo que, etc.
Que, do que (usado depois de mais, – Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem
Comparativas e ôo(s).
menos, maior, menor, melhor, etc.
Que (precedido de tão, tal, tanto), de
Consecutivas Como era Como fica
modo que, De maneira que, etc.
Integrantes Que, se. abençôo abençoo
crêem creem
Interjeição
É a palavra invariável que exprime ações, sensações, emoções, – Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/
apelos, sentimentos e estados de espírito, traduzindo as reações para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
das pessoas.
• Principais Interjeições Atenção:
Oh! Caramba! Viva! Oba! Alô! Psiu! Droga! Tomara! Hum! • Permanece o acento diferencial em pôde/pode.
• Permanece o acento diferencial em pôr/por.
Dez classes de palavras foram estudadas agora. O estudo delas • Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural
é muito importante, pois se você tem bem construído o que é e a dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter,
função de cada classe de palavras, não terá dificuldades para enten- reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
der o estudo da Sintaxe. • É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as
palavras forma/fôrma.

Uso de hífen
Regra básica:

23
LÍNGUA PORTUGUESA
Sempre se usa o hífen diante de h: anti-higiênico, super-ho- Fonologia
mem. A fonologia também é um ramo de estudo da Linguística, mas
ela se preocupa em analisar a organização e a classificação dos
Outros casos sons, separando-os em unidades significativas. É responsabilidade
1. Prefixo terminado em vogal: da fonologia, também, cuidar de aspectos relativos à divisão silábi-
– Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo. ca, à acentuação de palavras, à ortografia e à pronúncia.
– Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto,
semicírculo. Sintetizando: a fonologia estuda os sons, preocupando-se com
– Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracis- o significado de cada um e não só com sua estrutura física.
mo, antissocial, ultrassom.
– Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-on- Bom, agora que sabemos que fonética e fonologia são coisas
das. diferentes, precisamos de entender o que é fonema e letra.

2. Prefixo terminado em consoante: Fonema: os fonemas são as menores unidades sonoras da fala.
– Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub- Atenção: estamos falando de menores unidades de som, não de sí-
-bibliotecário. labas. Observe a diferença: na palavra pato a primeira sílaba é pa-.
– Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, su- Porém, o primeiro som é pê (P) e o segundo som é a (A).
persônico. Letra: as letras são as menores unidades gráfica de uma pa-
– Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante. lavra.

Observações: Sintetizando: na palavra pato, pa- é a primeira sílaba; pê é o


• Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra primeiro som; e P é a primeira letra.
iniciada por r: sub-região, sub-raça. Palavras iniciadas por h perdem Agora que já sabemos todas essas diferenciações, vamos en-
essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade. tender melhor o que é e como se compõe uma sílaba.
• Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de pala-
Sílaba: A sílaba é um fonema ou conjunto de fonemas que emi-
vra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano.
tido em um só impulso de voz e que tem como base uma vogal.
• O prefixo co aglutina-se, em geral, com o segundo elemento,
A sílabas são classificadas de dois modos:
mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar, coope-
rar, cooperação, cooptar, coocupante.
Classificação quanto ao número de sílabas:
• Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-al-
As palavras podem ser:
mirante.
– Monossílabas: as que têm uma só sílaba (pé, pá, mão, boi,
• Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam luz, é...)
a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, – Dissílabas: as que têm duas sílabas (café, leite, noites, caí,
pontapé, paraquedas, paraquedista. bota, água...)
• Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, – Trissílabas: as que têm três sílabas (caneta, cabeça, saúde,
usa-se sempre o hífen: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, circuito, boneca...)
recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu. – Polissílabas: as que têm quatro ou mais sílabas (casamento,
jesuíta, irresponsabilidade, paralelepípedo...)
Viu? Tudo muito tranquilo. Certeza que você já está dominando
muita coisa. Mas não podemos parar, não é mesmo?!?! Por isso Classificação quanto à tonicidade
vamos passar para mais um ponto importante. As palavras podem ser:
– Oxítonas: quando a sílaba tônica é a última (ca-fé, ma-ra-cu-
-já, ra-paz, u-ru-bu...)
– Paroxítonas: quando a sílaba tônica é a penúltima (me-sa,
RELAÇÕES ENTRE FONEMAS E GRAFIAS
sa-bo-ne-te, ré-gua...)
– Proparoxítonas: quando a sílaba tônica é a antepenúltima
Muitas pessoas acham que fonética e fonologia são sinônimos. (sá-ba-do, tô-ni-ca, his-tó-ri-co…)
Mas, embora as duas pertençam a uma mesma área de estudo, elas
são diferentes. Lembre-se que:
Tônica: a sílaba mais forte da palavra, que tem autonomia fonética.
Fonética Átona: a sílaba mais fraca da palavra, que não tem autonomia
Segundo o dicionário Houaiss, fonética “é o estudo dos sons da fonética.
fala de uma língua”. O que isso significa? A fonética é um ramo da Na palavra telefone: te-, le-, ne- são sílabas átonas, pois são
Linguística que se dedica a analisar os sons de modo físico-articula- mais fracas, enquanto que fo- é a sílaba tônica, já que é a pronun-
dor. Ou seja, ela se preocupa com o movimento dos lábios, a vibra- ciada com mais força.
ção das cordas vocais, a articulação e outros movimentos físicos,
mas não tem interesse em saber do conteúdo daquilo que é falado. Agora que já sabemos essas classificações básicas, precisamos
A fonética utiliza o Alfabeto Fonético Internacional para representar entender melhor como se dá a divisão silábica das palavras.
cada som.
Divisão silábica
Sintetizando: a fonética estuda o movimento físico (da boca, A divisão silábica é feita pela silabação das palavras, ou seja,
lábios...) que cada som faz, desconsiderando o significado desses pela pronúncia. Sempre que for escrever, use o hífen para separar
sons. uma sílaba da outra. Algumas regras devem ser seguidas neste pro-
cesso:

24
LÍNGUA PORTUGUESA
Não se separa: Vossa Excelência parece satisfeito com as pesquisas.
• Ditongo: encontro de uma vogal e uma semivogal na mesma Blumenau estava repleta de turistas.
sílaba (cau-le, gai-o-la, ba-lei-a...) • Silepse de número trata-se da concordância feita com o nú-
• Tritongo: encontro de uma semivogal, uma vogal e uma semi- mero gramatical (singular ou plural) que está subentendido no con-
vogal na mesma sílaba (Pa-ra-guai, quais-quer, a-ve-ri-guou...) texto.
• Dígrafo: quando duas letras emitem um único som na pala- O elenco voltou ao palco e [os atores] agradeceram os aplau-
vra. Não separamos os dígrafos ch, lh, nh, gu e qu (fa-cha-da, co- sos.
-lhei-ta, fro-nha, pe-guei...) • Silepse de pessoa trata-se da concordância feita com a pes-
• Encontros consonantais inseparáveis: re-cla-mar, psi-có-lo- soa gramatical que está subentendida no contexto.
-go, pa-trão...) O povo temos memória curta em relação às promessas dos po-
líticos.
Deve-se separar:
• Hiatos: vogais que se encontram, mas estão é sílabas vizinhas
(sa-ú-de, Sa-a-ra, ví-a-mos...)
• Os dígrafos rr, ss, sc, e xc (car-ro, pás-sa-ro, pis-ci-na, ex-ce- REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL
-ção...)
• Encontros consonantais separáveis: in-fec-ção, mag-nó-lia, • Regência Nominal 
rit-mo...) A regência nominal estuda os casos em que nomes (substan-
tivos, adjetivos e advérbios) exigem outra palavra para completar-
-lhes o sentido. Em geral a relação entre um nome e o seu comple-
CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL mento é estabelecida por uma preposição.

• Regência Verbal
Concordância Nominal
A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre o
Os adjetivos, os pronomes adjetivos, os numerais e os artigos
verbo (termo regente) e seu complemento (termo regido). 
concordam em gênero e número com os substantivos aos quais se
Isto pertence a todos.
referem.
Os nossos primeiros contatos começaram de maneira amisto-
Regência de algumas palavras
sa.

Casos Especiais de Concordância Nominal Esta palavra combina com Esta preposição
• Menos e alerta são invariáveis na função de advérbio:
Acessível a
Colocou menos roupas na mala./ Os seguranças continuam
alerta. Apto a, para
Atencioso com, para com
• Pseudo e todo são invariáveis quando empregados na forma-
ção de palavras compostas: Coerente com
Cuidado com os pseudoamigos./ Ele é o chefe todo-poderoso. Conforme a, com
• Mesmo, próprio, anexo, incluso, quite e obrigado variam de Dúvida acerca de, de, em, sobre
acordo com o substantivo a que se referem: Empenho de, em, por
Elas mesmas cozinhavam./ Guardou as cópias anexas.
Fácil a, de, para,
• Muito, pouco, bastante, meio, caro e barato variam quando Junto a, de
pronomes indefinidos adjetivos e numerais e são invariáveis quan-
Pendente de
do advérbios:
Muitas vezes comemos muito./ Chegou meio atrasada./ Preferível a
Usou meia dúzia de ovos. Próximo a, de
• Só varia quando adjetivo e não varia quando advérbio: Respeito a, com, de, para com, por
Os dois andavam sós./ A respostas só eles sabem. Situado a, em, entre
• É bom, é necessário, é preciso, é proibido variam quando o Ajudar (a fazer algo) a
substantivo estiver determinado por artigo: Aludir (referir-se) a
É permitida a coleta de dados./ É permitido coleta de dados.
Aspirar (desejar, pretender) a
Concordância Verbal Assistir (dar assistência) Não usa preposição
O verbo concorda com seu sujeito em número e pessoa:
Deparar (encontrar) com
O público aplaudiu o ator de pé./ A sala e quarto eram enor-
mes. Implicar (consequência) Não usa preposição
Lembrar Não usa preposição
Concordância ideológica ou silepse
• Silepse de gênero trata-se da concordância feita com o gêne- Pagar (pagar a alguém) a
ro gramatical (masculino ou feminino) que está subentendido no Precisar (necessitar) de
contexto.

25
LÍNGUA PORTUGUESA

Proceder (realizar) a – Antes de verbos no infinitivo


A partir de hoje serei um pai melhor, pois voltei a trabalhar.
Responder a
Visar ( ter como objetivo a
pretender) COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO: EMPREGO DAS
NÃO DEIXE DE PESQUISAR A REGÊNCIA DE OUTRAS PALAVRAS CONJUNÇÕES, DAS LOCUÇÕES CONJUNTIVAS E DOS
QUE NÃO ESTÃO AQUI! PRONOMES RELATIVOS

Agora chegamos no assunto que causa mais temor em muitos


EMPREGO DO ACENTO INDICATIVO DE CRASE estudantes. Mas eu tenho uma boa notícia para te dar: o estudo
da sintaxe é mais fácil do que parece e você vai ver que sabe muita
coisa que nem imagina. Para começar, precisamos de classificar al-
A crase é a fusão de duas vogais idênticas. A primeira vogal a gumas questões importantes:
é uma preposição, a segunda vogal a é um artigo ou um pronome
demonstrativo. • Frase: Enunciado que estabelece uma comunicação de sen-
a (preposição) + a(s) (artigo) = à(s) tido completo. 
Os jornais publicaram a notícia.
• Devemos usar crase: Silêncio! 
– Antes palavras femininas:
Iremos à festa amanhã • Oração: Enunciado que se forma com um verbo ou com uma
Mediante à situação. locução verbal.
O Governo visa à resolução do problema. Este filme causou grande impacto entre o público.
A inflação deve continuar sob controle.
– Locução prepositiva implícita “à moda de, à maneira de”
Devido à regra, o acento grave é obrigatoriamente usado nas • Período Simples: formado por uma única oração.
locuções prepositivas com núcleo feminino iniciadas por a: O clima se alterou muito nos últimos dias.
Os frangos eram feitos à moda da casa imperial.
Às vezes, porém, a locução vem implícita antes de substanti- • Período Composto: formado por mais de uma oração.
vos masculinos, o que pode fazer você pensar que não rola a crase. O governo prometeu/ que serão criados novos empregos.
Mas... há crase, sim!
Depois da indigestão, farei uma poesia à Drummond, vestir- Bom, já está a clara a diferença entre frase, oração e período.
-me-ei à Versace e entregá-la-ei à tímida aniversariante. Vamos, então, classificar os elementos que compõem uma oração:
• Sujeito: Termo da oração do qual se declara alguma coisa.
– Expressões fixas O problema da violência preocupa os cidadãos.
Existem algumas expressões em que sempre haverá o uso de • Predicado: Tudo que se declara sobre o sujeito.
crase: A tecnologia permitiu o resgate dos operários.
à vela, à lenha, à toa, à vista, à la carte, à queima-roupa, à von- • Objeto Direto: Complemento que se liga ao verbo transitivo
tade, à venda, à mão armada, à beça, à noite, à tarde, às vezes, às direto ou ao verbo transitivo direto e indireto sem o auxílio da pre-
pressas, à primeira vista, à hora certa, àquela hora, à esquerda, à posição.
direita, à vontade, às avessas, às claras, às escuras, à mão, às escon- A tecnologia tem possibilitado avanços notáveis.
didas, à medida que, à proporção que. Os pais oferecem ajuda financeira ao filho.
• NUNCA devemos usar crase: • Objeto Indireto: Complemento que se liga ao verbo transi-
– Antes de substantivos masculinos: tivo indireto ou ao verbo transitivo direto e indireto por meio de
Andou a cavalo pela cidadezinha, mas preferiria ter andado a preposição. 
pé. Os Estados Unidos resistem ao grave momento.
João gosta de beterraba.
– Antes de substantivo (masculino ou feminino, singular ou • Adjunto Adverbial: Termo modificador do verbo que exprime
plural) usado em sentido generalizador: determinada circunstância (tempo, lugar, modo etc.) ou intensifica
Depois do trauma, nunca mais foi a festas. um verbo, adjetivo ou advérbio.
Não foi feita menção a mulher, nem a criança, tampouco a ho- O ônibus saiu à noite quase cheio, com destino a Salvador.
mem. Vamos sair do mar.
• Agente da Passiva: Termo da oração que exprime quem prati-
– Antes de artigo indefinido “uma” ca a ação verbal quando o verbo está na voz passiva.
Iremos a uma reunião muito importante no domingo. Raquel foi pedida em casamento por seu melhor amigo.
• Adjunto Adnominal: Termo da oração que modifica um subs-
– Antes de pronomes tantivo, caracterizando-o ou determinando-o sem a intermediação
Obs.: A crase antes de pronomes possessivos é facultativa. de um verbo.
Um casal de médicos eram os novos moradores do meu pré-
Fizemos referência a Vossa Excelência, não a ela. dio.
A quem vocês se reportaram no Plenário? • Complemento Nominal: Termo da oração que completa no-
Assisto a toda peça de teatro no RJ, afinal, sou um crítico. mes, isto é, substantivos, adjetivos e advérbios, e vem preposicio-
nado.
A realização do torneio teve a aprovação de todos.

26
LÍNGUA PORTUGUESA
• Predicativo do Sujeito: Termo que atribui característica ao sujeito da oração.
A especulação imobiliária me parece um problema.
• Predicativo do Objeto: Termo que atribui características ao objeto direto ou indireto da oração.
O médico considerou o paciente hipertenso.
• Aposto: Termo da oração que explica, esclarece, resume ou identifica o nome ao qual se refere (substantivo, pronome ou equivalen-
tes). O aposto sempre está entre virgulas ou após dois-pontos.
A praia do Forte, lugar paradisíaco, atrai muitos turistas.
• Vocativo: Termo da oração que se refere a um interlocutor a quem se dirige a palavra.
Senhora, peço aguardar mais um pouco.

Tipos de orações
As partes de uma oração já está fresquinha aí na sua cabeça, não é?!?! Estudar os tipos de orações que existem será moleza, moleza.
Vamos comigo!!!
Temos dois tipos de orações: as coordenadas, cuja as orações de um período são independentes (não dependem uma da outra para
construir sentido completo); e as subordinadas, cuja as orações de um período são dependentes (dependem uma da outra para construir
sentido completo).
As orações coordenadas podem ser sindéticas (conectadas uma a outra por uma conjunção) e assindéticas (que não precisam da
conjunção para estar conectadas. O serviço é feito pela vírgula).

Tipos de orações coordenadas

Orações Coordenadas Sindéticas Orações Coordenadas Assindéticas


Aditivas Fomos para a escola e fizemos o exame final. • Lena estava triste, cansada, decepcionada.
Adversativas Pedro Henrique estuda muito, porém não passa •
no vestibular. • Ao chegar à escola conversamos, estudamos, lan-
chamos.
Alternativas Manuela  ora  quer comer hambúrguer,  ora  quer
comer pizza. Alfredo está chateado, pensando em se mudar.
Conclusivas Não gostamos do restaurante,  portanto não
iremos mais lá. Precisamos estar com cabelos arrumados, unhas feitas.

Explicativas Marina não queria falar,  ou seja, ela estava de João Carlos e Maria estão radiantes, alegria que dá inveja.
mau humor.

Tipos de orações subordinadas


As orações subordinadas podem ser substantivas, adjetivas e adverbiais. Cada uma delas tem suas subclassificações, que veremos
agora por meio do quadro seguinte.

Orações Subordinadas
Subjetivas É certo que ele trará os a sobremesa do
Exercem a função de sujeito jantar.
Completivas Nominal Estou convencida de que ele é solteiro.
Exercem a função de complemento
nominal
Predicativas O problema é que ele não entregou a
Orações Subordinadas Substantivas Exercem a função de predicativo refeição no lugar.
Apositivas Eu lhe disse apenas isso: que não se
Exercem a função de aposto aborrecesse com ela.
Objetivas Direta Espero que você seja feliz.
Exercem a função de objeto direto
Objetivas Indireta Lembrou-se da dívida que tem com ele.
Exercem a função de objeto indireto

27
LÍNGUA PORTUGUESA

Explicativas Os alunos, que foram mal na prova de


Explicam um termo dito anteriormente. quinta, terão aula de reforço.
SEMPRE serão acompanhadas por
vírgula.
Orações Subordinadas Adjetivas
Restritivas Os alunos que foram mal na prova de quinta
Restringem o sentido de um termo terão aula de reforço.
dito anteriormente. NUNCA serão
acompanhadas por vírgula.
Causais Estou vestida assim porque vou sair.
Assumem a função de advérbio de causa
Consecutivas Falou tanto que ficou rouca o resto do dia.
Assumem a função de advérbio de
consequência
Comparativas A menina comia como um adulto come.
Assumem a função de advérbio de
comparação
Condicionais Desde que ele participe, poderá entrar na
Assumem a função de advérbio de reunião.
condição
Conformativas O shopping fechou, conforme havíamos
Assumem a função de advérbio de previsto.
Orações Subordinadas Adverbiais
conformidade
Concessivas Embora eu esteja triste, irei à festa mais
Assumem a função de advérbio de tarde.
concessão
Finais Vamos direcionar os esforços para que todos
Assumem a função de advérbio de tenham acesso aos benefícios.
finalidade
Proporcionais Quanto mais eu dormia, mais sono tinha.
Assumem a função de advérbio de
proporção
Temporais Quando a noite chega, os morcegos saem de
Assumem a função de advérbio de suas casas.
tempo

Olha como esse quadro facilita a vida, não é?! Por meio dele, conseguimos ter uma visão geral das classificações e subclassificações
das orações, o que nos deixa mais tranquilos para estudá-las.

PONTUAÇÃO

Pontuação
Com Nina Catach, entendemos por pontuação um “sistema de reforço da escrita, constituído de sinais sintáticos, destinados a organi-
zar as relações e a proporção das partes do discurso e das pausas orais e escritas. Estes sinais também participam de todas as funções da
sintaxe, gramaticais, entonacionais e semânticas”. (BECHARA, 2009, p. 514)
A partir da definição citada por Bechara podemos perceber a importância dos sinais de pontuação, que é constituída por alguns sinais
gráficos assim distribuídos: os separadores (vírgula [ , ], ponto e vírgula [ ; ], ponto final [ . ], ponto de exclamação [ ! ], reticências [ ...
]), e os de comunicação ou “mensagem” (dois pontos [ : ], aspas simples [‘ ’], aspas duplas [ “ ” ], travessão simples [ – ], travessão duplo
[ — ], parênteses [ ( ) ], colchetes ou parênteses retos [ [ ] ], chave aberta [ { ], e chave fechada [ } ]).

Ponto ( . )
O ponto simples final, que é dos sinais o que denota maior pausa, serve para encerrar períodos que terminem por qualquer tipo de
oração que não seja a interrogativa direta, a exclamativa e as reticências.
Estaremos presentes na festa.

Ponto de interrogação ( ? )
Põe-se no fim da oração enunciada com entonação interrogativa ou de incerteza, real ou fingida, também chamada retórica.
Você vai à festa?

