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INTRODUÇÃO A
ELETROTÉCNICA
Revisão de Grandezas Elétricas Básicas I
APRESENTAÇÃO
Bons estudos.
DESAFIO
Com uma fonte de tensão contínua, como uma bateria automotiva ou outra fonte de alimentação,
coloque fios nos terminais negativo e positivo. Pegue uma esponja de aço e encoste os fios
dentro da esponja, com uma separação de alguns centímetros. Quanto maior a tensão, melhor o
efeito.
• Atenção! Tenha cuidado! O ideal é realizar esse experimento em locais abertos e longe de
materiais inflamáveis. Há risco de incêndio.
INFOGRÁFICO
Veja na ilustração o esquema do que veremos nesta Unidade referente ao entendimento dos
conceitos de carga, corrente, tensão, resistência elétrica e a diferença entre tensão contínua (CC)
e alternada (CA).
CONTEÚDO DO LIVRO
Leia o capítulo Revisão de Grandezas Elétricas Básicas I que faz parte da obra Eletrotécnica e é
a base teórica desta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura.
ELETROTÉCNICA
Diogo Braga da
Costa Souza
S719e Souza, Diogo Braga da Costa.
Eletrotécnica [recurso eletrônico] / Diogo Braga da
Costa Souza, Rodrigo Rodrigues. – Porto Alegre :
SAGAH, 2017.
CDU 621.3
Introdução
Neste capítulo, você vai conhecer mais sobre os seguintes conceitos
e aplicá-los: as eletricidades estática e dinâmica, a tensão, a corrente, a
resistência elétrica e as suas correlações. Você também vai identificar a
diferença entre corrente contínua e corrente alternada.
Eletricidade
O elemento fundamental dos sistemas elétricos é o átomo e suas divisões.
Assim, você precisa compreender a estrutura deste elemento para entender
plenamente o funcionamento dos circuitos elétricos.
O átomo possui em seu núcleo prótons e nêutrons. Ao redor do seu núcleo,
em movimento, estão os elétrons divididos em camadas da chamada eletros-
fera. As partes do átomo possuem cargas elétricas: o próton possui carga
positiva; o nêutron, carga neutra; e o elétron, carga negativa. Os prótons e
os elétrons possuem o mesmo módulo de carga elétrica, denominado carga
elementar, dado em coulomb com valor de (BOYLESTAD, 2011):
Onde:
Q = é a carga elétrica do corpo;
n = é o valor da diferença entre o número de elétrons e de prótons no átomo;
e = é a carga elementar e tem o valor de 1,6·10-19.
Eletrostática
O estudo do comportamento das cargas elétricas em repouso é denominado
eletrostática. Quando um corpo é carregado, surge ao seu redor um campo
elétrico, sendo este relativo à seguinte expressão:
Onde:
E = é a intensidade do campo elétrico ao redor do corpo dada em Newtons
por Coulomb (N/C).
m2
K = é a constante elétrica do meio que separa as cargas (K(vácuo) = 9·109 N 2 ).
C
Q = é a carga elétrica do corpo em coulombs (C).
d = é a distância entre os corpos em metros (m).
O campo elétrico proporcionado por um corpo carregado possui diferentes
potenciais elétricos de acordo com a distância: quanto mais distante o campo
elétrico estiver do corpo carregado, menor será o módulo do potencial elé-
trico.
Superfícies que se localizam a mesma distância do corpo carregado estão
submetidas ao mesmo potencial, sendo então denominadas superfícies equi-
potenciais (MARKUS, 2001).
O potencial é calculado pela expressão:
Onde:
V = é o potencial elétrico ao redor do corpo dado em Volts (V).
Ep = é a energia potencial, medida em joules (J).
18 Eletrotécnica
Onde:
F = é a força de interação entre as cargas em Newtons (N).
Revisão de grandezas elétricas básicas I 19
m2
K = é a constante elétrica do meio que separa as cargas (K(vácuo) = 9·109 N ).
C2
Q1 = é a carga elétrica do primeiro corpo em coulombs (C).
Q2 = é a carga elétrica do segundo corpo em coulombs (C).
d = é a distância entre os corpos em metros (m).
Eletrodinâmica
A eletrodinâmica se refere ao estudo das cargas elétricas em movimento, e
explica o princípio de funcionamento dos circuitos elétricos (MARKUS, 2001).
As cargas se movimentam quando uma força elétrica incide sobre elas. Essa
força existe quando há um campo elétrico no meio onde o elétron se localiza.
Esse movimento das cargas é descrito por duas máximas:
Grandezas elétricas
O funcionamento dos circuitos elétricos tem como base a aplicação de potencial
elétrico em cargas por meio de condutores de energia elétrica. Com isso, a
Revisão de grandezas elétricas básicas I 21
Tensão elétrica
A tensão elétrica é a força de impulsão aplicada aos elétrons livres presentes
nos condutores do circuito. Quando esta força é aplicada a um caminho fechado
de condução, a movimentação de elétrons se inicia.
A tensão elétrica, também denominada diferença de potencial, possui
como unidade o volt (V) e é definida pelo potencial de entrega de trabalho a
um circuito. A ddp de 1 volt equivale a possível troca de 1 joule de energia
por um deslocamento de 1 coulomb de carga elétrica (BOYLESTAD, 2011):
Onde:
V é a tensão elétrica entre dois pontos do circuito em Volts (V).
W é a energia entregue em joules (J).
Q é a carga elétrica deslocada em coulombs (C).
Corrente elétrica
Conforme vimos, as cargas submersas em campos elétricos tendem a se deslocar
em relação aos potenciais do campo elétrico, sendo esse o princípio da corrente
elétrica. Para que ocorra a movimentação de cargas elétricas, é necessário um
caminho que permita esse deslocamento, isto é, um bom condutor elétrico.
Para a área da física, a corrente elétrica é o movimento ordenado de cargas
energizadas que surge quando potenciais elétricos diferentes são aplicados em
um determinado meio que possua íons ou elétrons livres. Já para as aplicações
de energia elétrica, a corrente elétrica é o fluxo ordenado de elétrons em um
determinado condutor elétrico (BOYLESTAD, 2011).
A Figura 6 representa um circuito onde ocorre a passagem de corrente
elétrica: observe que uma bateria alimenta o circuito, há a aplicação de dife-
rença de potencial, e um condutor permite a passagem de corrente elétrica.
22 Eletrotécnica
Onde:
I = é a intensidade de corrente elétrica em ampères (A).
Q = é a quantidade de carga elétrica que atravessou ordenadamente a seção
em Coulombs (C).
t = é o tempo em segundos (s).
Revisão de grandezas elétricas básicas I 23
Resistência elétrica
A resistência elétrica é a grandeza que representa a capacidade do elemento
de se opor à passagem da corrente elétrica. Até os melhores condutores de
eletricidade possuem resistência elétrica, embora com valores bem baixos
(BOYLESTAD, 2011).
Essa grandeza também relaciona a tensão e a corrente em circuitos elétricos.
Essa relação é descrita pela primeira lei de Ohm, expressa por:
Onde:
I = é a intensidade de corrente elétrica em ampères (A).
V = é a tensão elétrica aplicada no circuito em volts (V).
R = é a resistência total do circuito dada em ohms (Ω).
Com essa relação da lei de Ohm, fica evidente que, em uma resistência
fixa, a relação entre tensão e corrente é proporcional.
Veja um exemplo.
24 Eletrotécnica
Vamos fazer uma analogia entre um circuito elétrico e o sistema hidráulico de uma
caixa d’água em uma determinada altura, conforme o exemplo da figura abaixo. A
altura da caixa d’água proporciona uma energia potencial à agua que está no seu
interior, assemelhando-se à tensão elétrica. No caso da abertura de um caminho para
uma altura menor, a água escoará. Os tubos são o caminho da passagem da água,
funcionando como os condutores elétricos. A válvula impede ou permite a passagem
de água, assim como a resistência do circuito, que é quem regula a intensidade da
corrente que passa por ele.
Neste exemplo, como a altura da caixa é constante, a energia potencial também é,
semelhante a um circuito alimentado por uma bateria de tensão constante. Quando
a válvula começa a ser aberta, há a permissão da passagem da água, transformando a
energia potencial contida no fluido em energia cinética, de movimento. Quanto maior
for a abertura da válvula, maior será a quantidade de água que escoa. Na analogia
com o circuito elétrico, quando há uma redução da resistência, há uma elevação na
intensidade da corrente elétrica do circuito (MARKUS, 2001).
Uma bateria possui tensão elétrica para alimentação do circuito. Quando ela se encontra
desligada, sem caminho condutor para a passagem de corrente elétrica, existe um
desequilíbrio entre cargas: o polo positivo se encontra com uma grande falta de carga
positiva, e o polo negativo, com um excesso dessa carga. Quando surge um caminho
de passagem de corrente elétrica, ocorre uma tendência de equilíbrio entre as cargas
elétricas da bateria, causando o deslocamento de elétrons do polo negativo para o
polo positivo (BOYLESTAD, 2011).
Corrente contínua
A corrente contínua consiste em circuitos onde não há alteração do sentido
da corrente, como na Figura 8, em que a corrente é fornecida por fontes de
tensão contínua, como pilhas e baterias. Estes tipos de fonte nunca variam
a polaridade do potencial de seus terminais: o terminal positivo sempre está
positivo, e o negativo, sempre negativo (MARKUS, 2001). Abreviamos a
corrente contínua como CC (ou, em inglês, DC, que significa Direct Current).
Corrente alternada
A corrente alternada consiste em circuitos nos quais o sentido de circulação
da corrente varia, pois os polos de alimentação se alternam entre positivo e
negativo, como representado na Figura 10. Abreviamos a corrente alternada
como CA (ou, em inglês, AC, que significa Alternate Current). Esse tipo de
corrente é fornecido por fontes de corrente alternada, como em geradores
CA, os quais fornecem tensão senoidal, que alimentam residências e fábricas
(MARKUS, 2001). As frequências da corrente alternada possuem valores de 50
e 60 Hz. Você sabia que no Brasil utilizamos 60 Hz como frequência da rede?
Esse tipo de energia é utilizado pela sua flexibilidade (poisos níveis de
tensão podem ser alterados com mais facilidade do que nos sistemas CC) e
pela eficiência dos geradores trifásicos CA.
Onde:
VRMS é a tensão eficaz para corrente CA em volts (V).
VMÁX é a tensão máxima da senoide dada em volts (V).
A tensão RMS CA equivale ao mesmo valor de tensão CC aplicada a uma
resistência realizando o mesmo trabalho, ou seja, com o mesmo aquecimento.
Para saber mais sobre os circuitos de corrente alternada, consulte o livro Fundamentos
de Circuitos Elétricos (ALEXANDER; SADIKU, 2013).
Leitura recomendada
NILSSON, J.; RIELDEL, S.; Circuitos elétricos. 8. ed. São Paulo: Pearson Education, 2009.
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
A carga elétrica em movimento constitui-se na corrente elétrica, que necessita de uma diferença
de potencial (tensão) para acontecer. A resistência à passagem da corrente elétrica é que vai
definir a própria corrente elétrica.
Para entender melhor, podemos fazer uma analogia hidráulica, baseando-se em um reservatório
com pressão e tubulação de descida. A pressão hidráulica equivale à tensão elétrica, a vazão
hidráulica equivale à corrente elétrica e a resistência hidráulica equivale à resistência elétrica.
Quanto maior a resistência, menor a corrente.
EXERCÍCIOS
A) Ampére.
B) Volt.
C) Ohm.
D) Coulomb.
E) Watt.
A) Watt.
B) Volts.
C) Ampére.
D) Ohm.
E) Joule.
B) Maior potência.
C) Maior tensão.
D) Menor carga elétrica.
A) Volts.
B) Coulomb.
C) Ampére.
D) Watt.
E) Ohm.
NA PRÁTICA
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
APRESENTAÇÃO
Bons estudos.
DESAFIO
INFOGRÁFICO
O infográfico mostra o que veremos nesta Unidade referente aos conceitos de medição de tensão
e corrente analógica ou digital, funcionamento de medidores analógicos e digitais e medição
indireta de corrente.
CONTEÚDO DO LIVRO
Leia o capítulo Medições de Corrente, Tensão, Resistência, Potência I que faz parte da obra
Eletrotécnica e é a base teórica desta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura.
ELETROTÉCNICA
Rodrigo Rodrigues
S719e Souza, Diogo Braga da Costa.
Eletrotécnica [recurso eletrônico] / Diogo Braga da
Costa Souza, Rodrigo Rodrigues. – Porto Alegre :
SAGAH, 2017.
CDU 621.3
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar a medição de corrente e tensão (contínua
e alternada), conhecendo as características, os tipos e as unidades de
funcionamento dos instrumentos analógicos e digitais mais utilizados,
com destaque para o multímetro. Você vai aprender a realizar medições
de tensão com identificação de polaridade, medições de corrente (em
série) e medições indiretas (medição de campo magnético).
Medidores analógicos
Os instrumentos analógicos contêm um ponteiro e um sistema mecânico
de movimento. O medidor é formado por uma bobina móvel ou ferro móvel
suspenso entre os polos de um ímã permanente na forma de ferradura. Assim,
a medição é realizada a partir do posicionamento do ponteiro, que se move
sobre uma escala fixa. Os medidores analógicos podem ser usados tanto na
medição de corrente como na de outras grandezas, como tensão e resistência.
A leitura mais precisa da escala de um medidor analógico é obtida quando
sua cabeça é posicionada de modo perpendicular à escala e diretamente sobre
o ponteiro. Alguns medidores analógicos usam um espelho na escala. Um
parafuso de ajuste de zero é utilizado para colocar o ponteiro do medidor em
zero na escala quando não houver corrente circulando.
A leitura de uma escala de medidor de única faixa é similar à leitura da
escala de uma régua (Figura 1). A escala na Figura 1 é lida da seguinte forma:
Valor de cada divisão principal = 1
Valor de cada divisão menor = 0,2
Leitura = 2,4
Medidores digitais
Os medidores digitais são mais fáceis de ler do que os medidores analógi-
cos. Entre suas partes principais destacamos o display decimal, o circuito
eletrônico digital dedicado e um conversor A/D. Muitos medidores digitais
possuem seleção automática de faixa, isto é, o próprio medidor ajusta a faixa
necessária para a medição determinada. Segundo Petruzella (2013), é normal
que o último dígito (à direita) varie continuamente entre dois ou três valores.
Em geral, não será necessária uma precisão tão elevada, e o último dígito
pode ser ignorado ou arredondado. Com tantas facilidades, não é de admirar
que esses instrumentos ofereçam mais precisão e uma leitura mais confiável,
e a um custo acessível.
Medição de tensão
Para a medição de tensão CC entre dois pontos, é fundamental a utilização
correta de um instrumento para essa finalidade. Você provavelmente terá de
realizar essa medição para verificar a tensão fornecida por uma fonte geradora
de tensão CC.
Há dois tipos de instrumentos para medir a tensão CC: o voltímetro (Figura
4) e o multímetro (Figura 5).
Figura 4. O voltímetro.
Fonte: Fowler (2012, p. 55).
Medições de corrente, tensão, resistência e potência I 33
Figura 5. O multímetro.
Fonte: Fowler (2012, p. 57).
Quanto maior for o valor da resistência do multiplicador, maior será a faixa de tensão
do medidor.
36 Eletrotécnica
Para operar adequadamente, cada carga deve receber sua tensão nominal.
Se não há tensão suficiente disponível, o dispositivo não operará da maneira
como deveria. Você também deve sempre se assegurar de que a tensão que
vai medir não excede a faixa do voltímetro, pois isso pode causar danos ao
instrumento. Se a medida for desconhecida, você deverá começar com a faixa
mais alta de medição do voltímetro. Muitas vezes, você pode precisar medir a
tensão de um ponto específico no circuito em relação ao terra ou a um ponto
de referência comum (Figura 11).
Medição de corrente
Para medir a quantidade de corrente fluindo em um circuito, utilizamos
um amperímetro. Os amperímetros medem o fluxo de corrente em am-
pères. Para faixas menores que 1 ampère, são usados miliamperímetros ou
microamperímetros. Veja na Figura 13 um multímetro com miliamperímetro
CC para medição de corrente.
O shunt é um resistor de alta precisão que produz uma pequena queda de tensão
(milivolts) proporcional à quantidade de corrente fluindo através dele. O shunt
pode ser conectado dentro da caixa do medidor de corrente ou no lado externo
da caixa (Figura 14). Os medidores projetados para medir correntes mais altas
normalmente usam shunts externos devido ao seu tamanho e à quantidade de
calor que eles geram.
O amperímetro possui uma resistência interna muito baixa, logo, ele in-
fluencia muito pouco o fluxo de corrente durante a medição. Desse modo, a
ligação acidental de um amperímetro em paralelo com uma carga ou fonte de
tensão fará o medidor drenar uma corrente elevada, a qual poderá danificar
o medidor. O amperímetro padrão deve sempre ser conectado em série com
o circuito para que a corrente do circuito flua pelo medidor.
42 Eletrotécnica
Você pode usar uma chave para medir a corrente sem afetar o funcionamento
do circuito. A Figura 15 mostra como isso é feito.
Multímetro
O multímetro, também conhecido por multiteste, é um instrumento que tem
a possibilidade de realizar medições não só de tensão, mas também de várias
outras grandezas de natureza elétrica. Por isso, ele é o principal instrumento
na bancada de quem trabalha com eletrônica e eletricidade. Sua importância
se deve a sua simplicidade de operação, ao transporte e à capacidade de
possibilitar medições de diversas grandezas elétricas.
Medicação de
tensão CC
No borne indicado pela abreviatura COM ou pelo sinal negativo (-), que
é comum para qualquer tipo de medição com o instrumento, conectamos a
ponta de prova preta. No outro borne, indicado pela abreviatura DC ou pelo
sinal (+), conectamos a ponta de prova vermelha.
A chave seletora serve para determinar:
Figura 18. Chave seletora indicando a tensão máxima que pode ser medida.
Fonte: Adaptada de Sadiki, Musa e Alexander (2014, p. 43).
A chave seletora deve ser sempre posicionada para um valor mais alto do que a tensão
que será medida. Por exemplo, para medir a tensão de uma pilha que tem valor máximo
de 1,5V, selecionamos uma escala de 2,5 ou 3V, ou outras próximas a estas, conforme
disponível no instrumento.
