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ESCOLA TÉCNICA DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Rua Oliveira Lisboa, nº 41, Barreiro de Baixo, BH/MG

Fone: 31 33848770 – www.metaescolatecnica.com.br

Português / Redação Técnica


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Módulo I – Texto e Contexto


Capítulo 1 – O que é texto 03
Capítulo 2 – Elementos da Comunicação 06
Capítulo 3 – Níveis de Linguagem 06
Capítulo 4 – Coesão e Coerência 08
Capítulo 5 – Vícios de Linguagem e Inadequações na Escrita 09
Exercícios 12
Módulo II – Tipologia Textual
Capítulo 6 – Gênero Textual e Tipologia Textual 16
Capítulo 7 – Narração, Descrição e Dissertação 17
Capítulo 8 – Narração 17
Capítulo 9 – Descrição 19
Capítulo 10 – Dissertação 21
Exercícios 22
Módulo III – Redação Técnica
Capítulo 11 – Redação Técnica 25
Capítulo 12 – Curriculum Vitae 26
Capítulo 13 – Relatório de Visita Técnica 27
Capítulo 14 – Relatório Final de Estágio 28
Módulo II – Português/Redação Técnica
Capítulo 15 – Ortografia I 29
Capítulo 16 – Ortografia II 31
Capítulo 17 – Pontuações Gráficas 33
Capítulo 18 – Crase 36
Capítulo 19 – Dúvidas de Ortografia 37
Exercícios 39
ANEXO I – Padronização de Trabalhos Acadêmicos 43
Referências 52
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Módulo I – Texto e Contexto


Capítulo 1 – O que é texto?

Conceito de Texto

“é um todo organizado de sentido, implica afirmar que o sentido de uma parte depende do sentido das outras. No
caso dos textos verbais, isso significa que ele não é um amontoado de frases, ou seja, nele as frases não estão
simplesmente dispostas umas depois das outras, mas mantêm relação entre si. Isso quer dizer o sentido de uma frase
depende dos sentidos das demais, o sentido de uma parte do texto depende do sentido das outras.”

José Luiz Fiorin

TEXTO 1 - CRÔNICA

PAPOS
- Me disseram... - Pois esqueça-o e pára-te. Pronome no lugar certo e
- Disseram-me. elitismo!
- Hein? - Se você prefere falar errado...
- O correto e "disseram-me". Não "me disseram". - Falo como todo mundo fala. O importante é me
- Eu falo como quero. E te digo mais... Ou é "digo-te"? entenderem. Ou
- O quê? entenderem-me?
- Digo-te que você... - No caso... não sei.
- O "te" e o "você" não combinam. - Ah, não sabe? Não o sabes? Sabes-lo não?
- Lhe digo? - Esquece.
- Também não. O que você ia me dizer? - Não. Como "esquece"? Você prefere falar errado? E
- Que você está sendo grosseiro, pedante e chato. E o certo é "esquece" ou
que eu vou te partir a "esqueça"? Ilumine-me. Me diga. Ensines-lo-me,
cara. Lhe partir a cara. Partir a sua cara. Como é que vamos.
se diz? - Depende.
- Partir-te a cara. - Depende. Perfeito. Não o sabes. Ensinar-me-lo-ias se
- Pois é. Parti-la hei de, se você não parar de me o soubesses, mas não
corrigir. Ou corrigir-me. sabes-o.
- É para o seu bem. - Está bem, está bem. Desculpe. Fale como quiser.
- Dispenso as suas correções. Vê se esquece-me. Falo - Agradeço-lhe a permissão para falar errado que mas
como bem entender. dás. Mas não posso
Mais uma correção e eu... mais dizer-lo-te o que dizer-te-ia.
- O quê? - Por que?
- O mato. - Porque, com todo este papo, esqueci-lo.
- Que mato?
- Mato-o. Mato-lhe. Mato você. Matar-lhe-ei-te. Ouviu Luis Fernando Veríssimo
bem? Comédias para se ler na escola
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TEXTO 2 – CARTUM TEXTO 3 – POEMA

JOSÉ

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, Você?
Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Carlos Drummond de Andrade


TEXTO 4 - TIRINHA

TEXTO 5 – MANUAL DO USUÁRIO


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TEXTO 6 – NOTÍCIA

A avaliação positiva do governo da presidente Dilma Dilma Rousseff lidera com 16%. O ex-presidente Luiz
Rousseff passou de 31,3% em julho deste ano para Inácio Lula da Silva aparece em segundo com 9,7%.
38,1% em setembro, mostra pesquisa do instituto Em terceiro está a ex-senadora Marina Silva com 5,8%
MDA encomendada pela Confederação Nacional do das intenções de voto.
Transporte (CNT) e divulgada nesta terça-feira (10).
De acordo com a pesquisa desta terça, 7,2% dos
A tendência de recuperação após a onda de protestos entrevistados disseram considerar o governo da
que atingiu todo o país em junho já havia sido presidente Dilma “ótimo”, enquanto 30,9% o avaliam
apresentada pelo instituto Datafolha em como “bom”. A avaliação positiva considera aqueles
levantamento feito no mês passado. que acharam o governo "ótimo" ou "bom". Avaliam o
governo como “regular” 39,7%.
A pesquisa, divulgada nesta terça, ouviu 2.002
pessoas entre os dias 31 de agosto e 4 de setembro. O percentual dos que acham a gestão “ruim” é de
As entrevistas foram realizadas em 135 municípios de 10,1%. Consideram o governo “péssimo” 11,8% dos
21 unidades da federação nas cinco regiões. A entrevistados. Com isso, a avaliação negativa do
margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. governo da presidente Dilma é de 21,9%. Dos
entrevistados, 0,3% não sabem ou não responderam.
Segundo a pesquisa espontânea de intenção de voto
para 2014 (quando não são apresentados os nomes),

Observe os textos e tente identificar, em cada uma deles, suas semelhanças e diferenças: estrutura, linguagem,
tema, se é mais objetivo ou se é mais subjetivo, enfim, tente explorar ao máximo o que cada um deles oferece e,
depois, escreva, no seu caderno, uma conclusão a respeito da aula de hoje, por meio de um relato. O relato
precisará ter, no mínimo, três parágrafos, que consistirão em introdução, desenvolvimento e conclusão.
Conotação e Denotação

Percebe-se que na Língua Portuguesa uma mesma palavra pode ter mais de um significado dependendo do
contexto, ou seja, da situação em que é usado. Quando a palavra é empregada no sentido usual, próprio, não-
figurado, de tal modo que tenha o mesmo significado, dizemos que ela tem o sentido denotativo ou referencial.
Quando a palavra sugere ou evoca, por associação, outras ideias, às vezes de conteúdo afetivo, dizemos que
tal palavra foi usada com valor conotativo. Esse tipo de linguagem é polivalente, ou seja, permite que se faça mais de
uma interpretação de sua mensagem; nela as palavras podem ter vários significados.

Denotação Conotação
Palavra com significação restrita Palavra com significação ampla.
Sentido comum, encontrado no dicionário. Sentidos que carregam valores, afetividade.
Palavra utilizada de modo objetivo. Palavra utilizada de modo criativo, artístico.
Linguagem exata e precisa. Linguagem expressiva, rica em sentidos.
“O gato pulou do telhado” “Ele é um gato.”
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Capitulo 2 – Elementos da Comunicação

 Emissor – o que emite a mensagem.


 Receptor – o que recebe a mensagem.

 Mensagem – o conjunto de informações transmitidas.


 Código – a combinação de signos utilizados na transmissão de uma mensagem. A comunicação só se
concretizará, se o receptor souber decodificar a mensagem.
 Canal de Comunicação – por onde a mensagem é transmitida: TV, rádio, jornal, revista, cordas vocais, ar…
 Contexto – a situação a que a mensagem se refere, também chamado de referente.

 Ruído – qualquer perturbação na comunicação.

Capítulo 3 – Níveis de Linguagem

- Linguagem Verbal x Linguagem Não verbal


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- Linguagem Coloquial x Linguagem Padrão

- Regionalismo

É o conjunto das particularidades linguísticas de uma determinada região geográfica, decorrentes da cultura lá
existente. Uma de suas principais expressões é o dialeto.

O que é dialeto? É a forma como uma língua é realizada numa região específica. Trata-se de uma variedade ou
variante linguística.

 Saiba Mais

O regionalismo no Brasil é muito diferenciado. As principais culturas são as várias culturas européias, a cultura
africana e a cultura indígena, ou até a mistura delas. Devido ao fato de a povoação do Brasil ter ocorrido em regiões
distintas e distantes entre si (litoral nordestino, litoral fluminense e interior mineiro, por exemplo), o traço cultural
de cada região influenciou o próprio desenvolvimento idiomático do português, ao longo da história. Em outras
palavras, em cada região brasileira a língua portuguesa sofreu diferentes influências culturais, e por isto incorporou
diferentes formas de expressão, o que aos poucos deu origem a diferentes dialetos, diferentes modos de expressar
ou representar uma mesma idéia ou história, um mesmo sentimento ou conceito.

ASSALTO À BRASILEIRA

Assaltante Mineiro

"Ô sô, prestenção. Issé um assarto, uai. Levantus braçu e fiketin quié mió prucê. Esse trem na minha mão tá chein di
bala... Mió passá logo os trocado que eu num tô bão hoje. Vai andano, uai! Tá esperanuquê, sô?!"

Assaltante Baiano

"Ô meu rei... (pausa). Isso é um assalto... (longa pausa). Levanta os braços, mas não se avexe não... (outra pausa). Se
num quiser nem precisa levantar, pra num ficar cansado. Vai passando a grana, bem devagarinho (pausa pra pausa )
Num repara se o berro está sem bala, mas é pra não ficar muito pesado (pausa maior ainda). Não esquenta, meu
irmãozinho (pausa). Vou deixar teus documentos na encruzilhada."

Assaltante Carioca

"Aí, perdeu, mermão! Seguiiiinnte, bicho. Isso é um assalto, sacô? Passa a grana e levanta os braço rapá ... Não fica
de caô que eu te passo o cerol.... Vai andando e se olhar pra trás vira presunto ..."
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Assaltante Paulista

"Isto é um assalto! Erga os braços! Passa logo a grana, meu. Mais rápido, mais rápido, meu, que eu ainda preciso
pegar a bilheteria aberta pru jogo do Curintias, meu ... Pô, agora se manda, meu, vai... vai..."

Assaltante de Brasília - TV

"Companheiros, estou aqui no horário nobre da TV para dizer que no final do mês, aumentaremos as seguintes
tarifas: energia, água, esgoto, gás, passagem de ônibus, imposto de renda, licenciamento de veículos, seguro
obrigatório, gasolina, álcool, IPTU, IPVA, IPI, ICMS, PIS, Cofins."

Capítulo 4 – Coesão e Coerência

COESÃO E COERÊNCIA

Maria da Graça Costa Val


Coesão
O texto é produzido através da organização de palavras que se unem, adequadamente, umas às outras.
Assim, os termos vão formando uma oração, e as orações vão constituir períodos. Essa união ou ligação entre os
elementos de um texto deve apresentar um sentido lógico, coerente; para isso é necessário observar as relações de
sentido existente entre as palavras.
Um texto torna-se bem construído e coeso quando usamos os elementos gramaticais ou coesivos
(conjunções, pronomes, preposições e advérbios), no interior das frases, de forma adequada. Se esses elementos de
ligação forem mal empregados, o texto não apresentará noção de conjunto, ou ainda, sua linguagem se tornará
ambígua e incoerente.

Portanto, a coesão refere-se à forma ou à superfície de um texto. Ela é mantida através de procedimentos
gramaticais, isto é, pela escolha do conectivo adequado na conexão dos diversos enunciados que compõem um
texto.