28
LÍNGUA PORTUGUESA
Ponto de exclamação ( ! ) 3º – A vírgula tem sim grande importância na produção de tex-
Põe-se no fim da oração enunciada com entonação exclama- tos escritos. Não caia na conversa de algumas pessoas de que ela é
tiva. menos importante e que pode ser colocada depois.
Ex: Que bela festa! Agora, precisamos saber que a língua portuguesa tem uma or-
dem comum de construção de suas frases, que é Sujeito > Verbo >
Reticências ( ... ) Objeto > Adjunto, ou seja, (SVOAdj).
Denotam interrupção ou incompletude do pensamento (ou Maria foi à padaria ontem.
porque se quer deixar em suspenso, ou porque os fatos se dão com Sujeito Verbo Objeto Adjunto
breve espaço de tempo intervalar, ou porque o nosso interlocutor
nos toma a palavra), ou hesitação em enunciá-lo. Perceba que, na frase acima, não há o uso de vírgula. Isso ocor-
Ex: Essa festa... não sei não, viu. re por alguns motivos:
1) NÃO se separa com vírgula o sujeito de seu predicado.
Dois-pontos ( : ) 2) NÃO se separa com vírgula o verbo e seus complementos.
Marcam uma supressão de voz em frase ainda não concluída. 3) Não é aconselhável usar vírgula entre o complemento do
Em termos práticos, este sinal é usado para: Introduzir uma citação verbo e o adjunto.
(discurso direto) e introduzir um aposto explicativo, enumerativo,
distributivo ou uma oração subordinada substantiva apositiva. Podemos estabelecer, então, que se a frase estiver na ordem
Ex: Uma bela festa: cheia de alegria e comida boa. comum (SVOAdj), não usaremos vírgula. Caso contrário, a vírgula
é necessária:
Ponto e vírgula ( ; ) Ontem, Maria foi à padaria.
Representa uma pausa mais forte que a vírgula e menos que o Maria, ontem, foi à padaria.
ponto, e é empregado num trecho longo, onde já existam vírgulas, À padaria, Maria foi ontem.
para enunciar pausa mais forte, separar vários itens de uma enume-
ração (frequente em leis), etc. Além disso, há outros casos em que o uso de vírgulas é neces-
Ex: Vi na festa os deputados, senadores e governador; vi tam- sário:
bém uma linda decoração e bebidas caras. • Separa termos de mesma função sintática, numa enumera-
ção.
Travessão ( — ) Simplicidade, clareza, objetividade, concisão são qualidades a
Não confundir o travessão com o traço de união ou hífen e com serem observadas na redação oficial.
o traço de divisão empregado na partição de sílabas (ab-so-lu-ta- • Separa aposto.
-men-te) e de palavras no fim de linha. O travessão pode substituir Aristóteles, o grande filósofo, foi o criador da Lógica.
vírgulas, parênteses, colchetes, para assinalar uma expressão inter- • Separa vocativo.
calada e pode indicar a mudança de interlocutor, na transcrição de Brasileiros, é chegada a hora de votar.
um diálogo, com ou sem aspas. • Separa termos repetidos.
Ex: Estamos — eu e meu esposo — repletos de gratidão. Aquele aluno era esforçado, esforçado.

Parênteses e colchetes ( ) – [ ] • Separa certas expressões explicativas, retificativas, exempli-


Os parênteses assinalam um isolamento sintático e semântico ficativas, como: isto é, ou seja, ademais, a saber, melhor dizendo,
mais completo dentro do enunciado, além de estabelecer maior in- ou melhor, quer dizer, por exemplo, além disso, aliás, antes, com
timidade entre o autor e o seu leitor. Em geral, a inserção do parên- efeito, digo.
tese é assinalada por uma entonação especial. Intimamente ligados O político, a meu ver, deve sempre usar uma linguagem clara,
aos parênteses pela sua função discursiva, os colchetes são utiliza- ou seja, de fácil compreensão.
dos quando já se acham empregados os parênteses, para introduzi-
rem uma nova inserção. • Marca a elipse de um verbo (às vezes, de seus complemen-
Ex: Vamos estar presentes na festa (aquela organizada pelo go- tos).
vernador) O decreto regulamenta os casos gerais; a portaria, os particula-
res. (= ... a portaria regulamenta os casos particulares)
Aspas ( “ ” )
As aspas são empregadas para dar a certa expressão sentido • Separa orações coordenadas assindéticas.
particular (na linguagem falada é em geral proferida com entoação Levantava-me de manhã, entrava no chuveiro, organizava as
especial) para ressaltar uma expressão dentro do contexto ou para ideias na cabeça...
apontar uma palavra como estrangeirismo ou gíria. É utilizada, ain-
da, para marcar o discurso direto e a citação breve. • Isola o nome do lugar nas datas.
Ex: O “coffe break” da festa estava ótimo. Rio de Janeiro, 21 de julho de 2006.
Vírgula • Isolar conectivos, tais como: portanto, contudo, assim, dessa
São várias as regras que norteiam o uso das vírgulas. Evidencia- forma, entretanto, entre outras. E para isolar, também, expressões
remos, aqui, os principais usos desse sinal de pontuação. Antes disso, conectivas, como: em primeiro lugar, como supracitado, essas infor-
vamos desmistificar três coisas que ouvimos em relação à vírgula: mações comprovam, etc.
1º – A vírgula não é usada por inferência. Ou seja: não “senti-
Fica claro, portanto, que ações devem ser tomadas para ame-
mos” o momento certo de fazer uso dela.
nizar o problema.
2º – A vírgula não é usada quando paramos para respirar. Em
alguns contextos, quando, na leitura de um texto, há uma vírgula, o
leitor pode, sim, fazer uma pausa, mas isso não é uma regra. Afinal,
cada um tem seu tempo de respiração, não é mesmo?!?!

29
LÍNGUA PORTUGUESA
6. (FUNDEC – TJ/MG – Oficial de Justiça – 2002) Todas as pala-
EXERCÍCIOS vras a seguir apresentam o mesmo número de sílabas e são paroxí-
tonas, EXCETO:
1. (CESGRANRIO – FINEP – TÉCNICO – 2011) A vírgula pode ser (A) gratuito;
retirada sem prejuízo para o significado e mantendo a norma pa- (B) silencio;
drão na seguinte sentença: (C) insensível;
(A) Mário, vem falar comigo depois do expediente. (D) melodia.
(B) Amanhã, apresentaremos a proposta de trabalho.
(C) Telefonei para o Tavares, meu antigo chefe. 7. (FUNIVERSA – CEB – ADVOGADO – 2010) Assinale a alterna-
(D) Encomendei canetas, blocos e crachás para a reunião. tiva em que todas as palavras são acentuadas pela mesma razão.
(E) Entrou na sala, cumprimentou a todos e iniciou o discurso. (A) “Brasília”, “prêmios”, “vitória”.
(B) “elétrica”, “hidráulica”, “responsáveis”.
2. (CESGRANRIO – PETROBRAS – TÉCNICO DE ENFERMAGEM (C) “sérios”, “potência”, “após”.
DO TRABALHO – 2011) Há ERRO quanto ao emprego dos sinais de (D) “Goiás”, “já”, “vários”.
pontuação em: (E) “solidária”, “área”, “após”.
(A) Ao dizer tais palavras, levantou-se, despediu-se dos convi-
dados e retirou-se da sala: era o final da reunião. 8. (CESGRANRIO – CMB – ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRA-
(B) Quem disse que, hoje, enquanto eu dormia, ela saiu sorra- TIVO – 2012) Algumas palavras são acentuadas com o objetivo ex-
teiramente pela porta? clusivo de distingui-las de outras. Uma palavra acentuada com esse
(C) Na infância, era levada e teimosa; na juventude, tornou-se objetivo é a seguinte:
tímida e arredia; na velhice, estava sempre alheia a tudo. (A) pôr.
(D) Perdida no tempo, vinham-lhe à lembrança a imagem mui- (B) ilhéu.
to branca da mãe, as brincadeiras no quintal, à tarde, com os (C) sábio.
irmãos e o mundo mágico dos brinquedos. (D) também.
(E) Estava sempre dizendo coisas de que mais tarde se arre- (E) lâmpada.
penderia. Prometia a si própria que da próxima vez, tomaria
cuidado com as palavras, o que entretanto, não acontecia. 9. (CESGRANRIO – BNDES – ADVOGADO – 2004) No título do
artigo “A tal da demanda social”, a classe de palavra de “tal” é:
3. (FCC – INFRAERO – ADMINISTRADOR – 2011) Está inteira- (A) pronome;
mente correta a pontuação do seguinte período: (B) adjetivo;
(A) Os personagens principais de uma história, responsáveis (C) advérbio;
pelo sentido maior dela, dependem, muitas vezes, de peque- (D) substantivo;
nas providências que, tomadas por figurantes aparentemente (E) preposição.
sem importância, ditam o rumo de toda a história.
(B) Os personagens principais, de uma história, responsáveis 10. Assinale a alternativa que apresenta a correta classificação
pelo sentido maior dela, dependem muitas vezes, de pequenas morfológica do pronome “alguém” (l. 44).
providências que tomadas por figurantes, aparentemente sem (A) Pronome demonstrativo.
importância, ditam o rumo de toda a história. (B) Pronome relativo.
(C) Os personagens principais de uma história, responsáveis (C) Pronome possessivo.
pelo sentido maior dela dependem muitas vezes de pequenas (D) Pronome pessoal.
providências, que, tomadas por figurantes aparentemente, (E) Pronome indefinido.
sem importância, ditam o rumo de toda a história.
(D) Os personagens principais, de uma história, responsáveis 11. Em relação à classe e ao emprego de palavras no texto, na
pelo sentido maior dela, dependem, muitas vezes de pequenas oração “A abordagem social constitui-se em um processo de traba-
providências, que tomadas por figurantes aparentemente sem lho planejado de aproximação” (linhas 1 e 2), os vocábulos subli-
importância, ditam o rumo de toda a história. nhados classificam-se, respectivamente, em
(E) Os personagens principais de uma história, responsáveis, (A) preposição, pronome, artigo, adjetivo e substantivo.
pelo sentido maior dela, dependem muitas vezes de peque- (B) pronome, preposição, artigo, substantivo e adjetivo.
nas providências, que tomadas por figurantes, aparentemente, (C) conjunção, preposição, numeral, substantivo e pronome.
sem importância, ditam o rumo de toda a história. (D) pronome, conjunção, artigo, adjetivo e adjetivo.
(E) conjunção, conjunção, numeral, substantivo e advérbio.
4. (NCE/UFRJ – TRE/RJ – Auxiliar Judiciário – 2001) O item abai-
xo que apresenta erradamente uma separação de sílabas é: 12. (CESGRANRIO – SEPLAG/BA – PROFESSOR PORTUGUÊS –
(A) trans-o-ce-â-ni-co; 2010) Estabelece relação de hiperonímia/hiponímia, nessa ordem,
(B) cor-rup-te-la; o seguinte par de palavras:
(C) sub-li-nhar;
(A) estrondo – ruído;
(D) pneu-má-ti-co;
(B) pescador – trabalhador;
(C) pista – aeroporto;
5. (FGV – SPTRANS – Especialista em Transportes – 2001) Assi-
(D) piloto – comissário;
nale a alternativa em que o x representa fonema igual ao de
(E) aeronave – jatinho.
“exame”.
(A) exceto.
(B) enxame.
(C) óxido.
(D) exequível.

30
LÍNGUA PORTUGUESA
13. (VUNESP – SEAP/SP – AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA III. O texto é apresenta partes narrativas e partes expositivas, já
PENITENCIÁRIA – 2012) No trecho – Para especialistas, fica uma que se trata de uma reportagem.
questão: até que ponto essa exuberância econômica no Brasil é IV. O texto apresenta partes narrativas e partes expositivas, já
sustentável ou é apenas mais uma bolha? – o termo em destaque se trata de um editorial.
tem como antônimo:
(A) fortuna; Analise as assertivas e responda:
(B) opulência; (A) Somente a I é correta.
(C) riqueza; (B) Somente a II é incorreta.
(D) escassez; (C) Somente a III é correta
(E) abundância. (D) A III e IV são corretas.

14. (FEMPERJ – VALEC – JORNALISTA – 2012) Intertextualidade 16. Observe as assertivas relacionadas ao texto “A lama que
é a presença de um texto em outro; o pensamento abaixo que NÃO ainda suja o Brasil”:
se fundamenta em intertextualidade é: I- O texto é coeso, mas não é coerente, já que tem problemas
(A) “Se tudo o que é bom dura pouco, eu já deveria ter morri- no desenvolvimento do assunto.
do há muito tempo.” II- O texto é coerente, mas não é coeso, já que apresenta pro-
(B) “Nariz é essa parte do corpo que brilha, espirra, coça e se blemas no uso de conjunções e preposições.
mete onde não é chamada.” III- O texto é coeso e coerente, graças ao bom uso das classes
(C) “Une-te aos bons e será um deles. Ou fica aqui com a de palavras e da ordem sintática.
gente mesmo!” IV- O texto é coeso e coerente, já que apresenta progressão
(D) “Vamos fazer o feijão com arroz. Se puder botar um ovo, temática e bom uso dos recursos coesivos.
tudo bem.”
(E) “O Neymar é invendável, inegociável e imprestável.” Analise as assertivas e responda:
(A) Somente a I é correta.
Leia o texto abaixo para responder a questão. (B) Somente a II é incorreta.
A lama que ainda suja o Brasil (C) Somente a III é correta.
Fabíola Perez(fabiola.perez@istoe.com.br) (D) Somente a IV é correta.

A maior tragédia ambiental da história do País escancarou um Leia o texto abaixo para responder as questões.
dos principais gargalos da conjuntura política e econômica brasilei-
ra: a negligência do setor privado e dos órgãos públicos diante de UM APÓLOGO
um desastre de repercussão mundial. Confirmada a morte do Rio Machado de Assis.
Doce, o governo federal ainda não apresentou um plano de recu-
peração efetivo para a área (apenas uma carta de intenções). Tam- Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
pouco a mineradora Samarco, controlada pela brasileira Vale e pela — Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrola-
anglo-australiana BHP Billiton. A única medida concreta foi a aplica- da, para fingir que vale alguma coisa neste mundo?
ção da multa de R$ 250 milhões – sendo que não há garantias de — Deixe-me, senhora.
que ela será usada no local. “O leito do rio se perdeu e a calha pro- — Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está
funda e larga se transformou num córrego raso”, diz Malu Ribeiro, com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me
coordenadora da rede de águas da Fundação SOS Mata Atlântica, der na cabeça.
sobre o desastre em Mariana, Minas Gerais. “O volume de rejeitos — Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha.
se tornou uma bomba relógio na região.” Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem
Para agravar a tragédia, a empresa declarou que existem ris- o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos
cos de rompimento nas barragens de Germano e de Santarém. Se- outros.
gundo o Departamento Nacional de Produção Mineral, pelo menos — Mas você é orgulhosa.
16 barragens de mineração em todo o País apresentam condições — Decerto que sou.
de insegurança. “O governo perdeu sua capacidade de aparelhar — Mas por quê?
órgãos técnicos para fiscalização”, diz Malu. Na direção oposta — É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa
Ao caminho da segurança, está o projeto de lei 654/2015, ama, quem é que os cose, senão eu?
do senador Romero Jucá (PMDB-RR) que prevê licença única em um — Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora
tempo exíguo para obras consideradas estratégicas. O novo marco que quem os cose sou eu, e muito eu?
regulatório da mineração, por sua vez, também concede priorida- — Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pe-
de à ação de mineradoras. “Ocorrerá um aumento dos conflitos ju- daço ao outro, dou feição aos babados…
diciais, o que não será interessante para o setor empresarial”, diz — Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante,
Maurício Guetta, advogado do Instituto Sócio Ambiental (ISA). Com puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e
o avanço dessa legislação outros danos irreversíveis podem ocorrer. mando…
FONTE: http://www.istoe.com.br/reportagens/441106_A+LA MA+- — Também os batedores vão adiante do imperador.
QUE+AINDA+SUJA+O+BRASIL — Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel su-
15. Observe as assertivas relacionadas ao texto lido: balterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o
I. O texto é predominantemente narrativo, já que narra um trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto…
fato. Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa.
II. O texto é predominantemente expositivo, já que pertence ao Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que
gênero textual editorial. tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a

31
LÍNGUA PORTUGUESA
costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, en- (C) “- Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante,
fiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço
orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre e mando...” (L.14-15)
os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a (D) “- Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco?
isto uma cor poética. E dizia a agulha: Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo;
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando
Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é abaixo e acima.” (L.25-26)
que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo (E) “- Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela
e acima… e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de
A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém.
agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe Onde me espetam, fico.” (L.40-41)
o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha vendo que
ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era 18. O diminutivo, em Língua Portuguesa, pode expressar outros
tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-pli- valores semânticos além da noção de dimensão, como afetividade,
c-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a pejoratividade e intensidade. Nesse sentido, pode-se afirmar que
costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até os valores semânticos utilizados nas formas diminutivas “unidi-
que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile. nha”(L.26) e “corpinho”(L.32), são, respectivamente, de:
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que (A) dimensão e pejoratividade;
a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para (B) afetividade e intensidade;
dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da (C) afetividade e dimensão;
bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, (D) intensidade e dimensão;
alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, (E) pejoratividade e afetividade.
perguntou-lhe:
— Ora agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da 19. Em um texto narrativo como “Um Apólogo”, é muito co-
baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que mum uso de linguagem denotativa e conotativa. Assinale a alterna-
vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para tiva cujo trecho retirado do texto é uma demonstração da expressi-
a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? vidade dos termos “linha” e “agulha” em sentido figurado.
Vamos, diga lá. (A) “- É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de ca- ama, quem é que os cose, senão eu?” (L.11)
beça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: (B) “- Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha.
— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é Agulha não tem cabeça.” (L.06)
que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze (C) “- Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um
como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, pedaço ao outro, dou feição aos babados...” (L.13)
fico. (D) “- Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordi-
Contei esta história a um professor de melancolia, que me dis- nária!” (L.43)
se, abanando a cabeça: — Também eu tenho servido de agulha a (E) “- Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco?”
muita linha ordinária! (L.25)

17. De acordo com o texto “Um Apólogo” de Machado de Assis 20. De acordo com a temática geral tratada no texto e, de modo
e com a ilustração abaixo, e levando em consideração as persona- metafórico, considerando as relações existentes em um ambiente
gens presentes nas narrativas tanto verbal quanto visual, indique de trabalho, aponte a opção que NÃO corresponde a uma ideia pre-
a opção em que a fala não é compatível com a associação entre os sente no texto:
elementos dos textos: (A) O texto sinaliza que, normalmente, não há uma relação
equânime em ambientes coletivos de trabalho;
(B) O texto sinaliza que, normalmente, não há uma relação
equânime em ambientes coletivos de trabalho;
(C) O texto indica que, em um ambiente coletivo de trabalho,
cada sujeito possui atribuições próprias.
(D) O texto sugere que o reconhecimento no ambiente cole-
tivo de trabalho parte efetivamente das próprias atitudes do
sujeito.
(E) O texto revela que, em um ambiente coletivo de trabalho,
frequentemente é difícil lidar com as vaidades individuais.

21. (FCC – TRE/MG – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2005) As liberda-


des ...... se refere o autor dizem respeito a direitos ...... se ocupa a
nossa Constituição. Preenchem de modo correto as lacunas da frase
acima, na ordem dada, as expressões:
(A) a que – de que;
(A) “- Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda en- (B) de que – com que;
rolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo?” (L.02) (C) a cujas – de cujos;
(B) “- Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. (D) à que – em que;
Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar?” (L.06) (E) em que – aos quais.

32
LÍNGUA PORTUGUESA
22. (ESAF – CGU – ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE – 2008) 25. Levando-se em consideração os conceitos de frase, oração
Assinale o trecho que apresenta erro de regência. e período, é correto afirmar que o trecho abaixo é considerado um
(A) Depois de um longo período em que apresentou taxas de (a):
crescimento econômico que não iam além dos 3%, o Brasil fe- “A expectativa é que o México, pressionado pelas mudanças
cha o ano de 2007 com uma expansão de 5,3%, certamente a americanas, entre na fila.”
maior taxa registrada na última década. (A) Frase, uma vez que é composta por orações coordenadas e
(B) Os dados ainda não são definitivos, mas tudo sugere que subordinadas.
serão confirmados. A entidade responsável pelo estudo foi a (B) Período, composto por três orações.
conhecida Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL). (C) Oração, pois possui sentido completo.
(C) Não há dúvida de que os números são bons, num momento (D) Período, pois é composto por frases e orações.
em que atingimos um bom superávit em conta-corrente, em
que se revela queda no desemprego e até se anuncia a am- 26. (AOCP – PREF. DE CATU/BA – MECÂNICO DE VEÍCULOS – 2007)
pliação de nossas reservas monetárias, além da descoberta de Leia a seguinte sentença: Joana tomou um sonífero e não dormiu. Assi-
novas fontes de petróleo. nale a alternativa que classifica corretamente a segunda oração.
(D) Mesmo assim, olhando-se para os vizinhos de continente, (A) Oração coordenada assindética aditiva.
percebe-se que nossa performance é inferior a que foi atribuí- (B) Oração coordenada sindética aditiva.
da a Argentina (8,6%) e a alguns outros países com participação (C) Oração coordenada sindética adversativa.
menor no conjunto dos bens produzidos pela América Latina. (D) Oração coordenada sindética explicativa.
(E) Nem é preciso olhar os exemplos da China, Índia e Rússia, (E) Oração coordenada sindética alternativa.
com crescimento acima desses patamares. Ao conjunto inteiro
da América Latina, o organismo internacional está atribuindo 27. (AOCP – PREF. DE CATU/BA – BIBLIOTECÁRIO – 2007) Leia a
um crescimento médio, em 2007, de 5,6%, um pouco maior do seguinte sentença: Não precisaremos voltar ao médico nem fazer exa-
que o do Brasil. mes. Assinale a alternativa que classifica corretamente as duas orações.
(A) Oração coordenada assindética e oração coordenada adver-
23. (VUNESP – TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – sativa.
2011) Assinale a alternativa em que a concordância verbal está cor- (B) Oração principal e oração coordenada sindética aditiva.
reta. (C) Oração coordenada assindética e oração coordenada adi-
(A) Haviam cooperativas de catadores na cidade de São Paulo. tiva.
(B) O lixo de casas e condomínios vão para aterros. (D) Oração principal e oração subordinada adverbial consecu-
(C) O tratamento e a destinação corretos do lixo evitaria que tiva.
35% deles fosse despejado em aterros. (E) Oração coordenada assindética e oração coordenada adver-
(D) Fazem dois anos que a prefeitura adia a questão do lixo. bial consecutiva.
(E) Somos nós quem paga a conta pelo descaso com a coleta
de lixo. 28. (EMPASIAL – TJ/SP – ESCREVENTE JUDICIÁRIO – 1999) Ana-
lise sintaticamente a oração em destaque:
24. (ESAF – CGU – ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE – 2012) “Bem-aventurados os que ficam, porque eles serão recompen-
Assinale a opção que fornece a correta justificativa para as relações sados” (Machado de Assis).
de concordância no texto abaixo. (A) oração subordinada substantiva completiva nominal.
O bom desempenho do lado real da economia proporcionou (B) oração subordinada adverbial causal.
um período de vigoroso crescimento da arrecadação. A maior lucra- (C) oração subordinada adverbial temporal desenvolvida.
tividade das empresas foi decisiva para os resultados fiscais favo- (D) oração coordenada sindética conclusiva.
ráveis. Elevaram-se, de forma significativa e em valores reais, de- (E) oração coordenada sindética explicativa.
flacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), as
receitas do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), a Contribuição 29. (FGV – SENADO FEDERAL – TÉCNICO LEGISLATIVO – ADMI-
Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), e a Contribuição para o Finan- NISTRAÇÃO – 2008) “Mas o fato é que transparência deixou de ser
ciamento da Seguridade Social (Cofins). O crescimento da massa de um processo de observação cristalina para assumir um discurso de
salários fez aumentar a arrecadação do Imposto de Renda Pessoa políticas de averiguação de custos engessadas que pouco ou quase
Física (IRPF) e a receita de tributação sobre a folha da previdência nada retratam as necessidades de populações distintas.”.
social. Não menos relevantes foram os elevados ganhos de capital, A oração grifada no trecho acima classifica-se como:
responsáveis pelo aumento da arrecadação do IRPF. (A) subordinada substantiva predicativa;
(A) O uso do plural em “valores” é responsável pela flexão de (B) subordinada adjetiva restritiva;
plural em “deflacionados”. (C) subordinada substantiva subjetiva;
(B) O plural em “resultados” é responsável pela flexão de plural (D) subordinada substantiva objetiva direta;
em “Elevaram-se”. (E) subordinada adjetiva explicativa.
(C) Emprega-se o singular em “proporcionou” para respeitar as
regras de concordância com “economia”. 30. (FUNCAB – PREF. PORTO VELHO/RO – MÉDICO – 2009) No
(D) O singular em “a arrecadação” é responsável pela flexão de trecho abaixo, as orações introduzidas pelos termos grifados são
singular em “fez aumentar”. classificadas, em relação às imediatamente anteriores, como:
(E) A flexão de plural em “foram” justifica-se pela concordância “Não há dúvida de que precisaremos curtir mais o dia a dia,
com “relevantes”. mas nunca à custa de nossos filhos...”
(A) subordinada substantiva objetiva indireta e coordenada sin-
dética adversativa;
(B) subordinada adjetiva restritiva e coordenada sindética ex-
plicativa;

