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DOS MATERIAIS
Caro aluno, esta matéria tem como objetivo nortear a realização dos seus
estudos sobre Resistência dos materiais, e contém os caminhos e processos
que você deverá percorrer e superar, para construir os conhecimentos
desejados ao final do seu curso.
Estudar a resistência dos materiais é saber até quando podemos trabalhar com
uma determinada peça, analisar as causas das falhas e com isso evitar que
continuem ocorrendo. Muitas vezes uma peça falha não porque esta gasta,
mas sim, porque trabalhou em condições fora do normal, ou seja, fora das
condições de projeto.
Para isso é preciso conhecer o limite do material. Isso pode ser obtido através
de ensaios que, basicamente, submetem a peça ao esforço que ela deverá
sofrer onde será empregada, a condições padrão, para que se possa analisar o
seu comportamento. Esses dados são demonstrados em gráficos de tensão x
deformação. A tensão em que nos baseamos é o limite entre o regime elástico
e o plástico. Mas para fins de segurança é utilizado um c.s. (coeficiente de
segurança) que faz com que dimensionemos a peça para suportar uma tensão
maior que a tensão limite mencionada acima.
Tudo isso é necessário para que se obtenha total certeza nos resultados, já
que pequenos erros podem acarretar grandes problemas mais adiante, isso se
agrava mais ainda se estivermos falando de pessoas que podem ter suas vidas
colocadas em perigo por um cálculo mal feito. A ciência de resistência dos
materiais é também muito importante para que não se tenha prejuízos
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gastando mais material do que o necessário, acarretando também em outro
problema que é o excesso de peso. Pois a forma da peça também influencia na
sua resistência, assim pode-se diminuir a quantidade de material sem interferir
na mesma.
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Relação água/cimento
Classe do concreto
É a resistência à compressão, ou fck requerido em projeto e expressos em Mpa
(Mega Pascal).
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solicitação é chamada de COMPRESSÃO.
Fléxão
Definimos como flexão a solicitação que provoca, ou tende a provocar,
curvatura nas peças. O esforço solicitante responsável por este comportamento
é chamado de momento fletor, podendo ou não ser acompanhado de esforço
cortante e força normal.
Representação de uma viga biapoiada submetida á flexão. A ação da carga externa sobre a
viga, produz o momento fletor curvatura. As fibras superiores tendem a se aproximar
(compressão) e as fibras inferiores tendem a se afastar (tração).
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A TORÇÃO é um tipo de solicitação que tende a girar as seções de um corpo,
uma em relação à outra.
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concretos ditos especiais melhoram as suas características no estado fresco,
como facilidade de lançamento e adensamento.
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Outras Unidades
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Vínculos de 1ª classe
Este tipo de vínculo impede o movimento de translação na direção normal ao
plano de apoio, fornecendo-nos desta forma, uma única reação (normal ao
plano de apoio).
Representação simbólica:
Vínculos de 2ª Classe
Este tipo de vínculo impede apenas dois movimentos; o movimento no sentido
vertical e horizontal, podendo formar duas reações. (vertical e horizontal).
Representação simbólica:
Engatamento de 3ª Classe
Este tipo de vínculo impede a translação em qualquer direção, impedindo
também a rotação do mesmo através de um contramomento, que bloqueia a
ação do momento de solicitação.
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Estrutura
É chamada de estrutura o conjunto de elementos de construção, composto
com a finalidade de receber a transmitir esforços.
Graus de Liberdade
Denominam-se graus de liberdade de uma estrutura ao número de
possibilidades de movimento dessa estrutura.
De acordo com Süssekind (1975), uma translação no espaço pode ser
expressa por suas componentes segundo três eixos ortogonais entre si (x, y e
z) e uma rotação, de forma semelhante, sob três rotações, em torno de cada
um desses eixos. Portanto, uma estrutura no espaço possui um total de seis
graus de liberdade (três translações e três rotações).
