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OBJETIVO

O objetivo deste trabalho é proporcionar aos alunos contato


com obras da construção civil, proporcionar um conhecimento
prático dos conceitos estudados em sala de aula. Observar detalhes
técnicos da construção, materiais e equipamentos, conhecer um
pouco do processo planejamento e execução e do dia-a-dia dos
trabalhadores num canteiro de obra no que tange os elementos
estruturais de fundações.
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INTRODUÇÃO

Atualmente com o grande avanço tecnológico e cientifico a


construção civil vem ganhando vários aliados, como os softwares
que nos permite fazer cálculos complexos com mais rapidez e com
isso o processo de projetar um edifício ou uma casa ficou bem mais
rápido e ágil, mais é sempre muito importante conferir realmente o
desempenho da obra.

Devemos sempre ressaltar a importância do conhecimento e


acompanhamento do engenheiro na elaboração e execução do
projeto, de modo que se tenha o melhor custo-benefício e que se
evitem erros que possa prejudicar a obra de um modo geral,
garantindo a segurança e qualidade nos serviços prestados.

Neste trabalho vamos abordar somente elementos estruturais


de fundações, portanto, para analisar tais elementos, sobretudo as
fundações em concreto armado, exige-se o entendimento prévio
sobre do que se trata um elemento estrutural, as etapas de um
projeto estrutural, os termos empregados nas peças que compõem
elementos em concreto armado e ainda da interação solo-estrutura.

CONCRETO ARMADO E ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

O concreto é constituído por uma mistura de água, cimento e


agregados inertes, em partículas de diversos tamanhos. A água e o
cimento, quando recém-misturados, formam uma pasta que com o
tempo se endurece adquirindo resistência mecânica e aderindo as
partículas de agregado. É um material que apresenta alta resistência
às tensões de compressão, porém, apresenta baixa resistência à
tração (cerca de 10 % da sua resistência à compressão).

Para sanar esse problema com relação à baixa resistência à


tração, se faz necessário adicionar ao concreto um material com alta
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resistência à tração, instalado de forma conveniente, afim de resistir


às tensões de tração atuantes. Este material seria uma
armadura/barra em aço. Com a união destes materiais (concreto e
armadura – barras de aço), temos o concreto armado, cada um
cumprindo uma função especifica; as barras da armadura
absorvendo as tensões de tração e o concreto absorve as tensões
de compressão.

Daí conceitua-se o concreto armado sendo, onde segundo


(BASTOS), a união do concreto simples e um material resistente à
tração (envolvido pelo concreto) aliando as qualidades da pedra
(resistência à compressão e durabilidade) com as do aço
(resistências mecânicas), com as vantagens deste segundo material
poder assumir qualquer forma, com rapidez e facilidade, e
proporcionar a necessária proteção do aço contra a corrosão.
(BASTOS).

Um aspecto importante que deve-se atentar para a existência


do concreto armado é a necessidade de Aderência entre o concreto
e o aço, para que ambos trabalhem de forma solidaria. (BASTOS). O
que se espera dessa aderência é que ambas as deformações, tanto
a do aço em um determinado ponto de sua barra εs, como a do
concreto que a circunda εc, sejam iguais, isto é: εc = εs.

Outro conceito importante em concreto armado é a Armadura


passiva, o que, de acordo com Bastos, significa que as tensões e
deformações nela existentes devem-se exclusivamente às ações
externas aplicadas na peça. Todos os carregamentos aplicados nas
peças são os que originam as tensões e deformações na mesma.

Todos os critérios gerais que regem o projeto das estruturas de


concreto, sejam elas de edifício, pontes, obras hidráulicas, portos ou
aeroportos, são definidas pela norma ABNT NBR 6118:2014, e está
conceitua de forma sucinta os dois assuntos acima abordados,
assim como o conceito de concreto simples estrutural, como:
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 Elementos de concreto simples estrutural: elementos


estruturais elaborados com concreto que não possui qualquer tipo de
armadura ou que a possui em quantidade inferior ao mínimo exigido
para o concreto armado.