33
LÍNGUA PORTUGUESA
(C) subordinada adverbial conformativa e subordinada adver- 6. Para os destacados empresários do ramo frigorífico, um belo
bial concessiva; “mamar na vaca você não quer, né?” é incontestável. Tenho certeza
(D) subordinada substantiva completiva nominal e coordenada de que o estimado leitor há de concordar.
sindética adversativa; 7. E os deputados e senadores? E os que infringiram acordos?
(E) subordinada adjetiva restritiva e subordinada adverbial con- Ou aquilo está “um quiprocó”, “um perereco” do caramba mesmo.
cessiva. Alguns ministros “aparecem mais que umbigo de vedete”, mas a
real é que deveriam “sair de fininho”.
31. (PREFEITURA DE CARANAÍBA - MG - AUXILIAR DE CONSUL- 8. A verdade é que o País está “do jeito que o diabo gosta” e
TÓRIO DENTÁRIO - FCM - 2019) cabe a nós acabar logo com esse “lero-lero” e “partir pras cabeças”.
Afinal, amigo, nossa situação “está mais feia que bater na mãe”.
O Sol e a Neve IstoÉ, n. 2581, 19 jun. 2019. Adaptado

Era uma floquinha de neve que vivia no alto de uma montanha Avalie as informações sobre aspectos estilísticos e semânticos
gelada. Um dia, se apaixonou pelo sol. E passou a flertar descarada- utilizados pelo autor do texto.
mente com ele. “Cuidado!”, alertaram os flocos mais experientes. I. No período “Tenho certeza de que o estimado leitor há de
“Você pode se derreter”. Mas a nevinha não queria nem saber e concordar...”, algumas palavras estão empregadas no sentido cono-
continuava a olhar para o Sol, que com seus raios a queimava de tativo.
paixão. Ela nem percebia o quanto se derretia... e ficou ali um bom II. Identifica-se a metonímia em um dos sintagmas da estrutura
tempo, só se derretendo, se derretendo. Quando viu, era uma goti- frasal “... aos que se enriqueceram por meios ilícitos, um ‘bobeou,
nha, uma pequena lágrima de amor descendo, com nobreza e deli- dançou’ cai feito uma luva”. (§3)
cadeza, a montanha. Lá embaixo, um rio esperava por ela. III. A locução adjetiva “do balacobaco”, presente no título, diz
Disponível em: <file:///C:/Users/sosan/Downloads/2014-08a-18s- respeito a algo inverossímil, descontextualizado e que caiu em de-
-ep-05.pdf> Acesso em: 15 ago. 2019. suso.
IV. Em “Nossa cultura popular é uma enciclopédia aberta, en-
No sentido figurado, a personificação confere características, volvente e rica em termos e frases de profundidade inquestionável”
qualidades e sentimentos de seres humanos a seres irracionais ou (§1), uma das figuras de linguagem empregada é a personificação.
inanimados. V. A expressão “enciclopédia aberta” (§1) é uma metáfora, pois
O trecho em que a personificação NÃO aparece é nela as palavras foram retiradas do seu contexto convencional e um
(A) “Lá embaixo, um rio esperava por ela.” novo campo de significação se instaurou por meio de uma compa-
(B) “... com seus raios a queimava de paixão.” ração implícita.
(C) “Mas a nevinha (...) continuava a olhar para o sol”.
(D) “‘Cuidado’!, alertaram os flocos mais experientes.” Está correto apenas o que se afirma em
(A) II e IV.
32. (PREFEITURA DE CARANAÍBA - MG - ASSISTENTE SOCIAL - (B) IV e V.
FCM - 2019) (C) I, II, III.
(D) I, III e V.
Um país do balacobaco
Mentor Neto 33. (EMDEC - ADVOGADO JR - IBFC - 2019)

1. Nossa cultura popular é uma enciclopédia aberta, envolven- A perfeição (adaptado)


te e rica em termos e frases de profundidade inquestionável. Co-
nhecimento comum, da gente simples, do dia a dia, que resultou O susto de reencontrar alguém que não vemos há anos é o im-
em gotículas de sabedoria muitas vezes desprezadas. Ao longo dos pacto do tempo. O desmanche alheio incomoda? Claro que não,
anos venho colecionando inúmeras. Utilizo esta enciclopédia aber- apenas o nosso refletido na hipótese de estarmos também daquele
ta como repositório que, acredito, poderia ser de amplo emprego jeito. Há momentos nos quais o salto para o abismo do fim parece
por alguns brasileiros. mais dramático: especialmente entre 35 e 55. (...)
2. É verdade que algumas dessas expressões caíram em desuso, Agatha Christie deu um lindo argumento para todos nós que
mas nem por isso perderam o brilhantismo. Por exemplo, no es- envelhecemos. Na sua Autobiografia, narra que a solução de um ca-
cândalo mais recente, o caso Intercept Brasil, o conselho “em boca samento feliz está em imitar o segundo casamento da autora: con-
fechada não entra mosca” teria sido de profunda utilidade.  trair núpcias com um arqueólogo (no caso, Max Mallowan), pois,
3. Há como descrever melhor o trabalho da Lava Jato do que quanto mais velha ela ficava, mais o marido se apaixonava. Talvez
com um “cada enxadada uma minhoca”? Aos acusados ou suspei- o mesmo indicativo para homens e mulheres estivesse na busca de
tos de corrupção, aos que se enriqueceram por meios ilícitos, um geriatras, restauradores, historiadores, egiptólogos ou, no limite,
“bobeou, dançou” cai feito uma luva. tanatologistas.
4. “Entornar o caldo” me parece adequado quando nos referimos Envelhecer é complexo, a opção é mais desafiadora. O célebre
à cultura de delações premiadas na qual estamos imersos. Por falar nis- historiador israelense Yuval Harari prevê que a geração alpha (nas-
so, os delatores encontram um sábio conselho no “ajoelhou, tem que cidos no século em curso) chegará, no mínimo, a 120 anos se obti-
rezar” ou, quem sabe, no consagrado “colocar a boca no trombone”! ver cuidados básicos. O Brasil envelhece demograficamente e nós
Já aos que preferem manter o silêncio, “boca de siri” é o ideal. poderíamos ser chamados de vanguarda do novo processo. Dizem
5. Alguns personagens desse “bafafá” que tomou conta de nos- que Nelson Rodrigues aconselhava aos jovens que envelhecessem,
sa política são protagonistas tão importantes que merecem frases como o melhor indicador do caminho a seguir. Não precisamos do
conhecidas de aplicação exclusiva, já que “entraram numa fria”. Afi- conselho pois o tempo é ceifador inevitável. (...)
nal, como descrever mais precisamente o que ocorreu com aquele Como em toda peça teatral, o descer das cortinas pode ser
que “foi pego com a boca na botija”? a deixa para um aplauso caloroso ou um silêncio constrangedor,
quando não vaia estrondosa. É sabedoria que o tempo ensina, ao

34
LÍNGUA PORTUGUESA
retirar nossa certeza com o processo de aprendizado. Hoje começa 36. (CORE-MT - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITUTO EX-
mais um dia e mais uma etapa possível. Hoje é um dia diferente de CELÊNCIA - 2019)
todos. Você, tendo 16 ou 76, será mais velho amanhã e terá um dia
a menos de vida. Hoje é o dia. Jovens, velhos e adjacentes: é preciso Em “Tempos Modernos”, fez-se o uso de figuras de linguagem,
ter esperança.  assinale a alternativa em que os termos destacados têm a classifi-
cação corretamente:
Leia os trechos retirados do texto e assinale a alternativa
que não possui uma figura de linguagem em sua construção. ”Hoje o tempo voa, amor
(A) “pois o tempo é ceifador inevitável.” escorre pelas mãos
(B) “deixa para um aplauso caloroso.” ...Vamos viver tudo que há pra viver .
(C) “É sabedoria que o tempo ensina.” ..eu vejo um novo começo de era
(D) “Você, tendo 16 ou 76, será mais velho amanhã.” de gente fina, elegante, sincera
com habilidade para dizer mais sim do que não
34. (CORE-MT – FISCAL - INSTITUTO EXCELÊNCIA - 2019)
(A) Prosopopeia / pleonasmo / gradação / antítese.
Assinale a alternativa que contém as figuras de linguagem cor- (B) Metáfora / pleonasmo / gradação / antítese.
respondentes aos períodos a seguir: (C) Metáfora / hipérbole / gradação / antítese.
I- “Está provado, quem ama o feio, bonito lhe parece.” (D) Pleonasmo / metáfora / antítese / gradação.
II- “ Era a união do amor e o ódio.” (E) Nenhuma das alternativas.
III- Ele foi discriminado por faltar com a verdade.”
IV- Marta quase morreu de tanto rir no circo.
GABARITO
(A) ironia - antítese - eufemismo - hipérbole.
(B) eufemismo - ironia - hipérbole - antítese.
(C) hipérbole - eufemismo - antítese - ironia.
(D) antítese - hipérbole – ironia – eufemismo. 1 B
(E) Nenhuma das alternativas. 2 E
3 A
35. (CORE-MT - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITUTO EX-
CELÊNCIA - 2019) 4 A
5 D
Na tirinha abaixo, há dois exemplos de figura de linguagem,
identifique-os e assinale a alternativa CORRETA: 6 A
7 A
8 A
9 A
10 E
11 B
12 E
13 D
14 E
15 C
16 D
17 E
18 D
19 D
(A) Metáfora e pleonasmo.
(B) Metáfora e antítese. 20 D
(C) Metonímia e hipérbole. 21 A
(D) Metonímia e ironia.
22 D
(E) Nenhuma das alternativas.
23 E
24 A
25 B
26 C
27 C
28 E

35
LÍNGUA PORTUGUESA

29 A 3-) (TCE-RN – CARGO 1 - CESPE/2015 - adaptada)


A Comissão de Acompanhamento e Fiscalização da Copa 2014
30 D (CAFCOPA) constatou indícios de superfaturamento em contratos
31 B relativos a consultorias técnicas para modelagem do projeto de
parceria público-privada usada para construir uma das arenas da
32 B Copa 2014.
33 D Após análise das faturas de um dos contratos, constatou-se que
os consultores apresentaram regime de trabalho incompatível com
34 A
a realidade. Sete dos 11 contratados alegadamente trabalharam
35 C 77,2 horas por dia no período entre 16 de setembro e sete de ou-
36 A tubro de 2010. Os outros quatro supostamente trabalharam 38,6
horas por dia. Tendo em vista que um dia só tem 24 horas, identifi-
cou-se a ocorrência de superfaturamento no valor de R$ 2.383.248.
“É óbvio que tais volumes de horas trabalhadas jamais existiram.
Diante de tal situação, sabendo-se que o dia possui somente 24 ho-
EXERCÍCIOS COMENTADOS ras, resta inconteste o superfaturamento praticado nesta primeira
fatura de serviços”, aponta o relatório da CAFCOPA.
1-) (TCE-RN – CARGO 1 - CESPE/2015 - adaptada) Existem outros indícios fortes que apontam para essa irregu-
Exercer a cidadania é muito mais que um direito, é um dever, laridade, pois não há nos autos qualquer folha de ponto ou docu-
uma obrigação. mento comprobatório da efetiva prestação dos serviços por parte
Você como cidadão é parte legítima para, de acordo com a lei, dos consultores.
informar ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte Internet: <www.jornaldehoje.com.br> (com adaptações).
(TCE/RN) os atos ilegítimos, ilegais e antieconômicos eventualmen-
te praticados pelos agentes públicos. O termo “com a realidade” e a oração ‘que tais volumes de ho-
A garantia desse preceito advém da própria Constituição do ras trabalhadas jamais existiram’ desempenham a função de com-
estado do Rio Grande do Norte, em seu artigo 55, § 3.º, que estabe- plemento dos adjetivos “incompatível” e ‘óbvio’, respectivamente.
lece que qualquer cidadão, partido político ou entidade organizada ( ) CERTO
da sociedade pode apresentar ao TCE/RN denúncia sobre irregula- ( ) ERRADO
ridades ou ilegalidades praticadas no âmbito das administrações
estadual e municipal. Voltemos ao texto: regime de trabalho incompatível com a rea-
Exercício da cidadania. Internet: <www.tce.rn.gov.br> (com adapta- lidade = complemento nominal de “incompatível” (afirmação do
ções). enunciado correta); É óbvio que tais volumes de horas trabalhadas
jamais existiram = podemos substituir a oração destacada por “Isso
Mantém-se a correção gramatical do texto se o trecho “infor- é óbvio”, o que nos indica que se trata de uma oração com função
mar ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE/ substantiva - no caso, oração subordinada substantiva subjetiva –
RN) os atos ilegítimos” for reescrito da seguinte forma: informar função de sujeito da oração principal (É óbvio), ou seja, afirmação
ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE/RN) do enunciado incorreta.
sobre os atos ilegítimos. RESPOSTA: ERRADO.
( ) CERTO
( ) ERRADO 4-) (TCE-RN – CARGO 1 - CESPE/2015 - adaptada) O uso dos
advérbios “alegadamente” e “supostamente” concorre para a argu-
Quem informa, informa algo (os atos ilegítimos) a alguém (ao mentação apresentada no texto de que houve irregularidades em
Tribunal de Contas), portanto não há presença de preposição antes um dos contratos, especificamente no que se refere à descrição do
do objeto direto (os atos). volume de horas trabalhadas pelos consultores.
RESPOSTA: ERRADO. ( ) CERTO
( ) ERRADO
2-) (TCE-RN – CARGO 1 - CESPE/2015 - adaptada) A substitui-
ção da última vírgula do primeiro parágrafo do texto pela conjunção Sete dos 11 contratados alegadamente trabalharam 77,2 horas
e não acarreta erro gramatical ao texto nem traz prejuízo à sua in- por dia no período entre 16 de setembro e sete de outubro de 2010.
terpretação original. Os outros quatro supostamente trabalharam 38,6 horas por dia.
( ) CERTO Sete funcionários alegaram ter trabalhado horas a mais e há a
( ) ERRADO suposição de que quatro também ultrapassaram o limite estabele-
cido.
Analisemos o trecho sugerido: Exercer a cidadania é muito RESPOSTA: CERTO.
mais que um direito, é um dever, uma obrigação. Se acrescentarmos
a conjunção “e” teremos “é um dever e uma obrigação” = haveria 5-) (CESPE – TCE-RN – CARGO 1/2015 - adaptada) A oração
mudança no sentido, pois da maneira como foi escrito entende-se “que os consultores apresentaram regime de trabalho incompatí-
que o termo “obrigação” foi enfatizado, por isso não se conectou ao vel com a realidade” funciona como complemento da forma verbal
termo anterior. “constatou-se”.
RESPOSTA: ERRADO. ( ) CERTO
( ) ERRADO

- constatou-se que os consultores apresentaram regime de tra-


balho incompatível com a realidade

36
LÍNGUA PORTUGUESA
A oração destacada pode ser substituída pelo termo “isso” (Isso 8-) (ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO - ESAF/2015) Assina-
foi constatado), o que nos indica ser uma oração substantiva = ela le a opção correspondente a erro gramatical inserido no texto.
funciona como sujeito da oração principal, portanto não a comple- A Embraer S. A. atualmente é destaque (1) internacional e
menta. Temos uma oração subordinada substantiva subjetiva. passou a produzir aeronaves para rotas regionais e comerciais de
RESPOSTA: ERRADO. pequena e média densidades (2), bastante (3) utilizadas no Brasil,
Europa e Estados Unidos. Os modelos 190 e 195 ocupou (4) o espa-
6-) (CESPE – TCE-RN – CARGO 1/2015 - adaptada) As formas ço que era do Boeing 737.300, 737.500, DC-9, MD-80/81/82/83 e
verbais “apresentaram”, “trabalharam” e “Existem” aparecem fle- Fokker 100. A companhia brasileira é hoje a terceira maior indústria
xionadas no plural pelo mesmo motivo: concordância com sujeito aeronáutica do mundo, com filiais em vários países, inclusive na (5)
composto plural. China.
( ) CERTO <http://www.portalbrasil.net/aviacao_historia.htm>. Acesso
( ) ERRADO em:13/12/2015. (com adaptações).

- os consultores apresentaram = verbo concorda com o sujeito A) é destaque


simples B) densidades
- Sete dos 11 contratados alegadamente trabalharam = verbo C) bastante
concorda com o sujeito simples D) ocupou
- Existem outros indícios fortes = verbo concorda com o sujeito E) inclusive na
simples
Trata-se de sujeito simples, não composto (não há dois elemen- Os modelos 190 e 195 ocupou = os modelos ocuparam
tos em sua composição) RESPOSTA: D
RESPOSTA: ERRADO.
9-) (ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO- ESAF/2015) Assinale
7-) (ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO - ESAF/2015 - adap- a opção correta quanto à justificativa em relação ao emprego de
tada) Em relação às estruturas linguísticas do texto, assinale a op- vírgulas.
ção correta. O mercado de jatos executivos está em alta há alguns anos, e
Não vamos discorrer sobre a pré-história da aviação, sonho dos os maiores mercados são Estados Unidos, Brasil, França, Canadá,
antigos egípcios e gregos, que representavam alguns de seus deu- Alemanha, Inglaterra, Japão e México. Também nesse segmento a
ses por figuras aladas, nem sobre o vulto de estudiosos do proble- Embraer é destaque, apesar de disputar ferozmente esse mercado
ma, como Leonardo da Vinci, que no século XV construiu um modelo com outras indústrias poderosas, principalmente a canadense Bom-
de avião em forma de pássaro. Pode-se localizar o início da aviação bardier. A Embraer S.A. está desenvolvendo também uma aerona-
nas experiências de alguns pioneiros que, desde os últimos anos do ve militar, batizada de KC-390, que substituirá os antigos Hércules
século XIX, tentaram o voo de aparelhos então denominados mais C-130, da Força Aérea Brasileira. Para essa aeronave a Embraer S.A.
pesados do que o ar, para diferenciá-los dos balões, cheios de gases, já soma algumas centenas de pedidos e reservas.
mais leves do que o ar. <http://www.portalbrasil.net/aviacao_historia.htm> Acesso em:
Ao contrário dos balões, que se sustentavam na atmosfera por 13/12/2015 (com adaptações).
causa da menor densidade do gás em seu interior, os aviões preci-
savam de um meio mecânico de sustentação para que se elevassem As vírgulas no trecho “...os maiores mercados são Estados Uni-
por seus próprios recursos. O brasileiro Santos Dumont foi o primei- dos, Brasil, França, Canadá, Alemanha, Inglaterra, Japão e México.”
ro aeronauta que demonstrou a viabilidade do voo do mais pesado separam
do que o ar. O seu voo no “14-Bis” em Paris, em 23 de outubro de A) aposto explicativo que complementa oração principal.
1906, na presença de inúmeras testemunhas, constituiu um marco B) palavras de natureza retificativa e explicativa.
na história da aviação, embora a primazia do voo em avião seja C) oração subordinada adjetiva explicativa.
disputada por vários países. D) complemento verbal composto por objeto direto.
<http://www.portalbrasil.net/aviacao_historia.htm>. Acesso em: E) termos de mesma função sintática em uma enumeração.
13/12/2015 (com adaptações).
RESPOSTA: E
A) O emprego de vírgula após “Vinci” justifica-se para isolar
oração subordinada de natureza restritiva. 10-) (ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO - ESAF/2015) Assi-
B) Em “Pode-se” o pronome “se” indica a noção de condição. nale a opção que apresenta substituição correta para a forma verbal
C) A substituição de “então” por “naquela época” prejudica as contribuiu.
informações originais do texto. No início da década de 60, trinta anos depois de sua funda-
D) Em “se sustentavam” e “se elevassem” o pronome “se” in- ção, a Panair já era totalmente nacional. Era uma época de crise
dica voz reflexiva. na aviação comercial brasileira, pois todas as companhias apresen-
E) O núcleo do sujeito de “constituiu” é 14-Bis. tavam problemas operacionais e crescentes dívidas para a moder-
nização geral do serviço que prestavam. Uma novidade contribuiu
A = incorreta (oração de natureza explicativa) para apertar ainda mais a situação financeira dessas empresas - a
B = incorreta (pronome apassivador) inflação. Apesar disso, não foram esses problemas, comuns às con-
C = incorreta correntes, que causaram a extinção da Panair.
E = incorreta (voo) <http://www.areliquia.com.br/Artigos%20Anteriores/58Panair.htm>.
RESPOSTA: D Acesso em: 13/12/2015 (com adaptações).