Os medidores podem ser analógicos ou digitais. Medidores digitais são mais precisos e têm
menor custo. A tensão é uma diferença de potencial, medida de um ponto a outro do
circuito. É uma medição em paralelo. A corrente é um fluxo de elétrons no condutor; para
ser medida, o circuito deve ser aberto . É uma medição em série. Os multímetros têm
várias escalas para a seleção da grandeza a ser medida.
Vamos acompanhar mais detalhes no vídeo preparado para esta Unidade de Aprendizagem.
EXERCÍCIOS
B) Em paralelo.
C) Entre o ponto e o terra.
D) Em série.
E) Sobre o componente.
D) Em série.
NA PRÁTICA
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
APRESENTAÇÃO
Bons estudos.
DESAFIO
Elaboramos uma atividade com estudo de caso, que vai guiar você para caminho do
conhecimento. Cabe a você encontrar a melhor forma de resolvê-lo. Explore o conteúdo e
pesquise. Use todas as ferramentas disponíveis para solucionar o problema.
Caso: você suspeita que o aterramento de sua edificação não está bom e gostaria de fazer
medições de resistência. Tem no laboratório um multímetro digital de alta qualidade e precisão,
com função de medição de resistência até 200 mega Ohms. Para a medição da resistência de
aterramento este instrumento seria adequado ou você deveria adquirir um instrumento específico
para esta função?
Antes de responder, lembre-se que o multímetro digital mede resistência com precisão.
INFOGRÁFICO
Veja na ilustração o esquema do que veremos nesta unidade referente ao entendimento dos
conceitos sobre Medição de Resistência (medidores analógicos e digitais), segurança em
medições e especificações de multímetros.
CONTEÚDO DO LIVRO
Leia o capítulo Medições de Corrente, Tensão, Resistência, Potência II que faz parte da obra
Eletrotécnica e é a base teórica desta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura.
ELETROTÉCNICA
Rodrigo Rodrigues
S719e Souza, Diogo Braga da Costa.
Eletrotécnica [recurso eletrônico] / Diogo Braga da
Costa Souza, Rodrigo Rodrigues. – Porto Alegre :
SAGAH, 2017.
CDU 621.3
Introdução
Neste capítulo, você vai continuar seus estudos relacionados à medição
de grandezas elétricas, com foco agora na resistência, na continuidade e
na potência elétrica, utilizando equipamentos analógicos e digitais, mas
sempre tendo em mente, além da segurança, a confiabilidade de leitura
das medições feitas e o cuidado com esses equipamentos.
número de cargas livres, a corrente elétrica flui com facilidade por ele, assim,
a sua resistência elétrica é pequena. Veja na Figura 1 a representação dessa
resistência em condutores.
Por outro lado, nos materiais que dispõem de um pequeno número de cargas
livres, a corrente elétrica flui com dificuldade, assim, a resistência elétrica
destes materiais é grande.
Ohm Ω -
conhecido e com uma fonte de tensão, essa razão de tensão é feita, e, depois,
é aplicada ao circuito conversor A/D. Circuitos extras são projetados dentro
do conversor A/D de modo que ele possa ser usado para medir a razão de
tensão e calcular a resistência desconhecida. A resistência de referência e o
valor da tensão são alterados para diferentes faixas de medição de resistência.
Ohms
R3 R2 R1
Circuito esquemático
R3 R2 R1
Desconexão da resistência
Devido às suas características internas, os ohmímetros não podem ser utilizados
para medir resistências que estejam em funcionamento. Se a medição é feita
em uma resistência que está energizada, o ohmímetro pode ser danificado.
Ajuste do zero
O ajuste do zero do instrumento deve ser feito toda vez que você for posicioná-lo para
a leitura de resistência e também a cada troca de escala efetuada. O botão de ajuste
do zero tem influência apenas nas medições de resistência, portanto, não interfere
nas medições das demais grandezas.
Medições de corrente, tensão, resistência e potência II 63
Uma medição de resistência efetuada sem que o zero tenha sido ajustado
indicará um valor incorreto.
Interpretação da leitura
Como os multímetros possuem apenas uma escala para a resistência, a inter-
pretação da indicação do ohmímetro para determinar o valor ôhmico de uma
resistência é muito simples: basta você fazer a leitura da indicação do ponteiro
na escala e multiplicar pelo fator indicado pela chave seletora (X l, X 10...).
Sempre que possível, a chave seletora deve ser posicionada de forma que,
ao medir a resistência, o ponteiro indicador fique situado na região central da
escala, como mostrado na Figura 14.
Wattímetro
Procedimentos de segurança
Mantenha o multímetro sempre longe das extremidades da bancada.
Nunca coloque o multímetro sobre qualquer outro objeto ou equipa-
mento, devido ao risco de queda.
Sempre que o instrumento não estiver em uso coloque a chave seletora
de escala na posição desligado (OFF).
Procedimentos de conservação
Limpe o instrumento apenas com pano limpo e seco.
Procedimentos de manuseio
A posição da chave seletora deve ser adequada para cada tipo de medição.
As pontas de prova devem ser introduzidas nos bornes correspondentes.
Nas medições de tensão CC, sempre deve ser observada a polaridade.
Na medição da tensão, o valor determinado pela chave seletora do
instrumento não deve ser excedido.
66 Eletrotécnica
Leitura recomendada
FOWLER, R. Fundamentos de eletricidade: corrente alternada e instrumentos de medição.
7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013. (Corrente Alternada e Instrumentos de Medição, v. 2).
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
A resistência pode ser medida por instrumentos analógicos ou digitais. A medição de resistência
de um condutor ou circuito é feita em paralelo, sobre o componente. Um circuito em curto
apresenta baixa resistência. Um circuito aberto apresenta resistência infinita. Medição de
continuidade é também medição de resistência.
EXERCÍCIOS
B) Resistência do componente.
C) Corrente do componente.
D) Impedância do componente.
E) Potência do componente.
B) Descontinuidade, curto.
NA PRÁTICA
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
Medição de corrente
APRESENTAÇÃO
Bons estudos.
DESAFIO
No quadro de comando de sua residência, com tensão de 220 volts monofásico, você tem um
disjuntor exclusivo para o chuveiro de 32 ampéres. A potência do chuveiro é 6000 watts. Está
acontecendo frequentemente queda do disjuntor, após cinco minutos de uso do chuveiro.
INFOGRÁFICO
Veja na ilustração o esquema do que veremos nesta unidade referente ao entendimento dos
conceitos de conexões elétricas em Eletrotécnica, a importância de conexões bem feitas e
duráveis, tipos de conexões e conectores.
Figura 1
CONTEÚDO DO LIVRO
Conexões elétricas que fornecem a máxima condutividade são parte essencial de todo o circuito.
Podem ser o elo mais fraco, por problemas de perda de potência e se bem feitas são duráveis e
seguras, leia o livro Eletrotécnica I, de Frank D. Petruzella, da Série Tekne, serve de base
teórica para a Unidade de Aprendizagem. Inicie a leitura a partir do título "A necessidade de
conexões elétricas adequadas".
Boa leitura.
O autor
Frank D. Petruzella tem uma extensa prática no campo de eletrotécnica, bem como muitos anos de experiência
de ensino e de publicação de livros na área. Antes de se dedicar exclusivamente ao ensino, ele atuou como aprendiz
e eletricista de instalação e manutenção. Mestre em Ciências pela Niagara University e Bacharel em Ciências pela
State University of New York College-Buffalo, tem formação também em Eletrotécnica e Eletrônica pelo Erie County
Technical Institute.
CDU 621
sso
pre
o im
uit
circ
de
ca
Pla
or
nect
Co
Eletrotécnica I
Figura 6-2 Os conectores de borda em placas de circuito impresso devem se encaixar sem folga
em seus conectores.
Preparando o fio para conexão
Os fios elétricos utilizados em instalações são totalmente isolados com um tipo aprovado de
material isolante, como plástico ou borracha. Essa cobertura isolante deve ser removida (des-
cascada ou desencapada) antes que o fio possa ser adequadamente conectado a qualquer
coisa. A quantidade de isolação a ser descascada da ponta do fio depende do tipo de conexão
que você vai fazer. Remova isolação suficiente de modo que o condutor entre completamente
no conector e a isolação se ajuste próxima ao conector, mas não dentro dele.
Desencapadores ou descascadores de fio são ferramentas especiais usadas para remover a isola-
ção de fios que vão ser juntados (emendados) ou conectados. Um tipo de descascador (Figura
6-3) tem uma série de aberturas afiadas em sua lâmina de tesoura para descascar fios de di-
ferentes bitolas ou diâmetros. A bitola ou seção do fio deve ser compatível com a abertura no
descascador de fio para evitar cortar o fio internamente e enfraquecê-lo.
Se você estiver desencapando um fio com uma faca, tenha cuidado para não cortar o fio e
enfraquecê-lo. Não corte em linha reta no isolamento. Incline a lâmina de sua faca em um ân-
gulo em direção à extremidade do fio, como você faria se estivesse apontando um lápis (Figura
6-4). Uma vez cortada a isolação, puxe-a do fio usando seus dedos ou um alicate.
1. Insira a extremidade do
fio dentro da abertura de
tamanho apropriado.
2. Feche o descascador
em torno do fio. A ferramenta
deve cortar através da isolação,
mas não do fio.
3. Puxe a isolação da extremidade do fio.
14
Conexões elétricas
Afunilando
Perpendicular
capítulo 6
Dobre na
forma de
laço
Prenda o fio
NO DO
CONTEÚDO
CATÁLOGO
45 Cada: 0-9 45-101
Marcadores
de fio
Conexões elétricas
e
marcadores
de terminais
correspondentes
Identificação positiva
Autoaderente
Permanente
Resistente a óleo e água
capítulo 6
1. Selecione o conector de
Conector de compressão compressão de tamanho
não isolado adequado para encaixar os fios.
2. Retire uma pequena quantidade de
isolação das extremidades dos fios a
serem juntados.
Conector de compressão 3. Insira um dos fios até metade do
pré-isolado conector e comprima (“crimpe”) o
conector para prender o fio.
Área de descascar os fios
4. Insira o outro fio na outra
extremidade do conector e
comprima o conector para
prender o fio.
5. Puxe os fios para ter certeza de que
Área de Área de corte
eles estão firmemente presos.
crimpagem
6. Para conectores sem isolação,
Alicate de crimpagem envolva a conexão com fita
isolante ou use uma seção de
tubo termocontrátil para
proteger a conexão contra
sujeira e umidade.
Crimpagem final
achatada
Garra
superior
Abas dos
Fio
terminais
Eletrotécnica I
Terminal em anel
Terminal espada
cabo e o conector estejam limpos e livres de corrosão e oxidação. Os fios do cabo são então
comprimidos dentro do tubo de cobre pela ferramenta de compressão até que eles formem
uma massa sólida de cobre. Um cabo de cobre pode ser instalado em um conector de com-
pressão de cobre (conectores americanos desse tipo são classificados como “CU”) ou em um
conector de dupla classificação (ou seja, especificado para uso com cobre e alumínio – co-
nectores americanos desse tipo são classificados como “AL9CU”). Cabos de alumínio podem
ser instalados apenas em conectores de compressão de alumínio ou de dupla classificação
capítulo 6
(conectores americanos desse tipo são classificados como “AL”, “AL7CU” ou “AL9CU”). Cabos de
alumínio nunca devem ser instalados em um conector de cobre. O processo de oxidação é
acelerado quando dois materiais diferentes estão em contato um com o outro. Isso pode ser
DICA DO PROFESSOR
Conexões elétricas, quando são inadequadas ou com mal contato, frouxas e com oxidação,
resultam em perda de potência pelo aumento de resistência que ela implica. Vamos acompanhar
mais detalhes no vídeo.
EXERCÍCIOS
2) Quais são os meios mais utilizados para fazer uma conexão elétrica em fiação de
quadros de comando industriais?
A) Parafuso e soldagem.
B) Emenda e crimpagem.
C) Torção e soldagem.
E) Parafuso e torção.
C) Canivete.
E) Estilete.
A) Alicate universal.
B) Morsa.
C) Prensa.
NA PRÁTICA
Figura 2
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
Conectores elétricos.
Conectores de torção.
APRESENTAÇÃO
Nesta unidade, estudaremos sobre resistores: tipos, utilizações, especificações, código de cores,
configurações.
Bons estudos.
DESAFIO
Vamos ao desafio!
Você tem um equipamento de som tipo mini-system de três canais: um subwoofer (graves) de 5
Watts e 8 Ohms, e dois canais estéreo de 2,5 Watts cada. No caso de você não utilizar o
subwoofer, você tem de ligar um resistor de carga no lugar do alto-falante para não queimar o
circuito de saída. Você tem dois resistores de 4,7 Ohms de resistência e 3 Watts de potência de
dissipação. Como você vai fazer a ligação desses resistores de modo a atender a necessidade do
equipamento?
INFOGRÁFICO
Veja, na ilustração, um esquema do que veremos nesta unidade referente ao entendimento dos
conceitos de resistor: tipos, aplicações, especificações, código de cores, usos como divisores de
tensão e corrente.
CONTEÚDO DO LIVRO
Leia o capítulo Resistores e Aplicações em Eletrotécnica que faz parte da obra Eletrotécnica e é
a base teórica desta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura.
ELETROTÉCNICA
Diogo Braga da
Costa Souza
S719e Souza, Diogo Braga da Costa.
Eletrotécnica [recurso eletrônico] / Diogo Braga da
Costa Souza, Rodrigo Rodrigues. – Porto Alegre :
SAGAH, 2017.
CDU 621.3
Introdução
Neste capítulo, você vai saber mais sobre os resistores, conhecendo seus
principais tipos, suas utilizações, suas especificações, seu código de cores
e suas configurações.
Os resistores comerciais
Os resistores são utilizados para regular o nível de corrente nos circuitos ele-
trônicos. Como é inviável produzir todos os valores de resistência, há valores
comerciais de resistores os quais estão disponíveis na Tabela 1:
68 Eletrotécnica
Figura 6. Trimpots.
Fonte: Lefteris Papaulakis/ Sutterstock.com.
Figura 7. Reostato.
Fonte: Egorcos / Shutterstock.com.
Resistores e aplicações em eletrotécnica 73
Para conhecer mais sobre a aplicação de décadas resistivas nos processos de calibração
de equipamentos de medição de resistência, consulte o Manual de instruções técnicas
(COPEL, 2007).
Código de cores
Para determinar as características do resistor, é impresso em cada componente
um código que representa os seus valores nominais. Um dos tipos mais comuns
de código para resistores é o código de cores, em que cada cor representa um
valor, conforme a Figura 9. Com a leitura correta, é possível determinar a
especificação do resistor (MARCUS, 2001).
74 Eletrotécnica
Resistores de 4 faixas
Os resistores de 4 faixas possuem os maiores valores de tolerância de seus
valores de resistência, de 5 a 10%, e o menor preço. Assim, essas características
o tornam o tipo mais utilizado em equipamentos simples, com baixa precisão
(BOYLESTAD, 2011).
Sua leitura é realizada de acordo com os seguintes passos:
1ª Faixa: marrom = 1
2ª Faixa: vermelho = 2
3ª Faixa: dourado = -1
4ª Faixa: prata = 10%
Resistores de 5 faixas
Esses resistores possuem maior precisão (daí sua classificação como “resis-
tores de precisão”), e seu valor de tolerância comumente é menor, de 1 a 2%.
76 Eletrotécnica
1. As cores das três primeiras faixas são lidas juntas, formando um número
de três algarismos decimais, o que possibilita uma maior precisão do
valor de resistência.
2. A cor da quarta faixa é o expoente de 10, o qual representará o fator
multiplicador para o valor encontrado nas duas primeiras faixas.
3. A cor da quinta faixa representa o valor de tolerância da resistência do
resistor. Se o resistor possuir apenas 3 faixas, isso significa que não
há faixa de tolerância, considerando-se, assim, +/-20% como valor de
tolerância.
1ª Faixa: azul = 6
2ª Faixa: prata = 8
3ª Faixa: preto = 0
4ª Faixa: vermelho = 2
5ª Faixa: dourado = 5%
Resistores de 6 faixas
Estes resistores são muito parecidos com os de 5 faixas, mas com uma informação
que torna o seu valor de resistência mais preciso. A sexta faixa determina a
variação de resistência referente à variação de temperatura (BOYLESTAD, 2011).
A leitura desse tipo de resistor é feita de acordo com os seguintes passos:
1. As cores das três primeiras faixas são lidas juntas, formando um número
de três algarismos decimais, o que possibilita uma maior precisão do
valor de resistência;
2. A cor da quarta faixa é o expoente de dez, o qual representará o fator
multiplicador ao valor encontrado nas duas primeiras faixas;
3. A cor da quinta faixa representa o valor de tolerância da resistência do
resistor. Se o resistor possuir apenas 3 faixas significa que não há faixa de
tolerância, sendo assim, considera-se +/-20% como valor de tolerância.
4. A cor da sexta faixa representa o coeficiente de temperatura da resis-
tência cuja unidade representa parte por milhão por grau Kelvin.
1ª Faixa: verde = 5
2ª Faixa: azul = 6
3ª Faixa: preto = 0
4ª Faixa: alaranjado = 3
5ª Faixa: dourado = 5%
6ª Faixa: vermelho = 50 ppm
78 Eletrotécnica
Associação de resistores
Os resistores podem ser associados de diversas formas, possibilitando a ob-
tenção de circuitos cuja resistência equivalente seja um valor diferente dos
valores comerciais de resistências. A associação de resistores é feita de duas
formas básicas: associação série e associação paralela. Qualquer outra as-
sociação diferente consiste na junção das duas, e é denominada associação
mista (BOYLESTAD, 2011).
Associação série
Os resistores estão em série se estiverem no mesmo ramo, não havendo nós
entre eles, conforme o circuito da Figura 10. A mesma corrente circula em
todos os resistores (BOYLESTAD, 2011).
Veja um exemplo:
No circuito da Figura 10, considerando os valores dos resistores R1, R2, R3, R4 e R5 como
4,7 kΩ, 5,1 kΩ, 10 kΩ, 2,2kΩ e 300 Ω, respectivamente, qual será o valor da resistência
equivalente, Rab, do circuito?
Resolução: como as resistências estão em série, o valor de resistência total é obtido
pela soma das resistências dos resistores. Assim:
Associação paralela
Nesse tipo de associação, os resistores estão em paralelo, e todos eles estão
ligados nos mesmos nós, como mostrado na Figura 11. Observe que todos os
resistores estão ligados diretamente aos pontos “a” e “b” (BOYLESTAD, 2011).
