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ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE SOFTWARES DE

DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL

Leonardo Gladir da Silva, leonardo_gladir@hotmail.com


Mayara Telles Santos Gustmann Wulff, mayarawulff@hotmail.com

Tobias Jun Shimosaka, tobias.shimosaka@unidep.edu.br

Artigo científico da disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II, do 10º período do Curso de
Engenharia Civil do Centro Universitário de Pato Branco – UNIDEP, como requisito parcial para
obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.

RESUMO
A evolução tecnológica é algo que está notoriamente presente no cotidiano das
pessoas e vem em crescente progresso, fomentada pela necessidade. Essa evolução
é nítida, pois muda constantemente a forma a qual se vive, interferindo diretamente
em todas as ações do homem. Alinhado a esse progresso eletrônico, novas maneiras
as quais os engenheiros civis projetam e analisam uma estrutura estão surgindo,
softwares foram criados para o auxílio dos profissionais e acadêmicos nesse
processo. Porém, mesmo utilizando tais ferramentas, é importante que o projetista
compreenda e interprete os resultados e parâmetros do programa, evitando erros e
fazendo com que o uso deste, seja realizado de maneira segura e correta. Dentro
desta perspectiva, o trabalho em questão propôs um estudo a partir da análise do
dimensionamento de uma estrutura em concreto armado, realizada em dois softwares
comerciais brasileiros. O dimensionamento foi realizado de acordo com as premissas
estabelecidas em norma e tem por finalidade verificar possíveis semelhanças ou
diferenças existentes entre eles. Para a execução desse estudo, foram lançadas duas
estruturas idênticas nos softwares, com os mesmos parâmetros de cálculo e os
mesmos elementos, e então analisados e comparados os dados dos resultados
expressos pelos programas. Diante disso, o presente estudo apresenta algumas
divergências encontradas nos resultados em relação aos materiais. O consumo de
concreto e áreas de formas apresentaram valores semelhantes em ambos os
softwares, já o consumo de aço foi maior em um dos programas. Os valores de flechas
encontrados variam de acordo com o elemento analisado, as cargas nas fundações
tiveram um valor maior em um dos programas, onde ainda no mesmo, os valores de
orçamento e os detalhamentos dos elementos são mais satisfatórios.
Palavras-chave: Eberick; TQS; Projeto Estrutural; Softwares.
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1 INTRODUÇÃO
Com o crescimento da construção civil em conjunto com as diversas áreas
abrangidas pela engenharia, novas tecnologias e processos estão sendo incorporados
diariamente aos métodos convencionais de trabalho. Nesse contexto, de urgência e
excelência, aspectos como planejamento, tempo de execução, ou até mesmo
considerações pequenas de projeto, são primordiais quando se refere a demanda
cada vez maior de tecnologias (IBRACON, 2009).
O emprego das estruturas em concreto armado são as mais comumente
utilizadas na construção civil no Brasil e no processo de dimensionamento dessa
categoria de estrutura, que antes era realizado manualmente, fez-se necessário
acompanhar o avanço tecnológico. Surgiram então softwares computacionais,
utilizados na análise e dimensionamento de estruturas como ferramentas para facilitar
o trabalho dos profissionais, de modo que possibilita o engenheiro projetista otimizar
o tempo dedicado a determinado projeto, além de proporcionar uma completa
modelagem da estrutura e todo o detalhamento (REVISTA ESTRUTURA, 2016).
No contexto atual, é inviável idealizar a Engenharia Civil sem a utilização
dessas ferramentas computacionais. Contudo, no dimensionamento de uma
edificação, a análise dos resultados deve ser feita de maneira cautelosa quando
realizada através de softwares, para assegurar a eficiência da edificação, uma vez
que o profissional está confiando esses resultados a um programa que realiza os
cálculos de forma automatizada.
Como no mercado existe uma gama de programas com essa finalidade, os
resultados não são expressos de forma similar, visto que existe uma competição por
meio das empresas desenvolvedoras. Por causa dessa grande variedade de
softwares, surge então a importância de fazer comparações entre eles.
O presente estudo tem como objetivo modelar uma estrutura em concreto
armado em dois programas comerciais, afim de comparar o quantitativo de materiais,
flechas e cargas obtidos através dos resultados do dimensionamento, pontuando as
diferenças de detalhamento entre os mesmos, e por fim, realizar um comparativo
orçamentário.
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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Projeto estrutural em concreto armado


De acordo com a Revista Ibracon (2009), o concreto é o material de construção
mais consumido no mundo. Contudo, para Bastos (2019), existe a necessidade de
incorporar o aço a sua composição, transferindo para ele os esforços de tração, tensão
essa a qual o concreto pouco resiste. É importante ressaltar que essa combinação
entre o concreto e a armadura de aço, é denominada na Engenharia Civil, de concreto
armado.
As estruturas em concreto armado encontram-se cada vez mais presente no
dia a dia das pessoas, devido a versatilidade do seu proveito, contando com um vasto
número de construções que utilizam dessa solução estrutural. Logo, um projeto
estrutural consiste em pré-dimensionar os elementos estruturais (fundações, pilares,
vigas e lajes), analisar os deslocamentos e cargas solicitantes na estrutura
dimensionar e detalhar as armaduras (FREITAS et al., 2014).
De acordo com Kimura (2007), um projeto estrutural de boa qualidade, atende
a três fatores principais: capacidade resistente, desempenho e durabilidade, conforme
estabelecido em normas.