Coerência
Podemos entender coerência como aquilo que faz com que um texto nos pareça ‘lógico’, consistente,
aceitável, com sentido. Quando a gente entende um texto, oral ou escrito, é porque conseguiu atribuir coerência a
esse texto. A coerência tem a ver com as ‘ideias’ do texto, com os conceitos e as relações entre conceitos que esse
texto põe em jogo: de que tópicos o texto fala, o que diz sobre eles, como organiza e articula esses tópicos (por
exemplo, com relações de causa/conseqüência, ou de anterioridade/simultaneidade/ posterioridade, ou de
inclusão/exclusão, ou de semelhança/oposição, ou de proximidade/distância). Quer dizer: a coerência tem a ver com
conhecimentos e informações. Ouvir ou ler um texto e entendê-lo, considerá-lo coerente, significa conseguir
processá-lo com os conhecimentos e a habilidade de interpretação que se tem e, então, avaliá-lo como compatível
com esses conhecimentos.
Princípios Básicos da COERÊNCIA:

 Princípio da Não Contradição: em um texto não se pode ter situações ou ideias que se contradizem entre si,
ou seja, que quebram a lógica.
 Princípio da Não Repetição de Palavras e Idéias: Um texto coerente precisa transmitir alguma informação,
mas quando há repetição excessiva de palavras ou termos, o texto corre o risco de não conseguir transmitir
a informação. Caso ele não construa uma informação ou mensagem completa, então ele será incoerente.
 Princípio da Relevância: Fragmentos de textos que falam de assuntos diferentes, e que não se relacionam
entre si, acabam tornando o texto incoerente, mesmo que suas partes contenham certa coerência
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individual. Sendo assim, a representação de ideias ou fatos não relacionados entre si, fere o princípio da
relevância, e trazem incoerência ao texto.

Um texto pode estar perfeitamente coeso, porém incoerente. É o caso do exemplo abaixo:

"As ruas estão molhadas porque não choveu"

RESUMINDO...

Coesão: É a conexão que liga palavra a palavra, que cria harmonia entre os elementos de um parágrafo.

Coerência: É a relação lógica entre as ideias. Um texto coerente não se contradiz.

Capítulo 5 – Vícios de Linguagem e Inadequações da Escrita

GÍRIAS

A gíria é um tipo de linguagem empregada em um determinado grupo social, mas que pode se estender à sociedade
em razão do grau de aceitação. Portanto, a gíria pode ficar restrita ou pode se tornar pública. Trata-se de um fato
social obtido através da língua e, por este motivo, é definido como fenômeno linguístico. É óbvio constatar que, na
redação oficial, tais expressões prejudicam o desenvolvimento do texto, visto que denunciam a pobreza vocabular
do autor ou excessiva informalidade. Expressões como “E ae truta, beleza?”; “Tá ligado?”, “É nóis!” “Os políticos são
uns safados!”, entre outras, devem ser eliminadas de textos com teor formal.

PROLIXIDADE - REPETIÇÃO DE PALAVRAS OU IDÉIAS

É a exposição fastidiosa e inútil de palavras ou argumentos. É o excesso de palavras para exprimir poucas idéias. Ao
texto prolixo falta objetividade, o qual quase sempre compromete a clareza e cansa o leitor. As repetições em
excesso acarretam problemas de coesão, deixando o texto sem consistência. Por exemplo, “O estudante brasileiro
geralmente apresenta dificuldades para redigir porque o estudante não tem o hábito de ler; então, quando presta
concursos públicos ou privados, o estudante sofre para realizar a prova escrita.” Melhor seria: “O estudante
brasileiro geralmente apresenta dificuldades para redigir porque não tem o hábito de ler; então, quando ele presta
concursos públicos ou privados, sofre para realizar a prova escrita.”

JARGÃO

É o linguajar próprio de um grupo profissional. Portanto, se usado de maneira indiscriminada, principalmente com
pessoas de outras áreas, será considerado um vício de linguagem, pois dificulta o entendimento. Por exemplo: "Em
relação à dona Fabiana, o prognóstico é favorável no caso de pronta-suspensão do remédio." Tradução: "Bem, dona
Fabiana, a senhora pode parar de tomar o remédio, sem problemas."

CACOFONIA

São sons desagradáveis aos ouvidos. São formados, muitas vezes, pela combinação do final de uma palavra com o
início da seguinte, que, ao serem pronunciados, podem dar um sentido obsceno ou ridículo.

"Ele beijou a boca dela."


"Deixe ir-me já, pois estou atrasado."
“Isso é fé demais”
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PLEONASMO VICIOSO

É o uso desnecessário de palavras, provocando a redundância (repetição de uma ideia já contida num termo
anteriormente expresso). A seguir, alguns exemplos:

Antecipar para antes Introduzir dentro


Conclusão final Manter o mesmo
Consenso geral (consenso significa uniformidade de Metades iguais
pensamentos, opiniões etc.). Novidade inédita
Criar novos empregos Países do mundo
Decapitar a cabeça Panorama geral
Descer para baixo Pequenos detalhes
Elo de ligação Planos ou projetos para o futuro
Encarar de frente Protagonista principal
Entrar para dentro [ou] Entrar dentro Repetir de novo
Ganhar grátis [ou de graça] Sua própria autobiografia
Hemorragia de sangue Subir para cima
Hepatite do fígado Viúva do falecido

ESTRANGEIRISMO

O predomínio do inglês no âmbito comercial, principalmente na internet, deixa as pessoas tão acostumadas com o
seu uso que há certa tendência de se aplicar, na comunicação geral, expressões próprias dessa língua.

Contudo não se deve esquecer que nem todas as pessoas dominam o inglês. Por isso, resista à tentação e traduza
expressões daquela língua, sempre que possível, para o português corrente. Por exemplo: “A empresa aprovou um
budget do qual consta um share para atingir o target.” Tradução: “A empresa aprovou uma verba da qual consta
uma parcela para atingir o público-alvo.”

Pode até ser que, com as expressões em inglês, sua redação chame mais a atenção. Mas lembre-se: dependendo de
quem seja o leitor que você queira atingir, ela pode gerar o efeito contrário: não explicar nada, e confundir ainda
mais.

GERUNDISMO

O gerúndio é uma forma nominal do verbo constituída por um verbo auxiliar + um verbo com a terminação NDO e
expressa uma ação em curso (contínua) ou uma ação simultânea a outra, exprimindo a ideia de progressão
indefinida, ou seja, não se denota o final, a conclusão da ação.

O gerundismo é o termo usado para designar a prática de utilizar o gerúndio em demasia no discurso. É um hábito
que o falante adquire e que perante a linguagem padrão é considerado errôneo.

Há um mito de que este fenômeno ocorreria entre os operadores de telemarketing, porém hoje se nota que ocorre
nas mais diversas esferas da sociedade: bancários, empresários, educadores, conversas do dia a dia, etc. O uso
excessivo do gerúndio pode tornar o texto pedante e tirar-lhe a elegância.

Exemplos:
Um minuto, que eu vou estar verificando seu cadastro.
Vou estar transferindo sua ligação.
Desculpe senhora, mas estamos tendo que fazer tudo manualmente.
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COLOQUIALISMOS

Expressões próprias da linguagem cotidiana, que denotam informalidade, geralmente são palavras carregadas de
marcas da oralidade como: “tá”, “né”, ou “a gente” (no lugar de “nós”).

AMBIGUIDADE

Chamamos de ambiguidade, a duplicidade de sentido, seja de uma palavra ou de uma expressão. Quando não é
intencional (ou quando não é usada como recurso expressivo em charges, textos humorísticos, publicitários ou até
mesmo literários), essa duplicidade de sentidos torna o texto obscuro e confuso para o leitor.
Exemplo: Crianças que recebem leite materno frequentemente são mais sadias.
As crianças são mais sadias porque recebem leite frequentemente ou são frequentemente mais sadias porque
recebem leite?
Eliminando a ambiguidade:
Crianças que recebem frequentemente leite materno são mais sadias.
Crianças que recebem leite materno são frequentemente mais sadias.

LETRAS MAIÚSCULAS

Evite o exagero no uso de letras maiúsculas. Elas servem basicamente para: iniciar períodos e indicar nomes próprios
de pessoas, lugares, cidades, estados e países.

ABREVIAÇÕES

Abreviação é um conceito genérico que abrange a abreviatura, a sigla e o símbolo.

ABREVIATURA
A abreviatura é a redução (seguida de ponto) da palavra através da letra inicial, das sílabas iniciais ou das letras
iniciais, médias ou finais.
Exemplos: Dec. (decreto); Sr. (senhor); S.A. (Sociedade Anônima)
Observação: a abreviatura não pode terminar por vogal ou em final de sílaba.
Exemplos: A palavra presente não poderia ser abreviada assim – pre., ou assim – presen.
SIGLA
A sigla é formada pelas letras ou sílabas iniciais dos nomes próprios. Na sigla, não se usa ponto abreviativo. Ela pode,
entretanto, formar palavras derivadas.
Exemplos:
CEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica)
PETROBRAS (Petróleo Brasileiro S.A.)
EPI (Equipamento de Proteção Individual)
CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes)
CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) – celetista

SÍMBOLO
O símbolo é um sinal que representa uma palavra. É usado sempre no singular e sem ponto abreviativo.
Exemplos:
m (metro); g (grama); h (hora); min (minuto)
Quanto à abreviação de horas e minutos a grafia correta é esta:
13h10mim (13 horas e 10 minutos).
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Exercícios

Instrução: Leia este e-mail para responder às questões 1, 2 e 3.

(sem assunto)

De: morenogostozaovaitepegar@yahoo.com.br
Para: rhempresaxy@xy.com.br

Ow to ligado vaga v s da uma força aeee flw.


Vi num anunsio emg kolokei o cv no enexado

1. Diante dessa situação de interlocução, identifique:

a) Emissor
b) Receptor
c) Mensagem
d) Canal
e) Contexto

2. Escreva um parágrafo, dando a sua opinião a respeito do seguinte questionamento: “O emissor deste e-mail usou
de maneira adequada a linguagem para expressar seu objetivo dentro do contexto?” (Lembre-se que um parágrafo
precisa ter tópico frasal, desenvolvimento e conclusão).

3. Reescreva o e-mail de acordo com a norma padrão.

4. O pai conversa com a filha ao telefone e diz que vai chegar atrasado para o jantar. Nesta situação, podemos dizer
que o canal é:

a) o pai c) fios de telefone


b) a filha d) o código

5. Assinale a alternativa incorreta:

a) Para entender o significado de uma mensagem, não é preciso conhecer o código.


b) As mensagens podem ser elaboradas com vários códigos, formados de palavras, desenhos, números, etc.
c) Para entender bem um código, é necessário conhecer suas regras.
d) Conhecendo os elementos e regras de um código, podemos combiná-los de várias maneiras, criando novas
mensagens.

6. Uma pessoa é convidada a dar uma palestra em Espanhol. A pessoa não aceita o convite, pois não sabia falar com
fluência a língua Espanhola. Se esta pessoa tivesse aceitado fazer esta palestra seria um fracasso por que:

a) não dominava o código c) não conhecia o receptor


b) não conhecia o referente d) não conhecia a mensagem
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7. Um guarda de trânsito percebe que o motorista de um carro está em alta velocidade. Faz um gesto pedindo para
ele parar. O gesto que o guarda faz para o motorista parar é:

a) o código que ele utiliza c) quem recebe a mensagem


b) o canal que ele utiliza d) a mensagem

8. Podemos afirmar que Referente é:

a) quem recebe a mensagem d) quem envia a mensagem


b) o assunto da mensagem e) o código usado para estabelecer
c) o que transmite a mensagem comunicação

9. Observe a imagem abaixo e responda as perguntas:

a) Qual tipo de linguagem o personagem da imagem


acima usou para se expressar: linguagem culta ou
coloquial?

b) Observando bem a imagem, diga pelo menos dois


fatores que contribuem para que o personagem fale dessa
forma?

c) Esse jeito como o personagem falou dar para o


ouvinte/leitor compreender?

d) Essa linguagem usada por ele é considerada


“correta” ou “errada”? Por quê?

10. Leia o texto abaixo e responda as questões sugeridas:

Nos últimos meses, as prefeituras municipais de todo o Brasil, em especial as da Região Nordeste e Norte têm
sofrido com a queda de suas receitas devido o Governo Federal ter reduzido a zero um imposto que beneficiou as
montadoras de carro, mas que provocou o chamado “efeito dominó”, afetando os cofres de milhares de municípios
pobres ou de renda per capita muito baixa.

(Jornal Folha de São Paulo, 20/03/2012)

a) Que tipo de texto é esse acima?


b) Que linguagem foi usada para escrever esse texto?
c) Por que foi usado esse tipo de linguagem e não outra?

11. Que tipo de linguagem (culta ou coloquial) podemos ou devemos usar nas seguintes situações:

a) Falando em público sobre política.


b) Numa pequena mensagem de celular para um amigo próximo.
c) Numa pequena mensagem de celular para o seu professor de português.
d) Numa carta de reclamação para a presidente Dilma.
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e) Numa conversa na praça entre amigos.


f) Um debate numa conferencia nacional sobre meio ambiente.
g) Um bilhete para irmã explicando que você foi à padaria comprar pão.
h) Um bilhete para a diretora da sua escola de seu filho explicando o porquê da sua falta
i) Uma redação solicitada pelo professor de português.