A) contribuísse
B) contribua

37
LÍNGUA PORTUGUESA
C) contribuíra E) Trabalho na área administrativa junto com outros técnicos e
D) contribuindo analistas, além de ser gestor substituto (…)
E) contribuído RESPOSTA: A

A substituição pode ser feita utilizando-se um verbo que in- (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL
dique uma ação que acontecera há muito tempo (década de 60!), - ESAF/2015 - adaptada) Leia o texto a seguir para responder às
portanto no pretérito mais-que-perfeito do Indicativo (contribuíra). questões
RESPOSTA: C
Se você é um passageiro frequente, certamente já passou por
(ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL - uma turbulência. A pior da minha vida foi no meio do nada, sobre-
ESAF/2015 - adaptada) Leia o depoimento a seguir para responder voando o Atlântico, e durou uma boa hora. Já que estou aqui escre-
às questões vendo esse artigo, sobrevivi.
A turbulência significa que o avião vai cair? Ok, sabemos que
Há quase dois anos fui empossado técnico administrativo na não. Apesar de também sabermos que o avião é a forma mais se-
ANAC de São Paulo e estou muito satisfeito de trabalhar lá. Nesse gura de viagem, não é tão fácil lembrar disso em meio a uma tur-
tempo já fui nomeado para outros dois cargos na administração bulência. Então, não custa lembrar que, mesmo quando o ar está
pública, porém preferi ficar onde estou por diversos motivos, pro- “violento”, é impossível que ele «arremesse» o avião para o chão.
fissionais e pessoais. Sinceramente, sou partidário do “não se mexe <http://revistagalileu.globo.com/Tecnologia/noticia/2015/07/tur-
em time que está ganhando”. bulencia-dos-avioes-e-perigosa.html> Acesso em:15/12/2015(com
adaptações).
Trabalho na área administrativa junto com outros técnicos e
analistas, além de ser gestor substituto do setor de transportes da 13-) Assinale a opção em que o primeiro período do texto foi
ANAC/SP. Tenho de analisar documentação, preparar processos reescrito com correção gramatical.
solicitando pagamentos mensais para empresas por serviços pres- A) Na hipótese de você for um passageiro frequente, já tinha
tados, verificar se os termos do contrato estão sendo cumpridos, passado por uma turbulência, com certeza.
resolver alguns “pepinos” que sempre aparecem ao longo do mês, B) Certamente, já deverá ter passado por uma turbulência, se
além, é claro, de efetuar trabalhos eventuais que surgem conforme você fosse um passageiro frequente.
a demanda. C) Na certa, acaso você seja um passageiro frequente, já acon-
<http://wordpress.concurseirosolitario.com.br/o-cotidianode-um-ser- teceu de passar por uma turbulência.
vidor-publico/> Acesso em: 17/12/2015> (comadaptações). D) Com certeza, se você foi um passageiro frequente, já tivesse
passado por uma turbulência.
11-) Assinale a substituição proposta que causa erro de morfos- E) Caso você seja um passageiro frequente, já deve, com certe-
sintaxe no texto.substituir:por: za, ter passado por uma turbulência.
A) HáA
B) Nesse tempoDurante esse tempo Correções:
C) junto juntamente A) Na hipótese de você for (SER) um passageiro frequente, já
D) Tenho deTenho que tinha passado (PASSOU) por uma turbulência, com certeza.
E) ao longo do mês no decorrer do mês B) Certamente, já deverá (DEVE) ter passado por uma turbulên-
cia, se você fosse (FOR) um passageiro frequente.
A única substituição que causaria erro é a de “há” por “a”, já C) Na certa, acaso você seja um passageiro frequente, já acon-
que, quando empregado com o sentido de tempo passado, deve ser teceu de passar (PASSOU) por uma turbulência.
escrito com “h” (há). D) Com certeza, se você foi (É) um passageiro frequente, já ti-
RESPOSTA: A vesse passado (PASSOU) por uma turbulência.
E) Caso você seja um passageiro frequente, já deve, com certe-
12-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO za, ter passado por uma turbulência.
CIVIL - ESAF/2015 - adaptada) Assinale a opção em que a pontua- RESPOSTA: E
ção permanece correta, apesar de ter sido modificada.
A) Há quase dois anos, fui empossado técnico administrativo 14-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO
(...) CIVIL - ESAF/2015) A expressão sublinhada em “Já que estou escre-
B) (...) na ANAC, de São Paulo e estou muito satisfeito de tra- vendo esse artigo, sobrevivi” tem sentido de
balhar lá. A) conformidade.
C) (...) na administração pública, porém; preferi, ficar onde es- B) conclusão.
tou (…) C) causa.
D) Sinceramente sou partidário, do “não se mexe, em time que D) dedução.
está ganhando”. E) condição.
E) Trabalho na área administrativa, junto com outros técnicos e
analistas, além de ser, gestor substituto (…) Subordinadas Adverbiais - Indicam que a oração subordinada
exerce a função de adjunto adverbial da principal. De acordo com a
Fiz as correções: circunstância que expressam, classificam-se em:
B) na ANAC de São Paulo e estou muito satisfeito de trabalhar - Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da
lá. oração principal. As conjunções são: porque, que, como (= porque,
C) na administração pública, porém preferi ficar onde estou (…) no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já
D) Sinceramente, sou partidário do “não se mexe em time que que, desde que, etc.
está ganhando”. RESPOSTA: C

38
LÍNGUA PORTUGUESA
15-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO A) Acentua-se o verbo “é”, quando átono, para diferenciá-lo da
CIVIL - ESAF/2015 - adaptada) Sobre as vírgulas e as aspas empre- conjunção “e”.
gadas no texto é correto afirmar que B) “Você” é palavra acentuada por ser paroxítona terminada na
A) a primeira vírgula separa duas orações coordenadas. vogal “e” fechada.
B) a vírgula antes do “e” ocorre porque o verbo da oração “e C) “Despachá-los” se acentua pelo mesmo motivo de “deverá”.
durou uma boa hora” é diferente do verbo da oração anterior. D) Ocorre acento grave em “à busca pessoal” em razão do em-
C) a vírgula antes de “sobrevivi” marca a diferença entre os prego de locução com substantivo no feminino.
tempos verbais de “estou escrevendo” e “sobrevivi”. E) O acento agudo em “grávidas” se deve por se tratar de pala-
D) a vírgula que ocorre depois do “que” e a que ocorre depois vra paroxítona terminada em ditongo.
de “violento” estão isolando oração intercalada.
E) as aspas nas palavras “violento” e “arremesse” se justificam Comentários:
porque tais palavras pertencem ao vocabulário técnico da aviação. A) Acentua-se o verbo “é”, quando átono, para diferenciá-lo da
conjunção “e” = não é acento diferencial
A = Se você é um passageiro frequente, certamente já passou B) “Você” é palavra acentuada por ser paroxítona terminada na
por uma turbulência – incorreta (subordinada adverbial condicio- vogal “e” fechada = acentua-se por ser oxítona terminada em “e”
nal) C) “Despachá-los” se acentua pelo mesmo motivo de “deve-
B = incorreta (vem depois de uma oração explicativa) rá” = correta (oxítona terminada em “a”). Lembre-se de que, em
C = incorreta (separando oração principal da causal) verbos com pronome oblíquo, este é desconsiderado ao analisar a
E = incorreta (empregadas em sentido figurado, facilitando a acentuação
compreensão da descrição) D) Ocorre acento grave em “à busca pessoal” em razão do em-
RESPOSTA: D prego de locução com substantivo no feminino = o acento grave se
deve à regência do verbo “submeter” que pede preposição (sub-
16-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO meter-se a)
CIVIL - ESAF/2015) A frase sublinhada em “Apesar de também sa- E) O acento agudo em “grávidas” se deve por se tratar de pala-
bermos que o avião é a forma mais segura de viagem, não é tão vra paroxítona terminada em ditongo = acentua-se por ser propa-
fácil lembrar disso em meio a uma turbulência” mantém tanto seu roxítona
sentido original quanto sua correção gramatical na opção: RESPOSTA: C
A) Embora também sabemos …
B) Dado também saibamos … 18-) (SABESP/SP – AGENTE DE SANEAMENTO AMBIENTAL
C) Pelo motivo o qual também sabemos … 01 – FCC/2014 - adaptada)
D) Em virtude de também sabermos … ... a navegação rio abaixo entre os séculos XVIII e XIX, começava
E) Conquanto saibamos … em Araritaguaba...
O verbo conjugado nos mesmos tempo e modo em que se en-
Correções: contra o grifado acima está em:
A) Embora também sabemos= saibamos (A) ... o Tietê é um regato.
B) Dado também saibamos = sabermos (B) ... ou perto delas moram 30 milhões de pessoas...
C) Pelo motivo o qual também sabemos = essa deixa o período (C) O desenvolvimento econômico e demográfico custou caro
confuso... ao rio.
D) Em virtude de também sabermos= sentido diferente do ori- (D) O rio Tietê nasce acima dos mil metros de altitude...
ginal… (E) ... e traziam ouro.
E) Conquanto saibamos = conjunção que mantém o sentido
original (concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia “Começava” = pretérito imperfeito do Indicativo
contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua realização. (A) ... o Tietê é um regato. = presente do Indicativo
São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo (B) ... ou perto delas moram 30 milhões de pessoas... = presen-
que, por mais que, posto que, conquanto, etc.) te do Indicativo
RESPOSTA: E (C) O desenvolvimento econômico e demográfico custou caro
ao rio.= pretérito perfeito do Indicativo
17-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO (D) O rio Tietê nasce acima dos mil metros de altitude... = pre-
CIVIL - ESAF/2015 - adaptada) Em relação às regras de acentuação, sente do Indicativo
assinale a opção correta. (E) ... e traziam ouro. = pretérito imperfeito do Indicativo
RESPOSTA: “E”
Por que é preciso passar pelo equipamento de raios X?
São normas internacionais de segurança. É proibido portar ob- 19-) (TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL -
jetos cortantes ou perfurantes. Se você se esqueceu de despachá- ESAF/2015) Assinale o trecho sem problemas de ortografia.
-los, esses itens terão de ser descartados no momento da inspeção. A) No caso de sentir-se prejudicado ou de ter seus direitos des-
Como devo proceder na hora de passar pelo equipamento de- respeitados, o passageiro de avião deve dirijir-se primeiro à empresa
tector de metais? aérea contratada, para reinvindicar seus direitos como consumidor.
A inspeção dos passageiros por detector de metais é obrigatória. O B) É possível, também, registrar reclamação contra a empresa
passageiro que, por motivo justificado, não puder ser inspecionado por aérea na ANAC, que analizará o fato.
meio de equipamento detector de metal deverá submeter-se à busca C) Se a ANAC constatar descomprimento de normas da aviação
pessoal. As mulheres grávidas podem solicitar a inspeção por meio de civil, poderá aplicar sanção administrativa à empresa.
detector manual de metais ou por meio de busca pessoal. D) No entanto, a ANAC não é parte na relação de consumo fir-
<http://www.infraero.gov.br/images/stories/guia/2014/
mada entre o passageiro e a empresa aérea, razão pela qual não é
guiapassageiro2014_portugues.pdf> Acesso em: 4/1/2016 (com
possível buscar indenização na Agência.
adaptações).

39
LÍNGUA PORTUGUESA
E) Para exijir indenização por danos morais e/ou materiais, con- 22-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016)
sulte os órgãos de defesa do consumidor, e averigúe antecipada-
mente se está de posse dos comprovantes necessários. A essência da infância
Como a convivência íntima com os filhos é capaz de transfor-
Trechos adaptados de <http://www.infraero.gov.br/images/ mar a relação das crianças consigo mesmas e com o mundo
stories/guia/2014/guiapassageiro2014_portugues.pdf> Acesso Crianças permanentemente distraídas com o celular ou o ta-
em:17/12/2015. blet. Agenda cheia de tarefas e aulas depois da escola. Pais que não
Por itens: conseguem impor limites e falar “não”. Os momentos de lazer que
A) No caso de sentir-se prejudicado ou de ter seus direitos des- ficaram restritos ao shopping Center, em vez de descobertas ao ar
respeitados, o passageiro de avião deve dirijir-se (DIRIGIR-SE) pri- livre. Quais as implicações desse conjunto de hábitos e comporta-
meiro à empresa aérea contratada, para reinvindicar (REIVINDICAR) mentos para nossos filhos? Para o pediatra Daniel Becker, esses têm
seus direitos como consumidor. sido verdadeiros pecados cometidos à infância, que prejudicarão as
B) É possível, também, registrar reclamação contra a empresa crianças até a vida adulta. Pioneiro da Pediatria Integral, prática
aérea na ANAC, que analizará (ANALISARÁ) o fato. que amplia o olhar e o cuidado para promover o desenvolvimento
C) Se a ANAC constatar descomprimento (DESCUMPRIMENTO) pleno e o bem-estar da criança e da família, Daniel defende que
de normas da aviação civil, poderá aplicar sanção administrativa à devemos estar próximos dos pequenos – esse, sim, é o melhor pre-
empresa. sente a ser oferecido. E que desenvolver intimidade com as crianças,
além de um tempo reservado ao lazer com elas, faz a diferença.
D) No entanto, a ANAC não é parte na relação de consumo fir- Para o bem-estar delas e para toda a família.
mada entre o passageiro e a empresa aérea, razão pela qual não é (Revista Vida Simples. Dezembro de 2015).
possível buscar indenização na Agência.
E) Para exijir (EXIGIR) indenização por danos morais e/ou ma- O tema central do texto a essência da infância refere-se:
teriais, consulte os órgãos de defesa do consumidor, e averigúe (A) Às tecnologias disponíveis.
(AVERIGUE) antecipadamente se está de posse dos comprovantes (B) À importância do convívio familiar.
necessários. (C) Às preocupações do pediatra Daniel Becker.
RESPOSTA: D (D) À importância de impor limites.
(E) Ao exagerado consumo.
20-) (PREFEITURA DE NOVA FRIBURGO-RJ – SECRETÁRIO ES-
COLAR - EXATUS/2015 ) Assinale a alternativa em que a palavra é Fica clara a intenção do autor: mostrar a importância do con-
acentuada pela mesma razão que “cerimônia”: vívio familiar (E que desenvolver intimidade com as crianças, além
A) tendência – crônica. de um tempo reservado ao lazer com elas, faz a diferença. Para o
B) descartáveis – uísque. bem-estar delas e para toda a família).
C) búzios – vestuário. RESPOSTA: B
D) ótimo – cipó.
23-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) No excerto:
Cerimônia = paroxítona terminada em ditongo “... esses têm sido verdadeiros pecados cometidos à infância...”. O
A) tendência = paroxítona terminada em ditongo / crônica = pronome em destaque refere-se a:
proparoxítona (A) Celular e tablet.
B) descartáveis = paroxítona terminada em ditongo / uísque = (B) Agenda.
regra do hiato (C) Aulas depois da escola.
C) búzios = paroxítona terminada em ditongo / vestuário = pa- (D) Visitas ao shopping Center.
roxítona terminada em ditongo (E) Conjunto de hábitos.
D) ótimo = proparoxítona / cipó = oxítona terminada em “o”
RESPOSTA: C Voltemos ao texto: “Quais as implicações desse conjunto de há-
bitos e comportamentos para nossos filhos? Para o pediatra Daniel
21-) (PREFEITURA DE NOVA FRIBURGO-RJ – SECRETÁRIO ES- Becker, esses têm sido (..)”
COLAR - EXATUS/2015 ) Os termos destacados abaixo estão corre- RESPOSTA: E
tamente analisados quanto à função sintática em:
I - “O cidadão é livre” – predicativo do sujeito. 24-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) No frag-
II - “A gente tem um ressaca” – objeto direto. mento: “... além de um tempo reservado ao lazer com elas...”. A pa-
III - O Boldo resolve – predicado verbal. lavra destacada expressa ideia de:
(A) Ressalva.
A) Apenas I e II. (B) Conclusão.
B) Apenas I e III. (C) Adição.
C) Apenas II e III. (D) Advertência.
D) I, II e III. (E) Explicação.

I - “O cidadão é livre” – predicativo do sujeito = correta Dá-nos a ideia de adição.


II - “A gente tem um ressaca” – objeto direto = correta RESPOSTA: C
III - O Boldo resolve – predicado verbal = correta
RESPOSTA: D

40
LÍNGUA PORTUGUESA
25-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) No período: (C) Na voz reflexiva.
“Para o pediatra Daniel Becker, esses têm sido verdadeiros pecados (D) Na voz passiva analítica.
cometidos à infância, que prejudicarão as crianças até a vida adul- (E) Na voz passiva sintética.
ta”. O verbo destacado está respectivamente no modo e tempo do:
(A) Indicativo – presente. Temos sujeito (ANS) praticando a ação (reforça), portanto voz
(B) Subjuntivo – pretérito. ativa.
(C) Subjuntivo – futuro. RESPOSTA: B
(D) Indicativo – futuro.
(E) Indicativo – pretérito. 30-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) Na frase:
Ao terminar a prova, todos os candidatos deverão aguardar a verifi-
Quando o verbo termina em “ão”: indica uma ação que aconte- cação dos aplicadores. A oração destacada faz referência a
cerá – futuro do presente do Indicativo. (A) Condição.
RESPOSTA: D (B) Finalidade.
(C) Tempo.
26-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) Na frase: Se (D) Comparação.
não chover hoje à tarde faremos um belíssimo passeio. Há indicação (E) Conformidade.
de:
(A) Comparação. A frase nos dá a ideia do momento (tempo) em que deveremos
(B) Condição. aguardar a verificação por parte dos aplicadores.
(C) Tempo. RESPOSTA: C
(D) Concessão.
(E) Finalidade. 31-) (DPE-RR – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2015)
Mas não vou pegá-lo − o poema já foi reescrito várias vezes em
O trecho apresenta uma condição para que façamos um belís- outros poemas; e o meu boi no asfalto ainda me enche de luz, trans-
simo passeio: não chover. formado em minha própria estrela.
RESPOSTA: B Atribuindo-se caráter hipotético ao trecho acima, os verbos
sublinhados devem assumir a seguinte forma:
27-) (SABESP/SP – AGENTE DE SANEAMENTO AMBIENTAL 01 (A) iria − iria ser − teria enchido
(B) ia − tinha sido − encheria
– FCC/2014) Até o século passado, as margens e várzeas do Tietê
(C) viria − iria ser − encheria
...... pela população, ...... das enchentes e do risco de doenças que
(D) iria − teria sido − encheria
...... depois delas.
(E) viria − teria sido − teria enchido
Os espaços da frase acima estarão corretamente preenchidos,
na ordem dada, por:
O modo verbal que trabalha com hipótese é o Subjuntivo. Fa-
(A) eram evitadas − temerosa − apareciam
çamos as transformações: Mas não iria pegá--lo − o poema já teria
(B) era evitadas − temerosa − aparecia
sido reescrito várias vezes em outros poemas; e o meu boi no asfalto
(C) era evitado − temerosas − apareciam ainda me encheria de luz, transformado em minha própria estrela.
(D) era evitada − temeroso − aparecia RESPOSTA: D
(E) eram evitadas − temeroso – aparecia
32-) (METRÔ/SP – TÉCNICO SISTEMAS METROVIÁRIOS CIVIL –
Destaquei os termos que se relacionam: FCC/2014 - adaptada)
Até o século passado, as margens e várzeas do Tietê eram evi- ...’sertanejo’ indicava indistintamente as músicas produzidas no
tadas pela população, temerosa das enchentes e do risco de DOEN- interior do país...
ÇAS que APARECIAM depois delas. Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal
Eram evitadas/temerosa/apareciam. resultante será:
RESPOSTA: A (A) vinham indicadas.
(B) era indicado.
28-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) Na frase: (C) eram indicadas.
“O livro que estou lendo é muito interessante”. A palavra destacada (D) tinha indicado.
é um: (E) foi indicada.
(A) Artigo.
(B) Substantivo. ‘sertanejo’ indicava indistintamente as músicas produzidas no
(C) Adjetivo. interior do país.
(D) Verbo. As músicas produzidas no país eram indicadas pelo sertanejo,
(E) Pronome. indistintamente.
RESPOSTA: C
Quando conseguimos substituir o “que” por “o qual” temos um
caso de pronome relativo – como na questão. 33-) (DPE-RR – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2015) As
RESPOSTA: E normas de concordância estão respeitadas em:
(A) Deflagrada em 1789 com a queda da Bastilha – prisão pari-
29-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016 - adaptada) siense onde se confinava criminosos e dissidentes políticos − a Re-
No período: “ANS reforça campanha contra o mosquito transmissor volução Francesa levou milhares de condenados à guilhotina.
da dengue e zika”. O verbo em destaque apresenta-se: (B) A maré das inovações democráticas na Europa e nos Esta-
(A) Na voz passiva. dos Unidos chegariam com algum atraso ao Brasil, mas com efeito
(B) Na voz ativa. igualmente devastador.