2.2 Normalização
A normalização, de acordo com sua definição, é um procedimento onde certos
atributos são examinados com a finalidade de elaborar soluções ou estratégias para
prevenir problemas iminentes. Portanto, as normas são elaboradas com o intuito de
fornecer padrões, regras e diretrizes sobre determinado tema, contendo orientações
ou especificações técnicas para que o objetivo seja cumprido de maneira limpa e
segura (MOREIRA, 2018).
A norma que estabelece critérios gerais, tais como as especificações de cada
etapa do dimensionamento de estrutura em concreto armado é a NBR 6118:2014
“Projeto de estrutura de concreto – Procedimento” da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT,2014).

2.3 Elementos estruturais


A classificação dos elementos estruturais segundo a NBR 6118:2014, é dividida
em elementos lineares e elementos de superfície, onde a primeira leva em
4

consideração os elementos que têm seu comprimento longitudinal de no mínimo três


vezes maior que a seção transversal, os quais também são conhecidos como barra.
Já a segunda, encontram-se os que apresentam uma dimensão menor em relação às
restantes (ABNT,2014).

2.4 Métodos de análise estrutural


No momento em que se refere à determinação de esforços solicitantes em uma
estrutura de concreto armado, a análise estrutural é um dos estágios mais importantes
para elaborar um projeto estrutural. Com essa finalidade a NBR 6118:2014 define
cinco métodos diferentes de análises, os quais levam em consideração
comportamentos divergentes dos materiais que constituem o concreto armado, sendo
eles: análise linear, linear com redistribuição, análise plástica, análise não-linear e
análise por meio de modelos físicos (ABNT, 2014).

2.5 Modelos estruturais


Segundo Kimura (2007), modelo estrutural é uma exemplificação que simula o
comportamento de uma estrutura na realidade (Figura 1). Encontra-se vários modelos
estruturais elaborados, testados e reconhecidos que podem ser empregues na análise
de edifícios em concreto armado, distinguidos por suas particularidades (Figura 2).

Figura 1 – Exemplificação do modelo estrutural

Fonte: Kimura (2007).

Figura 2 – Níveis de conceptualização de uma estrutura na análise estrutural

Fonte: Martha (2017).

2.5.1 Método aproximado e vigas contínuas


De acordo com Kimura (2007), esse método é um modelo simples, que
possibilita tornar visível a distribuição das cargas verticais em uma estrutura, como
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demostrado na Figura 3. Os esforços que são resistidos pelas lajes são determinados
através de tabelas e as cargas provindas das mesmas são transferidas para as vigas
através de sua área de influência. Os pilares são considerados como apoios, e as
reações geradas nesses apoios são transferidas como carregamento concentrado
para os pilares.

Figura 3 – Obtenção dos esforços por meio do modelo viga contínua

Fonte: Autoria própria (2020).

2.5.2 Modelo Estrutural de Grelhas


O modelo estrutural de grelhas (Figura 4), simula como uma estrutura irá se
comportar quando submetida às cargas verticais por meio de barras. Neste modelo
não é possível realizar análises dos efeitos globais que atuam no edifício, como por
exemplo, o vento. Dessa forma, é possível obter resultados de esforços para
dimensionar lajes, ou fazer uma pré-avaliação do desempenho em serviço, por meio
de flechas no modelo elástico sem levar em conta a inércia das barras fissuradas e a
deformação lenta nas vigas e lajes (MOREIRA, 2018).

Figura 4 – Modelo de grelha das vigas

Fonte: KIMURA (2007).


2.5.3 Pórtico espacial
Os dois programas a serem comparados trabalham com o pórtico espacial de
barras (Figura 5), o qual é formado por diversos elementos lineares que permitem
avaliar o comportamento global o edifício num modelo tridimensional (3D). Este, surgiu
para aperfeiçoar as análises das cargas horizontais e com o tempo, foram incluídas
cargas verticais (KIMURA, 2007).
6

Figura 5 – Representação do pórtico espacial

Fonte: KIMURA (2007).

2.6 Ações e Combinações


Carvalho e Figueiredo Filho (2016), descrevem o conceito de ações como
sendo, quaisquer influências ou conjunto das mesmas, capazes de produzir
deformações e tensões em uma estrutura.
Devido a influência que as ações exercem contra a segurança de uma
estrutura, a NBR 6118:2014 indica que as ações precisam ser consideradas na análise
estrutural. A norma também as classifica em ações permanentes, variáveis e
excepcionais, onde o que as difere são o período de carregamento (ABNT,2014).

2.7 Estados limites


Estado limite é o estado na qual a estrutura deixa satisfazer os requisitos
necessários de segurança e funcionalidade para o seu uso, de forma íntegra e
adequada. A NBR 6118 (2014) define dois tipos de estados limites: Estado Limite
Último (ELU) e Estado Limite de Serviço (ELS), onde o primeiro tem relação direta
com o colapso da estrutura ou outra forma de ruína e o segundo com à durabilidade,
estética e bem-estar do usuário.
Usualmente todos os elementos de uma estrutura são dimensionados de forma
a respeitar o ELU, em seguida verificados no ELS. Pelo fato de o ELU ser sinônimo
de ruína, espera-se que de maneira alguma seja atingido esse estágio, para isso são
utilizados vários coeficientes de segurança. Por sua vez, o ELS busca, assegurar que
o comportamento dos elementos de uma estrutura seja congruente para os quais
foram dimensionados, isto é, em conformidade com os limites funcionais e sensoriais
aceitáveis (PINHEIRO et al., 2003).
7