 Elementos de Concreto Armado: aqueles cujo


comportamento estrutural depende da aderência entre concreto e
armadura, e nos quais não se aplicam alongamentos iniciais das
armaduras antes da materialização dessa aderência.

 Armadura passiva: qualquer armadura que não seja usada


para produzir forças de protensão, isto é, que não seja previamente
alongada.

ETAPAS DO PROJETO ESTRUTURAL

“A elaboração do projeto estrutural pode ser subdividida em


quatro etapas principais: definição de dados ou concepção
estrutural, análise estrutural, dimensionamento e detalhamento, e
emissão de plantas finais”. (Alio Kimura, 2007, p.38)

A concepção estrutural trata-se de definir os materiais com que


se deseja trabalhar, pré-dimensionar os elementos estruturais e
definir as ações. Cabe ao engenheiro prever o comportamento da
estrutura e definir a posição de elementos estruturais procurando
atender a necessidade da obra, não há software que defina
estrutura, portanto definir estrutura e sempre um trabalho do
engenheiro.

No processo de análise estrutural, calculam-se os efeitos da


carga sobre a estrutura, seus deslocamentos e esforços em que
ficará submetida estrutura, os softwares disponibilizam uma série de
modelos estruturais, mas, ao engenheiro compete a escolha
segundo a necessidade e a finalidade, para qual a estrutura é criada.
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Na terceira etapa, são dimensionados e detalhados os


elementos estruturais que irão compor a estrutura.

No quarto e último processo, é o processo onde se dá a


plotagem das plantas com desenhos que contêm especificações e
detalhes de como e de qual forma deverá ser executada a estrutura.
Não é um processo menos importante do que os outros três, mas,
com os 7 softwares disponíveis pode ser inteiramente automatizado.
Ainda segundo Alio Kimura um projeto estrutural bem projetado deve
ser seguro, eficiente e ter durabilidade. Uma coisa que deve ser
levada em conta é que o projeto estrutural não é uma tarefa fácil, e
sim uma tarefa muito desafiadora mesmo com o auxílio de um
computador.

ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Antes de tudo, podemos definir o termo ‘estrutura’ como tudo


aquilo que sustenta alguma coisa, ou seja, de acordo com
REBELLO, estrutura é um conjunto, um sistema, composto de
elementos que desempenham uma função, permanente ou não.
(REBELLO, PAG 21). No caso das edificações, a estrutura é
também um conjunto de elementos (lajes, vigas e pilares) que se
inter-relacionam (laje apoiando em viga, viga apoiando em pilar)
para desempenhar uma função: criar um espaço em que as pessoas
exercerão diversas atividades.

A ABNT NBR 6118:2014 define elementos de concreto armado


aqueles cujo comportamento estrutural depende da aderência entre
concreto e armadura, e nos quais não se aplicam alongamentos
iniciais das armaduras antes da materialização dessa aderência.
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ELEMENTO ESTRUTURAL DE FUNDAÇÃO

Fundações são os elementos estruturais com função de


transmitir as cargas da estrutura ao terreno onde ela se apoia
(AZEREDO, 1988). Assim, as fundações devem ter resistência
adequada para suportar às tensões causadas pelos esforços
solicitantes. Além disso, o solo necessita de resistência e rigidez
apropriadas para não sofrer ruptura e não apresentar deformações
exageradas ou diferenciais.

Para se escolher a fundação mais adequada, deve-se


conhecer os esforços atuantes sobre a edificação, as características
do solo e dos elementos estruturais que formam as fundações.
Assim, analisa-se a possibilidade de utilizar os vários tipos de
fundação, em ordem crescente de complexidade e custos (WOLLE,
1993). Fundações bem projetadas correspondem de 3% a 10% do
custo total do edifício; porém, se forem mal concebidas e mal
projetadas, podem atingir 5 a 10 vezes o custo da fundação mais
apropriada para o caso 8 (BRITO, 1987).

INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO

Na grande maioria dos casos, a avaliação e o estudo das


características do subsolo do terreno sobre o qual será executada a
edificação se resume em sondagens de simples reconhecimento
(sondagem à percussão), mas dependendo do porte da obra ou se
as informações obtidas não forem satisfatórias, outros tipos de
pesquisas serão executados (por exemplo, poços exploratórios,
ensaio de penetração contínua, ensaio de palheta).

Consiste na busca de informações qualitativas e quantitativas,


conforme (Senna 2016), com objetivo de se determinar o processo
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executivo mais adequado e os parâmetros necessários para o


desenvolvimento do projeto de fundação.

Características como: número de pontos de sondagem, seu


posicionamento no terreno (levando-se em conta a posição relativa
do edifício) e a profundidade a ser atingida são determinadas por
profissional capacitado, baseado em normas brasileiras e na sua
experiência (BRITO,1987).

Tendo-se executado as sondagens corretamente, as


informações são condensadas e apresentadas em um relatório
escrito e outro gráfico, que deverá conter as seguintes informações
referentes ao subsolo estudado:

 locação dos furos de sondagem;

 determinação dos tipos de solo até a profundidade de


interesse do projeto;

 determinação das condições de compacidade, consistência


e capacidade de carga de cada tipo de solo;

 determinação da espessura das camadas e avaliação da


orientação dos planos que as separam;

 informação do nível do lençol freático.

Estes dados obtidos através de sondagem retratam as


características e propriedades do subsolo e, depois de avaliados e
minuciosamente estudados, servem de base técnica para a escolha
do tipo de fundação da edificação que melhor se adapte ao terreno.
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CARACTERISTICA DO SOLO

De acordo com CAMPOS (2015), a Mecânica dos Solos


classifica os materiais que cobrem a terra (solo) em alguns grupos,
como:

 solo arenoso;

 solo siltoso;

 solo argilos;

 rocha.

Ainda citando (Campos, 2015) essa divisão não é muito rígida


e nem sempre se encontram solos que se enquadram em apenas
um dos tipos. Por exemplo, quando se diz que um solo é arenoso,
está na verdade querendo-se dizer que a sua maior parte é areia, e
não que tudo é areia. Da mesma forma, um solo argiloso é aquele
cuja maior proporção é composta por argila. Um dos principais
critérios para fazer a classificação do solo é o tamanho dos seus
grãos. A NBR 6502 (ABNT, 1995) classifica os solos segundo a
tabela abaixo:
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Tabela 1 – classificação dos grãos

FUNDAÇÕES RASAS

ESTRUTURA DE BLOCOS

Elementos estruturais comumente empregados nas fundações


das construções ou também em grandes obras, como barragens.
São estruturas de volume que têm a função de distribuir as cargas
dos pilares a elementos de fundações profundas, tais como estacas
e tubulões. Em geral, o dimensionamento dos blocos é similar ao
das sapatas, diferenciando-se dessas pelo fato de se ter cargas
concentradas no bloco devido à reação das estacas .

SAPATAS

Fundações rasas são estruturas que se situam logo abaixo da


superestrutura (ou mesoestrutura) e se caracterizam pela
transmissão da carga ao solo através de pressões distribuídas em
sua base. O item 3.1 da NBR 6122 (ABNT, 2010) define o elemento
de fundação como a estrutura cuja carga é transmitida ao terreno
pelas tensões distribuídas sob a base da fundação, enquanto a
profundidade de assentamento, em relação ao terreno adjacente à
fundação, é duas vezes menor do que a dimensão do elemento
estrutural.

Os tipos existentes de fundações rasas podem ser facilmente


classificados e exemplificados conforme tabela a seguir:
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Tabela 2 - Elementos de Fundação.

As sapatas são classificadas quanto ao tipo de carga que


transferem ao solo, onde a seguir tem-se resumidamente sua
conceituação

 Isolada: Carga concentrada de um único pilar. Distribui a


carga nas duas direções.

