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Electromagnetismo
0. Introdução
O electromagnetismo é um capítulo da Física
que estuda os fenómenos eléctricos por um
lado, os fenómenos magnéticos por outro, e a
interligação entre ambos (fenómenos
electromagnéticos).
A electricidade dificilmente se dissocia do
magnetismo assim como esta da electricidade
ou seja “Os fenómenos eléctricos e
magnéticos dificilmente ocorrem
isoladamente”
Isto deve-se ao facto de a existência da
electricidade produzir fenómenos magnéticos
e por sua vez, variações no campo magnético
produzirem corrente eléctrica.
Os fenómenos eléctricos e magnéticos são
basicamente fenómenos de interacção
eléctrica e fenómenos de interacção
magnética
1. Electrostática
Definição:
1 Coulomb é o valor da carga eléctrica que
duas cargas pontuais e positivas no vácuo
têm quando separadas uma da outra em 1
respectivamente
Lei de Coulomb
A força de interacção eléctrica que se
exerce entre duas partículas electricamente
carregadas em repouso é directamente
proporcional ao produto dos módulos das
suas cargas e inversamente proporcional ao
quadrado da distância entre elas, sendo o
vector força dirigido ao longo da linha que
as une.
Q1 . Q2
F ∝ 2
er
r1, 2
Q1 . Q2
F =K er
Na forma de igualdade: r1, 2
2
1 Q1 . Q2
F = . er
Assim: 4πε 0 r1, 2
2 lei de Coulomb,
Exemplo:
A força de repulsão entre duas esferas
carregadas positivamente, em que a carga
de uma delas é metade da carga da outra,
vale 1,0.10-4 N, quando a distância entre os
seus centros é de 4,0 cm. Calcule a carga
eléctrica de cada uma delas sabendo que
K0 = 9.109 N.m2.C-2
r K 0 dq r
dE = 2 er
r
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r r K o dq r
E = ∫dE =
V ∫ V r 2
er
onde dq = ρ dV .
Aplicações
K 0 dq
dEx =
( x0 − x ) 2
Sendo dq = λ dx teremos
K 0 λ dx
dEx =
( x0 − x ) 2
O campo total será encontrado integrando
sobre todo o segmento carregado de x=0 até
x=L.
Resultado:
K 0Q
Ex =
x0 ( x0 − L )
O módulo do
campo eléctrico
do elemento de
carga será:
k 0 dq
dE = 2
r
ou
k 0 λ dx
dE =
r2
ou ainda
k 0 λ dx
dE = 2 r 2
= x 2
+ y 2
x +y 2
, pois .
r r r r
dE x = dEsenθi e dE y = dE cos θj
ou simplesmente
dE x = − dEsenθ e dE y = dE cos θ
Intengrando ao longo de todo o segmento
obtem-se para
L L
2 2
E x = ∫ dEx = − ∫ dEsenθ = −2 ∫ dEsenθ
−L 0
2
e
L L
2 2
E y = ∫ dEy = − ∫ dE cos θ = 2 ∫ dE cos θ
−L 0
2
Devido a simetria o valor de Ex é zero (0).
L L
2 2
dx
E = E y = 2 ∫ cos θdE = 2kλ ∫ cos θ 2
0 0
x + y 2
2 k0λ L
E =
y l 2
2 ( ) + y2
2
Conclusão:
Quando y é muito maior que L (y>>>>L) então
senθ≈L/2y e E=Ey≈KoλL/y2=KQ/y2, onde Q é a
carga total.
dEx = dE cosθ
x
Sendo cos =
r e r 2 = x2 + a2
K0 x K 0 Qx
Ex = ∫ 3
dq = 3
(x + a )
2 2 2
(x + a )
2 2 2
K 0 x 2σπda
dEx = 3
(x + a )
2 2 2
a=R
K 0 x 2σπ
Ex = ∫
a =0 ( x2 + a2 )
3
2
da =
−3
a=R 2
Ex = K 0 xπσ ∫ +
2 2
( x a ) 2ada
a =0
Resultado:
x
Ex = 2πK 0σ (1 − )
x +R2 2
v
p
O momento do dipolo eléctrico é igual ao
produto da carga q (positiva) pelo vector
v
deslocamento da carga positiva L em relação
à carga negativa.
v v
p = qL ... momento do dipolo.
v
O módulo de p será por sua vez p = q.L .