12. Leia o trecho retirado do livro Preconceito linguístico, de Marcos Bagno, para responder à questão.

"É um verdadeiro acinte aos direitos humanos, por exemplo, o modo como a fala nordestina é retratada nas novelas
de televisão, principalmente da Rede Globo. Todo personagem de origem nordestina é, sem exceção, um tipo
grotesco, rústico, atrasado, criado para provocar o riso, o escárnio e o deboche dos demais personagens e do
espectador. No plano lingüístico, atores não-nordestinos expressam-se num arremedo de língua que não é falada em
lugar nenhum no Brasil, muito menos no Nordeste. Costumo dizer que aquela deve ser a língua do Nordeste de
Marte! Mas nós sabemos muito bem que essa atitude representa uma forma de marginalização e exclusão."
(BAGNO, p. 44)
De acordo com o trecho, é CORRETO afirmar:

a) O autor se posiciona criticando a forma com que os nordestinos se expressam.


b) O autor não faz nenhum posicionamento, pois a rede globo, infelizmente, é muito preconceituosa.
c) Há, de acordo com Bagno, muito preconceito por parte da rede Globo na representação de personagens
nordestinos.
d) Não existe forma de preconceito, marginalização ou exclusão pela linguagem.

13. Marque a opção que traz uma informação FALSA.

a) Todas as formas de expressão de linguagem são aceitas, desde que estejam adequadas à situação e
interlocução.
b) Em um texto técnico podemos fazer uso da linguagem informal, principalmente dentro de um contexto
extremamente formal.
c) Em textos técnicos, devemos escrever com precisão, clareza e coerência.
d) Há diversos textos e, portanto, diversas formas de nos expressar por meio das mais variadas formas de
linguagem.

14. Leia o trecho deste texto e responda ao que é questionado.

“Dissolveram-se 0,5g de ciantolina em 500 ml de piridina, em ebulição, e adicionaram-se com pequenos intervalos
2g permanganato de potássio. A mistura foi refluxada durante 7 horas e deixada em repousa por um dia. Após esse
período, aqueceu-se mais uma hora e filtrou-se o líquido peridínico a quente. Destilou-se a maior parte da piridina,
recolhendo-se ao esfriar 0,3h da ciantolina cristalizada com P.F. 278-279º C.”
Esse é um texto subjetivo ou objetivo? Justifique sua resposta.

Instrução: Leia o trecho para responder às questões 15 e 16.

Vi um livro no lixo e arrepiei-me pensando que há livros que nascem mortos. Pode-se viver sem ler? Quem não lê
não entra no rio da história e quem lê é como o mar onde deságuam muitos rios. Comprar um livro é sempre como a
primeira vez, como quem marca um encontro para receber uma confidência. Uma casa sem livros está desabitada,
uma pensão... Os livros são janelas. Hoje vou abrir uma delas. Os Livros são Janelas.
15

(Vasco Pinto de Magalhães, in “Não há Soluções, há Caminhos”, in http://www.citador.pt/textos/os-livros-sao-


janelas-vasco-pinto-de-magalhaes)

15. Sobre as afirmações que se faz sobre o texto “Os Livros são Janelas”:

I. Predomina no texto uma linguagem subjetiva que impede a compreensão da mensagem.


II. De acordo com o autor, o livro é fundamental à vida das pessoas.
III. Assim como um rio, os livros se perdem em um mar de sonhos e fantasia.
IV. Em “Hoje vou abrir uma delas”, o vocábulo DELAS se refere ao substantivo JANELAS.

Estão CORRETAS apenas:


a) I e III. c) II, III, e IV.
b) II e IV. d) I e IV.
16. Este trecho é um texto objetivo ou subjetivo? Justifique sua resposta com elementos do texto.

17. Identifique a ordem em que os períodos devem aparecer, para que constituam um texto coeso e coerente.
(Texto de Marcelo Marthe: Tatuagem com bobagem. VEJA, 05 mar. 2008, p. 86.)

I - Elas não são mais feitas em locais precários, e sim em grandes estúdios onde há cuidado com a higiene.
II - As técnicas se refinaram: há mais cores disponíveis, os pigmentos são de melhor qualidade e ferramentas, como o
laser, tornaram bem mais simples apagar uma tatuagem que já não se quer mais.
III - Vão longe, enfim, os tempos em que o conceito de tatuagem se resumia à velha âncora de marinheiro.
IV - Nos últimos dez ou quinze anos, fazer uma tatuagem deixou de ser símbolo de rebeldia de um estilo de vida
marginal.

Assinale a alternativa que contém a seqüência correta, em que os períodos devem aparecer:

A) II, I, III, IV
B) IV, II, III, I
C) IV, I, II, III
D) III, I, IV, II
E) I, III, II, IV

18. Em um texto técnico, não devemos redigir textos em que haja vícios de linguagem. Contudo, se o texto for
direcionado a profissionais da mesma área, é permitido o uso de:

a) Gíria
b) Cacofonia
c) Jargão
d) Gerundismo

19. Marque a opção em que não apresenta vício de linguagem em se tratando da escrita de um texto técnico.

a) Precisamos encarar de frente o problema.


b) Eles introduziram dentro.
c) Vamos inaugurar um novo recinto.
d) Não conseguiram chegar a um consenso.
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20. Copie e complete as frases com uma das conjunções do quadro.

a) Rompeu o dia / tudo estava cinzento.


b) Ela saiu / preferia ter ficado.
c) A menina estudou / sabe toda a lição.
d) Eu não os visito todos os dias / não tenho tempo.
e) Tudo estava calmo / eu estava nervoso.
f) A jovem sorria / queria chorar.
g) Ela continuava a sorrir / ninguém percebesse sua tristeza.
h) Gritou / todos o ouvissem.
i) Todos já saíram / a festa terminou.

Módulo II – Tipologia Textual


Capítulo 6 – Gênero Textual x Tipologia Textual

Muitos confundem os tipos de texto com os gêneros. No primeiro, eles funcionam como modos de organização,
sendo limitados. No segundo, são os chamados textos materializados, encontrados em nosso cotidiano. Eles são
muitos, apresentando características sócio-comunicativas definidas por seu estilo, função, composição conteúdo e
canal.

Gênero Textual – São textos na forma em que os encontramos no nosso cotidiano.

Tipologia Textual – Trata-se da “natureza” ou forma de organização do texto.

Tipos Textuais Gêneros Textuais


Descrição Bilhete
Narração Carta
Dissertação Expositiva Diário
Dissertação Argumentativa Romance
Injunção Blog
Aula
Entrevista
Piada
Cardápio
Horóscopo
Telefonema
Receita
Lista de Compras, etc.
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Capítulo 7 – Narração, Descrição e Dissertação

 Saiba Mais

O que é o texto INJUNTIVO? Este tipo de texto indica como realizar uma determinada ação. Ele normalmente pede,
manda ou aconselha. Utiliza linguagem direta, objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no
modo imperativo. Bons exemplos deste tipo de texto são as receitas de culinária, os manuais, receitas médicas,
editais, etc.

Capítulo 8 – Narração

Narração: A narração é a exposição de um acontecimento simples ou então uma série de fatos, ficticios ou não que
ocorreram num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens.
- Elementos da Narração:
AÇÃO Sucessão de fatos
TEMPO O momento em que ocorrem os fatos.
 Cronológico – determinado por horas e datas, revelado por acontecimentos
dispostos numa ordem sequencial e linear (início, meio e fim).
 Psicológico – ligado às emoções e sentimentos, caracterizado pelas lembranças,
reveladas por momentos imprecisos.
ESPAÇO É o lugar onde se passa toda a trama.
PERSONAGENS Constituem os seres que participam da narrativa.
FOCO NARRATIVO O foco narrativo se define pela perspectiva por meio da qual o narrador opta para relatar os
acontecimentos da história.
 Narrador-personagem: o narrador participa diretamente da trama da história, relata
os fatos a partir de sua ótica, predominando as impressões pessoais e a visão parcial
dos fatos. VISÃO PARCIAL - 1ª PESSOA
 Narrador-observador: o narrador é secundário na história, ou não participa da
mesma efetivamente, narra apenas os fatos que consegue observar ou tomar
conhecimento. VISÃO PARCIAL – 3ª PESSOA
 Narrador-onisciente (capacidade de saber tudo): o narrador sabe e revela tudo sobre
o enredo e os personagens, seus pensamentos e desejos. É onipresente (está
presente em toda parte). Emite opiniões e julgamentos de valor acerca da história.
18

VISÃO TOTAL – 3ª PESSOA

Enredo

O que é Enredo? Enredo é a seqüência de acontecimentos da história, a rede de situações que as personagens
vivem, a trama das ações que elas fazem ou que elas sofrem.

1- Apresentação: é a parte do texto em que são apresentados alguns personagens e expostas algumas
circunstâncias da história, como o momento e o lugar em que a ação se desenvolverá. Cria-se um cenário e
uma marcação de tempo para os personagens iniciarem suas ações. Nem todo texto narrativo tem essa
primeira parte; há casos em que já de início se mostra a ação em desenvolvimento.
2- Complicação: é a parte do enredo em que as ações e os conflitos são desenvolvidos, conduzindo o enredo ao
clímax.
3- Clímax: é o ponto em que a ação atinge seu momento crítico, momento de maior tensão, tornando o
desfecho inevitável.
4- Desfecho: é a solução do conflito produzido pelas ações dos personagens.

Se não houver conflito, a narrativa fica reduzida a um relato, a uma sequência de fatos que não despertarão o
interesse dos leitores.

Discurso Narrativo

Na produção de um texto narrativo, o narrador pode reproduzir a fala da personagem empregando-as de três
formas: discurso direto, discurso indireto, discurso indireto livre.

1- Discurso Direto: é aquele que reproduz exatamente a fala das personagens ou interlocutores. O discurso
direto se caracteriza pelo emprego de verbos de elocução ou declarativos: afirmar, negar, perguntar,
responder, explicar, prosseguir, indagar, gritar, pedir, reclamar, determinar, consentir, concordar, dizer,
interromper, etc. e vem sempre marcado por dois-pontos e travessão.

Exemplo:
A professora entrou na sala e perguntou:
- Quem já terminou de fazer a redação?

2- Discurso Indireto: no discurso indireto o narrador reproduz de forma indireta a fala das personagens. O
narrador atua como um espectador auditivo que transmite ao leitor o que ouviu da personagem. No
discurso indireto eliminamos os sinais de pontuação e usamos conjunções: que, se, como, etc. precedidos
dos verbos de elocução.

Exemplo:
Cristina levantou a mão e disse que gostaria de fazer uma pergunta.

3- Discurso Indireto Livre: no discurso indireto livre o narrador não destaca a fala da personagem e não a
introduz com pontuações de verbos de elocução, ou seja, não há nada que marque a passagem da fala do
narrador para a fala da personagem. É uma mistura dos outros dois tipos de discurso e as duas vozes se
confundem. Geralmente a fala da personagem aparece com um ponto de exclamação ou interrogação.

Exemplo:
A menina perambulava pela sala irritada e zangada. Eu não gosto disso! E parecia que ninguém a ouvia.
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Capítulo 9 – Descrição

Descrição: Enquanto a narração é o relato de um fato que ocorre em determinado tempo, a descrição é o relato de
um objeto, pessoa, cena ou situação estática, ou seja, não depende do tempo. Descrever é desenhar com palavras
determinada imagem, de modo que a mesma possa ser visualizada pelo leitor em sua mente.

1- Objetiva

A descrição objetiva é aquela apresenta o objeto de forma concreta, buscando maior proximidade com a realidade,
deixando de lado as impressões do observador. Apresenta características como: forma, tamanho, peso, cor,
espessura, volume, etc.

Exemplos:
O objeto tem 3 metros de diâmetro, é cinza claro, pesa uma tonelada e será utilizado na fabricação peças
automobilísticas.
Ana tem 1,80, pele morena, olhos castanhos claros, cabelos castanhos escuros e lisos e pesa 65 kg. É modelo desde
os 15 anos.

2- Subjetiva

Na descrição subjetiva o objeto é transfigurado conforme a sensibilidade do observador, ou seja, o objeto é descrito
da forma como ele é visto e sentido. O observador transmite para a descrição a sua emoção em relação ao objeto.

Exemplos:
Era doce, calma e respeitava muito aos pais. Porém, comigo, não tinha pudores: era arisca e maliciosa, mas isso não
me incomodava.
“Dona Cômoda tem três gavetas. E um ar confortável de senhora rica. Nas gavetas guarda coisas de outros tempos,
só para si. Foi sempre assim, dona Cômoda: gorda, fechada, egoísta.”