 Corrida: Carga linear (parede). Distribui a carga em apenas


uma direção.

 Associada: Cargas concentradas de mais de um pilar


transferidas através de uma viga que as associa. Utilizada quando
há interferência entre duas sapatas isoladas.

 Alavancada: Carga concentrada transferida através de viga-


alavanca. É utilizada em pilar de divisa com o objetivo de centrar a
carga do pilar com a área da sapata.

Logo abaixo temos uma ilustração que nos mostra um exemplo


de sapata corrida e

Bloco:
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Figura 1 – Exemplo de bloco

FUNDAÇÕES PROFUNDAS

TUBULAO

O elemento de fundação profunda (Tabela 3), segundo


Campos (2015), é aquele que transmite carga ao terreno por meio
da resistência da base ou de ponta e da superfície lateral, conhecida
como resistência de fuste, ou ainda pela combinação das duas.
Nesse tipo de fundação, estão inclusas as estacas e tubulões,
conforme descrito no item 3.8 da NBR 6122 (ABNT, 2010.

Tabela 3 – Elementos de Fundação.

Ainda segundo Campos (2015), esse tipo de fundação pode


ser utilizado tanto em solos coesivos como em solos granulares (não
coesivos). Os solos coesivos (argilosos), ao receberem água,
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tendem a se tornarem plásticos (surge a lama) e apresentam maior


grau de estabilidade quando secos. Já os solos não coesivos
(granulares) são os compostos de pedras, pedregulhos, cascalhos e
areias, ou seja, de partículas grandes (grossas).

De acordo com o item 3.9 da NBR 6122 (ABNT, 2010), o


tubulão é um elemento estrutural de fundação profunda no qual as
cargas são transmitidas ao solo, na maioria das vezes, somente pela
ponta. A norma considera ainda que pelo menos em uma das etapas
do tubulão exista uma descida de pessoas, para abertura do fuste
e/ou da base, ou ainda somente a limpeza do fundo da escavação.

Os tubulões, citando Campos (2015), constituem-se de um


cabeçote e de um poço (fuste) de diâmetro variando de 0,8 m a 2,0
m ou mais e podem ser cheios ou vazados. A figura a seguir ilustra
os elementos que compõe uma fundação em tubulão.

Figura 2 – Exemplo tubulão.

ESTACAS

As fundações em estacas são consideradas elementos


estruturais esbeltos, comparadas com o bloco, cravadas ou
perfuradas no solo, cuja finalidade é transmitir as cargas a pontos
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resistentes do solo por meio de sua extremidade inferior (resistência


de ponta) ou do atrito lateral estaca × solo (resistência de fuste).

Essa definição coaduna com a estabelecida pelo item 3.8 da


NBR 6122 (ABNT, 2010), a qual completa que sua execução é feita
por equipamentos ou ferramentas.

As estacas podem ser agrupadas em dois grandes grupos: as


pré-moldadas e as moldadas in loco, e, de acordo com Velloso e
Lopes (2010), também podem ser classificadas de acordo com seu
processo executivo (Quadro 10.1).

 aquelas que, ao serem executadas, deslocam


horizontalmente o solo, dando lugar à estaca que vai ocupar o
espaço, são chamadas de estacas cravadas de deslocamentos;

 aquelas que, ao serem executadas, substituem o solo,


removendo-o e dando lugar à estaca que vai ocupar o espaço do
solo removido, são chamadas de estacas escavadas de substituição.
Tais estacas reduzem, de algum modo, as tensões horizontais
geostáticas.