No circuito da Figura 11, considerando os valores dos resistores R1, R2, R3, R4 e R5 como
4,7 kΩ, 5,1 kΩ, 10 kΩ, 2,2kΩ e 300 Ω, respectivamente, qual será o valor da resistência
total, Rab, do circuito?
Resolução: Como as resistências estão em paralelo, o valor do inverso da resistência
total é obtido pela soma dos inversos das resistências dos resistores.
Associação mista
Na associação de resistores mista, utilizamos parte do circuito em série, e
parte em paralelo, formando um circuito diferente dos tipos série e paralelo
(BOYLESTAD, 2011).
No circuito da Figura 12, considerando os valores dos resistores R1, R2, R3 e R4 como
4,7 kΩ, 5,1 kΩ, 10 kΩ, 2,2kΩ, respectivamente, qual será o valor da resistência total,
Rab, do circuito?
Resolução: Iniciamos a análise dos circuitos mistos por meio da associação de resis-
tores em série, como os resistores R3 e R4:
O valor equivalente à associação série de R34 é 12,2 kΩ, reduzindo o circuito inicial
ao circuito equivalente 1, mostrado a seguir.
BAGAREL. Década Resistiva MDR-611 Minipa. Bagarel, c2006-2017. Disponível em: <http://
loja.bagarel.com.br/decada-resistiva-mdr-611-minipa-p186>. Acesso em: 03 fev. 2017.
BOYLESTAD, R. L. Introdução à análise de circuitos. 10. ed. São Paulo: Pearson Educa-
tion, 2011.
COPEL DISTRIBUIÇÃO. Manual de instruções técnicas. [S.l.]: Copel, 2007. Disponível
em: <http://www.copel.com/hpcopel/root/pagcopel2.nsf/0/CFBB161F21D48B8103
2574F1005C9003/$FILE/MIT_161705-Procedimentos_de_Ensaios_Mecanicos_de_
Equipamentos_e_Ferramentas.pdf>. Acesso: 27 jan. 2017.
MARKUS, O. Circuitos elétricos: corrente contínua e corrente alternada. São Paulo:
Érica, 2001.
MUNDO DA ELÉTRICA. Resistores fixos. [S.l.]: Munda da elétrica, 2017. Disponível em:
<https://www.mundodaeletrica.com.br/resistores-fixos/>. Acesso em: 01 fev. 2017.
Leitura recomendada
NILSSON, J.; RIELDEL, S.; Circuitos elétricos. 8. ed. São Paulo: Pearson Education, 2009
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
Servem para representar uma carga resistiva, e a teoria da eletricidade pode ser aplicada em
fórmulas, como a Lei de Ohm e a Lei da Potência.
O resistor, ao oferecer resistência à passagem da corrente elétrica, gera calor, que tem de ser
dissipado (chamado de Efeito Joule). O tamanho físico de um resistor vai definir a potência
dissipada pelo mesmo.
EXERCÍCIOS
B) Seu comprimento
E) A sua resistividade
2) Dispõe-se de três resistores de resistência 300 Ohms cada um. Para obter uma
resistência de 450 Ohms, utilizando os três resistores, como devemos associá-los?
B) Os três em paralelo.
D) Os três em série.
3) Temos três resistores ligados em série com as resistências de 120, 330 e 470 Ohms.
Qual a resistência total?
A) 450 Ohms
B) 920 Ohms
C) 800 Ohms
D) 590 Ohms
E) 120 Ohms
NA PRÁTICA
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
Conhecendo o Resistor
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Associação de Resistores
APRESENTAÇÃO
Bons estudos.
DESAFIO
Você necessita fazer uma extensão elétrica de 5 metros para uma carga de 2200 Watts em uma
tensão de 220 Volts. Pesquise na Internet uma tabela de diâmetros versus corrente. Lembre-se
de selecionar a bitola mínima do fio de cabo paralelo para alimentar esta carga, sem perdas, de
acordo com as tabelas de fiação. Você encontra tabelas em vários sites da Internet como, por
exemplo:
Veja aqui
INFOGRÁFICO
Veja, na ilustração a seguir, um esquema do que veremos nesta unidade referente aos
condutores de circuitos, seções de fio, materiais de isolação, montagem de cabos,
eletrodutos para proteção da fiação e perdas de carga em condutores.
Figura 1
CONTEÚDO DO LIVRO
Os condutores são muito importantes em qualquer sistema elétrico. Devem ser capazes de
conduzir a corrente elétrica de maneira contínua, sem perdas por resistência, e com segurança
decorrente de uma isolação adequada. Além disso, devem ser instalados dentro de eletrodutos.
Boa leitura!
EQUIPAMENTOS
ELÉTRICOS
Patrícia
Sebajos Vaz
Condutores de circuitos
e seções de fios
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar sobre condutores elétricos e fios, os quais
são primordiais para o sistema elétrico de distribuição de energia no Brasil.
Estudá-los é fundamental para todos aqueles que almejam trabalhar
como engenheiros eletricistas, projetistas e técnicos elétricos, portanto,
a seguir, apresentaremos conceitos referentes à constituição dos cabos e
dos fios elétricos, sua formação, características técnicas, aplicações, tipos
de condutores e principais métodos de dimensionamento.
Ao longo do texto, será possível especificar e definir as seções e
conhecer quais materiais são utilizados para a fabricação, do que são
constituídos e as normas técnicas aplicáveis para esse assunto. Você ainda
vai visualizar, por meio de figuras, tabelas e gráficos, as especificidades
e características.
Conceitos básicos
Os condutores elétricos são responsáveis pelo transporte da energia elétrica, ou
seja, são produtos metálicos cuja a propriedade é conduzir sinais elétricos. De
forma geral, o condutor é circular e de comprimento extenso. São classificados
2 Condutores de circuitos e seções de fios
Isolação
A isolação é um termo utilizado para isolar eletricamente, confinando o campo
elétrico gerado pelo condutor, com a finalidade de proteger mecanicamente
o fio do meio que o circunda, do contato com outros condutores, com a terra,
toques acidentais ou do ambiente em que esteja instalado.
4 Condutores de circuitos e seções de fios
Para realizar a isolação, são utilizados materiais isolantes com alta resisti-
vidade e devem ter alta rigidez dielétrica, especialmente quando empregados
em tensões elétricas superiores a 1 kV. Como exemplo, podemos observar a
Figura 1 a seguir. Nela, podemos observar que o condutor, além de apresentar
a isolação, tem também uma cobertura externa com a função de proteger o fio
ou o cabo contra influências externas. Esse invólucro externo é não metálico e
contínuo. O fio que apresentar apenas a cobertura é chamado de cabo coberto,
pois não tem a camada de isolação.
Denominamos condutor isolado o fio ou o cabo dotado apenas de isolação.
Observe-se que a isolação não precisa necessariamente ser constituída por
uma única camada (p.ex., podem ser usadas duas camadas do mesmo material,
sendo a camada externa especialmente resistente à abrasão) de acordo com a
fabricante Prysmian (Figura 2).
Borracha de silicone
Fibra de vidro
Outros materiais
Verniz
Tabela 1. Temperaturas
Tensão de isolamento
Os sistemas elétricos são previstos para várias classes de tensão. Conforme:
Blindagem
Conforme os autores Cavalin e Cervelin (2006), a blindagem são as camadas
de materiais semicondutores, aplicada sobre o condutor ou as partes metálicas
aplicadas sobre a segunda camada semicondutora que recobre a isolação,
cuja finalidade é concentrar o campo elétrico ou facilitar o escoamento das
correntes de curto-circuito e das correntes induzidas. Existem dois tipos de
blindagem: a interna e a externa.
A blindagem interna, cuja aplicação do material semicondutor é direta-
mente sobre o condutor por meio de processos de extrusão e vulcanização,
tem as funções de uniformizar a distribuição das linhas de campo elétrico e
impedir a ionização.
8 Condutores de circuitos e seções de fios
Tabela 2. Dimensão de um cabo de acordo com a isolação térmica, a partir de sua tensão
de isolamento
Tensão de isolamento
Tensão Tensão máxima
do cabo Vo (kV)
nominal do de operação do
sistema (kV) sistema (kV)
Categoria 1 Categoria 2
1 1,2 — 0,6
3 3,6 — 1,8
6 7,2 3,6 6
10 12 6 8,7
15 17,5 8,7 12
20 24 12 15
25 30 15 20
35 42 20 27
Figura 3. Blindagem. (1) condutor; (2) blindagem do condutor; (3) isolação; (4) blindagem da
isolação (camada semicondutora); (5) blindagem da isolação (fios de cobre nu); (6) cobertura.
Fonte: Adaptada de Walpa (2018).
Para cabos de baixa tensão, a isolação mais utilizada é o PVC, por ser mais econômico,
apesar de suas características serem apenas regulares. Para cabos de média tensão,
em que se deseja maior confiabilidade, se utiliza EPR e XLPE. Nos cabos de alta tensão,
a escolha recai sobre o XLPE, por apresentar melhor desempenho (elevado gradiente
de descarga e baixas perdas dielétricas) e melhor viabilidade econômica.
Tipos de condutores
Temperatura
Seção mínima
A seção mínima é o critério mais simples e é utilizado para determinar a seção
mínima do condutor a ser empregado em uma determinada aplicação. Esse mé-
todo é mais utilizado em situações em que a capacidade de corrente necessária
é pequena, geralmente em instalações residenciais, porque, se observarmos
a tabela definida pela norma NBR 5410 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2004), na prática os valores mais utilizados são: a
seção mínima para condutores em circuitos de iluminação ser de cobre e de
1,5 mm² e a seção mínima para circuitos de força, que incluem tomadas de
uso geral, ser de cobre e de 2,5 mm².
Queda de tensão
Para calcular a seção do condutor por esse critério, devemos compreender
que no valor da tensão de ponto de entrega (p.ex., entrada de energia) até o
ponto de utilização, isto é, o circuito terminal, ocorre uma redução do valor
de tensão em relação à tensão nominal da instalação, ocasionada por diversos
motivos, dentre eles a própria passagem de corrente nos demais componentes
da instalação, tais como chaves, interruptores, conexões, disjuntores, dis-
tância a ser percorrida, etc. Para que essa queda de tensão não interferisse
no funcionamento dos equipamentos elétricos e na própria instalação como
um todo, a norma NBR 5410 (ASSOCIAÇÂO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2004) definiu, por meio de tabela, valores máximos para essa
queda de tensão, conforme apresentado na Tabela 4.
Conforme Cavalin e Cervelin (p. 252), pode-se adotar este roteiro para o
cálculo da queda de tensão:
e(%) · V
∆Vunit =
Ip · ℓ
Ib≤In≤Iz
I 2 ≤ 1,45 I z
Onde:
I b: corrente de projeto do circuito
I z: capacidade de condução de corrente dos condutores
Condutores de circuitos e seções de fios 17
Exemplo
Dimensionamento dos condutores para um chuveiro.
Dados:
P = 5400 W
V = 220 V
fator de potência = 1
isolação de PVC
eletroduto de PVC embutido em alvenaria
temperatura ambiente em 40 ºC
comprimento do circuito = 30 m
18 Condutores de circuitos e seções de fios
Solução:
Pelo critério da capacidade de condução de corrente, utilizando as tabelas
da norma NBR 5410 (ASSOCIAÇÂO BRASILEIRA DE NORMAS TÉC-
NICAS, 2004).
S 5400
Obtendo a corrente de projeto: Ip = = = 24,5 A
V 220
Seções A1 A2 B1 B2 C D
nominais
Número de condutores carregados
mm2
2 3 2 3 2 3 2 3 2 3 2 3
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) (12) (13)
Cobre
0,5 7 7 7 7 9 8 9 8 10 9 12 10
0,75 9 9 9 9 11 10 11 10 13 11 15 12
1 11 10 11 10 14 12 13 12 15 14 18 15
4 26 24 25 23 32 28 30 27 36 32 38 31
(Continua)
Condutores de circuitos e seções de fios
19
20
(Continuação)
Tabela 5. Capacidades de condução de corrente, em ampères, para os métodos de referência A1, A2, B1, B2, C e D
Seções A1 A2 B1 B2 C D
nominais
Número de condutores carregados
mm2
2 3 2 3 2 3 2 3 2 3 2 3
6 34 31 32 29 41 36 38 34 46 41 47 39
Condutores de circuitos e seções de fios
10 46 42 43 39 57 50 52 46 63 57 63 52
16 61 56 57 52 76 68 69 62 85 76 81 67
50 119 106 110 99 151 134 133 118 168 144 148 122
70 151 136 139 125 192 171 168 149 213 184 183 151
95 182 164 167 150 232 207 201 179 258 223 216 179
120 210 188 192 172 269 239 232 206 299 259 246 203
150 240 216 219 196 309 275 265 236 344 299 278 230
185 273 245 248 223 353 314 300 268 392 341 312 258
(Continua)
(Continuação)
Tabela 5. Capacidades de condução de corrente, em ampères, para os métodos de referência A1, A2, B1, B2, C e D
Seções A1 A2 B1 B2 C D
nominais
Número de condutores carregados
mm2
2 3 2 3 2 3 2 3 2 3 2 3
240 321 286 291 261 415 370 351 313 461 403 361 297
300 367 328 334 298 477 426 401 358 530 464 408 336
400 438 390 398 355 571 510 477 425 634 557 478 394
500 502 447 456 406 656 587 545 486 729 642 540 445
630 578 514 526 467 758 678 626 559 843 743 614 506
800 669 593 609 540 881 788 723 645 978 865 700 577
1000 767 679 698 618 1012 906 827 738 1125 996 792 652
Isolação
Temperatura (°C)
PVC EPR ou XLPE
Ambiente
10 1,22 1,15
15 1,17 1,12
20 1,12 1,08
25 1,06 1,04
35 0,94 0,96
40 0,87 0,91
45 0,79 0,87
50 0,71 0,82
55 0,61 0,76
60 0,50 0,71
65 — 0,65
70 — 0,58
75 — 0,50
80 — 0,41
(Continua)
Condutores de circuitos e seções de fios 23
(Continuação)
Tabela 6. Fatores de correção para temperaturas ambientes diferentes de 30°C para linhas
não subterrâneas e de 20°C (temperatura do solo) para linhas subterrâneas
Isolação
Temperatura (°C)
PVC EPR ou XLPE
Do solo
10 1,10 1,07
15 1,05 1,04
25 0,95 0,96
30 0,89 0,93
35 0,84 0,89
40 0,77
Fonte: Adaptada de Associação Brasileira de Normas Técnicas (2004).
0,85
45 0,71 0,80
50 0,63 0,76
55 0,55 0,71
60 0,45 0,65
65 — 0,60
70 — 0,53
75 — 0,46
80 — 0,38
24
Tabela 7. Fatores de correção aplicáveis a condutores agrupados em feixe (em linhas abertas ou fechadas) e a condutores agrupados num mesmo plano,
em camada única
1 Em feixe: ao ar 1,00 0,380 0,70 0,65 0,60 0,57 0,54 0,52 0,50 0,45 0,41 0,38 36 a 39
livre ou sobre (métodos
Condutores de circuitos e seções de fios
superfície; A a F)
embutidos; em
conduto fechado
2 Camada única 1,00 0,85 0,79 0,75 0,73 0,72 0,72 0,71 0,70
sobre parede,
piso ou em
bandeja não 36 e 37
perfurada ou (método C)
prateleira
3 Camada única 0,95 0,81 0,72 0,68 0,66 0,64 0,63 0,62 0,61
no teto
(Continua)
(Continuação)
Tabela 7. Fatores de correção aplicáveis a condutores agrupados em feixe (em linhas abertas ou fechadas) e a condutores agrupados num mesmo plano,
em camada única
4 Camada única 1,00 0,88 0,82 0,77 0,75 0,73 0,73 0,72 0,72 38 e 39
em bandeja (métodos
perfurada E e F)
5 Camada única 1,00 0,87 0,82 0,80 0,80 0,79 0,79 0,78 0,78
sobre leito,
suporte, etc.
Notas:
– Esses fatores são aplicáveis a grupos homogêneos de cabos, uniformemente carregados.
– Quando a distância horizontal entre cabos adjacentes for superior ao dobro de seu diâmetro externo, não é necessário aplicar nenhum fator de redução.
– O número de circuitos ou de cabos com o qual se consulta a tabela refere-se à quantidade de grupos de dois ou três condutores isolados ou cabos unipolares, cada grupo
constituindo um circuito (supondo-se um só condutor por fase, isto é, sem condutores em paralelo), e/ou à quantidade de cabos multipolares que compõe o agrupamento,
qualquer que seja essa composição (só condutores isolados, só cabos unipolares, só cabos multipolares ou qualquer combinação).
– Se o agrupamento for constituído, ao mesmo tempo, de cabos bipolares e tripolares, deve-se considerar o número total de cabos como sendo o número de circuitos e, de
posse do fator de agrupamento resultante, a determinação das capacidades de condução de corrente (ver Tabela 5) deve ser então efetuada na coluna de dois condutores
carregados, para os cabos bipolares e na coluna de três condutores carregados, para os cabos tripolares.
– Um agrupamento com N condutores isolados, ou N cabos unipolares, pode ser considerado composto tanto de N/2 circuitos com dois condutores carregados quanto de
N/3 circuitos com três condutores carregados.
– Os valores indicados são médios para a faixa usual de seções nominais, com dispersão geralmente inferior a 5%.
Leituras recomendadas
CARVALHO, M. R. L. Instalações elétricas de baixa tensão. Rio de Janeiro: Universidade
Estácio de Sá, 2000. (Apostila).
COTRIN, A. A. M. B. Instalações elétricas. 5. ed. São Paulo: Pearson, 2009.
ELETRICIDADE MODERNA. Guia EM da NBR 5410. Aranda, São Paulo, dez. 2001.
NISKIER, J.; MACINTYRE, A. J. Instalações elétricas. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
Em um sistema elétrico, uma das partes mais importantes é a fiação condutora que liga todos os
componentes. Os condutores devem ser capazes de fornecer energia necessária, sem perdas por
resistência ou aquecimento. Também devem ter isolamento adequado e devem ser instalados
dentro de conduítes de proteção (eletrodutos). O diâmetro da fiação deve ser compatível com a
carga, sem perdas. As tabelas definem a área da secção transversal, corrente máxima. Além
disso, devemos avaliar as perdas de carga com a fiação.
EXERCÍCIOS
A) NBR 5410
B) NR-10 e NR-12
C) SAE e DIN
D) RMS e DIN
E) AWG e IEC
3) Cordão é o nome dado a cabos muito __________ usados para fornecer corrente aos
aparelhos e ferramentas ____________. São feitos de filamentos muito __________,
que são torcidos em conjunto.