2.8 Softwares utilizados no dimensionamento de estruturas


Quando os projetos eram feitos de modo manual, o tempo desprendido para
fazê-lo era maior e geralmente o trabalho desenvolvido mais simplificado. Então, para
que o tempo fosse otimizado e os projetos elaborados agilizados, além de permitir
cálculos mais complexos, foram criados diversos softwares para dimensionar
estruturas (REVISTA ESTRUTURA, 2016).
Assim, levando em consideração a grande gama de softwares disponíveis no
mercado atual que visam auxiliar engenheiros civis a elaborar projetos estruturais,
surge a importância de fazer estudos, como análise comparativa entre eles, de modo
a conhecer qual apresenta resultados mais satisfatórios para que haja segurança,
economia e qualidade. Em vista disso, os dois softwares mais utilizados no país para
dimensionar estruturas são o TQS e Eberick, ambos foram desenvolvidos por
brasileiros e possuem uma plataforma de desenho CAD (Desenho por Auxílio de
Computador) (SOUZA; VARGAS, 2014).
O software TQS fornece então, recursos para fazer análises, detalhamento,
dimensionamento e geração de desenhos das armaduras em projetos estruturais. Já
o Eberick, possui um sistema gráfico de entrada de dados que permite utilizar diversos
recursos para dimensionar e detalhar pilares, vigas, lajes e blocos de fundação
(estacas e sapatas), além de ser possível fazer análises da estrutura pelo modelo de
pórtico espacial (SOUZA; VARGAS, 2014).

3 METODOLOGIA
O princípio da realização do trabalho em questão é de caráter comparativo, e
os objetos de comparação são as flechas, área de forma, cargas nas fundações e os
quantitativos de concreto e aço extraídos no dimensionamento de uma estrutura em
concreto armado, esses dados obtidos com o auxílio computacional, são oriundos de
duas fontes.
Tendo em vista esta finalidade, a metodologia aplicada consiste em uma
pesquisa de categoria bibliográfica e exploratória, que de acordo com Gil (2002), a
primeira é baseada em material já desenvolvido, constituído por livros e artigos
científico e a segunda objetiva-se em proporcionar uma maior intimidade com o
problema. Na Figura 6 está colocado um fluxograma da sequência da pesquisa.
8

Figura 6 – Fluxograma metodológico

Familiarização
Pesquisa Definição do
com os
bibliográfica layout
softwares

Pré-
Análise dos
dimensioname Processamento
parâmetros de
nto dos da estrutura
comparação
elementos

Análise dos Análise Considerações


resultados orçamentária finais

Fonte: Autoria própria (2020).

3.1 Softwares utilizados


A escolha dos softwares foi realizada com base em dados dos próprios
desenvolvedores (Tabela 1), sendo essas a empresa AltoQI e a TQS, onde o número
de licenças as quais os mesmos apresentaram na região de estudo, o estado do
Paraná, são elevadas e tornam a escolha destes, justificável. Além disso, levou-se em
consideração as respostas do questionário do Apêndice A realizado com uma amostra
de 32 profissionais da cidade de Pato Branco/PR e região. Esse contato foi
estabelecido via e-mail com os respectivos engenheiros calculistas, e na Figura 7
estão expressas as respostas mais selecionadas pelos mesmos.

Tabela 1 – Licenças no estado do Paraná


Empresas Quantidade Total
Eberick 947
TQS 800
Fonte: Autoria própria (2020).

Figura 7 – Softwares mais utilizados pelos profissionais da região

Fonte: Autoria própria (2020).


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Diante disso os softwares utilizados foram o Eberick 2020 em sua versão


demonstrativa e TQS V.22, versão estudantil.

3.2 Características do layout


Para a concepção estrutural foi criado um layout, sendo esta uma edificação
residencial fictícia, localizada em um ambiente urbano, composta por dois pavimentos,
sendo o primeiro constituído por garagem, sala de estar/jantar, cozinha, banheiro
social e uma área gourmet e o segundo com dois dormitórios, uma suíte, escritório, e
outro banheiro social, com uma área total de, aproximadamente, 298 m² e pés-direitos
de 3,20 m e 2,80 m, respectivamente. A planta baixa da edificação é apresentada no
Apêndice B. A construção também conta com uma cobertura com platibanda e ático
para a caixa d’água, de alturas de 1,0m e 2,70 m, respectivamente (Apêndice B).

3.3 Dimensionamento com o auxílio dos softwares


Definida a edificação a ser utilizada, realizou-se o lançamento da estrutura nos
programas, composto por:
 Fundação, com sapatas mais o arranque de pilares (cota -0,50m);
 Pavimento térreo, com pilares e vigas baldrames (cota 0,00m);
 Pavimento superior, com lajes maciças, pilares e vigas (cota 3,20m);
 Pavimento cobertura, com lajes maciças, pilares e vigas (cota 6,0m);
 Ático, composto por pilares e vigas de cintamento (cota final 8,70m).
Na Figura 8 é ilustrado o corte esquemático do lançamento da estrutura através
do programa TQS.
Figura 8 – Corte esquemático da estrutura

Fonte: Autoria própria (2020).