41
LÍNGUA PORTUGUESA
(C) As ideias revolucionárias do século 18, apesar do isolamen- Considerado o contexto, preenchem corretamente as lacunas
to do país, viajava na bagagem da pequena elite brasileira que tive- da frase acima, na ordem dada:
ra oportunidade de estudar em Portugal. (A) tornarei − tinha
(D) No final do século 18, haviam mudanças profundas na tec- (B) tornara − tivesse
nologia, com a invenção das máquinas a vapor protagonizadas pe- (C) tornarei − tiver
los ingleses. (D) tornaria − tivesse
(E) Em 1776, ano da Independência dos Estados Unidos, havia (E) tornasse – tivera
nove universidades no país, incluindo a prestigiada Harvard, e che-
gava a três milhões de exemplares por ano a circulação de jornais. Pelo contexto, é possível identificar que se trata de uma hipó-
tese (se tivesse ficado na França, ele se tornaria um velho ranzinza).
Correções: RESPOSTA: D
(A) Deflagrada em 1789 com a queda da Bastilha – prisão pari-
siense onde se confinava (CONFINAVAM) criminosos e dissidentes 36-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES -
políticos − a Revolução Francesa levou milhares de condenados à FCC/2016 - adaptada) O acréscimo de uma vírgula após o termo
guilhotina. sublinhado não altera o sentido nem a correção do trecho:
(B) A maré das inovações democráticas na Europa e nos Esta- (A) A ideia de cidade inteligente sempre aparece relacionada à
dos Unidos chegariam (CHEGARIA) com algum atraso ao Brasil, mas abertura de bases de dados por parte dos órgãos públicos.
com efeito igualmente devastador. (B) Há experiências importantes em cidades brasileiras tam-
(C) As ideias revolucionárias do século 18, apesar do isolamen- bém.
to do país, viajava (VIAJAVMA) na bagagem da pequena elite brasi- (C) ... uma parte prioriza a transparência como meio de pres-
leira que tivera oportunidade de estudar em Portugal. tação de contas e responsabilidade política frente à sociedade civil,
(D) No final do século 18, haviam (HAVIA) mudanças profundas como a ideia de governo aberto...
na tecnologia, com a invenção das máquinas a vapor protagoniza- (D) ...outra parte prioriza a participação popular através da in-
das pelos ingleses. teratividade, bem como a cooperação técnica para o reuso de da-
(E) Em 1776, ano da Independência dos Estados Unidos, havia dos abertos por entidades e empresas.
nove universidades no país, incluindo a prestigiada Harvard, e che- (E) Contudo, existem estudos que apontam que bastariam me-
gava a três milhões de exemplares por ano a circulação de jornais. ros quatro pontos de dados para identificar os movimentos de uma
RESPOSTA: E pessoa na cidade.

34-) (DPE-RR – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2015 - Vejamos:


adaptada) Considere o texto abaixo para responder à questão. (A) A ideia de cidade inteligente sempre aparece, relacionada
O pesquisador e médico sanitarista Luiz Hildebrando Pereira da à abertura de bases de dados por parte dos órgãos públicos. = in-
Silva tornou-se professor titular de parasitologia em 1997, assumin- correta
do a direção dos programas de pesquisa em Rondônia − numa das (B) Há experiências importantes em cidades brasileiras,tam-
frentes avançadas da USP na Amazônia −, que reduziram o percen- bém. = correta
tual de registros de malária em Rondônia de 40% para 7% do total (C) ... uma parte,prioriza a transparência como meio de pres-
de casos da doença na região amazônica em uma década. tação de contas e responsabilidade política frente à sociedade civil,
(Adaptado de: revistapesquisa.fapesp.br/2014/10/09/o-cientista-das- como a ideia de governo aberto... = incorreta
-doencas-tropicais) (D) ...outra parte prioriza a participação popular através da in-
teratividade, bem como a cooperação técnica para o reuso de da-
... que reduziram o percentual de registros de malária em Ron- dos, abertos por entidades e empresas. = incorreta
dônia... (E) Contudo, existem estudos, que apontam que bastariam me-
O elemento que justifica a flexão do verbo acima é: ros quatro pontos de dados para identificar os movimentos de uma
(A) casos da doença.
pessoa na cidade. = incorreta
(B) frentes avançadas da USP na Amazônia.
RESPOSTA: B
(C) registros de malária.
(D) programas de pesquisa em Rondônia.
37-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES -
(E) investigações sobre a malária em Rondônia.
FCC/2016) A alternativa em que a expressão sublinhada pode ser
substituída pelo que se apresenta entre colchetes, respeitando-se a
Recorramos ao texto: “assumindo a direção dos programas de
concordância, e sem quaisquer outras alterações no enunciado, é:
pesquisa em Rondônia − numa das frentes avançadas da USP na
Amazônia −, que reduziram o percentual”. O termo entre “traços” (A) A maioria das tecnologias necessárias para as cidades inte-
é um aposto, uma informação a mais. O verbo se relaciona com o ligentes já são viáveis economicamente em todo o mundo... [viável]
termo anteriormente citado (programas). (B) A ideia de cidade inteligente sempre aparece relacionada
RESPOSTA: D à abertura de bases de dados por parte dos órgãos públicos. [rela-
cionado]
35-) (DPE-RR – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2015 - (C) Em nome da eficiência administrativa, podem-se armaze-
adaptada) Considere o texto abaixo para responder à questão. nar, por exemplo, enormes massas de dados de mobilidade urba-
na... [são possíveis]
Sobre a vinda ao Brasil, Luiz Hildebrando Pereira da Silva afir- (D) ...desde bases de dados de saúde e educação públicas, por
mou: “Quando me aposentei na França, considerando-me ainda vá- exemplo, até os dados pessoais... [pública]
lido, hesitei antes de tomar a decisão de me reintegrar às atividades (E) Contudo, existem estudos que apontam que bastariam me-
de pesquisa na Amazônia. Acabei decidindo. (...) Eu me ...... um ve- ros quatro pontos de dados... [bastaria]
lho ranzinza se ....... ficado na França plantando rosas”.
(Adaptado de: cremesp.org.br)

42
LÍNGUA PORTUGUESA
Analisando: O distrato do livro, a infâmia pública, o alcoolismo e a mendi-
(A) A maioria das tecnologias necessárias para as cidades inteli- cância foram contemplados por mim.
gentes já são viáveis economicamente em todo o mundo... [viável]= RESPOSTA: B
já é viável
(B) A ideia de cidade inteligente sempre aparece relacionada à 40-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES -
abertura de bases de dados por parte dos órgãos públicos. [relacio- FCC/2016) O sinal indicativo de crase está empregado corretamen-
nado] = teríamos que alterar a palavra “ideia” por um substantivo te em:
masculino (A) Não era uma felicidade eufórica, semelhava-se mais à uma
(C) Em nome da eficiência administrativa, podem-se armaze- brisa de contentamento.
nar, por exemplo, enormes massas de dados de mobilidade urba- (B) O vinho certamente me induziu àquela súbita vontade de
na... [são possíveis] = são possíveis armazenamentos (inclusão des- abraçar uma árvore gigante.
se termo) (C) Antes do fim da manhã, dediquei-me à escrever tudo o que
(D) ...desde bases de dados de saúde e educação públicas, por me propusera para o dia.
exemplo, até os dados pessoais... [pública]= ok (D) A paineira sobreviverá a todas às 18 milhões de pessoas
(E) Contudo, existem estudos que apontam que bastariam me- que hoje vivem em São Paulo.
ros quatro pontos de dados... [bastaria] = bastaria um ponto (E) Acho importante esclarecer que não sou afeito à essa tradi-
RESPOSTA: D ção de se abraçar árvore.

38-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES - Por item:


FCC/2016) A frase cuja redação está inteiramente correta é: (A) Não era uma felicidade eufórica, semelhava-se mais à (A)
(A) Obtido pela identificação por radiofrequência, os dados das uma brisa de contentamento. = antes de artigo indefinido
placas de veículos são passíveis em oferecer informações valiosas (B) O vinho certamente me induziu àquela súbita vontade de
acerca dos motoristas. abraçar uma árvore gigante.
(B) Na cidade inteligente, a automatização da gestão de setores (C) Antes do fim da manhã, dediquei-me à (A) escrever tudo o
urbanos são facilitadores de serviços imprecindíveis, como saúde, que me propusera para o dia. = antes de verbo no infinitivo
educação e segurança. (D) A paineira sobreviverá a todas às (AS) 18 milhões de pes-
(C) Londres e Barcelona estão entre as cidades que mais des- soas que hoje vivem em São Paulo. = função de artigo
taca-se em termos de inteligência, com avançados centros de ope- (E) Acho importante esclarecer que não sou afeito à (A) essa
ração de dados. tradição de se abraçar árvore. = antes de pronome demonstrativo
(D) São necessários viabilizar projetos de cidades inteligentes, RESPOSTA: B
amparados em políticas públicas que salvaguardam os dados aber-
tos dos cidadãos. 41-) (CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO – TÉCNICO AD-
(E) O aprimoramento de técnicas de informatização de dados MINISTRATIVO – FCC/2014)
permitiu que surgisse um novo conceito de cidade, concebido como ... muita gente se surpreenderia ao descobrir que Adoniran era
espaço de fluxos. também cantor-compositor.
O verbo que possui o mesmo tipo de complemento que o des-
Analisando: tacado acima está empregado em:
(A) Obtido (OBTIDOS) pela identificação por radiofrequência, (A) E Adoniran estava tão estabelecido como ator...
os dados das placas de veículos são passíveis em (DE) oferecer in- (B) Primeiro surgiu o cantor-compositor...
formações valiosas acerca dos motoristas. (C) Sim, hoje em dia esse título parece pleonástico...
(B) Na cidade inteligente, a automatização da gestão de setores (D) Adoniran Barbosa era tão talentoso e versátil...
urbanos são facilitadores (É FACILITADORA) de serviços imprescin- (E) ... a Revista do Rádio noticiava uma grande revolução...
díveis (IMPRESCINDÍVEIS), como saúde, educação e segurança.
(C) Londres e Barcelona estão entre as cidades que mais des- Descobrir = exige objeto direto
taca-se (SE DESTACAM) em termos de inteligência, com avançados (A) E Adoniran estava = verbo de ligação
centros de operação de dados. (B) Primeiro surgiu o cantor-compositor. = intransitivo
(D) São necessários (É NECESSÁRIO) viabilizar projetos de ci- (C) Sim, hoje em dia esse título parece pleonástico = verbo de
dades inteligentes, amparados em políticas públicas que salvaguar- ligação
dam os dados abertos dos cidadãos. (D) Adoniran Barbosa era tão talentoso e versátil = verbo de
(E) O aprimoramento de técnicas de informatização de dados
ligação
permitiu que surgisse um novo conceito de cidade, concebido como
(E) ... a Revista do Rádio noticiava = exige objeto direto
espaço de fluxos.
RESPOSTA: E
RESPOSTA: E
42-) (TRT 23ª REGIÃO-MT – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JU-
39-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES
DICIÁRIA - FCC/2016 - adaptada)
- FCC/2016) Foram dois segundos de desespero durante os quais
Atribuindo-se sentido hipotético para o segmento E é curioso
contemplei o distrato do livro, a infâmia pública, o alcoolismo e a
mendicância... que nunca tenha sabido ao certo de onde eles vinham..., os verbos
Transpondo-se para a voz passiva o verbo sublinhado, a forma devem assumir as seguintes formas:
resultante será: (A) teria sido − soubesse − viriam
(A) contemplavam-se. (B) será − saiba − virão
(B) foram contemplados. (C) era − tivesse sabido − viriam
(C) contemplam-se. (D) fora − tivera sabido − vieram
(D) eram contemplados. (E) seria − tivesse sabido – viriam
(E) tinham sido contemplados.

43
LÍNGUA PORTUGUESA
Hipótese é com o modo subjuntivo: E seria curioso que nunca 47-) (PREFEITURA DE CUIABÁ-MT – VIGILANTE - FGV/2015)
tivesse sabido ao certo de onde eles viriam... Assinale a opção cujo par não é formado por substantivo + adjetivo.
RESPOSTA: E (A) Enredo açucarado.
(B) Dias atuais.
43-) (TRT 23ª REGIÃO-MT – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JU- (C) Produto cultural.
DICIÁRIA - FCC/2016 - adaptada) (D) Tremendo preconceito.
Mas a grandeza das manhãs se media pela quantidade de mu- (E) Telenovela brasileira.
lungus...
Na frase acima, alterando-se de voz passiva sintética para ana- Analisemos:
lítica, a forma verbal resultante é: (A) Enredo açucarado. = substantivo + adjetivo
(A) tinha sido medida (B) Dias atuais. = substantivo + adjetivo
(B) tinham sido medidos (C) Produto cultural. = substantivo + adjetivo
(C) era medida (D) Tremendo preconceito. Adjetivo + substantivo (no contex-
(D) eram medidas to, “tremendo” tem sentido de adjetivo – grande; pode-se classifi-
(E) seria medida car como verbo + substantivo, mas o enunciado cita “par”, portanto
a classificação deve considerar tal formação)
A grandeza da manhã era medida pela quantidade de mulun- (E) Telenovela brasileira. = substantivo + adjetivo
gus (na analítica basta retirar o pronome apassivador e fazer as al- RESPOSTA: D
terações adequadas).
RESPOSTA: C 48-) (TJ-PI – ANALISTA JUDICIAL – ESCRIVÃO - FGV/2015) “Seja
você a mudança no trânsito”; a forma de reescrever-se essa mesma
44-) (PREFEITURA DE CUIABÁ-MT – VIGILANTE - FGV/2015) frase que mostra uma incorreção da forma verbal no imperativo é:
“15 segundos de novela bastam para me matar de tédio.” A expres- (A) sê tu a mudança no trânsito;
são “me matar de tédio” expressa (B) sejamos nós a mudança no trânsito;
(A) uma comparação. (C) sejam vocês a mudança no trânsito;
(B) uma ironia. (D) seja ele a mudança no trânsito;
(C) um exagero. (E) sejai vós a mudança no trânsito.
(D) uma brincadeira.
(E) uma ameaça. Correções:
(A) sê tu a mudança no trânsito - OK
Hipérbole = exagero
(B) sejamos nós a mudança no trânsito - OK
RESPOSTA: C
(C) sejam vocês a mudança no trânsito - OK
(D) seja ele a mudança no trânsito - OK
45-) (PREFEITURA DE CUIABÁ-MT – VIGILANTE - FGV/2015)
(E) sejai vós a mudança no trânsito – SEDE VÓS
Dizer que “a vida é um mar de rosas” é uma comparação que é
RESPOSTA: E
denominada, em termos de linguagem figurada, de
(A) metáfora.
49-) (TJ-PI – ANALISTA JUDICIAL – ESCRIVÃO - FGV/2015 -
(B) pleonasmo.
(C) metonímia. adaptada)
(D) hipérbole. “Vivemos numa sociedade que tem o hábito de responsabilizar
(E) eufemismo. o Estado, autoridades e governos pelas mazelas do país. Em muitos
casos são críticas absolutamente procedentes, mas, quando o tema
Metáfora - consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão é segurança no trânsito, não nos podemos esquecer que quem faz o
em lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em virtude trânsito são seres humanos, ou seja, somos nós”.
da circunstância de que o nosso espírito as associa e percebe entre O desvio de norma culta presente nesse segmento é:
elas certas semelhanças. É o emprego da palavra fora de seu sen- (A) “Vivemos numa sociedade que tem o hábito”: deveria inse-
tido normal. rir a preposição “em” antes do “que”;
RESPOSTA: A (B) “críticas absolutamente procedentes”: o adjetivo “proce-
dentes” deveria ser substituído por “precedentes”;
46-) (PREFEITURA DE CUIABÁ-MT – VIGILANTE - FGV/2015) (C) “Vivemos numa sociedade”: a forma verbal “Vivemos” de-
“Bobagem imaginar que a vida é um mar de rosas só por causa de veria ser substituída por “vive-se”;
um enredo açucarado.” (D) “não nos podemos esquecer que quem faz o trânsito”: de-
Um “enredo açucarado” significa um enredo veria inserir-se a preposição “de” antes do “que”;
(A) engraçado. (E) “quem faz o trânsito são seres humanos, ou seja, somos
(B) crítico. nós”: a forma verbal correta seria “fazemos” e não “faz”.
(C) psicológico.
(D) aventureiro. Por item:
(E) sentimental. (A) “Vivemos numa sociedade que tem o hábito”: deveria inse-
rir a preposição “em” antes do “que” = incorreta
Questão de interpretação dentro de um contexto. Açucarado (B) “críticas absolutamente procedentes”: o adjetivo “proce-
geralmente se refere a um texto doce, sentimental. dentes” deveria ser substituído por “precedentes” = mudaria o sen-
RESPOSTA: E tido do período
(C) “Vivemos numa sociedade”: a forma verbal “Vivemos” de-
veria ser substituída por “vive-se” = incorreta

44
LÍNGUA PORTUGUESA
(D) “não nos podemos esquecer que quem faz o trânsito”: de- (D) “Eu não tenho problemas com igrejas, desde que elas não
veria inserir-se a preposição “de” antes do “que” = nos esquecer interfiram no trabalho de Deus”. (Brooks Atkinson) / divino = ok
de que (E) “Uma escola de domingo é uma prisão onde as crianças
(E) “quem faz o trânsito são seres humanos, ou seja, somos pagam penitência pela consciência pecadora de seus pais”. (H. L.
nós”: a forma verbal correta seria “fazemos” e não “faz” = incorreta Mencken) / dominical = ok
RESPOSTA: D RESPOSTA: B

50-) (TJ-PI – ANALISTA JUDICIAL – ESCRIVÃO - FGV/2015 - 52-) (IBGE – ANALISTA GEOPROCESSAMENTO - FGV/2016) A
adaptada) frase em que o vocábulo mas tem valor aditivo é:
“Deveríamos aproveitar a importância desta semana para re- (A) “Perseverança não é só bater em porta certa, mas bater até
fletir sobre nosso comportamento como pedestres, passageiros, abrir”. (Guy Falks);
motoristas, motociclistas, ciclistas, pais, enfim, como cidadãos cujas (B) “Nossa maior glória não é nunca cair, mas sim levantar toda
ações tem reflexo na nossa segurança, assim como dos demais”. vez que caímos”. (Oliver Goldsmith);
(C) “Eu caminho devagar, mas nunca caminho para trás”.
O comentário correto sobre os componentes desse segmento
(Abraham Lincoln);
é:
(D) “Não podemos fazer tudo imediatamente, mas podemos
(A) a forma verbal “deveríamos” tem como sujeito todos os
fazer alguma coisa já”. (Calvin Coolidge);
motoristas; (E) “Ele estudava todos os dias do ano, mas isso contribuía para
(B) a forma verbal “tem” deveria ter acento circunflexo, pois seu progresso”. (Nouailles).
seu sujeito está no plural;
(C) a forma “sobre” deveria ser substituída pela forma “sob”; A alternativa que apresenta adição de ideias é: “ele estudava e
(D) a forma “enfim” deveria ser grafada em duas palavras “em isso contribuía para seu progresso”.
fim”; RESPOSTA: E
(E) a forma “dos demais” deveria ser substituída por “das de-
mais”, por referir-se ao feminino “ações”. 53-) (IBGE – ANALISTA GEOPROCESSAMENTO - FGV/2016) Em
todas as frases abaixo o verbo ter foi empregado no lugar de outros
Análise: com significado mais específico. A frase em que a substituição por
(A) a forma verbal “deveríamos” tem como sujeito todos os esses verbos mais específicos foi feita de forma adequada é:
motoristas = incorreta (sujeito elíptico = nós) (A) “Nunca é tarde para ter uma infância feliz”. (Tom Robbins)
(B) a forma verbal “tem” deveria ter acento circunflexo, pois / desfrutar de;
seu sujeito está no plural = exatamente (B) “Você pode aprender muito com crianças. Quanta paciência
(C) a forma “sobre” deveria ser substituída pela forma “sob” = você tem, por exemplo”. (Franklin P. Jones) / você oferece;
de maneira alguma (C) “O maior recurso natural que qualquer país pode ter são
(D) a forma “enfim” deveria ser grafada em duas palavras “em suas crianças”. (Danny Kaye) / usar;
fim” = incorreta (D) “Acreditar que basta ter filhos para ser pai é tão absurdo
(E) a forma “dos demais” deveria ser substituída por “das de- quanto acreditar que basta ter instrumentos para ser um músico”.
mais”, por referir-se ao feminino “ações” = dos demais (cidadãos) (Mansour Challita) / originar;
RESPOSTA: B (E) “A família é como a varíola: a gente tem quando criança e
fica marcado para o resto da vida”. (Sartre) / sofre.
51-) (IBGE – ANALISTA GEOPROCESSAMENTO - FGV/2016) O
termo em função adjetiva sublinhado que está substituído por um Façamos as alterações propostas para facilitar a análise:
adjetivo inadequado é: (A) “Nunca é tarde para desfrutar de uma infância feliz”. (Tom
(A) “A arte da previsão consiste em antecipar o que irá acon- Robbins) / desfrutar de;
tecer e depois explicar por que não aconteceu”. (anônimo) / divi- (B) “Você pode aprender muito com crianças. Quanta paciência
natória; você oferece, por exemplo”. (Franklin P. Jones) / oferece;
(B) “Por mais numerosos que sejam os meandros do rio, ele (C) “O maior recurso natural que qualquer país pode usar são
termina por desembocar no mar”. (Provérbio hindu) / pluviais; suas crianças”. (Danny Kaye) / usar;
(C) “A morte nos ensina a transitoriedade de todas as coisas”. (D) “Acreditar que basta originar filhos para ser pai é tão absur-
(Leo Buscaglia) / universal; do quanto acreditar que basta ter instrumentos para ser um músi-
(D) “Eu não tenho problemas com igrejas, desde que elas não co”. (Mansour Challita) / originar;
interfiram no trabalho de Deus”. (Brooks Atkinson) / divino; (E) “A família é como a varíola: a gente sofre quando criança e
(E) “Uma escola de domingo é uma prisão onde as crianças fica marcado para o resto da vida”. (Sartre) / sofre.
pagam penitência pela consciência pecadora de seus pais”. (H. L. RESPOSTA: A
Mencken) / dominical.
54-) (EMSERH – FONOAUDIÓLOGO - FUNCAB/2016) Sobre os
Vejamos: elementos destacados do fragmento “Em verdade, seu astro não
(A) “A arte da previsão consiste em antecipar o que irá aconte- era o Sol. Nem seu país não era a vida.”, leia as afirmativas.
cer e depois explicar por que não aconteceu”. (anônimo) / divina- I. A expressão EM VERDADE pode ser substituída, sem altera-
tória = ok ção de sentido por COM EFEITO.
(B) “Por mais numerosos que sejam os meandros do rio, ele II. ERA O SOL formam o predicado verbal da primeira oração.
termina por desembocar no mar”. (Provérbio hindu) / pluviais = flu- III. NEM, no contexto, é uma conjunção coordenativa.
viais (pluvial é da chuva)
(C) “A morte nos ensina a transitoriedade de todas as coisas”. Está correto apenas o que se afirma em:
(Leo Buscaglia) / universal = ok A) I.
B) II e III.