Se olharmos para a figura anterior, L = 2a
v v
ou seja L = 2ai .
Assim podemos reescrever o momento
v do
v
dipolo eléctrico como sendo p = q 2ai
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2kp v
e o campo eléctrico do dipolo é: E = x 3 i
2kp
ou seja E = x 3 ... em módulo.
U = pE (− cosθ ) θθ 0
Consideremos uma
superfície plana de
área A num campo
eléctrico E.
Definiremos o fluxo
eléctrico como sendo o
Em termos de εo teremos:
1
Φ liq = ∫ En .dA = Qint
A ε0
A lei de Gauss é válida para todas as
superfícies e todas as distribuições de carga.
Para N cargas pontuais distribuídas
discretamente teremos por exemplo:
1 1
Φ liq = Qint = (Q1 + Q2 + Q3 + ... + Qn )
ε0 ε0
r r
Φ liq = ∫ E.dAn = ∫ Er .dA = Er ∫ dA ,onde
A A
∫ dA = 4πR 2
. Φ
Então liq = E r ⋅ 4πR 2
.
1
Φ =
Considerando liq ε 0 Qint então
q 1 q
Er ⋅ 4πR 2 =
1
q Er = ⋅ 2 = K0 . 2
ε0 e 4πε 0 R R
1
Φ liq = ∫ En dA = Qint
Segundo a lei de Gauss ε0
λL
Teremos ∫ En dA = Er ∫ dA = ε 0
A área lateral total do cilindro é 2πrL.
λL
E 2πrL =
Substituindo resulta r ε0
1 λ 1 λ λ
Er = ⋅ = ⋅ = 2K0
ou 2πr ε 0 2πε 0 r r
Φ liq = Er 2πrL = 0 .
σ 2πRL
Φ liq = Er 2πrL =
ε0
σR
Er =
Portanto, ε 0r .
Quando a carga de
prova qo se desloca no
interior de um campo
eléctrico do ponto A
r2
r r r2 r2
W
ϕ=
q 0 .... Potencial eléctrico.
p2
v v
− ∫ (E ⋅ ds ) = ϕ 1
2
P1
Então W = q0 ⋅ (ϕ1 − ϕ 2 )
Figura
p p
v v
ϕ = − ∫ (E ⋅ ds ) = − ∫ E ⋅ ds ⋅ cosθ =
∞ ∞
ds ⋅ cos θ
p p
dr
= − KQ ∫ 2
= = − KQ ∫ 2 =
∞
r ∞
r
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1 1 1
= − KQ ⋅ ∞
P = − KQ ⋅ − =
r r∞ rP
Como no infinito o potencial tende para zero,
KQ 1 Q
ϕ= = ⋅
r 4πε 0 r …Potencial eléctrico
de uma carga pontual.
Conclusão: O potencial eléctrico de uma
carga pontual num dado ponto do campo
eléctrico é inversamente proporcional à
distância r que vai desse ponto à carga
eléctrica.
ϑt = ϑ1 + ϑ2 + ϑ3 + ... + ϑn = ∑i =1ϑi
n
1
Qi
∑
n
ϑt =
4πε 0 i =1 r
Para uma distribuição contínua de cargas
teremos
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dQ 1
ϑt = ∫ dϑ =
4πε 0 ∫ r
Q Q. A.ε o A.ε o
C= = =
U Q.d d
Conclusão: A capacitância de um
condensador não depende nem da carga nem
da voltagem do condensador, mas apenas
dos factores geométricos. Num condensador
de placas paralelas, a capacitância é
proporcional a área das placas e
inversamente proporcional a separação entre
elas.