O lançamento da estrutura seguiu parâmetros iguais para os dois softwares,


por não se tratar de uma edificação de grande porte, inicialmente os elementos
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estruturais foram pré-dimensionados e lançados em conformidade com as dimensões


mínimas estabelecidas pela norma NBR 6118:2014, conforme a Tabela 2:

Tabela 2 - Dimensões mínimas


Dimensão mínima Seção/Dimensão lançada
Pilares b(1) entre 14 cm e 19 cm 14 cm x 40 cm
Vigas b ≥ 12 cm 14 cm x 30/40 cm
Lajes (maciças) h(2) entre 7 cm e 16 cm h de 12 cm
(1) b: menor dimensão da seção (caso de pilares, multiplicados por um coeficiente adicional γn quando

utilizado dimensões entre 14 cm e 19 cm)


(2) h: altura (espessura) da laje.

Fonte: NBR 6118 (2014).

Parâmetros como ponderação dos esforços, engastamento dos elementos,


classe do concreto utilizado e cargas atuantes nos elementos também foram
igualmente configurados. A Tabela 1 do Apêndice C refere-se aos dados de
dimensionamento inseridos em ambos os programas.
Para as cargas que atuam no projeto foram seguidos os parâmetros e dados
fornecidos pela NBR 6120 (2019) “Ações para o cálculo de estruturas de edificações”,
as mesmas estão dispostas nas Tabelas 2 e 3 do Apêndice C.

3.4 Configurações adotadas no programa TQS, lançamento e processamento


As configurações adotadas no programa TQS, estavam de acordo com a norma
a ser utilizada, em relação à classe de aço, concreto, ações referentes a força do
vento, coeficientes, entre outros parâmetros, e são determinadas logo no início do
projeto, através de uma janela da interface gráfica, a qual contém estes dados a serem
definidos pelo projetista. Todos esses dados estão são apresentados no Apêndice C.
O programa tem uma série de coeficientes, como configurações para flambagem dos
pilares, variação de rigidez à torção, entre outros. Para este estudo foram utilizados
os parâmetros pré-estabelecidos pelos softwares, que assim como os outros
elementos, estão idênticos em ambos os programas.
O lançamento dos elementos estruturais é realizado em um ambiente CAD,
através de uma referência externa importada em formato DWG TQS. Na Figura 9 é
mostrado uma representação 3D da estrutura piloto lançada no TQS.
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Figura 9 – Perspectiva 3D (TQS)

Fonte: Autoria própria (2020).

Após finalizada a etapa de lançamento da estrutura e definido os critérios de


dimensionamento utilizados, realiza-se o processamento global da estrutura.

3.5 Configurações adotadas no Eberick, lançamento e processamento


Assim como o TQS, os dados de dimensionamento no Eberick estão exibidos
em uma tabela no Apêndice C. Os dados inseridos manualmente, ou seja, não
utilizando os já inseridos pelo próprio programa, foram determinados de maneira igual
em ambos os softwares e arbitrariamente, fazendo com que a edificação fictícia resulte
em valores de coeficientes e tensões idênticos.
O lançamento no Eberick foi feito de maneira semelhante, com algumas
particularidades de inserção dos elementos estruturais, mas sua interface também
utiliza de uma plataforma CAD, onde seus elementos podem ser inseridos sobre uma
máscara do projeto arquitetônico de uma extensão DWG ou DXF. Na Figura 10 é
mostrado uma perspectiva 3D da estrutura piloto lançada no Eberick.

Figura 10 - Perspectiva 3D (Eberick)

Fonte: Autoria própria (2020).


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Assim como no TQS, após finalizada a etapa de lançamento da estrutura e


definido os critérios de dimensionamento utilizados, realiza-se o processamento da
estrutura.

3.6 Análise comparativa


Para efeito de comparação seguiu-se os mesmos parâmetros para ambos os
softwares. Os itens levados em consideração para a análise comparativa foram
referentes a taxas de armaduras, volume de concreto, área de formas, flechas em
lajes e vigas, carga nas fundações e o detalhamento. Após realizada a análise
estrutural em ELU e ELS, com as informações obtidas no dimensionamento, tanto as
armaduras quanto ao volume de concreto final extraídos dos relatórios fornecidos
pelos programas, realizou-se um comparativo orçamentário, para tornar mais visível
a diferença entre os dados.
O levantamento do concreto é realizado em volume (m³), do aço em massa (kg)
e as formas por área (m²), em razão à comercialização desses ser feita usualmente
nessas unidades. Os valores de aço, concreto e formas utilizados para a comparação
foram obtidos juntos às empresas da região de estudo. Para expor os dados de forma
clara e objetiva, as comparações foram expressas por meio de tabelas e gráficos.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
A partir dos dados retirados do processamento dos projetos estruturais
executados nos dois softwares, foi possível estabelecer as diferenças encontradas
entre ambos, relacionadas ao consumo de concreto e de aço, bem como das áreas
de formas.

4.1 Consumo de concreto


Na Tabela 3 resumem-se os resultados de volume de concreto, separados por
elementos.

Tabela 3 – Volume de concreto por elemento


Software Elemento Volume de Concreto (m³)
Vigas 15,10
Eberick

Pilares 8,00
Lajes 27,60
Escadas 1,30
Fundações 6,50
Total 58,5
13

Vigas 15,24
Pilares 8,46

TQS
Lajes 27,48
Escadas 1,42
Fundações 6,41
Total 59,01
Fonte: Autoria própria (2020).