Para estruturas planas, resumem-se a três graus de liberdade (duas
translações e uma rotação). Os graus de liberdade precisam ser restringidos,
de modo a se evitar qualquer tendência de movimento da estrutura, a fim de
possibilitar seu equilíbrio. Esta restrição é dada pelos apoios (vínculos) que
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devem impedir as diversas tendências possíveis de movimento, através do
aparecimento de reações destes apoios sobre a estrutura, nas direções dos
movimentos que eles impedem, isto é, dos graus de liberdade que eles
restringem.
Essas reações de apoio (vínculos, incógnitas a serem calculadas) se oporão às
cargas aplicadas à estrutura, formando este conjunto de cargas e reações, um
sistema de forças em equilíbrio.
Para efeito de cálculo, os graus de liberdade podem ser estáticos ou
cinemáticos.
E assim, respectivamente, são chamados de Graus de Estaticidade e Graus
de Deslocabilidade.
Tipos de estruturas:
Estruturas Hipoestáticas
Estes tipos de estruturas são instáveis quanto à elasticidade, sendo bem pouco
utilizadas no decorrer do nosso curso.
A sua classificação como hipoestáticas é devido ao fato de o número de equações da
estática ser superior ao número de incógnitas.
Estruturas Isostáticas
A estrutura é classificada como isostática quando o número de reações a
serem determinadas é igual ao número de equações da estática.
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Estruturas Hiperestáticas
A estrutura é classificada como hiperestática, quando as equações da estática
são insuficientes para determinar as reações nos apoios.
Para tornar possível a solução destas estruturas, devemos suplementar as
equações da estática com as equações do deslocamento.
Grau de Estaticidade
O grau de estaticidade, designado por g, é o numero que quantifica a condição
estática de uma estrutura, pela análise de seus movimentos. Pode-se dizer que
g representa o balanço entre o número de incógnitas (vínculos) e o número de
equações da estática.
Em uma estrutura plana constituída de m barras, tem-se que cada uma
apresenta 3 movimentos: 2 translações e 1 rotação. Assim, para cada barra
pode-se escrever 3 equações da estática (ΣFx = 0 , ΣFy = 0 e ΣMz = 0 ), que
são as 3 equações de equilíbrio para estruturas planas. Logo, o total de
equações é 3m.
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Para garantir a estabilidade da estrutura têm-se os apoios (vínculos externos) e
os vínculos internos, os quais representam as incógnitas do problema. Enfim, a
possibilidade de movimento de uma estrutura será igual à diferença entre o
número de deslocamentos possíveis e o número de vínculos associados ao
conjunto. Então:
Notas Importantes:
A expressão de = 2n − b −Ve pode, em alguns casos, não apresentar fidelidade
quando a estrutura corresponder a casos especiais. Portanto, deve ser utilizada
apenas para obter um indicativo numérico com relação ao grau de estaticidade.
Assim, sempre é necessário fazer uma análise do comportamento global da
estrutura, em especial da posição dos vínculos.
Você entenderá bem isso, nos exemplos de aplicação que estão adiante.
Se "m” for considerado como chapa, a equação de g indicará o grau de
estaticidade externo. Para conhecer o grau de estaticidade global (externo +
interno), basta considerar “m” como sendo o número de barras ou número de
chapas abertas.
Duas barras contínuas possuem três vínculos e caso sejam três barras
contínuas, para cada duas, contam-se três vínculos. A análise é feita assim:
tomam-se duas barras e contam-se três vínculos, destas duas com a terceira,
ocorrem mais três, totalizando seis. Das três barras com uma quarta barra, ter-
se-ão mais três vínculos, totalizando nove. E, assim por diante.
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Da mesma maneira, é feita a contagem para barras articuladas entre si,
trocando o três por dois, no tocante aos vínculos explicados no parágrafo
anterior.
Situação (a):
Na união das barras 1 e 2 têm-se 3 vínculos, e da união dessas com a barra 3,
têm-se mais 3 vínculos, totalizando 6 vínculos internos: Vi = 3 + 3 = 6.