 Saiba Mais

Descrição X Discrição
Vamos tratar esse assunto com descrição!
Não tem como tratar um assunto com descrição, apenas com discrição. Só há como fazer a descrição dos fatos!
Descrição e discrição são palavras parecidas que possuem significados muito diferentes.
Descrição - ato de descrever, enumerar características de maneira minuciosa.
Ex.: Ele pediu a descrição do objeto para poder procurá-lo.
Discrição - diz respeito à qualidade de alguém em ser discreto, reservado ou de agir com sensatez e modéstia.
Ex.: Ele era uma pessoa calada que se destacava pela discrição.

Descrição Técnica

PONTO DE VISTA
• Qual é o objeto a ser descrito?
• Que parte dele deve ser ressaltada?
• De que ângulo deve ser encarado?
• Que pormenores devem ser examinados?
• A quem se destina? A um leigo ou a um técnico?
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 Assim, uma máquina de lavar roupa pode ser descrita do ponto de vista:

a) do possível comprador (legenda de propaganda);

b) do usuário (o jovem ou dona de casa que de uma ou de outra forma vão se servir dela);

c) do técnico encarregado da sua montagem ou instalação;

d) do técnico que terá eventualmente de consertá-la.


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Capítulo 10 – Dissertação

Dissertação: É uma seqüência de opiniões, ou seja, é a capacidade de criar, organizar idéias sobre um determinado
tema e dispô-las ordenadamente de modo a fazer sentido.

1- Dissertação Expositiva: o autor somente informa o leitor sobre determinado tema, sem o propósito de
convencimento, não é importante obter adesões ao seu ponto de vista.

Exemplo:
“O sistema presidencial de governo nasceu nos Estados Unidos com a constituição de 1787, na Convenção da
Filadélfia. Sua formação teórica foi precedida de fato histórico; não sendo, pois, obra de nenhum arranjo ou
convenção teórica. (...) O presidencialismo, ao contrário do parlamentarismo, é demarcado por uma rígida separação
de poderes, assentada na independência orgânica e na especialização funcional.”

Fonte: http://www.clubjus.com.br/?colunas&colunista=779_&ver=137

2- Dissertação Argumentativa: o autor, apoiado em evidências, debate idéias, refuta opiniões contrárias às
suas, buscando influenciar o leitor.

Exemplo:
Meio-ambiente e tecnologia: não há contraste, há solução
(Fragmento)
Uma das maiores preocupações do século XXI é a preservação ambiental, fator que envolve o futuro do planeta e,
conseqüentemente, a sobrevivência humana. Contraditoriamente, esses problemas da natureza, quando analisados,
são equivocadamente colocados em oposição à tecnologia.
O paradoxo acontece porque, de certa forma, o avanço tem um preço a se pagar. As indústrias, por exemplo, que
são costumeiramente ligadas ao progresso, emitem quantidades exorbitantes de CO2 (carbono), responsáveis pelo
prejuízo causado à Camada de Ozônio e, por conseguinte, problemas ambientais que afetam a população.

Fonte: http://centraldasletras.blogspot.com/2009/03/modelo-de-dissertacao-argumentativa-em.html
22

Estrutura do Texto Dissertativo

1- Introdução: apresentação do assunto, ou seja, o autor expõe o tema, a idéia principal da dissertação.
2- Desenvolvimento: discriminação dos aspectos que o tema envolve. Em se tratando de dissertação
argumentativa, o autor fundamenta o texto por meio de argumentações, através de estatísticas, dados,
testemunho de autoridade, etc.
3- Conclusão: o autor volta à introdução, a fim de "arrematar" o texto, sendo, então, admissível que faça um
pequeno resumo do desenvolvimento e assuma uma posição a respeito da idéia-núcleo.

Exercícios

1) Defina:
a) Narração:
b) Descrição: (objetiva e subjetiva)
c) Dissertação:
- Expositiva
- Argumentativa

2) Classifique os textos abaixo. Justifique.

(A) Narração
(B) Descrição
(C) Dissertação

Ocorreu um pequeno incêndio na noite de ontem, em um apartamento de propriedade do Sr. Marcos da


Fonseca. No local, habitavam o proprietário, sua esposa e seus dois filhos. O fogo despontou em um dos quartos
que, por sorte, ficava na frente do prédio.

De baixa estatura, magro, calvo, tinha a idade de um pai que cada pessoa gostaria de ter e de quem a nação
tanto precisava naquele momento de desamparo.

Em virtude dos fatos mencionados, somos levados a acreditar na possibilidade de estarmos a caminho do
nosso próprio extermínio. É desejo de todos nós que algo possa ser feito no sentido de conter essas diversas forças
destrutivas, para podermos sobreviver às adversidades e construir um mundo que, por ser pacífico será mais
facilmente habitado pelas gerações vindouras.

O candidato à vaga de administrados entrou no escritório onde iria ser entrevistado. Ele se sentia inseguro,
apesar de ter um bom currículo, mas sempre se sentia assim quando estava por ser testado. O dono da firma entrou,
sentou-se com ar de extrema seriedade e começou a lhe fazer as perguntas mais variadas. Aquele interrogatório
parecia interminável. Porém, toda aquela sensação desagradável dissipou-se quando ele foi informado de que o
lugar era seu.

O objeto tem o formato semelhante ao de uma torre de igreja. É constituído por um único fio metálico que,
dando duas voltas sobre si mesmo, assume a configuração de dois desenhos (um dentro do outro), cada um deles
apresentando uma forma específica. Essa forma é composta por duas figuras geométricas: um retângulo cujo lado
maior apresenta aproximadamente três centímetros e um lado menor de cerca de um centímetro e meio; um dos
seus lados menores é, ao mesmo tempo, a base de um triângulo eqüilátero, o que acaba por torná-lo um objeto
ligeiramente pontiagudo.
23

Acreditamos firmemente que só o esforço conjunto de toda a nação brasileira conseguirá vencer os
gravíssimos problemas econômicos, por todos há muito conhecidos. Quaisquer medidas econômicas, por si só, não
são capazes de alterar a realidade, se as autoridades que as elaboram não contarem com o apoio da opinião pública,
em meio a uma comunidade de cidadãos conscientes.

Dizem as pessoas ligadas ao estudo da Ecologia que são incalculáveis os danos que o homem vem causando
ao meio ambiente. O desmatamento de grandes extensões de terra, transformando-as em verdadeiras regiões
desérticas, os efeitos nocivos da poluição e a matança indiscriminada de muitas espécies são apenas alguns dos
aspectos a serem mencionados. Os que se preocupam com a sobrevivência e o bem-estar das futuras gerações
temem que a ambição desmedida do homem acabe por tornar esta terra inabitável.

3) Sobre o texto narrativo, pode-se afirmar:

a) A postura do autor é de argumentador.


b) O narrador-personagem leva o verbo à 3ª pessoa.
c) Não apresenta clímax em sua estrutura.
d) O enredo é prioritário.

4) O predomínio de adjetivações é comumente encontrado no texto:

a) Narrativo c) Descritivo
b) Informativo d) Dissertativo

5) Assinale a afirmativa errada.

a) Na dissertação, o centro é a idéia.


b) Há três tipos de discurso: direto, indireto e indireto livre.
c) O texto descritivo está centrado no fato.
d) O personagem-narrador leva o verbo normalmente a primeira pessoa.

6) Assinale a afirmativa errada.

a) O texto dissertativo divide-se em introdução, desenvolvimento e conclusão.


b) O texto narrativo tem como base o fato.
c) Um texto não pode ser narrativo e apresentar elementos descritivos.
d) O discurso direto marca uma fala, portanto, vem sempre precedido de travessão.

7) Classifique os discursos abaixo em:

A. DISCURSO DIRETO
B. DISCURSO INDIRETO
C. DISCURSO INDIRETO LIVRE

( ) Disse ao pai que no dia seguinte lhe daria a resposta.


( ) A fúria do jovem parecera incontrolável. Derrubo a porta, jamais me deterão aqui!

( ) Ela insistiu:
- Me dá esse papel aí.
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( ) O professor afirmou, de modo a não deixar dúvidas:


- Já corrigi as provas

8) Elabore uma descrição objetiva e subjetiva de um mesmo lugar ou objeto.

09) Escolha um EPI da imagem a seguir e faça a descrição técnica deste equipamento em perfeitas condições de uso.

Instrução: Leia o trecho e responda a questão 10

PRODUÇÃO DE BRITAS
O processo de Produção das Britas inicia-se com a detonação da Rocha Bruta, comumente denominada de
frente de detonação ou lavra. Este processo é realizado através da perfuração da rocha e implante de explosivos a
base de Nitratos com metais como alumínio e outros.
Após a detonação, a rocha bruta fragmentada é transportada através de caminhões específicos para
mineração para a central de Britagem, composta por uma calha vibratória e um britador de mandíbulas. Provem
deste processo, rochas uniformes com diâmetro de 250 mm (Pedra de Mão). Em seguida, esta rocha é encaminhada
através de transportadores de correia para Rebritagem.
A Rebritagem é composta por modernos britadores cônicos Metso Hp series, e peneiras vibratórias que
selecionam e separam os britas em diferentes tamanhos e faixas granulométricas.
Provem deste processo Brita 1 (19 mm) Brita 01 (22 mm) Brita 00 (9,57 mm) Brita 2 (25 mm) e o Pó de Pedra (4,75
mm).

10) Sobre esse texto, é CORRETO afirmar:

a) Ele é predominantemente argumentativo.


b) Ele é predominantemente descritivo.
c) Ele é predominantemente narrativo.
d) Ele é predominantemente injuntivo.

11) Sobre a construção linguística do texto, é INCORRETO afirmar:

a) A linguagem é técnica, porém compreensível do ponto de vista de um leigo no assunto, pois os termos técnicos
são bastante restritos, a fim de que o leitor compreenda o texto.
b) Em: “Após a detonação, a rocha bruta fragmentada é transportada através de caminhões específicos para
mineração...”, o termo em destaque tem o mesmo sentido de logo depois.
c) Há algumas palavras escritas inadequadamente com letra maiúscula e, caso tirássemos esse recurso, o texto não
perderia o seu sentido.
d) A linguagem do texto é técnica, porém como o texto foi escrito com uma linguagem muito específica de
determinada área não conseguimos extrair o seu conteúdo.
25

Instrução: Leia o texto para responder às questões 12 e 13.


A população estudada, que encerra 300 produtores rurais, concentra-se em cinco localidades no município de Magé,
região agrícola próxima ao centro metropolitano do Estado do Rio de Janeiro. Geograficamente, essa região é uma
baixada situada nos contrafortes da Serra dos Órgãos. A partir das respostas aos questionários aplicados, ficou
evidente que este grupo era constituído de pequenos proprietários (72%) que utilizam mão de obra familiar (89%),
confirmando assim o perfil de área de assentamento da população estudada.

12) Sobre esse texto, é CORRETO afirmar:

a) Ele é predominantemente argumentativo.


b) Ele é predominantemente descritivo.
c) Ele é predominantemente narrativo.
d) Ele é predominantemente injuntivo.

13) Em: “A população estudada, que encerra 300 produtores rurais, concentra-se em cinco localidades no município
de Magé”, o trecho em destaque foi usado para:

a) acrescentar uma informação explicativa sobre a população.


b) trazer uma conclusão sobre modo de vida dos produtores rurais.
c) acrescentar uma informação não explicativa sobre a população.
d) introduzir onde se concentram as localidades do município de Magé.

Módulo III – Redação Técnica

Capítulo 11 – Redação Técnica

O que é REDAÇÃO TÉCNICA? Primeiramente, vejamos esses dois termos em separado: Redação é o ato de redigir,
ou seja, de escrever, de exprimir pensamentos e ideias através da escrita. Técnica é o conjunto de métodos para
execução de um trabalho, a fim de se obter um resultado. Logo, para que você escreva uma redação técnica é
necessário que certos processos sejam seguidos, como o tipo de linguagem, a estrutura do texto, o espaçamento, a
forma de iniciar e finalizar o texto, dentre outros.
Dessa forma, é necessário certa habilidade e conhecimentos prévios para se fazer uma redação técnica.

Vejamos algumas características imprescindíveis a uma boa redação técnica:

IMPESSOALIDADE

Não podem existir marcas de apreço nem de desapreço – cantadas para aquela moça ou aquele rapaz destinatário
do documento, expressões pejorativas ou de baixo calão.