De uma forma geral, o consumo de concreto quando comparado em termos de


volume, não apresenta uma diferença significativa, onde o valor do TQS é 0,87%
maior que o do Eberick, ou seja 0,51 m³ de concreto a mais. A maior diferença se deu
nos pilares, resultando em 5,75%, que correspondem a 0,46 m³ de concreto.

4.2 Consumo de aço


O consumo de aço, que é dado pela razão entre o peso do aço e o volume de
concreto, para cada um dos programas está apresentado na Tabela 4.

Tabela 4 – Consumo de aço por elemento


Software Elemento Peso do Consumo do
Aço (kg) Aço (kg/m³)
Vigas 1.114,6 73,70
Eberick

Pilares 1.217,3 151,80


Lajes 778,9 28,20
Escadas 79,1 59,70
Fundações 202,8 31,40
Total 3.392,7 344,8
Vigas 1.153,0 75,66
Pilares 1.309,0 154,73
TQS

Lajes 1.557,0 56,66


Escadas 79,0 55,63
Fundações 258,0 40,25
Total 4356,0 382,93
Fonte: Autoria própria (2020).

O consumo de aço no TQS foi 11,06% maior que no Eberick, equivalente a


38,13 kg/m³. As lajes (TQS) foram os elementos que apresentaram a maior diferença,
de 100,92%, equivalente a 28,46 kg/m³. Essa divergência pode ser justificada,
sabendo que o TQS dimensiona armadura perimetral, ou seja, armaduras negativas
posicionadas nas bordas das lajes, mesmo em situações em que as mesmas não são
engastadas.

4.3 Área de forma


Na Tabela 5 apresentam-se dados referentes a área de formas dos elementos
do projeto.
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Tabela 5 – Área de forma por elemento


Software Elemento Área de
Forma (m²)
Vigas 261,60

Eberick
Pilares 154,70
Lajes 230,0
Escadas 14,40
Fundações 17,70
Total 678,40
Vigas 222,96
Pilares 163,08
TQS Lajes 228,97
Escadas 7,67
Fundações 26,05
Total 648,73
Fonte: Autoria própria (2020).

As áreas de formas extraídas do Eberick são 4,57% maiores que no TQS, o


que equivalem a 29,67 m². A maior diferença foi de 17,33% nas vigas, equivalentes a
38,64 m². É desconhecido o motivo da diferença, visto que os parâmetros utilizados
foram iguais.

4.4 Flechas em vigas e lajes


Para análise quanto ao ELS, analisou-se as deformações máximas nos
elementos da estrutura. Na Figura 11 estão exibidas as flechas totais referentes às
vigas obtidas em cada programa, no pavimento que apresentou maiores
deslocamentos, e no Apêndice D o restante dos gráficos com as respectivas flechas.

Figura 11 – Gráfico de variação das flechas nas vigas (ESCADA/SUPERIOR)


1,6
1,4
1,2
1
0,8
0,6
0,4
0,2
0
VS10
VS11
VS12
VS13
VS14
VS15
VS16
VS17
VS18
VS19
VS20
VS21
VS22
VS23
VS24
VE1
VS1
VS2
VS3
VS4
VS5
VS6
VS7
VS8
VS9

EBERICK Flecha total (cm) TQS Flecha total (cm)

Fonte: Autoria própria (2020).

Conforme os gráficos de variação de flechas na análise global, no TQS 19%


(12 vigas) das flechas nas vigas tiveram valores maior do que no Eberick, e 5% (3
15

vigas) das vigas apresentaram valores iguais em ambos os softwares, o restante 76%
(48 vigas) no Eberick tiveram o valor maior de flecha.
Como no TQS é fornecido apenas o valor total do deslocamento para a
verificação das lajes, esses foram os dados comparados em relação a flecha total
fornecida pelos softwares, em toda a edificação, conforme ilustrado na Figura 12.

Figura 12 – Gráfico de variação das flechas nas lajes


2
1,8
1,6
1,4
1,2
1
0,8
0,6
0,4
0,2
0
LS8
LS1
LS2
LS3
LS4
LS5
LS6
LS7

LS9

LC10
LC11
LC12
LS10
LS11
LS12
LS13
LC1
LC2
LC3
LC4
LC5
LC6
LC7
LC8
LC9

LA1
EBERICK Flecha Total (cm) TQS Flecha Total (cm)

Fonte: Autoria própria (2020).

Nas lajes, o TQS apresentou 35% (9 lajes) flechas maiores que no Eberick, e
os outros 65% (17 lajes) no Eberick apresentaram valores maiores.
Avaliaram-se também as máximas deformações nos elementos da estrutural
total em cada programa. Conforme apresenta a Figura 13, o Eberick apresentou um
maior deslocamento em relação ao TQS, tanto nas vigas (VS13) quanto nas lajes
(LS12), contudo ambos passaram na verificação de ELS.

Figura 13 – Deslocamento máximo pelos softwares


EBERICK Deslocamento máximo (cm)
TQS Deslocamento máximo (cm)
1,96

1,55
1,35

0,98

V I G AS L AJ E S
Fonte: Autoria própria (2020).

São vários os fatores que podem influenciar nos deslocamentos dos elementos,
desde a dimensão dos elementos, concepção estrutural até a maneira com que os
momentos fletores são considerados.
16

4.5 Cargas nas fundações


Na Figura 14 apresentam-se os resultados para as cargas individualizadas para
cada pilar na fundação.

