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Resumo:
A concepção de edifícios altos e esbeltos, ao longo dos anos, tem sido um desafio para a
engenharia civil, no entanto, com o avanço dos computadores, se tornou cada vez mais prática
e precisa de se realizar. É importante sempre dimensionar a estrutura de uma edificação de
maneira a garantir a segurança dos seus usuários, para tanto, através da análise de estabilidade
global, é possível assegurar a maneira que essa edificação irá se comportar perante aos esforços
solicitantes. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a importância da
análise de estabilidade global em edifícios residenciais, tendo em vista que está diretamente
relacionada com a segurança de seus usuários. Com isso, foi feito um estudo de caso no
Residencial Pelion, localizado na cidade de São Luís-MA, afim de comparar os parâmetros de
estabilidade global e verificar a confiabilidade da concepção estrutural do edifício. Para tanto,
foi utilizado o software CAD/TQS para modelagem e análise estrutural da edificação, além de
solicitações feitas a NBR 6118/2014 para projeto de estruturas de concreto, NBR 6120/2019
para ações cálculo estrutural de edificações, e a NBR 6123/1988 para forças devido ao vento
em edificações.
Abstract:
The new achievements of civil engineering in recent years is the construction of increasingly
tall and slender buildings, and this is a challenge that with the advancement of computers it is
possible to do in a practical and precise way. It is important to always dimension the structure
in a way that can ensure the safety of building users, and it is through the analysis of global
stability that it is possible to ensure how a building behaves in the face of the actions imposed
on it, the efforts that arise by vertical and horizontal actions should be analyzed and quantified,
the emergence of different parameters of instability such as α parameter, γz coefficients, FAVt
and the P-Δ process, give different possibilities of analysis. The present work addresses the
importance of global stability analysis focused on residential buildings, where CAD/TQS
software is used for modeling and structural analysis, in order to compare instability parameters,
evaluate the most indicated for analysis and whether the building is.
Submissão:
29 nov. 2019
1
Aluno Concludente do Curso de Engenharia Civil – Renansousa193@hotmail.com
2
Orientador – Mestre em Engenharia Civil na Área de Projetos de Estruturas – caio.aguiar@ceuma.br
1 INTRODUÇÃO
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O modulo de elasticidade inicial do concreto é dado de acordo com o item 8.2.8 da NBR
6118 (ABNT, 2014). Em relação às vigas, o primeiro redutor é utilizado em vigas com armadura
positiva diferente da negativa, já o segundo redutor é utilizado em vigas com armadura positiva
e negativa idênticas. Esse método utiliza valores aproximados para rigidez dos elementos e não
deve ser utilizado para os efeitos locais de segunda ordem, NBR 6118 (ABNT, 2014).
Para se fazer uma análise dos efeitos globais de segunda ordem, a NBR 6118 (ABNT,
2014), impõe algumas condições, como: apenas em edificações verticais com mais de 4
pavimentos deve ser efeito a análise; e os efeitos de segunda ordem podem ser desprezados se
forem menores que 10% dos efeitos de primeira ordem.
Segundo (KIMURA, 2007), os efeitos de segunda ordem não devem ultrapassar mais
que 30% dos efeitos de primeira ordem, onde a estrutura estaria sofrendo elevadas deformações
e, portanto, considera instável. Dessa forma, o ideal para se considerar no dimensionamento da
edificação seria projetar a estrutura com valores na ordem de 20%, que seria um valor médio
para o dimensionamento no qual a estrutura não atingiria os seu estado limite-último.
Onde:
Htot – altura total da estrutura, medida a partir do topo da fundação;
Nk – somatório de todas as cargas verticais atuantes na estrutura, a partir ao nível
considerado para o cálculo Htot, com seu valor característico;
EcsIc – Somatório dos valores de rigidez de todos os pilares na direção considerada.
α1 = 0,6 se: n ≥ 4
2.5 COEFICIENTE γz
Segundo (PINTO, 2002), o coeficiente γz foi criado para substituir o parâmetro α, já que
através do coeficiente γz, é possível se quantificar os efeitos de segunda ordem e utilizar o γz
para majorar os efeitos de primeira ordem, resultando nos esforços finais atuantes na estrutura.