Condensador cilíndrico
b
ΨB − ΨA = − ∫ Er .dr =
a
b
Q
dr Q b
=− ∫
2πε o L a r
=− ln
2πε o L a
b Q
U = ΨA − ΨB = ln
2πε o L a
Q 2πε o L
C= =
U b
A capacitância será ln
a
Conclusão: A capacitância é proporcional ao
comprimento do condutor.
Quanto maior for o comprimento do condutor,
maior é a quantidade de carga que pode ser
armazenada no condutor, sendo fixa a
diferença de potencial.
a) b)
O campo eléctrico entre as placas do
capacitor a) sem dieléctrico e b) com
dieléctrico.
1 Q
E =
Sendo 0 4πε r 2 ,
0
1 Q
então E=
4πkε 0 r 2 ... Lei de Coulomb nos
dieléctricos, onde k é a constante dieléctrica
do meio.
σ
E0 =
Para um capacitor sem dieléctrico ε0 ,
σ
E=
então com dieléctrico kε 0 .
Quantitativamente a polarização de um
dieléctrico é definida com ajuda do vector P, a
que se dá o nome de vector polarização.
O vector polarização é dado como sendo o
somatório dos momentos dos dipólos por
unidade de volume.
v
v ∑ pi
P=
∆V
Como o grau de orientação das moléculas no
dieléctrico depende de E, o vector P é
também proporcional a intensidade do campo
eléctrico.
v v
Assim P = χε 0 E , onde χ chama-se constante
de susceptibilidade eléctrica do material.
v v
Sendo P = χε 0 E então podemos escrever D
na forma
v v v v
D = ε 0 E + χε 0 E = (1 + χ )ε 0 E ,
onde o coeficiente (1 + χ )ε 0 é também igual
a permitividade do dieléctrico ou seja
(1 + χ )ε 0 = kε 0 , donde 1 + χ = k ... constante
dieléctrica.
Então a susceptibilidade é χ = k −1
1.2. Electrodinâmica
1.2.1. Corrente eléctrica estacionária
1.2.1.1. Intensidade da corrente
Quando se estabelece nos extremos de um
condutor uma d.d.p. (ligando-os aos pólos de
uma bateria) surge no interior do condutor um
campo eléctrico.
Este campo actua sobre os electrões livres de
modo a que estes experimentem um
movimento ordenado no sentido contrário ao
do campo.
Assim diz-se que há uma corrente que circula
neste condutor.
∆Q
Assim ∆t = I ... Intensidade da corrente
eléctrica.
Nesta igualdade I é considerado constante.
Quando o fluxo da carga eléctrica não é
constante no tempo, então I vai variar com o
tempo e a expressão anterior toma a forma
diferencial.
dQ
I=
dt ... Intensidade da corrente eléctrica.
C
Unidades: [I ] = 1 = 1A( Ampére)
s
Assim Q = q(nAvdm ∆t ) .
Considerando Q= I.∆t, então
I1 I2 I3 In
= = = .... = = K (const.)
ou U1 U 2 U 3 Un
A constante K de proporcionalidade será aqui
igual ao inverso da Resistência.
1 U
I = KU = ⋅U ou U = RI e R=
R I
A razão entre U e I toma o nome de
Resistência eléctrica.
Unidades: [R ] = 1 A = 1Ω(Ohm) .
V
E
ρ=
j ..... Resistividade
j 1
σ= =
ρ E ..... Condutividade eléctrica
Então U a − U b = Ed = U
U I
E= j=
Tomando em conta que l e A,
então a resistividade será
E U A A
ρ= = ⋅ ; ρ= ⋅R
j l I l
l
R=ρ
ou A ... Resistência eléctrica.
Conclusão: A resistência eléctrica é
directamente proporcional ao comprimento l
do condutor e inversamente proporcional a
área A da secção transversal.
Sendo
σ = 1
ρ , então é valido escrever
l l
σ= Por sua vez
R=
RA σA
...Resistência eléctrica.
dW = dQ ⋅ U ab = Idt ⋅ U ab
dW
ou dt
= IU ab … taxa de perca de energia
potencial por unidade de tempo.