Figura 14 – Cargas nas fundações em kN


250

200

150

100

50

0
P4

P9
P1
P2
P3

P5
P6
P7
P8

P10
P11
P12
P13
P14
P15
P16
P17
P18
P19
P20
P21
P22
EBERICK Carga Individualizada (kN) TQS Carga Individualizada (kN)

Fonte: Autoria própria (2020).

O valor das cargas na fundação foi 12,18% (317 kN) maior no Eberick em relação
ao TQS, o elemento que expressou a maior diferença foi o P11, onde no Eberick o
valor é 29% maior do que no TQS, com 37 kN de diferença.
Essa diferença ocorre, pois, a distribuição dos esforços não é realizada de
maneira igual nos softwares.

4.6 Comparação orçamentária


Na Tabela 6 são apresentados os valores totais referentes ao volume de
concreto, consumo de aço e área de forma, com os quais foram realizados o
orçamento, para tornar mais visível as diferenças entre os softwares. Os valores
comerciais de aço, concreto e formas utilizados para a comparação são R$ 4,29/kg
R$ 355,00/m³ e R$ 12,80/m² respectivamente, sendo que para o valor do aço foi
realizada uma média das bitolas utilizadas (5mm à 16mm).

Tabela 6 – Resumo de materiais


Software Material Qtd Unidade Valor Valor final
unitário
Concreto 58,50 m³ R$ 355,00 R$ 20.767,50
Eberick

Aço 3392,70 kg R$ 4,29 R$ 14.554,68


Formas 678,40 m² R$ 12,80 R$ 8.683,52
Total R$ 44.005,7
17

Concreto 59,01 m³ R$ 355,00 R$ 20.948,55


Aço 4356,00 kg R$ 4,29 R$ 18.687,24

TQS
Formas 648,73 m² R$ 12,80 R$ 8.303,74
Total R$ 47.939,53
Fonte: Autoria própria (2020).

Pode-se notar que no orçamento final, o Eberick apresentou menor custo, cerca
de 8,94% a menos que o TQS, sendo a diferença de R$ 3.933,83. Analisando
separadamente cada material, têm-se para o concreto uma diferença de 0,87% a mais
no TQS, para o aço o valor foi de 28,39% maior que o Eberick e por fim, nas fôrmas,
o Eberick resultou 4,57% a mais que o TQS.

4.7 Detalhamento
Nas Figuras 1 a 14 do Apêndice E apresentam-se as diferenças no detalhamento
dos elementos gerados por ambos os softwares. Em todos os elementos o Eberick
apresenta melhores detalhes.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir dos dados extraídos para a análise dos resultados, era esperado que
ocorressem algumas discordâncias entre os softwares, diferenças essas desde a
análise do ELS, verificando-se as flechas, até o resultado final das dimensões dos
elementos e consumo dos materiais. Contudo, os resultados do presente estudo
demonstram que em relação ao consumo de concreto, aço e área de forma, essas
divergências ficam dentro de uma margem aceitável (pequena) por se tratar de uma
edificação de porte médio. Justificando essa aceitação, o comparativo orçamentário
deixa isso mais visível, visto que R$ 3.933,83 é um valor baixo comparado aos gastos
da obra como um todo. Silva (2018) e Moreira (2018) chegam a conclusões
semelhantes em seus respectivos trabalhos.
Além desses valores, um ponto a ser levado em consideração em relação as
diferenças dos resultados obtidos, diz respeito as cargas nas fundações, este valor
variou em uma média de 17% entre os pilares, tendo a sua maior diferença em 29%.
Como os softwares apresentam uma maneira automática de dimensionar as
fundações, esse valor é significante, pois existem profissionais que não utilizam esse
recurso, e sim utilizam esses valores para um cálculo à parte das armaduras e seção
das fundações. Assim pode-se afirmar, que a redistribuição dos esforços junto aos
18

pilares se dá de maneira diferente entre os softwares, confirmando os resultados


obtidos por Souza e Vargas (2014).
As flechas em vigas e lajes, em sua maioria foram maiores no software Eberick,
assim como nos trabalhos de Souza e Vargas (2014), Silva (2018) e Moreira (2018).
Para que se saiba a origem de tal diferença, faz-se necessário um estudo mais
específico acerca dos parâmetros e critérios os quais ambos os softwares utilizam
para esse tipo de análise, abrindo então uma precedência para um trabalho em outras
áreas, como na Engenharia de Software, Análise e Desenvolvimento de Sistemas,
entre outras.
Em relação ao detalhamento gerado pelos programas, sem nenhuma
interferência externa, o Eberick se sobressai com seus detalhes e informações,
contudo esse ponto de vista varia de profissional para profissional.
No decorrer do estudo, ficou nítido que ter o conhecimento do comportamento
do software é fundamental para que haja produtividade, quando se trata de um
dimensionamento utilizando de tais ferramentas, para que o projeto atenda os
parâmetros mínimos de eficiência.
Contudo, vale salientar que a utilização do software não resolve todos os
problemas que englobam o dimensionamento de uma estrutura, é necessário ter
conhecimento de normas e experiência de projetos, para que o mesmo seja realizado
da melhor maneira. Se torna claro que a qualidade final de qualquer projeto é
consequência da criatividade e experiência do profissional responsável, de acordo
com Loriggio (2016) “Nem o melhor programa do mundo consegue “corrigir” uma
concepção estrutural ruim”.
Por fim, conclui-se que comparações são fundamentais para determinar os
critérios de uso dos programas que existem no mercado, e a continuidade nesse tipo
de análise é importante para que os usuários possam escolher e se adequar ao
software com o qual irá trabalhar, a escolha do software dependerá principalmente da
finalidade de uso, visto que ambos os softwares possuem boa funcionalidade.
Como sugestões para a continuidade da pesquisa, podem-se realizar projetos
de diferentes portes e aplicar maiores carregamentos ou até mesmo utilizar outros
softwares para a comparação, fazendo com que a amostra dessa análise seja maior
e a evidencia desses resultados seja mais confiável.
19