A) 250 Volts
B) 0,25 Volts
C) 2,5 Volts
D) 0,1 Volts
E) 10 Volts
5) Se a tensão da fonte é 127 Volts e se a carga que chega pela fiação é 105 Volts, qual é
o percentual de perda?
A) 10,5%
B) 15 %
C) 18,5 %
D) 25 %
E) 17,32%
NA PRÁTICA
Figura 2
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
APRESENTAÇÃO
Nesta unidade estudaremos os relés e as suas aplicações, além dos contatores (relés de potência)
e suas aplicações na Eletrotécnica.
Bons estudos.
DESAFIO
Calcule quantos KiloWatts este motor pode gerar. Depois, analise catálogos de contatoras
e diga qual o modelo aconselhado pela fabricante WEG.
INFOGRÁFICO
Veja na ilustração o esquema do que veremos nesta unidade, no que se refere aos relés e suas
aplicações em chaveamento, aos contatores (relés de potência) e suas aplicações no
acionamento de cargas de maior potência.
CONTEÚDO DO LIVRO
Boa leitura!
EQUIPAMENTOS
ELÉTRICOS
Delmonte
Friedrich
Relés e contatores
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Neste capítulo, você vai identificar os símbolos e as funções de relés e
contatores usados nos diagramas esquemáticos, que são símbolos gráficos
usados para representar componentes e equipamentos elétricos em uma
instalação elétrica ou parte de uma instalação. Além disso, você vai saber
como os relés e os contatores são utilizados e como são especificados.
NA NA NF NF
1 2 3
13 23 31 41
4 5 6 C 14 24 32 42
Contatos Contatos
principais auxiliares
13 14
Sequência (2º contato) Função (NF)
21 22
(a)
(b)
(c)
Figura 5. (a) Símbolo de relé temporizado com retardo na energização. (b) Símbolo de relé
temporizado com retardo na desenergização. (c) Símbolo de relé térmico.
dessa forma, a ida desnecessária até a máquina para realizar trabalhos que
possam colocar em risco a segurança do trabalhador.
Outra maneira de utilizar esse importante componente é a possibilidade
de ligar e energizar equipamentos a distância, ou seja, de forma que não haja
contato direto com a corrente elétrica da máquina e, dessa forma, fazendo com
que operadores de máquinas e eletricistas de manutenção possam executar
seu trabalho sem que haja risco a sua segurança.
Relé eletromecânico
O relé fotoelétrico é um dos mais comuns e mais utilizados. Ele tem como função
principal o acionamento ou o desligamento automático de um determinado circuito
por meio da quantidade de luz. Com isso, permite uma infinidade de configurações
para uma instalação. Um exemplo clássico de utilização do relé fotoelétrico é a ligação
das lâmpadas dos postes, que acendem automaticamente quando escurece.
Relé digital
Também conhecido como relé programável (Figura 12), caracteriza-se pelo seu
tamanho compacto e pela excelente relação custo-benefício. É, sobretudo, um
equipamento idealizado para aplicações de pequeno e médio porte em tarefas
de intertravamento, temporização e contagem. Substitui com vantagens con-
tatores auxiliares, temporizadores e contadores eletromecânicos, reduzindo o
espaço necessário e facilitando significativamente as atividades de manutenção.
Sendo:
Ir = corrente do relé de sobrecarga
In = corrente nominal
Características de operação
Leitura recomendada
ALEXANDER, C.; SADIKU, M. N. O. Fundamentos de circuitos elétricos. 5. ed. Porto Alegre:
AMGH, 2013.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
Relé eletromecânico é uma chave controlada remotamente, que liga ou desliga uma carga por
energização de um eletroímã, que abre ou fecha os contatos do circuito, normalmente abertos
(NA) ou fechados (NF). Tem larga aplicação em eletroeletrônica, pois permite isolamento de
circuitos e maior segurança nos acionamentos. Possui uma bobina acionada por tensão CC ou
CA, que aciona contatos NA ou NF.
EXERCÍCIOS
A) Contator
B) Relés eletromecânicos
C) Relés eletrônicos
D) Interruptores manuais
E) Solenoides
NA PRÁTICA
Os relés fizeram a história da automação nos seus primórdios. Através de bobinas e contatos,
pode-se fazer lógica de comando e intertravamento em painéis de comando e controle de
equipamentos e sistemas. Confira na imagem:
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
APRESENTAÇÃO
Bons estudos.
DESAFIO
Vamos supor que você mora próximo de uma grande empresa que produz autopeças, com cerca
de 500 funcionários. Entre os equipamentos, a empresa possui: injetoras, prensas, tornos e
fresadoras CNC. Defina para esse consumidor de energia a maneira como a concessionária irá
atendê-lo para entrega de energia elétrica. O consumidor irá receber baixa tensão trifásica
(127/220 V) ou a concessionária irá atendê-lo com alta tensão, necessitando de subestação?
INFOGRÁFICO
O infográfico apresenta o esquema do que veremos nesta Unidade referente aos meios de
geração e transmissão de energia elétrica e cogeração.
CONTEÚDO DO LIVRO
Leia o capítulo Energia e Potência em Eletrotécnica que faz parte da obra Eletrotécnica e é a
base teórica desta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura.
ELETROTÉCNICA
Diogo Braga da
Costa Souza
S719e Souza, Diogo Braga da Costa.
Eletrotécnica [recurso eletrônico] / Diogo Braga da
Costa Souza, Rodrigo Rodrigues. – Porto Alegre :
SAGAH, 2017.
CDU 621.3
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar os meios de geração e de transmissão
de energia elétrica, conhecendo suas principais funções e característi-
cas, além dos mecanismos envolvidos na cogeração. Você também vai
conhecer um pouco mais sobre a matriz energética brasileira (a mais
renovável do planeta), com destaque para o funcionamento da usina
hidrelétrica de Itaipu.
Termelétrica
Linhas de
distribuição
Linhas de transmissão
Hidrelétricas
As usinas hidrelétricas utilizam a energia potencial ou cinética presente na
água de rios para a geração de energia elétrica.
Figura 2. Hidrelétrica.
Fonte: Christos Georghiou / Shutterstock.com
Em uma hidrelétrica que utiliza uma barragem de água, uma grande represa
é construída. Isso aumenta a profundidade do rio, aumentando também a
energia potencial devido à altura da água. Na barragem são instalados grandes
tubos com muita inclinação, que transportam a água até as turbinas geradoras.
A energia potencial antes contida na água, devido à barragem, se torna energia
cinética, a qual movimenta o eixo das máquinas síncronas, que convertem a
energia cinética da água em energia elétrica. Depois de passar pelas turbinas,
a água volta ao seu curso normal no rio, sem sofrer danos.
4 Eletrotécnica
Termelétricas
A energia térmica produz energia elétrica a partir da queima de combustíveis,
como óleo, carvão, gás natural e, em algumas usinas, biomassa. O fator de
atração desse tipo de usina é que ela pode ser instalada localmente, ou seja,
perto de centros consumidores, o que possibilita a redução de custos de trans-
missão de energia. A fonte primária desse tipo de geração é considerada não
renovável, devido à reação química da combustão dos materiais.
O grande fator negativo dessas fontes é a liberação de grandes quantidades
de gases, que causam impactos ambientais.
O processo de geração em termelétricas começa na queima do combustível,
o que libera uma grande quantidade de energia térmica. A água, ao absorver
essa energia, muda seu estado físico para vapor. Esse vapor então é pressurizado
para que movimente as pás de uma turbina conectada ao eixo da máquina
geradora (MAMEDE FILHO, 2012).
No Brasil, as termelétricas são utilizadas como segundo tipo de geração,
sendo acionadas somente quando a quantidade de energia gerada por fontes
hídricas não é suficiente para o atendimento da demanda energética. Essa
situação ocorreu em 2016, quando a falta de chuvas ocasionou a redução do
nível das barragens, diminuindo temporariamente o potencial de geração
hídrica. Os acionamentos das usinas térmicas elevam o custo da energia, o
que acaba sendo repassado aos consumidores por meio de tarifas de bandeiras:
quanto maior for a quantidade de energia gerada por fontes térmicas, maior
será o custo da energia.
Energia e potência em eletrotécnica 5
Figura 3. Termelétrica.
Fonte: Christos Georghiou / Shutterstock.com
Parques eólicos
A geração eólica converte a energia cinética dos ventos em energia elétrica.
Os aerogeradores são formados por grandes pás que, quando atingidas por
fortes correntes de ar, começam a se mover, girando o eixo da máquina elétrica
geradora (PETRUZELLA, 2013).
No ano de 2015, o Brasil atingiu um potencial instalado de geração de 6,4
GW de energia eólica, o que representa 4,7% do potencial brasileiro.
A energia eólica é um tipo de fonte complementar à fonte hídrica no Brasil,
pois seu grande potencial de geração de energia ocorre no período de estiagem,
considerado o mais crítico em termos de abastecimento energético.
Solar fotovoltaica
A geração fotovoltaica consiste na captação da radiação solar por placas
semicondutoras capazes de converter essa energia em energia elétrica. Para
maior eficiência de utilização, estas placas devem ser instaladas em locais onde
haja o maior tempo de incidência direta de radiação solar. Em alguns casos,
são utilizados sensores de posicionamento solar para o direcionamento das
placas. No entanto, os altos custos dessa tecnologia de geração desestimulam
sua aplicação (PETRUZELLA, 2013).
No Brasil, esse é um tipo de fonte com um imenso potencial não explorado,
pois o país é tropical e possui radiação de sol em grande parte do ano. Apesar
do alto custo de implantação, cada vez mais os consumidores de energia vêm
instalando estes sistemas para redução de custos do consumo de energia elétrica.
A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) lançou a Resolução
Normativa n.º 414/2010, que permite a interligação de fontes de geração insta-
ladas por consumidores à rede de distribuição, ou seja, o consumidor gerador
não precisa armazenar a energia gerada, ele injeta o excedente de energia na
rede de distribuição, recebendo, assim, um crédito de energia, o qual poderá
consumir quando seu consumo ultrapassar a capacidade geradora de sua
instalação. Essa normatização incentiva a instalação de fontes de geração
distribuída, pois reduz o custo de aplicação destes sistemas, eliminando a
necessidade da aquisição de baterias.
A geração de energia por meio de energia solar fotovoltaica ocorre pela conversão
da radiação luminosa solar em energia elétrica, logo, esse não é um tipo de geração
térmica, na qual se converte temperatura em energia elétrica. Aliás, quanto mais
quentes forem as placas solares, menores se tornam seus rendimentos.
Usinas nucleares
As usinas nucleares são consideradas térmicas porque o processo básico de
geração ocorre a partir da geração de energia elétrica para a vaporização da
água, tracionando as turbinas pela pressão desse vapor. A grande diferença
entre as usinas térmicas de combustão e as usinas nucleares é o processo de
obtenção da energia térmica, o qual ocorre pela reação em cadeia da fissão de
elementos radioativos por reatores nucleares. O elemento radioativo utilizado
é o urânio enriquecido.
O Brasil possui três usinas nucleares que se localizam na cidade de Angra
dos Reis (no Rio de Janeiro), denominadas Angra I, Angra II e Angra III (que
ainda não está operando). Juntas, elas possuem um potencial instalado de cerca
de 3.400 MW (ELETROBRÁS, 2017a).
Para saber mais sobre o processo de geração nuclear no Brasil, leia o Capítulo 8 do
Atlas da Energia Elétrica no Brasil (AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA, 2008).
Cogeração
A utilização de combustíveis fósseis em processos possui um rendimento muito
baixo, devido, entre outros motivos, à perda térmica. A cogeração consiste no
processo de reaproveitamento do calor que seria desperdiçado pelo processo.
Essa reutilização reduz as perdas do sistema e o custo da energia (MAMEDE
FILHO, 2012).
A grande limitação dos sistemas de cogeração está no fato de as usinas de
conversão da energia térmica residual precisarem estar localizadas próximas
ao processo produtor dessa energia, sendo que a grande maioria possui pouco
potencial de geração.
Um exemplo da aplicação da cogeração é a utilização do ar quente liberado
em geradores de energia a partir de gás natural, sendo que a principal função
do gerador é a produção de energia elétrica, e a utilização da energia térmica
residual é considerada geração secundária ou cogeração.
Redes de transmissão
As gerações de energia elétrica por meio de fontes naturais requerem que as
instalações dos centros de geração sejam em locais nos quais haja o potencial
necessário para a produção de energia suficiente ao atendimento da demanda de
consumo. No caso do Brasil, como a maior quantidade de geração de energia
é proveniente de hidroelétricas, as fontes de geração com alto potencial de
geração, ficam distantes dos centros consumidores, exigindo que essa alta
quantidade de energia seja transportada.
Esse transporte de grandes montantes de energia elétrica das fontes gera-
doras até próximo dos centros consumidores é de responsabilidade das redes
de transmissão. Para a redução das seções dos cabos, são utilizados altos
níveis de tensão, o que permite o transporte de um alto valor de potência
com valores de corrente relativamente baixos, conforme mostrado na Figura
8. Atualmente, a energia é transmitida em linhas de transmissão operando
com tensões próximas a 1.000 kV (KAGAN; OLIVEIRA; ROBBA, 2005).
Figura 8. Relação entre a redução da corrente nas linhas de transmissão pela elevação
da tensão.
O Brasil possui uma rede de transmissão formada por uma complexa rede
com cerca de 116.000 km (ELETROBRÁS, 2017b), sendo considerada a maior
do mundo. Essa característica se deve à extensão do território nacional e à
interligação de todo o sistema elétrico brasileiro.
Redes de distribuição
Essa parte é a mais diversificada do sistema, sendo composta por diferentes
níveis de tensão. A distribuição é dividida em subtransmissão, distribuição
primária e distribuição secundária, as quais são interligadas por subestações
abaixadoras, que reduzem os níveis de tensão e capacidade de transporte de
potência. As principais funções são descritas a seguir (KAGAN; OLIVEIRA;
ROBBA, 2005):
As linhas de transmissão de energia são importantes, pois as perdas podem ser significativas em
longas distâncias. As concessionárias utilizam meios de medição de consumo e tarifação dos
custos de energia. Vamos acompanhar mais detalhes no vídeo.
EXERCÍCIOS
A) Turbina a vapor.
B) Turbina hidráulica.
C) Turbina eólica.
D) Painel fotovoltaico.
E) Termelétrica
2)
Cogeração é a produção combinada de _____________, utilizando um combustível
primário.
B) Transformador.
C) Disjuntor.
D) Inversor.
E) Interruptor.
E) Nenhuma alternativa.
NA PRÁTICA
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
APRESENTAÇÃO
Bons estudos.
DESAFIO
O bairro onde você mora está com preocupantes casos de roubo a residências. Para você não ser
a próxima vítima da ação da criminalidade, zelando por sua segurança e seu patrimônio, você
vai projetar um moderno sistema de alarme residencial, um investimento em segurança.
INFOGRÁFICO
Veja na ilustração o esquema do que veremos nesta Unidade sobre circuitos e sistemas elétricos,
abordando circuitos de campainha de porta, porta eletrônica, telefonia e sistemas de alarme.
Figura 1
CONTEÚDO DO LIVRO
Vamos abordar uma visão geral dos tipos mais comuns de circuitos e sistemas encontrados nas
modernas instalações atuais. Estudaremos circuitos de campainha de porta, porta eletrônica,
telefonia, sistemas de alarmes, sensores e atuadores.
O livro que servirá de base teórica para esta Unidade de Aprendizagem é: PETRUZELLA, F.D.
Eletrotécnica I. Série Tekne. Porto Alegre: AMGH, 2013. Inicie a leitura a partir do título
"Sistemas de sinal de baixa tensão".
Boa leitura.
O autor
Frank D. Petruzella tem uma extensa prática no campo de eletrotécnica, bem como muitos anos de experiência
de ensino e de publicação de livros na área. Antes de se dedicar exclusivamente ao ensino, ele atuou como aprendiz
e eletricista de instalação e manutenção. Mestre em Ciências pela Niagara University e Bacharel em Ciências pela
State University of New York College-Buffalo, tem formação também em Eletrotécnica e Eletrônica pelo Erie County
Technical Institute.
CDU 621
Fios de
baixa tensão
127 V
Transformador
Eletrotécnica I
16 V
Fios de 127 V
Caixa
Conexão do transformador Símbolo do transformador
Circuito de campainha
A campainha é um dispositivo de sinal muito popular nas residências de modo geral. Uma
campainha de porta típica de dois tons permite identificar sinais de dois lugares. Ela é consti-
tuída por dois solenoides elétricos de 16 V e duas barras de tom (também chamadas barras de
timbre). Um solenoide, como você deve lembrar, é um eletroímã que tem um núcleo móvel.
Quando uma tensão é momentaneamente aplicada ao solenoide frontal (associado à porta
da frente), o seu núcleo móvel se desloca e atinge ambas as barras de tom. Quando uma
tensão é momentaneamente aplicada ao solenoide traseiro (associado à porta de trás), o seu
núcleo móvel atinge apenas uma barra de tom. Assim, um tom duplo (ding-dong) é produ-
zido por um sinal do solenoide frontal e um tom único é produzido pelo solenoide traseiro
(Figura 16-3).
O quadro de terminais da unidade de campainha tem geralmente três terminais de parafuso
(Figura 16-4). O terminal marcado com “F” (frontal ou frontal) é conectado a um dos lados
do solenoide frontal (porta da frente). O terminal marcado com “B” (back ou traseiro) é co-
nectado a um dos lados do solenoide traseiro (porta de trás). O terminal marcado com “T” é
conectado a ambos os terminais restantes dos solenoides. Isso torna o terminal “T” comum
a ambos os solenoides. Visão geral de circuitos e sistemas elétricos
O esquemático completo e uma amostra do quadro de sequência numérica da fiação são apre-
sentados na Figura 16-5. Um transformador 127 V/16 V é usado como fonte de alimentação.
O circuito esquemático pode ser lido facilmente para mostrar como o circuito funciona. Aper-
tando o botão (tipo pushbutton) apropriado, o circuito entre os solenoides frontal e traseiro
Traseiro
Barra apenas
de tom frontal
Frontal
capítulo 16
Símbolo da campainha
F T B
Unidade de campainha
Quadro de terminais
será devidamente fechado. Botões são usados em vez de interruptores de modo que o circuito
permanecerá ativo apenas quando o botão estiver pressionado. Uma campainha de dois tons
indica que o sinal é da porta da frente. Uma campainha de um único tom indica que o sinal é
da porta de trás.