Situação (b):
Na união das barras 1 e 2 têm-se 2 vínculos, e da união dessas com a barra 3,
têm-se mais 2 vínculos, totalizando 4 vínculos internos: Vi = 2 + 2 = 4.
Situação (c):
Na união das barras 1 e 3 têm-se 3 vínculos; e da união dessas com a barra 2,
têm-se mais 2 vínculos, totalizando 5 vínculos internos: Vi = 3 + 2 = 5.
Situação (d):
Na união das barras 1 e 2 têm-se 3 vínculos; e da união dessas com a barra 3,
têm-se mais 2 vínculos, totalizando 5 vínculos internos: Vi = 3 + 2 = 5.
Situação (e):
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Na união das barras 1 e 2 têm-se 2 vínculos; da união dessas com a barra 3,
têm-se mais 2 vínculos, e da união dessas com a barra 4, têm-se mais 2
vínculos, totalizando 6 vínculos internos: Vi = 2 + 2 + 2 = 6.
Situação (f):
Na união das barras 2 e 3 têm-se 3 vínculos; da união dessas com a barra 4,
têm-se mais 3 vínculos, totalizando 6, e dessas três barras com a barra 1, têm-
se mais 2: Vi = 3 + 3 + 2 = 8.
Situação (g):
Na união das barras 2 e 4 têm-se 3 vínculos; da união dessas com a barra 1,
têm-se mais 2 vínculos, totalizando 5, e dessas três barras com a barra 3, têm-
se mais 2: Vi = 3 + 2 + 2 = 7.
Obviamente, a ordem utilizada na contagem independe para se obter a
quantidade total de vínculos internos.
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Tabela 1: Tipos de vínculos externos e internos e quantidade de movimentos
impedidos.
Grau de Deslocabilidade
Número que quantifica as possibilidades de deslocamentos dos nós da
estrutura, admitindo suas partes deformáveis, sob determinado carregamento.
Deslocabilidade Interna (di): possibilidade de rotação dos nós internos. Cada
nó possui uma possibilidade de rotação, exceto os nós de apoios engastados e
articulados e os nós intermediários articulados (rotulados). Para
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encontrar di, rotulam-se todos os nós, desprezam-se os balanços e contam-se
os nós internos restantes. Caso cheguem duas ou mais barras em um apoio,
de forma contínua,
ali também será contada uma deslocabilidade interna.
Deslocabilidade Externa (de): possibilidade de translação dos nós
considerando toda a estrutura com os nós rotulados.
Para se calcular de , rotulam-se todos os nós, desprezam-se os balanços e faz-
se: de = 2n − b –Ve.
em que:
n : número de nós (todos os nós da estrutura rotulada e com
balanços desprezados);
b: número de barras (todas as barras, exceto os balanços);
e V : número de vínculos externos (considerando todos os nós rotulados
– observe que, por exemplo, apoio fixo continua com um vínculo, pois já é
rotulado; apoio fixo, idem, com dois vínculos; e o engaste, quando articulado,
deixa de possuir três vínculos e passa a ter apenas dois – acompanhe
aplicações resolvidas adiante).
Superposição de efeitos
Segundo SORIANO e LIMA (2006), as estruturas podem ter comportamento
físico linear e não linear, e comportamento geométrico linear e não linear.
Diz-se comportamento físico linear quando os materiais constituintes das
barras da estrutura possuem diagrama tensão-deformação linear, ou seja,
obedecem à Lei de Hooke, conforme ilustra a figura abaixo.
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Gráfico tensão x deformação para corpos que obedecem à Lei de Hooke.
F=K.∆l
Notando que segundo o Sistema Internacional:
F está em newtons
K está em newton/metro
∆l está em metros
Compressão
Distenção
Flexão
Torção, dentre outros.
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Deformação plástica: persiste mesmo após a retirada das forças que
a originaram.
Deformação elástica: desaparece com a retirada das forças que a
originaram.
