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Q Ne (1)
Onde N número inteiro que indica a quantidade de cargas elementares. Por esta razão diz-se que a carga
eléctrica quantifica-se, ou seja, toma valores discretos.
Experimentalmente foi estabelecido que a grandeza da carga não depende da velocidade com
que se movimentam, isto é, a carga eléctrica é invariante relativística. Isto significa que a carga eléctrica
medida em diferentes sistemas inérciais é igual.
As cargas eléctricas podem surgir e desaparecer, mas sempre surgem e desaparecem duas
cargas de sinais contrários. Isto é quando desaparece ou aparece uma partícula também desaparece ou
aparece a sua antipartícula. Por exemplo, o electrão e o positrão quando se chocam eles aniquilam-se,
quer dizer, convertem-se em partículas neutras, chamadas gama-fotões. No decorrer do processo de
nascimento de par, gama-fotões sobrevoando perto do núcleo atómico, transformam-se em par de
partículas (electrão e positrão).
Isolantes e condutores
Vimos atrás a transferência de carga de um corpo para outro, assim como também falamos da
possibilidade de uma carga movimentar-se de uma posição para outra dentro de um corpo. O movimento
de carga dentro de um corpo é chamado de condução eléctrica. De acordo com habilidade das cargas
movimentarem-se no interior da substâncias, podemos classificar as substâncias em: condutores e
isolantes.
Os Condutores – são materiais nos quais as cargas eléctricas se deslocam de maneira relativamente
livre (cobre, alumínio, prata, ouro, etc). Os isolantes são materiais nos quais as cargas eléctricas não se
deslocam livremente (vidro, borracha).
Os semicondutores são uma terceira classe de materiais e suas propriedades eléctricas estão entre
as dos isolantes e as dos condutores. As cargas podem deslocar-se um tanto livremente em um
semicondutor, mas há bem menos cargas deslocando-se por um semicondutor do que por um condutor
(silício, germano).
N .m 2
A força electrostática está dirigida ao longo da linha que liga as duas cargas pontuais. Quando as duas
cargas tiverem o mesmo sinal, a força terá sentido do versor (repulsiva); se os sinais forem opostos, a
força terá sentido contrário ao versor (atractiva).
Esta propriedade permite calcular com ajuda da lei de Coulomb a força de interacção entre cargas,
concentradas nos corpos de dimensões finitas. Para o efeito, é necessário repartir cada uma das cargas
em cargas pontuais pequenas dq para que possamos considera-la como pontual, calcular pela fórmula a
força de interacção entre cargas dqi de um corpo e cargas dqk do outro corpo tomados em par e depois
realizar a soma vectorial destas forças.
Como unidade de intensidade de campo eléctrico toma-se a intensidade naquele ponto em que
na carga de 1 C actua força de 1 N. Esta unidade tem o nome de volt por metro (V/m) ou (N/C).
A força é central, pois depende simplesmente do raio. O campo de força central é conservativo.
Portanto o trabalho que realizam as forças de campo sobre a carga q ao transladá-la de um ponto a
outro, não depende do caminho percorrido mas sim das posições inicial e final.
Assim o trabalho realizado pela força de campo ao transladar a carga q desde o ponto 1 até ao
ponto 2 será:
2 2 2
dr Qq Qq
A12 F (r )e r dl F (r )dr kQq k (13)
1 1 1 r 2
r1 r2
Por outro lado a trabalho das forças conservativas se pode representar como uma perda de
energia potencial:
A12 WP1 WP 2
(17)
Comparando (8) e (9) conduz-nos a seguinte expressão de energia potencial da carga q no
campo da carga Q:
Qq
WP k const (r → ∞, const = 0) (14)
r
Assim temos:
Qq
WP k (15)
r
§10. Condensadores
Os condutores isolados têm pouca capacidade. Uma esfera de ferro de dimensões da Terra tem
somente 700 μF de capacidade. Na prática se podem necessitar de dispositivos que com um potencial
pequeno relativamente aos corpos circundantes acumulem (condensem) cargas de valor apreciável.
Experimentalmente demonstrou-se que se a um condutor isolado aproximar outro condutor a sua
capacidade aumenta consideravelmente. Assim, constroem-se dispositivos constituídos por dois
condutores próximos uns dos outros para armazenamento de cargas eléctricas. Estes dispositivos são
chamados de condensadores. Os condutores que formam o condensador são chamados de armaduras.
Para evitar que os corpos exteriores não exerçam influencia sobre a capacidade do condensador, as
armaduras se dispõem de tal forma uma em relação a outra que o campo que criam as cargas que neles
se acumulam se encontre dentro do condensador. Esta condição cumprem as lâminas paralelas próximas
entre si, dois cilindros coaxiais e duas esferas concêntricas. Respectivamente existem condensadores
planos, cilíndricos e esféricos.
Quando se diz que o condensador tem carga q, isto significa que a armadura de potencial mais
alto tem carga +q e a armadura de potencial mais baixo tem carga –q.
A característica principal do condensador é a sua capacidade que se entende como a grandeza
proporcional a carga q e inversamente proporcional a diferença de potencial entre as armaduras:
q q
C (27)
1 2 U
Onde U 1 2 - chama-se diferença de potencial (d.d.p.) ou queda de tensão (tensão).
Apesar de determinarmos a capacidade de condensador pela fórmula ( ), ela não depende da
carga armazenada. A capacidade é determinada pela geometria do condensador (forma, dimensões das
armaduras e espaço entre elas) e pelas propriedades dieléctricas do meio que enche o espaço entre as
armaduras. Assim a capacidade determina-se:
1. Condensador plano
Referências bibliográficas
1. Hugh D.Young, Roger A. Freedman. Física III: Electromagnetismo. Ed. Pearson Addison Wesley,
São Paulo. 2003.
2. Raymond A. Serway, John W. Jewett Jr. Princípios de Física. Vol. 3 Electromagnetismo. Ed.
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5. Cassatkina I.L. Repetidor de Física. Ed. Fenix. Rostov-na-Danu. 2000
6. Trubetscova S.V. Física: Electricidade e magnetismo. Ed. Fismatlit, Moscovo. 2004