45
LÍNGUA PORTUGUESA
C) I e II. C) III.
D) III. D) I e III.
E) I e III. E) II e III.

Na alternativa II – “era o Sol” formam o predicado nominal. Analisemos:


RESPOSTA: E I. Atentando para o uso do sinal indicativo de crase, o A no
pronome AQUELA, em todas as ocorrências no segmento “Aquela
55-) (EMSERH – FONOAUDIÓLOGO - FUNCAB/2016) Do ponto música se estranhava nos moradores, mostrando que aquele bairro
de vista da norma culta, a única substituição pronominal realizada não pertencia àquela terra.”, deveria ser acentuado = errado (o úni-
que feriu a regra de colocação foi: co que deve receber acento grave é “aquela”, neste caso)
A) “Chamavam-lhe o passarinheiro.” = Lhe chamavam o passa- II. Nas frases “O REMÉDIO, enfim, se haveria de pensar.” / “des-
rinheiro. dobrando-se em outras felizes EXISTÊNCIAS”, as palavras destaca-
B) “O mundo inteiro se fabulava.” = O mundo inteiro fabulava- das são acentuadas obedecendo à mesma regra de acentuação.
-se. Remédio – paroxítona terminada em ditongo/existência - paro-
C) “Eles se igualam aos bichos silvestres, concluíam” = Eles xítona terminada em ditongo
igualam-se aos bichos silvestres, concluíam. III. Na frase “– ESSES são pássaros muito excelentes, desses com
D) “Os brancos se inquietavam com aquela desobediência” = as asas todas de fora.”, o elemento destacado exerce função anafó-
Os brancos inquietavam-se com aquela desobediência. rica, exprimindo relação coesiva referencial. = função anafórica é a
E) “O remédio, enfim, se haveria de pensar.” = O remédio, en- relação de um termo com outro que será citado (esses pássaros)
fim, haver-se-ia de pensar. RESPOSTA: E

Não se inicia um período com pronome oblíquo. 58-) (CÂMARA MUNICIPAL DE VASSOURAS-RJ – MOTORISTA -
RESPOSTA: A IBFC/2015) Em “Minha geladeira, afortunadamente, está cheia”, o
termo em destaque classifica-se, morfologicamente, como:
56-) (METRÔ/SP – TÉCNICO SEGURANÇA DO TRABALHO – A) adjetivo
FCC/2014) Substituindo-se o segmento grifado pelo que está entre B) advérbio
parênteses, o verbo que se mantém corretamente no singular, sem C) substantivo
que nenhuma outra alteração seja feita na frase, está em: D) verbo
(A) ...cada toada representa uma saudade... (todas as toadas) E) conjunção
(B) Acrescenta o antropólogo Allan de Paula Oliveira... (os an-
tropólogos)... Palavras terminadas em “-mente”, geralmente (!), são advér-
(C) A canção popular conserva profunda nostalgia da roça. (As bios de modo.
canções populares) RESPOSTA: B
(D) Num tempo em que homem só cantava em tom maior e voz
grave... (quase todos os homens) 59-) (CÂMARA MUNICIPAL DE VASSOURAS-RJ – MOTORISTA -
(E) ...’sertanejo’ passou a significar o caipira do Centro-Sul... (os IBFC/2015) Considerando a estrutura do período “Quero engordar
caipiras do Centro-Sul) no lugar certo.”, pode-se afirmar, sobre o verbo em destaque que:
A) não apresenta complemento
(A) representa uma saudade... (todas as toadas) = representam B) está flexionado no futuro do presente
(B) Acrescenta (os antropólogos)... = acrescentam C) seu sujeito é inexistente
(C) conserva profunda nostalgia da roça. (As canções popula- D) constitui uma oração
res) = conservam E) expressa a ideia de possibilidade
(D) só cantava em tom maior e voz grave... (quase todos os ho-
mens) = cantavam A - Quero é verbo transitivo direto – precisa de complemento
(E) passou a significar o caipira do Centro-Sul... (os caipiras do (objeto) – representado aqui por uma oração (engordar no lugar
Centro-Sul) = passou (o termo ficará entre aspas, significando um certo).
apelido) B – está flexionado no presente
RESPOSTA: E C – sujeito elíptico (eu)
E – queria indicaria possibilidade
57-) (EMSERH – FONOAUDIÓLOGO - FUNCAB/2016) Considere RESPOSTA: D
as seguintes afirmações sobre aspectos da construção linguística:
I. Atentando para o uso do sinal indicativo de crase, o A no 60-) (PREFEITURA DE NATAL-RN – ADMINISTRADOR - IDE-
pronome AQUELA, em todas as ocorrências no segmento “Aquela CAN/2016 - adaptada) A palavra “se” possui inúmeras classificações
música se estranhava nos moradores, mostrando que aquele bairro e funções. Acerca das ocorrências do termo “se” em “Exatamente
não pertencia àquela terra.”, deveria ser acentuado. por causa dessa assimetria entre o fotojornalista e os protagonis-
II. Nas frases “O REMÉDIO, enfim, se haveria de pensar.” / “des- tas de suas fotos, muitas vezes Messinis deixa a câmera de lado e
dobrando-se em outras felizes EXISTÊNCIAS”, as palavras destaca- põe-se a ajudá-los. Ele se impressiona e se preocupa muito com os
das são acentuadas obedecendo à mesma regra de acentuação. bebês que chegam nos botes.” pode-se afirmar que
III. Na frase “– ESSES são pássaros muito excelentes, desses A) possuem o mesmo referente.
com as asas todas de fora.”, o elemento destacado exerce função B) ligam orações sintaticamente dependentes.
anafórica, exprimindo relação coesiva referencial. C) apenas o primeiro “se” é pronome apassivador.
D) apenas o último “se” é uma conjunção integrante.
Está correto apenas o que se afirma em:
A) I. Possuem o mesmo referente (o fotojornalista).
B) II. RESPOSTA: A

46
LÍNGUA PORTUGUESA
61-) (PREFEITURA DE NATAL-RN – ADMINISTRADOR - IDE- 65-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITUTO-
CAN/2016 - adaptada) Ao substituir “perigos da travessia” por “tra- -CIDADES/2016) Marque a opção em que a regência verbal foi DE-
vessia”, mantendo-se a norma padrão da língua, em “Obviamente, SOBEDECIDA:
são os mais vulneráveis aos perigos da travessia.” ocorreria: A) Todos os países devem se lembrar de que a responsabilidade
A) Facultativamente, o emprego do acento grave, indicador de do equilíbrio ambiental é coletiva.
crase. B) Todos os países devem lembrar que a responsabilidade do
B) A substituição de “aos” por “a”, pois o termo regido teria equilíbrio ambiental é coletiva.
sido modificado. C) Todos os países não devem esquecer-se de que a responsa-
C) Obrigatoriamente, o emprego do acento grave, indicador de bilidade do equilíbrio ambiental é coletiva.
crase, substituindo-se “aos” por “à”. D) Todos os países não devem esquecer de que a responsabili-
D) A substituição de “aos” por “a”, já que o termo regente pas- dade do equilíbrio ambiental é coletiva.
saria a não exigir o emprego da preposição.
Vejamos:
Teríamos: Obviamente, são os mais vulneráveis à travessia – A) Todos os países devem se lembrar de que a responsabilidade
“vulnerável” exige preposição. do equilíbrio ambiental é coletiva - ok
RESPOSTA: C B) Todos os países devem lembrar que a responsabilidade do
equilíbrio ambiental é coletiva - ok
62-) (UFPB-PB – AUXILIAR EM ADMINISTRAÇÃO - IDE- C) Todos os países não devem esquecer-se de que a responsa-
CAN/2016 - adaptada) De acordo com a classe de palavras, assinale bilidade do equilíbrio ambiental é coletiva - ok
a alternativa em que o termo destacado está associado INCORRE- D) Todos os países não devem esquecer de que (esquecer que)
TAMENTE. a responsabilidade do equilíbrio ambiental é coletiva.
A) “E não só isso.” – pronome. RESPOSTA: D
B) “Todas as épocas têm os seus ídolos juvenis.” – substantivo.
C) “Até porque quem de nós nunca teve seu ídolo?” – conjun- 66-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITU-
ção. TO-CIDADES/2016) Marque a opção em que as duas palavras são
D) “O preparo para a vida adulta envolve uma espécie de liber- acentuadas por obedecerem a regras distintas:
tação das opiniões familiares.” – verbo. A) Catástrofes – climáticas.
B) Combustíveis – fósseis.
“Nunca” é advérbio (de negação). C) Está – país.
RESPOSTA: C D) Difícil – nível.
63-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITUTO- Por item:
-CIDADES/2016) Marque a opção em que há total observância às A) Catástrofes = proparoxítona / climáticas = proparoxítona
regras de concordância verbal: B) Combustíveis = paroxítona terminada em ditongo / fósseis =
A) “Pesquisadores do clima mundial afirmam que este aqueci- paroxítona terminada em ditongo
mento global está ocorrendo em função” C) Está = oxítona terminada em “a” / país = regra do hiato
B) “Nunca se viu mudanças tão rápidas e com efeitos devasta- D) Difícil = paroxítona terminada em “l” / nível = paroxítona
dores” terminada em “l”
C) “O desmatamento e a queimada de florestas e matas tam- RESPOSTA: C
bém colabora para este processo”
D) “Infelizmente os Estados Unidos, país que mais emite po- 67-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITUTO-
luentes no mundo, não aceitou o acordo” -CIDADES/2016) Assim como “redução” e “emissão”, grafam-se,
correta e respectivamente, com Ç e SS, as palavras:
Analisemos A) Aparição e omissão.
A) “Pesquisadores do clima mundial afirmam que este aqueci- B) Retenção e excessão.
mento global está ocorrendo em função” C) Opreção e permissão.
B) “Nunca se viu (viram) mudanças tão rápidas e com efeitos D) Pretenção e impressão.
devastadores”
C) “O desmatamento e a queimada de florestas e matas tam- A) Aparição = OK / omissão = OK
bém colabora (colaboram) para este processo” B) Retenção = OK / excessão = EXCEÇÃO
D) “Infelizmente os Estados Unidos, país que mais emite po- C) Opreção = OPRESSÃO / permissão = OK
luentes no mundo, não aceitou (aceitaram) o acordo” D) Pretensão = PRETENSÃO / impressão= OK
RESPOSTA: A RESPOSTA: a
64-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITUTO-
-CIDADES/2016) A voz verbal ativa correspondente à voz passiva
destacada em “A Europa tem sido castigada por ondas de calor” é:
A) Castigaram.
B) Têm castigado.
C) Castigam.
D) Tinha castigado.

As ondas de calor têm castigado a Europa.


RESPOSTA: B

47
LÍNGUA PORTUGUESA
68-) (SEAP-GO -AUXILIAR DE SAÚDE - SEGPLAN/2016) Leia o 70-) (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL – CADASTRO RESERVA
texto publicitário abaixo. PARA O METRÔ/DF – ADMINISTRADOR - IADES/2014 - adaptada)
Se, no lugar dos verbos destacados no verso “Escolho os filmes que
eu não vejo no elevador”, fossem empregados, respectivamente,
Esquecer e gostar, a nova redação, de acordo com as regras sobre
regência verbal e concordância nominal prescritas pela norma--pa-
drão, deveria ser
(A) Esqueço dos filmes que eu não gosto no elevador.
(B) Esqueço os filmes os quais não gosto no elevador.
(C) Esqueço dos filmes aos quais não gosto no elevador.
(D) Esqueço dos filmes dos quais não gosto no elevador.
(E) Esqueço os filmes dos quais não gosto no elevador.

O verbo “esquecer” pede objeto direto; “gostar”, indireto (com


preposição): Esqueço os filmes dos quais não gosto.
RESPOSTA: “E”.

Pasta. São Paulo, n. 10, p.86 set-out. 2007 71-) (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL – CADASTRO RE-
* Com a doação de órgãos, a vida continua. SERVA PARA O METRÔ/DF – ADMINISTRADOR - IADES/2014
- adaptada) Conforme a norma-padrão, a oração “As obras foram
A finalidade desse anúncio é iniciadas em janeiro de 1992” poderia ser reescrita da seguinte ma-
A) Simbolizar o fim da vida. neira:
B) Proibir a doação de órgãos. (A) Iniciou-se as obras em janeiro de 1992.
C) Estimular a doação de órgãos. (B) Se iniciou as obras em janeiro de 1992.
D) Questionar a doação de órgãos. (C) Iniciaram-se as obras em janeiro de 1992.
E) Demonstrar os sinais de pontuação (D) Teve início as obras em janeiro de 1992.
(E) Deu-se início as obras em janeiro de 1992.
Campanha a favor da doação de órgãos, já que com tal atitude
a vida continua. Podemos ir por eliminação: em “A”, o correto seria “iniciaram-
RESPOSTA: C -se”; em “B”, não podemos iniciar um período com pronome (ini-
ciou-se, ou melhor, iniciaram-se – como em “A”); em “D”: tiveram
69-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016) As- início; “E”: deu-se início às obras. Portanto, chegamos à resposta
sinale a alternativa correta quanto à concordância verbal. correta – pelo caminho mais longo. O caminho mais curto é trans-
(A) A mudança de direção da economia fazem com que se alte- formar a voz passiva analítica (a do enunciado) em sintética: Inicia-
re o tamanho das jornadas de trabalho, porexemplo. ram-se as obras.
(B) Existe indivíduos que, sem carteira de trabalho assinada,
enfrentam grande dificuldade para obter novos recursos. *Dica: a passiva sintética tem o “se” (pronome apassivador).
(C) Os investimentos realizados e os custos trabalhistas fizeram Sintética = Se (memorize!)
com que muitas empresas optassem por manter seus funcionários. RESPOSTA: C
(D) São as dívidas que faz com que grande número dos consu-
midores não estejam em dia com suas obrigações. 72-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016)
(E) Dados recentes da Associação Nacional dos Birôs de Crédi- O SBT fará uma homenagem digna da história de seu proprietá-
to mostra que 59 milhões de consumidores não pode obter novos rio e principal apresentador: no próximo dia 12 [12.12.2015] coloca-
créditos. rá no ar um especial com 2h30 de duração em homenagem a Silvio
Santos. É o dia de seu aniversário de 85 anos.
Correções: (http://tvefamosos.uol.com.br/noticias)
(A) A mudança de direção da economia fazem (FAZ) com que se
altere o tamanho das jornadas de trabalho, por exemplo. As informações textuais permitem afirmar que, em 12.12.2015,
(B) Existe (EXISTEM) indivíduos que, sem carteira de trabalho Sílvio Santos completou seu
assinada, enfrentam grande dificuldade para obter novos recursos. (A) octogenário quinquagésimo aniversário.
(C) Os investimentos realizados e os custos trabalhistas fizeram (B) octogésimo quinto aniversário.
com que muitas empresas optassem por manter seus funcionários. (C) octingentésimo quinto aniversário.
(D) São as dívidas que faz (FAZEM) com que grande número dos (D) otogésimo quinto aniversário.
consumidores não estejam (ESTEJA) em dia com suas obrigações. (E) oitavo quinto aniversário.
(E) Dados recentes da Associação Nacional dos Birôs de Crédi-
to mostra (MOSTRAM) que 59 milhões de consumidores não pode RESPOSTA: B
(PODEM) obter novos créditos.
RESPOSTA: C 73-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016 -
adaptada) Assinale a alternativa correta quanto à norma-padrão e
aos sentidos do texto.
(A) As parcerias nipo-brasileiras pautam-se em cooperação
para contornar as tragédias.
(B) Tanto o Brasil quanto o Japão estão certos que as parcerias
nipo-brasileiras renderão bons frutos.

48
LÍNGUA PORTUGUESA
(C) A experiência do Japão mostra que não há como discordar (C) Se o Japão se dispor (DISPUSER) a auxiliar Minas Gerais,
com as parcerias nipo-brasileira. Mariana é (SERÁ) superada e os danos ambientais e sociais recu-
(D) A catástrofe vivida em Mariana revela de que são importan- perados.
tes as parcerias nipos-brasileiras. (D) Se o Japão manter (MANTIVER) seu auxílio a Minas Gerais,
(E) Não se pode esquecer a irrelevância dos momentos de tra- Mariana poderá ser superada e os danos ambientais e sociais recu-
gédia e das parcerias nipo-brasileira. perados.
(E) Caso Minas Gerais faz (FAÇA) uso da experiência do Japão,
Acertos: poderá superar Mariana e recuperar os danos ambientais e sociais.
(A) As parcerias nipo-brasileiras pautam-se em cooperação RESPOSTA: B
para contornar as tragédias.
(B) Tanto o Brasil quanto o Japão estão certos (DE) que as par- 76-) (PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO EM SAÚDE
cerias nipo-brasileiras renderão bons frutos. – LABORATÓRIO – VUNESP/2014)
(C) A experiência do Japão mostra que não há como discordar Reescrevendo-se o segmento frasal – ... incitá-los a reagir e a
com as parcerias nipo-brasileira (BRASILEIRAS). enfrentar o desconforto, ... –, de acordo com a regência e o acento
(D) A catástrofe vivida em Mariana revela de que (REVELA QUE) indicativo da crase, tem-se:
são importantes as parcerias nipos(NIPO)-brasileiras. (A) ... incitá-los à reação e ao enfrentamento do desconforto
(E) Não se pode esquecer a irrelevância dos momentos de tra- (B) ... incitá-los a reação e o enfrentamento do desconforto,
gédia e das parcerias nipo-brasileira(BRASILEIRAS). (C) ... incitá-los à reação e à enfrentamento do desconforto,
RESPOSTA: A (D) ... incitá-los à reação e o enfrentamento do desconforto,
(E) ... incitá-los a reação e à enfrentamento do desconforto,
74-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016) Ob-
serve: incitá-los a reagir e a enfrentar o desconforto = incitá-los À rea-
Acostumados___________ tragédias naturais, os japoneses ção e AO enfrentamento.
geralmente se reerguem em tempo recorde depois de catástrofes. RESPOSTA: A
Menos de um ano depois da catástrofe, no entanto, o Japão já
voltava________ viver a sua rotina. 77-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) A
Um tsunami chegou ______costa nordeste do Japão em 2011, assertiva correta quanto à conjugação verbal é:
deixando milhares de mortos e desaparecidos. A) Houveram eleições em outros países este ano.
De acordo com a norma-padrão, as lacunas das frases devem B) Se eu vir você por aí, acabou.
ser preenchidas, respectivamente, com: C) Tinha chego atrasado vinte minutos.
(A) a … à … à D) Fazem três anos que não tiro férias.
(B) à … a … a E) Esse homem possue muitos bens.
(C) às … a … à
(D) as … a … à Correções à frente:
(E) às … à … a A) Houveram eleições em outros países este ano = houve
C) Tinha chego atrasado vinte minutos = tinha chegado
Acostumados ÀS tragédias naturais, os japoneses geralmente D) Fazem três anos que não tiro férias = faz três anos
se reerguem em tempo recorde depois de catástrofes. E) Esse homem possue muitos bens = possui
Menos de um ano depois da catástrofe, no entanto, o Japão já RESPOSTA: “B”.
voltava A viver a sua rotina.
Um tsunami chegou À costa nordeste do Japão em 2011, dei- 78-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO/2014) Assinale a as-
xando milhares de mortos e desaparecidos. sertiva cuja regência verbal está correta:
RESPOSTA: C A) Ela queria namorar com ele.
B) Já assisti a esse filme.
75-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016) As- C) O caminhoneiro dormiu no volante.
sinale a alternativa correta quanto ao emprego do verbo, em con- D) Quando eles chegam em Campo Grande?
formidade com a norma-padrão. E) A moça que ele gosta é aquela ali.
(A) Caso Minas Gerais usa a experiência do Japão, pode superar
Mariana e recuperar os danos ambientais e sociais. Correções:
(B) Se Minas Gerais se propuser a usar a experiência do Japão, A) Ela queria namorar com ele = namorar “ele” (ou namorá-lo).
poderá superar Mariana e recuperar os danos ambientais e sociais. B) Já assisti a esse filme = correta
(C) Se o Japão se dispor a auxiliar Minas Gerais, Mariana é su- C) O caminhoneiro dormiu no volante = dormiu ao volante
perada e os danos ambientais e sociais recuperados. (“no” dá a entender “sobre” o volante!)
(D) Se o Japão manter seu auxílio a Minas Gerais, Mariana po- D) Quando eles chegam em Campo Grande? = chegaram a
derá ser superada e os danos ambientais e sociais recuperados. Campo Grande
(E) Caso Minas Gerais faz uso da experiência do Japão, poderá E) A moça que ele gosta é aquela ali = a moça de quem ele
superar Mariana e recuperar os danos ambientais e sociais. gosta
RESPOSTA: “B”.
Analisemos:
(A) Caso Minas Gerais usa (USE) a experiência do Japão, pode 79-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) A
(PODERÁ) superar Mariana e recuperar (RECUPARERÁ) os danos acentuação correta está na alternativa:
ambientais e sociais. A) eu abençôo – eles crêem – ele argúi.
(B) Se Minas Gerais se propuser a usar a experiência do Japão, B) platéia – tuiuiu – instrui-los.
poderá superar Mariana e recuperar os danos ambientais e sociais. C) ponei – geléia – heroico.