Estando uma mola, barra ou corpo em seu estado relaxado, e sendo uma das
extremidades mantida fixa, aplicamos uma força (F) à sua extremidade livre,
observando tal deformação. Após observado o fato, o físico Hooke estabeleceu
uma Lei, cujo carrega seu nome até hoje, a qual relaciona a Força Elástica (Fel),
reação causada pela força aplicada, e a deformação da mola (∆l).
Temos que: Fel = k.∆l, onde k é uma constante positiva denominada Constante
Elástica da mola, sendo sua unidade N/m no S.I.. A constante elástica da mola
traduz a rigidez da mesma, ou seja, é uma medida que representa a
sua dureza. Quanto maior for a constante Elástica da mola, maior será
a sua dureza.
W = – Fel
Fel = – k.∆l
W = k.∆l
A lei de Hooke pode ser utilizada desde que o limite elástico do material não
seja excedido. O comportamento elástico dos materiais segue o regime elástico
na lei de Hooke apenas até um determinado valor de força, após este valor, a
relação de proporcionalidade deixa de ser definida (embora o corpo volte ao
seu comprimento inicial após remoção da respectiva força). Se essa força
continuar a aumentar, o corpo perde a sua elasticidade e a deformação passa
a ser permanente (inelástico), chegando à ruptura do material.
O instrumento que usa a lei de Hooke para medir forças é o dinamômetro.
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A Lei de Hooke também é percebida após a realização do ensaio de tração e
deste é obtido o gráfico de Tensão x Extensão. O comportamento linear
mostrado no início do gráfico está nos afirmando que a Tensão é proporcional
à Extensão. Logo, existe uma constante de proporcionabilidade entre essas
duas grandezas. Sendo,
σ=ε.E
σ = Tensão em Pascal
ε = Deformação específica, (adimensional)
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Ilustração do Princípio da Superposição de Efeitos.
Esforços Solicitantes
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Força Normal ( N )
Força Cortante ( V )
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duas forças (que correspondem aos cortantes negativos). Em cada situação,
têm-se as posições: Esquerda (E) e Direita (D), que correspondem à mesma
posição do cortante, com relação ao restante do elemento estrutural
seccionado.
Você também pode pensar assim: o esforço cortante positivo é aquele que
“provoca giro no sentido horário”, ou seja, quando posicionado à esquerda, for
de baixo para cima. Você, aluno, deve encontrar a melhor maneira de gravar os
sinais do cortante. Obviamente, basta entender um dos dois sinais, o positivo,
por exemplo, pois estando com sentido contrário, o esforço cortante será
negativo.
Momento Fletor ( M )
Momento Torçor ( T )
Como o próprio nome diz, é o que provoca giro da barra, ao longo do seu
próprio eixo, ou seja, faz com que a peça torça, em movimento similar ao de
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um parafuso. A convenção de sinais é a seguinte: o torçor é positivo quando
seu vetor representativo tem sentido entrando na seção transversal.
Tipos de carregamentos
a) Forças concentradas
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Observação: Para o cálculo das reações de apoio, a carga uniforme distribuída
é substituída por uma força concentrada equivalente W igual a área da figura
geométrica da carga e que passa pelo seu centróide: W = p . L
d) Momento concentrado
Classificação de vigas
a) Simplesmente apoiadas
b) Bi-engastada (fixa)
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c) Engastada- Apoiada
d) Em balanço
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Diagrama de corpo livre (D.C.L.):
Verificação:
Vamos Praticar?
Exercícios:
b)
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Trace os diagramas de momento fletor e de esforço cortante, considerando:
L = 5 m, q = 2 kN/m, P = 12 kN, a = 2 m, α = 20o.
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Antes de se resolver qualquer estrutura submetida a um determinado
carregamento, é necessário efetuar o cálculo de suas reações de apoio, que
são as incógnitas do problema.
Neste capítulo, são estudadas as vigas isostáticas cujo grau de estaticidade é
zero.