CLAREZA

O texto oficial deve prezar, sim, pela clareza, mas urgente lembrar que a clareza não tem qualquer valor absoluto,
mas sim relativo: o texto entre juízes pode não ser claro para um engenheiro. Ou seja, a clareza na verdade não é
nada mais do que o entendimento da pessoa que envia e principalmente da pessoa que recebe o texto. Pode conter
termos técnicos sem exageros.
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OBJETIVIDADE

A objetividade consiste no uso de termos adequados para que o pensamento seja expresso e entendido
imediatamente pelo receptor. Para ser objetivo, é necessário que se coloque uma idéia após a outra, hierarquizando
as informações. Palavras desnecessárias, supérfluas, adjetivação excessiva, repetição de termos e idéias devem ser
eliminadas, pois comprometem a eficácia do documento.

PADRONIZAÇÃO

É a estrutura dos documentos oficiais. São muitos aspectos, desde o tipo de fonte, até o local correto da data nos
pareceres e assinaturas.

Capítulo 12 - Curriculum Vitae

O curriculum vitæ (do latim trajetória de vida), também abreviado para CV ou apenas currículo é
uma síntese de qualificações e aptidões, na qual o candidato a alguma vaga de emprego descreve as experiências
profissionais, formação acadêmica, e dados pessoais para contato. Ainda é a forma que muitas empresas usam para
preencher vagas de emprego.

A entrega do currículo é apenas a primeira fase da admissão em uma instituição, as fases posteriores
compreendem em entrevista e prova de conhecimentos.

Estrutura

1. Dados Pessoais: Nome, idade, estado civil, endereço, telefones e e-mail, foto (tamanho 3x4) ao lado
(opcional). Se colocar telefone de recado, especifique o nome da pessoa responsável.
2. E-mail
3. Escolaridade: Coloque somente a última
formação.
4. Cursos Extracurriculares: Inclua os
treinamentos e cursos, principalmente aqueles
que tenham afinidade com a futura área de
atuação.
5. Experiência Profissional: Coloque só as três
últimas, se tiver. Citando o nome das principais
empresas que trabalhou, selecione
principalmente aquelas que tenham mais
afinidade com a futura área de atuação.
6. Atividades Desenvolvidas: Listar as principais
atividades desenvolvidas por você na empresa.
7. Período: Período em que trabalhou na
empresa.

Adaptado de
http://www.nube.com.br/estudantes/dicas/curriculo#.
UuiD9D1Ttiw – Acesso em Janeiro de 2014.
27

Capítulo 13 – Relatório de Visita Técnica

1. Introdução:

Quem visitou? O que visitou? Quando? Onde? Sob a orientação de quem? Com que objetivo?

2. Desenvolvimento:

Por quem foram recebidos? Que explicações iniciais foram dadas? A turma foi dividida em grupos? Quais setores
foram visitados? O que foi verificado em cada setor? Os grupos desenvolveram alguma atividade nos setores
visitados? Que instrumentos, materiais e equipamentos foram utilizados? Houve dúvidas? Elas foram sanadas? O(s)
grupo(s) conseguiu(ram) realizar todas as tarefas satisfatoriamente? Que explicações extras foram dadas.

3. Conclusão:

A visita foi proveitosa e atendeu aos objetivos de sua ocorrência? Quais foram os pontos positivos e/ou negativos da
visita? Que sugestões você daria para melhorar o rendimento dos alunos de sua turma quando houver outras
visitas?
28

Capítulo 14 – Relatório Final de Estágio

Definição

O relatório de estágio é o documento que visa a descrever o local onde foi realizado o estágio, a informar o
período de duração do mesmo, a relatar as atividades desenvolvidas pelo estagiário, assim como a apresentar
análises, observações e sugestões referentes ao curso realizado.
O relatório precisa ser bem elaborado. Para alcançar tal objetivo, o redator deve respeitar os seguintes
requisitos: objetividade, informação, precisão e boa apresentação, usando, para isso, uma linguagem adequada,
valendo-se principalmente do uso da descrição técnica e, muitas vezes, da dissertação. Quanto à extensão,
acrescenta-se que esta varia de acordo com a importância das atividades desenvolvidas.

Estrutura
São os documentos exigidos pela instituição de ensino e que devem constar no relatório, conforme relação abaixo.
 Requerimento encaminhando o relatório ao Departamento Acadêmico do Curso correspondente ao estágio,
solicitando a avaliação e a aprovação do relatório. É o primeiro documento apresentado no trabalho; deve
ser também encadernado.
 Dados gerais do estagiário, do estágio e da empresa É o formulário que acompanha este manual, o qual deve
ser preenchido ou digitado no mesmo formato e anexado ao relatório de estágio nesta ordem: segundo
documento.
 Termo de compromisso entre EMPRESA/ META/ ESTAGIÁRIO
 Programa de estágio curricular, devidamente aprovado pela escola META. Este documento somente será
anexado ao relatório quando o Termo de Compromisso for efetivado por meio de agente de integração.
 Ficha de avaliação de desempenho do estagiário e declaração da empresa comprovando o período de
estágio.

Obs.: A documentação apresenta-se após a folha de rosto; não é contada na enumeração das páginas e nem faz
parte do sumário.

Introdução
É a abertura do trabalho, a qual apresenta claramente o objetivo do mesmo e da experiência, do projeto ou
do estudo de caso, sua finalidade e sua aplicação, o tema que será abordado, onde e quando aconteceram as
atividades, enfim, é o que prepara o leitor para a leitura. Especificam-se, também, resumidamente, as partes
principais do texto, definindo-se o assunto e justificando-se o mesmo. A introdução deverá apresentar o mínimo de
15 linhas. Inclui-se, neste item, o esclarecimento necessário de qualquer dado específico incluído no
desenvolvimento, como sigla, abreviatura ou símbolo, quando inferiores a cinco itens ou não apresentados em lista,
e agradecimentos quando muito breves.

A empresa
Neste item, apresenta-se um breve histórico da empresa, limitando-se a uma página.

Desenvolvimento
Segundo a ABNT, o desenvolvimento é a parte mais importante do texto, em que é exigível raciocínio lógico
e clareza. Faz parte do mesmo o cronograma e o relato das atividades desenvolvidas.
Cronograma de execução das atividades desenvolvidas são as atividades e os períodos respectivos de
duração das mesmas – semanas ou meses. Para este item, sugere-se reservar um tempo, no final do dia – ou da
semana – para que se registrem as atividades desenvolvidas durante o (a) mesmo (a).
29

O cronograma é obrigatório, pois auxilia a compreensão do relatório, dando uma visão geral das atividades,
principalmente se essas forem múltiplas e simultâneas.
O quadro do cronograma deve ser contextualizado no capítulo, isto é, não deve ficar “solto”, deve ser
apresentado. Os trabalhos executados e/ou acompanhados pelo estagiário devem ser registrados, minuciosamente.
Todas as atividades desenvolvidas durante o estágio, assim como as observações, os comentários claros e exatos a
respeito de todas as tarefas, os procedimentos das diversas etapas de cada trabalho – como foram efetivamente
realizados – os equipamentos utilizados, as normas, os catálogos, os cálculos, os problemas, as soluções encontradas
e as melhorias no processo devem ser cuidadosamente apresentados.
Os anexos, assim como os quadros, as tabelas e as ilustrações, devem ser citados no texto, e a sua sequência
numeral ou alfabética deve respeitar a ordem de citação.
Se a mesma atividade foi desenvolvida mais de uma vez, o relato deve se limitar a uma situação – exceto se
ocorreram situações-problema – ou deve englobar os dados referentes a essas atividades numa única descrição.
Esta parte deve ser dividida em seções e subseções, tantas quantas forem necessárias, e contemplar as
ilustrações essenciais à compreensão do texto. Segundo a norma, ao iniciar cada capítulo que compõe o
desenvolvimento, deve-se apresentar o assunto de que o mesmo trata.
Considerações Finais (obrigatório)
É a parte do texto que compreende as deduções obtidas dos resultados do trabalho e levantadas ao longo do
estágio de acordo com os objetivos apresentados na introdução do trabalho. Compreende também a análise do
curso concluído, dos conhecimentos adquiridos e das habilidades desenvolvidas, relacionados com o estágio. Neste
capítulo apresentam-se considerações, vantagens, dificuldades encontradas e avaliação do acompanhamento do
estágio, assim como recomendações para melhorar o curso, alguma disciplina, algum conteúdo para elevar a
qualidade do estágio e o desempenho do estagiário.

Considerações Finais
É a parte do texto que compreende as deduções obtidas dos resultados do trabalho e levantadas ao longo do
estágio de acordo com os objetivos apresentados na introdução do trabalho. Compreende também a análise do
curso concluído, dos conhecimentos adquiridos e das habilidades desenvolvidas, relacionados com o estágio. Neste
capítulo apresentam-se considerações, vantagens, dificuldades encontradas e avaliação do acompanhamento do
estágio, assim como recomendações para melhorar o curso, alguma disciplina, algum conteúdo para elevar a
qualidade do estágio e o desempenho do estagiário.

Módulo IV – Português Instrumental


Capítulo 15 – Ortografia I

Semântica
 Sinônimas são palavras que possuem significação aproximada, como original e autêntico.
 Antônimos são palavras de significação oposta, como original e vulgar.
 Homônimas são palavras que apresentam a mesma grafia e pronúncia, como o substantivo combate e a
forma verbal combate.
 Homógrafas são palavras que apresentam a mesma grafia, mas pronúncias diferentes como, o substantivo
esforço e o verbo esforçar.
 Homófonas são palavras que possuem a mesma pronúncia, mas grafias diferentes, como os verbos caçar e
cassar.
 Parônimas são palavras que apresentam grafias ou pronúncias semelhantes, mas não há coincidência total.
Costumam apresentar dúvidas quanto ao seu emprego correto.
30

Principais Parônimos e Homônimos da Língua Portuguesa

Amoral – sem senso da moral. Acender – iluminar.


Imoral – contrário à moral, libertino. Ascender – subir.
Absolver – inocentar, perdoar. Acento – sinal gráfico.
Absorver – aspirar, sorver. Assento – lugar para se sentar.
Arrear – pôr arreio. Concerto – harmonia musical.
Arriar – descer, cair. Conserto – remendo, reparo.
Aprender – instruir-se. Coser – costurar.
Apreender – assimilar. Cozer – cozinhar.
Bem – vindo – bem recebido. Deferir – conceder, atender.
Benvindo – nome de pessoa. Diferir – distinguir-se, adiar.
Comprimento – extensão. Delação/delatar – denúncia.
Cumprimento – saudação. Dilação/dilatar – adiamento, expansão.
Caçar – apanhar animais. Descrição – ato de descrever.
Cassar – anulação de algo. Discrição – ser discreto.
Calção – calças curtas. Descriminar – inocentar, preconceito.
Caução – fiança, garantia. Discriminar – separar.
Cavaleiro – aquele que anda á cavalo. Despensa- lugar para mantimentos.
Cavalheiro – homem educado. Dispensa – licença, isenção.
Cela – pequeno quarto. Despercebido – não notado.
Sela – arreio. Desapercebido–despreparado.
Censo – recenseamento. Emergir – vir à tona.
Senso – juízo claro. Imergir – mergulhar.
Cerração – nevoeiro. Emigrar- sair da pátria.
Serração – ato de serrar. Imigrar – entrar num país diferente.
Cerrar – fechar. Eminente – importante.
Cessão – ato de ceder. Iminente – inevitável.
Seção – divisão. Estada – permanência da pessoa.
Sessão – reunião. Estadia – permanência do veículo.
Cesto – balaio. Estádio – fase, período.
Sexto – original de seis. Estágio – preparação.
Flagrante – evidente. Infligir – castigar.
Fragrante – aromático Infringir – desrespeitar, violar.
Inflação – corrosão do valor da moeda. Incipiente – principiante.
Infração – falta, delito. Insipiente – ignorante.
Intenção – finalidade, propósito. Fuzil – arma de fogo.
Intensão – intensidade, esforço. Fusível – protetor de circuito elétrico.
Genitor – pai. Mandado – ordem judicial.
Progenitor – avô. mandato- procuração/ período político.
Pleito – disputa. Ratificar – confirmar.
Preito – homenagem. Retificar – corrigir.
Precedente – antecedente. Ruço – desbotado.
Procedente – proveniente. Russo – da Rússia.
Prescrição – ordem expressa. Sobrescrever – escrever sobre.
Proscrição – eliminação. Sobrescritar – endereçar.
Proeminente – saliente. Subscrever – assinar.
31

Preeminente – nobre, distinto. Sustar- suspender.