49
LÍNGUA PORTUGUESA
D) eles têm – ele intervém – ele constrói.
E) lingüiça – feiúra – idéia.

Palavras corrigidas:
A) eu abençoo – eles creem – ele argui.
B) plateia – tuiuiú – instruí-los.
C) pônei – geleia – heroico.
D) eles têm – ele intervém – ele constrói = corretas
E) linguiça – feiura – ideia.
RESPOSTA: D

80-) (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP - 2014)


A Organização Mundial de Saúde (OMS) atesta que o saneamento básico precário consiste _______grave ameaça ____ saúde huma-
na. Apesar de disseminada no mundo, a falta de saneamento básico ainda é muito associada _______ uma população de baixa renda, mais
vulnerável devido _______condições de subnutrição e, muitas vezes, de higiene inadequada.
(http://www.tratabrasil.org.br Adaptado)

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto, segundo a norma--padrão da língua portuguesa.
A) em ... A ... À ... A.
B) em ... À ... A ... A.
C) de ... À ... A ... As.
D) em ... À ... À ... Às.
E) de ... A ... A ... Às.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) atesta que o saneamento básico precário consiste EM grave ameaça À saúde humana. Apesar
de disseminada no mundo, a falta de saneamento básico ainda é muito associada A uma população de baixa renda, mais vulnerável devido
A condições de subnutrição e, muitas vezes, de higiene inadequada. Temos: em, à, a, a.
RESPOSTA: B

81-) (CONAB - CONTABILIDADE - IADES - 2014)

De acordo com o que prescreve a norma-padrão acerca do emprego das classes de palavra e da concordância verbal, assinale a alter-
nativa que apresenta outra redação possível para o período “A economia brasileira já faz isso há séculos.”
A) A economia brasileira já faz isso tem séculos.
B) A economia brasileira já faz isso têm séculos.
C) A economia brasileira já faz isso existe séculos.
D) A economia brasileira já faz isso faz séculos.
E) A economia brasileira já faz isso fazem séculos.

O “há” foi empregado no sentido de tempo passado, portanto pode ser substituído por “faz”, no singular: “faz séculos”.
RESPOSTA: “D”.

82-) (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) Feitas as adequações necessárias, a reescrita do trecho – O Marco Civil garante
a inviolabilidade e o sigilo das comunicações. – permanece correta, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, em:
A inviolabilidade e o sigilo das comunicações...
A) ... Mantêm-se garantidos pelo marco civil.
B) ... Mantém-se garantidos pelo marco civil.

50
LÍNGUA PORTUGUESA
C) ... Mantêm-se garantido pelo marco civil. E) “...quando o conteúdo não é lembrado...” – “pode acontecer
D) ... Mantém-se garantidas pelo marco civil. por influência de fatores diversos...”
E) ... Mantêm-se garantidas pelo marco civil.
O exercício quer que localizemos palavras proparoxítonas
O Marco Civil garante a inviolabilidade e o sigilo das comuni- A) influência = paroxítona terminada em ditongo / infalível =
cações = O verbo “manter” será empregado no plural, concordan- paroxítona terminada em L
do com “inviolabilidade” e “sigilo”, portanto teremos: mantêm-se. B) fórmula = proparoxítona / pública = proparoxítona
Descartamos os itens B e D. Como temos dois substantivos de gê- C) conteúdo = regra do hiato / influência = paroxítona termina-
neros diferentes, podemos usar o verbo no masculino ou concordar da em ditongo
com o gênero do mais próximo, no caso, “sigilo”. Teremos, então: D) dedicação = oxítona / seleção = oxítona
garantidos (plural, pois temos dois núcleos – inviolabilidade e sigi- E) é = monossílaba / influência = paroxítona terminada em di-
lo). Assim, chegamos à resposta: mantêm-se / garantidos. tongo
RESPOSTA: A RESPOSTA: B

83-) (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) Leia o 85-) (PREFEITURA DE OSASCO/SP - MOTORISTA DE AM-
seguinte fragmento de um ofício, citado do Manual de Redação da BULÂNCIA – FGV/2014) “existe um protocolo para identificar os
Presidência da República, no qual expressões foram substituídas focos”. Se colocássemos o termo “um protocolo” no plural, uma
por lacunas. forma verbal adequada para a substituição da forma verbal “existe”
Senhor Deputado seria:
Em complemento às informações transmitidas pelo telegrama A) hão.
n.º 154, de 24 de abril último, informo ______de que as medidas B) haviam.
mencionadas em ______ carta n.º 6708, dirigida ao Senhor Presi- C) há.
dente da República, estão amparadas pelo procedimento adminis- D) houveram.
trativo de demarcação de terras indígenas instituído pelo Decreto E) houve.
n.º 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cópia anexa).
(http://www.planalto.gov.br. Adaptado) O verbo “haver”, quando utilizado no sentido de “existir” –
como proposto no enunciado – não sofre flexão, não vai para o plu-
A alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacu- ral. Teríamos “existem protocolos”, mas “há protocolos”.
nas do texto, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa RESPOSTA: C
e atendendo às orientações oficiais a respeito do uso de formas de
tratamento em correspondências públicas, é: 86-) (POLÍCIA CIVIL/SC – AGENTE DE POLÍCIA – ACA-
A) Vossa Senhoria … tua. FE/2014) Na frase “Meu amigo fora lá fora buscar alguma coisa, e
B) Vossa Magnificência … sua. eu ficara ali, sozinho, naquela janela, presenciando a ascensão da
C) Vossa Eminência … vossa. lua cheia”, as palavras destacadas correspondem, morfologicamen-
D) Vossa Excelência … sua. te, pela ordem, a:
E) Sua Senhoria … vossa. A-) advérbio, advérbio, adjetivo pronominal, advérbio, substan-
tivo.
Podemos começar pelo pronome demonstrativo. Mesmo utili- B-) verbo, pronome adverbial, pronome adjetivo, adjetivo, ver-
zando pronomes de tratamento “Vossa” (muitas vezes confundido bo.
com “vós” e seu respectivo “vosso”), os pronomes que os acom- C-) verbo, advérbio, pronome adjetivo, adjetivo, substantivo.
panham deverão ficar sempre na terceira pessoa (do plural ou do D-) advérbio, substantivo, adjetivo, substantivo, adjetivo.
singular, de acordo com o número do pronome de tratamento). En- E-) advérbio, pronome adverbial, pronome relativo, advérbio,
tão, em quaisquer dos pronomes de tratamento apresentados nas verbo.
alternativas, o pronome demonstrativo será “sua”. Descartamos,
então, os itens A, C e E. Agora recorramos ao pronome adequado a “Meu amigo fora (verbo) lá fora (advérbio) buscar alguma
ser utilizado para deputados. Segundo o Manual de Redação Oficial, (pronome) coisa, e eu ficara ali, sozinho, (adjetivo) naquela janela,
temos: presenciando a ascensão (substantivo) da lua cheia”. Temos, então:
Vossa Excelência, para as seguintes autoridades: verbo, advérbio, pronome adjetivo, adjetivo e substantivo.
b) do Poder Legislativo: Presidente, Vice–Presidente e Membros RESPOSTA: C
da Câmara dos Deputados e do Senado Federal (...).
RESPOSTA: D 87-) (POLÍCIA CIVIL/SC – AGENTE DE POLÍCIA – ACA-
FE/2014) Complete as lacunas com os verbos, tempos e modos in-
84-) (PREFEITURA DE PAULISTA/PE – RECEPCIONISTA – dicados entre parênteses, fazendo a devida concordância.
UPENET/2014) Sobre ACENTUAÇÃO, assinale a alternativa cuja to- • O juiz agrário ainda não _________ no conflito porque sur-
nicidade de ambos os termos sublinhados recai na antepenúltima giram fatos novos de ontem para hoje. (intervir - pretérito perfeito
sílaba. do indicativo)
A) “Ele pode acontecer por influência de fatores diversos...” - • Uns poucos convidados ___________-se com os vídeos pos-
“infalível de aprovação para o candidato...” tados no facebook. (entreter - pretérito imperfeito do indicativo)
B) “...que podem ser considerados a fórmula infalível...” – “que • Representantes do PCRT somente serão aceitos na composi-
pretende enfrentar uma seleção pública.” ção da chapa quando se _________ de criticara atual diretoria do
C) “...quando o conteúdo não é lembrado justamente...» - «Ele clube, (abster-se - futuro do subjuntivo)
pode acontecer por influência de fatores diversos...”
D) “Esforço, preparo, dedicação e estudo intenso...” - “preten- A sequência correta, de cima para baixo, é:
de enfrentar uma seleção pública.» A-) interveio - entretinham - abstiverem

51
LÍNGUA PORTUGUESA
B-) interviu - entretiveram - absterem IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em situação
C-) intervém - entreteram - abstêm de uso, quanto à flexão de número = “vêm” é utilizado para a tercei-
D-) interviera - entretêm - abstiverem ra pessoa do plural (correta)
E-) intervirá - entretenham - abstiveram RESPOSTA: C

O verbo “intervir” deve ser conjugado como o verbo “vir”. Este, 90-) (LIQUIGÁS – PROFISSIONAL JÚNIOR – CIÊNCIAS CON-
no pretérito perfeito do Indicativo fica “veio”, portanto, “interveio” TÁBEIS – CEGRANRIO/2014) A frase em que a flexão do verbo au-
(não existe “interviu”, já que ele não deriva do verbo “ver”). Des- xiliar destacado obedece aos princípios da norma-padrão é
cartemos a alternativa B. Como não há outro item com a mesma (A) Alguns estudiosos consideram que podem haver robôs tão
opção, chegamos à resposta rapidamente! inteligentes quanto o homem.
RESPOSTA: A (B) Devem existir formas de garantir a exploração de outras ta-
refas destinadas aos robôs.
88-) (PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO/SP – AGENTE DE (C) No futuro, devem haver outras formas de investimentos
ADMINISTRAÇÃO – VUNESP/2014) A forma verbal em destaque para garantir a evolução da robótica.
está no tempo futuro, indicando uma ação hipotética, em: (D) Pode existir obstáculos que os robôs sejam capazes de su-
(A) Lia o jornal enquanto aguardava meu voo para São Paulo... perar, como a locomoção e o diálogo.
(B) Meus voos todos saíram na hora. (E) Pode surgir novas tecnologias para aperfeiçoar a conquista
(C) Era um berimbau, meu Deus. espacial.
(D) Concluí que viajariam muito com o novo instrumento mu-
sical. Os verbos auxiliares devem obedecer à regra do verbo prin-
(E) Solicitara a ajuda de uma comissária de bordo brasileira, cipal que acompanham. Se este sofre flexão de número, aqueles
bonita... também sofrerão. Exemplo: o verbo “haver”, no sentido de “existir”,
é invariável. Então, na frase: “Podem haver mais fatos” temos um
Tal questão pode ser resolvida somente pela leitura das alter- erro. O correto é “Pode haver”. Vamos às análises:
nativas, sem a necessidade de classificar todos os verbos grifados. (A) Alguns estudiosos consideram que podem haver robôs =
Farei a classificação por questão pedagógica! pode haver
(A) Lia o jornal enquanto aguardava = pretérito imperfeito do (B) Devem existir formas = o “existir” sofre flexão (correta)
Indicativo (C) No futuro, devem haver = deve haver
(B) Meus voos todos saíram na hora. = pretérito mais-que-per- (D) Pode existir obstáculos = podem existir
feito do Indicativo (E) Pode surgir novas tecnologias = podem surgir
(C) Era um berimbau, meu Deus. = pretérito imperfeito do In- RESPOSTA: B
dicativo
(D) Concluí que viajariam muito com o novo instrumento musi- 91-) (ANTAQ –ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE SERVIÇOS
cal. = futuro do pretérito do Indicativo (hipótese) DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS – CESPE/2014 - adaptada) Es-
(E) Solicitara a ajuda de uma comissária de bordo brasileira, taria mantida a correção gramatical do trecho “a Internet tem po-
bonita...= pretérito mais-que-perfeito do Indicativo tencial cuja dimensão não deve ser superdimensionada” caso se
RESPOSTA: D empregasse o artigo a antes do substantivo “dimensão”.
( ) CERTO
89-) (SEFAZ/RS – AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL – ( ) ERRADO
FUNDATEC/2014 - adaptada)
Analise as afirmações que são feitas sobre acentuação gráfica. Após o pronome relativo “cujo” não deve existir artigo.
I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’ seja reti- RESPOSTA: ERRADO
rado, essas continuam sendo palavras da língua portuguesa.
II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vários’ e ‘país’ 92-) (PREFEITURA DE OSASCO – FARMACÊUTICO –
não é a mesma. FGV/2014) “Esses produtos podem ser encontrados nos supermer-
III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente. cados com rótulos como ‘sênior’ e com características adaptadas às
IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em situação dificuldades para mastigar e para engolir dos mais velhos, e prepa-
de uso, quanto à flexão de número. rados para se encaixar em seus hábitos de consumo”. O segmento
“para se encaixar” pode ter sua forma verbal reduzida adequada-
Quais estão corretas? mente desenvolvida em
A) Apenas I e III. (A) para se encaixarem.
B) Apenas II e IV. (B) para seu encaixotamento.
C) Apenas I, II e IV. (C) para que se encaixassem.
D) Apenas II, III e IV. (D) para que se encaixem.
E) I, II, III e IV. (E) para que se encaixariam.

I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’ seja reti- As orações subordinadas reduzidas são aquelas que não apre-
rado, essas continuam sendo palavras da língua portuguesa = tere- sentam conjunção. Para torná-las desenvolvidas, basta acrescentar-
mos “transito” e “especifico” – serão verbos (correta) mos a conjunção: “para que se encaixem”.
II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vários’ e ‘país’ RESPOSTA: D
não é a mesma = vários é paroxítona terminada em ditongo; país é
a regra do hiato (correta)
III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente = há um hiato,
por isso a acentuação (da-í) = incorreta.

52
LÍNGUA PORTUGUESA
93-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA/GO – ANALISTA JUDICIÁRIO (C) para fazer a dragagem = para fazê-la
– FGV/2014 - adaptada) A frase “que foi trazida pelo instituto En- (D) que desviava a água = que lhe desviava
deavor” equivale, na voz ativa, a: (E) supriam a necessidade = supriam-na
(A) que o instituto Endeavor traz;
(B) que o instituto Endeavor trouxe; (A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu = correta
(C) trazida pelo instituto Endeavor; (B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os = correta
(D) que é trazida pelo instituto Endeavor; (C) para fazer a dragagem = para fazê-la = correta
(E) que traz o instituto Endeavor. (D) que desviava a água = que lhe desviava = que a desviava
(E) supriam a necessidade = supriam-na = correta
Se na voz passiva temos dois verbos, na ativa teremos um: “que RESPOSTA: D
o instituto Endeavor trouxe” (manter o tempo verbal no pretérito –
assim como na passiva). 97-) (POLÍCIA CIVIL/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VU-
RESPOSTA: B NESP/2014) Assinale a alternativa em que a reescrita da frase – Os
bons mecânicos sabiam lidar com máquinas e construir toda espé-
94-) (POLÍCIA MILITAR/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – cie de engenhoca. – está correta quanto à concordância, de acordo
VUNESP/2014) Considere o trecho a seguir. com a norma-padrão da língua.
Já __________ alguns anos que estudos a respeito da utilização (A) Toda espécie de engenhoca eram construídas por bons me-
abusiva dos smartphones estão sendo desenvolvidos. Os especia- cânicos, os quais sabia lidar com máquinas.
listas acreditam _________ motivos para associar alguns compor- (B) Toda espécie de engenhoca era construída por bons mecâ-
tamentos dos adolescentes ao uso prolongado desses aparelhos, nicos, os quais sabia lidar com máquinas.
e _________ alertado os pais para que avaliem a necessidade de (C) Toda espécie de engenhoca eram construída por bons me-
estabelecer limites aos seus filhos. cânicos, os quais sabiam lidar com máquinas.
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as la- (D) Toda espécie de engenhoca era construídas por bons mecâ-
cunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, nicos, os quais sabia lidar com máquinas.
com: (E) Toda espécie de engenhoca era construída por bons mecâ-
(A) faz … haver … têm nicos, os quais sabiam lidar com máquinas.
(B) fazem … haver … tem
(C) faz … haverem … têm Fiz as correções entre parênteses:
(D) fazem … haverem … têm (A) Toda espécie de engenhoca eram (era) construídas (cons-
(E) faz … haverem … tem truída) por bons mecânicos, os quais sabia (sabiam) lidar com má-
quinas.
Já FAZ (sentido de tempo: não sofre flexão) alguns anos que (B) Toda espécie de engenhoca era construída por bons mecâ-
estudos a respeito da utilização abusiva dos smartphones estão nicos, os quais sabia (sabiam) lidar com máquinas.
sendo desenvolvidos. Os especialistas acreditam HAVER (sentido (C) Toda espécie de engenhoca eram (era) construída por bons
de existir: não varia) motivos para associar alguns comportamen- mecânicos, os quais sabiam lidar com máquinas.
tos dos adolescentes ao uso prolongado desses aparelhos, e TÊM (D) Toda espécie de engenhoca era construídas (construída)
(concorda com o termo “os especialistas”) alertado os pais para que por bons mecânicos, os quais sabia (sabiam) lidar com máquinas.
avaliem a necessidade de estabelecer limites aos seus filhos. (E) Toda espécie de engenhoca era construída por bons mecâ-
Temos: faz, haver, têm. nicos, os quais sabiam lidar com máquinas.
RESPOSTA: A RESPOSTA: E
95-) (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014 - adaptada) 98-) (SABESP/SP – AGENTE DE SANEAMENTO AMBIENTAL
... e então percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia Cen- 01 – FCC/2014 - adaptada) O segmento grifado está corretamente
tral até o mar Cáspio e além. substituído pelo pronome correspondente em:
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado
(A) Sem precisar atravessar a cidade = atravessar-lhe
acima está em:
(B) Eles serviriam para receber a enorme quantidade de lixo =
(A) ... e de lá por navios que contornam a Índia...
recebê-lo
(B) ... era a capital da China.
(C) Um grupo de pesquisadores da USP tem um projeto = tem-
(C) A Rota da Seda nunca foi uma rota única...
-los
(D) ... dispararam na última década.
(D) O primeiro envolve a construção de uma série de portos =
(E) ... que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas...
envolve-lhe
Percorriam =Pretérito Imperfeito do Indicativo (E) O Hidroanel Metropolitano pretende resolver o problema
A = contornam – presente do Indicativo em São Paulo = resolvê-lo
B = era = pretérito imperfeito do Indicativo
C = foi = pretérito perfeito do Indicativo (A) atravessar a cidade = atravessar-lhe (atravessá-la)
D = dispararam = pretérito mais-que-perfeito do Indicativo (B) receber a enorme quantidade de lixo = recebê-lo (recebê-la)
E = acompanham = presente do Indicativo (C) tem um projeto = tem-los (tem-no)
RESPOSTA: B (D) envolve a construção de uma série de portos = envolve-lhe
(envolve-a)
96-) (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) A substituição do ele- (E) O Hidroanel Metropolitano pretende resolver o problema
mento grifado pelo pronome correspondente foi realizada de modo em São Paulo = resolvê-lo
INCORRETO em: RESPOSTA: E
(A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu
(B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os

53
LÍNGUA PORTUGUESA
99-) (METRÔ/SP – TÉCNICO SISTEMAS METROVIÁRIOS CI- “Passai, passai, desfeitas em tormentos.” Os verbos estão no
VIL – FCC/2014) Modo Imperativo Afirmativo, segunda pessoa do plural (vós). Para
... ele conciliava as noites de boemia com a rotina de professor, descobrirmos como ficarão na segunda do singular (tu), conjugue-
pesquisador e zoólogo famoso. mos o verbo “passar” no Presente do Indicativo (que é de onde co-
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado piamos o Afirmativo, sem o “s” final): Eu passo, tu passas, ele passa,
acima se encontra em: nós passamos, vós passais, eles passam. Percebeu como o “passai”
(A) Tem músicas com Toquinho, Elton Medeiros e Paulinho No- pertence a “vós”? Bastou retirar o “s” = passai (como no verso).
gueira. Agora, retiremos o “s” do verbo conjugado com o “tu”: “passa”. Te-
(B) As músicas eram todas de Vanzolini. remos, então, a construção: “Passa, passa...”.
(C) Por mais incrível que possa parecer... RESPOSTA: C
(D) ... os fortes laços que unem campo e cidade.
(E) ... porque não espalha... 103-) (EBSERH/HUCAM-UFES - ADVOGADO - AOCP/2014) Em
“Todos sabem como termina a história, tragicamente.”, a expressão
Conciliava = pretérito imperfeito do Indicativo destacada indica
(A) Tem músicas = presente do Indicativo A) meio
(B) As músicas eram todas de Vanzolini. = pretérito imperfeito B) tempo.
do Indicativo C) fim.
(C) Por mais incrível que possa parecer... = presente do Sub- D) modo.
juntivo E) condição.
(D) ... os fortes laços que unem campo e cidade. = presente do
Indicativo Geralmente, os advérbios terminados em “-mente” indicam
(E) ... porque não espalha... = presente do Indicativo “modo”. No caso, de maneira trágica, tragicamente.
RESPOSTA: B RESPOSTA: D

100-) (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E 104-) (TRT 19ª - ANALISTA JUDICIÁRIO – ESTATÍSTICA –
COMÉRCIO EXTERIOR – ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO FCC/2014) Sentava-se mais ou menos ...... distância de cinco metros
– CESPE/2014) Em “Vossa Excelência deve estar satisfeita com os do professor, sem grande interesse. Estudava de manhã, e ...... tar-
resultados das negociações”, o adjetivo estará corretamente em- des passava perambulando de uma praça ...... outra, lendo algum
pregado se dirigido a ministro de Estado do sexo masculino, pois livro, percebendo, vez ou outra, o comportamento dos outros, en-
o termo “satisfeita” deve concordar com a locução pronominal de tregue somente ...... discrição de si mesmo.
tratamento “Vossa Excelência”. Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem
( ) CERTO dada:
( ) ERRADO A) a - às - à - a
B) à - as - a - à
Se a pessoa, no caso o ministro, for do sexo feminino (ministra), C) a - as - à - a
o adjetivo está correto; mas, se for do sexo masculino, o adjetivo D) à - às - a - à
sofrerá flexão de gênero: satisfeito. O pronome de tratamento é E) a - às - a - a
apenas a maneira de como tratar a autoridade, não concordando
com o gênero (o pronome de tratamento, apenas). Sentava-se mais ou menos À distância de cinco metros (palavra
RESPOSTA: ERRADO “distância” especificada) do professor, sem grande interesse. Estu-
dava de manhã, e AS tardes (artigo + substantivo; lemos “e durante
101-) (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – MÉDICO DO TRABA- as tardes”) passava perambulando de uma praça A outra, lendo al-
LHO – CESPE/2014) O emprego do acento gráfico em “incluíram” gum livro, percebendo, vez ou outra, o comportamento dos outros,
e “número” justifica-se com base na mesma regra de acentuação. entregue somente À (regência verbal de “entregue”: entregue algo
( ) CERTO a alguém) discrição de si mesmo.
( ) ERRADO Temos: à/as/a/à.
RESPOSTA: B
Incluíram = regra do hiato / número = proparoxítona
RESPOSTA: ERRADO 105-) (RECEITA FEDERAL - AUDITOR FISCAL – ESAF/2014)
Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia de
102-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/ palavra inserido na transcrição do texto.
UFAL/2014 - adaptada) Dado o trecho abaixo, No desenho constitucional, os tributos são fonte importantís-
“Passai, passai, desfeitas em tormentos, sima dos recursos financeiros de cada ente político, recursos esses
Em lágrimas, em prantos, em lamentos” indispensáveis para que façam frente ao (1) seu dever social. Con-
SOUZA, Cruz e. Broqueis. São Paulo: L&PM Pochet, 2002. sequentemente, o princípio federativo é indissociável das compe-
tências tributárias constitucionalmente estabelecidas. Isso porque
O verbo do primeiro verso, se utilizado na 2ª pessoa do singu- tal princípio prevê (2) a autonomia dos diversos entes integrantes
lar, resulta na seguinte forma: da federação (União, Estados, DF e Municípios). A exigência da au-
A) Passe, passe, desfeitas em tormentos. tonomia econômico financeira determina que seja outorgado (3)
B) Passem, passem, desfeitas em tormentos. a cada ente político vários tributos de sua específica competência,
C) Passa, passa, desfeitas em tormentos. para, por si próprios, instituírem (4) o tributo e, assim, terem (5) sua
D) Passas, passas, desfeitas em tormentos. própria receita tributária.
E) Passam, passam, desfeitas em tormentos. (Adaptado de: <http://www.ambito-juridico.com.br/site>. Acesso em:
17mar. 2014.)