Alguns processos de estacas escavadas não propiciam a


remoção do solo ou, ainda, na sua concretagem tomam-se medidas
tendo em vista restabelecer as tensões geostáticas. Essas estacas
podem ser classificadas em categoria intermediária às apresentadas
anteriormente são denominadas sem deslocamentos. Logo a seguir
temos resumidamente os tipos de estaca
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Tabela 4 – Tipos de estacas

ESTACAS ESCAVADAS

Dá-se a denominação de estaca escavada, de acordo com


Manragon (2008), a estaca que com auxílio de lama bentonítica (se
for o caso), é previamente feita uma perfuração no terreno, com
retirada de material, em seguida, é cheia com concreto
(concretagem submersa, quando abaixo do nível d’água). Essas
estacas substituem, em alguns casos, os clássicos tubulões sob ar
comprimido. Os seus diâmetros variam até 2,5 m e suas
profundidades alcançam 40 m ou mais.

Convém ainda lembrar que as estacas escavadas de grande


diâmetro podem ser executadas em presença de lâmina d’água, o
que ocorre em obras marítimas e em construção de pontes. Nesse
caso, a escavação mecânica e a concretagem submersa são
precedidas da cravação de camisa metálica por intermédio, em
geral, de martelo vibratório. Os equipamentos, quando necessários,
serão montados em plataforma flutuante (barcaças de convés
chato). As camisas metálicas poderão ser perdidas ou recuperadas.
(MARAGON, 2008).
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Figura 3 – Exemplo de escavação.

Os tipos existentes de estaca escavada são:

 Estacas Brocas, onde a a perfuração do solo é feita manualmente,


com o auxílio de um trado manual. É cravada em pequena
profundidade.
 Estacas Escavadas Retangular (Barrete), que se caracteriza pela
utilização de maquinas de escavação mecânica, com uso ou não
de lama bentonítica ou uso de revestimento total ou parcial, e
posterior concretagem.
 Estacas Raiz, que é uma estaca a concretada “in loco”, com
diâmetro acabado variando de 80 a 410 mm e que apresenta
elevada tensão de trabalho ao longo do fuste que é constituído de
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argamassa de areia e cimento e é inteiramente armado ao longo


de todo seu comprimento.
 Estaca injetada, aquela na qual através de injeção sob pressão de
produtos aglutinantes, normalmente calda de cimento, procurase
aumentar a resistência de atrito laterais, de ponta ou ambas.
 Estacas Strauss, que caracteriza-se pela sua execução simples,
não requerendo aparelhagem especial além de um pilão.
 Estaca de Hélice Continua, estaca de concreto moldada "in loco",
executada por meio de trado contínuo e injeção de concreto
através da haste central do trado simultaneamente a sua retirada
do terreno.

As vantagens de se utilizar as estacas escavas são:

 Conhecimento imediato e real de todas as camadas atravessadas


e possibilidade de uma segura avaliação de capacidade de carga
da estaca, mediante a coleta de amostra e seu eventual exame em
laboratório;

 Ausência de vibração, pois a escavação se faz por rotação;

 Condições de resistir a cargas elevadas;

 Colocação direta dos arranques dos pilares, eliminando a


confecção de blocos de capeamento, otimizando assim o
cronograma geral da obra;

 Possibilidade de se executar estacas mesmo em presença de nível


d’água, com uso de revestimento metálico.

 Possibilidade de se executar estacas inclinadas;

 Possibilidade da utilização das estacas para execução de


estruturas de contenção (cortina de estacas justapostas).
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 Custo inferior em relação a sapatas diretas em volume de concreto,


escavação e material.

ESTACAS DE DESLOCAMENTO

As estacas de deslocamento, também conhecidas como


estacas cravadas, de acordo com Manragon (2008), podem ser/ser
de troncos de árvores, perfis metálicos, concreto pré-moldado;
Franki. Seus tipos e características são:

 As estacas de madeira são elementos de fundação mais


antigos troncos de árvores cravados no solo com bate-estacas
(elevada resistência às operações de manuseio) com diâmetro
médio de 20 a 40cm e comprimento de no máximo 12 metros;