Apenas para confirmar isso, façamos: g = 3 ⋅m − Ve − Vi = 3 ⋅ 1− (2 + 1) − 0 =
0.
Perceba que, como se tem apenas uma barra, não existem vínculos internos,
pois não há ligação (conexão, união) entre barras.
Também são estudadas estruturas que estejam em equilíbrio, qualquer que
seja o sistema, plano ou tridimensional, isostático ou hiperestático (nunca
hipostático, pois isso significa que o sistema é instável e pode se deslocar),
valerão as equações de equilíbrio da estática.
As reações de apoio em uma estrutura são obtidas através das equações de
equilíbrio (somatório de forças e de momentos em relação a qualquer ponto
da estrutura sempre será nulo). Ressalta-se que para cada situação, será
analisado em qual ponto se estará fazendo somatório de momento fletor, para
se obter determinada reação de apoio, mas pode acontecer em alguns casos
que bastam apenas as equações de equilíbrio relativas às forças. Enfim, você
adquirirá noções estruturais na medida da resolução de exercícios.
Situação (a):
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Para o traçado do diagrama de momento fletor, recomenda-se proceder
conforme explicado a seguir.
Primeiramente, obtêm-se os valores correspondentes a cada apoio, ponto de
carga concentrada, ponto de união entre barras, ou de mudança do tipo de
carga aplicada. No exemplo, têm-se os pontos A, B e C, para a obtenção do
momento fletor:
MA = MB = 0
(Pois se referem a rótulas que não absorvem momento fletor, ou seja, nelas, o
momento fletor é sempre nulo.)
(Ocorre tração embaixo, pois perceba que o momento em C foi calculado com
todas as cargas e reações de apoio que estão à esquerda de C, que, no caso,
é apenas a reação de apoio em A, cuja flexão no ponto C ocorre tracionando a
viga embaixo. Neste caso, de acordo com a notação de sinais aprendida, tal
momento é positivo – traciona embaixo. Na verdade, o que se faz para se
calcular um determinado esforço seccional, é cortar a estrutura naquela seção
e fazer a contabilidade de todas as possíveis ocorrências do esforço desejado,
à esquerda da seção ou à direita da seção. Isso porque, como visto neste
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capítulo, para estar em equilíbrio, o que se tem de um lado da estrutura
seccionada deve ser exatamente ao do restante dela, seccionada. Tais
comentários são feitos minuciosamente neste início e depois, obviamente, não
serão mais necessários, ao longo da resolução de outros exercícios.)
O traçado do diagrama de momento fletor é feito com representação dos seus
valores onde ocorre tração: se ocorre tração embaixo, o diagrama é desenhado
abaixo do eixo da viga e se ocorre tração em cima, tem-se o contrário. Traça-
se o eixo da viga, e posicionam-se os nós de interesse (neste caso, A, B e C)
que limitam os trechos do diagrama. Indica-se o nome Diagrama de Momentos
Fletores, e as unidades de força e distância. Marcam-se os valores dos
momentos, sempre perpendiculares ao eixo do elemento estrutura em análise.
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O diagrama de momento fletor é sempre desenhado do lado onde ocorre
tração, em cima ou embaixo da viga e, conforme convenção já vista, quando
ocorre tração embaixo, o sinal do momento é positivo.
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Em qualquer seção do trecho AC, a resultante de forças pela esquerda
também será de 7,2 kN orientada para cima, ou seja, para este trecho, o
cortante é positivo e vale: V = + 7,2 kN.
Para o traçado do diagrama de cortante, desenham-se acima do eixo da peça
valores positivos deste esforço e abaixo, valores negativos:
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da soma do cortante à esquerda e à direita, que são desnivelados por ocasião
desta força concentrada atuante.
Portanto, no traçado de diagramas de esforços cortantes, há que se verificar
sempre a existência desses saltos que correspondem às cargas concentradas
aplicadas no elemento estrutural. É uma maneira de se conferir se o traçado
está correto.