A taxa de perca de energia é denominada
potência eléctrica P, dissipada no elemento
contido na caixa negra.
dW
P= = IU ab ... Potência eléctrica.
dt
Ou simplesmente P= IU.
Unidades: [P ] = 1VA = 1W (Watt )
Consideremos que o elemento no interior da
caixa negra seja uma resistência eléctrica.
2 ou
Q 1
εdQ = I 2 Rdt + dq .
C dt , donde resulta que
dQ Q dQ
ε = I 2R + .
dt C dt .
dQ
Sendo = I por definição, teremos
dt
Q Q
ε = IR + ε − IR − = 0 onde Q e I são
C ou C
funções do tempo.
dimensão de tempo e é denominada
“constante de tempo” do elemento RC.
Ela dá-nos o tempo, dentro do qual o
condensador é carregado em um factor
( )
1 − e −1 ≈ 63 % da sua capacidade.
dQ
Mas como Q0 = ε 0 .C e dt
=I,
ε −t
Então
I =− e RC
...Intensidade da corrente
R
no processo de descarga de um
condensador.
Constatacoes:
- O sinal (-) significa que neste processo a
corrente eléctrica circula no sentido
contrário ao definido inicialmente no
circuito.
ε
- R é corrente de carregamento no
instante t=0.
3. Campo Magnético
3.1. Introdução Histórica
Atracção Repulsão
Kg Ns Vs N
1T = 1 =1 =1 2 =1
cs cm m Am
r
Sendo l // qvdm na direcção de I, então pode
F
B=
se escrever Ilsenφ
r r
A expressão F = ( I l × B) é válida para fios
rectilíneos. Para qualquer condutor, devemos
r
escolher um elemento diferencial dl do
comprimento do condutor.
Assim podemos generalizar a força com a
r r r
expressão dF = Idl × B , que é a força
sobre o elemento da corrente.
Integrando sobre todo o comprimento do
condutor obtém-se a força que actua sobre o
condutor mesmo se este não for rectilíneo.
- 2ª lei de Newton: F = ma
- Forças magnéticas: F = qvBsenφ
φ = 90 F = qvB
v2
- Aceleração Centrípeta: a = r
v2
Então: qvB = m r donde
qBr
v=
m velocidade da partícula e
mv
r=
qB raio da trajectória.
Tratando-se de m.c.u. temos período e
frequência.
2πm
T=
qB Período e
qB
f = Frequêcia.
2πm
Conclusão
- Nos r
lados a, I tem direcção perpendicular
a B . Em cada ponto da espira, nos lados
a aparece uma força.
r r
F1 = F2 = IaB módulo
r r r
lembrar que F = I l × B
r r
como F1 = − F2 a resultante é nula, mas
existe um torque, em módulo F.b
Então:
e é universalmente proporcional ao r2 .
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r
2. B = 0 sobre a trajectória da carga
r r
v rn . Noutros pontos do espaço é
( )
Se B. 2πr = µ 0 I onde 2πr é o perímetro
da circunferência de raio r e é igual a
2πr = ∫ dl .
r r
Assim ∫ L Bdl = µ 0 I ... Lei de Ampere
Ao
r membro
r esquerdo desta igualdade
∫ L B.dl dá-se o nome de circulação
magnética.
A circulação magnética é proporcional à
corrente eléctrica I e não depende do raio da
trajectória.
Quer dizer que se trocarmos vários círculos
L1, L2, L3 à volta da corrente I a circulação
magnética à volta deles é a mesma e igual a
µ0 I .
r r
Da expressão ∫ B.dl = µ 0 I
I será a corrente total dada pela soma:
I = I1 + I 2 + I 3 ...I n
r r
r µ 0 I dl × vn
dB = .