Com isso, o coeficiente γz obtém seus valores através de uma análise elástico-linear, com a
seguinte formulação:
1 (Fórmula 7)
𝛾𝑧 =
∆𝑀
1 − 𝑀 𝑡𝑜𝑡,𝑑
1,𝑡𝑜𝑡,𝑑
Onde:
M1,tot,d – soma dos momentos de todas as forças horizontais da combinação considerada, com
seus valores de cálculo, em relação à base da estrutura;
ΔMtot,d– soma dos produtos de todas as forças verticais atuantes na estrutura, na combinação
considerada, com seus valores de cálculo, pelos deslocamentos horizontais de seus respectivos
pontos de aplicação, obtidos da análise de primeira ordem.
De acordo com NBR 6118 (ABNT, 2014), a estrutura poderá ser considerada de nós
fixos se os valores obtidos forem menores ou iguais a 1,1, já se obtiverem valores superiores a
1,1, serão classificadas como de nós moveis.
No entanto, para (KIMURA, 2007), há valores coerentes a serem considerados para o
resultado do γz, onde os valores obtidos devem ser maiores que 1 e não devem ultrapassar o
valor de 1,5, onde a estrutura é considera instável e impraticável. Além do mais, valores
inferiores a 1 indicam erro na análise. Portanto, o ideal é considerar os efeitos de segunda ordem
em torno de 20% em relação aos de primeira ordem, ou seja, o valor de 1,2 obtido pelo
coeficiente γz. Além disso, deve-se evitar valores acima de 30%, no qual a estrutura apresenta
instabilidade alta.
O coeficiente γz é denominado como sendo um método simplificado, já que é um método
de cálculo que ao invés de determinar deslocamentos e esforços da estrutura, os valores dos
momentos finais são obtidos diretamente, de forma aproximada. Dessa forma, os resultados dos
esforços e deslocamentos são obtidos a partir de uma análise de primeira ordem, e a partir desses
valores se é obtido o valor de γz. (CARMO, 1995).
Além de estruturas de concreto armado, o coeficiente γz também é capaz de obter
resultados satisfatórios em estruturas de alvenaria estrutural e em estruturas pré-moldadas com
múltiplos pavimentos, obtendo-se resultados mais satisfatórios se comparados a outros métodos
como o processo P-Δ. (MONCAYO, 2011).
Onde:
∑ 𝑃𝑖 – somatório das forças verticais do pavimento;
hi – comprimento do pavimento i;
Δi – deslocamento horizontal relativo do pavimento i em relação ao pavimento i-1;
Δi+1 – deslocamento horizontal relativo ao pavimento i+1 em relação ao pavimento i.
Onde:
V´i - força cortante referente ao pavimento i;
V´i+1 – força cortante referente ao pavimento i+1.
A partir da velocidade básica do vento e outros fatores como, fator topográfico 𝑆1,
rugosidade do terreno 𝑆2 , e o fator estatístico 𝑆3 , é possível determinar a velocidade do vento
que irar incidir sobre a edificação, a velocidade característica, Vk. A fórmula para obtenção do
valor de Vk é descrita na NBR 6123 (ABNT, 1988), como sendo:
𝑉𝑘 = 𝑉0 × 𝑆1 × 𝑆2 × 𝑆3 (Fórmula 10)
Segundo a NBR 6123 (ABNT, 1988), o fator topográfico é referente aos aspectos do
terreno em que a edificação será construída, assim, o item 5.2 determina os valores de 𝑆1 para
os tipos de relevo do terreno.
Para terrenos planos ou fracamente acidentados 𝑆1 é a um, para morros e taludes, o
valor de 𝑆1 é obtido de acordo com o ângulo de inclinação em que a edificação está disposta no
terreno, e calculado conforme a figura 6 do item 5.2 da NBR 6123 (ABNT, 1988).
Onde:
z – altura média a partir da superfície do terreno no ponto considerado;
d – direção de nível entre a base e o topo do talude ou morro;
θ – inclinação média do talude ou morro.