Situação b:
Neste caso, a viga é constituída por apenas uma barra (um tramo), no qual a
carga é constante e não ocorre mudança do tipo de carga, por exemplo, com
alguma carga concentrada, ou algum trecho sem carga, ou seja, os pontos
primeiramente plotados são A e B, cujos momentos são nulos:
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Sabe-se que, quando o carregamento é uniformemente distribuído no trecho da
viga, o cortante é uma reta e o momento fletor, uma parábola do segundo grau.
Portanto, entre A e B, o diagrama será parabólico, a união desses valores de
momentos (nulo para ambas as seções) será através de uma linha parabólica
do segundo grau. Resta saber se a concavidade é para cima ou para baixo, o
que será definido calculando-se o valor do momento no meio do vão AB (2,5
m), se tracionando em cima ou embaixo:
Esse resultado pode ser utilizado em qualquer outra situação na qual se tenha
um trecho com carregamento uniformemente distribuído:
qL²
8
Tal medida, no diagrama, é feita sempre perpendicular ao eixo do elemento
estrutural. Em outras aplicações será visto como representar este valor,
quando os momentos nos extremos são diferentes de zero.
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Lembrete:
Enfim, fica para você, aluno, a partir deste exemplo, o valor fixo para momento
fletor no meio de trechos com carga uniformemente distribuída, que em muito
facilita o traçado de diagramas deste esforço.
Nesse caso, os momentos fletores dos extremos dos trechos, ou seja,
referentes aos pontos A e B são nulos, mas podem ocorrer valores nessas
extremidades, que sejam diferentes de zero. Em qualquer caso, a parábola do
segundo grau possuirá uma curvatura central igual a qL2/8, medida a partir da
linha que une os valores de momentos nas seções extremas do trecho de viga
que se esteja considerando, no meio do seu comprimento. A seguir, são feitas
outras representações, para comparação com a obtida nessa situação (b).
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Sendo para baixo, à esquerda da seção pela convenção de sinais do esforço
cortante, tem-se: V = - 5 kN. Portanto, o traçado do diagrama de esforço
cortante para essa viga fica:
Importante!
Resumindo, sempre que uma seção tiver momento máximo em um trecho da
viga, para a curva correspondente a este esforço (parábola do segundo grau,
do terceiro grau etc.) nesta mesma seção, o cortante será nulo, em vice-versa.
As situações (a) e (b) são básicas a todo o estudo e, doravante, não mais será
necessário tanta explicação pormenorizada, pois se reportará ao que já fora
aqui comentado. Caberá a você prosseguir apenas se estiver consolidado o
que até aqui lhe foi apresentado.
Situação c:
É análoga à situação (b), porém com a viga inclinada. Veja no que interferirá esta
inclinação da viga.
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Considerando-se o eixo x como o da viga e y, perpendicular a x, tem-se:
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Situação (d):
É análoga à situação (c), porém havendo necessidade de decompor o
carregamento perpendicularmente ao eixo da viga, para que se obtenham os
esforços cortantes (perpendiculares ao eixo da viga) e momentos fletores
(produzidos por forças perpendiculares ao eixo da viga com seus respectivos
braços de alavanca).
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A componente desta carga concentrada, perpendicular ao eixo da barra é
calculada como: 10 x cos20o = 9,40 kN.
Para retornar à situação de carga uniformemente distribuída, divide-se este
valor pelo vão inclinado: q’ = 9,40 / 5,32 = 1,77 kN/m.
A partir daí, o cálculo é similar ao da situação (c), para o traçado dos
diagramas de momento fletor e esforço cortante atuantes na viga inclinada:
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É interessante constatar que o valor do momento máximo é o mesmo
encontrado para a situação de carga uniformemente distribuída ao longo da
viga horizontal (situação b), ou seja, estando a viga inclinada, o momento
máximo qL²/8 pode ser calculado com os valores de: carga uniformemente
distribuída na vertical e o vão da viga inclinada projetado na horizontal.