4π r 2 ... Lei de Biot-Savart
µ 0 I dlsenφ r
dB = rn = 1 vector unitário
4π r2
dl = dx
µ0I sn φ dx
∫ dB = ∫
x = +∞
B = x = −∞
4π r2
r = x2 + R2
R
sen φ = sen (π − φ )=
x2 + R 2
Assim
µ 0I +∞ Rdx µ0I
B =
4π ∫ −∞
(x 2
+R2
)3 2 =
4π R
µ0 I
B=
4πR ... Li de Ampere
ou 2πd
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se
Ib = I a − I
µ 0lI 2
F=
Então 2πd
A força por unidade de comprimento
F µ0 I 2
=
e 2πd
Daqui resulta a definição de Ampere.
O fenómeno em si é denominado de
fenómeno de indução electromagnética o
simplesmente Indução.
As leis que descrevem estes fenómenos são
conhecidas como Lei de Faraday-Henry e
Lei de Ampere-Maxwell.
O campo magnético variável pode ser
provocado pelo movimento de um íman ou de
uma bobina que é aproximada ou afastada de
um íman ou em rotação.
r
Uma vez que o campo magnético é B
proporcional às linhas de campo, então o
ou
Φm = Bn . A
r
onde Bn = B.nA é a componente de Br normal
à superfície.
Faremos a segunda generalização se
tivermos superfícies curvas:
Φ m = ∫ B n .dA Φ m = ∫ NB n .dA
s
ou s
_
Φ m = ∫ NB n .dA
Para N Aspiras teremos _
s
dt
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r r_ dΦm
escrever ε = Φ E .d l = − _ dt ... Lei de
_
Faraday-Henry
Ou
r r d r r
∫ E.dl = − dt ∫ B.dA
Conclusão:
Um campo magnético dependente do tempo
implica a existência de um campo eléctrico tal
que a sua circulação, ao longo de uma
trajectória fechada qualquer, é igual à
variação por unidade de tempo do fluxo
magnético através da superfície limitada pela
trajectória.
O sinal negativo tem a ver com a orientação
da f.e.m., a qual é determinada com ajuda da
Lei de Lenz.
A lei de Lenz diz que a f.e.m. e a corrente
eléctrica têm a direcção (sentido) tal que se
opõe à variação que as provocou.
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1. Condutores em movimento
Consideremos o seguinte circuito:
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r r
ε = ∫ E.dl = Eeq .2l = 2lvBsen
///
L
1 1
Assim v= wr será v = w x = wx
2 2
A f.c.m. pode ser escrita agora assim:
1
ε = 2l wxBsenθ sendo s = lx e /// = wt
2
Então ε
= WABsenwt ... f.c.m. induzida
como resultado da rotação do circuito no
campo magnético.
Sabemos que :
dΦm
ε =− ... Lei da indução magnética
dt
dΦ m = −εdt = − wAbsenwt
Φm = ∫ − WABsenwt = BA cos wt
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Forma Integral
r r Q
1. Lei de bauss para
r
E ∫ E.dS =
s
ε0
r r
2. Lei de bauss para
r
B
∫ B.dS = 0
s
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Forma Diferencial
r
∇.E = δ r
div.E = δ
ε ε0
r r
∇ .B = 0 div.B = 0
r r r r
∇ × E = −B rotE = − B
r r r r
∇ × B = µ0 g rotB = µ 0 g
Teorema da divergência
r
O teorema diz-nos que o fluxo de um vector A
através de uma superfície é igual à integral
estendido ao volume v limitado pela superfície
s de divergência do vector considerado.
( )
r r r
Simbolicamente: ∫s
A.ds = ∫ ∇. A .dv
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equação de Maxwell
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Teorema de Stocks
r
A circulação de um vector A ao longo de uma
curva C fechada é igual ao fluxo rotacional
desse vector através da superfície S limitada
pela curva.