 As estacas metálicas têm por característica perfis laminados


ou soldados (H, I); trilhos simples ou múltiplos; chapas dobradas de
seção circular (tubos), quadrada e retangular, de elevada resistência
ao manuseio e cravação (trabalha bem à flexão), cujas principais
características são o pouco deslocamento de solo e a pouca
vibração, além da fácil cravação

 As estacas pré-moldadas de concreto se destaca pelo


controle de qualidade na confecção e cravação, podendo ser de
concreto armado, protendido, por vibração ou centrifugação. Tem
sua cura a vapor e as seções mais comuns são circular (maciça ou
vazada), quadrada, hexagonal;

 As Estacas Mega são do tipo pré-fabricada e usada em


reforço de fundações, instaladas com auxililo de macaco hidráulico
com reação na estrutura;

 As Estacas do tipo Franki são estacas moldadas no local,


com cravação de tubo vedado com bucha de areia e brita;
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concretagem e retirada do tubo e com grande capacidade de carga:


55 a 170 toneladas;

As principais desvantagens da utilização desse tipo de


fundação são: vibração, necessidade de armadura e dificuldade de
construir no comprimento necessário.

CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DO TIPO DE ESTACA

Segundo Marangon, (2008), para a escolha do tipo de estaca a


ser utilizada em uma determinada obra devem ser observados os
seguintes aspectos:

1. Esforços nas fundações, procurando-se distinguir:

2. Nível de cargas nos pilares; Outros esforços (tração e


flexão).

3. Características do subsolo:

Argilas muito moles dificultam a execução de estacas de


concreto moldadas in loco; Solos muito resistentes são difíceis de
serem atravessados por estacas pré-moldadas executadas por
cravação; Solos com matacões dificultam a execução de qualquer
tipo de estaca; Solos com nível de água elevado dificultam a
execução de estacas de concreto moldadas in loco; Aterros
executados sobre camadas de solo mole, ainda em adensamento,
fazem com que seja desenvolvido atrito negativo nas estacas
executadas nesta camada;

 Características da obra

Acesso de equipamentos em terrenos acidentados; a Limitação


de altura para instalação do equipamento; o Obras muito distantes
dos grandes centros oneram o custo dos equipamentos;
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 Características de construções vizinhas:

Tipo e profundidade das fundações; o Existência de subsolos;


Sensibilidade a vibrações; Danos já existentes.

RELATORIO TECNICO

Obra: Residência familiar

Local: Andradas – MG

Inicio: Maio/2018

Tipo de Fundação: Rasa


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Fundação usada: Sapatas, baldrames e concreto armado.

Figura 4 – Sapata aberta com viga de baldrame.


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Figura 5 - Sapata aberta com viga de baldrame.


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Figura 6 - Sapata aberta com viga de baldrame.

Figura 7 - Sapata aberta com viga de baldrame.


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Figura 8 - Sapata aberta com viga de baldrame.


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Figura 8 - Sapata aberta com viga de baldrame.

Figura 9 - Sapata aberta com viga de baldrame.


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Figura 10 – Supra Estrutura.

Figura 11 – Supra Estrutura


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Figura 12 - Estrutural do baldrame


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Figura 13 – Planta baixa da fundação.


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CONCLUSAO

Concluímos que antes de se iniciar qualquer projeto, deve-se


primeiro prever uma associação de seus diferentes elementos de
modo a atingir os seguintes objetivos: de ordem funcional, para que
tenha as formas e dependências de acordo com o fim a que se
destina; de ordem estrutural, a fim de formar um conjunto
perfeitamente estável.

Tendo em vista essa primeira parte do projeto, iniciasse a


investigação do solo pois, independentemente do tipo de edificação,
grande ou pequeno porte, é o solo que balizará a escolha correta de
sua fundação.

O dever do engenheiro é se atentar à todas as etapas de um


projeto de elemento estrutural de fundação, desde as fases que
envolvem a investigação do subsolo até o tipo de fundação a ser
usado, sempre tendo em vista dois fatores fundamentais para a
engenharia, segurança e custo-benefício.

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