Quando esse circuito é ligado em uma casa, talvez haja diferentes tipos de esquemas de fiação e
de passagem dos cabos para o mesmo esquemático. Aquele desenhado na Figura 16-6 é proje-
tado para simular um circuito típico de um layout residencial. O transformador fica comumente
127 V
Comum,
16 V conectados 1, 3, 5
1 2 juntos
2, 8
F F 4, 7
6, 9
3 4 7
8
B Sequência numérica da fiação
B
Eletrotécnica I
5 6 9
Diagrama esquemático
3/C
3
0,75 mm2
W
2/C 2/C
0,75 mm2 0,75 mm2
B B W W
R
W 1 2 B
16V
Transformador
localizado no porão da casa*, com o seu primário de 127 V permanentemente ligado ao sistema
elétrico da casa. Três passagens de cabo são usadas. Um cabo único de dois condutores é instala-
do do transformador para cada uma das portas e um cabo de três condutores vai do transforma-
dor para a campainha. A campainha está localizada em um local central no primeiro andar (ou
no único andar da residência). Observe que os componentes foram enumerados de acordo com
a sequência de numeração adotada no esquema. Os botões e o transformador estão representa-
dos pictoricamente. O diagrama de ligação é completado pela conexão dos terminais de acordo
com o quadro da sequência de numeração da ligação. Use o código de cores da isolação do fio
para identificar de forma correta as extremidades dos fios do cabo. Um cabo de dois condutores
geralmente contém um fio preto e um branco (ou azul). Um cabo de três condutores costuma
ter fios preto, branco (ou azul) e vermelho**. Esse tipo de fiação de sinal normalmente não requer
a utilização de caixas de luz (ou caixas de tomada).
* N. de T.: Nas residências no Brasil, em que não é tão usual a existência de porões, como é o caso das residências ame-
ricanas, o citado transformador pode estar situado em algum outro ponto da residência, às vezes dentro do próprio
sistema da campainha.
** N. de T.: Observe que a cor dos fios em nada altera as ligações elétricas apresentadas na Figura 16-6.
Eletroímã
Trava da porta
Placa da trava
de liberação
uma placa de trava de liberação. Quando uma corrente flui através do eletroímã, ele atrai a
trava de liberação e permite que a porta seja aberta.
O esquemático com um exemplo de quadro de sequência numérica da fiação para um circuito
simples de porta eletrônica de dois apartamentos é mostrado na Figura 16-8. O fluxo de cor-
rente para o eletroímã da porta eletrônica é controlado por dois botões de pressão conectados
em paralelo. Esses botões (A1 e B1) estão localizados em seus respectivos apartamentos (João
e Pedro). Ao pressionar o botão de qualquer um dos apartamentos, o circuito para o eletroímã
da porta eletrônica é fechado. O fluxo de corrente para a campainha localizada no Apartamen-
to A (João) é controlado pelo botão de pressão A2, que está localizado na entrada (térreo). De
120 V
16 V
Quadro de sequência 1 2
Porta eletrônica A1 (João)
numérica de fiação
1, 11, 7, 9 3 4
11 12 B1 (Pedro)
2, 4, 6, 14, 16
5 6
12, 3, 5 A (João)
A2 (João)
8, 13 13 14
10, 15 7 8
Eletrotécnica I
B (Pedro)
B2 (Pedro)
15 16
9 10
Apartamento A Apartamento B
(João) 14 13 (Pedro) 16 15
A1 B1
3 4 5 6
R R
B W B W
B B
W B
W R W
R W
B R
2 1
capítulo 16
16 V
As instalações elétricas evoluíram ao longo dos anos. A fiação elétrica era montada sem padrão
de qualidade, eram usados fios fase e neutro apenas, e eram utilizados fusíveis do tipo cartucho.
Raramente utilizavam caixas de derivação para as conexões elétricas.
EXERCÍCIOS
1) As atuais normas elétricas (NBR 5014, NR-10 e NR-12) indicam que, por maior
segurança, os acionamentos devem ser feitos em tensão inferior a:
A) 127 Volts.
B) 100 Volts.
C) 60 Volts.
D) 30 Volts.
E) 12 Volts.
2) O equipamento da figura é denominado:
A) Porta eletrônica.
D) Sensor magnético.
E) Sensor térmico.
D) Campainha residencial.
E) Circuito de telefonia.
B) Proteção de exteriores.
D) Proteção de área.
A) Sensor magnético.
D) Interruptor de emergência.
E) Sensor indutivo.
NA PRÁTICA
Uma campainha permite a anunciação de chegada de pessoas no hall de entrada. Uma fechadura
elétrica permite a comodidade de abrir uma porta à distância, sem precisar movimentar-se e com
grande agilidade. O telefone residencial ainda é uma comodidade, em tempos de telefonia
celular e dispositivos móveis.
Figura 6
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
APRESENTAÇÃO
Bons estudos.
DESAFIO
Explore o conteúdo, pesquise. Use todas as ferramentas disponíveis para solucionar o problema.
Vamos ao experimento!
Você necessita fazer um circuito para o acionamento de uma lâmpada através de dois
interruptores, tendo dois interruptores paralelos three-way. Esquematize a ligação. Na
internet você encontra dicas de circuitos e ligações:
Assista aqui
INFOGRÁFICO
CONTEÚDO DO LIVRO
O livro Eletrotécnica I, de Frank D. Petruzella - da Série Tekne - , serve de base teórica para
essa unidade de aprendizagem.
Boa leitura
O autor
Frank D. Petruzella tem uma extensa prática no campo de eletrotécnica, bem como muitos anos de experiência
de ensino e de publicação de livros na área. Antes de se dedicar exclusivamente ao ensino, ele atuou como aprendiz
e eletricista de instalação e manutenção. Mestre em Ciências pela Niagara University e Bacharel em Ciências pela
State University of New York College-Buffalo, tem formação também em Eletrotécnica e Eletrônica pelo Erie County
Technical Institute.
CDU 621
Especificação de
corrente máxima
Especificação 15 A
Eletrotécnica I
Condutor de
aterramento do
equipamento
Conector de aterramento
Parafuso de aterramento
Disjuntor
Barramento de neutro
Para o quadro
de painéis
Figura 16-46 Diagramas esquemático e de fiação para duas lâmpadas controladas por um único
interruptor.
deve ocorrer nos fios fase (condutores não aterrados) e nunca nos condutores aterrados (neu-
tro). Com isso em mente, o interruptor deve ser ligado em série com o fio fase, enquanto o fio
neutro aterrado é ligado diretamente em cada suporte de lâmpada. Ao conectar as lâmpadas
em paralelo, temos 127 V através de cada uma quando o interruptor é fechado. Ao conectar
duas lâmpadas idênticas em série, teríamos uma tensão inferior à tensão de operação normal
de 127 V em cada uma delas. Uma segunda vantagem da conexão paralela de lâmpadas é
que elas operam de forma independente uma da outra, de modo que se uma delas queima, a
operação da outra não é afetada.
Um interruptor bipolar, de dupla ação, é usado para circuitos de 220 V. Essa tensão requer
dois fios fase e um interruptor que possa abrir ambos os fios ao mesmo tempo. O interruptor
bipolar é semelhante em termos construtivos a um par de interruptores unipolares. Dois con-
juntos de parafusos terminais marcados com “linha” e “carga” são fornecidos e as posições do
interruptor são identificadas como “ON” e “OFF”. A Figura 16-47 mostra um interruptor bipolar
empregado para energizar um aquecedor elétrico de 220 V.
Um par de interruptores unipolares, de dupla ação, chamados interruptores de três vias, in-
terruptor paralelo, ou ainda, three-way, precisa ser utilizado para controlar luz(es) de dois lo-
cais diferentes. Exemplos desse tipo de controle de iluminação incluem luzes de um salão ou
escada e luzes em uma sala com duas entradas. O circuito interno desse dispositivo permite
que a corrente flua através do interruptor em qualquer das suas duas posições (Figura 16-
48). Por essa razão, não há indicações “ON/OFF” no interruptor. O interruptor paralelo possui
três terminais. Um terminal é chamado “comum” e é de cor mais escura do que os outros dois
terminais. Os outros dois terminais são chamados “terminais de retorno”.
A Figura 16-49 mostra o diagrama esquemático e de fiação para uma lâmpada comandada de
dois locais diferentes com um interruptor paralelo. Os condutores neutros em ambas as caixas
de luz seguem diretamente para a lâmpada. Os dois condutores vermelhos que passam entre
Linha
(Observação: os fios terra
não estão representados)
Carga Contatos abertos Contatos fechados
Aquecedor
de 220 V
Eletrotécnica I
Figura 16-47 Interruptor bipolar, de dupla ação, empregado para energizar um aquecedor
elétrico de 220 V.
Retorno
Comum
Retorno
Retorno
Comum
Comum
Retorno
Disjuntor
Barramento de neutro
Diagrama esquemático
Retorno
Visão geral de circuitos e sistemas elétricos
Comum Comum
Retorno
Preto
Diagrama de fiação
Vermelho
Preto
Para a fonte do
quadro de painéis
capítulo 16
Figura 16-49 Diagrama esquemático e de fiação para uma lâmpada comandada de dois locais
diferentes com um interruptor paralelo (three-way).
as duas caixas de luz são os “condutores de retorno”. O condutor preto (fase) a partir da fonte é
ligado ao terminal “comum” do primeiro interruptor, e o condutor preto indo para a lâmpada
é conectado ao terminal “comum” do segundo interruptor. Sempre que utilizarmos qualquer
um dos interruptores three-way, a luz vai mudar o seu estado – se estiver ligada, ela desligará;
se estiver desligada, ela ligará.
Dois interruptores paralelos podem ser usados em conjunto com um número qualquer de
interruptores de quatro vias (também chamados interruptores intermediários ou four-way)
para comandar uma lâmpada (ou lâmpadas) de um número qualquer de lugares diferentes.
O interruptor de quatro vias conta com quatro terminais e, assim como o interruptor de três
vias, permite que a corrente flua através do interruptor em qualquer das suas duas posições.
Por essa razão, não há indicações “ON/OFF” no interruptor. A Figura 16-50 mostra o esquema
interno de um interruptor four-way.
A Figura 16-51 mostra o diagrama esquemático e de fiação para uma lâmpada comandada a
partir de três pontos diferentes com um interruptor intermediário (four-way) em combinação
com dois interruptores paralelos (three-way). O interruptor intermediário está conectado aos
“condutores de retorno” entre os dois interruptores paralelos. Quando conectado corretamen-
te, a atuação de qualquer um dos interruptores vai mudar o estado da lâmpada (ligá-la ou
desligá-la). Os “condutores de retorno” devem ser conectados ao “pares” de terminais adequa-
dos no interruptor intermediário; caso contrário, a sequência de chaveamento não funcionará
corretamente. Para mais de três locais de comando, interruptores paralelos (three-way) são
instalados nas duas primeiras posições e, em seguida, um interruptor intermediário (four-way)
é instalado em cada ponto de comando adicional.
Não há uma regra especificando se a fonte de alimentação para os interruptores deve estar
na caixa de luz do interruptor ou no equipamento controlado (por exemplo, uma lâmpada).
A Figura 16-52 mostra um circuito de iluminação ligado com a alimentação de energia che-
gando diretamente na caixa de luz da lâmpada e um cabo de dois fios usado para o circuito
do interruptor. Neste caso, o fio azul (normalmente a cor do fio neutro) pode ser empregado
como fonte para o interruptor, mas não como o fio de retorno do interruptor para a caixa de luz
da lâmpada. O fio azul deve, então, ser permanentemente reidentificado, o que costuma ser
Par de terminais
Par de terminais
’’Posição para baixo’’
Barramento de neutro
Diagrama esquemático
4-way
3-way 3-way
Preto
Para a fonte do
quadro de painéis
(Observação: os fios terra não estão representados)
Figura 16-51 Diagrama esquemático e de fiação para uma lâmpada comandada de três locais
diferentes.
On
Figura 16-52 Circuito de iluminação ligado com a alimentação de energia chegando diretamente
na caixa de luz da lâmpada.
DICA DO PROFESSOR
EXERCÍCIOS
A) condutância e tensão
B) tensão e resistência
C) corrente e tensão
D) corrente e resistência
A) unipolar
B) bipolar
C) tripolar
D) bipolar de dupla ação
E) paralelo three-way
3) O diagrama de fiação para uma carga comandada de dois locais diferentes utiliza
dois interruptores do tipo:
A) unipolar
B) paralelo three-way
C) bipolar
D) intermediário four-way
4) O diagrama de fiação para uma carga comandada de três locais diferentes utiliza
dois interruptores do tipo ___________ e um interruptor tipo ________________.
C) Unipolar; bipolar
B) Proteção de cargas
C) Isolamento de cargas
NA PRÁTICA
Os interruptores podem ser do tipo unipolar (ação única), como para o caso de acionamento de
uma lâmpada. Já os interruptores bipolares podem acionar duas fases, como cargas maiores em
220 Volts.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
APRESENTAÇÃO
Bons estudos.
DESAFIO
Explore o conteúdo, pesquise. Use todas as ferramentas disponíveis para solucionar o problema.
Vamos ao experimento!
Você teve que se mudar de cidade. Onde você morava, a tensão local monofásica era 127 Volts,
e na sua nova cidade é 220 Volts. A maioria de seus eletrodomésticos têm tensão de 127 Volts.
- Em termos de ligações elétricas, algo pode ser feito na instalação elétrica para a ligação
de seus eletrodomésticos?
- Existe algum tipo de equipamento que permita ligar seus aparelhos na nova instalação?
INFOGRÁFICO
Leia o capítulo Transformadores que faz parte da obra Eletrotécnica e é a base teórica desta
Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura.
ELETROTÉCNICA
Rodrigo Rodrigues
S719e Souza, Diogo Braga da Costa.
Eletrotécnica [recurso eletrônico] / Diogo Braga da
Costa Souza, Rodrigo Rodrigues. – Porto Alegre :
SAGAH, 2017.
CDU 621.3
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar as relações de tensão, corrente e po-
tência dos transformadores em eletrotécnica. Você vai aprender mais
sobre as características de operação dos transformadores, as perdas,
as especificações e a importância dos transformadores nas redes de
distribuição de energia.
Operação do transformador
Um transformador é um dispositivo estático (sem partes móveis) utilizado
para transferir energia de um circuito CA para outro, o que pode envolver um
aumento ou uma diminuição da tensão, permanecendo a mesma frequência
em ambos os circuitos. Quando a transformação é realizada com um aumento
da tensão, estamos diante deum transformador elevador. Quando a tensão
é reduzida, estamos diante de um transformador abaixador. Essa mudança
na tensão CA é feita com perdas muito baixas de potência.
Com os transformadores, é possível gerar energia em um nível de tensão
conveniente, e logo elevar essa tensão para níveis bastante elevados, adequados
à transmissão a longas distâncias. Em seguida, é possível abaixar novamente
essa tensão para realizar a sua distribuição de forma prática e segura.
Um transformador básico (Figura 1) é constituído por duas bobinas en-
roladas (enrolamentos) em torno de um núcleo de ferro e ligadas entre si
por meio do fluxo magnético. A corrente variável associada à energia CA é
84 Eletrotécnica
Em que:
NP é o número de espiras do enrolamento primário.
NS é o número de espiras do enrolamento secundário.
EP é a tensão no primário.
ES é a tensão no secundário.
Podemos calcular qualquer um dos valores, desde que os outros três sejam
conhecidos, simplesmente rearranjando a fórmula. A tensão aumenta ou abaixa
por meio do transformador de forma proporcional à relação de espiras. Por
exemplo, se o número de espiras do secundário for o dobro do número de espiras
do primário, a tensão no secundário será duas vezes a tensão no primário.
Do mesmo modo, se o número de espiras do primário for o dobro do número
de espiras do secundário, a tensão no secundário será a metade da tensão no
primário. Em um transformador elevador, a tensão de saída no enrolamento
secundário é maior do que a tensão de entrada no enrolamento primário. Esse
tipo de transformador tem mais espiras no enrolamento secundário do que no
88 Eletrotécnica
Solução:
(a) Uma vez que a relação de espiras é 200:1, a corrente no primário será reduzida
por um fator de 200, igualando IP a 2 A (400 ÷ 200). Ou:
(b) Uma vez que a relação de espiras é 200:1, a tensão no secundário (ES) é abaixada
por um fator de 200, igualando ES a 0,6 V (120 ÷ 200).
Transformadores 291
Figura 7. Autotransformador.
Fonte: Petruzella (2013, p. 374).
a partir do que
Agora vamos determinar o valor de Rs, a partir da equação para a perda no cobre
dada anteriormente.
Transformadores trifásicos
versus monofásicos
Utilizar um único transformador trifásico, em vez de três transformadores
monofásicos, traz as seguintes vantagens. A primeira delas é a operação
mais eficiente de um transformador trifásico em comparação às três unidades
monofásicas necessárias para o seu lugar. A segunda é a maior facilidade de
instalação e a menor complexidade em termos de disposição da estrutura de
barramento, dos comutadores e da fiação para um transformador trifásico em
comparação a um banco de transformadores constituído por três transforma-
dores monofásicos. A terceira vantagem é que os transformadores trifásicos
pesam menos e exigem menos espaço em relação às três unidades monofásicas.
E, por fim, em termos de custos, um único transformador trifásico é mais
barato, porque menos material de núcleo é necessário para a potência nominal
(kVA nominal), o que equivale a três unidades monofásicas.
Sistemas de distribuição
A existência de um sistema de energia CA depende da disponibilidade de
transformadores. Sem eles, o sistema de energia não poderia operar. De um
modo mais amplo, o sistema de distribuição de energia elétrica refere-se à
forma como a energia elétrica é transmitida dos geradores para os diversos
pontos de utilização. Ou seja, o sistema de distribuição diz respeito às redes
e aos circuitos pelos quais a energia passa ao longo das ruas das cidades ou
das estradas rurais em direção ao consumidor final.
A transmissão de energia na tensão de utilização é conhecia como distri-
buição secundária. O sistema de linhas e circuitos alimentando o sistema de
distribuição secundário é o sistema de distribuição primário ou principal. O
elo entre o sistema de distribuição primário e o secundário é o “transformador
de distribuição”: ele permite aumentar a tensão alternada e reduzir a corrente
e as perdas. Sem os transformadores, a ampla transmissão e distribuição de
energia elétrica não seria possível.
02 Eletrotécnica
GUSSOW, M. Eletricidade básica. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. (Coleção Schaum).