54
LÍNGUA PORTUGUESA
A) (1) Podemos resolver por eliminação: dos verbos apresentados
B) (2) nas alternativas, o único que não sofre flexão é o “haver”, deven-
C) (3) do, portanto, permanecer no singular. Eliminemos a D. Os demais,
D) (4) que deveriam estar flexionados (sucederam-se, existiram, aconte-
E) (5) ceram), não estão. Restou-nos a alternativa com a opção coreta:
ocorreram.
No item 3, a forma correta do trecho é: “A exigência da autono- RESPOSTA: A
mia econômico financeira determina que sejam outorgados a cada
ente político vários tributos de sua específica competência”. 109-) (ESTRADA DE FERRO CAMPOS DO JORDÃO/SP - ANALIS-
RESPOSTA: C TA FERROVIÁRIO - OFICINAS – ELÉTRICA – IDERH/2014) Consi-
dere os numerais sublinhados a seguir:
106-) (TCE-RS - AUDITOR PÚBLICO EXTERNO - ENGENHARIA I (...) Copa do Mundo de 2014 (...)
CIVIL - CONHECIMENTOS BÁSICOS – FCC/2014) Transpondo-se II (...) primeiro jogo (...)
para a voz passiva o segmento sublinhado em É possível que os III (...) três unidades (...)
tempos modernos tenham começado a desfavorecer a solução do IV (...) mais de 10 anos.
jeitinho, a forma obtida deverá ser:
A) tenha começado a ser desfavorecida. Tais numerais são classificados, CORRETA e respectivamente,
B) comecem a desfavorecer. de cima para baixo, como:
C) terá começado a ser desfavorecida. A) Cardinal, ordinal, cardinal e cardinal.
D) comecem a ser desfavorecidos. B) Cardinal, cardinal, ordinal e cardinal.
E) estão começando a se desfavorecer. C) Cardinal, cardinal, ordinal e multiplicativo.
D) Cardinal, fracionário, ordinal e cardinal.
“É possível que os tempos modernos tenham começado a des- E) Cardinal, fracionário, multiplicativo e cardinal.
favorecer a solução do jeitinho” – se na voz ativa temos três verbos,
na passiva teremos quatro (lembrando que o verbo “ter” é auxiliar): Podemos responder por eliminação, o que nos ajudaria a che-
“É possível que a solução do jeitinho tenha começado a ser desfavo- gar à resposta correta rapidamente. Veja: ORdinal lembra ORdem =
recida pelos tempos modernos”. a alternativa que representa um numeral ordinal é a II – o que nos
RESPOSTA: A leva a procurar o item que tenha “ordinal” como segundo elemento
da classificação. Chegamos à letra A – única resposta correta!
107-) (MINISTÉRIO PÚBLICO/SP – AUXILIAR DE PROMOTO- RESPOSTA: A
RIA – VUNESP/2014) Assinale a alternativa correta quanto à colo-
cação pronominal. 110-) (ESTRADA DE FERRO CAMPOS DO JORDÃO/SP - ANALIS-
(A) Certamente delineou-se um cenário infernal com assassi- TA FERROVIÁRIO - OFICINAS – ELÉTRICA – IDERH/2014) Nas al-
natos brutais. ternativas abaixo, apenas UM vocábulo DEVE, NECESSARIAMENTE,
(B) A frente que se opôs aos hutus foi liderada por Paul Kagame. ser acentuado. Assim, assinale a opção CORRETA.
(C) Se completam, em 2014, 20 anos do genocídio em Ruanda. A) Intimo.
(D) Kagame reconhece que as pessoas não livraram-se do vírus B) Ate.
do ódio. C) Miseria.
(E) Com Kagame como presidente, têm feito-se mudanças em D) Policia.
Ruanda. E) Amem.

Correções: A) Intimo – eu a intimo a comparecer... (verbo) / amigo íntimo


(A) Certamente delineou-se = certamente se delineou (advér- (adjetivo)
bio) B) Ate – quer que eu ate o nó? (verbo) / Ele veio até mim (pre-
(B) A frente que se opôs aos hutus foi liderada por Paul Kagame posição)
= correta. C) Miseria.– deve ser acentuada (miséria – substantivo)
(C) Se completam = completam-se (início de período) D) Policia – ela não se policia (verbo – igual “vigiar”, “contro-
(D) Kagame reconhece que as pessoas não livraram-se = não se lar”) / Quero trabalhar na polícia! (substantivo)
livraram (advérbio de negação) E) Amem – (verbo) / amém (interjeição)
(E) Com Kagame como presidente, têm feito-se = têm-se feito Que Deus o abençoe! Amém! Que vocês se amem! Amém!
RESPOSTA: B RESPOSTA: C

108-) (POLÍCIA CIVIL/SP - OFICIAL ADMINISTRATIVO - VU- 111-) (CGE-MA - AUDITOR - CONHECIMENTOS BÁSICOS -
NESP/2014) Considerando as regras de concordância verbal, o ter- FGV/2014) “...Marx e Engels e outros pensadores previram um futu-
mo em destaque na frase – Segundo alguns historiadores, houve ro redentor...”. Nesse segmento o verbo irregular prever é conjuga-
dois sacolejões maiores na história da humanidade. – pode ser cor- do de forma correta no pretérito perfeito do indicativo.
retamente substituído por: Assinale a frase em que a forma desse mesmo verbo está con-
A) ocorreram. jugada de forma errada.
B) sucedeu-se. A) Quando ele prever o resultado, todos se espantarão.
C) existiu. B) Elas preveem coisas impossíveis
D) houveram. C) Espero que elas prevejam boas coisas.
E) aconteceu D) Ela já previra o resultado, antes de a partida terminar.
E) Se todos previssem a vida, ela seria diferente.

55
LÍNGUA PORTUGUESA
Cuidado com a pegadinha! O enunciado quer a alternativa In- 115-) (PETROBRAS – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA
correta. Teremos 4 corretas! TODOS OS CARGOS – NÍVEL SUPERIOR – CESGRANRIO/2014
A) Quando ele prever o resultado, todos se espantarão. = quan- - adaptada) No trecho “Um mundo habitado por seres com habi-
do ele previr lidades sobre-humanas parece ficção científica”, a palavra destaca-
B) Elas preveem coisas impossíveis = correta da apresenta hífen porque a natureza das partes que a compõem
C) Espero que elas prevejam boas coisas= correta assim o exige. O grupo em que todas as palavras estão grafadas de
D) Ela já previra o resultado, antes de a partida terminar= cor- acordo com a ortografia oficial é
reta (A) erva-doce, mal-entendido, sobrenatural
E) Se todos previssem a vida, ela seria diferente= correta (B) girassol, bem-humorado, batepapo
RESPOSTA: A (C) hiper-glicemia, vice-presidente, pontapé
(D) pan-americano, inter-estadual, vagalume
112-) (MINISTÉRIO PÚBLICO/SP – AUXILIAR DE PROMOTO- (E) subchefe, pós-graduação, inter-municipal
RIA – VUNESP/2014) Assinale a alternativa correta quanto ao uso
do acento indicativo da crase. (A) erva-doce, mal-entendido, sobrenatural = corretas
(A) Os meninos querem que a chuva comece à cair. (B) girassol, bem-humorado, batepapo (bate-papo)
(B) E os meninos ficam à espera de chuva intensa. (C) hiper-glicemia – (hiperglicemia), vice-presidente, pontapé
(C) As borboletas vão de um jardim à outro. (D) pan-americano, inter-estadual (interestadual) , vagalume
(D) Mas a chuva não chega à ninguém. (E) subchefe, pós-graduação, inter-municipal (intermunicipal)
(E) As borboletas ainda não perceberam à leve chuva. RESPOSTA: A

(A) Os meninos querem que a chuva comece à cair = a cair 116-) (PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP – AUDITOR FISCAL
(verbo no infinitivo) TRIBUTÁRIO MUNICIPAL – CETRO/2014 - adaptada) Assinale a
(B) E os meninos ficam à espera de chuva intensa = correta alternativa que contém duas palavras acentuadas conforme a mes-
(dica: dá para substituir por “esperando”) ma regra.
(C) As borboletas vão de um jardim à outro = a outro (palavra (A) “Hambúrgueres” e “repórter”.
masculina) (B) “Inacreditáveis” e “repórter”.
(D) Mas a chuva não chega à ninguém = a ninguém (pronome (C) “Índice” e “dólares”.
indefinido) (D) “Inacreditáveis” e “atribuídos”.
(E) As borboletas ainda não perceberam à leve chuva = a leva (E) “Atribuídos” e “índice”.
(objeto direto, sem preposição)
RESPOSTA: B (A) “Hambúrgueres” = proparoxítona / “repórter” = paroxítona
(B) “Inacreditáveis” = paroxítona / “repórter” = paroxítona
113-) (IBGE - SUPERVISOR DE PESQUISAS – ADMINISTRA- (C) “Índice” = proparoxítona / “dólares” = proparoxítona
ÇÃO - CESGRANRIO/2014) Em “Há políticas que reconhecem a in- (D) “Inacreditáveis” = paroxítona / “atribuídos” = regra do hiato
formalidade”, ao substituir o termo destacado por um pronome, de (E) “Atribuídos” = regra do hiato / “índice” = proparoxítona
acordo com a norma-padrão da língua, o trecho assume a formula-
RESPOSTA: B
ção apresentada em:
A) Há políticas que a reconhecem.
117-) (SUSAM/AM- ASSISTENTE ADMINISTRATIVO –
B) Há políticas que reconhecem-a.
FGV/2014 - adaptada) “Ainda assim, por força da longa estiagem
C) Há políticas que reconhecem-na.
que afetou o Sudeste e o Centro‐Oeste, o Operador Nacional do Sis-
D) Há políticas que reconhecem ela.
tema Elétrico (NOS)trabalha com uma estimativa de que no atual
E) Há políticas que lhe reconhecem.
período úmido ovolumedechuvasnãoultrapasse67%damédiahistó-
Primeiramente identifiquemos se temos objeto direto ou indi- ricanasáreas que abrigam os principais reservatórios das hidrelétri-
reto. Reconhece o quê? Resposta: a informalidade. Pergunta e res- cas”.Nesse segmento, é correto colocar uma vírgula
posta sem preposição, então: objeto direto. Não utilizaremos “lhe” (A)apósaformaverbal“abrigam”.
– que é para objeto indireto. Como temos a presença do “que” – in- (B) apósosubstantivo“áreas”.
dependente de sua função no período (pronome relativo, no caso!) (C) apósosubstantivo“estimativa”.
– a regra pede próclise (pronome oblíquo antes do verbo): que a (D)após“deque”eantesde“ovolume”.
reconhecem. (E) após“chuvas”eantesde“nasáreas”.
RESPOSTA: A
“Ainda assim, por força da longa estiagem que afetou o Sudeste
114-) (UNESP - CAMPUS DE ARARAQUARA/FCL - ASSISTEN- e o Centro‐Oeste, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (NOS)
TE OPERACIONAL II – JARDINAGEM – VUNESP/2014)As discus- trabalha com uma estimativa de que no atual período úmido ovolu-
sões na internet _____ o consumidor ______ buscar preços mais medechuvasnãoultrapasse67%damédiahistóricanasáreas que abri-
______. gam os principais reservatórios das hidrelétricas”.
(A) leva ... à ... vantajoso. (A)apósaformaverbal“abrigam” – incorreta (não posso separar
(B) levam ... à ... vantajosos. o verbo de seu complemento - objeto).
(C) leva ... a ... vantajoso. (B) apósosubstantivo“áreas” – incorreta (mudaríamos o senti-
(D) leva ... à ... vantajosos. do do período, já que passaríamos uma oração adjetiva restritiva
(E) levam ... a ... vantajosos. para uma explicativa – fato que generalizaria o termo “áreas”, dan-
do a entender que todas abrigam reservatórios).
As discussões na internet levam o consumidor a buscar (verbo (C) apósosubstantivo“estimativa” – incorreta (separaria subs-
no infinitivo = sem acento grave) preços mais vantajosos. tantivo de seu complemento).
RESPOSTA: E

56
LÍNGUA PORTUGUESA
(D)após“deque”eantesde“ovolume” – correta (não haveria mu- Cuidado! O exercício quer que encontremos o par que tem a
dança no período, dando ao termo uma função de aposto explica- mesma justificativa de acentuação entre as palavras que o com-
tivo, por exemplo). põem, não necessariamente igual às do enunciado.
(E) após“chuvas”eantesde“nasáreas” – incorreta – separaria RESPOSTA: B
sujeito de predicado
RESPOSTA: D 121-) (DETRAN/RO – ANALISTA EM TRÂNSITO - ADMINIS-
TRADOR – IADES/2014) Observe o emprego das palavras destaca-
118-) (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014 - adap- das nas frases a seguir.
tada) Ao passarmos a frase “...e É CONSIDERADO por muitos o maior • Quando elas dirigem, ficam meio nervosas.
maratonista de todos os tempos” para a voz ativa, encontramos a • As crianças estavam sós no carro.
seguinte forma verbal: • Ela mesma se dirigiu ao DETRAN.
A) consideravam. • Os carros custam caro.
B) consideram.
C) considerem. Acerca das regras de concordância que justificam o emprego
D) considerarão. dos termos anteriores, analise.
E) considerariam. I. A palavra “meio” é um advérbio, razão pela qual não se fle-
xionou.
É CONSIDERADO por muitos o maior maratonista de todos os II. A palavra “sós” é um adjetivo, por isso concorda com o su-
tempos = dois verbos na voz passiva, então na ativa teremos UM: jeito.
muitos o consideram o maior maratonista de todos os tempos. III. A palavra “mesma” sempre concorda com o substantivo e o
RESPOSTA: B pronome a que se refere.
IV. A palavra “caro” é um advérbio, razão pela qual não se fle-
119-) (INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TEC- xionou.
NOLOGIA/SP – ADMINISTRADOR – FUNDEP/2014) Leia:
____ um mês, uma turma de operários se posta ___ entrada da Estão corretas as afirmativas
fábrica pela manhã e só sai ___ uma hora da tarde. Espera-se que a A) I, II, III e IV.
greve termine daqui ___ uma semana. B) I, II e IV, apenas.
C) I, II e III, apenas.
Assinale a alternativa que completa CORRETAMENTE as lacu- D) I, III e IV, apenas.
nas da frase acima, na respectivamente ordem. E) II, III e IV, apenas.
A) Há – à – a – a.
B) Há – à – à – a. • Quando elas dirigem, ficam meio nervosas.
C) A – a – a – há. • As crianças estavam sós no carro.
D) Há – a – à – há. • Ela mesma se dirigiu ao DETRAN.
• Os carros custam caro.
HÁ (tempo passado) um mês, uma turma de operários se pos-
ta À (“na”) entrada da fábrica pela manhã e só sai À uma hora da Acerca das regras de concordância que justificam o emprego
tarde. Espera-se que a greve termine daqui A (tempo futuro) uma dos termos anteriores, analise.
semana. I. A palavra “meio” é um advérbio, razão pela qual não se fle-
Ficou: há / à / à / a. xionou = correta.
RESPOSTA: B II. A palavra “sós” é um adjetivo, por isso concorda com o su-
jeito = correta.
120-) (ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO – TÉCNICO EM CON- III. A palavra “mesma” sempre concorda com o substantivo e o
TABILIDADE – IDECAN/2014) Os vocábulos “cinquentenário” e pronome a que se refere = correta.
“império” são acentuados devido à mesma justificativa. O mesmo (Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso – Quite: Estas pa-
ocorre com o par de palavras apresentado em lavras adjetivas concordam em gênero e número com o substantivo
A) prêmio e órbita. ou pronome a que se referem)
B) rápida e tráfego IV. A palavra “caro” é um advérbio, razão pela qual não se fle-
C) satélite e ministério. xionou. = correta
D) pública e experiência. RESPOSTA: A
E) sexagenário e próximo.
122-) (SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/PI – ESCRI-
Cinquentenário e império = ambas são paroxítonas. Cuidado! O VÃO DE POLÍCIA CIVIL – UESPI/2014) A linguagem por meio da
exercício quer que encontremos o par que tem a mesma justificati- qual interagimos no nosso dia a dia pode revestir-se de nuances as
va de acentuação entre as palavras que o compõem, não necessa- mais diversas: pode apresentar-se em sentido literal, figurado, me-
riamente igual às do enunciado. tafórico. A opção em cujo trecho utilizou-se linguagem metafórica é
A) prêmio = paroxítona / órbita = proparoxítona a) O equilíbrio ou desequilíbrio depende do ambiente familiar.
B) rápida = proparoxítona / tráfego = proparoxítona b) Temos medo de sair às ruas.
C) satélite = proparoxítona / ministério = paroxítona c) Nestes dias começamos a ter medo também dentro dos sho-
D) pública = proparoxítona / experiência = paroxítona ppings.
E) sexagenário = paroxítona / próximo = proparoxítona d) Somos esse novelo de dons.
e) As notícias da imprensa nos dão medo em geral.

57
LÍNGUA PORTUGUESA
A alternativa que apresenta uma linguagem metafórica (figura-
da) é a que emprega o termo “novelo” fora de seu contexto habitual
ANOTAÇÕES
(novelo de lã, por exemplo), representando, aqui, um emaranhado,
um monte, vários dons. ______________________________________________________
RESPOSTA: D
______________________________________________________
123-) (SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/PI – ESCRI-
VÃO DE POLÍCIA CIVIL – UESPI/2014 - adaptada) Identificamos as ______________________________________________________
seguintes palavras formadas pelo processo de derivação regressiva:
A) arma e formação. ______________________________________________________
B) combate e guerreiros.
______________________________________________________
C) combate e ataque.
D) lanças e armas. ______________________________________________________
E) ataque e situação.
______________________________________________________
Palavra formada pela derivação regressiva é aquela que resulta
de um verbo transformado em substantivo, geralmente. Por exem- ______________________________________________________
plo: caça deriva de caçar; pesca, de pescar. Dentre as apresenta-
das nas alternativas, as que derivam de tal processo são: combate ______________________________________________________
(combater) e ataque (atacar).
______________________________________________________
RESPOSTA: C
______________________________________________________
124-) (RIOPREVIDÊNCIA – ESPECIALISTA EM PREVIDÊNCIA
SOCIAL – CEPERJ/2014) A palavra “infraestrutura” é formada pelo ______________________________________________________
seguinte processo:
A) sufixação ______________________________________________________
B) prefixação
C) parassíntese ______________________________________________________
D) justaposição
E) aglutinação ______________________________________________________

______________________________________________________
Temos apenas a junção do prefixo “infra” ao radical “estrutura”,
portanto: prefixação. ______________________________________________________
RESPOSTA: B
______________________________________________________
125-) (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – ICMBIO – CES-
PE/2014) A mesma regra de acentuação gráfica se aplica aos vocá- ______________________________________________________
bulos “Brasília”, “cenário” e “próprio”.
( ) CERTO ______________________________________________________
( ) ERRADO
______________________________________________________
Brasília = paroxítona terminada em ditongo / cenário = paro- ______________________________________________________
xítona terminada em ditongo / próprio = paroxítona terminada em
ditongo ______________________________________________________
RESPOSTA: CERTO
_____________________________________________________

_____________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

58

Você também pode gostar