REFERÊNCIAS

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de estruturas de concreto - Procedimento. 3 ed. Rio de Janeiro/RJ: ABNT, 2014. 238
p. Disponível em: https://rotaacessivel.com.br/_files/200000331-
8d02e8df9a/Projeto%20de%20estruturas%20de%20concreto.pdf. Acesso em: 16
maio 2020.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNIAS. NBR 6120: Cargas


para o cálculo de estruturas de edificações. 1 ed. Rio de Janeiro/RJ: ABNT, 2019. 6
p. Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5591983/mod_resource/content/1/10%20NB
R%206120.pdf. Acesso em: 30 jun. 2020

BASTOS, Paulo Sérgio dos Santos. Fundamentos do concreto armado. Bauru/SP:


UNESP, 2019. 89 p.

CARVALHO, Roberto Chust; FIGUEIREDO FILHO, Jasson Rodrigues de. Cálculo e


detalhamento de estruturas usuais de concreto armado: segundo a NBR
6118:2003. 2. ed São Carlos, SP: EDUFSCAR, 2007. 374 p.

FREITAS, Antônio Henrique Correa de et al. Cálculos Estruturais em Concreto


Armado: Comparativo entre o cálculo manual e com auxílio de software. 2014.
19 f. Monografia (Especialização) - Curso de Engenharia Civil, Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte/mg, 2014. Disponível em:
http://revistapensar.com.br/engenharia/pasta_upload/artigos/a141.pdf. Acesso em:
16 maio 2020.

GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos De Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas
S.A, 2002.

IBRACON. São Paulo/SP: Ipsis Gráfica e Editora, n. 53, jan. 2009. Trimestral.
Disponível em:
http://ibracon.org.br/publicacoes/revistas_ibracon/rev_construcao/pdf/revista_concret
o_53.pdf. Acesso em: 20 out. 2020.

KIMURA, Alio. Informática Aplicada em Estruturas de Concreto Armado: cálculo


de edifícios com o uso de sistemas computacionais. São Paulo/SP: PINI Ltda, 2007.
624 p.

LORIGGIO, Daniel Domingues. Reflexões sobre o projeto de estruturas de


concreto armado utilizando recursos computacionais. 2016. Revista Estrutura: ed
1, 63 p. 68. Disponível em:
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MARTHA, Luiz Fernando. Introdução à análise de estruturas. 2017. Disponível em:


https://webserver2.tecgraf.puc-rio.br/ftp_pub/lfm/civ1112-aula01.pdf. Acesso em: 08
ago. 2020.
20

MOBUSS CONSTRUÇÃO (Blumenau/SC). A tecnologia na construção civil está


tornando o mercado melhor ou pior? 2014. Disponível em:
https://www.mobussconstrucao.com.br/blog/tecnologia-na-construcao-civil/. Acesso
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MOREIRA, Hugo Ferreira. Análise comparativa do dimensionamento de uma


estrutura em concreto armado com a utilização de softwares. 2018. 79 f. TCC
(Graduação) - Curso de Engenharia Civil, UNIFOR/MG, Formiga/mg, 2018.

PINHEIRO, Libânio M. et al. Bases para cálculo: 6.1 estados limites. 2003.
Disponível em: http://www.fec.unicamp.br/~almeida/cv714/Bases_Calculo.pdf.
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SILVA, Gabriela Ferraz da. Análise comparativa do projeto estrutural utilizando


os softwares Eberick e TQS. Estudo de caso: Edifício Comercial em Pato Branco
– PR. 2018. 139p. TCC (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, UTFPR.

SOUZA, Marcos Roberto de; VARGAS, Alexandre. Análise comparativa entre dois
softwares comerciais para dimensionamento de estruturas em concreto
armado. 2014. 19 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Civil, UNESC,
Criciúma/SC, 2014.
APÊNDICE A– Questionário

Figura 1 – Questionário (Google Forms)

Fonte: Autoria própria (2020).