PETRUZELLA, F. D. Eletrotécnica II. Porto Alegre: AMGH, 2013. (Série Tekne).
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
EXERCÍCIOS
A) Converter CC em CA.
B) É um adaptador de impedâncias.
E) É um isolador de tensões.
3) Para uso em linhas de transmissão de energia elétrica, por que são usados
transformadores?
A) Tamanho do secundário.
A) Somente a I.
B) somente a II.
C) Somente a III.
NA PRÁTICA
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
Transformadores
APRESENTAÇÃO
Bons estudos.
DESAFIO
Qual seria a maneira mais prática e imediata de avaliar o problemas para a sua solução ? Qual
instrumento de medição permitiria uma rápida medição para monitoramento de parâmetros
elétricos? O que fazer para reparar esta situação anormal?
INFOGRÁFICO
Vamos perceber no Infográfico que temos categorias de instrumentos, tendo que escolher o
instrumento mais adequando para o serviço que iremos realizar, assim realizando um trabalho de
qualidade e com segurança.
CONTEÚDO DO LIVRO
Instrumentos de medição elétrica são ferramentas importantes para avaliar grandezas como
tensão, corrente, resistência, etc.
O livro Eletrotécnica I, de Frank D. Petruzella, da Série Tekne, serve de base teórica para a
unidade de aprendizagem.
Boa Leitura.
O autor
Frank D. Petruzella tem uma extensa prática no campo de eletrotécnica, bem como muitos anos de experiência
de ensino e de publicação de livros na área. Antes de se dedicar exclusivamente ao ensino, ele atuou como aprendiz
e eletricista de instalação e manutenção. Mestre em Ciências pela Niagara University e Bacharel em Ciências pela
State University of New York College-Buffalo, tem formação também em Eletrotécnica e Eletrônica pelo Erie County
Technical Institute.
CDU 621
Voltímetros ou amperímetros individuais são por vezes usados para medir a tensão e a corrente
em um painel elétrico. Para testes no local de trabalho e solução de problemas, um único multí-
metro digital é geralmente usado para medir com precisão a tensão, corrente ou resistência
(Figura 2-1). Os medidores analógicos usam um ponteiro ligado a um medidor de conjunto móvel
para indicar a medida, enquanto os medidores digitais usam um mostrador (display) digital eletrô-
Amperímetro analógico Multímetro digital
Figura 2-1 Medidores analógico e digital. (2.1a: © Tom Pantages; 2.1b: Reproduzido com a permissão de Fluke
Corporation).
nico. Lembre-se: sempre que precisar de proteção contra sobretensão, procure uma certificação
independente e escolha a categoria apropriada para o tipo de trabalho que você espera realizar.
Uma variedade de dispositivos de teste de tensão pode ser utilizada para confirmar que todas as
tensões foram removidas do circuito no qual você está trabalhando. O testador de tensão (Figura
Instrumentos, ferramentas e fixadores
Sonda
O megôhmetro, comumente referido como megger (Figura 2-5), é usado principalmente para
a verificação da qualidade do isolamento em equipamentos elétricos. A qualidade da isolação
de um equipamento varia com a idade, o teor de umidade e a tensão aplicada. À medida que a
isolação vai se deteriorando, o equipamento muitas vezes começa a funcionar de forma incor-
reta ou mesmo não funcionar. O megôhmetro é semelhante a um ohmímetro típico (encon-
trado no multímetro para a medição de resistência elétrica), exceto que ele utiliza uma fonte
Instrumentos, ferramentas e fixadores
Escala
Manivela
capítulo 2
Figura 2-5 Megôhmetro de 500 volts usado para verificar a resistência de isolação.
O osciloscópio (Figura 2-6) serve para solucionar problemas e verificar as entradas e saídas de
dispositivos eletrônicos, podendo ser usado para medir a tensão, como um voltímetro. Além
disso, um osciloscópio fornece informações sobre a forma, o período de tempo e a frequência
de formas de onda de tensão.
Outros equipamentos de teste elétrico mais especializados, mostrados na Figura 2-7, incluem:
• Testador de circuito baseado em microprocessador usado para rastrear locais de fiações es-
condidas, localizar as caixas de derivação e encontrar disjuntores para circuitos energiza-
dos e desenergizados.
• Testador de circuito e de GFCI permite o teste imediato de tomadas de GFCI ou de circuitos
protegidos por disjuntor GFCI. Também permite a verificação de tomadas de 120 VCA ater-
radas com relação à fiação correta/incorreta.
• Classificador de fios permite que uma única pessoa identifique até 10 fios de uma vez.
Também indica fio aberto, curto para a terra, eletrodutos e outros fios.
• Indicador de sequência de fase identifica as fases L1, L2 e L3 e indica a rotação do motor
antes da instalação.
Eletrotécnica I
Questões de revisão
1. Liste quatro coisas a serem observadas quando se usa um instrumento de teste elétrico.
capítulo 2
2. Cite duas organizações independentes que publicaram normas de segurança para dispositivos
de medição elétrica.
3. Explique como as categorias de medição de I a IV são definidas.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
DICA DO PROFESSOR
EXERCÍCIOS
A) Justificar o custo.
A) Testers.
B) Amperímetros.
C) Osciloscópios.
D) Ohmímetro.
E) Frequencímetros.
A) Osciloscópio.
C) Frequencímetros.
D) Ohmímetro.
E) Multímetros ou multitesters.
C) Medir resistência.
NA PRÁTICA
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
APRESENTAÇÃO
Bons estudos.
DESAFIO
Vamos ao experimento!
INFOGRÁFICO
Veja na ilustração o esquema do que veremos nesta unidade referente a motores elétricos.
CONTEÚDO DO LIVRO
Leia o capítulo Motores Elétricos I que faz parte da obra Eletrotécnica e é a base teórica desta
Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura.
ELETROTÉCNICA
Diogo Braga da
Costa Souza
S719e Souza, Diogo Braga da Costa.
Eletrotécnica [recurso eletrônico] / Diogo Braga da
Costa Souza, Rodrigo Rodrigues. – Porto Alegre :
SAGAH, 2017.
CDU 621.3
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar a primeira parte sobre motores elétricos:
você vai aprender a identificar o princípio de funcionamento de um motor
elétrico, relacionar as características de diferentes tipos de motores CC e
conhecer conceitos como torque, potência e rotação de motores elétricos.
Princípio de funcionamento
Os motores elétricos são capazes de transformar energia elétrica em energia
mecânica, o que permite a movimentação de cargas (como em esteiras), a
ventilação de ambientes, entre outras aplicações. Para que isso aconteça, o
motor elétrico possibilita o giro de seu eixo pela interação magnética dos
campos magnéticos da parte girante, denominada rotor, e da parte estática,
denominada estator.
Os campos magnéticos presentes nos motores elétricos surgem pelo
princípio de Ampère, que diz que, quando uma corrente circula em um
determinado condutor, no seu entorno é gerado um campo magnético de
intensidade proporcional à intensidade de corrente e à quantidade de espiras
dos enrolamentos (UMANS, 2014).
As interações entre campos magnéticos são possíveis pela força eletro-
magnética, isto é, a repulsão ou atração de corpos, o que depende do tipo de
polaridade magnética: polos iguais se repelem e polos diferentes se atraem
(veja a Figura 1). Essa força de interação magnética, quando aplicada a corpos
06 Eletrotécnica
1. No estator:
■ Carcaça, a qual protege as partes internas e conduz o fluxo magnético.
■ Polos de excitação, que são formados por bobinas, as quais são
enroladas em chapas de aço laminadas, e são conhecidas como
sapatas polares.
■ Enrolamentos de compensação, que são elementos distribuídos
sobre a sapata polar de forma a distribuir uniformemente a indução
magnética no entreferro do estator.
■ Escovas, que são elementos estáticos que conectam a fonte de energia
à parte girante do motor, de forma a alimentar as bobinas do rotor.
2. No rotor:
■ Enrolamentos, que são bobinas enroladas em chapas de aço lamina-
das, as quais criam o campo magnético do rotor. Esses enrolamentos
são interligados ao comutador.
■ Comutador, que é o elemento que inverte a polaridade de campo
magnético do rotor, de forma a possibilitar o giro contínuo do eixo.
■ Eixo, que é o elemento interligado mecanicamente à carga, transmi-
tindo a potência mecânica desenvolvida pelo motor.
Para saber mais sobre a especificação dos motores elétricos, leia Motores Elétricos: Guia
de Especificação (WEG, 2016).
Onde:
τ = é o torque no eixo do motor;
P = é a potência mecânica do motor;
ω = é a velocidade do eixo do motor.
Com essa relação é possível associar essas três grandezas mecânicas a fim
de determinar que o torque nos motores elétricos é diretamente proporcional
à potência mecânica e inversamente proporcional à velocidade do motor.
Isso determina suas limitações: esse tipo de máquina elétrica tende a acionar
cargas de alto torque em baixas velocidades. Se esse tipo de carga necessitar
alta velocidade de trabalho, deverão ser utilizados motores que possuam alta
potência mecânica.
Os motores elétricos de corrente contínua até hoje são muito utilizados na produção
têxtil, pois qualquer esforço maior aplicado ao tecido pode danificá-lo. Assim, aplica-
-se um sistema de controle, com sensores que monitoram esse esforço, variando a
velocidade dos motores: aumentando-a em caso de afrouxamento, e reduzindo-a se
o tecido estiver muito esticado (SIEMENS, 2006).
Motores elétricos I 315
Um motor elétrico converte energia elétrica em energia mecânica usando campos magnéticos
que interagem entre si. Os motores elétricos são utilizados para uma variedade nas áreas
residenciais, comerciais e industriais. Cerca de cinquenta por cento da energia produzida é
utilizada em motores elétricos, como atuadores. Iremos abordar o principio de funcionamento
dos motores CC.
EXERCÍCIOS
1) Os motores elétricos:
A) Rotor e estator.
B) Indutor e rotor.
C) Coletor e estator.
D) Comutador e indutor.
E) Capacitor e estator.
NA PRÁTICA
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
Funcionamento de um motor CC
APRESENTAÇÃO
Bons estudos.
DESAFIO
Explore o conteúdo, pesquise e use todas as ferramentas disponíveis para solucionar o problema.
Vamos ao experimento!
Você necessita, para uma simples aplicação industrial de agitação de líquido num tanque, de um
motor. Deverá ter custo mais acessível e ser usado com redutor para a correta velocidade de
agitação das pás.
Para esta aplicação você iria usar um motor de corrente contínua ou alternada? Justifique.
INFOGRÁFICO
CONTEÚDO DO LIVRO
Leia o capítulo Motores Elétricos II que faz parte da obra Eletrotécnica e é a base teórica desta
Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura.
ELETROTÉCNICA
Diogo Braga da
Costa Souza
S719e Souza, Diogo Braga da Costa.
Eletrotécnica [recurso eletrônico] / Diogo Braga da
Costa Souza, Rodrigo Rodrigues. – Porto Alegre :
SAGAH, 2017.
CDU 621.3
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar a segunda parte sobre motores elétricos:
motores CC e CA monofásicos.
Você vai retomar os conhecimentos sobre motores de corrente contí-
nua de forma um pouco mais aprofundada, observando as suas principais
características.
Quebra de
comutação
Rotação
Rotação
(Rotação basica)
máxima
Controle pela Controle pelo
armaruda campo
Rotação
Conjugado
Rotação
Conjugado
Onde:
nS = velocidade síncrona;
n A = velocidade assíncrona;
s = escorregamento.
Os motores de corrente alternada também são classificados pelo tipo de
alimentação (monofásica ou trifásica), o que determina a quantidade de fases de
alimentação que chegam ao motor. Uma característica funcional que diferencia
esses dois tipos de motores é quanto à constância do torque, que só acontece
em motores trifásicos e não em motores monofásicos (KOSOW, 2005).
Para saber mais sobre os motores trifásicos, leia o capítulo “Como tornar um transporte
eficiente” do livro Máquinas elétricas de Fitzgerald e Kingsley (UMANS, 2014).
Motores CA monofásicos
Os motores de indução monofásicos são máquinas CA do tipo assíncronas
utilizadas para diversas finalidades que exigem motores de baixas potências,
sendo encontrados em aplicações residenciais e comerciais.
Os motores monofásicos são constituídos de um campo magnético do
estator que é criado por apenas um potencial. Assim, não existe diferença
entre a variação do campo no sentido horário e anti-horário desse campo,
o que impossibilita a partida desse motor pela indeterminação do sentido
de variação do campo magnético girante, como representado na Figura 9.
Observe que a força de repulsão para os dois sentidos é a mesma, o que trava
o eixo (KOSOW, 2005).
24 Eletrotécnica
Figura 10. Representação esquemática do campo criado pela bobina auxiliar no motor
monofásico.
Motores elétricos II 325
KOSOW I. L. Máquinas elétricas e transformadores. 15. ed. São Paulo: Globo, 2005.
UMANS, S. D. Máquinas elétricas de Fitzgerald e Kingsley. 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.
VIEIRA, F. Motores elétricos. [S.l.]: Ensinando Elétrica, 2013. Disponível em: <https://
ensinandoeletrica.blogspot.com.br/2011/04/motores-eletricos.html>. Acesso em:
02 mar. 2017.
WEG. DT – 3: características e especificações de motores de corrente contínua e conversores
CA/CC. Jaraguá do Sul: WEG, 2013. Disponível em: <http://ecatalog.weg.net/files/
wegnet/WEG-curso-dt-3-caracteristicas-e-especificacoes-de-motores-de-corrente-
-continua-conversores-ca-cc-artigo-tecnico-portugues-br.pdf>. Acesso em: 18 fev.
2017.
28 Eletrotécnica
Leitura recomendada
WEG. Motores elétricos guia de especificação. Jaraguá do Sul: WEG, 2016. Disponível
em: <http://ecatalog.weg.net/files/wegnet/WEG-guia-de-especificacao-de-motores-
-eletricos-50032749-manual-portugues-br.pdf>. Acesso em: 18 fev. 2017.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
EXERCÍCIOS
D) Utilizar capacitores.
E) Utilização de moto-freio.
B) Motor universal.
D) Servomotor CC ou CA.
A) Servomotores.
B) Motores de indução.
C) Motores trifásicos.
D) Motor universal-série.
5) Qual tipo de motor se utiliza em uma furadeira com maior torque e menor tamanho?
NA PRÁTICA
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
APRESENTAÇÃO
Bons estudos.
DESAFIO
Explore o conteúdo, pesquise. Use todas as ferramentas disponíveis para solucionar o problema.
Vamos ao experimento!
Você necessita de tensão contínua para carregar uma bateria, e possui um transformador na
tensão de 12 Volts próprio para a carga, porém, em corrente alternada. Que componente você
deve utilizar para transformar a corrente alternada em contínua pulsante para poder carregar a
bateria?
INFOGRÁFICO
Inicie a leitura a partir do título Física dos semicondutores como base para o entendimento dos
dispositivos eletrônicos.
Boa leitura.
DAVID G. ALCIATORE & MICHAEL B. HISTAND 4a EDIÇÃO
A352i Alciatore, David G.
Introdução à mecatrônica e aos sistemas de medições
[recurso eletrônico] / David G. Alciatore, Michael B. Histand
; tradução: Aniel Silva de Morais, Márcio José da Cunha ;
revisão técnica: Antonio Pertence Júnior. – 4. ed. – Dados
eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2014.
CDU 621
3.1 Introdução
Examinaremos alguns materiais excepcionais transformados por cientistas e en-
genheiros em invenções que afetaram todos os aspectos da vida no século XXI.
Para compreender essas invenções, precisamos entender as características físicas
de uma classe de materiais conhecidos como semicondutores, os quais são utiliza-
dos extensivamente nos circuitos eletrônicos contemporâneos. Vamos examinar a
física dos semicondutores, discutir como componentes eletrônicos são projetados
utilizando diferentes tipos de materiais semicondutores, aprender os símbolos dos
circuitos esquemáticos dos diferentes tipos de diodos e de transistores semicondu-
tores e utilizar os dispositivos no projeto de circuitos.
Banda
condutora
Grande
lacuna
de energia
Banda de
Condutor valência Isolador
V
1
I
Pequena
lacuna
de energia
Semicondutor
(3.1)
Potencial de contato
Ânodo Cátodo Nenhum campo interno
– – aplicado 21 –
p – n – p 21 n –
21
– – 21 –
Lacunas Elétrons Região de
Fluxo de Campo aplicado depleção
elétrons V V
1 1
– – –
p – n – p n–
– – –
Ânodo Cátodo
p n
1 2
Símbolo
esquemático
1 2
Componente
IN314
de exemplo
Sentido da corrente
para polarização direta
I
Figura 3.3 Diodo de silício.
Bola Mola
Aberto Fechado
Figura 3.5 Analogia de um diodo como uma válvula de retenção.
Região de Região de
Região de polarização I polarização
ruptura reversa direta
* Falha
20 mA
Diodo
ideal
10 mA Aproximação de
um diodo real
Diodo
real
V
2100 V 250 V 0,7 V 1 V
Diodo
real
Falha *
Figura 3.6 Curvas ideais, reais e aproximadas de um diodo.
R
Vin
1
1
Vin Vout t
2
Vout
t
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
DICA DO PROFESSOR
Antes existiam as válvulas termoiônicas, que consumiam mais energia e tinham tamanho maior,
exigindo tensões alternadas. O diodo semicondutor foi feito a partir de uma junção PN, com
material semicondutor (germanio, selênio, silício) com acréscimo de impurezas, que permitiam
material com excesso de elétrons (material tipo N) e falta de elétrons (material tipo P). Era um
componente passivo, não amplificava. Com a invenção do transistor, com duas junções e três
materiais (NPN ou PNP), foi possível a amplificação de sinais. O transistor consome muito
menos energia que a válvula termoiônica, trabalha com tensões contínuas de menor valor, tem
tamanho e custo muito menor. A evolução do transistor permitiu chegar em circuitos mais
complexos com integração em larga escala, surgiram no mercado os circuitos integrados, com
os preços caindo cada vez mais. Hoje temos os microprocessadores, de tamanho reduzido, que
permitem a popularização dos telefones celulares, tablets, PCs!
EXERCÍCIOS
A) Junção PN.
B) Junção PNP.
C) Junção NPN.
D) Dopagem.
E) LEDs.
A) Diodos retificadores.
C) Diodos Schotky.
D) Válvula Diodo.
A) Diodos.
B) Transistores.
C) Tiristores.
D) Capacitores.
E) Circuitos integrados.