Vales profundos, protegidos de ventos em qualquer direção, 𝑆1 = 0,9, onde se tem uma
menor incidência do vento nas edificações, ou seja, reduz-se as rajas de vento atuantes.
Além das classificações do terreno e seus obstáculos, a NBR 6123 (ABNT, 1988), traz
3 classes quanto às considerações das dimensões da edificação e seus elementos, com os
intervalos de tempo da velocidade média do vento em 3 segundos, 5 segundos e 10 segundos.
Essas classificações são:
Para obtenção do valor da velocidade do vento, o fator 𝑆2 é determinado pelo item 5.3.3
da NBR 6123 (ABNT, 1988), onde se tem a expressão:
Onde:
b - parâmetro de correção da classe da edificação;
z - altura acima do terreno;
Fr - fator de rajada correspondente à categoria II;
p - parâmetro meteorológico.
A expressão para obtenção é válida para cada categoria da edificação até a altura z
limite, onde pode ser definido pelo contorno superior da camada atmosférica para cada
categoria. Logo abaixo, encontra-se a tabela 1 com a obtenção dos valores dos parâmetros Fr,
b, e p.
O terceiro e último fator para o cálculo de Vk, é o fator estatístico S3, onde o valor de S3
é baseado em conceitos estatísticos, no qual se considera a finalidade da edificação quanto ao
seu uso e tempo de vida útil. Com isso, considera-se, segundo a NBR 6123 (ABNT, 1988), o
tempo de 50 anos de vida útil da edificação, e a probabilidade de 63% da velocidade básica do
vento ser excedida, pelo menos, uma vez nesse período de tempo. A seguir encontra-se o quadro
3 com a disponibilização dos valores de S3.
A força de arrasto é a componente da força global do vento sobre uma edificação, sendo
de grande importância para uma análise global, juntamente com o coeficiente de arrasto, C a.
Para (MONCAYO, 2011) a força de arrasto pode ser obtido pela seguinte expressão:
𝐹𝑎 = 𝐶𝑎 ∙ 𝑞 ∙ 𝐴𝑒 (Fórmula 15)
Sendo:
𝐶𝑎 – coeficiente de arrasto;
q – pressão dinâmica ou pressão de obstrução;
𝐴𝑒 – área efetiva.
A pressão dinâmica é a carga horizontal que o vento causa na edificação e pode ser
determinada a partir da velocidade característica do vento, pela expressão:
Figura 8 - Ábaco de coeficiente de arrasto para baixa turbulência em edificações com plantas retangulares
4 EXEMPLO PRÁTICO
Neste capitulo está apresentado um edifício com 16 pavimentos como exemplo prático
para a análise, onde o esforço do vento foi calculado manualmente e, também, com o auxílio
do Excel, para efeito comparativo com o sistema CAD/TQS. Para a análise de estabilidade
global foram utilizados os parâmetros de instabilidade γz, e α. A figura 9 abaixo apresenta
quantidade de pavimentos, cotas e níveis do edifico em questão.
Figura 9 - Esquema de pavimentos, cotas e níveis
Para a definição das ações atuantes na estrutura será utilizada a NBR 6120 (ABNT,
2019). O CAD/TQS calcula o peso próprio, automaticamente, de acordo com as dimensões
definidas dos elementos, como lajes, vigas e pilares, sendo necessário apenas o lançamento
manual das cargas acidentais, permanentes, de alvenaria e revestimento. As fundações não
foram consideradas para análise, considerou-se a estrutura engastada na fundação. As lajes
foram consideradas como diafragma infinitamente rígidos.
As cargas permanentes e acidentais foram, respectivamente, 0,1 tf/m² e 0,15 tf/m²,
conforme a NBR 6120 (ABNT, 2019). Para edifícios residenciais, a carga de alvenaria e
revestimento foi lançada conforme a espessura do tijolo, espessura das duas faces do
revestimento e altura da parede, e assim somadas para obtenção do valor final a ser lançado da
carga linear de parede. Abaixo o método de cálculo para obtenção da carga:
Sendo:
𝐸𝑟𝑒𝑣𝑒𝑠. – soma das espessuras do revestimento nas duas faces;
𝐸𝑡𝑖𝑗 – espessura do tijolo;
𝛾𝑎𝑟𝑔 – peso especifico da argamassa de acordo com a NBR 6120 (2019), (𝛾𝑎𝑟𝑔 = 21 𝑘𝑁/𝑚³ );
𝛾𝑡𝑖𝑗. – peso especifico do tijolo de acordo com a NBR 6120 (2019), (𝛾𝑡𝑖𝑗. = 14 𝑘𝑁/𝑚³);
ℎ𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 – altura da parede.