Situação (e):
Neste caso, tem-se um carregamento distribuído linearmente. Para se
calcularem as reações de apoio, será considerada a resultante do
carregamento, obtida através da área triangular: (2x5)/2 = 5 kN, aplicada no
C.G. (centro de gravidade) do triângulo, ou seja, a um terço do comprimento,
medido a partir do ponto B: 5/3 = 1,67 m.
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Conforme previsão apresentada nas relações diferenciais para cálculo de
esforços, quando se tem um carregamento linear em um trecho de viga, o
diagrama de cortante será uma parábola do segundo grau, e do momento
fletor, uma parábola do terceiro grau. Para o traçado do diagrama de
momentos fletores, são obtidos os valores nos extremos dos trechos:
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Perceba que a tração ocorre embaixo da viga e, como o diagrama de momento
fletor é desenhado do lado da tração, teremos uma parábola assim
representada:
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segundo grau, unindo os valores extremos do cortante, já que no meio do
trecho não ocorre nenhuma carga concentrada que confira descontinuidade
com degrau, no diagrama desse esforço.
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Sabendo-se que se trata de uma parábola do segundo grau, resta unir tais
valores por uma curva com concavidade voltada para baixo, tendo em vista o
valor no meio da viga.
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Em uma posição genérica x (seção S qualquer), a partir do apoio A, tem-se um
trecho triangular de carga que necessita ser definido em função dos dados de
carregamento, comprimento de barra e distância x.
Fazendo a proporção de triângulos semelhantes (original de carga q = 2 kN/m
e o hachurado de carga q’), tem-se o valor de q’ definido:
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Importante!
(Nesta conta, você não encontra exatamente zero, devido às aproximações dos
números decimais e, por isso, utilizam-se mais casas decimais aqui, para que
você veja que, de fato, o resultado é nulo. Aqui se faz apenas uma conferência,
porque em todo apoio rotulado, sempre o momento fletor é nulo e você não
precisa calcular, ok?)
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Para finalizar, façamos mais uma análise: a equação da parábola
correspondente ao gráfico do esforço cortante é obtida com primeira derivada
de M(x), como feito anteriormente:
Situação (f):
É análoga à situação (f), porém, é conveniente caminhar-se da direita para a
esquerda, pela facilidade de se analisar trechos triangulares, pois a partir da
esquerda, tem-se trechos trapezoidais, quando se considera um pedaço do
carregamento.
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Semelhante à situação (f), calcula-se o momento fletor no meio do vão AB.
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Para o traçado do esforço cortante, sabe-se que a curva será uma parábola do
segundo grau, unindo os valores extremos do cortante, já que no meio do
trecho não ocorre nenhuma carga concentrada que confira descontinuidade
com degrau, no diagrama desse esforço.
Semelhante ao realizado na situação (f), definem-se os sinais dos cortantes
nas seções A e B são, de acordo com a convenção apresentada neste
capítulo.
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Ou seja, plotado abaixo do eixo da viga, porque é negativo, diferente da
situação com o triângulo invertido (carregamento linear crescente). Portanto, o
diagrama de esforço cortante pode ser traçado:
Sabendo-se que se trata de uma parábola do segundo grau, resta unir tais
valores por uma curva com concavidade voltada para cima, coerente com os
três valores obtidos.
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Fazendo a proporção de triângulos semelhantes (original de carga q = 2 kN/m
e o hachurado de carga q’), tem-se o valor de q’ definido:
Importante!
(Nessa conta, você não encontra exatamente zero, devido às aproximações
dos números decimais e, por isso, utilizam-se mais casas decimais aqui, para
que você veja que, de fato, o resultado é nulo. Aqui, faz-se apenas uma
conferência, porque em todo apoio rotulado, sempre o momento fletor é nulo
e você não precisa calcular, ok?)
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Serão passados Alguns exercícios em sala de aula:
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Bibliografia
HIBBELER, R.C. Estática : mecânica para engenharia. 10. ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2008.
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