NA PRÁTICA
Com o avanço das técnicas de miniaturização de componentes semicondutores, cada vez mais
foram colocando mais componentes em pastilhas de silício, com isto surgiam no mercado os
circuitos integrados, contendo centenas, milhares e até milhões de componentes dentro! Um
exemplo são os microprocessadores, cada vez mais potentes, rápidos e com menores custos. Os
computadores pessoais, notebooks, telefones celulares, tablets e tantos "gadjets" fazem nossa
vida mais confortável, na era da informação e do mundo na ponta dos dedos.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
APRESENTAÇÃO
Nesta unidade, estudaremos Eletrônica Industrial II: Sensores e Atuadores. Sensores e atuadores
são importantes em automação e controle. Os sensores monitoram as variáveis, e os atuadores as
controlam.
Bons estudos.
DESAFIO
Você adquiriu um lindo aquário, com peixes tropicais sensíveis, que precisam de temperatura
controlada em torno de 26 graus centígrados. Pesquise no mercado qual aparelho existe e como
funciona para esta função que permita o controle de temperatura nos níveis desejados.
INFOGRÁFICO
Veja na ilustração o esquema sobre o Encoder óptico, que é um dispositivo que converte
movimento em uma sequência de pulsos digitais. Pela contagem de um único bit ou pela
decodificação de um conjunto de bits, os pulsos podem ser convertidos em medições de posição
relativa ou absoluta.
CONTEÚDO DO LIVRO
Um atuador é um elemento que permite controlar, atuar sobre estas variáveis de controle. Ele
modifica a variável para parâmetros desejáveis. Assim, a temperatura pode ser controlada por
uma resistência elétrica de aquecimento, o nível pode ser modificado por uma bomba de fluido,
a vazão pode ser controlada por válvulas proporcionais, a força pode ser modificada por
motores, cilindros, a velocidade por motores. Vamos acompanhar mais detalhes no vídeo.
EXERCÍCIOS
E) Contagem de eventos.
C) Sensores e atuadores.
NA PRÁTICA
Sensores especiais analisam o combustível e/ou a mistura dos dois combustíveis, e em função
desta análise e ainda do sensor de queima de combustível (sonda lambda), fazem um
mapeamento da injeção e adaptando o motor para o melhor aproveitamento do combustível.
Para automação de soldagem, existem no mercado robôs de solda, que têm sensores de posição,
velocidade, aceleração, e com um programa, executam uma soldagem perfeita graças a
atuadores elétricos ou hidráulicos de precisão. Uma montadora de automóveis utiliza muitos
robôs pela necessidade de precisão, rapidez e segurança. Trabalham em qualquer tipo de
ambiente, carga horária e ritmo de trabalho. Tornam os automóveis mais competitivos no
mundo de crescente automação.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
Sensores e Atuadores
APRESENTAÇÃO
Bons estudos.
DESAFIO
Elaboramos uma atividade com estudo de caso que vai lhe guiar no caminho do conhecimento.
Cabe a você encontrar a melhor forma de resolver o desafio.
Vivemos uma crise mundial de produção de energia elétrica. Existe o risco de "apagões", no
futuro, se a produção de energia não aumentar na proporção do aumento de consumo. O uso
racional de energia é fundamental.
No que diz respeito à iluminação, temos, no mercado, lâmpadas incandescentes que têm baixo
rendimento e grande aquecimento. Também dispomos de lâmpadas compactas fluorescentes,
que têm maior rendimento e menor consumo energético. Atualmente, temos também a lâmpada
LED, feita com diodos semicondutores de luz, com grande rendimento e menor consumo
energético.
As lâmpadas incandescentes têm baixo custo e alto consumo, além de durarem cerca de 1.000
horas. As lâmpadas fluorescentes compactas têm médio custo e consumo, e também duram
cerca de 1.000 horas. As lâmpadas LED têm maior custo inicial, menor consumo e vida útil de
20.000 horas.
INFOGRÁFICO
Figura 1
CONTEÚDO DO LIVRO
Boa leitura!
Revisão de grandezas
elétricas básicas II
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Os circuitos elétricos são geralmente compostos por elementos passivos,
como resistores, indutores e capacitores, alimentados por uma fonte in-
dependente de tensão ou de corrente. É na análise destes circuitos que
normalmente calculamos o valor da tensão, corrente ou potência elétrica.
Dessa forma, é de extrema importância conhecer as grandezas que fazem
parte do universo dos circuitos elétricos, assim como as suas unidades.
As grandezas mais utilizadas em circuitos são: corrente elétrica, tensão,
resistência, potência e energia elétrica.
Neste capítulo, você vai estudar as grandezas corrente, tensão, resis-
tência, potência e energia elétrica e vai conhecer as unidades de medida
de cada uma delas.
modelar sistemas elétricos reais com elementos ideais de circuitos torna a teoria
de circuitos muito útil para os engenheiros. Dessa forma, com a interconexão
de elementos ideais de circuitos, podemos analisar o comportamento de um
sistema, descrevendo a interconexão por meio de equações matemáticas. Para
que as equações matemáticas sejam úteis, devemos escrevê-las em termos de
grandezas mensuráveis. Tratando-se de circuitos, essas grandezas são tensão
e corrente. Basicamente, o estudo da análise de circuitos envolve compreender
o comportamento de cada elemento ideal de circuito em termos de sua tensão
e de sua corrente.
As grandezas mais utilizadas em circuitos elétricos, juntamente com suas
unidades e seus símbolos, são apresentadas no Quadro 1.
Corrente ampère A
Tensão volt V
Resistência ohm Ω
Potência watt W
Na maioria dos resultados, a unidade do SI é muito pequena ou muito grande para ser
utilizada de forma conveniente. Dessa forma, prefixos baseados na potência de 10 são
aplicados para a obtenção de unidades maiores e menores em relação às unidades
básicas, como mostra a tabela abaixo.
Quadro 2. Prefixos SI
Todos esses prefixos estão corretos, mas os engenheiros costumam utilizar com mais
frequência os prefixos que representam potências divisíveis por 3. Já os prefixos centi,
deci, deca e hecto são raramente utilizados. Por exemplo, a maioria dos engenheiros
descreveria 10 –5 s ou 0,00001 s como 10 µs, em vez de 0,01 ms ou 10.000.000 ps.
Corrente
Ao utilizar um circuito elétrico, cargas são transferidas entre partes diferentes
de um circuito; pelo princípio da conservação da carga, não podemos criar ou
4 Revisão de grandezas elétricas básicas II
(1)
Onde:
i = corrente elétrica em ampère (A)
q = carga em coulombs (C)
t = tempo em segundos (s)
A corrente é considerada uma grandeza contínua, mesmo sendo composta
por inúmeros elétrons discretos em movimento. A Figura 1 ilustra a definição
de uma corrente fluindo através de um fio. Um ampère corresponde a 1 cou-
lomb de carga atravessando uma seção transversal arbitrariamente escolhida
em um intervalo de 1 segundo.
Seção transversal
Direção
do movimento
das cargas
Cargas individuais
Tensão
As cargas em um condutor, ou elétrons livres, podem mover-se aleatoriamente.
Entretanto, se quisermos um movimento orientado de cargas, denominado
corrente elétrica, devemos aplicar uma diferença de potencial (ddp), ou tensão,
nos terminais desse condutor. Portanto, um trabalho é realizado sobre as
cargas. A tensão sobre um elemento é definida como um trabalho (em joule)
realizado para mover uma unidade de carga (1 C) através do elemento, de um
Revisão de grandezas elétricas básicas II 5
(2)
Onde:
v = tensão em volts (V)
w = energia em joules (J)
q = carga em coulombs (C)
Quando um fio condutor é conectado a uma bateria, as cargas negativas (elétrons) são
induzidas a se deslocarem para o polo positivo da bateria (Figura 2). Não são as cargas
positivas (os prótons) que se deslocam, como imaginavam antigamente na teoria dos
circuitos. Tal convenção havia sido estabelecida por Benjamin Franklin (1706-1790), que
acreditava que a corrente elétrica (fluxo de cargas positivas) trafegava do polo positivo
para o negativo, definido como o sentido real da corrente. O nosso conceito de corrente
será o da corrente convencional, ou seja, a corrente elétrica (o deslocamento de cargas
negativas, os elétrons) do polo positivo da bateria para o polo negativo da bateria.
I – –
– –
+ −
Bateria
Figura 2. Corrente elétrica devido ao fluxo de cargas elétricas em um condutor.
Fonte: Sadiku, Alexander e Musa (2014, p. 9).
Resistência
O elemento mais simples e utilizado em circuitos chama-se resistor. Um con-
dutor elétrico apresenta propriedades que são características de um resistor, ou
seja, quando uma corrente flui por ele, os elétrons colidem com os átomos no
condutor; isso impede ou cria resistência ao movimento dos elétrons. Quanto
maior o número de colisões, maior será a resistência do condutor. Basicamente,
6 Revisão de grandezas elétricas básicas II
um resistor pode ser considerado como sendo qualquer dispositivo que apre-
senta resistência. Por sua vez, resistência é, por definição, a habilidade do
elemento em resistir ao fluxo de corrente elétrica; ela é medida em ohms (Ω).
A resistência R para qualquer material com área uniforme de seção trans-
versal A e comprimento l é diretamente proporcional ao comprimento e in-
versamente proporcional à área da seção transversal. Na forma matemática,
(3)
Onde:
ρ = resistividade do material (Ω-m)
l = comprimento (m)
A = área (m2)
A Figura 3 apresenta um condutor com seção transversal uniforme, com
área A, comprimento l e resistividade ρ do material.
Material com
resistividade ρ
Área da seção
transversal A
(4)
Onde:
p = potência em watts (W)
w = energia em joules (J)
t = tempo em segundos (s)
Dessa forma, 1 W é equivalente a 1 J/s.
A potência associada ao fluxo de carga decorre diretamente da definição
de tensão e corrente nas Equações 1 e 2, ou
(5)
Podemos, portanto, expressar a fórmula da potência em termos de tensão
(v) e corrente (i), ou seja,
(6)
Onde:
p = potência em watts (W)
v = tensão em volts (V)
i = corrente em ampère (A)
8 Revisão de grandezas elétricas básicas II
Circuito fechado
Fluxo de
Dispositivo de controle corrente
(interruptor) elétrica
Fonte de Dispositivo
alimentação ou carga
Condutor
(bateria) (lâmpada)
(fio)
Dispositivo de proteção
(fusível)
Circuito esquemático
Sem
fluxo de
corrente
Circuito aberto
Fonte de alimentação
Uma fonte de alimentação produz energia elétrica a partir da energia quí-
mica, mecânica, magnética ou outra fonte (PETRUZELLA, 2014). Para um
leigo, a fonte de alimentação CC (corrente contínua) mais comum é a bateria
[Boylestad, 2012]. Basicamente, ela apresenta em seus terminais uma tensão
CC ou ddp (diferença de potencial) para alimentar um circuito elétrico ou
componentes eletrônicos.
Condutores
Segundo Petruzella (2014), a função dos condutores é oferecer o percurso de
baixa resistência da fonte de alimentação para a carga. Condutor é a denomina-
ção geralmente atribuída, segundo Boylestad (2012), ao material que permite
a passagem de um fluxo intenso de elétrons com a aplicação de uma tensão
relativamente pequena. O cobre é o condutor mais utilizado, principalmente
na distribuição de energia elétrica.
10 Revisão de grandezas elétricas básicas II
Carga
A carga, define Petruzella (2014), é um dispositivo que utiliza a energia elétrica
ou transforma essa energia em outras formas de energia. Por exemplo, uma
lâmpada converte a energia elétrica da fonte em energia luminosa e térmica
(calor); já um motor elétrico converte a energia elétrica em energia mecânica.
Caso o circuito não tenha algum tipo de carga para limitar o fluxo de corrente,
torna-se um curto-circuito.
Dispositivos de controle
Uma forma de controlar o fluxo de corrente de um circuito é utilizar disposi-
tivos de controle para ligar e desligar os circuitos, ensina Petruzelaa (2014).
Um exemplo de dispositivo de controle comum é o interruptor. Um circuito
está fechado ou ativo quando o interruptor está na posição “ligado” (on, em
inglês) e está aberto ou interrompido quando o interruptor está na posição
“desligado” (off, em inglês).
Dispositivos de proteção
Quando o fluxo de corrente excede o valor permitido, um dispositivo de
proteção pode entrar em ação. Os fusíveis e os disjuntores são exemplos de dis-
positivos de proteção. Correntes elevadas podem causar danos aos condutores
e às cargas conectadas aos circuitos. No caso de níveis de correntes intensas
em níveis perigosos, o fusível derrete e abre o circuito automaticamente.
Voltímetro
Amperímetro
Ohmímetro
Medição de tensão
O voltímetro é um instrumento destinado a medir a tensão (diferença de
potencial) em um circuito elétrico. A diferença de potencial entre dois pontos
de um circuito é medida ligando as pontas de prova do voltímetro aos dois
pontos em paralelo [Boylestad, 2012]. O instrumento é utilizado para medir
tanto a tensão CA como a tensão CC por meio dos terminais de um circuito
ou de uma bateria. Antes, deve-se verificar se o circuito é alimentado com
tensão CA ou CC. A Figura 7 ilustra a ligação.
12 Revisão de grandezas elétricas básicas II
VCA
Selecione
tensão CA
na chave
seletora
de funções
Medição de corrente
O amperímetro é destinado a medir correntes fluindo em um circuito elétrico
(PETRUZELLA, 2014). Sempre é ligado em série com o elemento do circuito
cuja corrente se deseja medir; isso significa que um condutor deverá ser “aberto”
no ponto de inserção do instrumento. A Figura 8 ilustra um multímetro com
miliamperímetro CC para medição de corrente.
Revisão de grandezas elétricas básicas II 13
Seleciona
– Bateria +
corrente CC
na chave
seletora de
funções
Medição de resistência
O ohmímetro é um instrumento de medida utilizado para realizar geralmente
as seguintes tarefas: (1) medir resistência de um elemento individual ou a com-
binação destas; (2) detectar circuitos abertos, no caso de resistência elevada,
e curto-circuito, no caso de resistência baixa; (3) verificar se há continuidade
nas conexões de um circuito e identificar fios em um cabo com múltiplas vias;
(4) testar alguns dispositivos eletrônicos por exemplo, os semicondutores
(BOYLESTAD, 2012). O seu funcionamento é simples: no instrumento circula
uma corrente que passa por uma resistência desconhecida; essa resistência é
determinada pela medição do valor da corrente resultante (PETRUZELLA,
2014).
14 Revisão de grandezas elétricas básicas II
Abra para
desconectar
a alimentação
Desconecte para
abrir os caminhos
paralelos
OFF
Selecione a faixa Bateria
de resistência
Conecte as pontas
Motor
de prova nos terminais
Comum e de Resistência
A. Medição fora do circuito B. Medição dentro do circuito
Leituras recomendadas
JOHNSON, D. E.; HILBURN, J. L.; JOHNSON, J. R. Fundamentos de análise de circuitos
elétricos. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 1994.
NAHVI, M.; ADMINISTER, J. A. Circuitos elétricos. 5. ed. Porto Alegre: Bookmann, 2014.
(Coleção Schaum).
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
A resistência da passagem da corrente elétrica é o que vai definir a própria corrente elétrica.
Quanto maior a resistência, menor a corrente.
A potência elétrica é o produto da tensão pela corrente. Vamos acompanhar mais detalhes no
vídeo.
EXERCÍCIOS
A) Potência
B) Tensão
C) Corrente
D) Resistência
E) Impedância
B) Em paralelo
C) Entre o ponto e o terra
D) Em série
E) Sobre o componente
4) Resistência é a oposição à:
A) Corrente
B) Tensão
C) Potência
D) Polaridade
E) Resistividade
5) A potência é o produto da:
A) Resistência e tensão
B) Tensão e impedância
C) Energia e corrente
D) Corrente e tensão
E) Energia e tensão
NA PRÁTICA
Por exemplo, para quem gosta de chimarrão e viaja de carro, uma alternativa para o
aquecimento de água na garrafa térmica é o uso de um aquecedor tipo "rabo quente" em
12 volts. Esses aquecedores existem no mercado, mas o preço é superior ao dos
aquecedores de corrente alternada.
Figura 2
Visto que o fabricante do veículo define a potência máxima da tomada de tensão contínua
disponível ( em torno de 150 Watts máximos) e sabendo que a tensão do veículo é 12 volts, é
possível definir uma resistência - que facilmente pode ser feita com fio de níquel cromo e que
pode ser aproveitada de chuveiro elétrico - praticamente sem custo. Um pedaço de fio que
suporte a corrente (em torno de 12,5 ampéres), uma tomada para ligar no carro (em torno de R$
5,00), e temos um aquecedor, que pode ser feito por um preço seis vezes menor que o do
mercado!
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
APRESENTAÇÃO
Nesta unidade estudaremos tensão, corrente, resistência, potência e energia elétrica. Além disso,
aprenderemos como medir essas grandezas físicas.
Bons estudos.
DESAFIO
Elaboramos uma atividade com estudo de caso que vai lhe guiar no caminho do conhecimento,
cabe a você encontrar a melhor forma de resolver o desafio.
Considerando esses fatores, você deve fazer o projeto de iluminação de uma residência
com dois dormitórios, banheiro, sala conjugada com a cozinha, para quatro pessoas,
levando em consideração os três tipos de lâmpadas, aspectos econômicos e ambientais,
investimento inicial, retorno do investimento e sustentabilidade.
Veja, na ilustração, um esquema do que veremos nesta unidade - conceitos de tensão, corrente,
resistência e potência, suas correlações e como medir essas grandezas físicas.
CONTEÚDO DO LIVRO
O livro Eletrotécnica I, de Frank D. Petruzella, da Série Tekne, serve de base teórica para essa
unidade de aprendizagem. Inicie a leitura a partir do título Unidades Elétricas Básicas.
Boa leitura.
O autor
Frank D. Petruzella tem uma extensa prática no campo de eletrotécnica, bem como muitos anos de experiência
de ensino e de publicação de livros na área. Antes de se dedicar exclusivamente ao ensino, ele atuou como aprendiz
e eletricista de instalação e manutenção. Mestre em Ciências pela Niagara University e Bacharel em Ciências pela
State University of New York College-Buffalo, tem formação também em Eletrotécnica e Eletrônica pelo Erie County
Technical Institute.
CDU 621
Corrente
A taxa de fluxo de elétrons através de um condutor é chamada corrente e a letra I (que significa
intensidade) é o símbolo usado para representá-la. A corrente é medida em ampères (A). O
termo ampère se refere ao número de elétrons passando por um dado ponto em um segundo.