Quadro 1 – Resumo de respostas
Software Eberick
Motivo de Escolha
Acessibilidade, suporte, representação gráfica
Interoperabilidade e fácil entendimento
Valor da licença, facilidade na utilização
Atendimento às necessidades da empresa
Facilidade de utilização do software, projetos não complexos, valores
Custo benefício, maior afinidade com o Software
Por ser o mais barato e cursos realizados no mesmo
Facilidades encontradas
Otimização de tempo
Interface do programa
Lançamento dos elementos
Lançamento de dados
Dificuldades encontradas
Lançamento de dados
Verificação de erros
Problemas com modelagem, erros de cálculo
Software TQS e Adapt Builder (1)
Bim e Protendido
Análise dos elementos, Por familiaridade
A análise em ELU e ELS é excelente
Indicação de colegas
Sua análise é melhor do mercado
Contato dos desenvolvedores durante a graduação
Facilidades encontradas
Otimização de tempo
Interface do programa
Lançamento dos elementos
Lançamento de dados
Dificuldades encontradas
Manuseio
Interface do programa
Versão nova tem melhorado muito no manuseio
Software Cypecad
Motivo de Escolha
Praticidade, pois a interface relembra o AutoCad
Foi o software que aprendi na faculdade
Facilidades encontradas
Interface do programa
Lançamento dos elementos
Otimização de tempo
Dificuldades encontradas
Manuseio
Lançamento de dados
Fonte: Autoria própria (2020).
APÊNDICE B– Plantas baixas

Figura 1 – Planta baixa do pavimento térreo

Fonte: Autoria própria (2020).


Figura 2 – Planta baixa do pavimento Superior

Fonte: Autoria própria (2020).


Figura 3 – Planta Cobertura

Fonte: Autoria própria (2020).


APÊNDICE C – Dados de dimensionamento

Tabela 1 – Dados inseridos nos softwares


Categoria Valor / Tipo
Classe do Concreto C-25 (Mpa) para todos os elementos
Classe do Aço CA-50 e CA-60
Classe de agressividade II – Moderada – Urbana – Com riscos pequenos de deterioração
ambiental
Cobrimentos Pilares (4,5 cm) – Vigas (3,0 cm) – Lajes (2,5 cm) – Sapatas (4,5 cm)
Cargas De acordo com a NBR 6120, Tabela 2 e 3 (Cargas atuantes)
Vento Velocidade básica = 47 m/s
S1 - Fator do terreno = 1,00
S2 - Categoria de rugosidade = III
S2 - Classe da edificação = A
Coeficientes de Arrasto Calculados pelo software automaticamente, com o uso das dimensões da
do Vento edificação
Tensão admissível do 2,0 kgf/cm²
solo
Fonte: Autoria própria (2020).

Tabela 2 – Cargas atuantes nas lajes


Software Pavimento Categoria/inserção Permanente Acidental
(NBR 6120) (tf/m²) (tf/m²)

Escadas ESCADAS 0,10 0,30


Eberick

Superior APART 1 0,10 0,15


Cobertura MANUAL 0,065 0,05
Ático MANUAL 0,03 0,03
Caixa D’água MANUAL 1,16 0,05
Escadas ESCADAS 0,10 0,30
Superior APART 1 0,10 0,15
TQS

Cobertura MANUAL 0,065 0,05


Ático MANUAL 0,03 0,03
Caixa D’água MANUAL 1,16 0,05
Fonte: Autoria própria (2020).

Tabela 3 – Cargas atuantes nas vigas


Software Pavimento Categoria (NBR 6120) ALTURA Carga distribuída
(m) na área de parede
(tf/m²)
Baldrame 2,90 0,18
Eberick

Superior ALVENARIA - TIJOLO 2,50 0,18


Cobertura FURADO DE 15 cm 1,00 0,18
P/Ático 2,40 0,18

Baldrame 2,90 0,18


Superior ALVENARIA - TIJOLO 2,50 0,18
TQS

Cobertura FURADO DE 15 cm 1,00 0,18


P/Ático 2,40 0,18

Fonte: Autoria própria (2020).


APÊNDICE D – Gráficos de comparação

Figura 1 – Gráfico de variações das flechas nas vigas (BALDRAME)


0,7

0,6

0,5

0,4

0,3

0,2

0,1

0
VB1 VB2 VB3 VB4 VB5 VB6 VB7 VB8 VB9 VB10VB11VB12VB13VB14VB15VB16

EBERICK Flecha total (cm) TQS Flecha total (cm)

Fonte: Autoria própria (2020).

Figura 2 – Gráfico de variações das flechas nas vigas (COBERTURA)


1,2

0,8

0,6

0,4

0,2

EBERICK Flecha total (cm) TQS Flecha total (cm)

Fonte: Autoria própria (2020).


APÊNDICE E – Diferenças no detalhamento

Figura 1 – Detalhamento Viga (Eberick)

Fonte: Autoria própria (2020).

Figura 2 – Detalhamento Viga (TQS)

Fonte: Autoria própria (2020).


Figura 3 – Detalhamento Pilar (Eberick)

Fonte: Autoria própria (2020).

Figura 4 – Detalhamento Pilar (TQS)

Fonte: Autoria própria (2020).


Figura 5 – Detalhamento Escada (Eberick)

Fonte: Autoria própria (2020).

Figura 6 – Detalhamento Escada (TQS)

Fonte: Autoria própria (2020).


Figura 7 – Detalhamento Laje (Eberick)

Fonte: Autoria própria (2020).

Figura 8 – Detalhamento Laje (Eberick)

Fonte: Autoria própria (2020).


Figura 9 – Detalhamento Laje (TQS)

Fonte: Autoria própria (2020).

Figura 10 – Detalhamento Laje (TQS)

Fonte: Autoria própria (2020).


Figura 11 – Detalhamento Sapata (Eberick)

Fonte: Autoria própria (2020).

Figura 12 – Detalhamento Sapata (TQS)

Fonte: Autoria própria (2020).


Figura 13 – Detalhamento Formas (Eberick)

Fonte: Autoria própria (2020).

Figura 14 – Detalhamento Formas (TQS)

Fonte: Autoria própria (2020).

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