O tijolo utilizado para base de cálculo foi o tijolo cerâmico de vedação de (9x19x19) cm
e revestimento 2,5 cm de espessura para cada face, formando, assim, uma parede com 14 cm
de espessura. A NBR 6120 (ABNT, 2019) traz os valores de 14 kN/m³ para tijolos cerâmicos
vazados e de 19 a 23 kN/m³ para revestimento com argamassa de cimento e areia. Com os
valores definidos, apenas substitui-se os valores e define a altura da parede conforme o pé-
direito e os descontos de altura de vigas.
Para o cálculos das ações do vento foi utilizada a NBR 6123 (ABNT, 1988), a fim de
obter a velocidade característica, pressão dinâmica, coeficiente de arrasto e força de arrasto e,
assim, determinar as ações do vento. Os valores adotados conforme as dimensões da edificação,
utilidade do edifício e topografia do terreno foram:
𝑡𝑓
𝑞 = 0,613 ∙ 28,712 = 0,0515
𝑚2
𝐿1 26,16
= = 1,376
𝐿2 19,01
𝐻 61,71
= = 2,36
𝐿1 26,01
De acordo com os dados obtidos através da tabela 1 da NBR 6123 (ABNT, 1988), o
cálculo de S2 e, em sequência, o valor da velocidade característica da rajada a 10s.
A partir dos dados da edificação apresentados nesse capitulo foi possível obter os
valores do coeficiente de arrasto, com L1, L2 e H para entrada do ábaco de baixa turbulência.
𝐿1 19,01
= = 0,73
𝐿2 26,16
𝐻 61,71
= = 3,25
𝐿1 19,01
Tabela 3: Resultados das ações do vento em cada pavimento com vento incidente a 0°.
Pavimentos Piso a Cota
S2 Vk (m/s) q (tf/m2) Fa (tf)
Piso (m) (m)
Reservatório 2.41 61.71 0.9723 29.168 0.0532 0.602
Duplex 2 3.30 56.00 0.9582 28.746 0.0516 2.512
Duplex 1 3.50 52.50 0.9490 28.469 0.0506 3.895
Tipo 14 3.50 49.00 0.9392 28.176 0.0496 3.928
Tipo 13 3.50 45.50 0.9288 27.865 0.0485 3.841
Tipo 12 3.50 42.00 0.9177 27.532 0.0474 3.750
Tipo 11 3.50 38.50 0.9058 27.175 0.0461 3.654
Tipo 10 3.50 35.00 0.8930 26.789 0.0448 3.551
Tipo 9 3.50 31.50 0.8790 26.369 0.0435 3.440
Tipo 8 3.50 28.00 0.8636 25.908 0.0419 3.321
Tipo 7 3.50 24.50 0.8465 25.394 0.0403 3.190
Tipo 6 3.50 21.00 0.8271 24.813 0.0385 3.046
Tipo 5 3.50 17.50 0.8048 24.144 0.0364 2.884
Tipo 4 3.50 14.00 0.7783 23.349 0.0341 2.697
Tipo 3 3.50 10.50 0.7454 22.363 0.0313 2.474
Tipo 2 3.50 7.00 0.7014 21.043 0.0277 2.191
Tipo 1 3.50 3.50 0.6322 18.965 0.0225 1.780
Térreo 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.000
Fonte: Própria do autor.
Percebe-se que, tanto para vento incidente a 0° quanto a 90°, há o aumento da
velocidade característica com a elevação da edificação, e com base nisso, a força de arrasto
tende a se intensificar a cada pavimento. O único ponto que não há essa intensificação é no topo
da edificação, por conta da menor área de contato do vento com a edificação, como mostrado
na tabela 2 e 3.