∫( )
r r r r
∫c
A .d l =
s
∇ × A .d A
∫(
r r
Com o teorema de Stoks )
∇ × B dS =
r r
∫ (µ0 j )dS
s s
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r r r r
Donde ∇ × B = µ0 j ou rotB = µ 0 j 3ª Eq. de
Maxwell
r r dΦ m
A lei de Faraday-Henry diz que ∫ E .d l = −
dt
r r
Φ m = ∫ B.dS
donde s
r r d r r
Então ∫ E.d l = − ∫
dt s
B.dS
Donde
r d r r r r
∇ × E = − B = −B rotE = − B 4ª Eq. de
dt
Maxwell
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Unidades da Auto-Indutância:
[L] = 1H (Henry ) = 1WbA−1 = 1m2 KgC −2
Se a corrente I no circuito for variável com o
tempo, o fluxo magnético Φ , através do m
dt e tomando
L
dI
Φ m = LI então teremos εL = −L onde
dt
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dI
dt
representa a variação da corrente por
unidade de tempo.
O sinal (− ) indica que a fem se opõe à variação
da corrente.
Exemplo:
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1)Condutor em movimento
Consideremos o seguinte circuito:
Figura
O circuito é constituído por uma resistência R
ligada a um trilho sobre o qual desliza um
condutor.
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dΦ m
= Blv = ε ... Força electromotriz
dt
(fem) de movimento.
A direcção da fem induzida é tal que a
corrente induzida tenha um sentido anti-
horário.
O fluxo desta corrente induzida está dirigido,
a sair da folha, opondo-se ao aumento do
fluxo provocado pelo movimento da barra.
Definição: A fem de movimento é qualquer
fem induzida pelo movimento relativo entre
um campo magnético e um circuito, que pode
ser fechado ou não.
Consideremos por exemplo uma barra
condutora em movimento dentro de um
campo magnético uniforme a penetrar no
plano da folha.
Figura
Em virtude do movimento da barra, há uma
força magnética actuando sobre os electrões,
que tem uma componente para baixo, com o
módulo qvB. Graças a esta força os electrões
se deslocam para a parte inferior da barra
onde se acumulam, deixando a parte superior
com excesso de carga positiva. A separação
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Unidades da Auto-Indutância:
[L ] = 1H (Henry ) = 1WbA−1 = 1m 2 KgC −2
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dΦ m
Sabendo que fem e ε L = − dt e tomando
dI
Φ m = LI , então teremos Lε = − L
dt , onde
dI dt representa a variação da corrente por
unidade de tempo. Assim a fem auto-
induzida, é proporcional a taxa de variação da
corrente.
O sinal (-) indica que a fem se opõe à
variação da corrente.
Exemplo:
Figura
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L = µ 0 n Al 2
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3.7.7. Circuitos LR
ε0
I=
R
(1 − e − Rt L
) = εR (1 − e ) = I (1 − e )
0 −t τ
f
−t τ
L
τ=
R
dI
− IR − L =0
dt
dI R
=− I
dt L
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r r
∫ B.dl = µ 0 I
L
Forma Diferencial
r
1. Lei de Gauss para E
r
∇.E = δ r
div.E = δ
ε ...... ε0
r
2. Lei de Gauss para B
r r
∇ .B = 0 ...... div.B = 0
3. Lei de Faraday-Henry (lei da indução
electromagnética
r r r r
∇ × E = −B ........ rotE = − B
4. Lei de Ampere
r r r r
∇ × B = µ0 g ........ rot B = µ 0 g
Teorema da divergência
O teorema da divergencia diz-nos que o fluxo
r
de um vector A através de uma superfície é
igual à integral estendido ao volume V
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Conferêrencias de Electromagnetismo
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Conferêrencias de Electromagnetismo
r δ v
∇.E = δ
ε ou div.E = ε 0 ... 1ª equação de
Maxwell
Teorema de Stocks
r
A circulação de um vector A ao longo de uma
curva C fechada é igual ao fluxo rotacional
desse vector através da superfície S limitada
pela curva.
∫( )
r r r r
∫
c
A .d l =
s
∇ × A .d A
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Conferêrencias de Electromagnetismo
r r d r r
Então, ∫ E.d l = − dt ∫ B.dS
s
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Conferêrencias de Electromagnetismo
Donde
r d r r r r
∇ × E = − B = −B
dt
rotE = − B ... 4ª Equacao
de Maxwell
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