Se pudéssemos contar os elétrons individuais, descobriríamos que aproximadamente 6,25 ×
18
10 (6.250.000.000.000.000.000) elétrons passam por um dado ponto no circuito durante 1
segundo para um fluxo de corrente de 1 ampère (Figura 5-1). O fluxo de corrente elétrica pode
ser comparado ao fluxo de água em uma tubulação. Enquanto a corrente elétrica é dada em
elétrons por segundo, em um sistema de fluxo de água o fluxo é dado em litros por minuto ou
litros por segundo.
Quando os elétrons começam a fluir, o efeito é sentido instantaneamente ao longo de todo
o condutor, de modo semelhante à força que é transmitida através de uma fileira de bolas de
bilhar (Figura 5-2). A corrente elétrica é, na realidade, o impulso de energia elétrica que um
= Um ampère
Elétrons
Ponto de
medição
Eletrotécnica I
elétron transmite para outro à medida que ele muda de órbita. O primeiro elétron repele o
outro para fora da órbita, transmitindo sua energia para ele. O segundo elétron repete a ação
e esse processo continua através do condutor.
Embora os elétrons individuais não se desloquem mais do que alguns centímetros por segun-
do, a corrente efetivamente viaja através do condutor com uma velocidade próxima à da luz
(300.000 quilômetros por segundo). Como os átomos estão próximos e as órbitas praticamen-
te se sobrepõem, o elétron libertado não tem de viajar muito para encontrar uma nova órbita.
Essa ação é quase instantânea de modo que, mesmo que os elétrons se movam de forma rela-
tivamente lenta, a corrente elétrica viaja na velocidade da luz.
Um ampère é igual a um coulomb de carga passando por um dado ponto em um segundo. Um
instrumento chamado amperímetro é usado para medir o fluxo de corrente em um circuito
(Figura 5-3). O amperímetro é inserido no caminho do fluxo de corrente, ou em série, para
medir a corrente. Isso significa que o circuito deve ser aberto e os terminais do medidor
colocados entre os dois pontos abertos. Embora o amperímetro meça o fluxo de elétrons
em coulombs por segundo, ele é calibrado ou marcado em ampères. Para a maior parte das
aplicações práticas, o termo ampère é usado em vez de coulombs por segundo quando nos
Amperímetro analógico
2 A
Unidades elétricas básicas
Circuito esquemático
Tensão
Tensão (V, fem ou E) é uma pressão elétrica, uma força potencial ou uma diferença em cargas
elétricas entre dois pontos. A tensão, ou diferença de potencial entre dois pontos, impulsiona
a corrente através de um fio de maneira similar à diferença de pressão que empurra a água em
uma tubulação. O nível ou o valor de tensão é proporcional à diferença na energia potencial
elétrica entre dois pontos. A tensão é medida em volts (V). Uma tensão de um volt é necessária
para forçar um ampère de corrente através de um ohm de resistência (Figura 5-4). A letra E,
que representa fem* (força eletromotriz), ou a letra V, que representa volt, são comumente
usadas para representar tensão em fórmulas algébricas.
Uma tensão, ou uma diferença de potencial, existe entre quaisquer duas cargas que não são
exatamente iguais uma à outra. Mesmo um corpo descarregado tem uma diferença de poten-
cial com relação a um corpo carregado; essa diferença de potencial é positiva com relação a
uma carga negativa e negativa com relação a uma carga positiva. Também existe uma tensão
entre duas cargas positivas desiguais ou entre duas cargas negativas desiguais. Portanto, a
tensão é puramente relativa e não é usada para expressar a quantidade real de carga, mas sim,
para comparar uma carga com outra e indicar a força eletromotriz entre as duas cargas sendo
comparadas.
Diferença de potencial
entre duas cargas
elétricas em
dois pontos
1 Volt
1 ampère de
fluxo de corrente
1 ohm de
resistência
Eletrotécnica I
Figura 5-4 Tensão – diferença de potencial entre duas cargas elétricas em dois pontos.
* N. de T.: A letra E advém da primeira letra da sigla em inglês para fem, que é emf (Electromotive Force).
Um voltímetro é usado para medir a tensão ou a diferença de energia potencial de uma carga
ou fonte. Uma tensão existe entre dois pontos e não flui através de um circuito como a corren-
te. Como resultado, um voltímetro é conectado em paralelo com os dois pontos. Quantidades
muito pequenas de tensão são medidas em milivolts e microvolts, enquanto altas tensões são
expressas em quilovolts e megavolts (Figura 5-5).
Chave fechada
Voltímetro no 1
1,5 V
Bateria
Bateria
Chave
Voltímetro no 1
1,5 V (mostra a queda de
tensão na lâmpada)
Voltímetro no 2
Circuito esquemático Voltímetro no 2
(lê a tensão
aplicada)
Resistência
Resistência (R) é a oposição ao fluxo de elétrons (corrente). Ela é como um atrito elétrico que
dificulta o fluxo de corrente. A resistência é medida em ohms. O símbolo grego Ω (ômega) é
geralmente utilizado para representar ohms.
A resistência se deve, em parte, a cada átomo resistindo à remoção de um elétron pela sua atra-
ção para o núcleo positivo. As colisões de incontáveis elétrons e átomos, à medida que os elétrons
se movem através do condutor, também criam uma resistência adicional. A resistência criada pro-
voca um aquecimento do condutor quando uma corrente flui por ele; é por isso que um fio torna-
-se quente quando uma corrente circula por ele. Quanto maior a resistência, maior é a oposição
capítulo 5
Ohms
R3 R2 R1
Circuito esquemático
R3 R2 R1
Questões de revisão
1. Qual é a unidade prática de carga elétrica?
Eletrotécnica I
Potência
Potência elétrica (P) refere-se à quantidade de energia elétrica que é convertida em outra for-
ma de energia em um dado intervalo de tempo. Potência é o trabalho realizado por um circui-
to elétrico e é medida em watts (W). A potência em um circuito elétrico é igual a:
EXERCÍCIOS
A) 1000 Watts
B) 1100 Watts
C) 1270 Watts
D) 1400 Watts
E) 2000 Watts
2) , 2) Um chuveiro elétrico, com potência de 5000 Watts, se ligado meia hora por dia,
30 dias por mês, em um mês consumirá quantos KWh?
A) 100 KW
B) 150 KW
C) 50 KW
D) 75 KW
E) 50 KW
A) Potência e resistência
B) Resistência e tensão
C) Resistência e potência
D) Potência e tensão
E) Tensão e resistência
4) , 4) Um painel fotovoltaico é formado por 36 células, com tensão de 0,5 Volts com
corrente de 7 Ampéres, ligadas em série. A tensão e a corrente resultante são:
A) 36 Volts e 7 Ampéres
B) 18 Volts e 7 Ampéres
C) 7 Volts e 18 Ampéres
D) 28 Volts e 7 Ampéres
E) 18 Volts e 18 Ampéres
5) , 5) A geração de energia alternativa solar conectada direto à rede elétrica é
denominada:
A) Off Tie
B) Inversores
C) Grupos geradores
D) Grid Tie
E) Eólica
NA PRÁTICA
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
APRESENTAÇÃO
Bons estudos.
DESAFIO
Explore o conteúdo, pesquise. Use todas as ferramentas disponíveis para solucionar o problema.
Vamos ao experimento!
INFOGRÁFICO
Veja na ilustração o esquema de alguns tipos de chaves de fenda que usaremos nos nossos
trabalhos de campo.
CONTEÚDO DO LIVRO
O livro Eletrotécnica I, de Frank D. Petruzella, da Série Tekne, serve de base teórica para a
unidade de aprendizagem.
DICA DO PROFESSOR
Uma grande variedade de ferramentas, manuais ou elétricas, foi desenvolvida para ajudar os
profissionais qualificados na realização de suas tarefas de forma eficaz. A ferramenta certa, na
hora certa, permite significativos ganhos de tempo em manutenção e instalação de fiação,
quadros de comando e controle. O profissional deve selecionar, operar e conservar ferramentas
básicas e dispositivos de medição.
Vamos acompanhar mais detalhes no vídeo.
EXERCÍCIOS
B) Fita isolante.
C) Soldagem.
D) Identificação do terminal.
B) Aumenta a segurança.
A) Alicate de crimpagem.
C) Chave Allen.
D) Descascadores de fios.
E) Alicate de corte.
B) Alicates de crimpagem.
C) Descascadores de fios.
D) Soldadores.
NA PRÁTICA
Mesmo na área do hobby, sabemos que a ferramenta certa faz a diferença! Improvisações e
adaptações tornam a tarefa pouco produtiva e até perigosa! O mercado tem a disponibilidade de
um completo ferramental, manual ou elétrico, para facilitar o manejo em campo, em qualquer
área. Veja o exemplo de um montador de móveis, com uma aparafusadeira elétrica consegue
muita rapidez, precisão e comodidade, para a sua tarefa. Ganha tempo considerável, além de
esforço bem menor. Da mesma maneira, para quadros de comando e fiação, existem bornes e
conectores que permitem a ligação elétrica perfeita, segura, e com baixa resistência, que
necessitam de alicates especiais de crimpagem, chaves de fenda ou phillips, para uma rápida
intervenção.
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
APRESENTAÇÃO
Você sabia que os sistemas trifásicos são utilizados nos processos de geração, transmissão e
distribuição de energia elétrica? As cargas de grande potência são tendencialmente trifásicas,
assim ocasionando o equilíbrio de consumo entre as fases, o que proporciona um funcionamento
assertivo do fornecimento da energia elétrica.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer os sistemas trifásicos equilibrados a fim de
interpretar suas características e suas peculiaridades.
Bons estudos.
DESAFIO
INFOGRÁFICO
Você sabia que a aplicação dos sistemas trifásicos garante uma série de vantagens se comparada
com a de sistemas como os monofásicos e de corrente contínua?
No capítulo Sistemas trifásicos Equilibrados, do livro Instalações elétricas, você vai conhecer
os sistemas trifásicos equilibrados a fim de interpretar suas características e peculiaridades.
Boa leitura.
ELETROTÉCNICA
Introdução
Você sabia que os sistemas trifásicos são utilizados nos processos de geração,
transmissão e distribuição de energia elétrica? As cargas de grande potência
são tendencialmente trifásicas, ocasionando, assim, o equilíbrio de consumo
entre as fases. Isso proporciona um funcionamento assertivo do fornecimento
da energia elétrica. Neste capítulo você vai conhecer os sistemas trifásicos
equilibrados a fim de interpretar suas características e peculiaridades.
Características e componentes do
sistema trifásico
Os sistemas trifásicos são utilizados nos processos de geração, transmissão
e distribuição de energia. O sistema possui três fases, cujas tensões possuem
formato senoidal e são defasadas 120° entre si.
Este tipo de sistema proporciona várias vantagens, como a mudança de
nível de tensão de aplicação pela mudança da ligação no gerador ou na carga, e
2 Eletrotécnica
Geração trifásica
A geração de energia é comumente realizada por meio de três fases de tensão
alternada, as quais são obtidas utilizando um gerador trifásico.
Você vai ver agora detalhes importantes do funcionamento de um gerador
trifásico, começando pela definição de suas partes principais. O rotor do gerador
trifásico nada mais é do que as bobinas elétricas presentes no eixo da máquina
elétrica. O rotor é excitado por alimentação em corrente contínua externa,
emitindo um fluxo magnético fixo ao seu redor. Quando este rotor inicia o seu
Sistemas trifásicos equilibrados 3
c a b
Bobina azul Bobina vermelha Bobina amarela
b’ a’ c’
Bobina amarela Bobina vermelha Bobina azul
Figura 2.
Fonte: Fouad A. Saad / Schutterstock.com
4 Eletrotécnica
Vaa' = Vp 0°
Vbb' = Vp –120°
Vcc' = Vp 120°
Para saber mais sobre geradores síncronos trifásicos, consulte o livro Máquinas elétricas
de Fitzgerald e Kingsley (UMANS, 2014).
Ligação estrela
Considerando os terminais das bobinas de acordo com a Figura 3, para realizar
o fechamento estrela é necessária a união dos terminais a’, b’ e c’. A conexão
das fases é realizada por meio dos terminais a, b e c. Você consegue ver essa
ligação na Figura 5.
Essa ligação possibilita uma elevação da tensão entregue ao sistema, pois a
tensão de fornecimento é a diferença de potencial entre as fases. Como vimos
há pouco nos conceitos importantes, as tensões entre fases são denominadas
tensão de linha (UMANS, 2014).
. . . . .
Vab = Vaa' – Vbb' Vab = (VF 0°) – (VF –120°) Vab = VF ∙ √3 30°
. . . . .
Vca = Vcc – Vaa' Vca = (VF 120°) – (VF 0°) Vca = VF ∙ √3 150°
. . . . .
Vbc = Vbb' – Vcc Vbc = (VF –120°) – (VF 120°) Vbc = VF ∙ √3 –900
Uma fonte de tensão trifásica equilibrada conectada em Estrela (Y) possui tensão de
fase Van = 127<30𝑜V. Essa fonte está conectada a uma carga equilibrada conectada
em Y com impedância de (6,35+j1) Ω por fase. Determine as tensões de fase e as
correntes de linha do sistema.
Solução:
8 Eletrotécnica
Ligação triângulo
Mas, a corrente que circula na linha é maior que a corrente que circula
na fase:
. . . . .
Ia = Iab – Ica Ia = (IF 0°) – (IF 120°) Ia = IF ∙ √3 30°
. . . . .
Ib = Ibc – Iab Ib = (IF –120°) – (IF 120°) Ib = IF ∙ √3 150°
. . . . .
Ic = Ica – Ibc Ic = (IF 0°) – (IF 120°) Ic = IF ∙ √3 –90°
Uma fonte de tensão trifásica equilibrada conectada em Delta (Δ) possui tensão de
fase Vab = 220<30𝑜V. Essa fonte está conectada a uma carga equilibrada conectada
em Δ com impedância de (19,02+j3) Ω por fase. Determine as correntes de fase e as
correntes de linha do sistema.
Solução:
Sistemas trifásicos equilibrados 11
Com isso, é possível obter a potência trifásica das cargas trifásicas balan-
ceadas, levando em consideração a potência de apenas uma das impedâncias
da carga:
Para o cálculo das potências ativa e reativa, você vai utilizar o valor do ângulo
do fator de potência das impedâncias da carga. Como todas as impedâncias de
uma carga balanceada possuem mesmo módulo e mesmo ângulo, temos que:
Sistemas trifásicos equilibrados 13
FITZGERAL, A. E.; KINGSLEY JR., C.; UMANS, S. D. Máquinas elétricas com introdução à
eletrônica de potência. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
MARCOS, O. Circuitos elétricos: corrente contínua e corrente alternada. São Paulo:
Érica, 2001.
UMANS, S. D. Máquinas elétricas de Fitzgerald e Kingsley. 7. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.
WEG. DT-6: motores elétricos assíncronos e síncronos de média tensão – especificação,
características e manutenção. Jaraguá do Sul: WEG, 2015. Disponível em: <http://
ecatalog.weg.net/files/wegnet/WEG-curso-dt-6-motores-eletricos-assincrono-de-
-alta-tensao-artigo-tecnico-portugues-br.pdf>. Acesso em: 27 dez. 2016.
Leituras recomendadas
ELETROBRÁS ELETRONORTE. Alternativas não convencionais para transmissão de energia.
Brasília: Eletrobrás Eletronorte, [2016]. Disponível em: <http://www.eln.gov.br/open-
cms/opencms/pilares/tecnologia/pepd/Alternativas_Nao-Convencionais_para_Trans-
missao_de_Energia_Eletrica.html>. Acesso em: 28 dez. 2016.
NAHVI, M.; EDMINISTER, J. A. Circuitos elétricos. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2014.
(Coleção Schaum).
DICA DO PROFESSOR
Nesta Dica do Professor, você vai ver uma abordagem das principais características dos sistemas
trifásicos equilibrados, como: suas vantagens em relação aos sistemas monofásicos e aos de
corrente contínua; seus tipos de ligações e as peculiaridades de cada uma delas; o cálculo de
potências nesses circuitos e suas aplicações. Assista e confira!
EXERCÍCIOS
1) Uma fonte de tensão trifásica equilibrada conectada em Estrela (Y) possui tensão de
fase Van = 110∠45°V. Esta fonte é conectada a uma carga trifásica balanceada
conectada em Delta com 5-j8 Ω por fase. Determine respectivamente, a corrente de
fase IAB e a corrente de linha Ia.
A) 20,20∠133° A, 34,98∠103° A
B) 30,90∠100° A, 17,84∠70° A
C) 25,30∠90° A, 14,60∠60° A
D) 15,60∠75° A, 9∠45° A
E) 50,60∠45° A, 29,20∠15° A
B) 32,5A; 0,73.
C) 28,15A; 0,866.
D) 32,1A; 0,88.
E) 52,33A; 0,63.
A) 18,58 A; 0,53.
B) 32,5A; 0,73.
C) 28,15A; 0,866.
D) 34,26A; 0,93.
E) 52,33A; 0,63.
A) Na conexão estrela, pois nesse tipo de ligação a tensão de linha é igual à tensão de fase.
B) Na conexão triângulo, pois nesse tipo de ligação a tensão de linha é igual à tensão de fase.
C) Na conexão estrela, pois essa conexão possibilita que os elementos da carga estejam em
série, possibilitando assim, a aplicação do dobro da tensão de alimentação suportada pelas
bobinas do motor.
D) Na conexão estrela, pois que nesse tipo de ligação a tensão de linha é maior que a tensão
de fase.
E) Na conexão triângulo, pois nesse tipo de ligação a tensão de linha é maior que a tensão de
fase.
5) Uma carga está sendo alimentada por um sistema trifásico de tensão equilibrada 380V. O
módulo da corrente, medida "Ia", dessa carga foi de 152A atrasada 60° em relação à tensão
Vab, sendo que essa medição foi realizada em um dos três cabos de alimentação do motor.
De acordo com os dados fornecidos, marque a opção que contenha, respectivamente, os
valores das potências ativa, reativa e aparente do motor.
A) 86,64 KW; 50,02 KVAr; 100,04 KVA.
NA PRÁTICA
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:
Neste vídeo você encontrará uma explicação para grandezas de fase e de linha, circuito trifásico
equilibrado e desequilibrado. Confira!
Nesta aula você revisará o conteúdo sobre sinais senoidais e verá uma introdução ao conceito de
fasores, conceitos fundamentais para o estudo de sistemas trifásicos.