Observa-se que o vento incidente a 90° tem esforços maiores que o de 0°, justamente
pela área de contato que o vento tem com a edificação, gera-se assim maiores esforços na
fachada frontal e deslocamentos maiores na estrutura na incidência do vento a 90° e a 270°.
O resultado com as ações do vento a 90° e 270° foram satisfatórias, obtendo-se valores
em que não seria necessário considerar os efeitos globais de segunda ordem. Ao analisar as
ações do vento de 0° e 180°, onde obteve-se valores pouco maiores para γz e menores para α
comparados à análise anterior, γz teve uma variação para 1,094, abaixo do que a NBR 6118
(ABNT, 2014) estabelece para considerar no dimensionamento da edificação, que seria de 10%,
Essa divergência de valores se dá não só pelas dimensões da edificação, já que nessa situação
a estrutura está mais vulnerável às ações do vento, pela inercia na direção do vento ser menor,
mas mesmo com um valor superior de γz a estrutura ainda se mantem estável, e o valor α em
torno de 0,684, um valor menor que o primeiro caso, ainda classifica a estrutura como de nós
moveis. Com os valores apresentados na figura 15 será calculado γz:
𝟏
𝜸𝒛 = 𝟏𝟐𝟓,𝟏 = 1,094
𝟏−( ×𝟏,𝟐𝟕)
𝟏𝟖𝟔𝟎,𝟓
Além das combinações simples de vento, deve-se considerar o tipo mais crítico de
combinação atuante na estrutura, que atuam em conjunto como as cargas acidentais,
permanentes, peso próprio, e as ações do vento. Ao analisar as combinações mostradas na figura
15 é possível perceber que a combinação 22 tem a combinação das ações permanentes,
acidentais, peso próprio e 0,6 das ações do vento incidente a 90° e 270° é a que causa maior
instabilidade na edificação, é possível observar que a análise foi feita através do coeficiente
FAVt (Fator de amplificação de esforços horizontais) e o parâmetro α.
O coeficiente FAVt é um método mais aproximado que o γz, tendo a mesma
formulação para o cálculo, mas considera os deslocamento gerados por ações verticais, como
em estruturas com vigas de transição e grandes balanços, e assim é possível se obter resultados
mais precisos. O valor FAVt para combinação 22 foi de 1,138, ou seja, 13,8 %, o parâmetro
FAVt demonstra que a instabilidade e a esforços excessivos de segunda ordem que devem ser
considerado no dimensionamento por ser maior que 10%. Sendo o coeficiente FAVt exclusivo
do sistema CAD/TQS.
Já o coeficiente α tem um valor muito superior se comparado às combinações simples
de vento, tendo um valor 0,908 para combinação 22, um valor elevado que indica instabilidade
na estrutura, classificando-o novamente como de nós moveis. Na figura 16 abaixo é possível
ver o deslocamento causado pela combinação 22.
Onde o maior deslocamento máximo a 90° e a 270° foi de 7 mm e para 0° e 180° foi
de 5,1 mm, abaixo do limite máximo adota pela NBR 6118 (ABNT, 2014) que tem a relação
para o deslocamento absoluto máximo H/1700, em que o valor para o estado limite de serviço
é de 3,6 cm. Portanto, o maior deslocamento na estrutura foi com vento incidente a 90° e 270°.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
BECK, H.; KÖNIG, G. Restraining forces in the analysis of tall buildings. In: SYMPOSIUM
ON TALL BUILDINGS, 1966, Oxford. Proceedings... Oxford: Pergamon Press, 1966.
MONCAYO, Winston Junior Zumeta. Análise de segunda ordem global em edifícios com
estrutura de concreto armado. (2011). 221f. Tese (Mestrado em ciências, programa de
Engenharia Civil) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, 2011.
Nascimento, B. M.; Moratti, D. G.; Oliveira Junior, J. L.; Drago Scotá, N. M.; Broetto, R. B.;
Ventura Sagrilo, R. G.; Ferreira, W. G. Abordagem didática e prática da ação do vento em
edificações. ConstruMetal, São Paulo, v. 1, n. 1, p. 4-5, 20-22 set. 2016.