Prostar-se – curvar-se. Suster- sustentar.
Postar-se- permanecer por muito tempo. Tráfego – movimento, trânsito.
Taxa – imposto. Tráfico – comércio lícito ou n
Taxar - estipular, qualificar. Viagem – substantivo: a viagem.
Tachar – censurar. Viajem – verbo: viajar.
Vultoso - volumoso, enorme vultuoso - inchaço.

Capítulo 16 – Ortografia II: Acentuação Gráfica e o Novo Acordo Ortográfico

ACENTO AGUDO (´)


Usado para acentuar as vogais abertas (exemplo: café)
ACENTO CIRCUNFLEXO (^)
Usado para acentuar as vogais fechadas (exemplo: Lê )

A sílaba tônica pode ser classificada em:


Oxítona – A última sílaba é a mais forte na palavra.
Paroxítona – A penúltima sílaba é a mais forte na palavra.
Proparoxítona – A anti-penúltima sílaba é a mais forte na palavra.

TIPO DE PALAVRA QUANDO ACENTUAR EXEMPLOS NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO


OU SÍLABA

Proparoxítonas Sempre Simpática Continua tudo igual ao que era antes da nova
Lúcido ortografia.
Sólido Observe: Pode-se usar acento agudo ou
Cômodo circunflexo de acordo com a pronúncia da região:
acadêmico, fenômeno (Brasil) académico,
fenómeno (Portugal).

Paroxítonas Se terminadas em: Caráter Continua tudo igual. Observe:


R, X, N, L, I, IS, UM, UNS, Látex 1) Terminadas em ENS não levam acento:
US, PS, Ã, ÃS, ÃO, ÃOS; Hífen hifens, polens.
Ditongo oral, seguido ou Fácil 2) Usam-se indiferentemente acentos agudos
não de S. Táxi ou circunflexos se houver variação de
O que é DITONGO? Tênis pronúncia: sêmen, fêmur (Brasil) ou sémen,
Quando duas vogais estão Álbum(ns) fémur (Portugal).
juntas na mesma sílaba. Vírus 3) Não ponha acento nos prefixos paroxítonos
Bíceps que terminam em R nem nos que terminam
Imã em I:
Órfãs(ãos) Inter-helênico, super-homem, anti-herói,
Bênção semi-internato.
Cárie

Oxítonas Se terminadas em: A, AS, Vatapá, Continua tudo igual. Observe:


E, ES, O, OS, EM, ENS Igarapé 1) Terminadas em I, IS, U, US não levam acento:
Avô, tatu, abacaxi.
Refém, 2) Usam-se indiferentemente acentos agudos ou
32

Parabéns circunflexos se houver variação de pronúncia:


bebê, purê (Brasil); bebé, puré (Portugal).

Monossílabos Terminados em A, AS, E, Vá Continua tudo igual. Atente para os acentos nos
tônicos (são ES, O,OS Pás verbos com formas oxítonas: adorá-lo, debatê-lo,
oxítonas também) Pé etc.
Mês

Pôs

Í e Ú em palavras Í e Ú levam acento se Saída 1) Se o i e u forem seguidos de s, a regra se


oxítonas e estiverem sozinhos na Saúde mantém: balaústre, egoísmo, baús, jacuís.
paroxítonas sílaba (hiato) Miúdo 2) Não se acentuam i e u se depois vier 'nh':
O que é HIATO? Aí rainha, tainha, moinho.
Quando duas vogais estão 3) Esta regra é nova: nas paroxítonas, o i e u não
juntas na mesma palavra, serão mais acentuados se vierem depois de
mas em sílabas diferentes. um ditongo: baiuca, bocaiuva, feiura, saiinha
(saia pequena), cheiinho (cheio).
4) Mas, se, nas oxítonas, mesmo com ditongo, o
i e u estiverem no final, haverá acento:
tuiuiú, Piauí, teiú.

Ditongos abertos EI, OI Idéia Esta regra desapareceu (para palavras


em palavras Colméia paroxítonas). Escreve-se agora: ideia, colmeia,
paroxítonas Bóia celuloide, boia. Observe: há casos em que a
palavra se enquadrará em outra regra de
acentuação. Por exemplo: contêiner, Méier,
destróier serão acentuados porque terminam em
R.

Ditongos abertos ÉIS, ÉU(S), ÓI(S) Papéis Continua tudo igual (mas, cuidado: somente para
em palavras Herói palavras oxítonas com uma ou mais sílabas).
oxítonas Troféu(s)

Verbos arguir e Arguir e redarguir usavam Esta regra desapareceu. Os verbos arguir e
redarguir (agora acento agudo em algumas redarguir perderam o acento agudo em várias
sem trema) pessoas do indicativo, do formas (rizotônicas): eu arguo (fale: ar-gú-o, mas
subjuntivo e do imperativo não acentue); ele argui (fale: ar-gúi), mas não
afirmativo. acentue.

Verbos Aguar, enxaguar, Esta regra sofreu alteração.


terminados em averiguar, apaziguar, Observe: Quando o verbo admitir duas
guar, quar e quir delinquir, obliquar usavam pronúncias diferentes, usando a ou i tônicos, aí
acento agudo em algumas acentuamos estas vogais: eu águo, eles águam e
pessoas do indicativo, do enxáguam a roupa (a tônico); eu delínquo, eles
subjuntivo e do imperativo delínquem (í tônico). Se a tônica, na pronúncia,
afirmativo. cair sobre o u, ele não será acentuado: Eu
averiguo (diga averi-gú-o, mas não acentue) o
caso.

ôo, êe Vôo, zôo, enjôo, vêem Esta regra desapareceu. Agora se escreve: zoo,
perdoo veem, magoo, voo.

Verbos ter e vir Na terceira pessoa do Eles têm Continua tudo igual. Ele vem aqui; eles vêm aqui.
plural do presente do Eles vêm Eles têm sede; ela tem sede.
33

indicativo

Derivados de ter e Na terceira pessoa do Ele obtém Continua tudo igual.


vir (obter, manter, singular leva acento Ele detém
intervir) agudo; na terceira pessoa Ele mantém
do plural do presente Eles obtêm
levam circunflexo Eles detêm
Eles mantêm

Acento diferencial Esta regra desapareceu, exceto para os verbos:


PODER (diferença entre passado e presente. Ele
não pôde ir ontem, mas pode ir hoje.
PÔR (diferença com a preposição por): Vamos por
um caminho novo, então vamos pôr casacos;
TER e VIR e seus compostos (ver acima).
Observe:
1) Perdem o acento as palavras compostas com o
verbo PARAR: para-raios, para-choque.
2) FÔRMA (de bolo): O acento será opcional; se
possível, deve-se evitá-lo: Eis aqui a forma para
pudim, cuja forma de pagamento é parcelada.

ATENÇÃO:
O trema não é acento gráfico.
No NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO desapareceu o trema sobre o U em todas as palavras do português:
Exemplos: linguiça, averiguei, delinquente, tranquilo, linguístico.
Exceto as de língua estrangeira: Günter, Gisele Bündchen, Müller, Mülleriano.

Capitulo 17 – Pontuações Gráficas

Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem para compor a coesão e a coerência textual além de
ressaltar especificidades de sentido nas frases e textos.

PONTO FINAL (.)


O ponto assinala uma pausa de máxima duração.
Emprega-se o ponto final nos seguintes casos:

a) Para indicar o término do discurso ou de parte dele


Acordei. Olhei em volta. Não reconheci onde estava.

b) Para abreviar as palavras


Sr. = senhor
Ed. = edição

VÍRGULA (,)

Emprega-se a vírgula nos seguintes casos:

a) Para separar termos de mesma função na frase


34

Gostava dos amigos, da cidade, das coisas.

b) Para isolar o aposto


Este homem, um ser mortal, deve respeitar mais a vida.

O que é APOSTO? É o termo que, acrescentado a outro termo da oração, explica ou esclarece o sentido deste.

c) Para isolar o vocativo


Soldado, por que não respondes?

O que é VOCATIVO? Serve para invocar o receptor da mensagem.

d) Para separar local da data nos endereços.


Rio de Janeiro, 19 de Junho de 2009.

e) Para marcar a supressão do verbo.


Eu fui de ônibus e ela, de avião (= ela foi de avião)

f) Para isolar elementos repetidos


O bandido correu, correu e depois foi pego.

IMPORTANTE:
 Ao usar o conectivo E (conjunção aditiva) não se usa vírgula:
Eles estudam e trabalham.
 Antes do conectivo E, com valor adversativo (de oposição), deve-se usar vírgula;
Já são dez horas, e a reunião ainda não terminou. (= mas)
 Antes do conectivo E com valor consecutivo ou enfático, pode-se usar vírgula:
Os diretores se reuniram discutiram, e resolveram tudo.

PONTO DE INTERROGAÇÃO (?)

O ponto de interrogação é uma pausa com uma melodia característica (entoação ascendente) e indica interrogação.
Emprega-se o ponto de interrogação nos seguintes casos:

a) Após as interrogações diretas


Por que você chegou atrasado?

b) Pode-se combinar o ponto de interrogação com o ponto de exclamação, quando a pergunta traduzir surpresa
José não vai mais casar.
- O quê?!

PONTO DE EXCLAMAÇÃO (!)

O ponto de exclamação é usado para indicar entonação de surpresa, cólera, susto, súplica, etc. Também pode ser
usado depois de interjeições ou vocativo.

Sim! Claro que eu quero me casar com você!


Ai! Que susto!
35

João! Há quanto tempo!


RETICÊNCIAS (...)

Empregam-se as reticências nos seguintes casos:

a) Indica que palavras foram suprimidas.


Comprei lápis, canetas, cadernos...

b) Indica interrupção violenta da frase.


Não... quero dizer... é verdad... Ah!

c) Indica interrupções de hesitação ou dúvida


- Este mal... pega doutor?

d) Indica que o sentido vai além do que foi dito


Deixa, depois, o coração falar...

DOIS PONTOS (:)

Empregam-se os dois pontos nos seguintes casos:

a) Antes de uma citação


Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:

b) Antes de um aposto, explicação ou esclarecimento


Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à tarde e calor à noite.
Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo a rotina de sempre.

c) Em frases de estilo direto


Maria perguntou: - Por que você não toma uma decisão?

PARÊNTESES ()

Os parênteses são utilizados Para intercalar uma explicação acessória:

Beto (tinha esse apelido desde criança) não gostava de viajar.

TRAVESSÃO (–)

O travessão é empregado nos seguintes casos:

a) Para indicar, nos diálogos, mudança de interlocutor.


Maria indagou a João: - Isso são horas de chegar?

b) Para isolar termos ou orações intercaladas (como desempenha função análoga à dos parênteses, usa-se
geralmente o travessão duplo).
Ele era um ótimo cavalo - rijo, destemido, veloz - e depois do acidente, não podia mais andar.
36

ASPAS (“ ”)

As aspas são empregadas nos seguintes casos:

a) Citações ou transcrições literárias


“O homem é do tamanho do seu sonho” (Fernando Pessoa)

b) Para expressões estrangeiras


O “slogan” anunciava...
c) Para realçar uma expressão com ironia
João, com seus 90 quilos, está “fraquinho”

d) Para gírias e expressões de nível vulgar.


O espetáculo de música “pop” era uma “curtição”.

IMPORTANTE:
 Quando as aspas abrangem parte o período, o sinal de pontuação é colocado depois delas.
Foi para o Caribe a bordo do navio “Explorer of the Seas”.
 Quando as aspas abrangem todo o período, o sinal de pontuação é colocado antes delas.
”Nem tudo o que reluz é ouro.”

PONTO E VÍRGULA (;)

O ponto e vírgula é empregado nos seguintes casos:

a) Separa várias partes do discurso, que têm a mesma importância.


“Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida;
os de nenhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA)

b) Separa partes de frases que já estão separadas por vírgulas.


Alguns quiseram verão, praia e calor; outros, montanhas, frio e cobertor.

c) Separa itens de uma enumeração, exposição de motivos, decreto de lei, etc.


Ir ao supermercado;
Pegar as crianças na escola;
Caminhada na praia;
Reunião com amigos.

Capitulo 18 – Crase

A crase é a fusão entre as vogais idênticas a + a, indicada pelo acento grave. É uma palavra de origem grega que
significa “mistura”. Haverá crase sempre que o verbo exigir a preposição a e o substantivo admitir o artigo a.
Ex: Fui a a feira. = à
Eu me referi a a diretora. = à
37

Nunca ocorre crase:


1. Diante de palavras masculinas. Ex: Assisto a filmes
2. Diante de verbos. Ex: Estou disposto a estudar.
3. Nas expressões formadas por palavras repetidas. Ex: Gota a gota a água caía.
4. Diante de pronomes de tratamento. Ex: Dirijo-me a Vossa Santidade.
5. Diante da maioria dos pronomes Indefinidos (pouco, ninguém, nenhuma, qualquer, alguns, essa).
EX: Quero falar a poucas pessoas.
6. Diante de palavras femininas no plural precedida de “a”.
EX: A pesquisa não se refere a mulheres casadas.
A pesquisa não se refere às mulheres casadas.

Sempre ocorre crase:


1. Diante de horas. Ex: Saí às quatro horas.
2. Diante de palavras femininas. Ex: Fui à missa.
3. Nas expressões: à noite, à tarde, à sombra, às pressas, às escondidas, à disposição, à procura, à direita, às ordens,
à frente de, às vezes, à medida que, à frente de, à proporção que, à deriva, à semelhança de, à moda de, à beira de,
às avessas,às claras ,à toa, à beça .

Capítulo 19 – Dúvidas de Ortografia

 Emprego do Por que/Porque/Porquê/Por quê

1. Por que: usado em perguntas diretas e indiretas e quando for possível a substituição pela expressão “pelo
qual”.
Ex: Por que existem guerras?
Perguntaram por que existem guerras.
A causa por que lutamos é nobre.

2. Porque: usado em respostas ou justificativas.


Ex: Não fui a festa porque estava doente.

3. Porquê: usado quando a palavra for substantivada pelo artigo “a”.


Ex: Quero saber o porquê de sua revolta.

4. Por quê: quando vier isolado em final de frase.


Ex: Ele está triste, por quê?

 Emprego do Afim/ A fim

1. Afim: indica semelhança entre duas coisas.


Ex: Português e Redação são matérias afins.

2. A fim: indica finalidade, objetivo.


Ex: Estudam a fim de se capacitarem.

 Emprego do Há/A
38

1. Há: verbo “haver” indicando tempo presente ou passado.


Ex: Há vários inscritos para o teste.
2. A: indica o tempo futuro.
Ex: Daqui a um mês voltará ao trabalho.

 Emprego do Mal/Mau

1. Mal pode ser advérbio de modo, opõe-se a “bem”.


Ex: A seleção jogou muito mal.

2. Mal pode ser um substantivo quando vier acompanhado do artigo ”o” ou “um”.
Ex: A febre amarela foi um mal do século passado.

3. Mal pode ser uma conjunção temporal.


Ex: Mal ele chegou, você saiu.

4. Mau é um adjetivo, opõe a “bom” e apresenta a forma feminina “má”.


Ex: Tem um coração mau. / Ela parecia ser má pessoa.

 Emprego do Mas/Mais

1. Mas é uma conjunção adversativa, equivale a “porém, contudo, todavia, entretanto”.


Ex: Tentou, mas não conseguiu.

2. Mais é um advérbio de intensidade, opondo-se a “menos”.


Ex: Ele foi quem mais tentou, ainda assim, não conseguiu.

 Emprego do Onde/Aonde

1. Aonde indica a idéia de movimento ou aproximação.


Ex: Não sei aonde ir.

2. Onde indica o lugar em que se está, idéia de estar parado.


Ex: Onde você está?

 Emprego do Acerca de/ há cerca de

1. Acerca de significa sobre, a respeito de.


Ex: A palestra era acerca das queimadas constantes.

2. Há cerca de indica um período aproximado de tempo já transcorrido.


Ex: Os colonizadores surgiram há cerca de quinhentos anos.

 Emprego de Meio/Meia

1. Meio é um advérbio de intensidade e significa um pouco de.


Ex: Ela está meio nervosa.
39

2. Meia é um adjetivo e significa metade.


Ex: Comeu meia maça.

3. Meia é um substantivo e significa um objeto.


Ex: A meia do menino está furada.

Exercícios
1. Use a crase se necessário:

 Fui ......... feira, .... pressas.  Gota ........ gota ......... água caia.
 Estou disposto ......... estudar.  Não estou disposto ........ trabalhar.
 Eu me referi ........ ela.  Eu me referi ......... Maria.
 Estamos lado .... lado, disse ....... moça.  Fumar é prejudicial .......... saúde.
 Voltou do cinema ......... pé.  Estamos lado .......... lado.
 O filme começará ...... dez horas.  Dirijo-me .......... eles.
 Veio ....... cavalo.  Retornamos ........ praia .......... escondidas.
 Vou .... Suíça e ...... Paris.  Fui ......... Bahia ...... pé.
 Fomos....... missa ...... noite.  ........ garota esta prestes ........... explodir.
 Refiro-me ....você.  Tenho um fogão ...... gás.
 Nunca compro ......... crédito.  Não compro ............ prazo.
 Não há nada ......... fazer.  Disponho-me ........... colaborar.
 Pedimos uma pizza ....... moda da casa.  Isso não interessa ............. ninguém.
 Falamos .......... qualquer pessoa.  O prêmio foi concedido ........ cantoras
 Viramos .......... avessas o quarto. estrangeiras.
 Vamos....... sua casa ou ........ minha?  Começou ............ chorar.
 Você está se referindo ........ secretárias?  Ficamos lado ........ lado.
 Permanecia ....... distância entre eles.  Parabéns .......... você.
 Eles assistem .......... filmes de terror.

2. Todas as frases abaixo estão corretas em relação à crase, exceto:


a) Sou favorável às leis.
b) Fui à escola de minha infância.
c) Vou à Fortaleza pela manhã.
d) Dobre à esquerda ali adiante.

3. Leia a oração seguinte: “..que viria a surgir no Brasil, a partir da década de 80, o caipira de boutique.” A letra “a”
sublinhada acima não recebeu a crase porque ...
a) não se usa crase diante de pronomes de tratamento.
b) não se usa crase diante de verbos.
c) não se usa crase diante de substantivos.
d) não se usa crase diante de palavras masculinas.

4. Todas as frases abaixo estão corretas em relação à crase, exceto:


a) Fumar é prejudicial à saúde.
b) Fui à praia nas férias de janeiro.
c) Vou à Bahia pela manhã.
d) Ficamos frente à frente.
40

Leia o texto abaixo para responder as questões de 5 e 6 :

QUEM SE AMA SE CUIDA. PRESERVE A VIDA. EVITE A AIDS.


A AIDS é uma doença mortal que está se alastrando cada vez mais. Ela é transmitida pelo sexo, pelas seringas e
agulhas contaminadas, pelas transfusões clandestinas de sangue. Depende de cada um interromper essa triste
ameaça. (Folha de São Paulo, 27/8/97)

5. O objetivo básico da propaganda lida é:


a) reduzir a atividade sexual da população.
b) informar a população como se pode contrair a doença.
c) conscientizar os casais dos perigos da doença.
d) divulgar as vantagens de se preservar a vida.

6. Na oração “Preserve a vida.” a letra “a” sublinhada não recebeu a crase porque...

a) o verbo não pede preposição “a”.


b) não se usa crase diante de verbo.
c) o verbo pede a preposição “a”.
d) não se usa crase diante de palavra feminina.

7. Complete corretamente: “Não há nada... fazer, portanto agradeço... você e vou-me embora... pé.”
a) a, à, à b) a, a, a c) à, à, a d) à, à, à

8. Complete as frases com afim ou a fim de que:


a) O presidente foi a TV ........................ aumentar os impostos.
b) A pessoa que faleceu era ...................... a sua família?
c) Vou ao curso ........................ de estudar, e não ....................... de atrapalhar.

9. Complete com mal ou mau:


a) Ele vive de ................. – humor. É uma pessoa ............... – humorada.
b) A vida é um bem, mas a morte não é um ...................
c) O ..................... do Brasil é a impunidade de pessoas corruptas.
d) Ele sofreu um ................. súbito.

10. Use a ou há:


a) .................. muito tempo ele se foi.
b) Chegarei daqui ............... duas horas.

11. Na oração do texto “Por que ? O senhor vai viajar ?” a palavra grifada está indicando uma pergunta; a resposta à
esta pergunta seria iniciada pela seguinte palavra:
a) por quê c) porquê
b) porque d) nenhuma das anteriores.

Leia o poema de Carlos Drummond de Andrade para responder as questões 12 e13:


POR QUÊ?
Por que nascemos para amar, se vamos morrer?
Por que morrer, se amamos?
Por que falta sentido
41

Ao sentido de viver, amar, morrer?

12. Os verbos “amar, morrer, viver” presentes no poema estão no seguinte tempo verbal:
(a) infinitivo (b) gerúndio (c) particípio (d) presente

13. Marque a alternativa que justifica corretamente o uso do “porque”, com acento circunflexo, no título do poema:

(a) início de frase, separado e com acento.


(b) separado e com acento para enfatizar o título.
(c) escrito corretamente para responder a uma pergunta.
(d) nenhuma resposta correta.

14. Empregue corretamente a palavra “porque”:


a) Faltei à reunião ................ fiquei doente.
b) Você vai embora, .......................... ?
c) Diga-me o ................ de sua visita.
d) Você sabe .............. ele faltou ?
e) Não sei .............. ele está triste.
f) A vida é cheia de .......................;

15) Em relação à palavra “afins” e a expressão “a fim de que”, marque a opção ERRADA:

(a) Eles têm idéias afins. (c) Não tinham gostos afins, mas se amavam.
(b) A turma está a fim de ir ao cinema. (d) O espanhol é uma língua a fim ao português.
Revisando: Crase /Ortografia I

16. Complete as frases seguintes com o uso adequado da crase, se necessário:

a) Terminamos ........... provas referentes ........ aula dada.


b) O aluno foi levado .......... presença do diretor.
c) Chegamos ........... biblioteca .......... duas horas.
d) Eles ficaram frente .......... frente, toca ......... sinete, vão ............. luta e, põem-se a rir.
e) Faça ........ lição de casa .......... lápis.
f) Uma ............ uma ........... lágrimas caíam.
g) Comprei .......... moto ............ prazo.
h) Mostre-me ......... coisas compradas.
i) ............ primeiras pessoas que chegarem receberão .......... recompensa.
j) Leve .......... secretárias ........... sala de reunião.
k) Muitas pessoas foram ........... solenidade.
l) Mostre os brinquedos ................ crianças.
m) Fomos ............ belas cidades nordestinas.
n) Peça licença ........... professora.
o) ....... noite .......... operárias voltaram ........ trabalhar até ........ duas horas da manhã.
p) Agradeço ......... Vossa Senhoria ......... oportunidade para manifestar-me.
q) Pedimos uma pizza .......... moda da casa.
r) Quero falar ......... poucas pessoas, mas cara ........ cara.
s) Começou ......... gritar ao se referir ............. você.
42

17. Leia o anúncio em relação ao verbo “resistir” o qual necessita da preposição “a”. Por que não ocorreu crase?
“Você não vai resistir a esta delícia.”

18. Justifique a crase antes do topônimo (nome próprio de lugar) Bahia e a não – ocorrência antes dos topônimos
Minas Gerais, São Paulo, Ceará e Goiás.

a) Bem – vindo ............. Minas Gerais.


b) Bem- vindo ............. Bahia.
c) Chegamos ........... São Paulo.
d) Fomos ........... Goiás.
e) Bem – vindo ............. Ceará.

18. Use a ou há:

a) Fale com ele ............. poucos minutos.


b) Vou encontrá-lo daqui .......... alguns dias.
c) Eu não o vejo ............ dias.
d) Este projeto, ............ meu ver não está bom.
e) Haverá aulas de segunda .......... sábado.

19. Complete com mas ou mais de acordo com o sentido:

a) Tudo é possível, ........ é preciso colaborar.


b) Quanto .............. eu falo para não fazer isso, .......... você faz?
c) Nunca .............. esteve aqui, ............ sempre telefona.

20. Complete de acordo com o contexto, com uma das formas entre parênteses:

a) O calor é bastante pois a porta está ............. aberta. ( meio / meia )


b) Ele releu o texto .......................... de avaliá-lo. ( afim / a fim de )
c) A aula será no mesmo horário: ............. dia e .............. ( meio / meia )
d) Suas idéias são .................... com as minhas. ( afim / a fim de )
e) .............. muito tempo que não ........... ninguém aqui. ( há / a )
f) Estou bem até ................. ( demais / de mais )
g) Estudaram ................ dos pronomes. ( há cerca de/ acerca de)
h) .................. querem chegar com estas atitudes? ( aonde / onde)
i) Não sei ............... começar a procurar. ( onde / aonde )
43

ANEXO I – Padronização de Trabalhos Acadêmicos


Padronização de Trabalhos Acadêmicos

Os textos acadêmicos e técnicos, devido ao seu compromisso com a exatidão e objetividade, devem ser
padronizados. Essa padronização está regulamentada na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e serve
como base para a elaboração de qualquer trabalho acadêmico. As informações contidas na apostila estão
atualizadas conforme norma NBR 14.724 de abril de 2011.

Estrutura de um trabalho

No trabalho acadêmico, devemos ter uma série de elementos. Alguns são obrigatórios e outros opcionais.
Segue a estrutura que um trabalho deve apresentar:

Capa
Folha de rosto (obrigatório)
Dedicatória (opcional)
Agradecimentos (opcional)
Epígrafe (opcional)
Elementos PRÉ-TEXTUAIS
Resumo na língua original (obrigatório)
Listas de ilustrações (opcional)
Lista de tabelas (opcional)
Lista de abreviaturas e siglas (opcional)
Sumário (obrigatório)
Introdução
Desenvolvimento Elementos TEXTUAIS
Considerações Finais
Referências (obrigatório)
Apêndices (opcional)
Anexos (opcional) Elementos PÓS-TEXTUAIS
Glossário (opcional)

CAPA

A CAPA é a proteção externa do trabalho, devendo conter dados essenciais que identifiquem a obra.

 INSTITUIÇÃO DE ENSINO – CAIXA ALTA; CENTRALIZADO.


 NOME DO CURSO OU PROGRAMA – CAIXA BAIXA; CENTRALIZADO.
 NOME DO(S) AUTOR(ES) – CAIXA BAIXA; CENTRALIZADO.
 TÍTULO – CAIXA ALTA; NEGRITO; CENTRALIZADO.
 SUBTÍTULO (se houver) – Sempre precedido de dois pontos – CAIXA BAIXA; NEGRITO; CENTRALIZADO.
 LOCAL (CIDADE) – CAIXA BAIXA; CENTRALIZADO.
 ANO (da entrega do trabalho acadêmico) – CENTRALIZADO.
44

FOLHA DE ROSTO

A FOLHA DE ROSTO contém os elementos essenciais que identificam o trabalho.

 NOME DO AUTOR
 TÍTULO
 SUBTÍTULO (se houver)
 NOTA DE APRESENTAÇÃO: Natureza do Trabalho (Dissertação, tese, monografia, TCC, etc.), Instituição de
Ensino, Objetivo, Orientador, etc. (Vem logo abaixo do título ou do subtítulo, digitada em espaço simples,
recuo a partir da metade da folha até a margem direita)
 LOCAL (CIDADE)
 ANO (da entrega do trabalho acadêmico)
45

DEDICATÓRIA

Texto onde o autor homenageia ou dedica seu trabalho a uma pessoa ou grupo de pessoas. O layout dessa página
fica a critério do autor.

AGRADECIMENTOS

Texto onde o autor faz seus agradecimentos às pessoas e/ou Instituições que colaboraram de maneira significativa à
elaboração do trabalho. O título AGRADECIMENTOS deverá ser centralizado no alto da página, com letras em caixa-
alto e negrito.
46

EPÍGRAFE

Citação, pensamento, provérbio, seguido da indicação de sua autoria, de preferência relacionado com o assunto
tratado no corpo do trabalho. As epígrafes também poderão constar das folhas de abertura das seções primárias ou
capítulos.

RESUMO NA LÍNGUA ORIGINAL

 O resumo é a “apresentação concisa dos pontos relevantes do texto, fornecendo uma visão rápida e clara do
conteúdo e das conclusões do trabalho”. Constitui-se em uma sequência de frases concisas e objetivas e não
de simples enumeração de tópicos.
 O limite máximo de palavras do resumo de um trabalho acadêmico é 500.
 O resumo deve ser seguido de palavras-chave.

LISTAS DE ILUSTRAÇÕES

Deve ser elaborada de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item acompanhado do respectivo
número da página. É recomendada a elaboração de uma lista para cada tipo de ilustração (quadros, lâminas, plantas,
fotografias, gráficos, organogramas, fluxogramas, esquemas, desenhos e outros).

LISTA DE TABELAS

Deve ser elaborada de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item designado por seu nome
específico, seguido do respectivo número da página.

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

Relação alfabética das abreviaturas e siglas usadas no texto, seguidas das palavras ou expressões correspondentes,
por extenso. Fazer uma relação para cada tipo.
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SUMÁRIO

É a “enumeração das principais divisões, seções e outras partes do trabalho, na mesma ordem e grafia em que a
matéria nele se sucede” - Deve ser seguido do respectivo número da página. O título SUMÁRIO deverá ser
centralizado no alto da página, com letras em caixa alta e negrito.

INTRODUÇÃO

Parte inicial do texto, onde devem constar: a delimitação do assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros
elementos necessários para situar o tema do trabalho.

DESENVOLVIMENTO

Parte principal do texto, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em Seções e
subseções, que variam em função da abordagem do tema e do método.

CONCLUSÃO

Parte final do texto na qual se apresentam conclusões correspondentes aos objetivos ou hipóteses. É opcional
apresentar os desdobramentos relativos à importância, projeção, repercussão, encaminhamento e outros.

REFERÊNCIAS

Referências é o conjunto de elementos que identificam as obras utilizadas na elaboração do trabalho. Todas as obras
citadas no trabalho (no corpo do texto, nas fontes de ilustrações e tabelas ou em notas de rodapé) devem compor a
listagem das referências.
As referências devem ser apresentadas em uma única ordem alfabética, independentemente do suporte físico
(livros, periódicos, publicações eletrônicas ou materiais audiovisuais) alinhadas somente à esquerda, em espaço
simples, e espaço simples entre elas. O título REFERÊNCIAS deverá ser centralizado no alto da página, com letras em
caixa alta e negrito.
No texto:
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De acordo com o Art. 5 da Constituição Federal de 1988 “Todos são iguais perante a lei.” (BRASIL, 2005).
Referência:
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 35. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

No texto:
A disseminação da ética é baseada na liderança, pois os gerentes são responsáveis por criar um clima ético e
estabelecer as relações humanas dentro das corporações. (ARBEX; OLIVEIRA, 2004).
Referência:
ARBEX, Sâmara; OLIVEIRA, Marcos Barbosa de. A ética no processo de tomada de decisão. Administração em
Revista, Brasília, n.7, p. 105-120, jan./jun. 2004.

APÊNDICES

 Texto ou documento elaborado pelo autor que complementa sua argumentação, sem prejuízo da unidade
nuclear do trabalho.
 São identificados por letras maiúsculas, travessão e pelos respectivos títulos.
 APÊNDICE A - Avaliação numérica de células
 APÊNDICE B - Avaliação de células musculares

ANEXOS

 Texto ou documento NÃO elaborado pelo autor que serve de fundamentação, comprovação e ilustração. Os
anexos são identificados por letras maiúsculas, travessão e pelos respectivos títulos.
 ANEXO A - Representação gráfica da contagem de células inflamatórias – Grupo I
 ANEXO B - Representação gráfica da contagem de células inflamatórias - Grupo II

GLOSSÁRIO

Lista em ordem alfabética de palavras ou expressões técnicas de uso restrito ou de sentido obscuro, utilizadas no
texto, acompanhadas das respectivas utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas definições.

NORMALIZAÇÃO

Normalização é a última fase do trabalho. É a preparação para a impressão. Nesta etapa, devemos observar
se o trabalho está formatado. Ou seja, a fonte, o espaçamento, os títulos, os parágrafos estão de acordo com as
normas da ABNT?

Nenhum trabalho acadêmico deve ser entregue sem antes passar por uma normatização. Esta é a
preocupação de todo aluno que preza por uma boa formação, portanto, em hipótese alguma, entregue um trabalho
fora dos padrões exigidos.

Seguem alguns padrões de uniformização do texto:

Papel
a) De acordo com a NBR 14.724/2011, diante de um pensamento e ação ecológicos, os trabalhos podem ser
apresentados em frete e verso.
b) Dimensões: tamanho A4
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Fonte
c) Estilo de letras: Times ou Arial
d) Tamanho de letras: 12
Observação: Para as citações longas e notas de rodapé, o tamanho de letra é 10 e o espaçamento simples.

Margens
a) Anverso: superior e esquerda: 3 cm / inferior e direita: 2 cm.
b) Verso: superior e direita: 3 cm / inferior e esquerda: 2 cm.

Espaçamento
a) Espaçamento 1,5 entre linhas: para o corpo do texto.
b) Espaçamento simples: citações com mais de três linhas, notas de rodapé, referências, legendas das ilustrações e
tabelas, resumo do trabalho, subtítulos no sumário.

Numeração das páginas


As páginas devem ser enumeradas em ordem crescente, usando algarismos arábicos. A numeração deve ser feita na
parte superior da folha, do lado direito.
Observações:
1ª A capa não conta como página.
2ª A contagem deve ser iniciada na folha de rosto, mas não numeramos ainda.
3ª A numeração começa na introdução e vai até a última página.

Títulos e subtítulos
a) Os títulos e subtítulos devem ser alinhados à esquerda.
b) Os títulos (seção primária) são grafados em letra maiúscula, em negrito, tamanho 12.
c) Os subtítulos (seção secundária) são grafados em letra minúscula (iniciando com maiúscula), em negrito,
tamanho 12.
d) Se houver uma seção terciária, minúscula, itálico, negrito, tamanho 12.
e) Quando se muda a seção primária, iniciamos uma nova página.
f) Se iniciarmos outra seção, não há mudança de página.
g) Os elementos pós-textuais (depois da conclusão – referências, anexos etc.) não são numerados.
Observação: A ABNT recomenda limitar a numeração progressiva do trabalho acadêmico/científico até a seção
quinaria.
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Dicas do WORD

Tamanho: 12

Sublinhado Fonte:
Times New Roman
Itálico Arial

Negrito

Marcadores

JUSTIFICADO Espaçamento entre Linhas: 1,5

Alinhamento à DIREITA

CENTRALIZADO

Alinhamento à ESQUERDA
51

Definir dimensões papel: A4

Superior e Esquerda: 3 cm / Inferior e Direita: 2 cm.

Definir margens
52

Referências

BELTRÃO, Odacir; BELTRÃO, Mariúsa. Correspondência: linguagem e comunicação. 24ª edição. São Paulo: Atlas,
2011.
CASTRO, Maria da Conceição. Língua & Literatura. Ed. Saraiva. São Paulo, 1993.
CEREJA, Willian Roberto. Gramática – Texto, reflexão e uso. Ed. Atual. São Paulo, 2000.
CEREJA, Willian Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: Linguagens. São Paulo, 2003.
COSTA VAL, M. Graça. Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
COSTA VAL, M. Graça. Texto, textualidade e textualização. In: CECCANTINI, J.L. Tápias; PEREIRA, Rony F.; ZANCHETTA
JR., Juvenal. Pedagogia Cidadã: cadernos de formação: Língua Portuguesa. v. 1. São Paulo: UNESP, Pró-Reitoria de
Graduação, 2004. p. 113-128.
GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. 6ª edição. Rio de Janeiro: Ed. Fundação Getúlio Vargas, 1977.
INFANTE, Ulisses e Pasquale. Gramática da Língua Portuguesa. São Paulo, 2004
INFANTE, Ulisses. 36 Lições Práticas de Gramática. Ed. Scipione. São Paulo, 10997.
LUFT, Celso Pedro. Moderna Gramática Brasileira. Porto Alegre: Globo, 1999.
MARTINS, Dileta Silveira; ZILBERKNOP, Lúcia Scliar. Português Instrumental. 28ª edição. São Paulo: Atlas, 2009.
MEDEIROS, João Bosco. Português Instrumental. 9ª edição. São Paulo: Atlas, 2010.
NAMITALA LEITE, Patrícia. Apostila de Redação Técnica – 1º Módulo. 1ª edição. Belo Horizonte: 2013.
ROCHA LIMA, Carlos Henrique. Gramática Normativa da Língua Portuguesa. 45ª edição. – Rio de Janeiro: José
Olympio, 2006.
TERRA, Ernani; DE NICOLA, José. Gramática, Literatura e Produção de Textos. São Paulo, 2001.
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http://www.portugues.com.br/literatura/foco-narrativo.html - Acesso em: 15 jan. 2014.
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